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DIÁRIO DA REPÚBLICA
SUMÁRIO
ASSEMBLEIA NACIONAL
w) «Liquidação pelos Valores Brutos»: liqui- dd) «Regras de Liquidação»: regras, indepen-
dação de ordens de transferências de fundos dentemente de como tenham sido estabele-
ou valores mobiliários que ocorre individu- cidas, que forneçam o enquadramento no
almente numa base de instruções seguidas e qual as obrigações de pagamento são calcu-
individuais; ladas, compensadas ou liquidadas e incluem
regras para a adopção de medidas no caso
x) «Liquidação pelos Valores Brutos em Tem- de um participante ser incapaz ou ser pro-
po Real» ou «LVTR»: liquidação final de vável que se torne incapaz de cumprir as
fundos obrigações de pagamento e registo suas obrigações para com o sistema de pa-
em conta de valores mobiliários e instru- gamento, câmara de compensação contra-
mentos numa base de transacção por tran- parte central ou outros participantes. Estas
sacção, em tempo real enquanto estas ocor- regras englobam a liquidação de obrigações
rem durante o dia da operação nas horas relativas a valores mobiliários;
normais de expediente;
ee) «Serviços de Pagamento»; conjunto dos se-
y) «Moeda Electrónica»: valor monetário ar- guintes serviços, os quais incluem a emis-
mazenado electronicamente, inclusive de são de moeda electrónica e instrumentos de
forma magnética ou em qualquer outro dis- moeda electrónica:
positivo corpóreo ou incorpóreo (tais como
cartões SIM ou sistemas informáticos), re- i. Serviços que permitem depósitos e levan-
presentado por um crédito sobre o emitente, tamentos de numerário;
que é emitido após recepção dos fundos pa-
ra efeitos da realização de operações de pa- ii. Execução de pagamentos;
gamento e que é aceite como um meio de
pagamento por terceiros para além do emi- iii. Emissão e/ou aquisição de instrumentos
tente; de pagamento;
O BCSTP tem, ao abrigo da presente Lei, as se- c) Deter contas em numerário para operadores
guintes competências: e participantes, que podem ser utilizadas pa-
ra a compensação e liquidação de transfe-
a) Coordenar e promover o bom funcionamen- rências num sistema;
to do Sistema Nacional de Pagamentos;
d) Deter valores mobiliários em contas para
b) Definir e implementar as políticas para a operadores e participantes, que podem ser
contínua modernização e desenvolvimento utilizados para o funcionamento de siste-
do Sistema Nacional de Pagamentos; mas;
2. O previsto no número anterior inclui a capaci- 3. Para obter uma autorização do BCSTP para
dade do BCSTP de estabelecer convénios e protoco- fornecer Serviços de Pagamento ou actuar enquanto
los com outras autoridades monetária e organiza- operador de um sistema, um requerente pode ser
ções internacionais com funções nas áreas da sujeito à obrigação de manter fundos próprios à
supervisão e superintendência de sistemas de paga- níveis especificados pelo BCSTP, que podem ser
mento. determinados pelo tipo de serviços prestados, mon-
tante médio ou agregado de pagamento ou outros
Artigo 7.º factores que o BCSTP considere relevantes.
Comité Consultivo para o Sistema Nacional de
Pagamentos 4. Em caso de gestão de instrumentos de paga-
mento, o BCSTP pode substituir a concessão de
O BCSTP pode criar um Comité Consultivo para autorização pelo simples registo quando a operação
o Sistema Nacional de Pagamentos (CCSNP), pre- e gestão duma determinada categoria de instrumen-
sidido pelo BCSTP e composto por representante tos de pagamento não envolva riscos específicos
das entidades participantes no sistema Nacional de para o mercado ou quando a sujeição ao procedi-
Pagamentos ou representativas de interesses rele- mento de autorização possa afectar de forma signi-
vantes, e aprovadas pelo BCSTP. ficativa a competitividade.
12. Para efeitos do disposto no número anterior, a 3. O BCSTP pode, quando entender necessário
autoridade competente deve respeitar os interesses e para o cumprimento das suas funções nos termos da
direitos anteriormente adquiridos e juridicamente presente Lei, examinar, com ou sem notificação
protegidos. prévia, as instalações, aparelhos, equipamentos,
instrumentos, registos ou outros documentos, contas
13. Quando o BCSTP, por sua iniciativa, decida ou transacções de um banco, participante de sistema
uma modificação nas condições de uma autoriza- de pagamento, operador ou emitente de instrumen-
ção, deve notificar o titular da autorização das ra- tos de pagamento e qualquer dos seus escritórios na
zões da modificação proposta, concedendo um pra- República Democrática de São Tomé e Príncipe ou
zo não inferior a cinco dias úteis, para que este no estrangeiro.
forneça os seus comentários antes da adopção da
decisão final. 4. O disposto no número anterior, inclui a possi-
bilidade do BCSTP solicitar quaisquer dados, do-
14. O BCSTP pode, sempre que se justificar, cumentos, registos e informações que considere
atribuir, em regime de exclusividade, a gestão de relevantes para a monitorização dos sistemas e dos
sistemas de pagamento a uma operadora. instrumentos de pagamento.
1. O BCSTP pode aplicar taxas e encargos a ban- 3. As infracções previstas no presente capítulo
cos, operadores e participantes de sistemas e a pres- regem-se pelas disposições nele contidas, demais
tadores de serviços de pagamento nos termos da preceitos aplicáveis às Instituições Financeiras,
presente lei e demais legislações. Código de Procedimento Administrativo e, subsidi-
ariamente, pelas Lei Penal e de Processo Penal, em
2. O BCSTP pode ainda aplicar taxas e encargos tudo que não contrarie estas disposições.
pelo fornecimento de serviços operacionais e infra-
estruturas. Artigo 22.º
Aplicação no espaço
c) Factos praticados a bordo de navios ou ae- 2. Não obsta à responsabilidade dos agentes indi-
ronaves Santomenses, salvo tratado ou con- viduais que representem outrem o facto de o tipo
venção em contrário. legal do ilícito requerer determinados elementos
pessoais, e estes só se verificarem na pessoa do
Artigo 23.º representado, ou requerer que o agente pratique o
Responsáveis acto no seu interesse, tendo o representante actuado
no interesse do representado.
1. Pela prática das infracções a que se refere o
presente capítulo podem ser responsabilizadas, con- Artigo 26.º
juntamente ou não, pessoas singulares ou colectivas, Tentativa e negligência
ainda que irregularmente constituída, e associações
sem personalidade jurídica. 1. A tentativa e a negligência são sempre puní-
veis.
2. As sanções podem incidir sobre bancos, opera-
dores, participantes e prestadores de serviços de 2. A sanção da tentativa é a do ilícito consumado,
pagamento, os seus administradores, directores, especialmente atenuada.
funcionários ou agentes se se determinar que uma
ou mais destas entidades ou pessoas violou algum 3. Em caso de negligência, os limites máximo e
dos deveres ou obrigações previstas na presente Lei mínimo da coima são reduzidos a metade.
ou em qualquer regulamento sobre esta matéria.
4. Quando a responsabilidade do agente individu-
Artigo 24.º al for atenuada nos termos dos números anteriores,
Responsabilidade dos entes colectivos procede-se a graduação correspondente da sanção
aplicável ao ente colectivo.
1. As pessoas colectivas, ainda que irregularmen-
te constituídas, e as associações sem personalidade Artigo 27.º
jurídica são responsáveis pelas infracções cometidas Graduação da sanção
pelos membros dos respectivos órgãos e pelos titu-
lares de cargos de direcção, chefia ou gerência, no 1. A determinação da medida da coima e das san-
exercício das suas funções, bem como pelas infrac- ções acessórias deve ser feita em função da gravi-
ções cometidas por representantes do ente colectivo dade objectiva e subjectiva da infracção, tendo em
em actos praticados em nome e no interesse deste. conta a natureza individual ou colectiva do agente
considerado.
2. A invalidade e a ineficácia jurídicas dos actos
em que se funde a relação entre o agente individual 2. A gravidade da infracção cometida pelos entes
e o ente colectivo não obstam a que seja aplicado o colectivos é avaliada, designadamente, pelas se-
disposto no número anterior. guintes circunstâncias:
3.Os entes colectivos referidos no n.º 1 são soli- a) Perigo ou dano causado ao sistema financei-
dariamente responsáveis pelo pagamento das coi- ro ou à economia nacional e os seus efeitos
mas em que forem condenados os seus dirigentes, sistémicos;
funcionários ou representantes, a menos que se pro-
ve que actuaram contra a ordem ou instrução da b) Carácter ocasional ou reiterado da infrac-
representada ou da entidade empregadora. ção;
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c) Actos de ocultação, na medida em que difi- juiz penal e no BCSTP, cabendo a este último a
cultem a descoberta da infracção ou a eficá- aplicação, se for caso disso, das sanções acessórios
cia da sanção aplicável; previstas no presente diploma.
d) Actos do arguido destinado a, por sua inici- 2. O disposto neste artigo não prejudica a respon-
ativa, reparar os danos ou obviar aos peri- sabilidade civil a que houver lugar.
gos causados pela infracção.
Artigo 30.º
3. Para os agentes individuais além das circuns- Prescrição
tâncias correspondentes às enumeradas no número
anterior, tende-se ainda, designadamente às seguin- 1. O procedimento pelas infracções previstas nes-
tes: te diploma prescreve em cinco anos a contar do
conhecimento dos factos pelo BCSTP, se outro
a) Nível de responsabilidades esfera de acção prazo não lhe couber por aplicação da lei penal.
no ente colectivo em causa;
2. O prazo de prescrição das sanções é de cinco
b) Benefício, ou intenção de o obter, do pró- anos, a contar do dia em que se esgotar o prazo de
prio, de cônjuge, de parente ou de afim até impugnação judicial da decisão que aplicar a sanção
ao 3.º grau; ou do dia em que a decisão judicial transitar em
julgado.
c) Especial dever de não cometer a infracção.
SECÇÃO II
4. Na determinação de sanção aplicável, além da Ilícitos em Especial
gravidade da infracção, tem-se em conta:
Artigo 31.º
a) A situação económica do arguido; Coimas
e) A prática dolosa de operações que possam b) Publicação pelo Banco Central da punição
agravar a situação de impossibilidade de definitiva;
cumprimentos das obrigações contraídas
num sistema; c) Quando o arguido seja pessoa singular, ini-
bição do exercício de cargos sociais e de
f) A prática de quaisquer actos que concorram funções de administração, direcção, gerên-
para criar, aumentar ou agravar o risco de cia ou chefia em instituição de crédito ou
crédito e de liquidez num sistema; sociedade financeira determinada ou em
quaisquer instituições de crédito ou socie-
g) A prática de actos que possam impedir, di- dades financeiras, por um período de um a
ficultar ou por qualquer forma frustrar a ob- dez anos;
servância do dever de simultaneidade na li-
quidação definitiva de transferência de d) Suspensão do exercício do direito de voto
fundos nas operações de valores mobiliá- atribuído aos sócios dos infractores sujeitas
rios; à supervisão do BCSTP, por um período de
um a dez anos;
h) A prática de qualquer acto que impeça ou
obstrua a actuação do BCSTP, nomeada- e) Suspensão de participação num ou mais sis-
mente, através de impedimentos à consulta temas ou no Sistema Nacional de Pagamen-
de livros e escrituras, ficheiros e registos, tos;
físicos ou electrónicos ou mediante a não
prestação atempada e completa de informa- f) Exclusão de um sistema específico ou do
ção solicitada pelo BCSTP; Sistema Nacional de Pagamentos.
2. No uso das suas faculdades, a entidade de su- coima das custas em que vier a ser condenado o
perintendência pode: arguido.
1. Quando a infracção constitua irregularidade b) Por anúncio publicado num jornal da última
sanável, não lese significativamente nem ponha em localidade conhecida onde o arguido tenha
perigo próximo e grave os direitos dos depositantes, tido residência, sede ou estabelecimento
investidores, accionistas ou outros interessados e permanente ou, na falta daquele, num dos
não cause prejuízos ao sistema financeiro ou à eco- jornais mais lidos naquela localidade; ou
nomia nacional, o Conselho de Administração do
BCSTP pode suspender o processo, notificando o c) Por anúncio publicado num jornal de âmbi-
infractor para, no prazo que lhe fixar, sanar a irregu- to nacional, nos casos em que o arguido não
laridade em que incorreu. tenha residência, sede ou estabelecimento
permanente no território nacional.
2. A falta de sanção no prazo fixado determina o
prosseguimento do processo. Artigo 38.º
Dever de comparência
Artigo 35.º
Apreensão de documentos e valores 1. Às testemunhas e aos peritos que não compa-
recerem no dia, hora e local designado para diligên-
1. Quando necessária à averiguação ou à instru- cia do processo, nem justificarem a falta no acto ou
ção do processo, pode proceder à apreensão de nos cinco dias úteis imediatos, é aplicada pelo
quaisquer documentos valores nas instalações de BCSTP uma sanção pecuniária graduada entre um
instituições de crédito, sociedades financeiras ou quinto e o dobro do salário mínimo nacional mensal
outros entes colectivos, devendo os valores ser de- mais elevado em vigor à data.
positado no BCSTP, garantindo o pagamento da
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6. A notificação da acusação é feita nos termos f) Indicação de que não vigora o princípio da
previstos no artigo 37.º da presente Lei. proibição da «Reformation in Pejus»;
1. Após a realização das diligências de averigua- 2. A notificação contém, além dos termos da de-
ção instrução tornadas necessária em consequência cisão e do montante das custas, a advertência de que
da defesa, o processo é apresentado a quem caiba a coima deve ser paga no prazo de 15 dias úteis
proferir a decisão, acompanhado de parecer sobre as após o trânsito em julgado, sob pena de se proceder
infracções que se devem considerar provadas e as à sua cobrança coerciva.
sanções que lhes são aplicáveis, no prazo de 60
(sessenta) dias. Artigo 43.º
Suspensão da execução da sanção
2. Da decisão deve ser dado conhecimento ao ar-
guido ou seu representante legal, através de notifi- 1. O Conselho de Administração do BCSTP pode
cação efectuada de acordo com o disposto no artigo suspender, total ou parcialmente, a execução da
37.º da presente Lei. sanção.
início a partir da data em que se esgotar o prazo da favor do BCSTP, enquanto entidade de superinten-
impugnação judicial da decisão condenatória. dência.
3. O valor das coimas sem sede de processo con- 2. A decisão que aplique algumas das sanções
tra-ordenacional, reverte, tendo em conta natureza previstas nas alíneas c) e d) do n.º 1 do artigo 32.º
da infracção e o agente infractor, para: torna-se, quanto a ela, imediatamente exequível e a
sua exequibilidade só termina com a decisão judici-
a) O Fundo de Garantia de Depósitos, quando al que definitivamente a revogue.
existente, em relação às coimas em que fo-
rem condenadas instituições bancárias, in- 3. O disposto no número anterior aplica-se
dependentemente da fase em que se torne igualmente às decisões tomadas nos termos dos
definitiva ou transite em julgado a decisão artigos 35.º e 36.º.
condenatória;
SECÇÃO IV
b) O Fundo de Garantia Automóvel, em rela- Recurso
ção às coimas que forem aplicadas às em-
presas de seguros; Artigo 48.º
Recurso contencioso
c) O Fundo de Resolução, quando existente,
em relação às coimas que foram aplicadas 1. Das decisões condenatórias tomadas no âmbito
às sociedades financeiras; da presente Lei, cabe recurso nos termos gerais, a
ser interposto no prazo de 15 dias após a notificação
d) Fundo autorizado pelo Governo. da decisão condenatória, para o Tribunal Judicial de
Primeira Instância, da região judicial, sede do in-
4. Sem prejuízo do estabelecido no número ante- fractor.
rior, 20% do valor das coimas aplicadas reverte-se a
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1. O BCSTP pode sempre participar, através de 1. Qualquer participante de um sistema deve, nos
um representante na audiência de julgamento. termos das respectivas regras:
2. A desistência da acusação pelo Ministério Pú- a) Abrir manter contas de liquidação junto do
blico depende da concordância do BCSTP. BCSTP ou de um operador autorizado de
sistema de liquidação, incluindo manter sal-
3. O BCSTP tem legitimidade para recorrer das dos mínimos, nos termos e condições de-
decisões proferidas no processo de impugnação e terminados pelo BCSTP e assim actuar en-
que admitam recurso. quanto participante directo; ou
rações nos termos das disposições desta Lei, e con- dissolução voluntária, está proibido de operar ou
forme estabelecido pelo BCSTP. Tal deve incluir participar em qualquer sistema enquanto durar o
regras estabelecendo a irrevogabilidade das ordens a referido processo ou administração judicial.
que estas sejam registadas no sistema, excepto se
prevalecerem circunstâncias especiais. Artigo 59.º
Carácter definitivo e irrevogabilidade
2. O registo de pagamentos efectuados nos ter-
mos do número anterior não pode ser revogado, Sem prejuízo de disposição em contrário em
anulado ou retirado, incluindo mas sem a isso se qualquer diploma relativo a insolvência, falência ou
limitar, em casos de procedimentos de insolvência instituto similar, a sujeição a um regime de liquida-
ou falência ou outros procedimentos ou actos com ção, administração ou recuperação judicial, ou ex-
fim similar, excepto por decisão judicial. trajudicial por parte de um participante num sistema
ou um operador, não afecta o carácter definitivo e
Artigo 56.º irrevogabilidade de qualquer registo ou pagamento
Garantia financeira para pagamento e nos termos do artigo 48.º desta Lei, antes da decisão
liquidação de obrigações ou ordem aplicável ser remetida ao BCSTP.
b) As disposições do presente artigo não se te receber essa informação nos termos do n.º 2 e
aplicam subsequente apresentação do che- optar por prosseguir com a transacção.
que;
Artigo 68.º
6. Uma solicitação efectuada ao abrigo do n.º 5 Termos e condições de transferências
deste artigo não significa a recusa do cheque por
não pagamento. 1. Os termos e condições de transferências elec-
trónicas de fundos que envolvam uma conta de um
CAPÍTULO XI cliente devem ser divulgados pelo banco ou presta-
Transferências Electrónicas de Fundos dor de serviços de pagamento no momento em que
o cliente contrate um serviço de transferência elec-
Artigo 66.º trónica de fundos, para que seja claramente compre-
Poderes do BCSTP endido pelo cliente, e de acordo com as normas
emitidas pelo BCSTP.
Na implementação das disposições da presente
Lei e, de acordo com quaisquer outras normas apli- 2. A divulgação referida no número anterior deve
cáveis nas transacções electrónicas, o BCSTP deve incluir:
emitir regulamento ou quaisquer outras medidas
aplicáveis no âmbito das suas atribuições, de forma a) A responsabilidade do cliente por transfe-
a regular as matérias referentes a ordens de paga- rências electrónicas de fundos não autoriza-
mento e transferências de fundos realizados através dos e informação sobre a necessidade de
de mensagens electrónica, incluindo, quando consi- pronta comunicação de qualquer perda, fur-
derado relevante, a protecção de utilizadores de to, ou uso não autorizado de um instrumen-
instrumentos de pagamento electrónicos. to de pagamento, código de acesso ou outro
meio de acesso;
Artigo 67.º
Transparência das taxas b) O contacto telefónico para o qual o cliente
deve comunicar sempre que suspeite que
1. As medidas adoptadas pelo BCSTP ao abrigo uma transferência electrónica de fundos não
do artigo anterior, devem impor a qualquer presta- autorizados ocorreu ou venha ocorrer;
dor de serviços de pagamento que aplique taxas a
cliente pela execução ou recepção de transferências c) O tipo e natureza das transferências electró-
electrónicas que preste, nos termos do n.º 2 deste nicas de fundos que o cliente pode executar,
artigo, informação ao cliente: incluindo quaisquer limitações à frequência
ou montantes das mesmas;
a) De que uma taxa é aplicável; e
d) Quaisquer custos das transferências electró-
b) Sobre qual o montante da respectiva taxa. nicas de fundos ou pela possibilidade de
efectuar essas transferências;
2. A informação exigida nos termos do n.º 1 em
relação a qualquer taxa deve ser: e) O direito do cliente de cancelar uma trans-
ferência electrónica de fundos pré-
a) Afixada de forma visível num sítio acessí- autorizada e o respectivo procedimento;
vel e no local onde o cliente inicie a transfe-
rência electrónica de fundos, incluindo in- f) O direito do cliente de receber informação
terfaces electrónicas; e relativa às transferências electrónicas de
fundos;
b) Apresentada conforme estabelecido pelo
BCSTP. g) A responsabilidade do banco ou do presta-
dor de serviços de pagamento perante o cli-
3. Não pode ser aplicada qualquer taxa em rela- ente;
ção a uma transferência electrónica de fundo inicia-
dos por um cliente e cuja prestação de informação h) As circunstâncias nas quais o banco ou o
seja exigida nos termos do n.º 1, excepto se o clien- prestador de serviços de pagamento pode no
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Artigo 73.º
Actualização das coimas
Artigo 74.º
Revisão da Lei
Artigo 75.º
Norma Revogatória
Artigo 76.º
Entrada em Vigor
DIÁRIO DA REPÚBLICA
AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Administra-
ção Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir-reprografia
@hotmail.com São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.