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Química Geral
Experimental II
0,34 V
Ponte salina
CuSO4(aq) H2SO4(aq)
Roteiro de Experimentos
Jequié – BA, 2023
Apresentação
Este conjunto de roteiros de experimentos em Química Geral II foi elaborado para ser
utilizado pelos alunos dos cursos de Química (Licenciatura e Bacharelado) da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus de Jequié.
O objetivo deste trabalho é uniformizar o conhecimento dos alunos em relação ao
laboratório químico e adequar a discussão prática à teoria abordada durante o curso.
Apresentação ................................................................................................................................ 2
Índice............................................................................................................................................. 3
Referências Bibliográficas........................................................................................................... 36
2.1) Queimaduras.
2.1.1) Queimaduras causadas por calor seco (chama e objetos aquecidos). No
caso de queimaduras leves, aplicar pomada de picrato de butezina. No caso de queimaduras
graves, elas devem ser cobertas com gaze esterilizada, umedecida, com solução aquosa de
bicarbonato de sódio a 5 % (m/v).
2.1.2) Queimaduras por ácidos. Lavar imediatamente o local com água em
abundância, durante cerca de 20 minutos. Em seguida lavar com solução saturada de
bicarbonato de sódio e novamente com água.
2.1.3) Queimaduras por álcalis. Lavar a região atingida imediatamente com
bastante água, durante cinco minutos. Tratar com solução de ácido acético a 1 % (m/v) e
novamente tratar com água.
2.2) Ácido nos olhos. Nos laboratórios, existem lavadores de olhos acoplados aos
chuveiros de emergência. A lavagem deve ser feita por 15 minutos, após o que se aplica solução
de bicarbonato de sódio sódio a 1 % (m/v).
2.3) Álcalis nos olhos. Proceder como no item anterior, apenas substituindo a solução
de bicarbonato por uma solução de ácido bórico a 1 % (m/v).
2.4) Intoxicações por gases. Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a
descansar.
1.0) Introdução
Para a reação entre ácidos fortes e bases fortes, o ΔH da reação de neutralização é constante,
porque corresponde sempre à mesma reação. Por exemplo:
HCl (aq)+NaOH (aq) D NaCl (aq) + H2O(l) ΔH = -13,8 kcal mol-1
H+(aq) + Cl- (aq) + Na+(aq) + OH- (aq) D Na+(aq) + Cl- (aq) + H2O(l)
4.0) Procedimento
Béquer de 600 mL
Béquer de 100 mL
Lã de vidro
QNaOH = Δt(mH2OcH2O+mvcv)
Onde:
Q = quantidade de calor cedida ou recebida por um material;
m = massa desse material que cede ou recebe calor Q;
c = calor específico desse material;
Δt = diferença de temperatura provocada pelo calor Q (ou seja, a diferença entre a
temperatura inicial e a temperatura final);
QNaOH = Calor liberado na dissolução do hidróxido de sódio;
QH2O = Calor absorvido pela água;
QV = Calor absorvido pelo vidro do béquer;
CH2O = Calor específico da água 1,00 cal g-1 ºC-1;
Cv = calor específico do vidro = 0,22 cal g-1 ºC-1;
mv = massa do vidro = massa do béquer = ..........g.
Parte do calor produzido na reação foi absorvida pelo NaOH formado, mas, para simplificar
os cálculos, não leve em conta essa absorção de calor pelo NaOH
O volume de 100 mL após a reação deve ser considerado como sendo constituído
somente de água, e não de uma solução de NaCl; temos 100 mL de água, volume que eqüivale
a mH2O = 100g.
QNaOH = QH2O + Qv
QNaOH = mH2O cH2O Δt + mvcvΔt
QNaOH = Δt(mH2OcH2O+mvcv)
5.3) Por que a entalpia de neutralização é sempre a mesma para a reação de ácidos
fortes com bases fortes?
5.4) Por que, quando se utilizam ácidos e/ou bases fracos, neste experimento, o ΔH
não é igual a -13,8 kcal mol-1?
5.5) Escreva a equação termoquímica da dissolução do NaOH.
5.6) Qual a finalidade da lã de vidro utilizada na aparelhagem?
5.7) Por que as pesagens de hidróxido de sódio devem ser feitas rapidamente?
5.8) Escreva a equação termoquímica da reação entre HCl e o NaOH.
5.9) Cite algumas causas de erro experimental nos dois experimentos.
1.0) Introdução
A lei da ação das massas (lei de Guldberg e Waage), para uma reação genérica:
aA + bB + cC → mM + nN + oO
O enxofre formado é insolúvel em água, provocando uma turvação que permite observar
quando a reação ocorre. Assim, pode-se medir to tempo de duração da reação. Mantendo fixa a
concentração de ácido e adicionando água à solução de tiossulfato de sódio, verifica-se como a
diminuição da concentração de um dos reagentes influi na velocidade da reação. Dadas as
variáveis:
∆n = número de mols que reagiram: CV
∆t = tempo (em segundos) de duração da reação
V = ∆n / ∆t
E = (½) mv2
4.4.1) Carregar corretamente três buretas com água, solução de ácido sulfúrico 0,3
mol L-1 e solução de tiossulfato de sódio 0,3 mol L-1, respectivamente.
1 6 0 6
2 4 2 6
3 3 3 6
4 2 4 6
4.4.4) Adicionar 4,0 mL de solução de ácido sulfúrico 0,3 mol L-1 no tubo 1 e acionar
um cronômetro imediatamente. Observar atentamente o tubo 1, e assim que aparecer uma
turvação, parar o cronômetro e anotar o tempo. Colocar na tabela o tempo da reação
correspondente ao tubo 1. Descartar o conteúdo 1 imediatamente, para evitar que o mesmo fique
manchado.
1.0) Introdução
Henri Louis Le Chatelier, cientista francês, enunciou o princípio do deslocamento de
equilíbrios químicos: “Quando uma força atua sobre um sistema em equilíbrio químico, este se
desloca no sentido de anular a força aplicada”.
Esse é o “princípio da fuga entre a força”, de Le Chatelier. A concentração, a pressão e a
temperatura são as “forças” que atuam sobre os equilíbrios químicos. Aumentando-se a
concentração de um dos componentes do equilíbrio, ele se desloca no sentido de consumir o
reagente adicionado. Diminuindo-se a concentração de um dos componentes do equilíbrio, ele
se desloca para repor o componente retirado.
No equilíbrio: FeC!3 (aq) + 3 NH4SCN (aq) D Fe(SCN) 3 (aq) + 3 NH4C! (aq), o Fe(SCN)3 é um
sal solúvel de cor vermelha característica. É fácil concluir que, deslocando-se o equilíbrio para a
direita, ocorrerá uma intensificação na cor vermelha.
Outro equilíbrio, bastante interessante para observações experimentais, é aquele entre
cromatos (soluções amarelas) e dicromatos (soluções alaranjadas), em solução aquosa.
Dissolvendo certa quantidade de dicromato de potássio em água, ocorrerá a dissociação do sal:
K2Cr2O7 (s) + H2O (l) D 2 K+ (aq) + Cr2O72 – (aq)
5.0) Questionário
5.1) Escreva as equações químicas e explique todas as etapas do experimento
“Equilíbrio químico”.
5.2) Alguns vegetais, como brócolis, escarola, vagens, etc., quando cozidos, perdem
parcialmente a sua coloração verde. A causa da perda de cor deve-se à seguinte reação:
Com base na equação dada, o que seria mais adequado adicionar ao vegetal, durante o
cozimento, para não ocorrer uma mudança de cor? Explique.
5.3) A metilamina (CH3-NH2) é responsável pelo conhecido “cheiro de peixe”. O
equilíbrio dessa amina é:
Baseado na equação acima, o que pode ser adicionado para minimizar o forte cheiro de
peixe? Explique.
5.4) De acordo com o equilíbrio abaixo, explique por que o flúor presente em águas
potáveis e cremes dentais fortalece o esmalte dos dentes.
3 Ca3(PO4)2 · Ca(OH)2 (s) + 2 NaF (aq) D 3 Ca3(PO4)2 · CaF2 (s) + 2 NaOH (aq)
1) Objetivos
2) Material utiilizado
3) Soluções e reagentes
5) Questionário
1.0) Introdução.
A água pura apresenta uma condutividade elétrica definida, ainda que baixa, como
consequência de sua habilidade em sofrer auto-dissociação:
4.2) Preparo da escala padrão: Preparar nos tubos de ensaio as soluções indicadas na
tabela 1. Rotular os tubos com os valores de pH aproximados, de acordo com a tabela.
5.0) Questionário.
5.1) Quais dos materiais testados são ácidos? Entre esses, quais são os mais ácidos?
5.2) Quais são básicos? Quais são mais básicos?
5.3) Certo material confere cor lilás ao repolho roxo. Em que faixa de pH esse material
se encontra?
5.4) Explique o que ocorreu no experimento do item 4.5. Mostre reações.
5.5) Os ácidos e bases são duas importantes classes de compostos químicos e foram
definidos de várias maneiras. Defina ácido e base segundo as definições de Arrhenius, Brönsted-
Lowry e Lewis.
5.6) Defina: hidrólise, produto iônico da água e indicador.
1.0) Introdução
Quando se tem em uma solução um ácido fraco qualquer se observa o seguinte sistema
em equilíbrio:
“A” representa o ânion de um ácido fraco qualquer. A condição de equilíbrio associada a este
sistema é dada por:
Ka = [H3O+][A-] / [HA]
[H3O+] = [A-] = αC
[HÁ] = (1 – α)C
Ka = α2C/ (1 – α)
2.0) Objetivo
Determinar a constante Ka do ácido acético e a constante Kb da amônia.
5.0) Procedimento
5.1) A partir da solução comercial de ácido acético (100% m/m, densidade = 1,05 g mL-
1
) prepare 100 mL de solução 0,025 mol L-1, 100mL de solução 0,10 mol L-1 e 100mL de solução
0,50mol L-1. Coloque cada uma destas soluções em béqueres de 50mL e meça o pH anotando
na Tabela 2.
5.2) A partir da solução comercial de amônia (28% m/m, densidade = 0,910 g mL-1)
prepare 100 mL de uma solução 0,025mol L-1, 100mL de uma solução 0,10mol L-1 e 100mL de
uma solução 0,50mol L-1. Coloque cada uma destas soluções em béqueres de 50mL e meça o
pH anotando na Tabela 3.
Concentração (molL-1) pH α Ka
0,025
0,10
0,50
6.0) Questionário
1.0) Objetivos
1.1) Interpretar o potencial de eletrodo.
1.2) Reconhecer que a deposição eletrolítica de um metal é uma reação química.
1.3) Colocar os metais e o hidrogênio na seqüência dos seus potenciais de eletrodo.
4.0) Procedimento
5.2) Calcule Eo para todos os sistemas do item 4.3 do experimento. Siga o exemplo:
5.4) Suponha que você precisa identificar os cátions de quatro soluções desconhecidas.
Sabe-se que esses cátions são Mg2+, Cd2+, Pb2+ e Au3+. Baseando-se no experimento do item
4.3, como você procederia, sendo que dispõe de lâminas de alumínio, níquel e cobre?
Esquematize as reações e valores de potenciais.
1.0) Objetivos
1.1) Montar células eletroquímicas e determinar a diferença de potencial para cada
uma delas.
1.2) Compreender a variação da força eletromotriz de uma pilha (célula galvânica) com
a variação das concentrações dos íons que fazem parte dos eletrodos da pilha.
1.3) Verificar a equação de Nernst.
4.1) Meça 0,1; 1,0 e 10,0 mL de solução 1,0 mol L-1 de sulfato de zinco e dilua em balões
volumétricos de 100 mL, completando o volume com solução 0,5 mol L-1 de sulfato de sódio.
4.2) Meça com uma pipeta, 0,1; 1,0 e 10,0 mL de solução 1,0 mol L-1 de sulfato de cobre
e dilua em balões volumétricos de 100 mL, completando o volume com solução 0,5 mol L-1 de
sulfato de sódio.
4.3) Numere três béqueres de 1 a 3 e coloque em cada um deles uma das soluções de
sulfato zinco preparadas. Numere três béqueres de 4 a 6 e coloque em cada um deles uma das
soluções de sulfato de cobre preparadas.
4.4) Prepare a ponte salina enchendo um tubo de vidro em U com solução 1,0 mol L-1
de sulfato de sódio e tampando as extremidades do tubo com algodão embebido nessa solução.
Cuidado para que não se formem bolhas no interior do tubo.
4.6) Monte células eletroquímicas conforme a Figura 1. Meça as tensões elétricas das
pilhas construídas em função das concentrações de Zn2+ e de Cu2+, segundo os dados da Tabela
7. Ao passar de uma medida para outra, lixe novamente, muito bem, as placas de cobre e zinco
e troque os algodões da ponte salina.
Tabela 7 – Combinação das soluções de ZnSO4 e de CuSO4 para a construção das várias pilhas.
Solução Combinação
ZnSO4 1 1 1 2 2 2 3 3 3
CuSO4 4 5 6 4 5 6 4 5 6
D E0
Voltímetro
Lâmina de cobre
Lâmina de zinco
Vaso poroso
Solução de
sulfato de cobre
5.3) Consulte uma tabela e anote os valores dos potenciais padrão de redução para as
seguintes semi–equações:
Com base nestes dados, calcule a diferença de potenciais elétricos da célula eletroquímica.
5.4) Compare o valor calculado da diferença de potenciais da célula com os valores
observados experimentalmente. Calcule o erro percentual das medidas e justifique.
5.5) Qual a finalidade do material poroso e da ponte salina nas células eletroquímicas?
5.7) Relacione a diferença de potencial elétrico de uma célula eletroquímica com a
espontaneidade da reação. Por que, na pilha do experimento, a redução do zinco e a oxidação
do cobre não ocorrem espontaneamente? O que seria preciso para que esses processos
ocorram?
5.8) Construa um gráfico de log [Zn2+]/[Cu2+] versus D E0, utilizando os dados da Tabela
1. Verifique a validade da Equação de Nernst.