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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Departamento de Engenharia Civil

CONCRETO PROTENDIDO

Prof. Mayra Soares Pereira Lima Perlingeiro


Prof. Luiz Antonio Vieira Carneiro
Concreto Protendido
 Um barril de madeira é um caso típico de estrutura protendida. Seus
“gomos” são ligados por aros metálicos. A compressão produzida
pelos aros se opõe às tensões causadas pela pressão interna
proveniente do líquido contido em seu interior, garantindo a
estanqueidade da estrutura

Barril de madeira - (Hanai, 2005)


Concreto Protendido

Para transportar uma fila de livros aplicam-se


forças horizontais comprimindo-os uns contra
os outros, mobilizando forças de atrito entre
eles, bem como forças verticais nas
extremidades, o que permite levantá-los

Fila de livros - (Hanai, 2005)


Concreto Protendido

Pfeil (1988): “…artifício que consiste em


introduzir, numa estrutura, um estado prévio
de tensões, de modo a melhorar sua
resistência ou seu comportamento, sob ação
de diversas solicitações.”
A protensão aplicada ao
concreto
 O exemplo da fila horizontal de livros mostra a viabilidade de se
compor uma viga de concreto protendido a partir de “fatias” ou
aduelas pré-moldadas de concreto
Para isso deve-se recorrer a um sistema de protensão que possibilite a
introdução da armadura que vai produzir a força normal necessária,
assim como a ancoragem dessa armadura nas extremidades da viga

Conjunto de blocos pré-moldados


de concreto: a força horizontal é
introduzida através do estiramento
de uma barra de aço que atravessa
os blocos e que é fixada nas
extremidades, criando uma pré-
compressão no conjunto
Blocos pré-moldados com protensão (Hanai, 1999)
Histórico sobre o CP

 1886: P. H. Jackson, São Francisco, EUA


 Surge a primeira ideia de se pré-tensionar o concreto
 Final do século 19:
 Várias patentes de métodos de protensão e ensaios,
sem êxito: a protensão se perdia devido à retração e
fluência do concreto, desconhecidas naquela época

Ponte protendida em balanços sucessivos


(Veríssimo, 1998)
Histórico sobre o CP

 1919: K. Wettstein, Alemanha


 Fabricação de painéis de concreto de pequena
espessura com cordas de aço para piano
 Primeiro a usar aço de alta resistência sob elevadas
tensões, embora sem ter conhecimento de que estas
eram as condições prévias decisivas para o êxito do
concreto protendido
 1923: R. H. Dill, Nebraska, EUA
 Primeiro a reconhecer que se deveriam utilizar fios de
alta resistência sob elevadas tensões para superar as
perdas de protensão
Histórico sobre o CP

 1928: Eugène Freyssinet, França


 Apresentação do primeiro trabalho
consistente sobre o CP:
 Pesquisas sobre as perdas de protensão
produzidas pela retração e deformação
lenta do concreto
 Reconhecimento do efeito duradouro
da protensão através da utilização de
elevadas tensões no aço
 Uma das figuras de maior destaque
no desenvolvimento da tecnologia
do CP:
 Inventou e patenteou métodos
construtivos, aços especiais, concretos
especiais e equipamentos
Histórico sobre o CP

 1941-45: Ponte sobre o Rio Marne, Luzancy


 Projeto de Freyssinet da primeira obra em CP
 Término da construção em 1945, com o final da 2ª
Guerra Mundial
 Após a 2ª Grande Guerra:
 O uso do CP teve grande impulso devido à escassez de
aço, já que ele exige muito menos aço do que as
estruturas metálicas normalmente utilizadas na época

Ponte de Luzancy sobre o Rio Marne


(en.structurae.de/photos)
Histórico sobre o CP

 1944:
 Nascimento da STUP – Société Technique pour I’
Utilisation de la Précontrainte:
 Agrupou em torno de Freyssinet uma equipe de engenheiros
da mais alta competência: Yves Guyon e Pierre Lebelle
 1950:
 Primeira conferência sobre o CP em Paris
 Ponte Balduinstein, Alemanha:
 Projeto de Finsterwalder
 Primeira ponte protendida em
balanços sucessivos

Ponte Balduinstein sobre o Rio Lahn


(en.structurae.de/photos)
Histórico sobre o CP

 1953:
 Publicação da DIN 4227
 1978:
 Publicação do Código Modelo para Estruturas de
Concreto Armado e Concreto Protendido pelo
Comitè Euro-Internacional du Bèton (CEB/FIP)

Ponte sobre o Rio Maranhão (Veríssimo, 1998)


Histórico no Brasil
 1940-48:
 Construção da ponte do Galeão, RJ, ligando a Ilha do
Governador à Ilha do Fundão
 Projeto orientado por Freyssinet, na França e acompanhada
pelo Eng. Carlos Freire Machado
 Na época, a mais extensa ponte em CP do mundo:
 370 m de comprimento e 7.590 m2
Histórico no Brasil
 Uso de vigas I pré-moldadas com pós-tensão completa
 Seção transversal: 19 vigas
 Cálculo da protensão no regime elástico
 Cabos de protensão constituídos por 12 fios lisos de 5 mm
(cabos de 20 tf) envolvidos por duas ou três camadas de papel
Kraft (20/17/12/8):
 Fios e papéis pintados com betume: protensão não-
aderente
Histórico no Brasil

Conteúdo de aula do Prof. Eduardo Thomaz


Histórico no Brasil
 Materiais e equipamentos importados da França

Conteúdo de aula do Prof. Eduardo Thomaz


Histórico no Brasil

Conteúdo de aula do Prof. Eduardo Thomaz


Histórico no Brasil
Histórico no Brasil

Construção da ponte do Galeão - 1948


Conteúdo de aula do Prof. Eduardo Thomaz
Histórico no Brasil

 1950:
 Fundada a STUP brasileira (Sociedade Técnica para a
Utilização da Protensão);
 A partir daí, outras empresas como a VSL e a
DYWIDAG passaram a ter representações no Brasil;

Sistema DYWIDAG ST 85/105


Histórico no Brasil
 1952:
 Iniciada a fabricação do aço de protensão no Brasil:
 Fios com 5 mm de diâmetro
 Ponte de Juazeiro, BA-PE:
 Segunda obra em CP no Brasil: executada com aço brasileiro:
CP 140/160 – Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira
 Ponte rodo-ferroviária ligando Juazeiro (BA) à Petrolina (PE)
 Projeto: Eugène Freyssinet e equipe
 Execução: Estacas Franki Ltda e Campenon Bernard

Ponte de Juazeiro, BA-PE (www.transportes.gov.br/bit/pontes)


Histórico no Brasil
 Recorde mundial na ocasião: 801 m – viga contínua mais longa
(561,45 m)

 Vigas pré-moldadas solidarizadas nos pontos de momento nulo

 Cada viga apoiava-se num pilar e na extremidade em balanço da viga


anterior
Histórico no Brasil

 Emprego de cabos de 12 fios paralelos de 5 mm de diâmetro e


bainhas metálicas de aço de 0,2 mm de espessura – protensão
completa
 Vigas pré-moldadas com nove cabos internos tensionados com 25
tf; 108 cabos externos com comprimento médio de 112 m (2 x
44,8 m e dois balanços de 10,3 m)
 Os cabos externos permaneceram nus protegidos por uma
camada de tinta betuminosa
Histórico no Brasil
 Seção variável com altura passando de 195 cm para 265 cm
nos apoios; alma de largura constante de 14 cm
Histórico no Brasil

 1958:
 Melhora considerável no desempenho do aço de
protensão:
 Tratamento térmico de alívio de tensões
 Surgem as bainhas metálicas flexíveis, com injeção de
argamassa de cimento posterior à protensão dos
cabos – aderência aço/concreto
 Década de 1960:
 Surgem as cordoalhas de 7 fios (1 fio central e 6 fios
em forma de trança em volta) com diâmetros de 12,7
mm e 15,2 mm que substituíram os fios paralelos na
pós-tensão
Histórico no Brasil

 De 1958 a 1968:
 Duas indústrias de fabricação de aço duro de 5 mm;
 Atualmente:
 Apenas um fabricante nacional de aços para CP:
 Belgo-Mineira (ArcelorMittal);

Ponte protendida em balanços sucessivos Ponte protendida em vigas múltiplas


(FIP Industriale - Itália)
Histórico no Brasil

 Além dos aços convencionais para o CP:


 Cordoalhas engraxadas plastificadas:
 Características mecânicas idênticas às das cordoalhas sem
revestimento;
 Camada de graxa na superfície e revestimento com polietileno de alta
densidade (PEAD) que permite o livre movimento da cordoalha em
seu interior;
 Uso principalmente em lajes de edifícios.
 Cordoalhas especiais para estruturas estaiadas:
 Produzidas com três camadas protetoras contra corrosão;
 Encapadas com plástico resistente a raios ultravioletas.
Histórico no Brasil
 Alguns sistemas de protensão desenvolvidos no
Brasil:
 1954: Sistema Rudloff
 1960-65: Sistema do Prof. Walter Pfeil
 1981: Sistema MAC
 Protende
 Impacto Protensão

MAC Niterói – Sistema MAC de protensão

Execução de laje com protensão aderente – Sistema Rudloff


Campo de Aplicação

Elementos Lineares:
 Postes
 Estacas
 Dormentes de ferrovias
 Tirantes
 Vigas

Tirantes protendidos em estruturas


de contenção de maciços terrosos
ou rochosos (Veríssimo, 1998)
Campo de Aplicação

Elementos Lineares:
 Postes, Estacas
 Dormentes de ferrovias
 Tirantes
 Vigas
Campo de Aplicação

Elementos Planos:
 Pisos industriais Cordoalhas engraxadas e plastificadas
 Radiers
 Lajes de edifícios
 Pistas de aeroportos

Hpiso = 15 cm; Faixas


concretadas alternadas

Tempo de construção de 7 dias;


preparo do terreno e protensão.

Piso L = 120m, não há juntas


Campo de Aplicação

Elementos Planos: Cordoalhas engraxadas e plastificadas

 Pisos industriais
 Radiers
 Lajes de edifícios
 Pistas de aeroportos

Fundação de casas populares em radier


Radier protendido de edificação com protendido com cordoalha engraxada
14 pavimentos (e=50 cm) (Comunidade da Construção, 2005)
Campo de Aplicação
Cordoalhas engraxadas e plastificadas
Elementos Planos:
 Pisos industriais
 Radiers
 Lajes de edifícios
 Pistas de aeroportos

Laje Nervurada

Laje Lisa
Campo de Aplicação

Elementos Planos:
 Pisos industriais Cordoalhas engraxadas e plastificadas

 Radiers
 Lajes de edifícios
 Pistas de aeroportos
Campos de aplicação

 Outras aplicações:
 Silos e reservatórios
 Reforços estruturais Reservatório de água em concreto
protendido (Veríssimo, 1998)

 Outros

Museu Nacional de Brasília


(Catálogo da MAC)
Silos em concreto protendido
Vantagens

 Seções mais esbeltas: O emprego obrigatório de aços de alta


resistência, associado a concretos de maior resistência,
permite a redução das dimensões da seção transversal, com
redução substancial do peso próprio.
Estruturas mais leves, menor custo dos pilares e das
fundações
C.P.: redução de custo: concreto (15 a 20%)-aço

Aços de alta resistência: não são viáveis no concreto armado devido


à presença de fissuras de abertura exagerada provocadas pelas
grandes deformações necessárias para explorar a sua alta
resistência.
Vantagens
 Limitação ou eliminação de fissuras ao longo da vida útil
Maior estanqueidade das estruturas : corrosão;
Maior durabilidade;
Após a ação de sobrecarga eventual não prevista, as
fissuras abertas se fecham devido à ação da força de protensão;
 Redução da flecha: A protensão praticamente elimina a
presença de seções fissuradas.
redução da queda da rigidez à flexão correspondente à seção
fissurada;
As solicitações da protensão contrariam as solicitações dos
carregamentos atuantes.
 Dispensa contra-flechas e aparelhos sofisticados de
descimbramento.
 Redução dos esforços tangenciais.
Vantagens

 Elementos estruturais com maior resistência à fadiga:


< variação de tensão no aço cargas móveis
 Execução da protensão como prova de carga: tensões
introduzidas nesta fase são maiores que as correspondentes
à situação da peça em serviço; a estrutura é testada antes
de entrar em funcionamento.
 Desenvolvimento de métodos construtivos: A protensão
permite criar sistemas construtivos diversos:
Pontes: balanços sucessivos, pré-moldados, empurramentos
sucessivos, etc.
 Lajes lisas em edifícios
fundações em lajes  radiers
Desvantagens
 Corrosão do aço de protensão: corrosão eletrolítica e
“corrosão sob tensão” (stress-corrosion) fragilizando a seção
da armadura, Propiciando a ruptura frágil, motivo pelo qual a
armadura protendida deve ser muito bem protegida.
 Forças de grande magnitude na região das ancoragens;
 Controle rigoroso de execução ;
concreto de maior resistência;
Maior precisão na colocação das armaduras de
protensão de modo a garantir as posições de projeto e evitar o
surgimento de esforços não previstos;
Qualidade da injeção de nata nas bainhas

 Perdas da força de protensão : imediatas e diferidas.


 Edifícios altos com lajes protendidas:
> esbeltez horizontal < estabilidade global da estrutura
Definições básicas
(NBR 6118/2014)
 Elementos de concreto protendido:
 Aqueles nos quais parte das armaduras é previamente
alongada por equipamentos especiais de protensão com a
finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a
fissuração e os deslocamentos da estrutura e propiciar o
melhor aproveitamento de aços de alta resistência no ELU
 Armadura ativa:
 Constituída por barras, fios isolados ou cordoalhas,
destinada à produção de forças de protensão, isto é, na
qual se aplica um pré-alongamento inicial

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Definições básicas
(NBR 6118/2014)
 Armadura passiva:
 Qualquer armadura que não seja usada para produzir forças
de protensão, isto é, que não seja previamente alongada
 Concreto com armadura ativa pré-tracionada:
 Concreto protendido em que o pré-alongamento da
armadura ativa é feito utilizando-se apoios independentes
do elemento estrutural, antes do lançamento do concreto,
sendo a ligação da armadura de protensão com os referidos
apoios desfeita após o endurecimento do concreto; a
ancoragem no concreto realiza-se só por aderência

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Definições básicas
(NBR 6118/2014)
 Concreto com armadura ativa pós-tracionada:
 Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura
ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo
utilizados, como apoios, partes do próprio elemento estrutural,
criando posteriormente aderência com o concreto de modo
permanente, através da injeção das bainhas
 Concreto com armadura ativa pós-tracionada sem
aderência:
 Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura
ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo
utilizados, como apoios, partes do próprio elemento estrutural,
mas não sendo criada aderência com o concreto, ficando a
armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados

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Aspectos sobre as diferenças
entre CA e CP
 A diferença entre o CA e o CP está unicamente na
existência ou não de forças de protensão
 A existência de armadura ativa acarreta
procedimentos especiais com relação ao CA
tradicional, tanto no projeto como na execução
 No projeto de peças de CP é necessário calcular
com mais rigor:
 Os efeitos da retração e da fluência do concreto e
da relaxação do aço de protensão

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Aspectos sobre as diferenças
entre CA e CP
 É necessária verificação mais pormenorizada de
todas as etapas da vida da peça:
 A protensão introduz, desde a fase de execução, esforços
importantes nos elementos estruturais
 Na execução, são utilizados sistemas especiais de
protensão e é necessário controle de qualidade mais
rigoroso dos materiais e das peças executadas:
 Requer maior disponibilidade tecnológica: pessoal
especializado e equipamentos (geralmente de custo mais
elevado)

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Concreto Protendido
Concreto Protendido
Efeito da Protensão

Mu CP = Mu CA

Mr CP > Mr CA

fCP < fCA, para um


mesmo nível de
carregamento

Carga deslocamento em peças fletidas de CA e CP


Fundamentos Básicos

 As forças de protensão são obtidas pelas ações elásticas


e transmitidas ao concreto por armaduras de aços de alta
resistência por:
 Aderência e atrito;
 Dispositivos mecânicos - ancoragens e desviadores.
Fundamentos Básicos
 Fpi = Força inicial de protensão

Diagrama tensão x deformação do aço


Fundamentos Básicos
 Avaliação de tensões: utilizam-se as expressões da
resistência dos materiais, com solicitações quase
exclusivas de tensões compressivas. Assim, não tendo
fissuras, tem-se uma peça funcionando no estado
elástico, com a sua seção íntegra.
 Convenção:
 c > 0 - tensões compressivas
 c < 0 - tensões trativas
Fundamentos Básicos
Fundamentos Básicos
Fundamentos Básicos
Fundamentos Básicos
 Verificam-se as tensões normais quanto à compressão
para manter o funcionamento do concreto , para as
solicitações de serviço, no regime elástico, com baixo
nível de deformação por fluência, além de estabelecer
uma margem de segurança à ruptura.
 Projeto: basicamente determinar a força de
protensão, Fp, e sua excentricidade, ep, de tal forma,
que as tensões compressivas estejam dentro dos
limites estipulados por norma.
Exemplo ilustrativo
(Curso de Concreto Protendido do Prof. Sergio Marques - UFF)
Exemplo ilustrativo
(Curso de Concreto Protendido do Prof. Gustavo Veríssimo – UFV)
Materiais
Concreto
 Classes (NBR 6118/14 – item 8.2):
 C25 a C50
 Requer:
 Controle de qualidade do concreto rigoroso:
cimento e agregados
 Proteção eficiente da armadura contra corrosão:
boas características de compacidade e baixa
permeabilidade

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Materiais
Concreto
 Qualidade do concreto de cobrimento
(NBR 6118/14 – item 7.4):
 “a durabilidade das estruturas é altamente dependente das
características do concreto e da espessura e qualidade do
concreto do cobrimento da armadura”
 “ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da
estrutura frente ao tipo e nível de agressividade previsto em
projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a serem
atendidos. Na falta destes e devido à existência de uma forte
correspondência entre a relação água/cimento, a resistência à
compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os
requisitos mínimos expressos na tabela 7.1”

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Materiais
Concreto

Tabela 7.1 da NBR 6118/14– item 7.4

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Materiais-Concreto

 Fatores que justificam resistências elevadas:


 A introdução da força de protensão pode causar solicitações
prévias muito elevadas, frequentemente mais altas que as
correspondentes a uma situação de serviço
 O emprego de concretos e aços de alta resistência permite a
redução das dimensões das peças, diminuindo seu peso
próprio
 Concretos de alta resistência possuem, em geral, módulo de
elasticidade mais elevado, o que diminui tanto as
deformações imediatas como as que ocorrem ao longo do
tempo. Isso reduz os efeitos de perda de protensão oriundos
da retração e da fluência do concreto

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Materiais-Concreto
 Resistência Característica à Compressão
 A resistência é estabelecida a partir de ensaios à compressão
simples , com o rompimento de corpos de prova curado
durante os 28 dias. O fck é o valor mínimo da resistência de
modo que 95% dos resultados dos ensaios estejam acima
deste valor.
 Para se protender e/ou descimbrar antes dos 28 dias, avalia-se
a resistência aos “j” dias menor que 28 dias.
fckj = 1 . fck28
1 = exp{s[1-(28/j)0,5]}
 s=0,38 → CPIII (alto-forno) e IV (pozolâmico)
 s=0,25→ CPI (comum) e II (composto)
 s=0,20 → CPV (ARI)
j é a idade efetiva do concreto, em dias.
60
Materiais-Concreto
 Resistência Característica à Tração

Há três tipos de ensaio para se obter a resistência à tração:


 Tração direta, fct: é determinada aplicando-se tração axial,
até a ruptura, em corpos-de-prova de concreto simples

Fonte: Libânio

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Materiais-Concreto
 Resistência Característica à Tração

 Tração na compressão diametral, fct,sp: é determinada


aplicando-se tração axial, até a ruptura, em corpos-de-prova
de concreto simples (ruptura por fendilhamento).

Fonte: Libânio

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Materiais-Concreto
 Resistência Característica à Tração

 Tração na flexão, fct,f : um corpo-de-prova de seção


prismática é submetido à flexão, com carregamentos em
duas seções simétricas, até à ruptura.

Fonte: Libânio

63
Materiais-Concreto
 Resistência Característica à Tração

 A resistência à tração pura é aproximadamente 85% da


resistência à tração por compressão diametral, e 60% da
resistência obtida pelo ensaio de flexo-tração.

 A resistência à tração indireta fct,sp e a resistência à tração


na flexão fct,f devem ser obtidas em ensaios realizados
segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142,
respectivamente.

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Materiais-Concreto
 Resistência Característica à Tração

 A resistência à tração direta fct pode ser considerada igual a


0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f ou, na falta de ensaios para obtenção
de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio ou
característico por meio das equações seguintes:

fctk,inf = 0,7 fct,m


fctk,sup = 1,3 fct,m
fct,m = 0,3 fck2/3

65
Materiais-Aços para arm. ativas

 Porque elevada resistência?

 Fissuras em peças protendidas com o aço em uso


no CA após as deformações lentas devidas à
retração e fluência perda de alongamento
nas armaduras e consequente redução da força de
protensão

66
Materiais-Aços para arm. ativas

67
Materiais-Aços para arm. ativas
Aplicam-se deformações na ordem de
5,0/1000, sem ultrapassar o limite
elástico. A perda de alongamento está
em torno de 0,8/1000.
Como consequência da def. lenta do
concreto, a força de protensão aplicada
pelas armaduras é variável ao longo do
tempo.

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Materiais-Aços para arm. ativas

 Características:
 Elevada resistência
 Ausência de patamar de escoamento
 Mais econômicos que os aços convencionais usados no
CA: resistência quase quatro vezes maior
 Podem ser fornecidos em grandes comprimentos, na
forma de fios e cordoalhas:
 Ausência de problemas relacionados com a emenda da
armadura em peças estruturais de grandes vãos

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Materiais-Aços para arm. ativas
Principais propriedades mecânicas
fptk Resistência característica à ruptura por tração
fpyk Limite de escoamento convencional, correspondente à deformação residual
(após descarga) de 0,2%, que é aproximadamente igual à tensão
correspondente à deformação de 1%
Ep valor médio do módulo de elasticidade
Fios e cordoalhas: Ep=200 GPa

70
Materiais-Aços para arm. ativas

 Diagrama tensão-deformação (item 8.4.5 da NBR 6118):


 Fornecido pelo fabricante ou obtido através de ensaios
realizados segundo a NBR 6349
 Para cálculo no ELS e ELU, pode-se utilizar o diagrama
simplificado da figura 8.5 da NBR 6118/14

Figura 8.5 da NBR 6118/03 – item 8.4.5


71
Materiais-Aços para arm. ativas
A curva de tensão do aço pode ser representada
por:
• para

• para

Figura 8.5 da NBR 6118/14 – item 8.4.5


72
Materiais-Aços para arm. ativas

Obs.: Quando o valor de escoamento não for informado, considerar:


fpyk = 0,9 fptk 73
Materiais-Aços para arm. ativas
Tensão Inicial de Protensão:

74
Materiais-Aços para arm. ativas
 Relaxação (item 8.4.8 da NBR 6118/14): é o fenômeno que faz
com que os aços de protensão, quando submetidos a uma
tensão elevada e ancorados em seus extremos com
comprimento constante, sofram uma perda de tensão após
um certo tempo.
 Esta perda é denominada como pura quando os valores
da queda de tensões são medidos com o comprimento
do cabo constante;
 Na prática, o comprimento dos cabos sofre uma
redução devida aos encurtamentos por retração e
fluência do concreto. Desta forma, o valor da perda por
relaxação é menor que o valor da perda por relaxação
pura. 75
Materiais-Aços para arm. ativas

A perda de tensão é acentuada nos primeiros meses após a protensão,


tendendo depois, com uma evolução mais lenta, a um valor limite, dito perda
por relaxação infinita, Δp,rel,∞.
76
Materiais-Aços para arm. ativas
O ensaio para avaliação das perdas por relaxação é realizado
geralmente em 1000h (40 dias), para tensões iniciais de 0,6 fptk, 0,7
fptk e 0,8 fptk, sob temperatura de 20º C (1000 = p,rel,1000 / p0).

 Para fios e cordoalhas a relaxação não deve ultrapassar os


valores dados nas normas NBR 7482 e NBR 7483,
respectivamente;
 Para efeito de projeto, os valores de 1000 da tabela 8.3 da
NBR 6118/14 podem ser adotados.

Obs.: para valores


intermediários,
permite-se a
interpolação linear.

Tabela 8.3 da NBR 6118/14 – item 8.4.8 77


Materiais-Aços para arm. ativas
Obs.:

1. Para valores intermediários, permite-se a interpolação linear;

2. Para períodos superiores a 1000h:

(t,t0) =  1000 . ((t-t0)/41,67)0,15 , com t em dias


t0 = instante do estiramento da armadura.

3. Para um prazo longo (t=∞) o valor de  (∞,t0)=2,5.  1000


4. Δpr (t,t0) = p0 . (t,t0)

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Materiais-Aços para arm. ativas
Ex. Calcular a perda por relaxação de um cabo que, na seção em
que está sendo analisado, tem uma tensão no tempo zero (após
as perdas iniciais) de 1.305 MPa. Considerar aço CP190RB.

O nível de tensão no cabo é = 1305/1900 = 0,687

A partir da tabela 8.4, tem-se 1000 =2,34%

 = 2,5 . 1000 = 2,5 . 2,34 = 5,85%

pr = 0,0585 . 1305 = 76,3 MPa

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Materiais-Aços para arm. ativas

 Especificações da ABNT:
 NBR 7482 – Fios e aços para CP
 NBR 7483:2004 – Cordoalhas de aço para CP

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Materiais-Aços para arm. ativas

Catálogo da Arcelor Mittal (www.belgo.com.br/produtos/construcao_civil/fios_cordoalhas/pdf)


81
Materiais-Aços para arm. ativas
 Definições (NBR 7483:2004):
 Cordoalha de sete fios: constituída de seis fios de
mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, em
forma helicoidal, com passo uniforme em torno de um
fio central
 Cordoalha de três fios: constituída de três fios de
mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, em
forma helicoidal, com passo uniforme

Fonte: http://www.maxicabos.com.br 82
Materiais-Aços para arm. ativas

 Classificação (NBR 7483:2004):


 Conforme o número de fios:
 Cordoalha de sete fios
 Cordoalha de três fios
 Conforme a resistência à tração:
 Categoria CP-190
 Categoria CP-210
item 4.1.3: Os números 190 e 210 correspondem ao limite mínimo da
resistência à tração em kgf/mm2 (1 kgf/mm2 = 10 MPa)
item 4.1.4: As cordoalhas de três e sete fios são produzidas sempre na
condição de relaxação baixa

83
Materiais-Aços para arm. ativas

 Designação:
 CP 190 RB 12,7:
 Cordoalha de sete fios para CP, categoria 190, relaxação
baixa (RB) e diâmetro nominal de 12,7 mm
 CP 190 RB 3 x 3,0:
 Cordoalha para CP, categoria 190, relaxação baixa (RB), de
três fios e diâmetro nominal de 3,0 mm por fio

Cordoalhas em rolos e bobinas – Hanai, 2005

84
Materiais-Aços para arm. ativas

Catálogo da Arcelor Mittal (www.belgo.com.br/produtos/construcao_civil/fios_cordoalhas/pdf)


85
Materiais-Aços para arm. ativas

Catálogo da Arcelor Mittal (www.belgo.com.br/produtos/construcao_civil/fios_cordoalhas/pdf)


86
Materiais-Aços para arm. ativas

Catálogo da Arcelor Mittal (www.belgo.com.br/produtos/construcao_civil/fios_cordoalhas/pdf)


87
Materiais-Aços para arm. ativas

 Barras de aço-liga:
 Diâmetros de 15 mm e 32 mm (mais comum) fabricados com
aço de baixa liga ST 85/105
Fpyk = 8500 kgf/cm2
Fptk – 10500 kgf/cm2

Catálogo da DYWIDAG
88
Materiais-Aços para arm. ativas

 Barras de aço-liga:

 Barras com comprimento máximo de 24 m

 Conformação superficial espacial (duplo filetado) que forma


uma rosca contínua de passo 16 mm em todo o comprimento

 Melhoria na aderência aço/concreto


 Permite a ancoragem com porcas e emendas com luvas
em qualquer ponto

89
Materiais
Cabos de protensão
 Cabos de protensão:
 Formados pela reunião de duas ou mais cordoalhas (máx 37)
 Confeccionados com cordoalhas de diâmetros 12,7 mm e 15,2 mm
Catálogo da Protende

Montagem de cabos
Catálogo Rudloff
90
Materiais-Aços para arm. ativas

 Fadiga: fenômeno de ruptura do aço sob efeito de


solicitações dinâmicas intermitentes e oscilantes.

Wöller determinou valores de amplitudes de variação (máx -mín),


correspondentes a tensões médias de solicitação (m = (máx +mín)/2),
para os quais após 2x106 ciclos de variação ocorria a ruptura do aço.

A NBR 6118 considera que a verificação da fadiga da armadura é


satisfeita se a máxima variação de tensão calculada, p, em uma
combinação frequente das ações, satisfaz:

91
Materiais-Aços para arm. ativas

 A fadiga, pela NBR 6118, é satisfeita quando:

Δ ≤ Δfpd,fad

A verificação da fadiga nas armaduras ativas nas peças com protensão


completa ou limitada, geralmente é satisfeita quando são atendidos os estados
limites de serviço preconizados para o concreto.

92
Materiais-Aços para arm. ativas
Corrosão
• Por oxidação superficial – processo eletrolítico que pode
ser provocado por certos produtos químicos em presença
da umidade e oxigênio existentes na atmosfera.
(oxidação superficial)
• Sob tensão – é o fenômeno de deterioração de materiais
causada pela ação conjunta de tensões mecânicas
(residuais ou aplicadas) e meio corrosivo. É mais rápida e
violenta que a corrosão por oxidação superficial. Origina-
se num ponto da superfície e penetra em seguida no
interior da barra, ramificando-se, conduzindo a uma
ruptura frágil.
93
Materiais-Aços para arm. ativas
Recomendações relativas à proteção da armadura:
• Concreto de alta qualidade, superior a C25 (CAA=I) ou C40
(CAA=IV);
• Fator água / cimento inferior a 0,60 (CAA = I) ou 0,45 (CAA
= IV);
• Consumo elevado de cimento, maior que 300 kg/m3;
• Injeção (mais alcalina e densa possíveis) realizada o mais
cedo após a protensão;
• Evitar aditivos e águas que contenham cloretos em suas
composições;
• Respeitar os cobrimentos mínimos;
• Limitar aberturas características de fissuras (wk ≤0,2mm).
94
Dispositivos de Ancoragens
Ancoragem por cunha
 Características:
 Cordoalhas ancoradas individualmente
 Furos tronco-cônicos para passagem das cordoalhas
 Cunhas de ancoragem tripartidas ou bipartidas (cordoalhas
engraxadas) com ranhuras internas: aumento do atrito

95
Dispositivos de Ancoragens
Ancoragem por cunha

Sistema MAC
Ancoragem para cordoalhas aderentes de 12,7 mm

96
Dispositivos de Ancoragens
Ancoragem por cunha

Sistema Protende
Ancoragem ativa Tipo MTC

97
Dispositivos de Ancoragens
Ancoragem em laço

Sistema Protende
Ancoragem passiva Tipo Laço

98
Dispositivos de Ancoragens
Ancoragem para cordoalhas engraxadas

Catálogo da Protende
Ancoragem para cordoalhas
engraxadas

99
Dispositivos de Ancoragens
Ancoragem por rosca e porca

Sistema DYWIDAG

100
Macaco de protensão

 Função:
 Tensionamento dos cabos por acionamento de bombas
elétricas que injetam, por meio de mangueiras, óleo na
câmara interna do macaco
 Manômetros instalados na saída da bomba:
 Medem a pressão do óleo, na câmara e nas mangueiras:
tensão efetiva
 Recomendações:
 Deve ser leve para facilitar o manuseio e pequeno para
não exigir grandes espaços atrás das ancoragens ativas

101
Macaco de protensão
Múltiplas cordoalhas

Sistema Protende
Equipamento de protensão Múltipla Tensão
Tipo AMC

102
Macaco de protensão
Monocordoalhas

Sistema Protende
Equipamento de protensão
Monotensão

103
Macaco de protensão
Monocordoalhas

Sistema Impacto
Equipamento de protensão
104
Etapas da operação

Sistema Rudloff de protensão

105
Materiais-Aços para arm. ativas

 Quanto à modalidade de tratamento:


 Aços aliviados ou de relaxação normal (RN):
 Retificados por tratamento térmico que alivia as
tensões internas residuais provocadas pelo
trefilamento, elevando o limite da elasticidade;
 Aços estabilizados ou de relaxação baixa (RB):
 Recebem tratamento termomecânico que aumenta
o limite de elasticidade, reduz as perdas de tensão
por relaxação, melhora o comportamento à fadiga e
à corrosão sob tensão.

106
Materiais-Aços para arm. ativas
Esta perda por relaxação infinita é observada para tensões iniciais superiores
à metade do limite de resistência do aço, e depende:

• tipo do aço (RN / RB)


• tensão inicialmente aplicada
• temperatura
• p0 = 0,7 fptk

Estrutura dos edifícios dos reatores das usinas


nucleares estão submetidas a elevadas
temperaturas. 107
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DA
PROTENSÃO

- Pré-tensão (ou pré-tração): estiramento da


armadura de protensão antes
da confecção da peça – ou do
lançamento do concreto;
- Pós-tensão (ou pós-tração): estiramen-to
da armadura de proten-são
após a confecção da peça –
ou do lançamento e
endurecimento do concreto.

108
1.4 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DA PROTENSÃO

Na operação de protensão os fios (ou


cordoalhas) são fixados nas anco-
ragens geralmente por meio de cunha e
porta-cunha.

109
1.4 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DA PROTENSÃO

http://www.bianchiformas.com.br/produtos/27

110
Concreto Protendido – Pré-
Tensão
• Ancoragem dos cabos antes do (a)
Δ1 Δ1
lançamento do concreto;
• Corte dos cabos após alcançar a
(b)
resistência do concreto;
• Não há bainhas , injeção e
dispositivos de ancoragem; (c)

• Ancoragem por aderência entre


concreto e aço; (d)
• Traçado retilíneo das cordoalhas; Δ2 Δ2

(e) (f)

(g) (h)
Protensão com Aderência Inicial

Pré-fabricação das peças protendidas


1 - Distensão da armadura

2 – Concretagem da peça

3 – Corte da Armadura

A força de protensão é transferida por aderência ao


concreto
1.4 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DA PROTENSÃO
Fixação de cordoalhas com cunha e porta-cunha,
em ancoragem passiva de pista de protensão.

(Marka Soluções Pré-fabricadas -


Fotografias do Autor)
113
1.4.1 PROTENSÃO COM PRÉ-TENSÃO

114
Concreto Protendido – Pós-
Tensão
(a
• Ancoragem dos cabos após o )

lançamento do concreto, com a


resistência do concreto especificada Δ
(b
) Δ

em projeto;
• Ancoragem por aderência e pelo (c

dispositivo de ancoragem; )

• Traçado curvilíneo dos cabos;


(d
• Protensão: Interna e Externa; )
(e) (f)

(g) (h)
Protensão com Aderência Posterior
A protensão é aplicada sobre uma peça de concreto já
endurecido.
Aderência é feita através da injeção da calda de cimento
no interior das bainhas.
1ª Fase: montagem das armaduras passivas e fixação das bainhas metálicas
nos estribos com as cordoalhas em seu interior (ou com enfiação posterior,
dependendo do traçado e da extensão do cabo), seguindo a curvatura
definida no projeto.
Protensão com Aderência Posterior
2ª Fase: montagem da forma e concretagem da peça estrutural
Protensão com Aderência Posterior
3ª Fase: execução da protensão após o concreto atingir a resistência
definida em projeto.
Protensão com Aderência Posterior
4ª Fase: injeção da calda de cimento

A calda de cimento garante a aderência do cabo à bainha e


protege a armadura contra a corrosão.
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

(Fonte: Catálogo Rudloff – Concreto Protendido)


120
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

(Fonte: Catálogo Rudloff – Concreto Protendido)


121
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

(Fonte: Catálogo Rudloff – Concreto Protendido)

122
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

123
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

124
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

125
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

126
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

127
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

128
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

129
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

(https://www.structuraltechnologies.com
/vsl/) 130
1.4.2 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO

(http://www.fhwa.dot.gov/pavement/concrete/pubs/if07034/ch6.cfm)
131
Protensão sem Aderência –
Monocordoalhas Internas
 Cordoalhas engraxadas não aderentes, envolvida por graxa
inibidora de corrosão e bainha plástica de polietileno de alta densidade

Nichos com formas plásticas

Macaco de protensão de fácil manuseio

Não há injeção de nata após a protensão


Protensão sem Aderência –
Monocordoalhas Internas
 Possibilidade de grandes vãos com grande esbeltez de laje,
permitindo maior liberdade arquitetônica

 Maior área útil por pavimento e maior flexibilidade no


aproveitamento do espaço devido a redução do número de pilares

 Economia na estrutura para vãos superiores a 7,0 m


Protensão sem Aderência –
Monocordoalhas Internas
 Menor espessura média dos pavimentos, acarretando menor altura
nos edifícios e menor carga nas fundações

 Formas mais simples e mais baratas- -

 Maior rapidez na desforma e retirada de escoramentos


Protensão sem Aderência –
Monocordoalhas Internas

 Redução e eventual eliminação de flechas e fissuração nas lajes

 Flexibilidade na distribuição de dutos e outras instalações sob as


lajes

 Aumenta a durabilidade da estrutura


Protensão sem Aderência –
Monocordoalhas Internas

Lajes Lisas
Protensão sem Aderência –
Monocordoalhas Internas
Lajes
Nervuradas

Capitel
Protensão sem Aderência –
Monocordoalhas Internas
1.4.3 PROTENSÃO COM PÓS-TENSÃO COM CORDOALHA
ENGRAXADA

139
Protensão sem Aderência –
Protensão Externa
Ponte  Perda de resistência  Estrutura Nova ?

Reforço Estrutural (custo inferior)

 Reabilitação de estruturas:
Costura de fendas em vigas

Inibição de deformações

Aumento da capacidade de carga


Alívio de esforços em pilares intermediários
Protensão sem Aderência –
Protensão Externa
Reabilitação de estruturas:

Alívio de esforços em pilares intermediários


Protensão sem Aderência –
Protensão Externa
Protensão sem Aderência –
Protensão Externa
Vantagens
 Estruturas mais esbeltas (almas) redução do peso próprio
 Facilidade na inspeção dos cabos durante e após a sua
instalação;
 Os processos de concretagem e protensão são mais
independentes entre si;
 Melhor controle visual da concretagem das peças com
a ausência de bainhas de protensão interna;
Os cabos podem ser: - remanejados corrosão
- reprotendidos
As perdas por atrito são reduzidas.
Protensão sem Aderência –
Protensão Externa
Desvantagens

 Os cabos de protensão mais acessíveis mais vulneráveis


à ações externas: corrosão, ação do fogo, agentes químicos,
vandalismo;
 Cabos de protensão sujeitos à vibração comprimento
livre limitado
 Os desviadores e ancoragens devem ser bem detalhados e
vistoriados periodicamente perda parcial ou integral da
protensão
 Desviadores : custo relativamente alto.
Concreto Protendido

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