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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E EXATAS

Química Geral
Experimental II

0,34 V

Ponte salina

CuSO4(aq) H2SO4(aq)

Roteiro de Experimentos
Jequié – BA, 2023
Apresentação

Este conjunto de roteiros de experimentos em Química Geral II foi elaborado para ser
utilizado pelos alunos dos cursos de Química (Licenciatura e Bacharelado) da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus de Jequié.
O objetivo deste trabalho é uniformizar o conhecimento dos alunos em relação ao
laboratório químico e adequar a discussão prática à teoria abordada durante o curso.

Jequié, agosto de 2023.

Química Geral Experimental II – Apresentação 2


Índice

Apresentação ................................................................................................................................ 2

Índice............................................................................................................................................. 3

EXPERIMENTO Nº01: Determinação da entalpia de alguns processos ...................................... 6

EXPERIMENTO Nº02: Cinética Química .................................................................................... 11

EXPERIMENTO Nº03: Equilíbrio Químico .................................................................................. 16

EXPERIMENTO Nº04: Perturbação do estado de equilíbrio ...................................................... 20

EXPERIMENTO Nº05: Ácidos e bases....................................................................................... 22

EXPERIMENTO Nº06: Determinação da constante de equilíbrio de ácidos e bases ................ 25

EXPERIMENTO Nº07: Reações de oxidação-redução .............................................................. 28

EXPERIMENTO Nº08: Verificação experimental da equação de Nernst ................................... 32

Referências Bibliográficas........................................................................................................... 36

Química Geral Experimental II – Índice3


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Departamento de Química e Exatas – Campus de Jequié.
Disciplina: Química Geral Experimental II

Noções elementares de segurança

1.0) Normas de segurança.


A ocorrência de acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara quanto possa
parecer. Com a finalidade de diminuir a freqüência e a gravidade desses eventos, torna-se
absolutamente imprescindível que durante os trabalhos realizados em laboratório se observe
uma série de normas de segurança:

1.1) Siga rigorosamente as instruções específicas do professor.


1.2) Localize os extintores de incêndio e familiarize-se com o seu uso.
1.3) Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência.
1.4) Não fume no laboratório.
1.5) Use o guarda-pó apropriado.
1.6) Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis próximos à chama.
1.7) Evite contato de qualquer substância com a pele. Seja particularmente cuidadoso
quando manusear substâncias corrosivas, como ácidos e bases concentrados.
1.8) Todos os experimentos que envolvem a liberação de gases e/ou vapores tóxicos
devem ser realizadas na capela.
1.9) Sempre que proceder à diluição de um ácido concentrado, adicione-o lentamente,
sob agitação sobre a água, e não o contrário.
1.10) Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substância, não volte a
extremidade aberta do mesmo para si ou para uma pessoa próxima.
1.11) Não jogue nenhum material sólido na pia.
1.12) Sempre que possível, trabalhe com óculos de proteção.
1.13) Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e enrole a
peça de vidro numa toalha para proteger as mãos.
1.14) Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz.
Desloque com a mão para sua direção os vapores que se desprendem do frasco.

Química Geral Experimental II – Noções elementares de segurança 4


1.15) Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento
prolongado ou que desenvolva grande quantidade de energia.
1.16) Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas.
Desligue todos os aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e lave as mãos.

2.0) Acidentes mais comuns em laboratório e primeiros socorros.

2.1) Queimaduras.
2.1.1) Queimaduras causadas por calor seco (chama e objetos aquecidos). No
caso de queimaduras leves, aplicar pomada de picrato de butezina. No caso de queimaduras
graves, elas devem ser cobertas com gaze esterilizada, umedecida, com solução aquosa de
bicarbonato de sódio a 5 % (m/v).
2.1.2) Queimaduras por ácidos. Lavar imediatamente o local com água em
abundância, durante cerca de 20 minutos. Em seguida lavar com solução saturada de
bicarbonato de sódio e novamente com água.
2.1.3) Queimaduras por álcalis. Lavar a região atingida imediatamente com
bastante água, durante cinco minutos. Tratar com solução de ácido acético a 1 % (m/v) e
novamente tratar com água.

2.2) Ácido nos olhos. Nos laboratórios, existem lavadores de olhos acoplados aos
chuveiros de emergência. A lavagem deve ser feita por 15 minutos, após o que se aplica solução
de bicarbonato de sódio sódio a 1 % (m/v).

2.3) Álcalis nos olhos. Proceder como no item anterior, apenas substituindo a solução
de bicarbonato por uma solução de ácido bórico a 1 % (m/v).

2.4) Intoxicações por gases. Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a
descansar.

2.5) Ingestão de substâncias tóxicas. Administrar uma colher de sopa “antídoto


universal”, que é constituído de duas partes de carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma
de ácido tânico.

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Disciplina: Química Geral Experimental.

EXPERIMENTO Nº01: Determinação da entalpia de alguns processos

1.0) Introdução

Entalpia de dissolução ou calor de dissolução é a variação de entalpia (ΔH) que ocorre


na dissolução de 1,0 mol de uma substância em uma quantidade de determinado solvente, tal
que um novo acréscimo desse solvente não produza efeito térmico considerável.
Entalpia de combustão é a variação de entalpia (ΔH) que ocorre na reação de 1,0 mol
de uma substância com oxigênio.
O etanol (álcool etílico) pode ser visto como um substituto da gasolina e de outros
derivados de petróleo. Na reação de combustão de um mol de etanol, podemos ter energia
liberada:

C2H5OH (l) + 3 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 3 H2O (g) + ENERGIA

Entalpia de neutralização ou calor de neutralização é a variação de entalpia (ΔH) que


ocorre na reação de 1,0 mol de um ácido com 1,0 mol de uma base, ambos em soluções aquosas
diluídas a 25°C e 1 atm.

Para a reação entre ácidos fortes e bases fortes, o ΔH da reação de neutralização é constante,
porque corresponde sempre à mesma reação. Por exemplo:
HCl (aq)+NaOH (aq) D NaCl (aq) + H2O(l) ΔH = -13,8 kcal mol-1

Escrevendo essa reação na forma iônica:

H+(aq) + Cl- (aq) + Na+(aq) + OH- (aq) D Na+(aq) + Cl- (aq) + H2O(l)

Química Geral Experimental II – Determinação da entalpia de alguns processos 6


2.0) Material utilizado

2.1) Béqueres de 100 e 600 mL


2.2) Balança com sensibilidade para 0,01 g.
2.3) Lã de vidro.
2.4) Proveta de 100 mL.
2.5) Papel poroso.
2.6) Tripé.
2.7) Tela de amianto.
2.8) Vidro de relógio.
2.9) Termômetro até 100ºC.

3.0) Soluções e reagentes


3.1) Solução 0,5 mol L-1 de hidróxido de sódio, NaOH
3.2) Solução 0,5 mol L-1 de ácido clorídrico, HCl
3.3) Hidróxido de sódio em lentilhas.

4.0) Procedimento

4.1) Entalpia de dissolução do hidróxido de sódio


Pese um béquer de 100 mL e anote sua massa: m1=.............g. Utilizando o béquer do passo
anterior e um béquer de 600 ml, monte a aparelhagem da Figura 1.

Béquer de 600 mL

Béquer de 100 mL
Lã de vidro

Figura 1: Montagem para determinação da entalpia de um processo

Química Geral Experimental II – Determinação da entalpia de alguns processos 7


Meça 80 mL de água em uma proveta de 100 mL e transfira para o béquer de 100 mL. Como a
densidade da água á 1,00 g mL-1, estão contidos, no béquer, 80 g desse líquido. Meça a
temperatura da água: t1=.............ºC.

Pese um vidro de relógio: m2=.............g. Ponha quatro lentilhas de hidróxido de sódio no


vidro de relógio e pese o conjunto: m3=.........g. Faça essa operação rapidamente, porque o
hidróxido de sódio é altamente hidroscópico, isto é, absorve umidade do ar em pouquíssimo
tempo. Então a massa de hidróxido que foi pesada é: m4 = m3 - m2 m4 = ...........g. Imediatamente,
transfira as lentilhas de NaOH para a água do béquer. Lentamente, agite a água com o próprio
termômetro até dissolver todo o sólido. Essa operação deve ser feita com muito cuidado porque
o termômetro poderá quebrar-se, caso bata contra as paredes do béquer. Enquanto agita,
observe a temperatura e anote seu valor máximo, obtido até a dissolução do hidróxido: t2 =
...........ºC. Calcule a diferença de temperatura em conseqüência da dissolução do NaOH: Δt = t2
– t1 Δt = .........ºC. Devolva o conteúdo do béquer para o professor.

4.2) Entalpia de neutralização


Utilize a aparelhagem da figura 1, com os béqueres lavados e secos. Coloque na proveta
exatamente 50 mL da solução 0,5 mol L-1 de ácido clorídrico e transfira para o béquer. Meça a
temperatura dessa solução: t1 =..............ºC. Lave a proveta (deixe escorrer bem a água do seu
interior). Em seguida ponha exatamente 50 mL de solução 0,5 mol L-1 de hidróxido de sódio.
Ainda na proveta, meça a temperatura do hidróxido, que deve ser a mesma do ácido, pois ambas
as soluções estão à temperatura ambiente. Adicione a solução de NaOH sobre a solução de
HC!"que está no béquer da aparelhagem. Agite cuidadosamente a mistura com o termômetro,

evitando batê-lo contra as paredes do béquer. Anote a temperatura máxima atingida: t2 =


...........ºC. Calcule a diferença de temperatura: Δt = t2 - t1 = ..........ºC.

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5.0) Questionário

5.1) Utilizando as equações abaixo, obtenha a quantidade de calor liberada na


+ -
dissolução do hidróxido de sódio: NaOH(aq) + H2O(l) D Na (aq)
+ OH (aq) ΔH = - ..............Kcal mol-1

Q = m c Δt QNaOH = QH2O + Qv QNaOH = mH2O cH2O Δt + mvcvΔt

QNaOH = Δt(mH2OcH2O+mvcv)

Onde:
Q = quantidade de calor cedida ou recebida por um material;
m = massa desse material que cede ou recebe calor Q;
c = calor específico desse material;
Δt = diferença de temperatura provocada pelo calor Q (ou seja, a diferença entre a
temperatura inicial e a temperatura final);
QNaOH = Calor liberado na dissolução do hidróxido de sódio;
QH2O = Calor absorvido pela água;
QV = Calor absorvido pelo vidro do béquer;
CH2O = Calor específico da água 1,00 cal g-1 ºC-1;
Cv = calor específico do vidro = 0,22 cal g-1 ºC-1;
mv = massa do vidro = massa do béquer = ..........g.

5.2) Calcular a quantidade de calor produzida na reação entre o HC! e o NaOH:

HCl (aq) + NaOH(aq) D NaCl (aq) +H2O(l) + Qr

Faça as seguintes considerações:

Parte do calor produzido na reação foi absorvida pelo NaOH formado, mas, para simplificar
os cálculos, não leve em conta essa absorção de calor pelo NaOH

O volume de 100 mL após a reação deve ser considerado como sendo constituído
somente de água, e não de uma solução de NaCl; temos 100 mL de água, volume que eqüivale
a mH2O = 100g.

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Qr = calor produzido na reação entre HCl e o NaOH
QH2O = calor absorvido pela água
Qv = calor absorvido pelo vidro do béquer
CH2O = calor específico da água = 1,00 cal/gºC
Cv = calor específico do vidro = 0,22 cal /gºC
mH2O = massa da água = 100g
mv = massa do vidro = massa do béquer = ............g
Δt = .................ºC (passo 7)

QNaOH = QH2O + Qv
QNaOH = mH2O cH2O Δt + mvcvΔt
QNaOH = Δt(mH2OcH2O+mvcv)

5.3) Por que a entalpia de neutralização é sempre a mesma para a reação de ácidos
fortes com bases fortes?
5.4) Por que, quando se utilizam ácidos e/ou bases fracos, neste experimento, o ΔH
não é igual a -13,8 kcal mol-1?
5.5) Escreva a equação termoquímica da dissolução do NaOH.
5.6) Qual a finalidade da lã de vidro utilizada na aparelhagem?
5.7) Por que as pesagens de hidróxido de sódio devem ser feitas rapidamente?
5.8) Escreva a equação termoquímica da reação entre HCl e o NaOH.
5.9) Cite algumas causas de erro experimental nos dois experimentos.

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Disciplina: Química Geral Experimental II

EXPERIMENTO Nº02: Cinética Química

1.0) Introdução

A lei da ação das massas (lei de Guldberg e Waage), para uma reação genérica:
aA + bB + cC → mM + nN + oO

estabelece que v = K[A]a[B]b[C]c


v = velocidade da reação
K = constante, específica para cada reação
[ ] = concentração (em mol L-1) dos reagentes.

A equação de Guldberg e Waage mostra que um aumento na concentração de qualquer


um dos reagentes provoca um aumento na velocidade da reação. Na reação:
H2SO4 (aq) + Na2S2O3 (aq) → Na2SO4 (aq) + H2O (aq) + SO2 (aq) + S (s)

O enxofre formado é insolúvel em água, provocando uma turvação que permite observar
quando a reação ocorre. Assim, pode-se medir to tempo de duração da reação. Mantendo fixa a
concentração de ácido e adicionando água à solução de tiossulfato de sódio, verifica-se como a
diminuição da concentração de um dos reagentes influi na velocidade da reação. Dadas as
variáveis:
∆n = número de mols que reagiram: CV
∆t = tempo (em segundos) de duração da reação
V = ∆n / ∆t

Química Geral Experimental II – Cinética Química 11


As partículas dos constituintes de uma solução estão em constante movimento. Por isso,
essas partículas dispõem de uma energia cinética. E, que depende de sua massa e de sua
velocidade v:

E = (½) mv2

O aquecimento da solução promove o fornecimento de energia às partículas que a


constituem. Esse aumento de energia irá provocar um aumento em sua velocidade. Com
velocidade maior, o tempo que as moléculas reagentes levarão para se encontrar e reagir
diminuirá. Desse modo, aumentará a velocidade da reação. Em outras palavras, um aumento da
temperatura provoca um aumento na velocidade das reações.

2.0) Material utilizado


2.1) Tubos de ensaio
2.2) Proveta
2.3) Buretas
2.4) Cronômetro
2.5) Conta-gotas

3.0) Soluções e reagentes


3.1) Comprimido anti-ácido
3.2) Solução de ácido clorídrico 1,0 mol L-1
3.3) Magnésio metálico
3.4) Água oxigenada
3.5) Iodeto de potássio
3.6) Nitrato de chumbo
3.7) Água gelada
3.8) Solução de ácido sulfúrico 0,3 mol L-1
3.9) Solução de tiossulfato de sódio 0,3 mol L-1

Química Geral Experimental II – Cinética Química 12


4.0) Procedimento

4.1) Fatores que alteram a velocidade de uma reação l.


4.1.1) Em dois tubos de ensaio distintos, colocar 2,0 mL de água destilada.
Dividir um comprimido de antiácido em quatro partes iguais. Colocar uma parte do comprimido
no tubo 1 e anotar o tempo de reação (efervescência).

4.1.2) Com o auxílio do bastão de vidro, triturar outra parte do comprimido e


colocar em um pedaço de papel dobrado. No tubo 2,0, colocar o comprimido triturado e anotar o
tempo de reação.

4.1.3) Em um terceiro tubo de ensaio, colocar 2,0 mL de água gelada e


adicionar parte do comprimido. Anotar o tempo de reação.

4.2) Fatores que alteram a velocidade de uma reação II.


4.2.1) Em um tubo de ensaio, colocar 1,0 mL de água destilada e 5,0 mL de solução
de ácido clorídrico 1,0 mol L-1. Em outro tubo, colocar 1,0 mL de solução de ácido clorídrico 1,0
mol L-1 e 5,0 mL de água destilada. Adicionar, simultaneamente, cerca de 1,0 g de Mg em cada
tubo e observar em qual delas há maio produção de gás. Explique.

4.3) Fatores que alteram a velocidade de uma reação III.


4.3.1) Em dois tubos de ensaio distintos, colocar 2,0 mL de água oxigenada, H2O2
e observar se há formação de bolhas de gás. Em seguida, adicionar ao tubo 1, cerca de 0,50 g
de iodeto de potássio e observar. Colocar 4 gotas da solução do tubo 1 no tubo 2 e diluir com
5,0 mL de água. Adicionar ao tubo 2, cerca de 0,5 g de Pb(NO3)2 e observar se ocorre reação.

Química Geral Experimental II – Cinética Química 13


4.4) Influência da concentração na velocidade de uma reação.

4.4.1) Carregar corretamente três buretas com água, solução de ácido sulfúrico 0,3
mol L-1 e solução de tiossulfato de sódio 0,3 mol L-1, respectivamente.

4.4.2) Em quatro tubos de ensaio distintos, colocar 4,0 mL de solução de ácido


sulfúrico 0,3 mol L-1. Numerar outros quatros tubos de ensaio: 1, 2, 3 e 4.

4.4.3) Utilizando as buretas, colocar, nos tubos numerados, a solução de tiossulfato


de sódio 0,3 mol L-1 e água, de acordo com a tabela 8.

Tabela 8: Dados para determinação da velocidade de uma reação


Tubo Volume (mL) Concentração de Número de mols de Tempo da Velocidade
Solução de tiossulfato na tiossulfato de sódio reação V=∆n/∆t
-1
tiossulfato Água Total mistura (mol L ) que reagiram (s) (mol s-1)
de sódio CV = C´V’’ ∆ n = C´V’

1 6 0 6
2 4 2 6
3 3 3 6
4 2 4 6

4.4.4) Adicionar 4,0 mL de solução de ácido sulfúrico 0,3 mol L-1 no tubo 1 e acionar
um cronômetro imediatamente. Observar atentamente o tubo 1, e assim que aparecer uma
turvação, parar o cronômetro e anotar o tempo. Colocar na tabela o tempo da reação
correspondente ao tubo 1. Descartar o conteúdo 1 imediatamente, para evitar que o mesmo fique
manchado.

4.4.5) Repetir o item 4.4.4 para os tubos 2, 3 e 4.

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5. Questionário
5.1) Compare os intervalos de tempo das reações nos tubos de ensaio dos
experimentos 4.1.1, 4.1.2 e 4.1.3.
5.2) Explique os resultados encontrados nos experimentos 4.2.1 e 4.3.1.
5.3) Construa o gráfico: concentração x velocidade e uma os pontos por uma curva
(evite uma linha quebrada).
5.4) Que substância permitiu medir o tempo de reação no experimento 4.4? Escreva a
equação química correspondente.
5.5) Por que um aumento na concentração de um ou de todos os reagentes aumenta
a velocidade da reação?
5.6) Quais conclusões podem ser tiradas dessa aula?

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Disciplina: Química Geral Experimental II

EXPERIMENTO Nº03: Equilíbrio Químico

1.0) Introdução
Henri Louis Le Chatelier, cientista francês, enunciou o princípio do deslocamento de
equilíbrios químicos: “Quando uma força atua sobre um sistema em equilíbrio químico, este se
desloca no sentido de anular a força aplicada”.
Esse é o “princípio da fuga entre a força”, de Le Chatelier. A concentração, a pressão e a
temperatura são as “forças” que atuam sobre os equilíbrios químicos. Aumentando-se a
concentração de um dos componentes do equilíbrio, ele se desloca no sentido de consumir o
reagente adicionado. Diminuindo-se a concentração de um dos componentes do equilíbrio, ele
se desloca para repor o componente retirado.
No equilíbrio: FeC!3 (aq) + 3 NH4SCN (aq) D Fe(SCN) 3 (aq) + 3 NH4C! (aq), o Fe(SCN)3 é um

sal solúvel de cor vermelha característica. É fácil concluir que, deslocando-se o equilíbrio para a
direita, ocorrerá uma intensificação na cor vermelha.
Outro equilíbrio, bastante interessante para observações experimentais, é aquele entre
cromatos (soluções amarelas) e dicromatos (soluções alaranjadas), em solução aquosa.
Dissolvendo certa quantidade de dicromato de potássio em água, ocorrerá a dissociação do sal:
K2Cr2O7 (s) + H2O (l) D 2 K+ (aq) + Cr2O72 – (aq)

O ânion Cr2O72 – e a água entram em equilíbrio:

Cr2O72 – (aq) + H2O (l) D 2 CrO42 – (aq) + 2 H+ (aq)

Deslocando-se o equilíbrio para a formação de produtos, o meio se tornará


amarelo, deslocando-o para a formação de reagentes, este se tornará alaranjado.

Química Geral Experimental II – Equilíbrio Químico 16


2.0) Material utilizado
2.1) Tubos de ensaio.
2.2) Proveta de 50,00 ml.
2.3) Pipetas graduadas de 10,00 ml.
2.4) Espátula.
2.5) Papel de filtro.

3.0) Soluções e reagentes


3.1) Cloreto de amônio.
3.2) Cloreto cobaltoso hexahidratado
3.3) Solução de cromato de potássio a 1,0 % (m/v).
3.4) Solução de dicromato de potássio a 0,5 % (m/v).
3.5) Solução de ácido clorídrico 1,00 mol L-1.
3.6) Solução de hidróxido de sódio 1,00 mol L-1.
3.7) Solução de solução de cloreto férrico 5,0 x 10-2 mol L-1.
3.8) Solução de solução de tiocianato de amônio 5,0 x 10-3 mol L-1.
3.9) Cloreto de sódio.
3.10) Solução de nitrato de prata 0,10 mol L-1.
3.11) Hidróxido de amônio.
3.12) Solução de ácido nítrico 1:1 (v/v).
3.13) Sulfato de cobre pentahidratado.

4.0) Procedimento experimental

4.1) Equilíbrio ferro-tiocianato.


4.1.1) Em proveta de 50 ml, adicionar 1,0 mL de solução de cloreto férrico 0,05
mol L-1, 1,0 mL de solução de tiocianato de amônio 0,05 mol L-1 e 38 mL de água destilada. Agitar
e observar.

Química Geral Experimental II – Equilíbrio Químico 17


4.1.2) Numerar quatro tubos de ensaio: 1, 2, 3 e 4. Colocar, em cada tubo, 10
ml da solução na proveta.
4.1.3) Ao tubo 1, adicionar 2 ml de solução de cloreto férrico 0,05 mol L-1. Agitar,
observar e comparar com a coloração do tubo 4.
4.1.4) Ao tubo 2, adicionar cerca de 0,10 g de tiocianato de amônio sólido. Agitar,
observar e comparar com a coloração do tubo 4.
4.1.5) Ao tubo 3, adicionar cerca de 0,10 g de cloreto de amônio sólido. Agitar,
observar e comparar com a coloração do tubo 4.

4.2) Equilíbrio cromato-dicromato.


4.2.1) Numerar quatro tubos de ensaio: 1, 2, 3 e 4. Nos tubos 1 e 2, colocar
solução de cromato de potássio a 1,0 % (m/v) até 1/3 do volume. Aos tubos 3 e 4, adicionar
quantidade semelhante de solução de dicromato de potássio a 0,5 % (m/v).
4.2.2) Ao tubo 1, adicionar cerca de 3,00 ml de solução de ácido clorídrico 1,0
mol L-1 e agitar. Comparar com a coloração do tubo 2.
4.2.3) Ao tubo 3, adicionar cerca de 3,00 ml de solução de hidróxido de sódio
1,0 mol L-1. Comparar com a coloração do tubo 4.

4.3) Equilíbrio dos íons cobalto (II).


4.3.1) Aquecer cerca de 0,50 g de cloreto cobaltoso hexahidratado cristalino em
um tubo de ensaio. Observar. Acrescentar 2,00 mL de água ao tubo. Mergulhar a ponta de um
palito em solução e escrever sobre um papel de filtro. Aquecer o papel em uma chama fraca. A
seguir, expire ar pela boca sobre o papel. Analisar as observações.

4.4) Equilíbrio de íons complexos.


4.5.1) Em um tubo de ensaio, acrescentar cerca de 0,20 g de cloreto de sódio e
2,00 mL de água. Acrescentar cerca de 2,00 mL de solução de nitrato de prata 0,10 mol L-1.
Retirar o líquido sobrenadante e juntar ao sólido, hidróxido de amônio em excesso. Adicionar,
então, solução de ácido nítrico 1:1 (v/v) até obter uma solução ácida. Analisar cuidadosamente
o resultado.

Química Geral Experimental II – Equilíbrio Químico 18


4.5.2) Em um tubo de ensaio, acrescentar cerca de 0,20 g de sulfato de cobre
pentahidratado e 2,00 mL de água. Acrescentar cerca de 2,00 mL de solução de hidróxido de
sódio 1,0 mol L-1. Retirar o líquido sobrenadante e juntar ao sólido, hidróxido de amônio em
excesso. Adicionar, então, solução de hidróxido de sódio 1,0 mol L-1. Observar.

5.0) Questionário
5.1) Escreva as equações químicas e explique todas as etapas do experimento
“Equilíbrio químico”.
5.2) Alguns vegetais, como brócolis, escarola, vagens, etc., quando cozidos, perdem
parcialmente a sua coloração verde. A causa da perda de cor deve-se à seguinte reação:

C55H72O5N4Mg (aq) + 2 H+ (aq) D C55H74O5N4 (aq) + Mg2+ (aq)


Verde Incolor

Com base na equação dada, o que seria mais adequado adicionar ao vegetal, durante o
cozimento, para não ocorrer uma mudança de cor? Explique.
5.3) A metilamina (CH3-NH2) é responsável pelo conhecido “cheiro de peixe”. O
equilíbrio dessa amina é:

CH3-NH2(aq) + H2O (l) D CH3-NH3+ (aq) + OH – (aq)


Cheiro de peixe Sem cheiro

Baseado na equação acima, o que pode ser adicionado para minimizar o forte cheiro de
peixe? Explique.
5.4) De acordo com o equilíbrio abaixo, explique por que o flúor presente em águas
potáveis e cremes dentais fortalece o esmalte dos dentes.

3 Ca3(PO4)2 · Ca(OH)2 (s) + 2 NaF (aq) D 3 Ca3(PO4)2 · CaF2 (s) + 2 NaOH (aq)

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EXPERIMENTO Nº04: Perturbação do estado de equilíbrio

1) Objetivos

1.1) Avaliar de modo qualitativo efeitos da variação da pressão e da temperatura em um


sistema químico em equilíbrio.
1.2) Perceber a constância das propriedades macroscópicas de um sistema em
equilíbrio.
1.3) Reconhecer a invertibilidade das reações em um sistema em equilíbrio.
1.4) Entender argumentos que explicam a natureza dinâmica de um equilíbrio.
1.5) Verificar o deslocamento de um equilíbrio pela variação de alguma propriedade do
sistema.
1.6) Prever em que sentido o equilíbrio é deslocado quando o sistema é sujeito a uma
dada perturbação.

2) Material utiilizado

2.1) 01 seringa de 60 mL.


2.2) 02 seringas de 20 mL.
2.3) Kitassato 250 mL.
2.4) Banho de gelo.
2.5) Água fervente.

3) Soluções e reagentes

3.1) Cobre (raspas ou fio elétrico).


3.2) Ácido nítrico concentrado.

Química Geral Experimental II – Perturbação do estado de equilíbrio 20


4) Procedimento

4.1) Preparo do dióxido de nitrogênio


Trabalhe na capela. Coloque raspas de cobre ou fios elétricos de cobre cortados
em pedaços em frasco kitassato ou Erlenmeyer e goteje ácido nítrico concentrado. Espere que
o dióxido de nitrogênio inicialmente produzido desloque todo o ar do sistema.

4.2) Efeito da pressão sobre o dióxido de nitrogênio


Recolha uma amostra do gás, puxando o êmbolo da seringa de 60 cm3. Quando
preencher um volume de cerca de 50 cm3, feche a pinça. Empurre o êmbolo para dentro da
seringa e mantenha o gás sobre compressão e descompressão várias vezes.
Use um fundo branco para observar melhor.

4.3) Efeito da temperatura sobre o dióxido de nitrogênio


Prepare três béqueres, respectivamente com banhos de gelo e água, água à
temperatura ambiente e água fervente.
Coloque uma seringa com dióxido de nitrogênio em cada um dos banhos.
Troque as ampolas dos banhos de gelo fundente e de água fervente entre si.
Deixe que todas as ampolas voltem à temperatura ambiente. Anote todas as
observações.

5) Questionário

5.1) Preveja o efeito do aumento da pressão e da temperatura sobre um sistema


químico qualquer.
5.2) Repita o item 5.1 para o sistema químico envolvido neste experimento.
5.3) Explique todas as etapas (4.1, 4.2 e 4.3) deste experimento.

Química Geral Experimental II – Perturbação do estado de equilíbrio 21


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Departamento de Química e Exatas – Campus de Jequié.
Disciplina: Química Geral Experimental.

EXPERIMENTO Nº05: Ácidos e bases.

1.0) Introdução.
A água pura apresenta uma condutividade elétrica definida, ainda que baixa, como
consequência de sua habilidade em sofrer auto-dissociação:

2 H2O(l) D H3O+(aq) + OH−(aq)


A condição de equilíbrio desta dissociação pode ser escrita como:

[H3O+] [OH-] / [H2O]2 = K’

Como a concentração de moléculas de água é essencialmente constante:

[H+] [OH-] = K’ [H2O]2 = Kw

Kw = constante de dissociação para água. Kw = 1.0 x 10-14, a 25oC.

Sempre que a concentração do íon hidrogênio se iguala à concentração do íon hidróxido,


como na água pura, dizemos que a solução é neutra. Um ácido é uma substância que torna a
concentração do H+ maior que a concentração do OH-, reciprocamente, uma base torna a
concentração do OH- maior que a concentração do H+.
O termo pH é muito empregado no nosso dia a dia: rótulos de garrafas de água mineral
dizem que esta água tem, geralmente, pH = 5.5. Os rótulos de xampus avisam que o pH alcalino
é ideal para lavar cabelos. Este termo foi inventado pelo bioquímico Sören Sörensen em 1909
para indicar a concentração de íons H+, [H+], e a letra p (minúscula) significa menos logaritmo
de.
pH= - log [H+]

Química Geral Experimental II – Ácidos e Bases 22


2.0) Material utilizado.
2.1) Tubos de ensaio.
2.2) Peneira.
2.3) Repolho roxo.
2.4) 02 Provetas de 10 mL.
2.5) Conta-gotas.
2.6) Béquer de 500 mL.
2.7) Lamparina ou bico de Bunsen.

3.0) Soluções e reagentes.


3.1) Solução de ácido clorídrico (HCl) 0,10 mol L-1.
3.2) Solução de hidróxido de sódio (NaOH) 0,10 mol L-1.
3.3) Detergente (amoníaco).
3.4) Vinagre branco.
3.5) Leite.
3.6) Mistura de água e sabão.
3.7) Suco de limão.
3.8) Clara de ovo.
3.9) Coca-cola

4.0) Procedimento experimental.


4.1) Preparo do extrato do repolho roxo: Cortar o repolho em pedaços pequenos e
colocar no béquer com água. Ferver até que a água seja reduzida à metade do volume inicial.
Com o auxílio da peneira, filtrar a solução obtida.

4.2) Preparo da escala padrão: Preparar nos tubos de ensaio as soluções indicadas na
tabela 1. Rotular os tubos com os valores de pH aproximados, de acordo com a tabela.

Química Geral Experimental II – Ácidos e Bases 23


Tabela 1: Preparo da escala padrão
Valor do pH Procedimento
(aproximado)
1 5,00 ml de HCl 0,10 mol L-1+ 5,00 ml de extrato de repolho
3 5,00 ml de água dest. + 5 gotas de vinagre + 5,00 ml de extrato de repolho
5 5,00 ml de álcool + 5,00 ml de extrato de repolho
6 5,00 ml de água dest. + 5,00 ml de extrato de repolho
9 5,00 ml de água dest. + 1 gota de detergente + 5,00 ml de extrato de repolho
11 5,00 ml de água dest. + 5 gotas de detergente + 5,00 ml de extrato de repolho
12 5,00 ml de solução de NaOH 0,10 mol L-1 + 5,00 ml de extrato de repolho

4.3) Testando o pH de diferentes materiais: Colocar em cada tubo de ensaio de 5 mL


de água destilada e 5 mL de extrato de repolho roxo. Acrescente a cada um cinco gotas do
material a ser testado. Materiais testados: leite, mistura de água e sabão, suco de limão, clara
de ovo e Coca-cola. Compare a cor obtida com a escala padrão.

4.4) Em um frasco de Erlenmeyer, colocar 20,00 mL de solução diluída de hidróxido de


sódio e algumas gotas de extrato de repolho roxo; deixar passar, lentamente, uma corrente de
gás carbônico. Observar.

5.0) Questionário.
5.1) Quais dos materiais testados são ácidos? Entre esses, quais são os mais ácidos?
5.2) Quais são básicos? Quais são mais básicos?
5.3) Certo material confere cor lilás ao repolho roxo. Em que faixa de pH esse material
se encontra?
5.4) Explique o que ocorreu no experimento do item 4.5. Mostre reações.
5.5) Os ácidos e bases são duas importantes classes de compostos químicos e foram
definidos de várias maneiras. Defina ácido e base segundo as definições de Arrhenius, Brönsted-
Lowry e Lewis.
5.6) Defina: hidrólise, produto iônico da água e indicador.

Química Geral Experimental II – Ácidos e Bases 24


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Departamento de Química e Exatas
Disciplina: Química Geral Experimental II

EXPERIMENTO Nº06: Determinação da constante de equilíbrio de ácidos e


bases

1.0) Introdução

Quando se tem em uma solução um ácido fraco qualquer se observa o seguinte sistema
em equilíbrio:

HA(aq) + H2O(l) D H3O+(aq) + A¯(aq)

“A” representa o ânion de um ácido fraco qualquer. A condição de equilíbrio associada a este
sistema é dada por:

Ka = [H3O+][A-] / [HA]

Ka é a constante de dissociação do ácido acético.


No equilíbrio, tem-se:

HÁ(aq) + H2O (l) D H3O+(aq) + A-(aq)


(1 – α)C αC αC

Onde α é o grau de dissociação do ácido e C é a concentração inicial do ácido.


Portanto, no equilíbrio, tem-se as seguintes concentrações:

[H3O+] = [A-] = αC
[HÁ] = (1 – α)C

Substituindo estas duas expressões na equação da constante de equilíbrio temos:

Ka = αC αC / (1 – α)C = α2C2/ (1 – α)C

Ka = α2C/ (1 – α)

Química Geral Experimental II – Determinação da constante de equilíbrio de ácidos e bases 25


Portanto, para determinar a constante de dissociação de um ácido fraco deve-se
determinar o valor do grau de dissociação em uma solução de concentração conhecida. Para
determinar o grau de dissociação, mede-se o pH da solução. Este por sua vez dá o valor da
concentração de H3O+ que permite calcular o valor de α.
Este mesmo raciocínio pode ser desenvolvido para as bases fracas, chegando-se às
mesmas equações. Apenas deve-se prestar atenção para o fato de que [OH-] = αC e que o pH,
portanto deve ser transformado em pOH para que se possa proceder aos cálculos.

2.0) Objetivo
Determinar a constante Ka do ácido acético e a constante Kb da amônia.

3.0) Material utilizado

3.1) 06 Balões volumétricos de 100 mL


3.2) 06 Béqueres de 100 mL
3.3) Medidor de pH

4.0) Soluções e reagentes

4.1) Solução comercial de ácido acético


4.2) Solução comercial de amônia

5.0) Procedimento

5.1) A partir da solução comercial de ácido acético (100% m/m, densidade = 1,05 g mL-
1
) prepare 100 mL de solução 0,025 mol L-1, 100mL de solução 0,10 mol L-1 e 100mL de solução
0,50mol L-1. Coloque cada uma destas soluções em béqueres de 50mL e meça o pH anotando
na Tabela 2.
5.2) A partir da solução comercial de amônia (28% m/m, densidade = 0,910 g mL-1)
prepare 100 mL de uma solução 0,025mol L-1, 100mL de uma solução 0,10mol L-1 e 100mL de
uma solução 0,50mol L-1. Coloque cada uma destas soluções em béqueres de 50mL e meça o
pH anotando na Tabela 3.

Química Geral Experimental II – Determinação da constante de equilíbrio de ácidos e bases 26


Tabela 2: Valores de Ka do ácido acético

Concentração (molL-1) pH α Ka
0,025
0,10
0,50

Tabela 3: Valores de Kb da amônia

Concentração (molL-1) pH pOH α Kb


0,025
0,10
0,50

6.0) Questionário

6.1) Qual o valor do Ka do ácido acético? Mostre os seus cálculos.


6.2) Qual o valor do Kb da amônia? Mostre os seus cálculos.
6.3) A constante de dissociação do HCN é 4,8 x 10-10. Para uma solução 0,102 mol L-1.
Calcule o grau de dissociação α. Qual é o pH desta solução?
6.4) A constante de dissociação do ácido fórmico, HCOOH, é 1,8 x 10-1. Para uma
solução do ácido, preparada dissolvendo-se 1,0 mol em 1,0 litro de solução, calcule as
concentrações de HCOOH, H3O+, COOH- e OH-.
6.5) A amônia produz o íon hidroxila de acordo com a equação abaixo. Utilizando a
constante Kb determinada na prática, Calcule as concentrações de NH4+, NH3, H3O+ e OH-.

NH3 + H2O D NH4+ + OH-

Química Geral Experimental II – Determinação da constante de equilíbrio de ácidos e bases 27


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Departamento de Química e Exatas
Disciplina: Química Geral Experimental II

EXPERIMENTO Nº07: Reações de oxidação-redução

1.0) Objetivos
1.1) Interpretar o potencial de eletrodo.
1.2) Reconhecer que a deposição eletrolítica de um metal é uma reação química.
1.3) Colocar os metais e o hidrogênio na seqüência dos seus potenciais de eletrodo.

2.0) Material utilizado


2.1) Tubos de ensaio.
2.2) Estante para tubos de ensaio.
2.3) Esponja de aço ou lixa.

3.0) Soluções e reagentes


3.1) Raspas de magnésio.
3.2) Raspas de zinco.
3.3) Raspas de cobre.
3.4) Lâmina de cobre
3.5) Lâmina de zinco
3.6) Lâmina de chumbo
3.7) Sulfato de magnésio 0,10 mol L-1.
3.8) Sulfato de zinco 0,10 mol L-1.
3.9) Ácido clorídrico 0,10 mol L-1.
3.10) Iodeto de potássio 0,10 mol L-1.
3.11) Brometo de sódio 0,10 mol L-1.
3.12) Cloreto de sódio 0,10 mol L-1.
3.13) Solução de cloro.
3.14) Solução de bromo.
3.15) Solução de iodo.
3.16) Clorofórmio.
Química Geral Experimental II – Reações de oxidação-redução 28
3.17) Soluções A, B, C e D, fornecidas pelo professor

4.0) Procedimento

4.1) Poder redutor dos metais


Coloque em cada tubo de ensaio raspas do metal indicado na segunda coluna da
Tabela 4 e a solução dos cátions da terceira coluna. Anote as observações em cada caso.

Tabela 4: Reações de metais com íons em solução


Tubo Metal Cátion Observações
1 Mg Mg2+
2 Mg Zn 2+
3 Mg Cu2+
4 Mg H+
5 Zn Mg2+
6 Zn Zn2+
7 Zn Cu2+
8 Zn H+
9 Cu Mg2+
10 Cu Zn2+
11 Cu Cu2+
12 Cu H+

4.2) Poder oxidante dos halogênios.


Verificar as cores dos halogênios dissolvidos em clorofórmio. Para isso adicione
algumas gotas de solução dos halogênios, separadamente, em tubos de ensaio contendo
clorofórmio. Coloque em cada tubo de ensaio a solução do halogênio da segunda coluna da
Tabela 5 e a solução do haleto da terceira coluna. Adicione um pequeno volume (1,0 mL) de
clorofórmio em cada tubo de ensaio. Agite. Anote as observações em cada caso.

Química Geral Experimental II – Reações de oxidação-redução 29


Tabela 5: Reações de halogênios com haletos

Tubo Halogênio Ânion Observações


1 Cl2 Cl–
2 Cl2 Br–
3 Cl2 I–
4 Br2 Cl–
5 Br2 Br–
6 Br2 I–
7 I2 Cl–
8 I2 Br–
9 I2 I–

4.3) Identificação de cátions.


Limpar, com esponja de aço ou lixa, as lâminas metálicas de cobre, zinco e chumbo
até que fiquem brilhantes. Em seguida, limpar com toalha de papel. Adicionar uma gora de cada
uma das soluções A, B, C e D às três lâminas e observar o que acontece. O aparecimento de
uma mancha na lâmina indica reação. Como as reações nem sempre são instantâneas, esperar
uns três minutos para chegar a uma conclusão definitiva. Na tabela 6, escreva "+", se ocorreu
reação, e "-", em caso contrário.

Tabela 6: Reações para identificação de cátions

Solução Lâmina de cobre Lâmina de zinco Lâmina de chumbo


A
B
C
D

Química Geral Experimental II – Reações de oxidação-redução 30


5.0) Questionário.
5.1) Explique os experimentos dos itens 4.1 e 4.2 e discuta os resultados obtidos.

5.2) Calcule Eo para todos os sistemas do item 4.3 do experimento. Siga o exemplo:

Cátion Ag+/ Lâmina de Pb:


2Ag+(aq) + 2e- D 2Ago (s) Eo = +0,7991 V
Pbo (s) D Pb+2 + 2e- Eo = +0,1260 V
2Ag+(aq) + Pbo (s) D 2Ago (s) + Pb+2 DEo = +0,9251 V

Essa reação ocorre; logo, na tabela, corresponde a um quadrinho com "+".

5.3) Correlacione todos os resultados do item anterior com a tabela obtida no


experimento, identificando os cátions das soluções A, B, C e D.

5.4) Suponha que você precisa identificar os cátions de quatro soluções desconhecidas.
Sabe-se que esses cátions são Mg2+, Cd2+, Pb2+ e Au3+. Baseando-se no experimento do item
4.3, como você procederia, sendo que dispõe de lâminas de alumínio, níquel e cobre?
Esquematize as reações e valores de potenciais.

Química Geral Experimental II – Reações de oxidação-redução 31


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Departamento de Química e Exatas
Disciplina: Química Geral Experimental II

EXPERIMENTO Nº08: Verificação experimental da equação de Nernst

1.0) Objetivos
1.1) Montar células eletroquímicas e determinar a diferença de potencial para cada
uma delas.
1.2) Compreender a variação da força eletromotriz de uma pilha (célula galvânica) com
a variação das concentrações dos íons que fazem parte dos eletrodos da pilha.
1.3) Verificar a equação de Nernst.

2.0) Material utilizado


2.1) Béqueres.
2.2) Balões volumétricos de 100 mL.
2.3) Vaso poroso.
2.4) Voltímetro.
2.5) Fios condutores.
2.6) Tubo em U.
2.7) Esponja de aço ou lixa.

3.0) Soluções e reagentes


3.1) Solução saturada de cloreto de potássio.
3.2) Solução de sulfato de cobre 1,0 mol L-1.
3.3) Solução de sulfato de zinco 1,0 mol L-1.
3.4) Solução de sulfato de sódio 1,0 mol L-1.
3.4) Lâmina de zinco metálico.
3.5) Lâmina de cobre metálico.

Química Geral Experimental II – Verificação experimental da equação de Nernst 32


4.0) Procedimento

4.1) Meça 0,1; 1,0 e 10,0 mL de solução 1,0 mol L-1 de sulfato de zinco e dilua em balões
volumétricos de 100 mL, completando o volume com solução 0,5 mol L-1 de sulfato de sódio.

4.2) Meça com uma pipeta, 0,1; 1,0 e 10,0 mL de solução 1,0 mol L-1 de sulfato de cobre
e dilua em balões volumétricos de 100 mL, completando o volume com solução 0,5 mol L-1 de
sulfato de sódio.

4.3) Numere três béqueres de 1 a 3 e coloque em cada um deles uma das soluções de
sulfato zinco preparadas. Numere três béqueres de 4 a 6 e coloque em cada um deles uma das
soluções de sulfato de cobre preparadas.

4.4) Prepare a ponte salina enchendo um tubo de vidro em U com solução 1,0 mol L-1
de sulfato de sódio e tampando as extremidades do tubo com algodão embebido nessa solução.
Cuidado para que não se formem bolhas no interior do tubo.

4.5) Lixe muito bem e lave as placas de cobre e zinco.

4.6) Monte células eletroquímicas conforme a Figura 1. Meça as tensões elétricas das
pilhas construídas em função das concentrações de Zn2+ e de Cu2+, segundo os dados da Tabela
7. Ao passar de uma medida para outra, lixe novamente, muito bem, as placas de cobre e zinco
e troque os algodões da ponte salina.

Tabela 7 – Combinação das soluções de ZnSO4 e de CuSO4 para a construção das várias pilhas.
Solução Combinação
ZnSO4 1 1 1 2 2 2 3 3 3
CuSO4 4 5 6 4 5 6 4 5 6
D E0

Química Geral Experimental II – Verificação experimental da equação de Nernst 33


Voltímetro

Lâmina de cobre Lâmina de zinco


Ponte salina
com cloreto de potássio

Solução de sulfato de cobre Solução de sulfato de zinco

Figura 1: Pilha com ponte salina.

4.7) Utilizando somente as soluções nos béqueres 3 e 6, monte uma célula


eletroquímica conforme a Figura 2. Determine com um voltímetro a diferença de potencial elétrico
entre as semi-células. Faça as anotações necessárias.

Voltímetro

Lâmina de cobre
Lâmina de zinco
Vaso poroso

Solução de
sulfato de cobre

Solução de sulfato de zinco

Figura 2: Pilha com separação porosa.

Química Geral Experimental II – Verificação experimental da equação de Nernst 34


5.0) Questionário.
5.1) Escreva as semi–reações de cada um dos eletrodos e a reação da pilha de Daniell.
5.2) Observando as semi–reações, indique qual eletrodo é o ânodo e qual é o cátodo.
Justifique.

5.3) Consulte uma tabela e anote os valores dos potenciais padrão de redução para as
seguintes semi–equações:

Cu2+(aq) + 2e- D Cuo(s) Eo = V

Zn2+ (aq) + 2e- D Zno(s) Eo = V

Com base nestes dados, calcule a diferença de potenciais elétricos da célula eletroquímica.
5.4) Compare o valor calculado da diferença de potenciais da célula com os valores
observados experimentalmente. Calcule o erro percentual das medidas e justifique.
5.5) Qual a finalidade do material poroso e da ponte salina nas células eletroquímicas?
5.7) Relacione a diferença de potencial elétrico de uma célula eletroquímica com a
espontaneidade da reação. Por que, na pilha do experimento, a redução do zinco e a oxidação
do cobre não ocorrem espontaneamente? O que seria preciso para que esses processos
ocorram?
5.8) Construa um gráfico de log [Zn2+]/[Cu2+] versus D E0, utilizando os dados da Tabela
1. Verifique a validade da Equação de Nernst.

Química Geral Experimental II – Verificação experimental da equação de Nernst 35


Referências Bibliográficas

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Moderna LTDA, 1a edição, 1982.
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7.0) Maham, B. H; Myers, R. J. Química, um curso Universitário. 5ª ed. São Paulo: Edgard
Bluch, 1993.
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1990. Volumes I e II.
9.0) D’Connor, R. Introdução à Química. São Paulo: Harper & Row, 1977.
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11.0) Quagliano, J. V; Vallarino, L. M. Química. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1979.
12.0) Vogel, A. Análise Inorgânica Quantitativa. Ed. LTC, 5a edição, 1992, Rio de Janeiro.
13.0) Russel, J. B. Química Geral. São Paulo: Mc Graw Hill, 1994. Volumes I e II.
14.0) Sienko, M. J.; Plane, R. A. Química, Ed. Nacional, 1967, Rio de Janeiro.

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