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aprendidas em sst
Fabio A. da S. Arruda
Guia de lições
aprendidas em sst
São Paulo
2023
© Fabio Antonio da Silva Arruda, 2023
É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qual-
quer meio sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos
Autorais (Lei n.º 9610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal
capa
Paulo Viegas
Diagramação
Núcleo Nelpa
Revisão gramatical
Juliana Campos Lobo
Revisão técnica
José Ilson Felipe da Silva Júnior
Organizador
Fabio Arruda
1017 p.
ISBN: 978-65-5915-109-7
Copyright © 2023,
Nelpa – L. Dower Edições Jurídicas Ltda.
Rua Dr. Barros Cruz, 63 – V. Mariana
04118-130 – São Paulo/SP
Telefax: (11) 2096-7389
www.nelpa.com.br – contato@nelpa.com.br
Apresentação
Esta obra é um projeto colaborativo, realizado com muito carinho e com
o objetivo de deixar um legado em Saúde e Segurança no Trabalho (SST). O
livro Compêndio de Lições Aprendidas em SST apresenta a temática de saúde e
segurança do trabalho pela perspectiva de lições aprendidas e focadas no com-
partilhamento de práticas preventivas e que podem agregar valor para os profis-
sionais, organizações e sociedade.
Guia é um termo utilizado para denominar um manual que contém infor-
mações, instruções e descritivos de diversas naturezas, uma síntese de uma teo-
ria, um condensado de uma ideia fundamentada, um estratificado de um conhe-
cimento adquirido, ou, ainda, um memorial descritivo sintetizado de uma lição
aprendida, neste caso de SST.
Lições Aprendidas são a soma de todo o conhecimento adquirido por meio
de experiências, práticas, métodos e conceitos aplicados para gerar resultados
em Saúde e Segurança no Trabalho. Devem ser reais ou de impacto assumido
nas operações, ou seja, validáveis de forma factual e técnica, além de aplicáveis
no que diz respeito a um design, dispositivo, processo ou decisão. Essas lições
aprendidas têm como foco melhorar as condições de trabalho, eliminar riscos,
reduzir falhas e acidentes, fortalecer a implantação do sistema de gestão, alavan-
car a evolução cultural, conscientizar, capacitar e motivar os trabalhadores, além
de reforçar um resultado positivo em Saúde e Segurança do Trabalho.
As 109 lições aprendidas que compõem este manual em Saúde e Segurança
no Trabalho são apresentadas no formato de cases, com benefícios comprovados,
elaborados por líderes e especialistas sêniores em EHS do Brasil e de outros paí-
ses com proficiência técnica e larga atuação no mercado de trabalho. Estas lições
aprendidas guardam relação com os eixos de Triangulação em Saúde e Segurança
no Trabalho e Requisitos da ISO 45001:2018 Sistema de Gestão de Saúde e Segu-
rança no Trabalho.
Apresentação 5
tos relevantes: engenharia, gestão e comportamento. Esses elementos que atuam
em cada lado do triângulo, funcionando como uma escora e travando a deforma-
ção do sistema, podem ser simbolizados, neste caso, pelos desvios, comportamen-
tos de riscos, não conformidades, doenças ocupacionais e acidentes do trabalho.
Abaixo são listados os três componentes da Triangulação em Saúde e Segu-
rança no Trabalho:
√ Engenharia: projetos, processos e sistemas físicos, tecnologia, estruturas
técnicas, mecanismos, dispositivos e design;
√ Gestão: sistemáticas e medidas de planejamento, organização, liderança
e controle aplicados a obtenção de resultados em segurança e saúde do
trabalhador;
√ Fatores Humanos: programas, práticas e ferramentas que visam a cons-
cientização, ao aprendizado com o erro, ao comportamento seguro, a
segurança psicológica e ao desenvolvimento de competências de forma
individual ou em equipe no cotidiano empresarial.
Fabio Arruda
Organizador e coautor
6 Apresentação
Sumário
ENGENHARIA
Contexto da Organização
1 Case
VIABILIDADE DA APLICAÇÃO EM REFEIÇÕES DURANTE PAUSAS PARA DESCANSO DE
ATIVIDADES
Carlos César C. Maciel - Luciano Ferreira Amorim da Silva ......................................................... 20
Planejamento
2 Case
GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO
PRETO - SP
Douglas William Hakini Soares.................................................................................................................... 28
3 Case
CAVALETE DE SUSTENTAÇÃO PARA MONTAGEM DOS TRANSPORTADORES DO PROJETO
“PLANTAS MÓVEIS DE BRITAGEM”P
Emerson Walter Castro dos Santos.............................................................................................................. 43
20 Case
ALARME SEGURO
Wellington Barbosa............................................................................................................................................ 48
Operação
4 Case
APLICAÇÃO DE TECNOLOGIA QUICK DECK PARA TRABALHOS EM ALTURA
Andreia Norbim - Jhenniffer Ângela - Lorena Martins Machado................................................. 61
5 Case
AVALIAÇÃO TERMOGRÁFICA COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO A INCÊNDIO EM
TRANSPORTES COLETIVOS
Edgar Alexandre Reis de Lima - Wander Pacheco Vieira................................................................. 75
6 Case
MOCK UP - POSTOS DE TRABALHO ERGONÔMICOS LEAN
Emílio Mesa Júnior............................................................................................................................................. 83
7 Case
CONCEITOS BÁSICOS PARA APLICAÇÃO DE DHA (DUST HAZARD ANALYSIS)
Fábio Molés da Silva.......................................................................................................................................... 89
Sumário 7
8 Case
CINTA DE ANCORAGEM E CINTA DE TRAÇÃO
Francisco Diego Santos de Sousa.................................................................................................................. 97
9 Case
SEGURANÇA EM VEÍCULO INDUSTRIAL AUTÔNOMO
Leandro Leôncio Santos.................................................................................................................................. 104
10 Case
PLATAFORMA DE PROTEÇÃO PARA TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Lindomar Martins de Mesquita.................................................................................................................. 120
11 Case
MELHORIA NA SINALIZAÇÃO DE BOTOEIRAS DE EMERGÊNCIA EM ÁREA INDUSTRIAL
Moisés Resende Marins Malaquias........................................................................................................... 128
12 Case
PROGRAMA DE PROTEÇÃO DAS MÃOS ASSOCIADO A DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
MÃOS LIVRES
Ricardo Fernandes............................................................................................................................................132
13 Case
RUÍDO BRANCO: TECNOLOGIA PARA ALIAR SEGURANÇA COM MÁQUINAS E EQUIPAMEN-
TOS E MENOR IMPACTO PARA COMUNIDADES VIZINHAS
Wilson da Costa Junior...................................................................................................................................140
Melhorias
14 Case
COMO ADEQUAR OU FABRICAR UMA MÁQUINA OU EQUIPAMENTO À NR-12 SEM QUE PER-
CA A SUA EFICIÊNCIA
Bruno Marangoni.............................................................................................................................................. 151
15 Case
PREVENÇÃO DE QUEDAS NO ACESSO A SILOS
Cristian Itamar Luz Gonçalves................................................................................................................... 158
16 Case
DISPOSITIVO DE ALÍVIO DE PRESSÃO PARA PREVENÇÃO DE PROJEÇÃO DE LÍQUIDO DE
ARREFECIMENTO EM ALTA TEMPERATURA
Edvaldo de Faria - Roberval Gomes de Sousa...................................................................................... 164
17 Case
APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA WEAREBLE EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Emanuelly Pereira - Felippe Barboza - Ricardo Arpini.................................................................... 170
18 Case
APLICAÇÃO DA HIERARQUIA DE CONTROLE DO RISCO NA ATIVIDADE DE LUBRIFICAÇÃO
DE FILTRO PRENSA
Nayara Pereira .................................................................................................................................................. 179
19 Case
PREVENÇÃO DE ATROPELAMENTO POR EMPILHADEIRA COM SISTEMA BODYGUARD
Rafael Freitas dos Santos............................................................................................................................... 187
8 Sumário
GESTÃO
Contexto da organização
21 Case
APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE DESIGN FOR SAFETY (DFS) EM PROJETOS DE GERAÇÃO
DE VAPOR
André Souza de Lima....................................................................................................................................... 198
22 Case
CONSTRUINDO TIMES DE EHS PSICOLOGICAMENTE SEGUROS
Carla Lessa........................................................................................................................................................... 207
23 Case
PLANO DIRETOR DE SEGURANÇA PARA OPERAÇÕES LOGÍSTICAS
Ivanildo Ferreira Gomes................................................................................................................................ 214
24 Case
DIAGNÓSTICO DE CULTURA DE SEGURANÇA – ENTENDENDO A MATURIDADE DA EMPRESA
Luis Fernando Flammarion.......................................................................................................................... 220
25 Case
IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO –
DO ZERO ATÉ A CERTIFICAÇÃO ISO 45001:2018
Vinícius Luiz da Costa.................................................................................................................................... 227
Liderança
26 Case
ABORDAGEM COLABORATIVA NA ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
Bibiane Paula Lavratti.................................................................................................................................... 237
27 Case
MINUTO DE SEGURANÇA
Danilo Adriano de Oliveira.......................................................................................................................... 244
28 Case
PROGRAMA INFLUENCIADORES DE SSMA
Fabio A. da S. Arruda...................................................................................................................................... 251
29 Case
INCLUSÃO DOS TRABALHADORES NAS AÇÕES DE SEGURANÇA NO TRABALHO POR MEIO
DE FORMAÇÃO DE GRUPOS DE VIGILÂNCIA COMPARTILHADA
Geraldo Taveira Neto....................................................................................................................................... 258
30 Case
ADAPTABILIDADE NO MODELO DE LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS EM AMBIENTES
CRÍTICOS
Jefferson Cena .................................................................................................................................................... 269
31 Case
INSPEÇÕES GERENCIAIS COMO FERRAMENTA DE IDENTIFICAÇÃO DE DESVIOS
Luiz Carlos Fonte Nova de Assumpção.................................................................................................... 278
Sumário 9
32 Case
PROGRAMA TIME DE OURO - PROMOÇÃO DO ENGAJAMENTO EM SST
Patrícia Franciele Enck .................................................................................................................................. 284
33 Case
LIDERANÇA EM SEGURANÇA
Waldir Porto........................................................................................................................................................ 291
Planejamento
34 Case
PTW OFFICE – ESCRITÓRIO DE PERMISSÕES DE TRABALHO
Adilson José Monteiro..................................................................................................................................... 297
35 Case
DESAFIOS DA CONTRATAÇÃO DE GESTÃO DE SST NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS – POR ONDE
COMEÇAR?
Aline Pedroso de Oliveira - Renata Dorini Correia Dias................................................................ 308
36 Case
CUSTOS NA SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR ELÉTRICO
Claudia Maria Duarte ................................................................................................................................... 317
37 Case
ANÁLISE DE RISCOS EM PARQUE EÓLICO
Claudia Aparecida Furigo Gonçalves...................................................................................................... 326
38 Case
PRS – PROGRAMA DE RECONHECIMENTO SUSTENTÁVELO
Felipe David dos Santos.................................................................................................................................. 335
39 Case
INTEGRAÇÃO DO PGR AO SISTEMA DE GESTÃO DA SST ISO 45001:2018
Geraldo Guimarães Tanure.......................................................................................................................... 349
40 Case
MODELO DE ATUALIZAÇÃO DE EPI PARA ELIDIR INSALUBRIDADE
Heverton Rodrigo Cauás Albuquerque................................................................................................... 362
41 Case
PROPOSTA DE ESTRATÉGIA PARA PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO E MANUTENÇÃO DA
NORMA REGULAMENTADORA 10 – NR 10
Irineu Gomes De Amorim Junior............................................................................................................... 372
42 Case
RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO EM HSE
EM PROJETOS DE C ONSTRUÇÃO PESADA
Julio Cesar Garcia............................................................................................................................................. 380
43 Case
UMA ANÁLISE DE “MAKE OR BUY” PARA ASSEGURAR Q UALIDADE NA GESTÃO DE SAÚDE E
NO TRANSPORTE DE PESSOAS EM REGIÕES DISPERSAS GEOGRAFICAMENTE
Junio Moreira Rodrigues................................................................................................................................ 393
10 Sumário
44 Case
GERENCIAMENTO DE MUDANÇAS NA ÁREA DE SSMA
Luciano Rodrigues de Souza........................................................................................................................ 405
45 Case
PLANEJAMENTO E PREPARATIVOS PARA DESMONTE DE ROCHAS
Márcio Tadeu Xavier da Cruz..................................................................................................................... 414
46 Case
AÇÕES PARA PREVENÇÃO AOS DE RISCOS EM PESQUISAS AMBIENTAIS
Marlon Prado ..................................................................................................................................................... 425
47 Case
PROCESSO E VOTAÇÃO ONLINE DA CIPA
Rosimeire Tokiko Folli Xavier...................................................................................................................... 429
48 Case
LIBERAÇÃO DE TRABALHO A FRIO (LTF) – APLICANDO UMA METODOLOGIA AUTÔNOMA
PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS E PERMISSÃO PARA TRABALHO EM ATIVIDADES DE
BAIXO RISCO
Thiago Moura Oliveira................................................................................................................................... 436
Apoio
49 Case
PROJETO DE VOLUNTARIADO - ESG PARA PEQUENOS EMPREENDEDORES
Ademar Cavalcanti Silva Filho................................................................................................................... 447
50 Case
USO DO “SIX SIGMA” NA GESTÃO DE SEGURANÇA EM ALTURA EM GRUPO EDUCACIONAL
Douglas Tadeu Ansolin Campos................................................................................................................. 458
51 Case
LABORATÓRIO DE PERCEPÇÃO DE RISCO
Janaina Batista Rodrigues do Vale............................................................................................................ 468
52 Case
MAPA DE RISCO ERGONÔMICO
Levina Angélica Euzébio Cirilo de Souza............................................................................................... 477
Operação
53 Case
BRIGADA DA EMERGÊNCIA FIRE MOBILE
Camila Miyuki Nonaka.................................................................................................................................. 482
54 Case
DIAGNÓSTICO DE CULTURA DE SSMA PROJETO PARE - METODOLOGIA
Clemilton Lima................................................................................................................................................... 489
55 Case
GESTÃO E TECNOLOGIA EM SST – INTEGRANDO TODOS NO MESMO PROPÓSITO
Edmar Rezende................................................................................................................................................... 496
Sumário 11
56 Case
PROGRAMA G-MIRIM - GLOBAL MINERALS INDUSTRY RISK MANAGEMENT: UMA FERRA-
MENTA PARA MUDANÇA DA CULTURA ORGANIZACIONAL
Fábio Giesbrecht Gregório............................................................................................................................. 509
57 Case
MAPA DE RISCOS DE SEGURANÇA DE PROCESSOS
Fábio Molés da Silva ....................................................................................................................................... 517
58 Case
GERENCIAMENTO DE BARREIRAS: APLICANDO AS LIÇÕES APRENDIDAS COM A
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
Flavia dos Reis Carreiro................................................................................................................................. 524
59 Case
FERRAMENTA VISUAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOSBASEADO EM ENERGIAS
Franciele Luparelli da Silva.......................................................................................................................... 531
60 Case
APLICABILIDADE PRÁTICA DE ETIQUETAGEM BASEADA NO SISTEMA GLOBALMENTE HAR-
MONIZADO (GHS)
Jacqueline Maria de Souza............................................................................................................................ 546
61 CASE
DESAFIO DA REALIZAÇÃO DE SIMULADOS DE EMERGÊNCIA EM EMPRESA NO INTERIOR
DA FLORESTA AMAZÔNICA
Roberto Uilians Lopes dos Santos.............................................................................................................. 554
62 CASE
CIPA E O REGISTRO DE PERCEPÇÃO DE PERIGOS E RISCOS OCUPACIONAIS
Sheila Rodrigues................................................................................................................................................ 561
63 CASE
PROGRAMA FALA COMIGO
Urias Eduardo Bistene Cordeiro................................................................................................................ 568
64 Case
TÁTICAS E DESAFIOS DA GESTÃO DE TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS:
ABORDAGENS TÉCNICAS PARA A SEGURANÇA E EFICIÊNCIA
Vanderson Dias.................................................................................................................................................. 575
65 Case
GESTÃO DE RISCO EM SSMA ATRAVÉS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.
Vanessa Vieira.................................................................................................................................................... 586
66 Case
SEMANA DO BRIGADISTA
Walcir Marques Neto - Ulisses Vagner Souza de Barros.................................................................. 592
Avaliação do desempenho
67 Case
AUDITORIA “FRESH EYES”: REDUZINDO A CURVA DE APRENDIZAGEM E PREVENINDO
RISCOS TIPO PAISAGEM
Alvaro Domingues da Silva........................................................................................................................... 599
12 Sumário
68 Case
CONSTRUINDO UMA CULTURA DE SEGURANÇA NO SETOR DE VAREJO ALIMENTAR: UM
ESTUDO DE CASO SOBRE O PROGRAMA DE GESTÃO “FAROL DE SEGURANÇA”
Josiane Nunes Marinho Pereira.................................................................................................................. 609
69 Case
JORNAL DA CIPA
Thalita Carvalho Guimarães....................................................................................................................... 620
Melhorias
70 Case
APROPRIAÇÃO E TRATAMENTO DE DESVIOS OCUPACIONAIS EM TEMPO REAL: UMA ES-
TRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DE ACIDENTES
Carlos Enrique de Medeiros Jerônimo..................................................................................................... 626
71 Case
INSERÇÃO DA ESTRATÉGIA DE GAMIFICAÇÃO NO A PRENDIZADO DA SEGURANÇA DE PRO-
CESSOS
Marilha Vitoria Soares Fernandes - Carlos Enrique de Medeiros Jeronimo.......................... 636
72 Case
UTILIZAÇÃO DE MENTORIA FEMININA COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO
DA CARREIRA EM SEGURANÇA DE PROCESSO
Claudia V. R. de Oliveira e Corrêa - Luana Cristina Sousa de Oliveira.................................. 646
73 Case
QHSE E A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Daniel Ferri.......................................................................................................................................................... 652
74 Case
COMO A IMPLANTAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ESG (ENVIRONMENTAL, SOCIAL E GOVERNAN-
CE) PODEM P ROPORCIONAR BENEFÍCIOS PARA O MUNDO CORPORATIVO, MEIO AMBIEN-
TE E SOCIEDADE
Douglas Oliveira Cunha................................................................................................................................. 659
75 Case
METODOLOGIA SIP-SAFETY SKILLS PARA AÇÕES EDUCACIONAIS EM SEGURANÇA DO TRA-
BALHO
Emerson Franco.................................................................................................................................................. 671
76 CASE
AFASTAMENTO DE OPERADORES DE EQUIPAMENTOS POR LOMBALGIA
Erick Santos.......................................................................................................................................................... 682
77 Case
PROGRAMA EMBAIXADOR DE RAC (REQUISITOS DE ATIVIDADE CRÍTICA)
Helda Oliveira.................................................................................................................................................... 690
78 Case
A PERÍCIA SEMPRE DESCOBRE A VERDADE FÁTICA
Luciana Camperlingo...................................................................................................................................... 696
Sumário 13
79 Case
PROGRAMA CAPITÃO
Nonato Raimundo Oliveira Soares............................................................................................................706
80 Case
REESTRUTURAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO COM FOCO
NA EVOLUÇÃO DE CULTURA E BASEADA NA METODOLOGIA OKR – OBJETIVE AND KEY
RESULTS
Paulo de Souza Montenegro.........................................................................................................................714
FATORES HUMANOS
Contexto da organização
81 Case
APLICAÇÃO DO MÉTODO TRIPOD BETA EM UMA ANÁLISE DE
ACIDENTE SOB O OLHAR DOS FATORES HUMANOS
Ana Paula Ferreira Martins Pignaton..................................................................................................... 723
82 Case
PROJETO COMPARTILHANDO SABERES
Cléber Fontes Silva............................................................................................................................................ 734
83 Case
NOVA VISÃO DA SEGURANÇA® NA PRÁTICA – JORNADA
LIDERANÇA DE ALTA PERFORMANCE
Everton Xavier.................................................................................................................................................... 740
84 Case
DAQUILO QUE EU SEI – UMA NOVA VISÃO DE SEGURANÇA
Ivan de Paula Rigoletto, Dr.......................................................................................................................... 762
85 Case
CARACTERIZAÇÃO BÁSICA DOS FATORES PSICOSSOCIAIS: ESTUDO DE RISCO
ERGONÔMICO
Luana Azevedo - Bruno Rodrigo Carias Assis..................................................................................... 790
86 Case
CARACTERIZAÇÃO BÁSICA DOS FATORES PSICOSSOCIAIS:
ESTUDO DE RISCO ERGONÔMICOA
Marcos Oriqui..................................................................................................................................................... 799
Liderança
87 Case
COACHING EM SEGURANÇA: COMO MELHORAR O
DESEMPENHO HUMANO E ORGANIZACIONAL ATRAVÉS DE
CONVERSAS QUE FAZEM SENTIDO
Alexsandro Siedschlag..................................................................................................................................... 807
88 Case
QUANTO VALE UMA VIDA NA LINHA DE TRANSMISSÃO?
Eng.º Daniel Campani Grigolo.................................................................................................................... 814
14 Sumário
89 Case
SAFETY LÍDER – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇA PARA
SST - ÚNICO DAY TRAINING 100% COM METODOLOGIAS ATIVAS NO BRASIL
Leandro Gomes da Silva................................................................................................................................. 822
Planejamento
90 Case
COMO ESTABELECER UM PROCESSO DE MELHORIA DA PRESENÇA DE CAPACIDADE PARA
A CONSTRUÇÃO DE UM AMBIENTE DE TRABALHO MAIS SEGURO
José Carlos Sakai Junior................................................................................................................................. 830
Apoio
91 Case
SAUDAÇÃO DA SEGURANÇA
Rafael Gomes....................................................................................................................................................... 841
Operação
92 Case
ANDRAGOGIA E PRINCÍPIOS DE PAULO FREIRE APLICADOS EM TREINAMENTOS DE
SEGURANÇA DO TRABALHO
Dayanni de Brito da Silva............................................................................................................................. 847
93 Case
IMPACTO DO VIÉS DE CONFIRMAÇÃO NA CONFIABILIDADE HUMANA
Fábio Molés da Silva........................................................................................................................................ 857
94 Case
FATORES HUMANOS NA PRÁTICA - SOLUCIONANDO PROBLEMAS SISTÊMICOS
NO CANTEIRO DE OBRAS
Josué Eduardo Maia França......................................................................................................................... 865
95 Case
SEGURANÇA BASEADA EM COMPORTAMENTO
Paulo Franchi...................................................................................................................................................... 876
96 Case
ANÁLISES ERGONÔMICAS COMO FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO ÀS DOENÇAS
OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO TRABALHO NUMA INDÚSTRIA
METALÚRGICA PESADA
Samuel Oliveira de Moraes........................................................................................................................... 887
Avaliação de Desempenho
97 Case
SEGURANÇA HUMANA OU SEGURANÇA DO (NO) TRABALHO
- O QUE BUSCAMOS?
Anna Cristina Baptista Pereira, Dra....................................................................................................... 894
98 Case
APLICATIVO CUSTOMIZADO PARA MAPEAMENTO, ACOLHIMENTO E
DIRECIONAMENTO AO AUTOCUIDADO COM A SAÚDE MENTAL
Ludmila Peres Silva.......................................................................................................................................... 904
Sumário 15
99 Case
TRAINNING DOJO
Maria Medeiros.................................................................................................................................................................910
Melhorias
100 Case
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FISIOLÓGICOS NAS ATIVIDADES
DE CAMPO COM EXPOSIÇÃO AO CALOR
Alexandre Luiz Albuquerque Pereira....................................................................................................... 921
101 Case
O FATOR HUMANO: A SOLUÇÃO PARA A SEGURANÇA NO TRABALHO
Cristiane Lage..................................................................................................................................................... 929
102 Case
A ERGONOMIA E A SÍNDROME DE BURNOUT: UM ESTUDO REALIZADO NOS
CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO NAÁREA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Diego Filipe Rodrigues Ferreira Prata .................................................................................................... 940
103 Case
INFLUÊNCIA DE FATORES HUMANOS E ORGANIZACIONAIS NA PERCEPÇÃO
DE RISCOS OCUPACIONAIS E DE ACIDENTES DE TRABALHO
Irineu Gomes De Amorim Junior............................................................................................................... 950
104 Case
DOJO DE SEGURANÇA
Keith Ranniere Câmara.................................................................................................................................. 960
105 Case
METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE BEM-ESTAR
Luciana Cândida de Aquino........................................................................................................................ 980
106 Case
COMO TORNAR DINÂMICO O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DE MELHORIAS
ERGONÔMICAS
Adriana Aparecida Hilgemberg Murawski - Mariana Alves dos Santos ................................. 990
107 Case
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE DESVIOS
Rubens da Silva Fonseca Júnior.................................................................................................................. 998
108 Case
CUIDANDO DAS MÃOS PELA INTERNALIZAÇÃO DE ATITUDE
Thomaz de Castro Doro...............................................................................................................................1004
109 Case
LÍDERES FRACOS PRODUZEM TEMPOS RUINS (ACIDENTES E DOENÇAS
OCUPACIONAIS)
Wilbert Gandra................................................................................................................................................1010
16 Sumário
Prefácio
Quando pensamos na atuação profissional em Segurança e Saúde no Traba-
lho, a primeira palavra que nos vem a mente é “prevenção”, logo pensamos nos
riscos ocupacionais e na gestão destes nos processos de trabalho. Porém neste
contexto, como atuar sem ter conhecimento do contexto e da complexidade que
o tema demanda; quer seja os riscos ocupacionais oriundos das atividades, quer
seja na ação sinérgica destes nos processos de trabalho; bem como do conheci-
mento e percepção dos riscos por parte dos atores sociais envolvidos. Daí a rele-
vância de compartilhar as experiências já vividas e os ensinamentos tirados das
conclusões das diversas ocorrências no processo de trabalho que resultaram em
incidentes, horas de trabalho perdidas e até mesmo acidentes fatais com grande
ônus a todos os envolvidos desde a corporação até os profissionais envolvidos em
SST. A combinação de elementos tais como a forma e ou mecanismo de gestão
de riscos desde os processos de engenharia envolvidos até os fatores humanos in-
trínsecos e inerentes aos cenários de trabalho. Assim acredito que esta obra cujo
título traz as “lições aprendidas em SST” possa de fato constituir uma bagagem
e histórico rico e transformador de opiniões e mecanismos de atuação na área.
Desta forma apresento lhes esta importante obra, boa leitura e aprendizagem.
Prefácio 17
18 Prefácio
CONTEXTO DA
ORGANIZAÇÃO
ENGENHARIA
Carlos César Castilho Maciel
Luciano Ferreira Amorim da Silva
Viabilidade da aplicação em refeições durante
pausas para descanso de atividades
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A jornada de trabalho, complementada com as horas extras permitidas pe-
rante a legislação, faz com que, com o tipo de escopo de logística e execução
das atividades da empresa ADVEL Power Service, seja gerado um certo tipo de
incompatibilidade para que colaboradores do nosso time de trabalho tenham
um cenário favorável em baixas condições de transporte e armazenamento de
alimentos a ser absorvido durante o expediente.
O escopo de atuação está ligado a galerias de usinas hidrelétricas/PCHs,
nas quais é montado um canteiro de obras para armazenamento de roupas/per-
tences pessoais, máquinas e equipamentos, além de uma área de vivência com
mesas e cadeiras para descanso durante os intervalos.
A equipe de trabalho é composta por mecânicos ajustadores, soldadores
eletricistas e liderança, profissionais com especialidade em recuperação cavi-
3. APLICAÇÃO
Este processo de disponibilizar lanche da tarde em intervalos para descan-
so pode ser praticado por empresas cujos colaboradores executam atividades
de transportes manuais de pesos, trabalho a quente, exposição a intempéries,
dentre outros tipos de atividades vinculadas a trabalhos manuais.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Torna-se imprescindível consultar um Nutricionista para que sejam repas-
sadas orientações pertinentes ao tipo de atividade exercida com os horários de
trabalho da equipe.
A disponibilidade em poder buscar todos os itens frescos e de boa quali-
dade é de extrema importância para uma boa refeição a ser servida ao time de
execução.
Nos DDS – Diálogo Diário de Segurança são abordadas dicas sobre o con-
sumo excessivo de açúcares, sal, entre outros itens que são prejudiciais à saúde.
5. METODOLOGIA
Após o contato com a Nutricionista Carolina Guimarães (CRN - 373884),
foi determinado que, após 3 horas do almoço, poderiam ser servidas diversida-
des de frutas, pães com manteiga ou presunto e queijo, café e leite.
A alimentação adequada no ambiente de trabalho, quando realizada em
horários estratégicos, favorece a melhoria da concentração, bem-estar e, aci-
6. RESULTADOS
Um dos fatores positivos foi que a liderança apoiou e passou a incentivar
esse momento único para a equipe durante a pausa no dia, criando momentos
inovadores para completar as refeições. Esse momento passou a ser visto como
uma pausa de segurança para a equipe, na qual foi oportuno para a descontra-
ção e compartilhamento de informações pertinentes aos aspectos e condições
de segurança do trabalho.
ENGENHARIA
Douglas William Hakini Soares
Emerson Walter Castro dos Santos
Wellington Barbosa
Gestão de resíduos da construção civil no
município de São José do Rio Preto - SP
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O Este case refere-se à gestão de resíduos na construção civil do munícipio
de São José do Rio Preto, SP. Indiscutivelmente, os resíduos gerados pela cons-
trução civil podem comprometer o meio ambiente e a saúde da população, além
de promover o desperdício de recursos materiais e gastos financeiros utilizados
no canteiro de obras. O setor da construção civil gera empregos diretos ou indi-
retos e movimenta a economia e a riqueza local, porém, infelizmente, é um dos
segmentos que mais gera resíduos para o meio ambiente.
É preocupante a geração desses resíduos, pois a maioria é descartado em
terrenos baldios. Considerando a sustentabilidade ambiental como aliada do
desenvolvimento econômico, é mais que urgente a disseminação de uma cultura
de tratamento e reaproveitamento de resíduos da construção civil. A segregação,
triagem e reutilização, descarte e destinação final são etapas muito importantes
3. APLICAÇÃO
O setor da construção civil tem um grande obstáculo a ser ultrapassado: a
geração de resíduos, sendo este o maior desafio do setor, ou seja, conciliar seus
processos de produção com o desenvolvimento consciente.
Este estudo nos mostra que a alternativa encontrada para solucionar
essa problemática é o reaproveitamento. Podemos encontrar as definições na Lei
12.305/2010 e na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que mostra
a regulamentação dos manejos ambientais corretos dos resíduos, as definições
das metas de reutilização, redução, reaproveitamento e alternativas ambientais
corretas para a destinação dos resíduos gerados.
Empresas de construção civil que almejam a implementação da norma ISO
14001 ou que já possui o Sistema de Gestão Ambiental sabem que essa norma
traz soluções para que elas sejam mantidas dentro das legislações referidas e,
consequentemente, da Gestão dos Resíduos Sólidos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
O número de pontos de apoio atuais corresponde a 16 pontos de apoio em
funcionamento. A quantidade mensal de resíduos da construção civil gerados/
coletados/reciclados e o total de RCC gerados por obras particulares com desti-
nação às ATT é de: licenciadas de 94.302 m² e ou 102.988 toneladas de resíduos
da construção civil.
5. METODOLOGIA
Fonte: http://www.riopreto.sp.gov.br/PortalGOV/do/subportais_Show?c=31243
Fonte: https://www.riopreto.sp.gov.br/pontodeapoio/
Jd.Nazareth-Solon Av. Dr. Solon Varginha / Rua Francisco Felipe Caputo / Rua Beni
13
Vaginha Roquette
Fonte: https://www.riopreto.sp.gov.br/pontodeapoio/
34
Figuras 3 e 4: Usina Municipal de Reciclagem do Município de São José do Rio Preto-SP
5.3. METODOLOGIA
A proposta de um sistema de planejamento e controle de resíduos (PCR)
foi desenvolvida e implantada em empresa de construção do município de São
José do Rio Preto SP. O empreendimento possui um sistema de PCP implantado
e funcionando normalmente. Foi realizado um estudo do PCP da obra, detalha-
mento do sistema e identificação das ferramentas utilizadas em cada nível de
planejamento.
A proposta foi desenvolvida para o PCR, na qual empregou-se as caracte-
rísticas do sistema de PCP existente no empreendimento em estudo. A constru-
tora escolhida é uma empresa de pequeno porte, que atua no mercado há mais
de 30 anos com a construção de edificações de 10 a 18 pavimentos. A empresa
possui sistemas de PCP implantados em suas obras e, geralmente, constrói dois
empreendimentos simultaneamente.
O empreendimento em estudo é um condomínio residencial (padrão de
acabamento típico para a classe média-alta) composto por apartamentos de 2 e
3 dormitórios, dois boxes de garagem, duas torres com 14 pavimentos e, apro-
ximadamente, 10.000 m² de área construída, edificado com o sistema conven-
cional de construção (estrutura de concreto armado com vedação em alvenaria.
SOLUÇÕES
Solução técnica dos problemas mais significativos encontrados durante a
realização do estudo na obra:
6. RESULTADOS
Este estudo apresentou a proposta de um sistema de gestão de resíduos que
permite às pequenas e médias construtoras planejar e controlar a geração, reu-
tilização e descarte de resíduos. O sistema proposto é baseado em divisão por
níveis e em um indicador de planos de gestão de resíduos concluídos, PPCRC,
calculado de forma similar ao PCP.
O PCR foi implantado através de uma série de tabelas, as quais atuam como
ferramentas no planejamento e controle da geração, reutilização e descarte dos
resíduos. O indicador PPCRC é útil para o acompanhamento do plano de resí-
duos formulado.
A observação do comportamento dos envolvidos indicou uma boa aceita-
ção das técnicas propostas e empregadas na obra em questão, tanto em termos
da aplicabilidade quanto da importância para a gestão de resíduos, assim como
para a gestão da obra.
Por fim, conclui-se que o estudo apresentou um sistema de gestão e contro-
le de resíduos viável para o segmento empresarial estudado.
BRASIL. Resolução no 307 de 5 de julho de 2002. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2002.
BRASIL. Lei no 12.305 de 2 de agosto de 2010. Brasília, 2010.
BRASIL. Política Nacional dos Resíduos Sólidos. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, 2012.
IBGE. Informações Estatísticas - São José do Rio Preto - SP. Disponível em: <https://cidades.
ibge.gov.br/ brasil/sp/sao-jose-do-rio-preto/panorama>. Acesso em: 09 maio. 2023.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Lei no 9.393 de 20 de dezembro de 2004. São José do Rio Preto,
2004.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Decreto no12.765 2005 de 8 de abril de 2005. São José do Rio Preto,
2005.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Lei no 10.263 de 22 de dezembro de 2008. São José do Rio Preto,
2008.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de São
José do Rio Preto. São José do Rio Preto, 2013.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Conjuntura Econômica 2016.São José do Rio Preto - SP. São José
do Rio Preto Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico, Ciência, Tecnologia e Inovação,
2016. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Decreto no 18.015 de 05 de abril de 2018. São José do Rio
Preto, 2018a.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Lei no12.882 de 05 de janeiro de 2018. São José do
Rio Preto, 2018b. SÃO PAULO. Decreto no 60.520, de 05 de junho de 2014. São
Paulo, 2014.
SILVA, A. A. DA. Avaliação dos pontos de apoio (ecopontos) na gestão dos resí-
duos sólidos urbanos: estudo de caso de São José do Rio Preto - SP. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Urbana) São Carlos: Universidade Federal de São
Carlos, 2012.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O nosso principal objetivo foi atender aos preceitos legais, em termos de
saúde e segurança, e às regras aplicáveis quanto aos critérios de gerenciamento
de riscos no içamento e movimentação de carga, tirando os empregados da li-
nha de fogo. Dessa forma, foram eliminadas as condições de eventos com pren-
samentos.
A maior relevância para o processo foi a execução das atividades de forma
segura, com os próprios recursos dimensionados em termos de projeto, utiliza-
ção da própria estrutura e recursos, dando produtividade sem expor as pessoas
aos riscos ocupacionais existentes e atendendo aos preceitos legais em matéria
de saúde e segurança do trabalho.
A retirada dos empregados sob carga içada evita que o executante seja
atingido em caso de falhas dos equipamentos de içamento de carga, ou seja,
3. APLICAÇÃO
A aplicação pode ser realizada em processos de mineração, assim como
em empresas que tenham a necessidade de transportadores contínuos em seu
processo produtivo ou com transportadores que sejam semelhantes ao projeto
que foi implementada a melhoria.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Transportadores conforme dimensionamento de projeto, guindaste con-
forme “regras de avaliação de cenários / riscos”. Plataforma Móvel de Trabalho
PEMT, atendendo aos parâmetros normativos legais. Os treinamentos legais,
como NR 35 e NR18, serão de suma importância para o entendimento acerca
de perigos x riscos pertinentes à execução das atividades.
5. METODOLOGIA
Para iniciar as atividades, é de suma importância identificar, através de ava-
liação em campo, se todos os recursos necessários estão em conformidade com
os critérios de segurança, ou seja, a PEMT e guindastes, e se todos os envolvidos
estão devidamente treinados e capacitados para o controle e manuseio dos re-
cursos disponíveis.
Dessa forma, foi dimensionado e projetado um cavalete de sustentação,
através do qual o transportador fica totalmente apoiado sobre os skids, elimi-
nando a condição de pessoas abaixo da carga suspensa até o término da pina-
gem (montagem /acoplamento) entre transportador e empregado.
Parte de execução / montagem dos transpor- Amostra da base do transportador após a sua
tadores. fixação.
Wellington Barbosa
Canaã dos Carajás (PA)
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Todas as atividades de espaço confinado NR 33 necessitam de ventilação/
exaustão, por isso, que o dispositivo Alarme Seguro chega para aumentar a con-
fiabilidade do processo de atividades em espaços confinados, com a utilização
de soldas e cortes via conjunto oxi-corte.
Tudo começou com a atualização do protocolo na revisão do RAC 06, em
2022, quando foi discutido no comitê de ferrosos, no caso de falha ou parada
dos equipamentos (exaustores) dentro do espaço confinado, o que seria feito
para evitar que o empregado ficasse exposto ao perigo. Quando o equipamen-
to apresenta falhas, ele não sinaliza ao empregado que parou ou falhou, o que
aumenta os riscos de acidentes, até mesmo fatalidades dentro do espaço confi-
nado.
6.6.f. Os sistemas de exaustão – insuflamento de ar com alarme para o caso de falha estão
devidamente implementados
4. RECURSOS NECESSARIOS:
Processo
O custo da sirene e da lâmpada de emergência foi de, aproximadamente,
1.200,00 reais.
Mão de obra interna e materiais para projeto mecânico retirados do arma-
zém.
5. METODOLOGIA:
Problemática
Paradas nos sistemas de exaustão e/ou ventilação, com demora na identifi-
cação, deixando os empregados vulneráveis a riscos de acidentes.
50 Wellington Barbosa
Ocorrências
Durante as atividades em espaços confinados, os empregados executantes
precisam evacuar o local em casos de parada da exaustão e ventilação, mas esse
processo não tem eficiência, pois não há como identificar de imediato a parada
de um equipamento. A dependência do vigia é crucial, mas, em caso de distra-
ção, esse processo pode demorar e a equipe tende a ficar exposta aos riscos no
ambiente.
Ações realizadas
Reunimos a equipe multidisciplinar para um “brainstorming” e surgiu a
ideia de desenvolver um “kaizen”, uma estrutura para instalação do exaustor
com dispositivos de alerta visual e sonoro em casos de falta de energia ou de-
feito do equipamento. Assim, durante as atividades em espaços confinados, o
vigia e executantes identificam, de forma imediata, a parada do equipamento e
podem seguir rapidamente com a evacuação de todos, evitando a exposição aos
riscos existentes pela falta de exaustão e ventilação.
52 Wellington Barbosa
Obs.: O Kaizen alarme seguro recebeu o 2º Lugar no comitê de melhoria contínua do corredor
Norte em 2022. Processo de patente desse Kaizen já está em andamento.
Desperdícios
Reduzimos a espera e o defeito.
Produtividade
A equipe terá condição de identificar a falha de forma preventiva, buscan-
do a solução de forma rápida para evitar a paralisação da atividade e aumentan-
do a produtividade da equipe.
Qualidade e 5 S
Segurança preventiva de riscos críticos durante toda a atividade em espa-
ços confinados. Confiabilidade no processo de atividades em espaços confina-
dos, promovendo maior conforto e segurança aos executantes.
Divulgação
A solução encontrada foi divulgada para toda a equipe Serra Sul e Vale
Brasil.
Este Kaizen alarme seguro também foi cadastrado no portal de boas práti-
cas RAC 06 da Vale:
54 Wellington Barbosa
Link de acesso ao portal de boa prática Vale: Portal de Boas práticas de
RAC - PowerApps
Sou muito grato em participar deste projeto, que vem somar grandemente
com a minha carreira pessoal e profissional.
Agradecer a todos os envolvidos neste projeto:
• LEONARDO LOPES DE MAGALHÃES – Coordenador de processos
manutenção usina;
• MARLON MARQUES – Engenheiro sênior;
• FELLIPE OLIVEIRA – Engenheiro pleno;
• KEITH CÂMARA – Técnico de segurança especializado;
• JORGE LORRAN DA SILVA BORBOREMA – Soldador especializado
• MADSON DAS MERCES – Técnico especializado manutenção II
• ROZIVANIA DE OLIVEIRA – Tecnica controle de processo I
58 Wellington Barbosa
WELLINGTON EDUARDO
MORAIS BARBOSA
É engenheiro ambiental, com especialização em
Segurança do Trabalho, pós-graduado em Ges-
tão de Pessoas e Gerenciamento de Projetos, com
experiência na área de segurança do trabalho há 22
anos. Dentre os ramos de atividades, inclui experiên-
cia em ferrovia, terraplenagem, construção civil pesada,
eletromecânica eletrificação rural e mineração. Possui 10 anos no com-
plexo Eliezer Batista – Serra Sul, sendo cinco anos na implantação do
projeto capital e cinco anos na operação Canaã dos Carajás (PA). Atua
como engenheiro de segurança na Vale S/A.
Andrea Norbim
Edgar Alexandre Reis de Lima
ENGENHARIA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A atividade que envolve trabalho em altura possui inúmeros riscos à segu-
rança dos trabalhadores. Dos acidentes de trabalho no Brasil, de acordo com o
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 40% envolvem queda, uma das prin-
cipais causas de morte em trabalho na indústria no país. Dentre os índices de
acidentes no setor da construção civil e elétrica, o mais presente é o de acidentes
em trabalho em altura.
O uso de EPIs (equipamentos de proteção individual) durante a jornada
de trabalho não é suficiente para garantir a segurança desses profissionais. São
regulamentados pela norma NR 35 do Ministério do Trabalho outros meios
de proteção, como o uso de equipamentos de proteção coletiva (EPCs), e pelas
Fonte: Brandsafway.com
3. APLICAÇÃO
A aplicação da lição aprendida pode ser realizada em obras da construção
civil (pontes, viadutos), plataformas de petróleo, indústrias (metal- mecânica,
naval, entre outras), como recurso de engenharia voltado à melhoria de proces-
sos operacionais. Esta lição visa às ações de segurança, otimização de mão de
obra e garantia de eficiência e integridade de conservação do meio ambiente.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para implementar boas práticas de segurança no trabalho seguro em al-
tura deve-se atender aos requisitos mínimos de eliminação ao risco de queda,
os quais são regulamentados pelas normas técnicas brasileiras. Quando há a
omissão ou ausência de estudo científico, devem ser seguidas as normas inter-
nacionais aplicáveis.
5. METODOLOGIA
O estudo do case sob o sistema de plataforma suspenso QUICKDECK foi rea-
lizado em vultuosa obra de mobilidade urbana na Grande Vitória/ES, ponte
com alto tráfego de veículos que interliga a ilha de Vitória ao município de Vila
Velha, por onde circulam mais de 90.000 veículos por dia (figura 2).
Figura 2 - Região metropolitana de obras de mobilidade urbana
ANDREA NORBIM
Com esta lição aprendida, concluímos que inves-
timentos em inovação de tecnologias no campo da
engenharia e ações de planejamento/controle/preven-
ção de riscos possibilitam que organizações alcancem
maior sucesso com os seus resultados.
Profissional graduada em Arquitetura e Urba-
nismo (UFES/ES), pós-graduada em Engenharia
de Segurança do Trabalho (UVV/ES). Pós-gradua-
da em Docência no Ensino Superior (MULTIVIX/
ES), com experiência profissional na iniciativa pública
e privada nas áreas da arquitetura, desenvolvimento urbano,
construção civil e gerenciamento de projetos. Presta consultorias em li-
cenciamento de obras e, atualmente, especializa-se no segmento ligado
à prevenção, saúde e segurança do trabalho.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Os incêndios em veículos de transporte são alguns dos graves problemas
encontrados pelas empresas de transportes de passageiros, seja municipal e/ou
interestadual. Prever quando um incêndio pode ocorrer é um grande desafio,
pois, além de evitar perdas humanas, evita-se também processos judiciais, per-
das materiais etc.
Na gestão da manutenção das frotas há como tentar entender se a elevação
das temperaturas do motor e demais elementos do sistema veicular podem ser-
vir como um indicador para a prevenção do incêndio. A termografia é a técnica
preditiva que permite o acompanhamento da temperatura e a formação de ima-
gens (termogramas). A temperatura é um parâmetro de fácil monitoramento
em equipamentos eletromecânicos, pois permite constatar uma alteração na
condição da operação, dos componentes e do processo como um todo.
3. APLICAÇÃO
Este case pode ser aplicado em empresas de transporte de passageiros como
um todo, além do transporte de mercadorias nas rodovias do Brasil. Pode ser
utilizado pela equipe de manutenção em conjunto com a segurança dos proces-
sos das empresas.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
É necessária a contratação de serviços de termografia com equipamen-
to calibrado e pessoal devidamente treinado para entendimento das imagens.
Também é necessária a formação de equipe multidisciplinar que possa envolver
as atividades de operação, manutenção e segurança do trabalho e processos.
5. METODOLOGIA
O estudo foi realizado em uma unidade de operação de transporte de pas-
sageiros localizada em Cariacica, no Espírito Santo. O equipamento utilizado
foi um termovisor modelo E6-XT da FLIR, com detector de infravermelho de
43.200 (240x180) pixels e uma faixa de temperatura operacional maior, de -20ºC
a 550ºC (-4ºF a 1022ºF), sendo o termovisor posicionado de 1 a 2 metros de dis-
tância do ponto de medição. O ar no momento apresentava umidade relativa de
67% e temperatura ambiente de 29°C.
As medições termográficas foram realizadas com motor e ar condicionado
ligados, posicionadas na região do catalisador, no duto de descarga dos motores
e nos nichos traseiros da região do motor. Os termogramas foram obtidos em
maio deste ano, com aplicação em seis veículos em operação.
6. RESULTADOS
Foram realizados diversos termogramas com perfis de temperaturas varia-
dos. Abaixo segue o termograma do veículo 24660 como ilustrativo dos perfis
utilizados neste case.
Catalisador Motor
Identificação Duto
Lateral Interno Casco Interno
31790 42,2° 39,2° 40,3° 58,7° 39,5°
24660 105° 90,5° 99,6° 98,9° 93,5°
27090 150° 105° 102° 88° 82°
27350 158° 100° 113° 125° 99,8°
28050 196° 138,7° 131° 125° 95,8°
31810 169° 104,9° 164° 158° 114,1
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O Lean Manufacturing é um método de produção que foi estabelecido
na esteira do Sistema Toyota de Produção. As características Lean combinam
práticas just-in-time, trabalho em andamento e redução de desperdício,
estratégias de melhoria, produção livre de defeitos e padronização. O principal
objetivo do pensamento enxuto é melhorar os lucros e criar valor, minimizando
o desperdício.
Esta lição aprendida apresenta um novo modelo para projetar processos
enxutos em linhas de montagem. O objetivo é fornecer uma ferramenta de pro-
jeto de linha de montagem eficaz e eficiente, que atenda aos princípios enxutos
e aos requisitos ergonômicos do trabalho seguro de montagem.
3. APLICAÇÃO
A simulação dos ganhos em ergonomia, produtividade e qualidade, an-
tes da efetivação do projeto, foi viabilizada através da ferramenta Lean - Mock
Up (Maquete em escala 1X1). A aplicação desse modelo busca minimizar a re-
sistência das pessoas envolvidas nos processos de análise prévia à mudança a
respeito da importância de se pensar de forma “Lean Safety”.
O Mock Up tem como premissa a não realização de investimentos elevados
para a concretização dos projetos ou das melhorias nos postos de trabalho. Essa
premissa é essencial para a elaboração do projeto, pois os ganhos obtidos serão
contabilizados após a simulação real da operação. Na simulação são apresen-
tadas as seguintes melhorias: ergonomia (Golden Zone) e segurança, redução
de tempos, eficácia da qualidade, o tempo total dos processos e um plano de
negócios para viabilizar a proposta e implantação.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para viabilizar economicamente um projeto Mock Up, a premissa de redu-
ção dos custos deve ser aplicada. Sendo assim, em um projeto Mock Up para
simulação de um posto de trabalho, deve-se sempre trabalhar com materiais
alternativos, de baixo custo e que estejam destinados, talvez, ao descarte.
É muito comum a utilização de caixas de papelão, pedaços de madeira, fitas
adesivas, ferramentas obsoletas e tudo o que se possa utilizar para simular um
posto de trabalho com o mínimo de investimento primário. O registro da simu-
lação é de extrema importância, então, é requerida uma equipe multidiscipli-
nar para realizar as avaliações do posto projetado, como: ergonomia, qualidade,
métodos – tempos e a operação.
5. METODOLOGIA
A metodologia para aplicação dos projetos Mock Up segue passos impor-
tantes, a fim de se alcançar os resultados pretendidos.
Passo 1 – Workshop: três regras são a base do Mock Up: Criatividade - en-
contrar maneiras simples e inovadoras de se realizar um processo é fundamen-
tal. O foco é evitar ao máximo investimentos pesados em ações que poderiam
Descrição: Mock-Up Simulação de posto de trabalho Descrição: Mock-Up Simulação de posto para análise
com caixas de papelão e materiais devastáveis. ergonômica e definição da “Golden Zone”.
6. RESULTADOS
Com a regra “80 / 20 Regra: Melhor 80% hoje, que 100% nunca!!!“, o proje-
to abordou especificamente a melhoria da produtividade nos postos de trabal-
ho, com foco na ergonomia e segurança dos postos de trabalho.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Os incidentes com poeiras combustíveis ou explosivas podem gerar cená-
rios de incêndios e explosões, caracterizando acidentes de risco maior (Major
Risk Accidents). De acordo com as estatísticas das bases de dados de incidentes
envolvendo poeiras combustíveis, disponíveis em “https://dustsafetyscience.
com/’, cerca de 75% desses incidentes envolvem poeiras combustíveis durante o
processamento de madeira, produtos madeireiros, armazenamento e beneficia-
mento de produtos agrícolas e produção de alimentos.
Uma análise dos perigos de poeiras (DHA: Dust Hazard Analysis) envolve
a aquisição e análise de dados de combustibilidade e explosividade dos pro-
dutos, avaliação do local de processo, identificação dos perigos de incêndio e
explosão, avaliação dos riscos, identificação de salvaguardas e barreiras de se-
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser replicada em diversas indústrias em que pos-
sa existir eventos de incêndio, deflagração e explosão de poeiras combustíveis
ou explosivas, caracterizando um Incidente de Segurança de Processos (PSI:
Process Safety Incident). Exemplos são os seguintes: indústria química, petro-
química, papel e celulose, farmacêutica, cosméticos, alimentos, armazenamento
e beneficiamento de produtos agrícolas e tratamento de minérios (poeiras me-
tálicas). Há relatos de ocorrência desses eventos em portos e armazéns logísti-
cos, durante a movimentação de sólidos, tipicamente em esteiras transportado-
ras, elevadores de canecas e transporte pneumático.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Considerando que a implementação desta lição aprendida depende das
informações de segurança de processos dos produtos armazenados ou proces-
sados, dos estudos de análises de risco e do compartilhamento de informações
e aprendizados de incidentes, os recursos necessários para elaborar o Mapa de
Riscos de Segurança de Processos normalmente já se encontram disponíveis nas
equipes de projeto, processos, produção e manutenção dentro das organizações.
No entanto, caso não sejam conhecidas algumas propriedades e caracterís-
ticas importantes relacionadas aos perigos e riscos das substâncias, são neces-
sárias análises, avaliações e caracterizações complementares para gerenciar o
conjunto das informações de segurança.
5.METODOLOGIA
O elemento “Gestão do Conhecimento de Processos”, dentro do pilar “En-
tendimento de Perigos e Riscos” do Gerenciamento de Segurança de Processos
Baseado em Riscos (RBPS: Risk Based Process Safety), contribui fortemente para
enriquecer o Programa de Gerenciamento de Riscos, conforme previsto da NR-
01, pois permite identificar os principais riscos relacionados à perda acidental
de contenção de material ou energia, caracterizando um Incidente de Segurança
de Processos (PSI: Process Safety Incident).
Uma análise dos perigos de poeiras (DHA: Dust Hazard Analysis) envolve
as seguintes etapas:
6. RESULTADOS
O elemento “Gestão do Conhecimento de Processos”, dentro do pilar “En-
tendimento de Perigos e Riscos” do Gerenciamento de Segurança de Processos
Baseado em Riscos (RBPS: Risk Based Process Safety), contribui fortemente para
enriquecer o Programa de Gerenciamento de Riscos, conforme previsto da NR-
01, pois permite identificar os principais riscos relacionados à perda acidental
de contenção de material ou energia, caracterizando um Incidente de Segurança
de Processos (PSI: Process Safety Incident).
Uma análise dos perigos de poeiras (DHA: Dust Hazard Analysis) envolve
a aquisição e análise de dados de combustibilidade e explosividade dos pro-
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A busca de um ambiente de trabalho mais seguro através de um gerencia-
mento de riscos mais assertivo é primordial para o desenvolvimento de uma
cultura forte em saúde e segurança do trabalho. Um programa de prevenção
de fatalidades é uma grande estratégia para o gerenciamento desses riscos com
potencial de fatalidades dentro uma organização, pois prioridades e ações de
eliminação e controle são definidas.
Com base nesse contexto de prevenção de fatalidades, a partir de um pro-
grama, identificamos um risco bastante presente nas atividades de mineração,
a projeção de partes metálicas devido ao processo de desatolamento de equipa-
mentos de grandes portes. Vale ressaltar que foi feita a abrangência para outros
3. APLICAÇÃO
Este case pode ser aplicado em todos os setores que utilizam equipamentos
móveis em seus processos e onde existe o risco de atolamento em suas ativida-
des, não sendo possível usar, por exemplo, o cambão.
Esta lição aprendida foi primeiramente aplicada em uma mineração de
bauxita, com uma frota de 133 equipamentos, e, depois, foi feita a abrangência
para outras minerações e no agronegócio.
Em 2021, foi feita a abrangência no Prêmio Brasil Proteção, realizado pela
Revista Proteção e publicado na edição especial de dezembro de 2021.
Em outubro de 2021, a Revista Alumínio divulgou o case e a premiação
recebida.
Em 2022, foi feita a abrangência no Workshop Opex, com publicação na
edição de junho/2022 da Revista Minérios e Minerales.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários para a implementação desta lição aprendida são,
primeiramente, horas-homens trabalhadas para avaliação do processo e dos ris-
cos envolvidos. Depois, horas de treinamento e capacitação das equipes.
Aquisição das cintas de ancoragem e tração, conforme o projeto desenvol-
vido para a empresa que deseja realizar a aplicação. Análise de integridade dos
pontos de ancoragem nos equipamentos.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Este case tem como objetivo corroborar as principais funções de segu-
rança que devem ser verificadas nos veículos autônomos de uso industrial,
composta pelos dispositivos de segurança. Esses dispositivos são aplicados no
projeto para a realização da movimentação dos veículos industriais autôno-
mos de forma segura.
Com a evolução dos veículos industriais autônomos, a cada dia aumenta-
-se a sua presença na indústria, sendo que um dos fatores que contribuem para
o seu aumento se deve aos incidentes de colisões com empilhadeiras que, na
maioria das vezes, são causados por falha humana.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários à segurança em veículo industrial autônomo são
similares à implantação ou adequação de um projeto de segurança, conforme
apresentado em outro case na edição anterior1, com aplicação dos mesmos con-
ceitos, que são:
– Formação da equipe multifuncional;
– Profissionais com especialização em segurança de máquinas;
– Elaboração do escopo de segurança.
5. METODOLOGIA
A metodologia também segue o mesmo conceito do Ciclo de Adequação
de Segurança de Máquinas. Portanto, temos as seguintes etapas relacionadas
para este case:
1 - Apreciação de Risco; 2 - Projeto e Especificação dos Dispositivos de
Segurança; 3 - Implantação no local de trabalho; 4 - Validação e Treinamento.
Figura 8 - Quando a Zona de Alerta 1 detecta uma pessoa, inicia-se o processo de frena-
gem com redução da velocidade através da função Safe Speed Monitoring (SSM)
Fonte: YouTube Sick Sensor intelligence
Figura 10 - No entanto, como a pessoa não chegou a ser detectada na Zona de Prote-
ção, o sistema retoma seu movimento e restabelece a sua velocidade de forma gradual
até atingir a velocidade média de trabalho novamente.
Fonte: YouTube Sick Sensor intelligence
Figura 14 - Com a função Safe Stop 1 (SS1) acionada, o veículo autônomo é levado à
parada segura do seu movimento.
Fonte: YouTube Sick Sensor intelligence
Deve-se atentar que, por mais seguro que possam ser projetados os siste-
mas de segurança, com a falta de um plano de manutenção adequado, existirá a
possibilidade de ocorrer um incidente.
Ressalta-se que este case aborda algumas funções de segurança, sendo ne-
cessária a aplicação de uma apreciação de risco para mitigar outros riscos não
apresentados.
Espera-se que este case tenha elucidado melhor algumas das funções de
segurança, em conjunto com as normas de segurança aplicáveis para os veículos
industriais autônomos, ajudando o setor de segurança do trabalho na verifica-
ção de sua implantação.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Na década de 90, no início da carreira profissional, atuando como técnico
de Segurança do Trabalho em obras de construção civil, deparei-me com uma
realidade muito triste. O setor da construção cível era um dos que mais aciden-
tavam pessoas, com índice muito alto de fatalidade. De acordo com o quadro do
INSS, 12,9% dos acidentes fatais aconteciam na construção civil. Estavam fora
dessa estatística acidentes com invalidez ou perda de tempo.
3. APLICAÇÃO
Obrigatório para todas as obras de construção civil que se enquadram nas
exigências da NR18.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Quando foi idealizada, a plataforma era de custo muito baixo, pois, ao utili-
zar vergalhões, faziam-se grampos que eram colocados nos locais estabelecidos
Plataforma de Segurança
6. RESULTADOS
A prática implementada vem ajudando a reduzir os índices de acidentes
neste setor. Sempre que tenho conhecimento de informações sobre a redução
de acidentes na construção civil, sinto uma sensação de orgulho por contribuir
com essa valiosa causa.
Acidentes de Trabalho da Construção obtém melhores resultados em 2020
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A sinalização é uma medida administrativa muito importante para a gestão
de segurança. Quando aplicada de forma adequada no ambiente de trabalho,
agrega valor e traz benefícios, como, por exemplo:
√ Destaca a localização de equipamentos de emergência;
√ Determina locais seguros para o trânsito de pessoas em caso de emer-
gência e;
√ Identifica a característica de equipamentos de emergência.
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser utilizada em plantas industriais, centros de
distribuição de cargas, aeroportos, portos, petroquímicas, indústrias farmacêu-
ticas e outras que possuam botoeiras de emergências suportadas em estruturas
metálicas e onde haja dificuldade de visualização.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários para implementação desta lição são:
Recursos humanos: profissional de pintura.
Recursos materiais: tintas vermelha e branca.
6. RESULTADOS
A melhoria na identificação das botoeiras de emergência é um processo
de simples execução e de baixo custo, porém é de grande valor, pois a correta
sinalização em um cenário de emergência concorre para a prevenção de eventos
de maior gravidade, já que, nessas situações, o tempo de resposta é o fator mais
valioso.
Outro ponto relevante é que a sinalização eficiente e adequada torna o am-
biente mais seguro e facilita o processo de conscientização das pessoas em rela-
ção à cultura de segurança.
Ricardo Fernandes
São João da Boa Vista - SP
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Devido à amplitude de movimentos, exposição e aplicação das mãos uti-
lizadas em diversos processos produtivos e nos mais diferentes segmentos da
indústria, fez-se necessária a implementação de um programa de proteção das
mãos com saída de controle de engenharia, evitando assim acidentes, e que estas
ações preventivas e ou soluções dependam exclusivamente da ação humana.
3. APLICAÇÃO
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a implementação de um programa de proteção das mãos para o seg-
mento automotivo e de óleo e gás, fez-se necessário o comprometimento da
liderança, visitas de benchmark a empresas do mesmo ramo, análise de riscos
e estatística dos acidentes com as mãos, elaboração de procedimento e treina-
mento, e aquisição de dispositivos que mantêm as mãos do operador (a) fora da
linha de fogo durante as atividades operacionais.
5. METODOLOGIA
A metodologia aplicada no programa de proteção das mãos parte da uti-
lização de uma ferramenta específica de investigação de acidentes, conhecida
como 8D ou 8 Disciplinas. Após a análise dos relatórios de investigação de aci-
dentes dos últimos 24 meses, determinamos quais áreas eram as maiores ge-
radoras de acidentes com as mãos e, na sequência, quais eram as atividades
realizadas no momento desses eventos.
Após essa etapa, revisitamos a análise preliminar de riscos dessas ativida-
des e, com base na hierarquia de controles, montamos um programa de prote-
ção das mãos voltado para a utilização de dispositivos de proteção das mãos,
conhecidos internacionalmente como ´hands free devices` ou dispositivos mãos
livres.
Passo a passo para a implementação do Programa de Proteção das Mãos:
Passo:1- Determinação do período a ser analisado como base de dados.
Neste projeto, o período analisado foi de 24 meses.
Passo: 2 - Análise estatística de dados sobre acidentes do trabalho, com
foco nas mãos, nos últimos 24 meses;
Passo: 2- Revisão da investigação de acidentes envolvendo mãos para o
período em estudo;
Passo: 3 – Agrupamento por similaridade dos acidentes envolvendo mãos;
6. RESULTADOS
Como resultado do programa de proteção das mãos, conseguimos reduzir
a taxa de frequência de acidentes com as mãos em 86% em relação aos 24 meses
analisados, bem como ampliar o nível de engajamento e conscientização sobre a
importância do uso de ferramentas ou dispositivos que impeçam a inserção das
mãos nas zonas de riscos ou linhas de fogo durante as atividades. Incorporamos
esses conceitos e lições aprendidas nas Integrações de Meio Ambiente, Saúde e
Segurança para os colaboradores e prestadores de serviços, nas ferramentas de
Descrição: Bastão balizador (push pull Descrição: Cabos guias (tag line) para
pole stick) para içamento de cargas içamento de cargas
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A crescente industrialização e urbanização geraram inúmeros avanços na
nossa sociedade. No entanto, esses desenvolvimentos também vêm com seus
próprios conjuntos de desafios. Um dos principais problemas enfrentados pelas
comunidades que vivem perto de áreas industriais e de obras é a poluição sono-
ra, especificamente os alarmes tonais, que são comumente usados em equipa-
mentos móveis e veículos industriais.
Esses alarmes, embora essenciais para a segurança dos trabalhadores, aler-
tando-os sobre potenciais perigos, podem criar um ambiente de trabalho estres-
sante e prejudicial. A exposição contínua a esses ruídos pode levar a uma série
de problemas de saúde, incluindo estresse, perda de audição e distúrbios do
3. APLICAÇÃO
Esta ação de substituição do ruído tonal pelo ruído branco em alarmes de
equipamentos móveis e veículos industriais, conforme demonstrado neste es-
tudo, pode ser replicada em uma variedade de cenários e contextos industriais.
Isso inclui, mas não se limita à:
Mineração: A indústria de mineração, que opera com maquinário pesa-
do em minas abertas e subterrâneas, também seria um campo aplicável para
esta ação.
Aeroportos: Equipamentos de movimentação de carga, veículos de serviço
e outros dispositivos de alerta poderiam adotar o ruído branco para minimizar
o impacto sonoro em áreas adjacentes ao aeroporto.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A mudança de alarmes tonais para alarmes de ruído branco pode acarre-
tar benefícios substanciais tanto para a saúde e a segurança dos colaboradores,
quanto para a tranquilidade da comunidade ao redor. No entanto, essa imple-
mentação envolve custos consideráveis. Com um valor aproximadamente dez
vezes superior aos alarmes tonais convencionais, a instalação de alarmes de ruí-
do branco para cada equipamento empregado nas atividades da empresa pode
representar um obstáculo para aquelas que não dispõem de orçamento adequa-
do destinado a tal empreitada.
5. METODOLOGIA
Inicialmente, vale destacar que os projetos foram desenvolvidos com base
na metodologia CVP (Capital Value Process), que se alinha perfeitamente às
metodologias renomadas, como o PMBOK (Project Management Book of Kno-
wledge). A aplicação da metodologia Capital Value Process (CVP) visa princi-
Figura 4 – Quadro e ilustração da diferença entre ruído som branco e ruído som tonal
Poluição sonora
Os alarmes de banda larga que utilizam uma vasta gama de frequências,
além de promoverem um ambiente de trabalho mais seguro, estão sendo es-
pecificados por várias autoridades regulatórias na América do Norte, Europa e
Austrália, pois atenuam as queixas de ruído. Nessas regiões, o limite de ruído
durante a noite geralmente é de 60 dBA. Um Alarme de Ruído Branco de 77dBA
alcança o limite de 60dBA a 56 metros de distância. Já um alarme de som tonal
equivalente atinge o limite de 60dBA a 250 metros de distância (Balfour 2009,
teste em ambiente noturno, sem interferência de vento).
6. RESULTADOS
No período da construção, aplicamos o uso de um conjunto de ações para
prevenção de desconforto à comunidade, incluindo, entre eles, o alarme branco.
Os projetos permaneceram por mais de seis meses e não houve reclamações da
vizinhança relativas ao ruído.
Abaixo podemos verificar uma das campanhas de monitoramento de ruído
à comunidade, conforme procedimento descrito na NBR 10.151 (ABNT, 2019),
com todos os pontos abaixo dos limites permitidos.
Bruno Marangoni
São Paulo – SP
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O equipamento objeto deste estudo necessitou de alterações para adequa-
ção aos requisitos de segurança em atendimento às normas regulamentadoras,
em específico às NR-10 e NR-12. Consequentemente, seu projeto e concepção
foram revisados e novos equipamentos, a partir de então, foram produzidos
com mudanças em função do atendimento às normas de segurança.
Após algum tempo sendo comercializados, surgiram constatações dos
clientes e usuários quanto à perda de eficácia e aumento do tempo de realização
das tarefas, tornando-se necessário rever a existência do projeto para realiza-
ções das atividades propostas. Também foi verificada reclamação constante dos
usuários do equipamento, haja vista que estavam habituados com a operação
em equipamentos mais antigos e com pouco ou nenhum atendimento aos re-
3. APLICAÇÃO
O equipamento em questão tem a aplicação no corte de espumas flexíveis e/
ou rígidas de poliestireno ou poliuretano, do tipo corte vertical, com lâminas ou
serras fitas. É utilizado em larga escala, em indústria de colchões e mobiliários,
com aplicação para corte e seccionamento de peças. Podem ter similares em ou-
tros processos com materiais distintos, porém, não é o foco deste trabalho.
O resultado deste estudo pode ser aplicado tanto na concepção do equipa-
mento quanto na adequação de modelos similares existentes para o mesmo tipo
de aplicação, conforme descrito no parágrafo anterior. É um exemplo ideal para
a equipe de engenharia de projetos ou planejamento de adequação de segurança
na operação de máquinas e equipamentos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A sequência definida com os recursos necessários é a seguinte:
– Pessoas: com a equipe multidisciplinar, envolvendo os projetistas, segu-
rança do trabalho, operadores e equipe de manutenção na respectiva or-
dem; com a elaboração do projeto mecânico e elétrico, bem como com a
apreciação de riscos;
– Infraestrutura: após o aceite do projeto pela equipe, será necessário o
recurso físico/financeiro para execução física do equipamento ou ade-
quação de modelo existente;
5. METODOLOGIA
Iniciou-se o trabalho com a análise da situação existente, com base no mé-
todo de análise e solução de problemas, objetivando encontrar formas de cor-
rigir o projeto existente e melhorar a sua eficácia, conforme a seguinte ordem:
– Análise do projeto físico do equipamento, com a identificação das dificuldades
de operação tanto por parte do operador quanto da equipe de manutenção;
– Observação da realização das atividades no equipamento, quando se evi-
denciou que, decorrente do acréscimo de proteções físicas em volta da
mesa de trabalho, com chaves de bloqueio e intertravamento, exigia-se do
operador um maior tempo para a realização das tarefas e, até mesmo, a
locomoção ao redor da área de trabalho. Em decorrência de existir duas
proteções móveis articuláveis, intertravadas, o operador dispendia maior
tempo para a abertura e fechamento delas, além da inviabilidade do corte
de peças de tamanhos pequenos. Até mesmo para a manutenção ou troca
da lâmina ou serra fita, exigia-se maior tempo para a parada e substituição,
sendo necessário remover as proteções fixas com o uso de ferramentas.
Descrição: vistas lateral e frontal do equipamento com o projeto da nova forma construtiva
6. RESULTADOS
Este trabalho teve êxito após análise da situação e com a revisão do proje-
to que determinou, de forma segura, a adequação ou fabricação desse tipo de
equipamento sem que ele perdesse sua eficácia, tornando a tarefa segura e pro-
dutiva ao mesmo tempo. Essa alteração foi um diferencial para a prospecção de
vendas e aceitação no mercado. Foi almejado e alcançado com o êxito o objetivo
de otimização do processo de trabalho e redução de custos para fabricação do
equipamento, aproximadamente em torno de 60% e 30%, respectivamente.
As oportunidades de melhoria podem estar representadas em diversos pro-
cessos e níveis da organização, lembrando que, no contexto do sistema de gestão
da qualidade, as melhorias devem incluir oportunidades para atender aos re-
quisitos de clientes e aumentar a sua satisfação. Neste caso, realizada através de
alteração de um projeto existente, melhorou-se o desempenho do equipamento.
Fica evidente a necessidade de utilização de procedimentos normativos
neste processo exemplificado através do uso de uma norma tipo “C” específica
para a máquina, além da participação dos envolvidos no processo na etapa do
projeto, pois essas pessoas detêm conhecimentos empíricos e visão efetiva da
expectativa para uso do equipamento.
A segurança no trabalho em máquinas e equipamentos deve ser aplicada
e entendida como um aspecto positivo e agregador tanto para o cliente, que
irá adquirir o equipamento, quanto para o usuário. Deve-se garantir que seja
mantida ou, até mesmo, melhorada a eficácia do projeto e processo existente,
com atendimento às necessidades e expectativas das partes interessadas, sem
negligenciar a segurança do trabalho, bastando, para isso, aderir às normas exis-
tentes.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo desta lição aprendida tem como foco reduzir o risco no acesso
aos silos muito utilizados no Segmento Rural. Esses riscos serão sanados com
a remoção de escadas marinheiros, inserção de plataformas, acesso por escada
convencional e redução de custo com projetos, instalação de pontos de ancora-
gem e inspeção anual.
Citam-se 3 pontos relevantes na implementação:
1. Importância de análise e aprovação de CAPEX pelo setor de Segurança
do Trabalho;
2. Avanço nas análises e adequações de implementos (Silos) do segmento
rural;
3. APLICAÇÃO
Aplica-se, principalmente, no segmento rural (pecuária, silvicultura, aqui-
cultura e avicultura), no processo de armazenamento de ração para seus proces-
sos, podendo também ser implementado por proprietários de fazendas e sítios
na área rural que dependem do armazenamento temporário de ração em seus
processos.
É de extrema importância que, cada vez mais, sejam realizados investimen-
tos, análises e implementações que reduzam os números de acidentes de tra-
balho envolvendo queda de pessoas com diferença de nível. No gráfico abaixo,
extraído do Radar da Secretária de Inspeção do Trabalho, ilustra-se um com-
pilado de 2014 a 2021 que mostra que a referida situação geradora está em 3º
lugar, com 557.411 acidentes.
Fonte: https://clusterqap2.economia.gov.br/extensions/RadarSIT/RadarSIT.html
Outro dado muito importante é que dos 17.225 acidentes fatais nesse mes-
mo período, foram registrados 2.336 óbitos envolvendo queda de pessoas com
diferença de nível.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
5. METODOLOGIA
a) Análise dos projetos existentes e processo de aquisição de novos silos;
b) Análise feita pelo setor de segurança do trabalho do projeto inicial;
c) Elaboração de apresentação dos pontos de melhorias (Antes X Com
adequação);
d) Solicitação de um novo orçamento para aquisição dos silos já com as
melhorias propostas.
6. RESULTADOS
1. Redução de risco para subir nos silos, uma vez que se tem o acesso por
escada convencional;
2. Redução de custo com projeto, memorial de cálculo, emissão de ART
(Anotação de Responsabilidade Técnica) e inspeção anual;
3. Estudo aponta que, em 3 anos, o investimento inicial está pago.
4. Conformidade com a NR 31 (Segurança e Saúde no Trabalho na agri-
cultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura).
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo desta lição aprendida é apontar a gestão de energia perigosa
(térmica), prevenir a projeção de líquido em alta temperatura, armazenar cor-
retamente o reservatório de líquido de arrefecimento com risco potencial de
queimaduras na pele.
3. APLICAÇÃO
Todas as empresas que possuem veículos leves e equipamentos móveis, no
qual as pessoas realizam verificação de nível de água de radiadores.
5. METODOLOGIA
1. Identificar o fornecedor no mercado para aplicar a solução;
2. Informar o tipo de equipamento móvel onde será aplicado o dispositi-
vo de alívio de pressão;
3. Se necessário, agendar visita técnica;
4. Solicitar proposta técnica comercial;
5. Executar o projeto.
6.RESULTADOS
Apesar de termos vivido a experiência negativa de uma ocorrência de aci-
dente com lesão pessoal, tínhamos que buscar uma solução que fizesse parte da
atividade de forma natural.
Descobrimos que, apesar do risco de tomada de decisão das pessoas, por
fatores externos, como, por exemplo, tempo de liberação de máquina e indis-
ponibilidade de equipamentos para a operação, é possível assegurar a execução
de uma atividade com nível de segurança aceitável através do acionamento e
abertura da válvula de alívio de pressão interna, antes da abertura da tampa do
recipiente.
EDVALDO DE FARIA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Com os avanços da tecnologia, as formas de se obter informações em tem-
po real, através de dispositivos sensíveis, estão evoluindo cada vez mais, princi-
palmente no que tange aos parâmetros e conceitos de saúde e segurança. Esses
dispositivos trazem conforto e visam aumentar a qualidade de vida das pessoas,
assim como a própria expectativa de vida.
Tendo vista a necessidade de se obter informações em tempo real da loca-
lização geográfica dos colaboradores em uma planta industrial, além de coletar
dados de saúde, solicitar atendimentos emergenciais e monitorar o acesso às zo-
nas de riscos, a tecnologia weareble é a principal aliada para proporcionar essa
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser aplicada em qualquer tipo de segmento que
deseja romper com os paradigmas e conceitos arcaicos de segurança do tra-
balho e que esteja disposto e interessado a utilizar a tecnologia a seu favor. A
implementação da tecnologia weareble está focada na prevenção de saúde e se-
gurança dos seus colaboradores.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Recurso Financeiro
Para entender o comportamento da aplicação e garantir o atendimento a
todas as expectativas, foi viabilizada uma Prova de Conceito com uma empresa
de tecnologia. A realização dessa prova gerou, em um primeiro momento, custo
zero.
Recurso Humano
Em relação ao recurso humano, fez-se necessária a participação de vinte
colaboradores voluntários, quatro pontos focais da indústria e oito colaborado-
res da empresa de tecnologia.
Recurso Material
Foram utilizados 20 smartwatchs, 20 celulares, 20 carregadores por indu-
ção, 20 carregadores tipo pino, software para coleta e disponibilização de dados
e um dashboard para visualização das informações.
5. METODOLOGIA
Para aplicar a tecnologia weareble, é importante estudar e verificar os
impactos reais através de uma PoC (Prova de Conceito), a fim de testar a viabi-
lidade técnica da solução antes de se fazer um investimento completo.
O modelo de uma PoC contribui para:
• Identificar falhas: evitando problemas no software e impedimentos fu-
turos;
6. RESULTADOS
Durante a realização dos testes, foi possível identificar o comportamento
da tecnologia inserida no âmbito industrial. Esse comportamento obteve como
saída aspectos relacionados à performance, segurança do trabalho e saúde.
Performance
• Mais de 40.000 pacotes de dados coletados, sendo que 75% destes foram
disponibilizados no dashboard em até 2 segundos após serem coletados
no relógio.
• 50% dos pontos de GPS (+16 mil) apresentaram margem de erro inferior
a 25 metros da localização geográfica do colaborador, o que mostra uma
boa latência do tempo de resposta da coleta dos dados;
• Consumo de bateria que atende ao turno de 8 horas trabalhadas.
Segurança do Trabalho
• Monitoramento geográfico do colaborador em tempo real apresentou
alguns outliers em decorrência de áreas de sombra e por falta de infraes-
trutura de conectividade. No entanto, obteve resultado satisfatório dada
a realidade de uma prova de conceito.
• Acionamento de SOS apresentaria performance alta caso o local onde
fosse realizado a PoC não apresentasse níveis diferentes de altura. Po-
rém, dada a realidade da indústria em questão, essa funcionalidade teve
performance moderada.
• 95% dos testes realizados ao acesso de uma zona de risco delimitada para
verificação dessa funcionalidade ocorreu com sucesso, abrindo oportu-
nidade para explorar situações do cotidiano de uma planta industrial.
Nayara Pereira
Conselheiro Lafaiete - MG
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Esta lição tem como objetivo principal apresentar que é possível aplicar
a hierarquia de controle de risco na atividade que envolve trabalho em zona
de perigo em um equipamento, conforme previsto no item 12.1.9.1 da NR-12
– Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. A mineração possui
alta representatividade na economia brasileira, matéria prima para fabricação
de produtos essenciais no cotidiano do homem.
Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), as substâncias metá-
licas, em 2021, representam cerca de 89% da produção mineral comercializa-
da no Brasil. Dentro dessa porcentagem, o minério de ferro lidera com 80,1%
(Fonte: Anuário Mineral Brasileiro – ANM – 2022).
3. APLICAÇÃO
Esta lição poderá ser aplicada no processo de lubrificação de filtro, prensa
horizontal em áreas de mineração ou, até mesmo, em outros setores que pos-
suam sistema similar.
Filtro prensa é um equipamento utilizado no processo de separação de lí-
quido e sólido, e que usa a filtragem por pressão, projetado com base no volume
e no tipo de polpa que precisa ser desidratada.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários para a implementação desta lição aprendida são:
• Profissionais capacitados;
• Disponibilidade da ficha com dados de segurança do produto químico a
ser utilizado na atividade de lubrificação;
• Implantação de proteções coletivas;
• Fornecimento de equipamentos de proteção individual – EPI adequado
ao risco da atividade;
• Aquisição de equipamento (bomba pneumática);
• Inspeções programadas para avaliação de conformidade.
Substituir o perigo
Eliminar o perigo Transformação física de sólido para líquido e utilização de bomba pneumática para graxa com tambor.
Substituir o perigo Substituição da trincha por bomba pneumática, com bico de aplicação prolongado.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
No Brasil, a importância da atividade do transporte de cargas é indiscutível
para a economia, uma vez que a maioria das atividades econômicas depende do
deslocamento de bens e de pessoas. É através dos meios de transporte que a for-
ça de trabalho e os insumos chegam aos seus destinos, possibilitando produzir
e distribuir serviços, bens e tecnologia, contribuindo com o desenvolvimento
econômico do país.
Com a modernização da indústria, o homem tornou-se cada vez mais de-
pendente de tecnologia para alcançar resultados mais eficientes e atender a di-
versos tipos de demandas, tais como agilidade na movimentação de materiais,
transporte de diversos tipos de mercadorias, bem como sua distribuição e ar-
mazenagem. Esta se faz dependente também do macrossistema de transporte
3. APLICAÇÃO
A aplicação e instalação do sistema de detecção de interação entre homem
x máquina – Bodyguard – pode ser adotada nas atividades que envolvam movi-
mentação de carga com uso de máquinas/equipamentos, como:
• Empilhadeira;
• Pá Carregadeira;
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para implementação do sistema de detecção de interação entre homem x
máquina – Bodyguard –, faz-se necessário um conjunto particular de recursos:
1. Planejamento de investimentos (R$) conforme o quantitativo de pes-
soas e equipamento na respectiva empresa;
2. Instalação dos dispositivos móveis (12VDC/ 24VDC/ 48VDC) e dis-
positivos fixos (220VAC);
3. Treinamento para todos os públicos da empresa (princípio de funcio-
namento e diretrizes de uso);
4. Headcount para análise dos resultados, reuniões de análises críticas
junto às áreas responsáveis e alta liderança, plano de ação, acompanha-
mento de manutenção do sistema, treinamentos e outros;
5. Software de gestão das informações;
6. Manutenção preventiva e corretiva.
5. METODOLOGIA
5.2 APLICAÇÃO
A gestão de riscos é um processo aplicado em toda a organização para ma-
pear, identificar e estabelecer medidas de controle no ambiente, condições e
processos com potenciais de riscos.
As colisões e atropelamentos por empilhadeiras estão entre as maiores cau-
sas de acidentes nas operações logísticas. Segundo o estudo Observatório de
Segurança e Saúde no Trabalho, elaborado pelo Ministério Público do Trabalho
(MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre 2012 e 2022,
a maioria dos acidentes de trabalho no Brasil foi ocasionada pelas operações de
máquinas e equipamentos (15%) e veículos de transporte (12%).
Nos últimos anos, as indústrias e operadores logísticos têm recorrido a
diversas tecnologias para evitar acidentes com empilhadeiras. Uma delas é o
RFID (identificação por radiofrequência) para controle de acesso e habilitação
de operadores, o mesmo sistema utilizado para leitura de etiquetas em super-
mercados. Nos armazéns e galpões logísticos, esse método é adotado em senso-
res instalados nas empilhadeiras para detectar objetos em sua trajetória.
No entanto, as ondas de radiofrequência não atravessam barreiras físicas,
como paredes, colunas, pilhas de cargas e celulose, causando falhas de precisão
entre os dispositivos instalados no equipamento e o dispositivo disponibilizado
para os colaboradores. Nesse caso, se um pedestre surge de repente em um cru-
zamento de corredores, pode ocorrer um atropelamento.
Descrição: Dispositivo – B70 – Portado pelo Co- Descrição: Dispositivo – B370 – Instala-
laborador do no equipamento.
6. RESULTADOS
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo desta lição aprendida é compartilhar os desafios, benefícios e
parte das experiências vividas através da abordagem dos conceitos do Design for
Safety (DfS) na implementação de projetos de Geração e Distribuição de Vapor.
O Design for Safety é uma abordagem sistemática que busca incorporar
considerações de segurança em todas as etapas do desenvolvimento de produtos,
sistemas ou processos. O seu objetivo principal é prevenir acidentes, minimizar
riscos e garantir a segurança dos usuários, trabalhadores e do ambiente em que
o projeto será utilizado.
Szymborski (1997) destaca que a capacidade de influenciar os principais obje-
tivos do projeto é maior no início do cronograma, durante a fase de planejamento e
3. APLICAÇÃO
O Design for Safety é uma abordagem holística que busca incorporar a segu-
rança em todos os aspectos do projeto, garantindo que o produto ou sistema seja
seguro, confiável e atenda aos requisitos de segurança exigidos. Sendo assim, a
filosofia e as práticas do Design for Safety podem ser adotadas pelos mais varia-
dos segmentos, destacando-se especialmente aqueles de alto risco, como:
Indústria: pode ser aplicado em todos os setores industriais, incluindo ma-
nufatura, construção, energia, automotivo, entre outros.
Saúde: em hospitais, clínicas e dispositivos médicos, garantindo a segurança
dos pacientes e profissionais de saúde.
Transporte: para veículos, aviões, trens e sistemas de transporte público, vi-
sando à prevenção de acidentes.
Tecnologia: em produtos eletrônicos, softwares e aplicativos para evitar pro-
blemas de segurança e privacidade.
Construção civil: garantindo a segurança dos trabalhadores e usuários de
edifícios e infraestruturas.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A implementação da metodologia Design for Safety (DfS) é uma decisão
organizacional e deve ser adaptada à natureza do projeto, à complexidade e escala
do projeto, bem como aos requisitos de segurança relevantes. Ela pode requerer
5. METODOLOGIA
Embora no Brasil não haja um padrão normativo para a aplicação do con-
ceito, o texto “modernizado” de algumas das Normas Regulamentadoras traz a
necessidade de revisão de projetos como forma de mitigar riscos. Para o desen-
volvimento do presente trabalho, foram considerados os padrões das seguintes
normativas e diretrizes: MIL-STD-882; Artigo: Viability of Designing for Cons-
truction Worker Safety” publicado por Gambatese, Hinze e Haas em 2005; ISO
12100 - Segurança de máquinas; ISO 31000 – Gestão de Riscos; Workplace Safety
and Health Guidelines, 2022.
O objetivo principal é garantir que os riscos associados a um sistema ou pro-
duto sejam identificados, analisados e mitigados ao longo de todo o ciclo de vida
do projeto. Os padrões baseiam-se em abordagens sistemáticas de gestão de ris-
cos, abordando cada fase do projeto, desde a concepção até a retirada do serviço.
“O Design for Safety passou a ter um grande desenvolvimento na década
de 50, principalmente pela Força Aérea dos Estados Unidos após chegar à con-
clusão de que um processo baseado em tentativa e erro e melhoria contínua no
projeto e fabricação de aviões nunca seria viável. Deste desenvolvimento nasceu
o conhecido padrão MIL - STD882, ainda em vigor hoje [...]” MONTEIRO, Adil-
son, 2022.
Descrição: 5.09. Implementação e software para Descrição: 5.10. Implementação de PSSR – Revi-
gestão de requisitos legais; são de Segurança Pré-Startup;
6. RESULTADOS
A implementação das práticas preventivas de SSMA abordadas ao longo
do presente artigo trará um aumento considerável ao nível de controle de riscos
do processo produtivo. Práticas preventivas como a gestão de lições aprendidas
permitiram aprender com implementações anteriores e aumentar a performance
dos projetos atuais. A adoção do HAZOP elaborado por equipe multifuncional
ainda na fase de concepção do projeto permitiu identificar e controlar variáveis
importantes do processo e prevenir acidentes aumentados. Implementar um
206
Construindo times de EHS psicologicamente seguros
Carla Lessa
São José dos Campos - SP
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Há cerca de 20 anos, venho atuando frente aos times de EHS (ou SMS –
Segurança, Meio Ambiente e Saúde) em diferentes organizações, de diferentes
portes e segmentos, sendo esses times compostos por enfermeiros, técnicos, en-
genheiros, analistas, estagiários e aprendizes, cujo propósito é a promoção de
ações voltadas para o suporte à organização, no sentido de fomentar ambientes
de trabalho seguros, saudáveis e sustentáveis.
“Time de EHS” é a forma como nos referimos a essas equipes, compostas
por todos ou parte dos profissionais acima referenciados, e que atuam nas orga-
nizações. No entanto, o que observei ao longo dos anos, em especial quando eu
iniciava o trabalho em uma empresa ou entrava um novo membro na equipe, era
que nem sempre esses profissionais atuavam como um time.
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida se aplica a todo e qualquer time, em especial os times de
EHS (ou SMS – Segurança, Meio Ambiente e Saúde) que atuam nas organizações
de diferentes portes e segmentos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Curiosidade, empatia, escuta ativa, disposição e tempo para a construção
de times de EHS psicologicamente seguros.
Visão holística e pensamento sistêmico, experiência e conhecimento
acerca dos papéis e responsabilidades de um time de EHS dentro das organiza-
ções, independente do ramo de atuação da empresa.
Apoio da organização e práticas que sustentem o time, respeito e con-
fiança em cada membro do time de EHS, entendendo que os mesmos devem
ser capazes de atuar como facilitadores da construção de ambientes de trabalho
seguros e saudáveis. O conhecimento técnico é uma prerrogativa para o traba-
lho, mas a capacidade de assumir riscos, a forma de lidar com os problemas, o
apoio mútuo, a reação aos erros, a capacidade de pedir ajuda, a aceitação da di-
versidade dentro do time e a apreciação entre os membros são os elementos que
irão potencializar a atuação desse time na organização, uma vez que não é quem
está no time que faz a diferença, mas sim a forma como os membros desse time
interagem entre si.
Fruto da minha experiência e atuação, posso afirmar que os elementos
acima descritos necessitam ser potencializados na grande maioria dos times de
EHS que conheci ou participei, considerando que o EHS vem, cada dia, assu-
mindo uma posição mais estratégica dentro das organizações. Novos conceitos e
abordagens de segurança vêm sendo necessários e a relação com todas as demais
áreas / departamentos da organização precisa ocorrer de forma intensa, fomen-
tando a construção de pontes de relacionamento para a garantia da sustentabili-
dade do negócio.
5. METODOLOGIA
Para a construção de times de EHS psicologiamente seguros é necessário,
primeiramente, entender como este time está composto. São profissionais de se-
gurança, saúde e meio ambiente que suportam uma unidade, uma região, atuam
localmente ou corporativamente? Quantos membros fazem parte do time? Qual a
característica desse time: coordenação, cooperação ou colaboração? O que se es-
pera desse time? Como a organização apoia esse time? Quem é o líder desse time?
As respostas às perguntas acima, além de outras perguntas que surgem na
etapa de caracterização do time, são fundamentais para a definição do escopo do
trabalho e aplicação da metodologia para diagnóstico do time.
“Um time é um pequeno número de pessoas com habilidades com-
plementares que estão comprometidas com um propósito comum,
metas de desempenho e abordagem pelos quais se consideram mu-
tuamente responsáveis.”
(The Wisdom of Teams: Creating the High-Performance Organization,
Katzenbach and Smith, 2006)
6. RESULTADOS
Nos mais de 20 anos de atuação junto a times de EHS, deparei-me com si-
tuações diversas, nas quais a cultura do medo era a que mais imperava entre os
membros dos times. Medo de falar, medo de se posicionar, medo de intervir,
medo de cometer erros, medo de ser responsabilizado caso algo não saísse como
a organização esperava.
Essa cultura do medo sempre esteve muito associada à forma como a or-
ganização enxergava o time de EHS, mas também ao fato de que os próprios
membros do time de EHS não se respeitavam, não confiavam uns nos outros.
Como consequência, não se apoiavam mutuamente, não eram capazes de assu-
mir riscos, não aceitavam que as pessoas eram diferentes, tinham conhecimentos
e experiências também diferentes e, portanto, não se apreciavam.
Este é o grande objetivo: ter segurança psicológica nos times de EHS, sem
que seja necessário falar, apenas ter.
Como maior resultado deste trabalho que vem sendo desenvolvido junto
aos times de EHS está o reconhecimento da organização desde a alta liderança
até as equipes operacionais, incluindo o excelente desempenho que o time vem
apresentando, cuja premissa corresponde ao fato de que as pessoas serão sempre
parte da solução para todos os problemas e que toda vida importa.
213
Plano diretor de segurança
para operações logísticas
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Quando falamos em prover um ambiente ocupacional seguro, certamen-
te levamos em consideração o contexto da empresa: escopo de serviço, princi-
pais riscos ocupacionais envolvidos e quantidades de colaboradores. O case em
questão trata-se de um galpão logístico, com uma população média de 700 co-
laboradores, trabalhando continuamente. Um lugar onde diversos incidentes
(quase-acidentes) podem facilmente acontecer. É fato que, por mais tempo que
um técnico de segurança passe dentro da operação, dificilmente terá uma visão
completa dos desvios que estão ocorrendo, no máximo alguns que foram encon-
trados de forma amostral.
3. APLICAÇÃO
O PDS pode ser aplicado para qualquer tipo de empresa (com as suas devi-
das adequações). Porém, é importante ressaltar que a sua criação foi pensada no
contexto de uma empresa com grande circulação de pessoas fixas. Portanto, seu
funcionamento é mais adequado a esse tipo de realidade.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Pode-se contar com recursos humanos e materiais para a aplicação do PDS
em uma empresa:
• Envolvimento de representantes de cada nível organizacional: colabora-
dores, liderança, supervisão, coordenação gerência e diretoria, bem como
toda a área de SESMT e CIPA.
• Equipamento eletrônico com acesso à internet, para preenchimento dos
formulários (celular/tablets).
• Plataforma para preenchimento de formulários. Como sugestão, pode-se
utilizar o Google Forms.
• Software para elaboração de dashboards é opcional, porém bastante rele-
vante para se ter uma visão mais clara dos dados recebidos.
5. METODOLOGIA
O Plano Diretor de Segurança consiste em três pilares fundamentais para
garantia da segurança: identificação de riscos ocupacionais, conscientização e
tratamento de incidentes/acidentes. Para cada pilar foram criadas ferramentas
(formulários) que possibilitam dar suporte para cada pilar do PDS.
6. RESULTADOS
Após a implantação do PDS, percebeu-se uma maior contribuição por
parte dos colaboradores e lideranças para que o ambiente de trabalho pudesse se
tornar mais seguro. As ações tomadas e concluídas, durante a identificação dos
desvios dos Alertas Preventivos, tiveram um impacto positivo, demonstrando
o comprometimento e amadurecimento dos colaboradores para as questões de
segurança.
Quando olhamos os OPAIs (Observações Planejadas de Atos Inseguros),
verifica-se um decrescimento de algumas categorias de desvios estabelecidas, as-
sociadas ao posto de trabalho. Por outro lado, observa-se um aumento das cate-
gorias voltadas a conscientização das atividades, o que proporciona uma direção
mais assertiva da área de segurança. O intuito é que esses tipos de desvios sejam
controlados e reduzidos. No OPAI, incluiu-se também a avaliação de comporta-
mentos seguros. Sobre isso, percebe-se um aumento desses comportamentos, o
que nos mostra que a cultura de segurança está aos poucos aumentando entre os
colaboradores da operação.
219
Diagnóstico de Cultura de Segurança –
Entendendo a maturidade da empresa
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O diagnóstico de segurança e saúde no trabalho faz parte de uma série de
ferramentas que uma empresa pode utilizar para reduzir o número de doenças e
acidentes. Como podemos imaginar, esse conceito está intimamente relacionado
à prevenção de riscos ocupacionais, além de estar interligado aos fatores huma-
nos, pois busca aspectos que possam influenciar negativamente os funcionários.
Desta forma, o processo de diagnóstico ou revisão do ambiente e das condições
de trabalho colabora com a prevenção de riscos.
O diagnóstico de percepção da maturidade da cultura é uma ferramenta ba-
seada em metodologias reconhecidas globalmente e que permitem a classificação
dos estágios de maturidade de uma Cultura em Segurança.
3. APLICAÇÃO
A ferramenta do diagnóstico de segurança de uma empresa, responsável
pela identificação dos seus pontos fortes e fracos, é uma boa prática e se aplica a
todas as áreas, processos e segmentos industriais. A segurança como um hábito
deve permear as organizações como um todo, com o envolvimento top-down,
pois é o que viabiliza as tomadas de decisão apropriadas no dia a dia e que ga-
rante um ambiente de trabalho seguro e eficaz, condição sine qua non para as
empresas atualmente.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para um diagnóstico representativo é recomendável ouvir de 70 a 90% das
pessoas que trabalham na organização e incluir Terceiros Fixos.
É importante que a organização tenha diagnósticos realizados por uma em-
presa de terceira parte, pois garante a independência nas avaliações. Isso não
impede a realização de autoavaliações pela própria companhia no acompanha-
mento das melhorias durante as implementações recomendadas.
5. METODOLOGIA
O diagnóstico de percepção da maturidade da cultura é uma ferramenta ba-
seada em metodologias reconhecidas globalmente e que permitem a classificação
dos estágios de maturidade de uma Cultura em Segurança.
Dentre os modelos mais praticados pelo mercado estão a Curva de Bradley
(Dupont) e a Curva de Hudson (Hearts and Minds).
Cada dimensão analisada produz uma saída e uma avaliação específica que,
no final, irá compor o resultado final da empresa dentro dos cinco níveis da me-
todologia.
6. RESULTADOS
Após a entrevista com todos os envolvidos na empresa, é possível identificar
a maturidade em que o estabelecimento se encontra.
Dependendo da metodologia utilizada, teremos um resultado que varia do
Patológico ao Generativo (Heart and Minds) ou Reativo a Interdependente (Cur-
va de Bradley).
O que importa não é esse rótulo, mas os conceitos que ele carrega. Você deve
ser capaz de entender qual é a postura que os líderes têm quando se deparam
com um desvio ou uma situação insegura, o modo como acontece o aprendizado
organizacional, o nível de justiça nas relações, a aderência aos padrões de segu-
rança e muito mais.
226
Implementação de um sistema de gestão em saúde e
segurança do trabalho – do zero até a certificação
ISO 45001:2018
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é apresentar, de uma forma simplificada e através
de uma lição aprendida, como realizar a jornada de obtenção da certificação ISO
45001:2018 desde a criação de um sistema de gestão de saúde e segurança do zero
até a obtenção da certificação. A ideia é apresentar sinteticamente esse caminho
para servir como fonte de informações em qualquer organização, independente-
mente de seu porte.
Vamos utilizar a vivência prática de implementação da norma em uma em-
presa multinacional de grande porte para repassar os conhecimentos alcançados
por meio desta lição aprendida.
3. APLICAÇÃO
Uma organização é responsável pela saúde e segurança ocupacional dos seus
trabalhadores e de outros que possam ser afetados por suas atividades. Essa res-
ponsabilidade inclui a promoção e proteção da sua saúde física e mental.
A adoção de um sistema de gestão de SST destina-se a permitir que uma or-
ganização ofereça locais de trabalho seguros e saudáveis, evitando lesões e doen-
ças relacionados ao trabalho e melhorando continuamente seu desempenho em
SST.
Dessa forma, toda organização, independente de seu tamanho ou porte,
pode buscar a implementação de um sistema de gestão que atenda aos requisitos
estabelecidos pela ISO 45001:2018.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para implementar um sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho
que atenda aos requisitos estabelecidos pela ISO 45001:2018, deve-se primeira-
mente conhecer a norma. Para isso, existe diversos mecanismos. A partir da ex-
periência vivida, vemos que não é obrigatoriamente necessário contratar uma
consultoria especializada para esse fim. Nesta lição aprendida que estamos apre-
sentando, esse recurso não foi utilizado.
5. METODOLOGIA
Na implementação de um sistema de gestão de saúde e segurança do traba-
lho que atenda aos requisitos da ISO45001:2018, deve-se realizar primeiramente
um diagnóstico da organização, com foco na identificação dos gaps do atual sis-
tema de gestão, com os requisitos da ISO45001:2018. Esse diagnóstico pode ser
realizado com uma análise minuciosa do que é exigido na norma e dos atuais
procedimentos implementados. A partir da inexistência de qualquer sistema de
gestão na organização, esta torna-se uma oportunidade maravilhosa para iniciar
a criação de um sistema já aderente e atendendo aos requisitos da ISO45001:2018
do zero.
Como 2° passo, deve-se determinar o escopo que o sistema de gestão irá su-
portar. Normalmente, o escopo nada mais é do que as atividades realizadas pela
empresa, ou seja, o que a empresa produz, fabrica ou comercializa.
Como 3°passo, deve-se, junto com a alta direção, estabelecer uma políti-
ca que irá nortear toda a organização. Nests política se define a forma como a
empresa entende e opera os seus negócios, e, neste caso, as questões de saúde e
segurança do trabalho.
Fig. 2 - Exemplo de uma matriz SWOT para suporte à criação de um plano estratégico
6. RESULTADOS
Seguindo os passos demonstrados, conseguimos levar a organização à ob-
tenção da certificação na norma ISO 45001:2018, mas não devemos pensar que
foi um caminho fácil. Durante as fases de auditorias diversas, não conformidades
foram encontradas e uma metodologia específica para o gerenciamento das mes-
mas é de grande valia.
Nesta lição aprendida, trazemos uma visão prática da implementação de um
sistema de gestão em SST, que foi, ao final de sua consolidação, certificado. En-
tão, o intuito não é meramente trazer o que determina a norma, pois seria mais
fácil somente ler a mesma e realizar a sua implementação.
Algumas dicas práticas foram trazidas para realmente nortear os leitores so-
bre como foi a experiência vivida na busca da certificação.
Ousamos tentar simplificar um processo extenso, mas que, se bem com-
preendido, pode ser de grande valia para a otimização e implementação de um
sistema gestão de SST na busca da tão requerida certificação na ISO 45001:2018.
235
LIDERANÇA
Bibiane Lavratti
Porto Alegre - RS
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Procedimentos são elementos fundamentais e cruciais para o sucesso de um
Sistema de Gestão, sendo utilizados para guiar ou regular uma ampla gama de
atividades, proporcionando organização, eficiência, controle, conformidade e
consistência.
Na abordagem tradicional, os procedimentos são criados de forma unila-
teral pela gestão ou por um grupo de especialistas, sem a participação dos exe-
cutantes. Essa criação pode levar a problemas de adesão, falta de clareza e, até
mesmo, erros operacionais, que podem causar incidentes.
O objetivo deste artigo é apresentar uma abordagem colaborativa para a ela-
boração ou revisão de procedimentos, através da qual os executantes são envol-
3. APLICAÇÃO
De acordo com Vreede e Briggs (2005), colaboração é a “articulação de um
esforço comum em direção a um objetivo.” Derivada do latim, a palavra “colabo-
ração” significa trabalho em conjunto A colaboração é uma ferramenta poderosa
para a resolução de problemas complexos, pois melhora a eficiência e a inovação.
A abordagem colaborativa pode ser aplicada em uma ampla variedade de
contexto e setores, em ambientes em que a cooperação, participação e troca de
conhecimento são valorizadas, nos setores privado e público, nas áreas de edu-
cação, projetos, manufatura, pesquisas, etc. Ao envolver os funcionários direta-
mente na criação dos procedimentos ou instruções de trabalho, a empresa de-
monstra um compromisso com a colaboração e participação das pessoas, com o
desenvolvimento dos funcionários e com a busca contínua por melhores práticas
operacionais, resultando em documentos mais realistas eficientes e seguros, além
do sucesso da organização.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários para garantir que os funcionários possam contri-
buir de forma engajada e efetiva são:
– Alinhamento prévio com as lideranças;
– Disponibilidade de pessoas;
– Canais de comunicação clara, eficiente e acessível (online, quadros de avi-
sos, reuniões etc.);
– Ferramentas de colaboração através de plataformas, quando possível, ou
mesmo por meio de encontros presenciais;
– Cultura de confiança ou ambiente com segurança psicológica, que valori-
ze a participação de todos os membros da equipe;
– Liderança participativa, com líderes dispostos a ouvir e a considerar as
sugestões;
A liderança tem um papel importante, pois deve agir como catalisador para
garantir que o processo seja bem-sucedido e traga os benefícios esperados. Atra-
vés da promoção de um ambiente que incentiva a participação ativa dos envolvi-
dos, todas as contribuições passam a ser valorizadas.
Os líderes devem promover uma comunicação transparente, ouvindo as
preocupações e sugestões, e fornecendo um feedback construtivo, de modo que
todos estejam alinhados com as decisões tomadas. Se surgirem conflitos decor-
rentes de opiniões divergentes, será necessária a mediação para a busca do con-
senso em prol do interesse da organização.
Os executantes devem ter autonomia e responsabilidade necessárias para
contribuir efetivamente com o processo.
5. METODOLOGIA
O método definido para a execução da abordagem colaborativa, através de
Equipes de Aprendizagem, consiste nas seguintes etapas:
1. Planejamento: identificar e listar os procedimentos, priorizando con-
forme necessidade atual da empresa, incluindo mapeamento de pro-
cessos, criticidade de processo ou de produto, problemas de qualidade,
ocorrência de incidentes etc. Considerar também a definição de limites,
pois, em alguns casos, pode haver impactos, como: conflitos de interes-
se, gestão do tempo, segurança e confidencialidade de processo;
2. Comunicação: antes da elaboração ou revisão dos procedimentos ope-
racionais, é fundamental comunicar a intenção de envolver os executan-
tes e explicar os benefícios dessa abordagem colaborativa;
3. Identificação de Stakeholders e Formação da Equipe de Aprendizagem:
de acordo com a lista de procedimentos, identificar os principais execu-
tantes envolvidos em cada processo. Formar uma equipe diversificada
com membros de diferentes áreas envolvidas no procedimento a ser re-
visado. Certificar-se de incluir representantes de cada etapa do processo
para uma perspectiva abrangente. As Equipes de Aprendizagem devem
procurar identificar a diferença entre Trabalho Imaginado (procedimen-
to) e Trabalho Realizado (prática), impulsionando melhorias;
4. Definição do escopo: determinar o escopo da revisão, especificando
quais procedimentos ou processos serão revisados e os objetivos claros
– Taxa de participação;
– Tempo de elaboração;
– Percentual de procedimentos finalizados;
– Redução de erros e retrabalhos;
– Quantidade de ocorrências de segurança relacionadas à tarefa/procedi-
mento;
– Resolução de problemas operacionais;
– etc.
Descrição: Exemplos de indicadores para monitoramento
6. RESULTADOS
Incluir os executantes no processo de elaboração dos procedimentos opera-
cionais pode trazer vários benefícios significativos:
1. Experiência Prática: os executantes têm um conhecimento detalhado
das variações dos processos e das dificuldades encontradas durante a
execução das atividades. Sua participação contribui para a criação de
procedimentos mais realistas e eficazes;
2. Comprometimento: quando os funcionários participam ativamente na
elaboração de procedimentos ou instruções de trabalho, eles se sentem
engajados e valorizados. Isso aumenta seu senso de propriedade em re-
lação aos documentos desenvolvidos;
3. Identificação de Melhorias e de Práticas Seguras: é mais provável que
os executantes ativamente envolvidos na criação ou revisão de proce-
dimentos estejam aptos a identificar oportunidades de melhorias nos
processos atuais, assim como compreender e cumprir os protocolos de
segurança. Ao identificarem práticas mais seguras de operação, os pro-
243
Minuto de segurança
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo desta lição aprendida é mostrar que o “minuto de segurança”
pode ser adotado como ferramenta de apoio na gestão de segurança, estabele-
cendo uma comunicação diária sobre o tema. Evidencia-se uma prática preven-
cionista, aliada ao objetivo de redução de acidentes. É apresentado um modelo
simples, objetivo e de tempo reduzido para a aplicação.
A ferramenta “MINUTO DE SEGURANÇA” é similar ao Diálogo de Segu-
rança, popularmente conhecido como DDS, porém sua forma de aplicação é re-
sumida, relacionada ao tempo e ao direcionamento definido. É uma ferramenta
3. APLICAÇÃO
A implantação da ferramenta “Minuto de Segurança” pode ser aplicada em
todos os locais e áreas, operacionais ou não, de qualquer organização que queira
falar de segurança e prevenção de acidentes no trabalho de forma rotineira, es-
pontânea e rápida. Contudo, observa-se que, necessariamente, esse ritual deve
ser diário, conforme aplicado pela lição aprendida neste case.
Alguns exemplos da aplicabilidade do “MINUTO DE SEGURANÇA” são:
condições inseguras, atos ou comportamentos inseguros, percepção de riscos,
dicas de prevenção de acidentes, entre outros. Nesses cenários, o “MINUTO DE
SEGURANÇA” é indispensável, pois busca alertar os trabalhadores sobre as prá-
ticas de segurança, trazendo ótimos resultados, como a redução de ocorrências
de acidentes e o aumento na conscientização sobre prevenção de riscos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
1 profissional da área de Segurança do Trabalho para elaborar o material de
apresentação;
1 impressora para impressão da folha do Minuto de Segurança Mensal;
1 formulário modelo para registro dos apontamentos;
1 canetinha verde para referenciar o dia em que não foram levantados des-
vios de segurança;
1 canetinha vermelha para referenciar o dia em que foram levantados des-
vios de segurança;
5. METODOLOGIA
Para a implantação da ferramenta, adotou-se uma apresentação modelo que
contempla a base da pirâmide de Frank Bird para o público operacional, a fim de
conscientizar sobre o cuidado com os desvios de segurança que, rotineiramente,
acontecem pela falha na percepção de riscos e que ocasionam acidentes de tra-
balho.
6. RESULTADOS
A conversa sobre pontos específicos relacionados a desvios comportamen-
tais ou de condições de segurança amplia a conscientização do público que parti-
cipa desses momentos, refletindo sobre o aumento da percepção de riscos, prin-
cipalmente riscos comportamentais.
A ferramenta “MINUTO DE SEGURANÇA” tem sua importância dentro
da segurança no trabalho por ser de fácil implementação. É uma prática que vem
250
Programa Influenciadores de SSMA
Fabio A. da S. Arruda
São Luis - MA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Os trabalhadores constituem o elo mais importante dentro do complexo
sistema de trabalho. Investir em prevenção, saúde e segurança no trabalho faz
parte da gestão de pessoas, assim como investir em qualificação dessa massa co-
laboradora é garantir um futuro com menor probabilidade de problemas e maior
possibilidade de sucesso no negócio.
A busca pela excelência em segurança e saúde no trabalho passa obriga-
toriamente pela implementação de ações para a melhoria do desempenho dos
resultados de acidentes do trabalho e melhoria das condições de trabalho, pois a
saúde e segurança dos colaboradores são aspectos cruciais para o bom funciona-
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida é simples e pode ser implementada por empresas de
qualquer porte ou segmento, principalmente por aquelas organizações que te-
nham muitas unidades dispersas geograficamente e com dificuldade no alinha-
mento e atendimento dos requisitos de SSMA (Saúde, Segurança e Meio Am-
biente).
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Devido à simplicidade da metodologia, esta lição aprendida não envolve
custos diretos, apenas redirecionamento de esforços e adoção de novas sistemáti-
cas de trabalho com uso de recursos já existentes na organização.
6. RESULTADOS
Após a implementação do programa “Influenciador de SSMA” foi observada
uma melhoria significativa em todas as atividades e processos que foram priori-
zados para atuação em SSMA. De fato, os líderes incorporam essas ações em seu
cotidiano, apoiando a equipe técnica em SSMA. Como cita Harold Geneen: “O
líder eficaz aprende a arte de acender uma chama nas mentes das pessoas e man-
tê-la acesa”. Essa frase inspiradora destaca a importância da liderança na capaci-
dade de inspirar e motivar as pessoas. Para fazer isso, um líder precisa aprender a
arte de comunicar e engajar com sua equipe de maneira significativa.
Aprendizagem contínua é fundamental para aprimorar essas habilidades e
ajudar a liderança a se tornar mais eficaz na condução de suas equipes em direção
aos objetivos comuns. A chama que um líder acende nas mentes de sua equipe
pode criar um ambiente de trabalho mais produtivo e positivo, além de ajudar a
alcançar resultados significativos.
Organizações de sucesso são aquelas que investem no aperfeiçoamento e de-
senvolvimento das pessoas e dos processos. As empresas dependem das pessoas
para seu planejamento, organização e sucesso, sendo recursos organizacionais
importantes dentro de seu negócio. Investir em saúde e segurança das pessoas
é garantir um futuro com menor probabilidade de problemas e maior possibi-
lidade de sucesso no negócio. Nesse caso, o melhor caminho é ter líderes que
assumam papéis de protagonistas e patrocinadores de SSMA, pois eles vão ser
exemplos e influenciar as ações de evolução na cultura organizacional.
257
Inclusão dos trabalhadores nas ações de segurança
no trabalho por meio de formação de grupos de
vigilância compartilhada
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo do presente texto é apresentar um case de sucesso na gestão das
ações de Saúde e Segurança no trabalho envolvendo a implementação e manu-
tenção de Grupos de Vigilância Compartilhada – GVC. Os GVC são constituídos
por trabalhadores para cuidar das questões pertinentes à prevenção de acidentes
e incluem: identificação, avaliação e definição da importância dos riscos, bem
como da definição e implementação das respectivas ações de controle, com re-
dução expressiva da ocorrência de incidentes críticos (quase acidente) e de aci-
dentes.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A definição dos recursos necessários à implantação dos grupos de vigilân-
cia compartilhada depende fundamentalmente dos níveis de maturidade em SST
(aspectos culturais) vivenciados pela empresa e do efetivo comprometimento das
lideranças com os propósitos da empresa no tocante à prevenção de acidentes.
Em linhas gerais, são necessários os recursos descritos a seguir:
• Diagnóstico de aspectos culturais e organizacionais realizado na empresa,
com definição do estágio cultural vivenciado por ela e das possíveis bar-
reiras que possam estar interferindo no atingimento dos estágios de SST
almejados: “independente” e “interdependente”;
• Profissional da área de segurança do trabalho com desenvoltura para
coordenar a formação, implantação e acompanhamento dos grupos;
• Definição de atribuições e responsabilidades dos membros dos grupos,
especialmente de suas respectivas lideranças;
• Capacitação específica (Teórica e Prática) para líderes e membros dos
grupos de vigilância compartilhada;
• Acompanhamento mensal do desempenho dos grupos;
• Registro das ações desenvolvidas pelos grupos (Banco de dados).
5. METODOLOGIA
Há muito se sabe que a ocorrência de acidentes no trabalho guarda uma
estreita relação com distúrbios de comportamentos manifestos ora pelos aci-
dentados, ora por companheiros de trabalho, ora pelas suas chefias imediatas.
O cerne da questão, no entanto, está no estabelecimento preciso de nexo entre a
ocorrência dos acidentes e suas conexões causais, envolvendo distúrbios de com-
portamento. Informações sobre a confluência de fatores que contribuem para a
ocorrência de acidentes no trabalho representam apenas uma pequena faceta do
manancial de problemas que envolvem o assunto.
Para quem milita cotidianamente com o tema, sobretudo lidando com pes-
quisas, sabe o quão complexo é compreendê-lo em sua plenitude. A ocorrência
de acidentes no trabalho é determinada por múltiplas causas. Poucas são de fácil
identificação e a grande maioria de deslindamento complexo e desafiador. É im-
portante enfatizar que uma coisa é a constatação da ocorrência de um acidente
Notas importantes:
1. Omissão na notificação e encaminhamento de distúrbios de comporta-
mento envolvendo SST é considerada falta grave, suscetível de punição.
2. As medidas acima não se aplicam às Regras de Ouros, que são orienta-
das por procedimentos específicos.
3. Na fase experimental é conveniente que os grupos sejam formados por
trabalhadores do quadro permanente (próprios), oriundos das áreas de
maior incidência de distúrbios de comportamentos e, consequentemente,
de incidentes críticos e de acidentes. Essa medida facilita a aprendizagem,
acompanhamento, avaliação e controle das ações dos grupos.
4. É recomendável que a segunda premissa (desvio de comportamento de
supervisor) seja implementada somente em caso de absoluta necessida-
de e a partir da consolidação e do sucesso da primeira premissa.
5. Definir benefícios ou premiação resultantes do acúmulo de pontos po-
sitivos conquistados pelos grupos, em que momento a premiação será
conferida aos grupos, se na SIPAT ou em outros eventos.
6. Implementar sistemas de comunicação que facilitem o fluxo das infor-
mações geradas pelas ações dos grupos.
6. RESULTADOS
O desempenho dos grupos, no primeiro semestre de implantação da ex-
periência ficou bem abaixo do esperado. A falta de traquejo e, principalmente,
a inibição na abordagem dos colegas, diante do cometimento de erros, consti-
268
Adaptabilidade no modelo de liderança e gestão de
pessoas em ambientes críticos
Jefferson Cena
Arraial do Cabo - RJ
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O período do ápice da pandemia de COVID-19, declarada pela Organização
Mundial de Saúde - OMS, em 11 de março de 2020, foi provavelmente o mais
perturbador da história recente em termos de saúde mental dos indivíduos, seja
quando falamos da vida pessoal ou da vida profissional de cada um de nós.
Neste sentido, não é difícil evocarmos em nossas mentes os dias em que aero-
portos, ruas, mercados, farmácias, restaurantes, bancos e tantos outros segmentos
da economia brasileira precisaram fechar suas portas e redefinir suas operações,
atendimento ao cliente e, principalmente, a gestão dos colaboradores.
3. APLICAÇÃO
O aprendizado ocorreu em ambiente corporativo do segmento bancário,
onde diversos fatores emocionais já faziam parte do cotidiano dos colaboradores:
competição exacerbada, objetivos não alinhados à realidade, concomitância de
cargos, prazos curtos e lideranças superiores despreparadas. Tudo isso somado, à
época, aos medos individuais e coletivos do período da COVID-19.
Naquele momento, eu atuava como líder de equipe varejo e precisava fun-
cionar como uma espécie de “filtro” que recebia as orientações superiores, (inde-
pendentemente da forma como viessem) e distribuía para o time. Nesse ponto de
transmissão do comando para os subordinados, fazia-se necessária a habilidade
de aplicar a metodologia de Maslow com o intuito de que todos se sentissem
confortáveis e aptos a realizarem a entrega, mesmo que esta fosse baseada em
volumes descalibrados, financeiramente falando.
Antes de conhecer e entender como aplicar o método, é de suma importância
conhecer Abraham Maslow. Ele foi um renomado psicólogo e teórico americano,
nascido em 1908. Tornou-se conhecido, principalmente, por suas contribuições
na área da psicologia humanista e com sua teoria da hierarquia das necessidades
humanas, também conhecida como a pirâmide de Maslow.
Maslow enfatizou a importância do autodesenvolvimento, da autorreali-
zação e da busca por um sentido na vida. Sua teoria da motivação influenciou
amplamente a psicologia e outras disciplinas relacionadas, destacando a impor-
tância de satisfazer as necessidades básicas e buscar o crescimento pessoal para
alcançar a plenitude e a realização individual. Veremos a seguir como cada um
dos 5 andares da pirâmide se relaciona com os indivíduos:
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para utilizar a metodologia da Pirâmide de Maslow na liderança, é impor-
tante ter acesso a certos elementos para implementar essa abordagem de forma
eficaz. Aqui estão alguns recursos importantes:
5. METODOLOGIA
A pirâmide de Maslow é uma teoria que descreve as necessidades huma-
nas em diferentes níveis hierárquicos. Essa teoria pode ser aplicada na liderança
de pessoas, de diversas maneiras, com o intuito de motivar, engajar e desenvol-
ver equipes de forma mais eficiente. A seguir, apresento um passo a passo sobre
como utilizar a pirâmide de Maslow no processo de liderança:
6. RESULTADOS
Quando pensamos nos benefícios diretos trazidos pela utilização da me-
todologia inserida na Pirâmide de Maslow, podemos identificar o aumento do
engajamento dos colaboradores, já que, ao entender as necessidades deles em
diferentes níveis da pirâmide, a gestão pode aumentar a motivação intrínseca dos
funcionários, levando a um maior empenho e dedicação ao trabalho.
Além disso, a gestão que se preocupa em proporcionar um ambiente seguro
e de apoio pode ajudar a reduzir o estresse e o conflito no local de trabalho, re-
sultando em uma equipe mais coesa e harmoniosa.
Nesse contexto, o desenvolvimento de novas lideranças ganham caminho,
pois líderes que compreendem a pirâmide de Maslow podem adotar aborda-
gens mais empáticas e orientadas ao desenvolvimento pessoal de seus liderados,
criando uma cultura de liderança mais eficaz e inspiradora.
Por fim, destaco a importância do assunto em âmbito mundial, quando a Or-
ganização das Nações Unidas (ONU), em seu mapa de Objetivos de Desenvolvi-
mento Sustentável (ODS), elenca quatro objetivos, de um total de 17, que se rela-
cionam diretamente com o modelo de gestão descrito por Maslow. São eles:
ODS 3 - Saúde e Bem-estar: A promoção da saúde e do bem-estar dos co-
laboradores é fundamental para uma gestão eficaz de pessoas. Investir em pro-
gramas de saúde e segurança no trabalho, incentivar hábitos saudáveis e propor-
cionar um ambiente de trabalho que priorize o bem-estar físico e mental dos
funcionários são fatores que resultam em equipes mais saudáveis, produtivas e
engajadas.
ODS 8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico: O foco em traba-
lho decente e crescimento econômico sustentável é essencial para a gestão de
pessoas. Isso garante salários justos, oportunidades de crescimento profissional,
equidade de gênero, combate ao trabalho infantil e adoção de práticas de contra-
277
Inspeções gerenciais como ferramenta
de identificação de desvios
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A sistemática de Inspeções Gerenciais visa identificar, eliminar e/ou mitigar
possíveis desvios em potenciais causas de acidentes/incidentes ocupacionais e de
processo, bem como estabelecer oportunidades de melhorias. Além de mostrar o
comprometimento da alta liderança com aspectos ligados à Segurança Operacio-
nal, as Inspeções Gerenciais permitem a identificação de desvios e implementa-
ção de ações corretivas e preventivas.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a realização das Inspeções Gerenciais é necessário definir a periodici-
dade, equipe e áreas envolvidas através de um cronograma. Também é esperado
que se desenvolva uma lista de verificação (LV) que foque nos principais aspectos
a serem verificados durante a inspeção, com critérios de avaliação/pontuação. No
item 5 a seguir será apresentado um exemplo de LV.
Na etapa de execução das Inspeções, quando os desvios serão identificados,
é necessária a elaboração de uma planilha com o plano de ação, responsáveis e
prazos. Nas reuniões de acompanhamento das ações é feito o follow-up, com
destaque para o detalhamento dos recursos necessários e da necessidade de re-
validação dos prazos.
5. METODOLOGIA
A Inspeção Gerencial é realizada com base na aplicação de uma Lista de
Verificação nos locais da organização e das equipes previamente definidas. A LV
deve focar na identificação de desvios relacionados a equipamentos, instalações
e áreas a serem inspecionadas, priorizando os equipamentos e sistemas críticos.
A composição das equipes de inspeção deve ser proporcional à quantidade
de gerentes e distribuída no planejamento mensal, visando à participação homo-
gênea do corpo gerencial. Recomenda-se que sejam feitos registros fotográficos
dos desvios identificados na inspeção, como evidência, sejam estes de caráter
positivo ou não. Os desvios que representem riscos graves e iminentes devem ser
tratados imediatamente.
Ao final das inspeções, a equipe se junta para apresentar os resultados, com
as boas práticas e os desvios identificados. Os desvios não solucionados de ime-
diato devem ser informados à área responsável para tratamento.
Nas reuniões de acompanhamento das ações serão evidenciados os trata-
mentos de desvios e as oportunidades de melhoria no que diz respeito ao moni-
toramento das ações. É importante que o cronograma das inspeções gerenciais
englobe todas as áreas da organização no ciclo de um ano.
As inspeções gerenciais realizadas em regime de Pré-Parada e Parada de
Manutenção das unidades deverão ser priorizadas, tendo em vista a maior expo-
sição ao risco que o evento proporciona.
6. RESULTADOS
As inspeções gerenciais têm como resultados esperados:
• Criar uma cultura de segurança através da promoção de uma liderança
visível e cuidadora;
• Identificar, eliminar e/ou mitigar desvios comportamentais e de seguran-
ça operacional;
• Definir um canal de comunicação entre as lideranças e a força de trabalho;
• Identificar boas práticas a serem reforçadas junto às equipes, bem como
oportunidades de melhoria e aprimoramento da segurança operacional.
282
lio Vargas (FGV): Tratamento e Recuperação Energética de Resíduos,
em parceria com a Associação Brasileira de Recuperação Energética de
Resíduos – ABREN. Além disso, é coautor e professor do curso online
“Desvendando a Petroquímica - Uma Visão do Negócio”. É consultor da
OHXIDE Consultoria, que presta serviços de consultoria em gestão em-
presarial, avaliações mercadológicas/estratégicas e desenvolvimento de
novas oportunidades de negócios. Atualmente, é coordenador de SGSO
na ACELEN, na construção do Sistema Integrado de Gestão ACELEN
(SIGA) de SSMA, com foco no atendimento da Resolução ANP nº 5 /
2014 (Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional do Refino)
e demais requisitos legais aplicáveis à área de Refino, no desenvolvimen-
to de Padrões e Procedimentos relacionados à segurança, meio ambiente
e saúde, na implantação de sistemas/softwares e de práticas de gestão de
segurança operacional.
283
Programa time de ouro -
Promoção do engajamento em SST
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O Programa Time de Ouro objetiva incentivar o engajamento das lideranças
e dos demais colaboradores no tema Saúde e Segurança do Trabalho. Contribui,
ainda, com os pilares do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança da empresa
Elastri Engenharia, buscando o “acidente zero”.
Com um crescimento significativo no número de colaboradores na empresa
a partir de 2020, observou-se uma fragilidade na cultura de segurança do traba-
lho entre os novos colaboradores e lideranças. Sendo assim, a Elastri Engenharia
implantou algumas ações e programas internos com o objetivo de promover e
disseminar a cultura de segurança de forma geral entre colaboradores e lideran-
ças. Uma dessas ações é o Programa Time de Ouro.
3. APLICAÇÃO
O Programa Time de Ouro é promovido pela Elastri Engenharia, empresa
que atua na área de construção civil, com foco na execução de empreendimentos
de energia renovável. O Programa foi aplicado na obra de PCH – Pequena Central
Hidrelétrica, construída no Rio Iguaçu, bacia Paraná 06, na cidade de Lapa, Paraná.
A PCH é constituída de estrutura de barramento, canal com comprimento de 1.300
metros e 3 unidades geradoras, com potência instalada de 28 MW.
Hoje, em construção, a obra consta com efetivo aproximado de 360 cola-
boradores entre Elastri e subcontratados, podendo chegar a 400 no pico de mão
de obra. Atualmente, a obra possui 28 colaboradores em cargos de lideranças,
sendo destes 22 lideranças diretamente operacionais, administrando equipes nas
atividades de campo.
O lema da Empresa é “Segurança do trabalho, dever de todos”. Cada um
é responsável pela sua segurança e por cuidar da segurança de seus colegas, ou
seja, o cuidado mútuo. O Programa Time de Ouro auxilia no fortalecimento da
cultura de segurança das lideranças e dos demais colaboradores liderados.
Abaixo, apresentam-se algumas imagens da aplicação do programa na obra
da PCH. Essa ação pode ser implantada em qualquer empresa que possui polí-
ticas ou requisitos no tema SST e que possam ser medidas entre lideranças ou
equipes.
5. METODOLOGIA
Cada ciclo do Programa Time de Ouro tem duração de dois meses. Após
encerramento de um ciclo pode ser iniciado outro. As avaliações devem ocorrer
em duas etapas. Serão duas avaliações em cada ciclo, ou seja, as avaliações serão
mensais e, ao final do segundo mês, deve ser compilada a pontuação total de cada
equipe.
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
Waldir Porto
Rio de Janeiro - RJ
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O Programa ‘Liderança em Segurança’ foi desenvolvido com base no livro
7 Insights into Safety Leadership, de Thomas R. Krause e Kristen J. Bell (2015). O
livro aborda importantes questões quanto ao papel da liderança nas questões de
segurança: “Além de controlar recursos, os líderes das empresas ditam o tom e as
expectativas para os negócios. Eles possuem uma posição ímpar para desempe-
nhar um papel muito relevante para a missão da área de saúde e segurança”.
Os autores abordam ainda como a ênfase na prevenção tem sido colocada
nas interações entre perigos, controles e empregados. Tradicionalmente, as ações
corretivas para evitar acidentes, geralmente baseadas em treinamento e proce-
3. APLICAÇÃO
O programa pode ser adotado em empresa ou organização de qualquer seg-
mento, seja indústria, serviços ou comércio, pois o objeto de seu desenvolvimen-
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários estão relacionados à disponibilidade de tempo dos
líderes para demonstrar sua “Liderança em Segurança” em momentos em que
precisam estar na área operacional ou na linha de frente (dependendo da caracte-
rística da empresa), demonstrando seu comprometimento. Além disso, a equipe
técnica de SST da empresa precisará de tempo para acompanhar, coletar e regis-
trar informações geradas pelos líderes que realizam a atividade.
5. METODOLOGIA
O Programa começa com a definição de um calendário com periodicida-
de e listagem dos locais a serem visitados. Há duas alternativas que podem ser
exploradas: abordar diretamente os empregados ou abordar as lideranças ou os
responsáveis por empresas contratadas.
No caso da abordagem direta dos empregados, as interações devem contemplar:
• Comunicação aberta e franca;
• Situações que poderiam ser melhoradas;
• Como prevenir acidentes;
• Ouvir mais do que falar.
No caso de uma abordagem com lideranças da própria empresa ou de con-
tratadas, que foi a metodologia aplicada por mim, pode-se elaborar um rotei-
ro estruturado. O objetivo é que o líder hierarquicamente superior influencie as
pessoas que estão subordinadas a ele. Neste caso, o roteiro contempla:
• Reunião de abertura
º Apresentação de um momento de segurança – para reiterar a impor-
tância que as reuniões comecem com um tema que suscite uma refle-
xão conjunta dos participantes.
º Apresentação dos indicadores de desempenho da área/setor ou con-
tratada que está sendo visitada – para conhecer o desempenho e ve-
rificar o alinhamento dos indicadores reativos e proativos existentes.
• Visita à área operacional – para identificar aspectos importantes relacio-
nados à segurança, conversar com os trabalhadores e coletar impressões
para a próxima etapa. Pode-se contemplar:
6. RESULTADOS
Com pouco tempo, validando as colocações dos autores, pode-se perceber
como a atuação da liderança tende a alavancar questões de segurança. Desde
melhorias pequenas e pontuais, quando o tema passa a ser pautado na condução
dos negócios, toda a organização tende a ser beneficiada.
295
PLANEJAMENTO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A execução de um projeto, uma mudança ou uma grande parada de ma-
nutenção nas instalações de uma empresa se torna mais fácil com o aumento
das probabilidades do seu sucesso, sobretudo quando este é bem planejado e ge-
renciado. No caso da Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA), esse planeja-
mento definirá precisamente a identificação de riscos, os meios de gestão para
gerenciá-los e o alinhamento com os objetivos do empreendimento. Da mesma
forma, pode-se estabelecer metas e indicadores gerenciais que permitam o acom-
panhamento e a tomada de decisão concisa e assertiva, com a manutenção do
controle sobre o projeto e seu gerenciamento.
Todavia, nenhuma organização está livre de imprevistos internos e exter-
nos, os quais podem influenciar positiva ou negativamente o sucesso do projeto.
3. APLICAÇÃO
O PTW Office é utilizado como ferramenta prevencionista em todos os
processos que há um sistema de gestão de riscos ocupacionais. Logo, esta lição
aprendida também pode ser aplicada em todo tipo de situação em que há neces-
sidade de gerenciamento dos riscos ocupacionais, não se restringindo a nenhum
tipo de negócio ou organização.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
O PTW Office, na sua implantação, necessita de um sistema de planejamen-
to que vincula departamentos e gerenciamento da construção ou mudança de
instalações, envolvendo terceiros.
2- Físicos:
a) Local para montagem do PTW Office (container, tenda ou sala de re-
união);
b) Quadro branco para colocar os documentos (atas, listas, indicadores
e planos de ação);
c) Mesa com cadeiras (para acomodar o representante de cada empresa
contratada);
d) Retroprojetor e tela branca (apresentação nas reuniões);
e) Arquivo (de documentos das contratadas);
5. METODOLOGIA
O PTW Office pode ser implantado com os seguintes passos:
Descrição: Gamificação da Integração de EHS Descrição: Feito 100% em ambiente virtual e fora
da empresa
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com os
seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Após a publicação do Decreto n° 8.373, que institui o eSocial, resplandeceu
na legislação brasileira a regularização de todos os preceitos de gestão da segu-
rança e saúde dos trabalhadores (SST), refletindo o quão incongruente se encon-
trava o processo de vínculos de trabalho entre as organizações. O decreto força
as administrações a aceitarem que precisam revisar seus processos internos, de
modo que, o que se fazia outrora, não pode continuar.
É preciso admitir que se faz indispensável a implantação dos conceitos cul-
turais e processuais no que tange à SST. Neste momento, essa implantação acon-
tece de maneira consternada por grande parte dos empregadores brasileiros,
Fonte: Construindo SST no eSocial - Termo de Referência, Volume 3, 1ª Edição, 2023, Editora Nelpa
3. APLICAÇÃO
Mediante ao preconizado nas legislações vigentes, no que tange à Segurança
e Saúde do Trabalhador, a Constituição Federal do Brasil faz menção à equidade
que deve ser aplicada a todos os brasileiros. No caso dos órgão públicos, não
deveria existir distinção entre Regimes Jurídicos de Contratação (Celetistas ou
Estatutários) ou Regimes Previdenciários (Regime Geral de Previdência Social
- RGPS ou Regime Próprio de Previdência Social - RPPS). Aquilo que deve se
sobressair às legislações é a importância da saúde e integridade física de todos os
cidadãos brasileiros.
Importante entender que a efetiva Gestão de SST nos Órgãos Públicos não
é obrigação exclusiva da área de segurança. Essa gestão se concretiza com o en-
gajamento das áreas, tendo por alicerce o desenvolvimento de uma Cultura de
Prevenção. Para isso acontecer, a revisão dos processos internos e a sua possível
adequação devem ser observadas.
Muitas vezes, por conta da estrutura organizacional de alguns Órgãos Pú-
blicos, sobretudo aqueles que não possuem em seu organograma profissionais
habilitados da área, faz-se necessária a contratação de uma empresa especializada
em Gestão de Segurança e Saúde do Trabalhador mediante um processo licitató-
rio. Para que isso ocorra, o objeto de contratação deve estar muito bem estrutu-
rado e embasado no contexto atual de cada unidade pública.
5. METODOLOGIA
As estratégias utilizadas para o desenvolvimento do método escolhido ad-
vêm das particularidades acima mencionadas e existentes nos Órgãos Públicos,
que, certamente, se não forem observadas, comprometem a definição do escopo
do TR.
A ferramenta CHECKLIST que aqui será disponibilizada é apenas um norte
para a estruturação do TR. Porém, considerando as peculiaridades, pode e deve
ser adaptada.
São três pilares que baseiam este CHECKLIST, nomeadamente: legislação
de SST (trabalhista, previdenciária e tributária), nova lei da licitação (Lei n°
14.133/22) e o eSocial.
CHECKLIST
Data de
Documentação Sim/Não
elaboração
Possui Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR?
O PGR tem sido atualizado conforme especificado na NR1, item 1.5.4.4.6?
Possui Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO?
Realização do Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, conforme NR-7, item 7.5.8? -*-
Possui o Relatório Analítico do PCMSO?
Possui Laudo Técnico de Insalubridade e Periculosidade - LTIP?
Possui Avaliação Ergonômica Preliminar - AEP?
Possui Análise Ergonômica do Trabalho - AET?
Possui Certificado de Treinamento das NRs?
É realizado o Registro de Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT?
Possui Formulário de Investigação de Acidente de Trabalho
Possui Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA?
Possui documentação do Processo eleitoral da CIPA?
Possui Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT?
Há o registro eletrônico do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
- SESMT
Possui Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT?
O LTCAT tem sido atualizado conforme especificado IN INSS 128/22, art. 279 e IN RFB
2110/22, art. 27, inciso XII?
Possui emissão de Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP? -*-
Foi estabelecido o envio do evento S-2240 para o RPPS? -*-
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O projeto versa pela identificação dos parâmetros técnicos de cálculo de
custos em acidente de trabalho aplicáveis em organizações do setor elétrico, sen-
do que esses acidentes no mundo causam desperdício financeiro e de tempo, são
onerosos e pouco ou raramente avaliados.
A relação entre os conceitos qualidade, saúde, segurança do trabalho, aci-
dente de trabalho, riscos ambientais são bem discutidos nas organizações, prin-
cipalmente pelos profissionais que integram os Serviços Especializados em Se-
gurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Esses profissionais devem cumprir
normas, procedimentos, evitando assim os acidentes de trabalho e as doenças
ocupacionais. Compete aos profissionais do SESMT várias atividades, incluindo
3. APLICAÇÃO
Este projeto pode ser replicado em todos os tipos de organizações. A
equipe de profissionais da organização envolvida no processo deve ser composta
de profissionais multidisciplinares conforme os seguintes:
– engenheiro de segurança do trabalho;
– técnico de segurança do trabalho;
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Deve ser definido um setor responsável que contenha materiais de pesquisa,
estudos de segurança e medicina do trabalho, além de legislação vigente atualiza-
da e completa para ser utilizada pelos profissionais das organizações.
Também deve-se estabelecer uma equipe multidisciplinar para trabalhar na
execução do levantamento dos dados de segurança e medicina do trabalho, com-
posta por profissionais capacitados e com experiência prática.
Os parâmetros técnicos que devem ser considerados na elaboração de um
método de cálculo de custos de acidente de trabalho, aplicáveis nas empresas de
energia elétrica, devem ser identificados.
Em termos específicos, com o intuito de alcançar os seguintes resultados,
deve-se:
1. Caracterizar as definições de acidente de trabalho na legislação brasi-
leira como efeito de um processo, a partir do enfoque legal e prevencio-
nista;
2. Identificar as principais metodologias de cálculo de custos de procesos
de acidente de trabalho através da avaliação de documentos relativos à
segurança do trabalho, os quais são exigidos pelas normas regulamen-
tadoras brasileiras e, também, pela observação das necessidades dos di-
ferentes ramos de atividades das organizações e grau de risco existente.
5. METODOLOGIA
A problemática referente aos acidentes de trabalho aparece na história a par-
tir dos nossos ancestrais, através das ferramentas utilizadas para exercerem as
suas atividades de sobrevivência.
Mesmo com a tecnologia desenvolvida e avançada, os acidentes continuam
ocorrendo no ambiente de trabalho das organizações de todo o mundo e as es-
tatísticas aumentando, com a consequente geração de custos. A falta de conheci-
mento dos riscos existentes no ambiente de trabalho por parte dos funcionários
pode gerar acidentes, muitas vezes resultantes da não observância do emprega-
dor quanto às ferramentas de segurança e, também, aos procedimentos para exe-
cução das tarefas.
Os acidentes de trabalho nas organizações geram impactos sociais, huma-
nos, econômicos, físicos e mentais, comumente ocasionados pelo desconheci-
mento da legislação de segurança do trabalho a ser cumprida e pela falta de pre-
venção, constituindo-se em um fator importante na ocorrência desses acidentes.
É comprovado por estudos que, no Brasil e em outros países, os acidentes
do trabalho e as doenças relacionadas ocorrem devido a uma estrutura não de-
finida das próprias organizações, ou seja, a falta de contratação de profissionais
capacitados e proativos, implantação de programas e treinamentos, controle de
equipamentos e máquinas, não cumprimento da legislação vigente da área de
segurança do trabalho, falta de um controle de entrega de equipamento de pro-
teção, entre outros.
Nas organizações, o acidente de trabalho gera custos que envolvem valores
econômicos dos dias após o acidente, transporte e assistência médica de urgência,
paralisação de setor, máquinas e equipamentos, comoção coletiva ou do grupo de
trabalho, interrupção da produção, prejuízos ao conceito e à imagem da empresa.
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, “acidente de trabalho é o que
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercicio do tra-
balho dos segurados referidos no inciso VII do art.”. Segundo pesquisas brasi-
leiras, o número divulgado pela OIT é subestimado (podendo chegar a quase
milhões o número de morte por ano). Do total, 4% do PIB mundial é utilizado
no pagamento dos custos diretos e indiretos dos acidentes e doenças do trabalho,
levando em consideração: perda de tempo de trabalho, indenizações aos traba-
d) Aplicação do Construto
O objetivo desta etapa é verificar a aplicabilidade do construto em um estu-
do de caso no setor elétrico.
6. RESULTADOS
Os custos referentes aos acidentes do trabalho necessitam de uma ferramen-
ta de metodologia que possa manter o empregador informado e orientado sobre
a maneira de gerenciar os custos dos acidentes de trabalho, especialmente na área
pretendida, no caso, setor elétrico, em razão das justificativas seguintes:
• Justificativa Econômica: redução de custos nas organizações com aciden-
tes de trabalho,
• Justificativa Social: utilização das verbas que seriam gastas nos custos dos
acidentes do trabalho para investimento em programas de prevenção de
saúde e qualidade de vida dentro das organizações, minimizando a per-
da temporária ou permanente de mão de obra produtiva, diminuindo o
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O setor de energia renovável está entre os setores mais promissores do mer-
cado. Embora a energia eólica seja considerada uma energia “verde” e boa para o
ambiente, do ponto de vista de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), o setor está
entre os mais desafiadores.
Dentre as particularidades desse setor, destaca-se a localização dos projetos,
geralmente desenvolvidos em regiões afastadas ou remotas, onde a escassez de
mão de obra qualificada se junta à forte predominância da cultura de “assumir
riscos” por diversos fatores.
A energia eólica é uma indústria relativamente nova e os trabalhadores po-
dem não ser plenamente conscientes dos perigos existentes nesse ambiente de
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser aplicada, em sua maioria, a qualquer empresa
do setor de energia eólica. Os cenários podem ter variação em função da confi-
guração dos parques, características dos aerogeradores, tipos de equipamentos
de suporte à montagem, métodos e procedimentos de trabalho, mas a essência se
encaixa perfeitamente em qualquer projeto de parque eólico.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
O desenvolvimento deste trabalho utilizou as documentações, estudos e da-
dos obtidos através do banco de dados de SST, disponível na unidade corporativa
de uma empresa multinacional com ativos, entre eles:
• Lições aprendidas de projetos anteriores;
• Análise de Risco do ciclo de vida para complexos eólicos;
• Manual de instalação das fornecedoras de aerogeradores e equipamentos
de subestação;
• Estatísticas e relatórios de investigação de acidentes;
• Procedimentos e normas internas;
• Manual de operação de aerogeradores e equipamentos de subestação.
5. METODOLOGIA
A energia eólica é uma indústria relativamente nova e alguns dos trabalha-
dores podem não ser plenamente conscientes dos riscos que existem nesse am-
biente de trabalho. Além disso, a velocidade na qual a indústria eólica está se
expandindo pode provocar lacunas de competências, com trabalhadores inexpe-
rientes envolvidos em processos para os quais eles não foram treinados e, por-
tanto, arriscando a sua integridade física. A indústria de energia eólica conti-
nua a crescer e novos desafios começam a surgir. Com um número crescente de
trabalhadores em vários segmentos do setor, a Gestão dos Riscos se torna uma
preocupação fundamental.
O desenvolvimento de instalações eólicas onshore requer planejamento in-
tenso, extenso e profundo conhecimento das condições do local, por exemplo,
localização, topografia, condições de solo e outros fatores. Como base para a
análise de risco do projeto, foi realizado o levantamento de todas as atividades
executadas no projeto de implantação do parque eólico e, então, aplicada a meto-
Posição dos trabalhadores Projeção do corpo dos trabalhadores para fora Vista lateral da projeção
dentro da nacelle durante da nacelle e alinhamento do conjunto de pás ao lado
a montagem para conexão
Projeção do corpo dos trabalhadores Posição dos trabalhadores dentro Vista interna da nacelle
para fora da nacelle e alinhamento da nacelle
do conjunto de pás para conexão
Após a condução da análise What If, conclui-se que os principais riscos re-
lacionados ao projeto de implantação de parque eólico são:
6. RESULTADOS
Durante o processo de análise de riscos apresentado neste artigo, quando
da avaliação dos documentos, foram encontradas evidências de incidentes em
projetos anteriores, cujas causas, consequências e planos de ação colaboraram
significativamente para esta análise de riscos.
Um dos acidentes permitiu uma reflexão importante sobre o processo de
gestão de segurança como um todo. Durante a etapa de montagem, um mon-
tador havia ficado com a cabeça presa entre o rotor (parte frontal integrante do
conjunto de pás) e a nacelle durante a conexão dos dois equipamentos. O traba-
lhador colocou a cabeça para fora da nacelle, invadindo a área de proximidade do
rotor para poder visualizar a conexão.
A identificação das causas mostrava que, dentre tantos fatores, os seguintes
se destacavam:
• Falha na avaliação de risco de projeto x avaliação de risco de instalação
pelo fabricante, empresa de montagem e empresa contratante do projeto;
• Projeto de equipamento inadequado e/ou falta de dispositivo;
• Falha no detalhamento do procedimento de montagem do fabricante para
a empresa de montagem;
• Falha no processo de recrutamento, seleção e movimentação de pessoas
da empresa de montagem, colocando pessoas sem conhecimento e expe-
riência para executarem atividades de alta complexidade e alto risco.
• Falhas diversas em treinamento (contratante, fabricante e empresa de
montagem).
Essas causas foram incorporadas à análise de riscos descrita neste artigo,
incluindo cenários na etapa de simulação realizada.
Em adição às ações técnicas relacionadas diretamente à montagem dos aero-
geradores, a investigação forneceu uma informação importante para a gestão de
segurança como um todo: o processo de contratação de pessoas para as funções,
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Quando fui convidado para participar deste belo trabalho, primeiramen-
te fiquei lisonjeado em ter sido reconhecido e apontado como um profissional
que poderia, de alguma forma, contribuir com um trabalho tão especial e impor-
tante. Estou tendo a oportunidade ímpar de disseminar um case que deu certo
para mim e, principalmente, para a empresa que dava suporte técnico.
De início, deparei-me em frente ao computador sobre como iniciaria este
texto e responderia aos questionamentos sobre este case de maneira didática,
sem perder a técnica e sem deixar de sinalizar a essência do que foi esse Reco-
nhecimento Sustentável.
3. APLICAÇÃO
O PRS pode ser utilizado em qualquer segmento de mercado, em qualquer
nível da empresa ou processo. O que deverá estar estruturado são as performan-
ces que a gestão quer gerenciar/acompanhar.
Diferente de outros métodos tradicionais e enrijecidos, com o programa
devidamente estruturado, este se mostrou totalmente flexível para inclusões e
outras adaptações que ocorrem com as mudanças de projetos, características,
inclusão e exclusão de fornecedores, bem como outros fatores que podem gerar
uma barreira e que, em outros casos, impossibilitam a continuação da gestão.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Como foi dito acima, tentamos buscar uma solução de mercado que suprisse
as nossas necessidades de controle e KPIs necessários. Por não encontrar uma
solução de prateleira, decidi estruturar uma solução interna, de acordo com as
nossas necessidades. O primeiro passo foi a contratação de um profissional espe-
cialista em análise de sistemas, que tivesse uma certa expertise em realizar pro-
gramação básica de sistemas. Mas, o mais importante: que tivesse boa vontade.
Digo boa vontade, pois esse profissional deveria entrar de cabeça para entender
os processos de SSMA. Até porque, geralmente, um profissional de sistema da
informação não possui formação em SSMA. Para ele, é tudo novo, o que torna o
desafio de implantar um novo processo ainda maior.
5. METODOLOGIA
A. ENTENDENDO O PROBLEMA - Como já sinalizado anteriormente, o
primeiro passo deste projeto foi entender o problema como um todo, ou
seja, entender o motivo de não sermos assertivos no momento de reco-
nhecer uma empresa ou empregado.
Isso nos mostrou que estávamos cometendo alguns equívocos que tira-
vam a nossa credibilidade de reconhecimento. De maneira geral, são elas:
• Não Reconhecer o Melhor – Utilizávamos o tradicional método de au-
ditoria, checando os Sistemas de Gestão de SSMA da empresa sempre
no final do mês – fazendo isso por amostragem e de uma maneira mui-
to corrida. Ou seja, o que tínhamos como insumo era tão somente um
retrato do mês, que, por vezes, era direcionado pela empresa auditada.
As empresas já se preparavam mensalmente e, naquele dia da auditoria,
todo o sistema de gestão estava “maquiado” para uma ótima nota.
• Não Cruzamento (ou falha) dos dados – Como utilizávamos o méto-
do de auditoria, muitos dados importantes não eram avaliados ou ques-
tionados. Um exemplo clássico que sempre utilizo para tentar explicar
sobre cruzamento de dados é: no mesmo ambiente onde ocorreu um
acidente, todas as inspeções realizadas naquele local mostravam que
as condições e comportamento estavam 100%. Isso deixa bem evidente
que as inspeções naquele determinado local não estavam sendo feitas
Descrição: Figura 1 – Modelo esquemático para exemplificar o banco de dados (entradas) e dashboard
(saídas) oferecidas.
6. RESULTADOS
O nosso objetivo inicial era ter um programa de reconhecimento que fosse
sistêmico e sustentável, porém, para a nossa grata surpresa, conseguimos montar
uma estrutura robusta de gestão de SSMA, mapeando as diversas ações proativas
e reativas das empresas.
Descobrimos que, após a implantação do PRS, além de reconhecer empresas
de forma mais assertiva, conseguimos diminuir atividades manuais, eliminando
as diversas planilhas de Excel e a consolidação daquilo que sempre gerava dores
de cabeça mensais. As equipes conseguiram investir mais tempo na análise crítica
e detalhada dos indicadores de performance e isso culminou instantaneamente
em equipes de campo mais focadas nos problemas, realizando ações preventivas
sempre em prol de um objetivo comum: preservar a vida!
Também não posso deixar de citar que o PRS mostrou várias fragilidades em
fornecedores. Mostrou o quanto são dependentes e, até mesmo, reativos naquilo
que é a gestão de SSMA. Na tentativa de ajudá-los, para aqueles fornecedores
com resultados abaixo do esperado, tomávamos a iniciativa de alinharmos tecni-
camente com a alta liderança da empresa, sendo esta uma forma de desenvolver
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Apresentar um modelo integrado para a elaboração do Programa de Geren-
ciamento de Riscos (PGR), exigido pela Norma Regulamentadora NR 01 - Dispo-
sições Gerais, e atender, ao mesmo tempo, às diretrizes do item 6.1.1- Identificação
de perigo e avaliação de riscos e oportunidades, da ISO 45001:2018 – Sistema de
Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional, simplificando o processo e atendendo
às exigências legais e das auditorias de certificação.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Recursos humanos a partir da participação ativa das lideranças da orga-
nização, engenheiro de segurança do trabalho e envolvimento dos demais tra-
balhadores expostos aos perigos e riscos. É necessário que a organização esteja
certificada na ISO 45001:2018, de forma a assegurar a melhor performance no
atendimento aos requisitos legais.
5. METODOLOGIA
a) Requisitos legais e a ISO 45001:2018
Como premissa e para o melhor desempenho desta boa prática, é impor-
tante estar atento aos seguintes pontos da NR01 – Disposição Gerais e da ISO
45001:2018:
5.3 Atendendo à ISO 45001:2018 - 6.1.1 – Ações para abordar riscos e opor-
tunidades
Antes da integração do PGR ao Sistema de Gestão da ISO 45001:2018, as
organizações poderiam adotar, como suficiente, a seguinte planilha em Excel:
Legenda:
a.5) Riscos
Esta coluna deve ser preenchida com o tipo de risco ocupacional a ser ava-
liado. De acordo com a NR 09, os riscos ambientais são agentes físicos, químicos
e biológicos existentes nos ambientes de trabalho, os quais, em função de sua na-
tureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador. De acordo com a NR 01, os riscos ergonômicos e
mecânicos também devem ser incluídos no inventário. Importante destacar que,
se após as medições quantitativas for concluído que há a inexistência da exposição
ao risco, deve-se manter este histórico registrado, reclassificando para inexistente.
Com o objetivo de padronizar o documento, os riscos ocupacionais sugeri-
dos devem seguir as seguintes colunas de classificação:
9 “F – Físico”;
9 “Q – Químico”;
9 “B – Biológico”;
9 “M – Mecânico”;
9 “E – Ergonômico”;
9 “P – Periculoso”;
9 “I – Insalubre”;
9 “A – Aposentadoria Especial”.
a.6) Dano
São exemplos de danos possíveis:
9 Perda auditiva;
9 Queimadura;
9 Náusea;
9 Desmaio;
9 Desidratação;
9 Irritação do trato respiratório.
b.2) COM
Ao identificar os perigos e classificar os riscos, a empresa deve considerar o
comportamento humano. Vejamos a seguir as possibilidades:
9 SIM: Quando for necessária uma avaliação sobre os fatores humanos e
psicossociais exigidos em atividades críticas, trabalho em altura, espaço
confinado e outros identificados pelo médico do trabalho;
9 Não: Quando não necessária a avaliação sobre fatores humanos e psicos-
sociais.
b.4) SIT
Deve ser considerada a situação do perigo. Vejamos a seguir as possibilidades:
9 N - Normal: Situação do perigo “rotineira”, ocorrendo durante todo o
tempo de realização de determinada atividade.
9 A - Anormal: Situação do perigo “não rotineira”, podendo também ser
decorrente de possíveis falhas ou alterações na condição de operação da
atividade. Paradas e partidas de equipamentos/instalações.
9 E - Emergencial: Situação do perigo emergencial, necessitando de ação
imediata.
b.5) Probabilidade
Nesta coluna deve ser classificada a probabilidade de o evento ocorrer, veja-
mos a seguir as possibilidades:
9 Quase certo: É praticamente impossível evitar que o risco aconteça, por
isso, torna-se importantíssimo pensar em ações de mitigação do risco;
9 Alta: A chance de o risco ocorrer é grande e frequentemente ele ocorre
de fato;
9 Média: Probabilidade ocasional de ocorrência do risco. Ainda vale a pena
planejar desdobramentos, mas não com tanta preocupação como nos ca-
sos anteriores;
9 Baixa: Pouca chance de acontecer algum problema advindo desse risco;
9 Raro: É bastante improvável que o risco aconteça, só vale a pena se preo-
cupar em casos de impacto grave ou gravíssimo para o seu processo.
b.6) Gravidade
Nesta coluna deve ser classificada a gravidade de o evento ocorrer. Vejamos
a seguir as possibilidades:
9 Sem impacto: Pode gerar quase-acidentes;
9 Leve: Pode gerar incidente com atendimento de primeiros socorros;
9 Médio: Pode gerar incidente sem afastamento;
c.2) Substituir
Após avaliada a possibilidade de eliminação do perigo e constatada a invia-
bilidade, devemos avaliar as medidas de controle capazes de substituir o perigo.
Nesta coluna deverão ser apresentadas as medidas de controle capazes de
substituir ou reduzir a exposição ao perigo. Como exemplo, podemos citar:
9 Antes: Montagem de uma torre, com 100% das etapas realizadas com pes-
soas trabalhando em altura;
9 Depois: Montagem de uma torre, com 50% das etapas realizadas em solo
(pré-montagem) e 50% realizadas com pessoas trabalhando em altura (in-
terligação das partes pré-montadas).
c.5) EPI
Após avaliadas todas as possibilidades de controle para evitar o acidente, e
constatada a inviabilidade, devemos avaliar as medidas de controle individuais
capazes de minimizar as consequências do evento.
Nesta coluna deverão ser apresentadas as medidas de controle individuais
capazes de controlar o risco. Como exemplo, podemos citar:
Importante destacar que pode haver mais de um tipo de controle para ge-
renciamento do risco. Como exemplo, podemos citar:
9 Atividade em altura;
9 Eliminação: Não aplicável;
9 Substituição: Realização de 50% da atividade em solo (pré-montagem);
9 Controle de engenharia: Instalação de guarda corpo, instalação de linha
de vida;
9 Controle administrativo: Realização de treinamento, inspeção e liberação
das estruturas, liberação pela medicina.
9 EPI: Adoção de cinto de segurança.
c.6) “Prazo”
6. RESULTADOS
O reconhecimento por parte dos revisores da NR01 – Disposições Gerais
e da importância da aplicação da norma ISO 45001:2018 Sistema de Gestão da
Saúde e Segurança Ocupacional, na opinião do autor, ressignifica o modelo de
atuação das organizações, as quais buscam a legislação como referência básica na
prevenção dos incidentes, para um modelo mais amplo de gestão e responsabili-
dades, possibilitando ir além da legislação, quando o tema é “salvaguardar a vida”.
A construção de registro único para Gestão de Riscos contribui para a eficácia
e eficiência das medidas de controle operacionais e beneficiam as empresas, os
órgãos de fiscalização, as certificadoras e, principalmente, o trabalhador.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Empresas que apresentam condições insalubres em seus ambientes de traba-
lho, normalmente, têm demanda de ações trabalhistas que solicitam pagamento
de adicional de insalubridade em 10%, 20% ou 40% do salário mínimo, retroa-
gindo em até 5 anos como previsto na legislação trabalhista.
Neste cenário, as instituições apresentam em sua defesa que fornecem os
equipamentos de proteção individual para seus colaboradores e que os substi-
tuem sempre que necessário. Além disso, inserem prova documental, como a
Ficha de EPI, que informa data, tipo de EPI, certificado de aprovação e assinatura
do funcionário.
3. APLICAÇÃO
Qualquer instituição que apresente em seu ambiente de trabalho condições
de exposição ocupacional acima dos limites de tolerância estabelecidos nos ane-
xos da NR-15 e que controlem tal condição através da distribuição de equipa-
mentos de proteção individual aos seus colaboradores.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Em nosso case, utilizamos como recurso o sistema TOTVS da linha
Datasul, mas o processo pode ser conduzido por qualquer outro softwa-
re que disponibilize lançamento dos equipamentos de proteção individual
com a definição da sua vida útil. Também pode ser estabelecido o contro-
le através do Excel, utilizando lançamentos das entregas em uma planilha
e estabelecendo fórmulas básicas para monitorar o vencimento dentro do
prazo estabelecido.
Os faróis para reportar as atualizações às lideranças foram feitos através do
Canva na sua modalidade gratuita, mas, também, podem ser realizados atra-
vés do Excel. Os e-mails utilizados para disparar as atualizações e faróis foi o
Outlook da Microsoft na versão corporativa. No entanto, pode ser utilizado
qualquer tipo de sistema de comunicação gratuito, como e-mails, WhatsApp,
listas impressas etc.
Figura 03 – Tabela gerada através do sistema que demonstra o nome do colaborador, setor em que traba-
lha, cargo, EPI para substituição e dia para substituição
Figura 05 – Tabela semelhante às das figuras 03 e 04, com filtro de outro setor
Figura 08 - Farol enviado com o percentual de atendimento das atualizações do mês ao final da segunda
semana
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Esta lição aprendida teve como objetivo geral apresentar uma proposta
de estratégia para projeto de implementação e manutenção da norma regula-
mentadora 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Tal norma
regulamentadora, considerada uma das mais técnicas e complexas do rol norma-
tivo (além de possuir a maioria dos seus requisitos com altos graus de infração),
estabelece os requisitos e condições mínimas para a implementação de medidas
de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores, os quais, direta ou indiretamente, interagem com instalações elé-
tricas e serviços com eletricidade.
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida é aplicável em praticamente todas as organizações, es-
pecialmente as industriais, pois estas utilizam eletricidade como energia “básica”
ou “principal”. De modo geral, os diferentes portes de empresas podem replicar
esta lição aprendida, seja em partes ou de modo completo.
De acordo com o texto legal, a norma se aplica às fases de geração, transmis-
são e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas
proximidades. Portanto, excluindo-se a extrabaixa tensão, todos os outros cená-
rios elétricos enquadram-se neste contexto. É considerada uma norma que tra-
balha destacadamente “gestão” e “responsabilidades”, sendo uma das precursoras
desses direcionamentos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Esta lição aprendida ora apresentada requer, para a realização de seu obje-
tivo, mão de obra especializada em segurança do trabalho e profissionais multi-
disciplinares, tanto internos quanto contratados pela organização, para atender
satisfatoriamente aos requisitos normativos. Um orçamento financeiro bem defi-
nido também será necessário.
5. METODOLOGIA
Esta lição aprendida tem como espinha dorsal a filosofia PDCA, acrôni-
mo em língua inglesa que compõe as etapas de planejamento (P), execução (D),
verificação (C) e ação (A), aplicada à implementação e manutenção da norma re-
gulamentadora 10. Portanto, neste trabalho, as quatro etapas citadas representam
os quatro grandes grupos de ações a serem executadas para garantir a correta im-
plementação e assegurar a manutenção adequada dos requisitos técnico-legais.
Ressalta-se que, no conceito geral das normas regulamentadoras, não há
orientação sobre “como” executar os requisitos legais, e sim apenas a exigência de
cumprimento dos itens aplicáveis.
ETAPA PLANEJAMENTO
• Conscientizar-se dos objetivos da norma, bem como de sua abrangên-
cia, realizando alinhamento prévio com as partes interessadas;Integrar a
implantação da NR 10 às demais iniciativas da empresa em matéria de
segurança ocupacional, de acordo com a política organizacional;Definir
a política de gestão de riscos em eletricidade, dentro do PGR/GRO – NR
1, observando também a abrangência dos prestadores de serviço;Verificar
se a norma atualmente válida é aplicável ao negócio (integral ou parcial-
mente), bem como quais os itens contemplados no projeto;Analisar inte-
gração da norma com outras NR que tratam do tema (NR 12, NR 18, NR
20, por exemplo), em especial o impacto na NR 10;Reconhecer as normas
técnicas aplicáveis ao tema (NBR, IEC, Mercosul, NFPA, outras), com
destaque especial para a ABNT NBR 16384;Criar Grupo Técnico de Tra-
balho – NR 10, ou “Comitê NR 10”, contemplando especialidades envol-
vidas (Manutenção Elétrica e Mecânica, Segurança do Trabalho, RH/Trei-
namentos, Suprimentos, Projetos etc.);Definir o profissional legalmente
habilitado – PLH;Realizar diagnóstico inicial, apontando o nível atual de
atendimento técnico-legal;Analisar a norma sob a ótica da NR 28 – Fis-
calização e Penalidades, identificando os pontos destacados para atuação
imediata, associando ao conceito da NR 3 – risco grave e iminente e defi-
nindo priorizações em médio e longo prazo;Estimar custos e orçamento
para adequação, bem como horizonte temporal para implantação;Estimar
custos de não implementação dos requisitos sob a ótica fiscalizatória (NR
28);Estudar acidentes de origem elétrica ocorridos eventualmente na em-
presa e em atividades similares realizadas (Referência: ABRACOPEL);A-
valiar laudo de periculosidade por eletricidade conforme NR 16, even-
tualmente existente na organização, e destacar pontos de atenção;Realizar
benchmarking com empresas de sucesso na implementação da NR 10;De-
senvolver o plano de ação macro de implementação da NR 10 (modelo
5W2H é altamente recomendável).
ETAPA MONITORAMENTO
• Desenvolver indicadores de controle para monitorar via comitê a evolu-
ção da implementação dos requisitos normativos e organizacionais (ex.
previsto versus realizado), de acordo com o planejamento;Desenvolver
métrica para assegurar qualidade na implementação da norma;Monito-
rar atualizações normativas (nacionais e internacionais) sobre o tema se-
gurança em eletricidade, analisando impactos, inclusive no período de
implementação da NR 10;Realizar curadoria de notas técnicas, literatura
especializada e demais textos legais aplicáveis.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
2. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida, em forma de recomendações práticas e não exaustivas,
pode ser utilizada por gestores e demais interessados, e auxiliar no planejamento da
implantação de um sistema de HSE em projetos de construção no Brasil.
4. RESULTADOS
Inicialmente, quanto à implantação do sistema de HSE, foram explicita-
das as premissas estabelecidas nos comitês gerenciais, sendo possível discutir o
entendimento do escopo e as condições pelas quais é necessário desenvolver os
processos.
Nesse sentido, uma reunião inicial (kick off meeting) com o cliente foi
importante para o alinhamento das expectativas, além do registro de algumas
ações iniciais relevantes. Como saída desta reunião, foi elaborado um documen-
to chamado “ponte”, aclarando pontos divergentes ou convergentes de ambos os
sistemas de gestão, definindo as condicionantes que seriam utilizadas.
Ainda, referente ao cronograma de implantação, foi realizada uma reunião
inicial com a equipe de HSE para determinar os responsáveis e prazos. Quinze-
nalmente, foram realizadas reuniões de acompanhamento para verificação do an-
damento das atividades e tomadas de decisão, sendo que a devida implantação e
o funcionamento da gestão do sistema foram avaliados em duas oportunidades:
a primeira através de auditoria interna (corporativa) e segunda por meio de uma
auditoria externa (cliente), apresentando resultados satisfatórios.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise acerca da gestão de saú-
de dos trabalhadores que prestam serviços de transporte a clientes do setor su-
croenergético e que encontra dificuldade de implementar a gestão de saúde e
atendimento de requisito legal, considerando os locais de atuação, os quais estão
em relevante dispersão geográfica, ou seja, em vários estados brasileiros, sob in-
fluências multiculturais regionais.
O setor sucroenergético precisa de grandes áreas para plantio de cana-de-
-açúcar, segundo o site Cana - Portal Embrapa (Embrapa, 2022): “o Brasil é o
3. APLICAÇÃO
Este case se aplica a todos os segmentos de empresas de pequeno, médio e
grande porte, que tenham atuação nacional e multicultural, sob grande influên-
cia da dispersão geográfica. As empresas são desafiadas diariamente a assegurar
o padrão de qualidade na gestão de saúde de seus empregados, considerando
fatores multiculturais e regionais, inclusive atendendo requisitos legais e comple-
mentares de seus clientes, incluindo o asseguramento de profissionais de saúde
que possam desenvolver os programas legais nessas regiões.
5. METODOLOGIA
A gestão de saúde assegura o cumprimento de requisitos legais de modo a
evitar gap legal e possíveis autuações e multas por órgãos fiscalizadores, garan-
tindo a saúde dos motoristas de transporte de pessoas de forma direta e a segu-
rança aos passageiros. Ter um profissional da área de transporte de pessoas que
tenha sua saúde assegurada reverbera na segurança de outras dezenas de pessoas
que estão sendo transportadas. Uma noite mal dormida, sincope, baixa/aumento
de pressão arterial e/ou baixa de glicose são fatores que podem colocar os passa-
geiros transportados (ocupação média de 40 pessoas em um ônibus) em risco de
acidente de alto potencial em caso de materialização.
A boa gestão de saúde assegura ainda a prevenção de sinistros internos na
empresa, de dispêndio financeiro com reparos aos danos sofridos nos veículos,
de incêndio, tombamento, colisão, quedas com passageiros em rios/lagos. A ma-
terialização desse risco pode inviabilizar os negócios da empresa e sua existência
pode se tornar um risco de processo e ao negócio. Esse tipo de gestão também
evita multas e pagamentos de indenizações, e resguarda a perenidade das orga-
nizações. Como consequência da boa gestão de saúde, pode resultar em perfor-
mance, melhora da produtividade e sustentabilidade dos negócios da empresa.
Dessa forma, este case de gestão de saúde é uma mais valia para empresas
que têm atuação em setores dispersos geograficamente e multiculturais de pe-
queno, médio e grande porte, com vários sites em distintas cidades nos estados
brasileiros.
As empresas que são prestadoras de serviços, em seu plano estratégico e
proposta comercial para clientes, atribuem valores como composição de custo
de contrato de prestação de serviços. Por isso, ter um Serviço Especializado em
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Os trabalhadores constituem a peça mais importante dentro do complexo
sistema de trabalho. Investir em prevenção, saúde e segurança no trabalho é ges-
tão de pessoas, assim como investir em qualificação dessa massa colaboradora
é garantir um futuro com menor probabilidade de problemas e maior possibili-
dade de sucesso no negócio. Com isso, uma estratégia relevante é o pensamento
preventivo, com o desenvolvimento de sistemáticas de trabalho para identifica-
ção, análise e tratamento dos desvios antes que eles se manifestem.
O Gerenciamento de Mudanças, conhecido também na sigla em inglês
(MOC – Managament of Change), é uma ferramenta proativa e que merece gran-
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida é simples e pode ser implementada por todas as em-
presas de qualquer área ou segmento que tenham interesse em projetos cujos
equipamentos e necessidades de segurança, saúde e meio ambiente já estejam
incorporados às suas ações industriais ou de operação.
A aplicação possui como premissa a antecipação e o reconhecimento de
eventos indesejados que podem causar situações de perigo e risco. A lideran-
ça tem papel fundamental na participação da implementação dessa ferramenta,
sendo que um dos fatores determinantes para o sucesso é a definição de pessoas
que tenham conhecimento técnico atrelado às exigências de cada projeto, sendo
que as áreas envolvidas devem participar da ação de perigos e riscos no gerencia-
mento de mudanças.
Exemplos de áreas que normalmente são envolvidas nos projetos impacta-
dos: manutenção, engenharia, operação, segurança do trabalho, meio ambiente,
saúde, gente e gestão, financeira, segurança patrimonial, gestão de riscos e outras
que estejam envolvidas no projeto, processo ou mudança.
5. METODOLOGIA
Reason Reason afirma que o quase-acidente é qualquer evento que poderia
resultar em consequências graves. Eles podem variar de uma penetração parcial
das defesas a situações nas quais todas as proteções disponíveis foram vencidas,
embora nenhum prejuízo significativo tenha ocorrido. Reason ainda destaca que
a identificação e análise dos quase-acidentes fornece feedback positivo sobre a
resistência do sistema, principalmente quando as defesas funcionam como pla-
nejado. Contudo, em alguns casos, representam feedback negativo, na medida
em que pequenos danos pessoais e materiais podem ser gerados.
O autor completa ainda que todo quase-acidente tem liberação de energia,
que é o evento desencadeado com possibilidade de gerar a perda. As energias
podem ser: mecânica (movimento), térmica (calor), elétrica (potencial elétrico),
química (reações químicas), hidráulica (fluido líquidos), nuclear (desintegração
do núcleo), dentre outras. Com isso, temos diversas ferramentas para a criação
de uma cultura de segurança. Um dos pontos está atrelado ao comportamento
dos trabalhadores (as), que é apenas um componente do processo de segurança.
Esse processo corresponde a um sistema sociotécnico e econômico complexo,
que se configura a partir do resultado de muitas vertentes de um ou mais contex-
tos em que estão sujeitos, incluindo a cultura organizacional.
A partir desse pensamento, as ações para tornar o ambiente seguro devem
estar voltadas para as mudanças atreladas a controles sistêmicos, como, por
exemplo, o termo Poka Yoke (poqua iôque), que foi criado no Japão durante os
anos 60, por Shigeo Shingo, um engenheiro industrial. O poqua iôque é um dis-
positivo à prova de erros destinado a evitar a ocorrência de defeitos em processos
de fabricação e/ou na utilização de produtos. A implementação do Gerencia-
mento de Mudanças de segurança tem como objetivo implementar sistemas de
engenharia de segurança do trabalho para evitar a ocorrências de acidentes.
Normalmente, em minhas experiências, ao implementar um formulário de
verificação – checklist, este deve abordar os três pilares principais da engenharia
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Definir parâmetros e metodologias para assegurar que as operações de des-
monte de rochas, com a aplicação de explosivos, sejam realizadas de forma segu-
ra e de acordo com os requisitos legais estabelecidos.
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida aplica-se exclusivamente para as atividades de desmon-
te de rochas para obra de construção de barragem hidroelétrica, a fim de dina-
mizar o processo de escavação de blocos rochosos, visto que por meio conven-
cionais não se consegue tão facilmente alcançar a cota prevista em projeto, dada
a limitações de máquinas escavadeiras e rompedores para este fim.
5. METODOLOGIA
O Planejamento e Preparativos, para desmonte de rochas, devem ser estru-
turados levando em consideração as ações que envolvem os setores estratégicos
da obra, onde os procedimentos serão realizados, a fim de garantir o máximo de
assertividade e a eliminação de possíveis falhas que poderão surgir antes, durante
e após as operações, conforme matriz de responsabilidade a seguir:
SIM
NÃO
Execução de medidas
Autorização de execução do preventivas (Plano de fogo,
fogo pelo Coordenador de PGR e Plano de Emergência)
Emergência/Blaster. Comunicação entre o Blaster/
Coordenador de Emergência
NÃO
Checagem final pelo Blaster e Medidas
NÃO Coordenador de Emergência eficazes?
Fogo finalizado?
SIM
SIM
NÃO
SIM
Chegagem
realizada/área
segura? Operação finalizada e toque
de alarme para retorno
seguro às frentes de
trabalhos.
6. DEFINIÇÕES
• Avaliação de local: Processo de análise onde os riscos aos quais os traba-
lhadores possam estar expostos, em uma operação de desmonte de rocha,
são identificados e qualificados.
6. RESULTADOS
Com a implantação do planejamento e preparativos para operação de des-
monte de rochas, houve um ganho expressivo com relação ao processo de geren-
ciamento dos riscos, dada a sua complexidade e a importância de se desenvolver
as atividades de forma eficaz, a fim de assegurar as condições de segurança e
saúde dos trabalhadores em todas as etapas estabelecidas no plano de fogo.
Marlon Prado
Marabá-PA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Trabalhos de pesquisas de campo em algumas áreas ambientais, como ar-
queologia, espeleologia, coleta de fauna e de flora, são sempre desafios para
aqueles que as realizam, tendo em vista a variedade de riscos que estão expostos,
como, por exemplo, contato com animais peçonhentos, marimbondos, abelhas,
risco de queda, de tropeço etc. Geralmente, as pesquisas são realizadas em áreas
remotas, sendo que, em muitas ocasiões, sem sinal de celular.
Devemos pensar nos piores cenários nos quais as equipes poderão entrar em
em contato. Com isso, conseguimos fazer uma melhor gestão de riscos e implemen-
tar medidas de controle mais eficazes e reais com cada cenário de risco levantado.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Em cada área que determinada equipe for pesquisar, faz-se necessário o le-
vantamento dos riscos mais específicos para a tarefa a ser executada. No geral, as
equipes utilizam equipamentos via satélite que é o SPOT (R$700,00), que oferece
rastreamento através de GPS e mensagens para o gerenciamento de segurança
das equipes.
Outro equipamento indispensável é o Iridium (R$ 10.000,00), que é um ce-
lular portátil que utiliza também sinais de satélite como forma de cobertura e
que, por isso, está disponível em várias áreas ao redor do mundo. As equipes
também portam o skyscan (R$ 5.000,00), que é um aparelho de detecção de tem-
pestades. Os preços são uma média de cotação do dia, porém todos os aparelhos
descritos estão disponíveis para aluguel por algumas empresas, caso não se tenha
interesse em adquiri-los.
Utilizando tais equipamentos em campo, as equipes trabalham com maior
segurança e tranquilidade, pois sabem que têm, de alguma forma, um meio de
entrar em contato com seus gestores ou equipe de socorro diretamente.
5. METODOLOGIA
Elaborar através do Sistema de Gestão em Saúde, Segurança e Meio Ambiente
uma análise preliminar de risco (APR) após as análises de risco da tarefa (ART), as
quais darão mais especificidade a cada passo de execução dos colaboradores. Essas
primeiras etapas têm que ser realizadas não somente por profissionais da área de
SST, mas pela presença das equipes que irão a campo desenvolver as atividades de
pesquisa. Igualmente, as documentações ficarão mais consistentes.
No tocante às atividades em áreas remotas, é feita a aquisição por compra
ou aluguel dos aparelhos retromencionados. Todos os colaboradores passam por
treinamentos teórico e prático de uso dos equipamentos.
6. RESULTADOS
Trabalhar em áreas remotas com muitos riscos associados a diversas tarefas
requer uma análise e tratamento de dados de forma muito séria e controlada.
Necessita não somente ter equipamentos de comunicação de posse das equipes,
mas, também, muitos treinamentos específicos de primeiros socorros avançados
e experiência de boa parte das equipes. A gestão dos riscos precisa ser diária e
constante, pois os riscos, em diversos ambientes de biomas brasileiros, são dinâ-
micos e não estáticos.
Com a presença de tais equipamentos, passa-se confiança para quem está
em campo e para quem está no escritório, que pode monitorar em tempo real,
através do spot, por exemplo, onde as equipes estão localizadas.
Portanto, excesso de segurança e de gestão nunca é demais. Em áreas remo-
tas, tem-se que “quadruplicar” a atenção.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Realizar a votação da CIPA tem seus obstáculos pelas características e exi-
gências estabelecidas por normativa. A abrangência de um número representa-
tivo de votantes impacta diretamente no sucesso da eleição. A complexidade da
área hospitalar, na qual o maior público é assistencial, com foco direto nos cuida-
dos ao paciente, direciona um pequeno espaço de tempo para avaliar e votar em
um candidato que o representará na comissão. Esse candidato demanda de uma
argumentação e convencimento dos colaboradores. O simples fato de deslocar
esse colaborador do local de trabalho, desviando seu foco assistencial para voto à
CIPA, já causa uma situação difícil.
3. APLICAÇÃO
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a realização da votação será necessário um amplo trabalho de divulga-
ção aos setores, com disponibilidade de link e/ou QR Code de acesso à platafor-
ma para votação; colaborador poderá votar por computadores ou pelo celular.
Contratação do Módulo CIPA online – Módulo programado conforme a
NR5, que conta com processos automatizado para atender e facilitar a gestão
eletrônica da CIPA.
Enviar a empresa a relação dos colaboradores aptos a eleitores, com as res-
pectivas informações (nome completo / matrícula/ data de nascimento). Dados
usados para identificar e acessar o ambiente de votação.
Eleição com horários abertos, podendo ser acessada durante a noite, fora do
horário comercial.
6. RESULTADOS
Com a assessoria de uma empresa especializada, foi possível realizar a elei-
ção sem nenhum transtorno e dificuldade, agilizando o processo para se atingir o
resultado de uma eleição. Nessa perspectiva, ressalta-se que a tecnologia auxiliou
na economia de tempo com processos manuais, diminuindo as possibilidades de
erros humanos e o aumento da economia de recursos, como papéis impressos,
deslocamento de equipes/comitê em diversos setores do hospital para votação e,
possivelmente, tempo de espera e disponibilidade dos funcionários envolvidos
na votação.
Também foi obtida flexibilidade para os eleitores participarem da votação em
seu devido espaço vago, podendo ser tanto em horário de trabalho ou não, confor-
me a sua livre escolha, aumentando o engajamento na realização da eleição.
Processo eleitoral com apuração em dois dias para um público de 2.500 co-
laboradores, com controle voto a voto.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A Liberação de Trabalho a Frio (LTF) tem como objetivo sistematizar o pro-
cesso de análise preliminar de riscos em tarefas rotineiras/não rotineiras que não
se enquadrem como de alto risco, reduzindo a probabilidade de ocorrência de
acidentes de trabalho, derramamentos e/ou situações imprevistas/indesejadas.
Dentro da indústria química, área na qual se aplica o objetivo de estudo e desta
ferramenta, considera-se como trabalho de alto risco:
a) Trabalho em altura (> 1.80m de desnível, sendo mais restritivo que a
legislação brasileira);
3. APLICAÇÃO
Esta metodologia pode ser aplicada em qualquer tipo de segmento e porte
empresarial, considerando ser de fácil implementação e baixa complexidade. Im-
portante ressaltar que qualquer atividade prestada por profissional em uma área
em que ele não domine os processos, riscos específicos e forma de trabalhar pode
ser mais bem gerenciada e controlada através da LTF. Já percebeu o quanto nos
preocupamos com atividades de alto risco e, muitas vezes, os acidentes ocorrem em
processos de mudanças e/ou tarefas de menor complexidade?
Desconsiderando o erro humano (que é parte indissociável e tema de ou-
tros estudos), observamos que parte dos acidentes ou quase-acidentes ocorrem
em atividades não rotineiras, mas que não requerem controles específicos, como
uma Análise de Riscos do Trabalho, ou Permissão de Trabalho. Muitas vezes, não
há sequer uma conferência das condições do ambiente de trabalho e como essas
condições/ambiente/fatores externos podem afetar o desempenho do trabalho.
Há empresas que realizam a permissão de trabalho e fornecem algum tipo
de acompanhamento técnico quando se trata de trabalho a quente, trabalho em
altura, espaços confinados, içamento de cargas etc., mas haveria o mesmo con-
trole durante o processo de substituição de uma janela? Ou, quem sabe, a troca
de um vidro de uma porta?
A grande funcionalidade desta ferramenta é colaborar para que os execu-
tantes e conferentes de atividades de baixo risco sejam autogerenciados e não de-
pendam de um departamento de EHS/SSMA/SST para autorizarem a realização
dessas tarefas – afinal, como organizações de menor porte e que não possuem um
time de Segurança do Trabalho poderiam aprimorar os seus controles e gerencia-
mento de riscos de atividades? Haveria a necessidade de contratar um profissio-
nal de EHS terceirizado somente para isso? Por outro lado, haveria a necessidade
de uma grande organização para manter uma equipe de EHS/SST disponível a
realizar somente liberações de campo/mudanças para atividades de baixo risco?
Seria viável economicamente?
Essa cultura dependente de EHS/SST pode ser arriscada ou, no mínimo,
criar uma fila (vide o tema Teoria das Filas em literaturas de Engenharia de Pro-
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a implantação da Liberação de Trabalho a Frio (LTF), deve-se prever:
a) Treinamento das lideranças da organização, considerando que eles pre-
cisam conhecer e apoiar essa iniciativa;
b) Treinamento dos conferentes das atividades (entender como os empre-
gados que serão os responsáveis por checarem as condições preliminares
do trabalho, em conjunto aos executantes);
c) Treinamento dos membros executantes das atividades – importante que
eles conheçam as regras fundamentais de segurança, bem como as for-
mas de identificação e controle de perigos;
d) Cronograma de treinamentos de reciclagem para que os conceitos de
identificação de perigos, medidas de controle, barreiras de SST, Regras
Fundamentais de Segurança (ou Regras de Ouro), entre outros, estejam
cada vez mais aprimoradas e culturalmente praticadas pela organização;
e) Definição do modo de gerenciamento dos checklists: em áreas classifi-
cadas (aquelas que contêm atmosferas potencialmente explosivas), de-
ve-se utilizar o checklist de forma impressa ou, caso a organização opte
por dispositivo eletrônico (Ex.: Tablet), deve-se considerar a categoria do
equipamento condizente ao zoneamento, conforme as normas técnicas
vigentes;
f) Definição do tempo e forma de retenção das informações/checklists –
seja física ou eletrônica. Recomendável que os documentos fiquem reti-
dos por, no mínimo, 06 (seis) meses.
g) Forma(s) de auditar/conferir o status de implementação do Programa
de Liberação de Trabalho a Frio (LTF), através de entrevistas em campo,
inspeções de EHS ou auditorias cruzadas (entre setores).
h) Forma(s) de reconhecer os empregados que se destaquem no cumpri-
mento do Programa de Liberação de Trabalho a Frio (LTF) – esse reco-
nhecimento pode ser uma carta assinada pela Diretoria, ou mesmo um
slide durante uma reunião gerencial – não necessariamente um prêmio
financeiro a quem cumpre regras (já praticando a Nova Visão de Segu-
rança, não é mesmo?);
i) Reforço top down (de cima pra baixo, ou seja, partindo da Alta Direção/
Administração), promovendo a abordagem da Liberação de Trabalho a
5. METODOLOGIA
A primeira etapa para implantação do processo de Liberação de Trabalho a
Frio (LTF) é definir o escopo que esse documento irá abranger, ou seja, o que é
considerado um trabalho de alto risco (para este, é recomendável um documento
mais robusto e acompanhamento de EHS) e o que pode ser entendido como um
trabalho rotineiro/não rotineiro de baixo risco. Lembre-se que o objeto deste
case está relacionado somente às atividades de baixo risco, conforme escopo de-
finido dentro de uma indústria química fabricante de tintas, localizada na cidade
de Sumaré/SP.
A segunda etapa está relacionada à criação/aprovação do formulário de Libe-
ração de Trabalho a Frio (LTF), bem como procedimento de gestão para norteá-lo
dentro dos critérios operacionais da companhia. Recomendável que seja conferido
o histórico de acidentes da companhia, bem como análise das causas dessas ocor-
rências – possivelmente parte de uma estrutura de checagem poderá ser inserida
no checklist de LTF. Para tornar o programa mais robusto é recomendável também
que haja a participação de equipe multidisciplinar para aprimoramento das suges-
tões e abordagem “das dores” existentes na companhia – Manutenção, Engenharia,
Engenharia de Processos, Manufatura, EHS, Qualidade, Laboratórios etc. Como
dizemos em Minas Gerais: o combinado não sai caro.
A terceira etapa consiste na definição dos conferentes das áreas solicitan-
tes. Estes serão os responsáveis por participar do processo de LTF, agindo como
“olhos” do gerente/responsável da área. Cabe ao conferente realizar a checagem
preliminar e dar o “aceite” ao serviço executado após manutenção, novamente
certificando-se que a atividade foi concluída e que as condições normais de ope-
ração podem ser retomadas.
A quarta etapa consiste no treinamento de formação de conferentes e execu-
tantes de trabalho a frio. É recomendável que esse treinamento contemple toda a
estrutura do programa, mediante avaliação da eficácia. A carga horária irá variar
conforme a complexidade e escopo das atividades consideradas como de baixo
risco, mas é recomendável que possua, no mínimo, 12 (doze) horas de duração,
além das reciclagens previstas e avaliação da eficácia para compreensão do nível
de maturidade dos conferentes e executantes.
A quinta etapa consiste literalmente no kick off da metodologia de Libe-
ração de Trabalho a Frio (LTF). Após os treinamentos, é recomendável formar
times de especialistas para suportarem os recém-treinados. Uma boa dica é utili-
zar Engenheiros de Processo, membros do EHS/SSMA/SST, líderes operacionais
experientes, entre outros, para que estes deem o suporte ao time de executantes
ATIVIDADES
EPI´s OBRIGATÓRIOS
N/A Capacete de Segurança com jugular N/A Protetor Facial
N/A Óculos de segurança contra particulados N/A Vestimenta antichamas
N/A Respirador facial/semi-facial N/A Calçado de Segurança
N/A Proteção Auditiva N/A Luvas de segurança para agentes mecânicos
Outros: ____________________________________________________________________________________________________
EQUIPE DE TRABALHO
Nome Matrícula Visto Nome Matrícula Visto
DECLARAÇÃO DOS EMITENTES (LIBERAÇÃO) - Declaramos que os riscos do trabalho descrito foram analisados e controlados e estamos cientes e de
pleno acordo com as condições estabelecidas para sua liberação, execução e acompanhamento.
CONFERENTE DA ÁREA EXECUTANTE LÍDER
Data/Hora
Nome Visto Nome Visto
SIM NÃO As proteções da máquina encontram-se nos locais apropriados e foram testadas? (ex.: Proteções mecânicas fixadas)
SIM NÃO Os cadeados e etiquetas de bloqueio foram removidos por cada integrante da atividade?
SIM NÃO O sistema de segurança da máquina/equipamento está funcionando adequadamente? (ex.: botões de emergência)
SIM NÃO A máquina encontra-se operando da forma esperada, após a intervenção de manutenção?
SIM NÃO A área encontra-se organizada após a tarefa do executor do serviço?
SIM NÃO As partes afetadas foram comunicadas quanto à liberação da máquina para Operação? (ex.: operadores do entorno)
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Em consonância com o papel social de nossa Empresa de Consultoria, SCI
FRACTAL e conforme seu Princípio Norteador de nº 07, é explicitado que “dis-
ponibilizará tempo de sua equipe para o desenvolvimento voluntário de pro-
gramas sociais focados em Educação para a sustentabilidade”. Por esse motivo,
implementamos o Projeto de voluntariado - ESG para pequenos empreende-
dores, sem qualquer custo para os participantes, tendo como objetivo melhorar
a gestão dos aspectos ambientais, segurança, saúde ocupacional e governança
desses empreendimentos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS.
O principal recurso de qualquer trabalho voluntário é o nosso tempo e o
nosso conhecimento, além de pequenos gastos com transporte pessoal, quando
necessário.
5. METODOLOGIA.
O plano de trabalho desenvolvido em conjunto com as empresas beneficia-
das é baseado no ciclo PDCA de gestão, de forma simples, com foco no gerencia-
mento da rotina.
Percebemos claramente uma visão reativa de gestão dos dirigentes, pela qual
os empregados são culpados por desvios que ocorrem na empresa. Mora aqui
o grande desafio deste processo de consultoria voluntária para a mudança da
realidade das empresas, privilegiando uma “Nova Visão de SSO” e gestão de seus
processos.
De certa forma, o nosso trabalho voluntário fica facilitado em momentos de
fragilidade e ameaças externas nessas empresas. Citamos aqui um exemplo em
que começamos a prestar consultoria logo após um grande incêndio, quando a
empresa recebeu um TAC – Termo de Ajuste de Conduta e a indicação do paga-
mento de uma multa de alto valor pelo Ministério Público do Trabalho, tendo em
vista a identificação de irregularidades de SSO durante inspeção.
6. RESULTADOS
A nossa autoridade nesse processo de ação voluntária junto à empresa se
limita à abordagem inicial para obter a permissão de realizar o trabalho de con-
sultoria, elaboração e entrega do diagnóstico com recomendações. Entretanto,
envolvemo-nos e influenciamos ao longo de um período acordado de consul-
toria, na elaboração do Plano de Ação e no acompanhamento da execução das
melhorias propostas.
Abaixo listamos alguns exemplos de oportunidades de melhorias identifica-
das e as recomendações feitas:
6.1 – Consultoria Voluntária - Cooperativa de Recicladores
A nossa atuação junto a essa Cooperativa se concentrou no atendimento das
exigências de um TAC recebido do Ministério Público do Trabalho, com multa
elevada, em função de não conformidades identificadas em vistoria.
Apresentamos um plano de trabalho que foi aceito pela cooperativa e en-
dossado pela Prefeitura Municipal da cidade, principal provedora de recursos
para a cooperativa, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Com o plano
de trabalho, foi requerida e aceita a suspensão da multa pelo Ministério Público.
Uma série de melhorias exigidas pelo TAC foram implementadas, tais como:
• Adequação de refeitório;
• Implantação de vestuários;
• Segregação dos sanitários, feminino e masculino;
• Eliminação de condição insegura em prensa enfardadora. Vide fotos abaixo.
DETERMINAÇÃO
FUNÇÃO RISCO EFEITO PROBABILIDADE
DO RISCO
Pouca importância Exposição moderada
Motorista Ruido Trivial
(0) (2)
Ausência de corrimão em
Instalar corrimão na rampa
rampa de acesso ao restau-
de acesso, podendo ser de
rante, com risco de acidente
madeira ou metálica.
envolvendo clientes
02
Ausência de proteção contra
queda em desnível do piso
Recomendamos a implan-
no salão externo do restau-
tação de um corrimão fe-
rante. Após incidente com
chando todo o acesso a este
cliente, já foi sinalizado com
desnível. Pode ser um corri-
pintura e colocados jarros de
mão de madeira
plantas para impedir aproxi-
mação
04
Isolar a possibilidade de
Canaleta pluvial, aberta,
acesso à canaleta, usando
dentro do salão externo do
os grandes vasos de plantas,
restaurante, com riscos de
atualmente colocadas no
queda de pessoas, por des-
desnível na entrada do res-
nível.
taurante.
05
Botijões de gás de cozinha Reinstalar os botijões de gás
dentro do ambiente da co- na parte externa da cozi-
zinha, instalados com man- nha, instalando tubulação,
gueiras flexíveis. Grande metálica até a parte externa.
risco de incêndio e/ou ex- Construir proteção para os
plosões, com exposição de botijões de gás após a reins-
pessoas talação externa.
07 - Implantar a sinalização
Inexistência de sinalização para extintores.
de segurança - Implantar sinalização hor-
izontal de segurança;
08
Implantar melhorias na
área, de modo a permitir a
Área de serviço e de proces- execução dos serviços ade-
samento de alimentos inade- quadamente.
quada, sendo improvisado
um tanque como bancada Área de processamento
de alimentos e limpeza de
utensílios.
457
Uso do “Six Sigma” na gestão de segurança
em altura em grupo educacional
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Através da metodologia Six Sigma, a equipe composta pela Gerência de RH,
SESMT, Departamento Jurídico, Suprimentos, Diretoria de Operações & Manu-
tenção e Diretoria de Investimentos & Expansão identificou os principais pro-
blemas e riscos potenciais envolvendo os trabalhos em altura dentro do Grupo
Educacional:
1. Elevado potencial de dano para o trabalhador no caso da ocorrência de
acidente de trabalho em altura; dados do INSS – Instituto Nacional de
Seguridade Social de 2017 apontam a queda em altura como a 2ª prin-
cipal causa dos acidentes fatais no trabalho;
3. APLICAÇÃO
O uso da estratégia Six Sigma na Gestão da Segurança nos Trabalhos
em Altura visa promover mudanças nos serviços diversos realizados em nível
elevado, envolvendo colaboradores próprios e terceirizados em todas as organi-
zações e atividades econômicas. A metodologia propõe melhorias nos processos
internos para elevação dos níveis de segurança e confiabilidade das instalações,
eliminação e redução dos riscos e prevenção de acidentes e perdas financeiras.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
As principais dificuldades apresentadas para a efetivação do uso do Six Sig-
ma na Gestão de Segurança em Altura decorrem da necessidade de altos investi-
mentos financeiros, sobrecarga de atividades e da heterogeneidade dos membros
das equipes de trabalho e da adaptação rápida e apresentação de resultados frente
ao planejamento estratégico de expansão da empresa.
Positivamente, além do atendimento às metas inseridas no Plano de Ação
5W2H, destaca-se o envolvimento de grande contingente de colaboradores pró-
prios e terceiros, a saber:
• Diretoria de Operações;
• Diretoria de Investimentos & Expansão;
5. METODOLOGIA
De acordo com a definição do Wikipedia, Seis Sigma ou Six Sigma (em
inglês) é um conjunto de práticas originalmente desenvolvidas pela Motorola e,
mais tarde, utilizada pela GE – General Eletric, destinada a melhorar sistemati-
camente os processos com a eliminação de defeitos. Um defeito é definido como
a não conformidade de um produto ou serviço com suas especificações.
D – Definir
Objetivos: Estabelecer as oportunidades, escopo, objetivos e participantes.
Nesta etapa relaciona-se o que será feito e qual é o resultado esperado ao
final da execução do ciclo. Brainstorming é uma técnica que pode ser bastante
útil neste passo.
M – Medir
Objetivos: Coletar dados e informações para analisar e avaliar o cenário
atual.
A – Analisar
Objetivos: Identificar a causa raiz do problema.
Geralmente, ao analisar um processo, várias possíveis causas raízes são iden-
tificadas, mas a chave desse passo é priorizar e validar a causa raiz do problema
a ser tratado, quando se espera que oportunidades de melhorias sejam criadas.
Utilizar os 5 Porquês é uma abordagem interessante para ajudar na identifi-
cação e validação da causa raiz.
I – Melhorar
Objetivos: Tratar as oportunidades de melhorias identificadas no passo
anterior.
Nesta fase, identificam-se as possíveis soluções para corrigir e evitar a causa
raiz do problema. Na sequência, recomenda-se a aplicação de testes para checar
se a solução proposta é efetiva, caso não seja, ela deve ser repensada e replaneja-
da. Se o resultado do teste for satisfatória, a ação deve ser implementada.
De forma resumida, esta etapa consiste em:
• Identificar/Criar soluções;
• Focar nas soluções mais fáceis e simples de serem implementadas;
• Testar as soluções;
• Criar um plano de ação (a ferramenta 5W2H pode ser adotada);
• Implementar/Implantar as melhorias.
C – Controlar
Objetivos: Controlar as ações do plano de ação
Neste momento, é fundamental que ocorra a definição dos critérios de con-
trole, como, por exemplo, checklists, metas e estatísticas, que servem como fonte
de informação para o monitoramento da implementação das ações.
6. RESULTADOS
Passamos a descrever os principais resultados obtidos com o Uso do Six
Sigma na Gestão de Segurança em Altura no Grupo Educacional.
1. Zero acidentes de trabalho com e sem afastamento, envolvendo traba-
lhadores próprios e contratados durante os serviços em altura desde ju-
lho de 2018 até abril de 2020;
2. 660 dias sem acidentes de trabalho envolvendo atividades em altura
(desde julho de 2018);
3. 42% de aumento no ICL - Índice de Conformidade Legal das exigências
da NR35;
467
Laboratório de percepção de risco
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O Laboratório de Percepção de Risco foi criado em 2021 a partir de um
projeto de Papel e Celulose, devido à empresa prestadora de serviço na área de
construção civil ter estado com baixo aprendizado em SST em nosso projeto.
Com isso, precisávamos mostrar os riscos de cada fase da obra de forma lúdica.
Eu, Alex Sandro do Santos e Caio Monteiro fomos os criadores deste case.
Fomos aprimorando o laboratório em outro projeto de Papel e Celulose com
a cooperação do HSE do projeto e das empresas que fizeram algumas maquetes
3. APLICAÇÃO
Este laboratório pode ser aplicado nas áreas de construção civil, mecânica
e eletromecânica, em todos os segmentos de mercado e em empresas de pequeno,
médio e grande porte.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
1. Um container de, no mínimo, 20 pés (6,00 x 2,40 m), mesa de madeira
(4,10 x 0,90m);
2. Um quadro de acrílico de 1,00 x 1,00mt com uma ilustração de obras
para que os erros sejam detectados;
3. Banners de assinaturas com compromisso em HSE;
4. Cartazes de boas práticas feitos pelas empresas na obra;
5. Lições aprendidas com quase-acidentes, desvios e acidentes que ocor-
reram na obra;
6. 4 placas de madeira em triângulo, com 12und de madeira retangulares
(produção, qualidade e HSE);
7. Um boneco de manequim com EPIs ou ausência deles;
5. METODOLOGIA
As empresas enviam seis funcionários da mesma área de atuação, exceto o
encarregado (pois este terá um outro contexto), conforme cronograma pré- acor-
dado. As 6 pessoas fazem uma introdução em sala, da seguinte forma:
Etapa 1
Passo 1 - Apresentam-se, falam de qual localidade do país são e se têm fa-
mília;
Passo 2 - Após a 1 dinâmica, o HSE faz uma apresentação do que é risco e
perigo;
Passo 3 - É solicitado para um dos seis funcionários a execução da dinâmica
dos pilares, que consiste em retirar 1 única peça que está em cima do triângulo
(produção, qualidade ou segurança). Com isso, as peças caem e os trabalhadores
ficam cientes de que os 3 pilares podem e devem andar juntos para o bom fun-
cionamento da obra;
Etapa 2
Passo 1 - De forma lúdica, prática e interativa, os seis colaboradores, são de-
safiados a encontrar a maior quantidade de inconsistências de segurança e meio
ambiente (total de 216 pontos de melhoria), similar à planta industrial que traba-
lham, contendo trabalho em altura, espaço confinado, movimentação de cargas,
concretagem, produtos químicos e resíduos ambientais.
Passo 2 - Os colaboradores são convidados a falarem por até 2 minutos (os
6 em simultâneo) sobre a descoberta de erros do quadro de percepção. O HSE
insere os imãs e faz a contagem no final da dinâmica.
Passo 3 - O boneco com a vestimenta e os EPIs são apresentados aos par-
ticipantes, que devem descrever o que veem de errado. O boneco tem algumas
características específicas das regras da obra (Ex: não poder fumar na área).
Passo 4 - Os participantes são divididos em cada lado da mesa para verem,
por etapa, cada cenário (5 cenários de civil, mecânica e eletromecânica). Os par-
ticipantes falam o quem veem (por cenário) e o HSE anota os acertos de cada um
(somente eles falam, sem ajuda).
Passo 5 - O HSE, após a passagem pelos 5 cenários, irá mostrar e falar sobre
os templates dos acidentes e desvios ocorridos na obra.
Passo 6 - O HSE mostrará o que é feito pelas empresas de boas práticas e
incentivará a fazer e a divulgar as boas práticas do trabalho que fazem para tor-
narem o ambiente seguro.
Passo 7 - Por último, o HSE irá falar sobre o compromisso de segurança
com a frase “Eu cuido de mim, cuido de você e deixo ser cuidado”, e convidará os
participantes a assinarem esse compromisso no banner de sua ilha. Esse item não
é obrigatório, caso não aceitem assinar.
OBS: Há uma sugestão para que as empresas façam uma cartilha de percep-
ção de risco, com perguntas sobre as atividades e que os trabalhadores respon-
dam e assinem diariamente. A cartilha é individual e será recolhida sempre no
final do mês, quando será entregue uma nova para que o trabalhador dê conti-
nuidade à prática. Dessa forma, haverá constância na percepção do participante.
Nesta etapa, o tempo de duração é de 60min.
Descrição: Dinâmica com os funcionários Descrição: Vista lateral das mesas por área (ilha)
Descrição: Vista lateral das mesas por área (ilha) Descrição: Vista do Container com suas placas
de identificação
Descrição: Cartiha que cada trabalhador recebe para dar continuidade ao aprendizado
6. RESULTADOS
Essa atividade gera aproximação entre participantes e a equipe de segurança
da empresa, uma vez que a teoria é aplicada na prática de forma lúdica. Todos
que passam pelo laboratório recebem um adesivo para ser colocado no capacete,
476
Mapa de risco ergonômico
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo principal do MAPA DE RISCO ERGONÔMICO é de informar
sobre os riscos ergonômicos existentes em um local de trabalho. Por ser de fácil
visualização, é uma ferramenta fundamental para conscientizar trabalhadores e
assim evitar acidentes bem como prevenir as queixas osteomusculares que pos-
sam impactar os trabalhadores em suas atividades laborais.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
1. Recurso Humano: profissional qualificado e com expertise em ergono-
mia.
2. Recurso Financeiro: custo com impressões coloridas dos mapas para
serem distribuídos por todos os setores da companhia.
5. METODOLOGIA
6. RESULTADOS
1. Redução de ocorrências de saúde e segurança envolvendo risco ergonô-
mico, como por exemplo as queixas osteomusculares e acidentes.
2. Redução de absenteísmo, visto que os colaboradores estão orientados
quando a postura correta para realizar as atividades.
3. Cumprimento da legislação ao que tange orientações especificas para
cada tipo de atividade em que os colaboradores estão inseridos, pois de-
vem estar cientes do risco da atividade bem como medidas preventivas.
480
OPERAÇÃO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Formar a brigada de incêndio de um hospital é um desafio constante, so-
bretudo pelas características da área de saúde, como: turnover de funcionários,
escala de trabalho 12x36, absenteísmo, bem como a ausência dos colaboradores
da assistência para realização de treinamentos externos, além das questões orça-
mentárias e engajamento de pessoas na participação de treinamentos.
A brigada de incêndio tem como objetivo proteger as pessoas e o patrimô-
nio, agindo em situações de princípio a incêndio ou na prestação de socorro.
3. APLICAÇÃO
O treinamento na modalidade in Company é aplicável para todos os seg-
mentos de mercado, como área da saúde, indústrias, educacional, automotiva,
entre outros. Deve-se observar se o tipo de treinamento está de acordo com a
IT17/2019 - Brigada de incêndio (anexo A) e NBR 14276/2020 - Brigada de in-
cêndio e emergências – Requisitos e procedimentos”.
Com a aplicação desta lição aprendida, as empresas poderão realizar melhor
a gestão e capacitação dos membros da brigada de emergência, bem como dar
visibilidade ao acompanhamento por meio de indicadores.
Vale lembrar que será necessária a verificação dos recursos destinados a
uma melhor aplicação e uso de metodologias que possam ajudar no gerencia-
mento do processo.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a realização do treinamento são necessários alguns recursos, como: sala
de treinamento com projeção; espaço aberto para treinamento prático, onde seja
possível o acesso de um ônibus; uma área recomendável de 100m² para que a
unidade móvel fique estacionada e sejam montadas suas estruturas para as ati-
vidades práticas de uso dos participantes; local para refeição; e instalações sani-
tárias.
O treinamento deve ser realizado por instrutor capacitado, dentro dos pro-
cedimentos de montagem, testes e exercícios simulados e conforme o serviço
contratado. São fornecidos extintores em quantidades suficientes para as ativida-
des de combate a incêndio, conforme módulo de treinamento (CO², AP e PQS)
5. METODOLOGIA
Para melhor planejamento, considera-se a população de cada pavimento, blo-
cos, compartimentação horizontal e setor, podendo ser englobado como exceção a
população de setores diferentes, quando estes estiverem na mesma compartimen-
tação horizontal, como, por exemplo, o open office (escritórios abertos).
Na primeira etapa, dimensiona-se o contingente total a ser treinado em nos-
sa unidade por gerência e, também, por setor/serviço, cumprindo a junção da IT
17 – Brigada de Incêndio e NBR 14276/2020 - Brigada de incêndio e emergências
– Requisitos e procedimentos”.
Com o objetivo de intensificar os treinamentos, envolve-se toda a lideran-
ça nos planejamentos, definição de datas e criação de uma matriz explicativa
para maior visibilidade do processo. Para isso, insere-se abaixo uma matriz do
procedimento para envio dos nomes e confirmação dos colaboradores a serem
treinados, além das datas em que os treinamentos irão ocorrer. Com duas turmas
mensais, projeta-se maior organização para planejamento interno.
6. RESULTADOS
A responsabilidade para o alcance do resultado com foco na prevenção é
coletiva, pois o objetivo é preparar para a atuação em caso de sinistro dentro do
hospital. Com isso, todos os resultados obtidos agregam visibilidade ao tema e
incluem diversos ganhos para a unidade.
Descrição: O Fire Mobile (unidade móvel de trei- Descrição: Treinamento prático com manuseio de
namento) dispõe de simulado de incêndio, área de extintores em espaço alugado pela prestadora para
fumaça, extintores de incêndio, treinamento prá- posicionamento do Fire Mobile.
tico com manuseio de extintores, espaço alugado
pela prestadora para posicionamento do ônibus.
Clemilton Lima
Salvador - BA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo é apresentar uma ferramenta de diagnóstico de Cultura de SSMA,
tendo como pilar desse trabalho o protagonismo da liderança na atuação direta
com a identificação dos perigos e riscos associados ao seu time, e na percepção
da postura e comportamento seguro dos seus liderados.
A proposta metodológica visa identificar as fragilidades do Sistema de Ges-
tão de SSMA quanto às ferramentas preventivas existentes, mas que, em deter-
minados momentos, podem ter perdido a sua credibilidade ou estão em “zona de
conforto”, não gerando resultados satisfatórios em matéria de SSMA.
O diagnóstico inicial e a definição do plano de ação indicam uma amostra-
gem mínima de 90 (noventa dias) dias após validação pelo comitê de Crise da
3. APLICAÇÃO
A proposta metodológica pode ser aplicada em empresas de todos os ramos
de atividades ou regiões do Brasil, considerando os aspectos técnicos e culturais
de cada região, bem como a instrução das equipes em função das atividades de-
sempenhadas.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários para implementação do modelo apresentado estão
ligados diretamente a um time multidisciplinar, qualificado e com know-how
operacional dos processos, além de profissionais de segurança do trabalho, pla-
nejamento e gestão de pessoas.
Considerando ainda o volume de informações, recomenda-se a utilização
de ferramentas do tipo dashboard1, que servirá para a consolidação de dados,
gerando informações e tomada de decisões.
5. METODOLOGIA
A implementação e o desenvolvimento do Diagnóstico de Cultura de SSMA
tem sua fundamentação e estruturação no método do Projeto PARE2 e na curva
1
Dashboard é uma ferramenta que, em português, significa painel de controle, ou seja, a partir dela é pos-
sível realizar toda a gestão de dados de um projeto. Com isso, é possível ter um maior auxílio na exibição
de métricas, que indicam como um processo ou etapa está se desenvolvendo.
2
Projeto PARE – Metodologia elaborada por Clemilton Lima, apresentada no compêndio de lições apren-
didas 2022
5.1.1 Avaliação do Perfil Profissional e Psicológico dos Líderes com foco no Pro-
tagonismo em SSMA
A primeira etapa do diagnóstico consiste na avaliação do perfil psicológico
dos líderes associado aos valores de SSMA, com identificação de oportunida-
des no processo de comunicação, relacionamento interpessoal e liderança pelo
exemplo/comportamento. Essa etapa, obrigatoriamente, precisa ser desenvolvi-
da por profissional habilitado e qualificado na área de Psicologia, com uso das
ferramentas já validadas e com resultados conhecidos e aprovados nas áreas de
atuação. Para este case, utilizamos os métodos abaixo.
O diagnóstico extraído nas avaliações acima passa por uma avaliação técni-
ca criteriosa dos profissionais de Psicologia, com o objetivo de identificar o perfil
dos líderes e subsidiar a organização na tomada de decisão que envolve, dentre as
principais, um PDL – Programa de Desenvolvimento de Líderes.
3
Dupont - Empresa referência em termos de Segurança Industrial.
6. RESULTADOS
Os resultados obtidos através da implementação do Modelo de Diagnóstico
de Cultura de SSMA em diversas unidades industriais demonstram a eficácia do
método. As taxas de frequência de acidentes acumuladas em diversas unidades
estão se mantendo nos patamares de excelência em SSMA.
É nítido e perceptível pelas partes interessadas que a Cultura de SSMA tem
avançado significativamente. Podemos observar, ainda, a iniciativa das equipes
operacionais na recusa de tarefas inseguras, registro de condições inseguras e
comportamento seguro frente aos riscos das suas atividades.
Os líderes operacionais hoje atuam no Protagonismo de SSMA, auditando
seus processos, antecipando os riscos e contribuindo para a implementação das
ferramentas de prevenção. Percebemos uma visão prudente e não complacente
quando o assunto está ligado ao Valor de SSMA inegociável.
Edmar Rezende
Contagem - MG
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Este projeto demonstra a importância de utilizarmos tecnologia a favor da
gestão de QSMA (Segurança, Meio Ambiente e Qualidade), com foco na preven-
ção, proteção ambiental, qualidade do produto e retorno real financeiro. E, claro,
não poderia deixar de citar a história de superação, empreendedorismo e odesejo
de trazer soluções de engenharia e tecnologia para as áreas de QSMA.
Este case nasceu do chão de fábrica, depois de sentir as dores de QSMA na
pele e das noites sem dormir em busca de soluções e metodologia, que, de fato,
somassem e apoiassem os processos da gestão de QSMA. Já estou atuando nessas
5. RESULTADO
Os módulos foram implementados e executados com uma amostra envol-
vendo mais de 30 mil pessoas ao longo de dez anos. Foram registrados 160 mil
planos de ações, contendo 1.36 milhão de ações, sendo estas com média de 80%
de conclusão. Relacionado às inspeções, foram realizadas 137 mil inspeções con-
tendo 3.1 milhões de itens verificados, alcançando uma média de pouco mais de
22 itens por inspeção. Também foram registradas, tratadas e analisadas mais de
31 mil ocorrências, sendo, aproximadamente, 7 mil ocorrências com perda de
tempo. Tais ocorrências produziram 18 mil ações que foram geridas dentro da
plataforma.
Antes de apresentarmos resultados efetivos da aplicação e integração en-
tre os dados, precisamos analisar o impacto direto na eficiência operacional da
nossa gestão. É compreensível avaliarmos que, sem tecnologia, a morosidade, a
eficiência e a própria gestão seriam prejudicadas, uma vez que a tecnologia, além
da execução, se porta como uma facilitadora de gestão, integrando, por meio da
descentralização e entrega em tempo real dos dados qualificados, todas as pes-
soas envolvidas, respeitando seus níveis hierárquicos.
O primeiro resultado a ser observado, inerente a um módulo específico, é
o impacto na cultura de gestão dos temas, quando percebemos o aumento do
índice de pessoas envolvidas na gestão e nos acessos da gestão, representados nos
gráficos abaixo. Tal resultado comprova que, havendo ferramentas e métodos
que consolidem e proporcionem um acompanhamento eficiente e em tempo real
dos temas relacionados às áreas de QSMA, os agentes passam a se envolver de
forma mais ativa na execução e gestão das demandas.
É possível observar que existe uma correlação entre o aumento das inspeções
realizadas utilizando a nossa metodologia e a redução de não conformidades en-
contradas. Logo, quanto mais realizamos inspeções e tratamos as ações geradas a
partir das não conformidades de forma eficiente, mais reduzimos os problemas
encontrados em longo prazo. Nesse quesito, faz-se necessário o uso de tecnologia
para aumentar a velocidade e o volume tanto da coleta de informações por meio
de inspeções, quanto das tratativas das não conformidades encontradas, a fim de
se obter eficiência operacional.
Sabemos que existem diversas ações necessárias para uma evolução da me-
lhoria dos índices de acidentes, mas, também, podemos afirmar que, sem gestão
e controle, além de um time integrado, com foco no mesmo propósito, também
não seria possível. Essa amostra permitiu analisarmos a redução média de 43%
ao ano das ocorrências com perda de tempo.
Nos gráficos abaixo, apresentamos os resultados gerais, assim como alguns
estratificados por segmentos de negócio específicos de mineração, resíduos e
energia.
AGRADECIMENTO
Este projeto só foi possível porque, apesar de termos as perguntas e provoca-
ções para uma gestão efetiva nas áreas de QSMA, não tínhamos todas as respos-
tas e nem todas as soluções. Foi somando esforços e competência de profissionais
de engenharia e tecnologia que foi possível chegar até aqui. Agradeço, portanto,
aos meus sócios e a todo o time da ERPLAN, que se dedicam diariamente para
trazer soluções inteligentes com o objetivo de conectar e integrar as pessoas e
organizações no propósito da prevenção e da gestão em todos os níveis.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
2. OBJETIVO
Muito se fala de mudança de cultura ou como implementar uma mudança
de cultura de segurança, saúde e meio ambiente em uma organização. Por isso, a
ideia deste artigo é apresentar um programa já testado e comprovadamente apro-
vado em grandes empresas e que se destina à transformação das organizações de
um modo geral.
A sigla G-MIRM é o acrônimo de Global Minerals Industry Risk Manage-
ment (Gerenciamento de Risco na Indústria Mineral Global), liderado pelo pro-
fessor Jim Joy, da Universidade de Queensland (Austrália). Esse projeto envolve
diversas universidades do mundo desde 2007.
Símbolo do G-MIRM
Feito isso, avaliam-se as possibilidades e fica mais fácil identificar o que fazer
para evitar a transferência ou atenuar seu efeito caso ocorra. É importante ressaltar
que essa abordagem pode ser utilizada não somente considerando a segurança,
mas, também, outras dimensões da gestão, como meio ambiente, falhas de produ-
ção, entre outras. No entanto, essa prática possui ainda outra vertente que ocorre
internamente entre os diferentes setores de uma organização.
Quando se menciona o termo “integrado”, deve-se entendê-lo como uma
derivação do verbo “integrar”, ou seja, fazer uma gestão de risco conjunta, em
que diferentes partes envolvidas tenham a mesma preocupação e se empenhem
para um mesmo propósito: a produção segura. Nesse sentido, o gerenciamento
integrado de risco promove uma reflexão em cada processo organizacional, de
modo que se possa reconhecer quais situações e condições podem transferir uma
condição perigosa para outro processo, desenvolvendo e promovendo uma abor-
dagem holística da gestão.
Importante salientar que essa jornada tem início em quatro etapas e sempre
top/down: alta liderança, gerência, supervisão e todos os trabalhadores envolvi-
dos.
Em um mundo global com várias possibilidades e opções de programas de
mudança de cultura organizacional, o G-MIRM representa uma opção já testada
e comprovada em empresas como Anglo American, Samarco, Queiroz Galvão,
Yamana Gold, entre outras.
Independentemente do modelo de jornada de maturidade adotado, o im-
portante é que todos na organização, nos diferentes níveis hierárquicos, se sintam
responsáveis pelo desempenho em segurança e a tenham como um verdadeiro
valor.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O elemento “Gestão do Conhecimento de Processos”, dentro do pilar “En-
tendimento de Perigos e Riscos” do Gerenciamento de Segurança de Processos
Baseado em Riscos (RBPS: Risk Based Process Safety), contribui fortemente para
enriquecer o Programa de Gerenciamento de Riscos previsto da NR-01, pois per-
mite identificar os principais riscos relacionados à perda acidental de contenção
de material ou energia, caracterizando um Incidente de Segurança de Processos
(PSI: Process Safety Incident).
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser replicada em diversas indústrias onde possa
existir o risco de perda de contenção de material ou energia, caracterizando um
Incidente de Segurança de Processos (PSI: Process Safety Incident). Exemplos:
indústria química, petroquímica, oil & gas, papel e celulose, farmacêutica, cos-
méticos, alimentos, mineração, energia, entre outras, além de armazéns logísti-
cos, portos, parques de tancagem e outras instalações que contenham produtos
perigosos, ou armazenamento de grandes inventários de produtos ou materiais.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Considerando que a implementação desta lição aprendida depende das
informações de segurança de processos dos produtos armazenados ou proces-
sados, dos estudos de análises de risco e do compartilhamento de informações
e aprendizados de incidentes, os recursos necessários para elaborar o Mapa de
Riscos de Segurança de Processos normalmente já se encontram disponíveis nas
equipes de projeto, processos, produção e manutenção dentro das organizações.
No entanto, caso não sejam conhecidas algumas propriedades e característi-
cas importantes relacionadas aos perigos e riscos das substâncias, são necessárias
análises, avaliações e caracterizações complementares para gerenciar o conjunto
das informações de segurança.
5. METODOLOGIA
Conforme mencionado no subitem 5.3.1 da NR 05 (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes e de Assédio - CIPA) e de acordo com o subitem 1.5.3.3
da NR 01 (Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), o mapa
de risco é uma das ferramentas citadas para auxiliar no registro da percepção
de risco ocupacional dos trabalhadores. Tipicamente são identificados os riscos
físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, representados respec-
tivamente pelas cores verde, vermelha, marrom, amarela e azul.
No entanto, considerando que os riscos de segurança de processos não ge-
renciados adequadamente podem desencadear acidentes de risco maior (Major
6. RESULTADOS
Pode-se observar que a utilização do Mapa de Riscos de Segurança de Pro-
cessos oferece uma abordagem técnica que auxilia os processos de identificação
de perigos e análise de riscos (HIRA: Hazards Identification and Risk Analysis).
O elemento “Gestão do Conhecimento de Processos”, dentro do pilar “Entendi-
mento de Perigos e Riscos” do Gerenciamento de Segurança de Processos Basea-
do em Riscos (RBPS: Risk Based Process Safety), permite a interação, entre outros
diversos elementos, conforme abaixo:
• Identificação de perigos na avaliação de riscos;
• Competência em segurança de processos;
• Treinamento;
• Envolvimento da força de trabalho;
• Procedimentos operacionais;
• Práticas de trabalho seguras;
• Gerenciamento de mudanças;
• Integridade de ativos;
• Gerenciamento de emergências.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Como evitar que um acidente de grandes proporções aconteça novamen-
te? Existem muitas formas de gerenciar os riscos das atividades industriais, mas
essas formas de gerenciamento de riscos têm se mostrado eficientes no que se
propõe? Estamos aprendendo as lições que os acidentes vêm nos ensinar?
O gerenciamento de barreiras utilizando diagramas bow tie tem sido utiliza-
do por vários segmentos da indústria, que buscam avaliar quão bem as principais
ameaças estão sendo controladas e como a organização tem se preparado para
mitigar as consequências caso as coisas comecem a dar errado.
3. APLICAÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido a partir de um estudo de caso de um acidente
ampliado e muito conhecido na indústria de óleo e gás. Entretanto, a metodolo-
gia proposta pode ser aplicada em qualquer indústria para qualquer processo que
necessite de uma análise mais detalhada.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Esta metodologia requer a construção de bow ties com posterior seleção,
análise e incorporação das lições aprendidas presentes em relatórios de investiga-
ção de acidentes, portanto, os recursos necessários são tempo e pessoas.
Algumas empresas já possuem bow ties construídos, tornando o processo
mais rápido. O tempo e pessoas utilizados para replicar o processo na organi-
zação vai depender do número de relatórios de investigação disponíveis para
análise e do quanto se deseja aprofundar. Para isso, basta um planejamento que
equilibre os resultados desejados e a equipe disponível.
Esta é uma lição aprendida que tem baixa complexidade, mas requer pessoas
com algum conhecimento e experiência na área em que se deseja implementar
esta metodologia.
5. METODOLOGIA
De forma simplificada, os acidentes acontecem quando uma ameaça é ati-
vada e as (múltiplas) barreiras falham resultando em perdas. As barreiras po-
dem ter vulnerabilidades e são representadas pelos buracos do queijo, conforme
modelo acidental conhecido como Modelo do Queijo Suíço. Os furos nas fatias
representam fraquezas do sistema e variam continuamente em tamanho e posi-
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Ser capaz de identificar perigos é uma habilidade fundamental para a pre-
venção de perdas. Todos nós possuímos um instinto interno para identificar e
evitar situações perigosas, porém, essa habilidade pode falhar devido à nossa fal-
ta de experiência, que, por vezes, nos mostra que uma condição não representa
uma ameaça à nossa segurança. Um exemplo simples é pensar em quantas vezes
nos expomos a uma carga suspensa, como um ventilador de teto ou cabos ener-
gizados, sem mesmo questionar. Lidamos com essas situações sem incidentes
tantas vezes que nos tornamos tolerantes ao risco.
3. APLICAÇÃO
Para favorecer a retenção de novas informações e motivar a participação dos
trabalhadores no processo de reconhecimento de perigos, aperfeiçoando suas
habilidades nessa área, foi aplicado o conceito da “Roda de energias”, que elenca
10 fontes de energias que, se liberadas, têm o potencial de causar danos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A implementação desta lição aprendida é simples e de baixo custo. Aqui se-
rão apresentadas três formas de aplicação diferentes, no entanto, a técnica pode
ser ampliada e implementada de outras maneiras, a critério do profissional de
segurança.
Aplicação #1 – Melhorando o Reconhecimento de Perigos - Estratégia de
Capacitação visual
Os recursos necessários são:
• Sala de treinamentos com computador e projetor;
• Apresentação em PPT contendo conceitos definidos de cada uma das
energias;
• Adesivos da roda de energias para manuseio pelos empregados.
Aplicação #2 – Melhorando o Reconhecimento de Perigos - Estratégia de
integração com a APP – Análise Preliminar de Perigos
Os recursos necessários são:
• Equipe multidisciplinar para conhecimento das etapas da tarefa e elabo-
ração da Análise Preliminar de Perigos - APP;
• Computador para edição do arquivo;
• Imagens gráficas dos símbolos das energias.
Aplicação #3 – Identificação de máquinas e equipamentos
Os recursos necessários são:
• Adesivos com a roda de energias;
• Profissional para colar o adesivo nas máquinas
e/ou equipamentos.
5. METODOLOGIA
Para entender como a energia contribui para le-
sões, precisamos saber um pouco sobre os conceitos de
ENERGIA POTENCIAL
Energia associada ao “peso” (massa) de objetos, materiais, equipamentos
ou pessoas quando em queda.
Exemplos: Queda de pessoas do mesmo nível ou não, queda de materiais,
queda de ferramentas, queda de embalagens. Tropeções e escorregões. Desliza-
mento, desabamento, tombamento, desmoronamentos etc.
ENERGIA CINÉTICA
Energia associada ao movimento de veículos, pessoas, produtos nas tubu-
lações, mangotes, tanques, elevação de objetos etc.
Exemplos: velocidade de veículos, escoamento ou transferência de produ-
tos. Vento. Elevação ou içamento de cargas. Ergonomia: levantamento de obje-
tos, esforço repetitivo, flexão, agachamento etc.
ENERGIA ELÉTRICA
Energia associada à presença e fluxo de carga elétrica.
Exemplos: linhas de energia elétrica, transformadores, capacitores, eletri-
cidade estática, baterias, equipamentos energizados, raios, cabos elétricos apa-
rentes ou enterrados etc.
ENERGIA QUÍMICA
Energia presente em substâncias e produtos químicos que, por si mesma
ou por reação, pode apresentar potencial risco à saúde das pessoas, danos a
equipamentos e materiais e ao meio ambiente.
Exemplos: fumos, fumaça, poeira, vapores, gases, atmosfera pobre ou rica
em oxigênio, substância inflamável, carcinogênico, tóxica, corrosiva, irritante,
oxidante ou perigosa ao meio ambiente.
ENERGIA TÉRMICA
Energia associada ao estado térmico (calor ou frio) de um objeto, equipa-
mento, sistemas etc.
Exemplos: chamas abertas, câmaras frias, vapores, fontes de ignição, traba-
lho a quente, perfuração, soldagem, brasagem, rosqueamento, esmerilhamento,
jateamento, lixamento, corte etc.
ENERGIA RADIANTE
Energia emitida por elementos que se propaga em todas as direções a partir
de uma fonte
Exemplos: radiação ultravioleta, infravermelha, micro-ondas, raios sola-
res, laser, raios-x, arco elétrico, calor ocupacional, iluminamento excessivo ou
deficiente etc.
ENERGIA SONORA
Energia resultante da vibração de substâncias, objetos ou equipamentos
pelo ar propagada por meio de ondas.
Exemplos: ruído de equipamentos ou impactos, ruído proveniente do va-
zamento de fluidos tal como o ar comprimido, “ruído” na comunicação etc.
Levantamento de carga
Figura1: Capacitação dos trabalhadores na Roda de energias promovido em conjunto com a CIPA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Apresentar uma técnica para desenvolver uma rotulagem preventiva de um
conjunto de elementos por meio de informações escritas, impressas ou gráficas,
relativas a um produto químico. A rotulagem deve ser afixada, impressa ou ane-
xada à embalagem, conforme a NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA. O
produto classificado como substância perigosa deve ser comunicado com base
no Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produ-
tos Químicos - GHS, da Organização das Nações Unidas (GHS), em área de pro-
cesso.
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida é abrangente e pode ser implementada por todas as em-
presas de todos os segmentos do mercado que, de alguma forma, utiliza em seu
processo algum tipo de substância química, incluindo desde um frasco mínimo
até um grande armazenamento em tanques, e que se preocupa com a disponibi-
lização de informações corretas para os trabalhadores.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
• Custos de acordo com a região referente à confecção de uma placa/adesi-
vo com material compatível à substância a ser identificada;
• Acesso à internet para consulta;
• Ferramenta de tradução se necessário;
• Programas que permitem a criação e elaboração de layout de sinalização.
5. METODOLOGIA
A substância Óleo Diesel foi escolhida, pois, no decorrer do meu período
de atuação na área de segurança do trabalho, foi a substância utilizada nos meus
levantamentos de exposições ocupacionais.
No Brasil é muito comum pesquisar uma FISPQ desse produto e encontrar
informações divergentes, o que tornou o trabalho ainda mais interessante, pois
buscam-se alternativas viáveis para realizar a etiquetagem mais precisa.
Descrição: Aparece o indicativo abaixo da subs- Descrição: Resultado da busca de todas as infor-
tância buscada “LIST OF HITS”. mações necessárias de higiene ocupacional da
substância.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A empresa onde este case se desenrolou desenvolve as suas atividades desde a
década de 1970, no interior da Floresta Amazônica, sempre respeitando o homem
e a natureza por meio uma história repleta de sucessos ao decorrer dos anos.
Um dos principais valores da empresa é a segurança de seus empregados no
desenvolvimento de suas atividades e, diante dessa premissa, a empresa disponi-
biliza o que existe de mais avançado na prevenção de acidentes e de doenças ocu-
pacionais. Além dessa premissa de valorização da prevenção, existe a necessidade
de verificação periódica dos dispositivos de atendimento a emergências, os quais
são verificados através da execução de exercícios simulados de atendimento a
emergências.
3. APLICAÇÃO
Esta importante empresa no cenário da mineração brasileira possui um pla-
no de atendimento a emergências ora denominado PEI (Plano de Emergência
Individual), que leva essa nomenclatura por possuir características específicas de
atendimento a cada área (gerência) dentro da empresa.
Nesse PEI (Plano de Emergência Individual) estão listados os principais ce-
nários acidentais potenciais da empresa, em todas as fases do processo produtivo,
e, também, nas atividades de apoio, além de cenários específicos de atendimento
à comunidade. A empresa mantém uma vila operária composta por casas, alo-
jamentos e demais unidades de apoio, como centro comercial, escola, hospital,
centro ecumênico, bancos, delegacia etc.
A empresa, após a identificação desses cenários, estabeleceu um cronogra-
ma de realização de simulados, sendo que, para a priorização dos cenários, a
empresa considerou os seguintes parâmetros:
• Gravidade (PG 1, PG 2, PG 3, PG 4);
• Severidade (primeiros socorros, restrição, amputação, fatalidade);
• Tempo de exposição ao perigo;
• Frequência de exposição ao perigo (várias vezes ao dia, diariamente, se-
manalmente etc.);
• Número de pessoas expostas ao perigo;
• Relatos de quase acidentes relacionados às atividades listadas;
• Fatores históricos internos (ocorrências anteriores dentro da empresa);
• Fatores históricos externos (ocorrências anteriores fora da empresa).
A empresa, indo além do estabelecido pela NBR 14.276 – Programa de Bri-
gada, no seu item 4.4.3, indica a realização de um exercício simulado a cada 6
meses (2 exercícios simulados por ano) -, desenvolveu e aplicou 11 exercícios si-
mulados, contemplando os 11 cenários acidentais potenciais e classificados con-
forme priorização citada acima.
5. METODOLOGIA
A intensificação na realização dos exercícios simulados fez com que o nível
de prontidão dos empregados nas áreas operacionais aumentasse, facilitando um
envolvimento constante em todos os processos da empresa e, também, na co-
munidade. Esse nível de prontidão também fez diferença nas próprias equipes
da Brigada de Emergência, fazendo com que o tempo médio de atendimento às
emergências diminuísse de 19 minutos para 12 minutos.
A diminuição no tempo de resposta a emergências foi fruto de um plano
de ação que surgiu após análises críticas constantes, nas quais os profissionais
da área de segurança, após a identificação do tempo excessivo no atendimento,
executavam um estudo detalhado para indicar a mudança no posicionamento
das ambulâncias na região do porto e vila.
Sheila Rodrigues
Porto Alegre - RS
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Esta lição tem como objetivo estabelecer um diálogo estratégico entre a Co-
missão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) e o registro de
percepção de perigos e riscos ocupacionais. O intuito é que a CIPA possa atuar,
na teoria e na prática, em diálogo permanente com profissionais de Segurança
do Trabalho. Uma das principais estratégias é registrar a percepção dos trabalha-
dores, tendo como base a consolidação do inventário de riscos do seu ambiente
de trabalho, conforme o previsto na Norma Regulamentadora n° 1 - Disposições
Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
A CIPA tornou obrigatória a elaboração de Mapa de Riscos, tendo como
atribuição identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa com a
3. APLICAÇÃO
A aplicação abrange todas as organizações que possuem CIPA, independen-
te do porte e/ou ramo de atividade, uma vez que as ferramentas de gestão per-
mitem a interação do empregador com a base técnica, com a comissão e com os
trabalhadores.
A ferramenta pode ser um elemento de conexão de visualização de identifi-
cação e gerenciamento de riscos ocupacionais, gerando um aumento no engaja-
mento de todos nas questões de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Considerando que em um ambiente de trabalho nada acontece sem o movi-
mento de várias pessoas, os recursos necessários para a aplicação da ferramenta
incluem:
5. METODOLOGIA
A metodologia está organizada em oito etapas principais:
1ª Etapa: coleta de informações do inventário de riscos, de forma simplifi-
cada.
2ª Etapa: alimentação da ferramenta.
3ª Etapa: registro fotográfico de cada setor e inserção na ferramenta.
4ª Etapa: aplicar esta ferramenta impressa ou eletrônica, de forma interati-
va, para que cada trabalhador identifique suas vivências, percepções e conheci-
mentos sobre quais são os perigos e os riscos que se apresentam no seu ambiente
de trabalho.
No verso deve ser incluído:
- Ilustração conceitual, para facilitar a aprendizagem dos perigos e riscos,
visto que para muitos não é tão fácil tal interpretação;
- Identificação de potencial de gravidade. Esta deve ser aplicada conceitual-
mente com relação à possibilidade de ocorrência de um agravo à saúde. Isto sem
necessariamente descrever o agravo e sua probabilidade de ocorrência — tam-
bém para que este fosse definido de forma perceptiva. Deste modo, aplicou-se as
referências: P – Pequeno, M - Médio, G – Grande.
Em complemento, há um campo para registro de situações de risco e iden-
tificação de medidas de prevenção existentes, de forma hierárquica (coletiva, ad-
ministrativa e individual), para estimular o desenvolvimento desta cultura, aju-
dando e descontruindo o EPI como o primeiro recurso de proteção.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Transformar a cultura organizacional é um dos principais objetivos do setor
de QSMS de uma empresa. Os desafios são inúmeros e a resistência das pessoas é
um fato, seja da área de liderança ou operacional. Conseguir o envolvimento das
pessoas nas atividades diárias, com foco na prevenção e no resultado positivo, é
o principal impacto que buscamos.
Sabemos que nossa mão de obra atuante na indústria da construção é caren-
te de formação profissional adequada e que, infelizmente, resulta na falta de per-
cepção de riscos em suas atividades. Obter a excelência operacional nos diversos
segmentos da indústria da construção inclui a melhoria na formação profissional
e a busca por mecanismos que favoreçam a produção com qualidade e a realiza-
ção de boas entregas, sempre com segurança e respeito às legislações ambientais.
3. APLICAÇÃO
O Programa Fala Comigo pode ser aplicado em qualquer ambiente onde se
busque o constante desenvolvimento na percepção de riscos nas frentes de servi-
ços. Esses riscos englobam assuntos de segurança, qualidade, meio ambiente ou
saúde. A sua aplicação envolve a participação de todos os colaboradores envol-
vidos na cadeia produtiva da organização e desenvolve o senso de perspicácia,
resultando positivamente na evolução da postura e responsabilidade de todos na
organização.
Importante ressaltar que a sua aplicação poderá ser replicada em qualquer
ambiente corporativo, incluindo as áreas administrativas. A sua adaptação em lo-
cais diferentes do “chão de fábrica” ajuda no desenvolvimento da transformação
cultural em QSMS, incluindo níveis hierárquicos diferenciados na participação
do programa.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
– Confecção de formulário específico;
– Urnas para o depósito dos formulários após o preenchimento;
– Mão de obra técnica específica – QSMS (participação de profissionais de
todas as disciplinas: Segurança do Trabalho, Qualidade, Meio Ambiente
e Saúde);
– Confecção de material para a divulgação do programa (cartazes, banners,
informativos etc.);
– Compra de brinde para o vencedor do mês.
Todo registro aberto deverá ser resolvido e a sua solução deve ser entendida
como forma preventiva para que problemas da mesma natureza, que foram en-
contrados, não venham a se repetir no ambiente de trabalho.
6. RESULTADOS
A divulgação inicial do programa deve ser feita de maneira consistente para
que não haja dúvidas, resultando em sucesso no decorrer dos meses. Importante
pontuar a participação e o envolvimento da alta gestão, sendo o diferencial na
implantação de projetos referentes à QSMS. Toda a equipe de QSMS deverá assu-
mir a responsabilidade na implantação e na manutenção do programa de modo
a alcançar o objetivo proposto.
A aplicação do Programa Fala Comigo nas obras trouxe resultados interes-
santes para as rotinas diárias das atividades. Foi criado um processo de desen-
volvimento na percepção de risco em que todos os colaboradores participam e
criam uma nova maneira de trabalhar e perceber a importância de ter um am-
biente mais limpo, organizado e seguro para trabalhar.
Importante ressaltar a dificuldade na participação dos colaboradores no iní-
cio do programa. A grande maioria deles fica com receio em participar e sofrer
algum tipo de represália por parte da gestão da obra. O fato de identificar des-
vios no ambiente de trabalho causa insegurança. Com o passar dos meses, eles
verificam que, além de receber algum tipo de premiação, o ambiente de trabalho
melhora e a cultura de QSMS sofre, positivamente, evolução no dia a dia.
Vanderson Dias
Resende-RJ
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A gestão de trabalho em espaços confinados é uma área que requer aten-
ção especial, pois apresenta uma série de desafios e riscos significativos para os
trabalhadores envolvidos. Este é um trabalho altamente relevante, pois aborda
problemas e dificuldades comuns encontrados nesse ambiente, como:
• Riscos de asfixia, intoxicação ou explosão devido à presença de substân-
cias perigosas ou deficiência de oxigênio;
• Acesso limitado, que dificulta a movimentação e a execução das tarefas;
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida possui aplicabilidade universal, sendo passível de im-
plementação em qualquer empresa, independentemente de seu setor econômico,
porte, número de funcionários ou nível de risco, desde que possuam espaços
confinados.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A eficácia da gestão em qualquer área dentro de uma empresa é diretamen-
te dependente do envolvimento de todos os níveis hierárquicos da organização.
Portanto, para garantir a eficácia desta lição aprendida, é imprescindível contar
com a participação ativa da Alta Direção e dos setores de Engenharia, Produção
e Manutenção. A participação conjunta das partes interessadas é um recurso es-
sencial para o sucesso da implementação e adoção da lição aprendida.
Além disso, há outros recursos essenciais diretamente relacionados ao tra-
balho em espaço confinado que serão necessários. Estes incluem:
• Treinamentos específicos para vigias e entrantes, visando à conscientiza-
ção e capacitação desses profissionais sobre os procedimentos de seguran-
ça e as práticas adequadas para operações em espaços confinados;
6. RESULTADOS
A essência desta lição aprendida vai além dos itens e documentos normati-
vos, como a PET (Permissão de Entrada e Trabalho), a APR (Análise Preliminar
de Riscos), Exames Médicos e tantos outros que todos nós, responsáveis pela se-
gurança, já conhecemos. O objetivo é trazer à luz aspectos que, muitas vezes, pas-
sam despercebidos, geram dúvidas sobre como abordá-los ou são desconhecidos.
Espaços confinados, como a própria definição sugere, não são destinados à
ocupação humana e podem sofrer mudanças atmosféricas drásticas em questão
de minutos. Além disso, os riscos não se limitam aos perigos inerentes a qualquer
espaço confinado, pois cada um possui riscos associados específicos.
Essas estratégias foram implementadas em diversas indústrias pelas quais
passei e os resultados obtidos foram os melhores possíveis: zero acidentes em
espaços confinados.
Além disso, esta abordagem também foi reconhecida em algumas edições
do Prêmio Proteção Brasil, uma instituição que busca valorizar o esforço de or-
ganizações e profissionais na melhoria do ambiente de trabalho dos brasileiros.
É necessário um investimento significativo, conhecimento especializado e o
apoio da alta direção, entre outros desafios, para implementar esta lição apren-
dida. No entanto, os resultados serão colhidos de forma rápida e evidente. A
segurança aprimorada, a proteção dos trabalhadores e a redução de acidentes
compensarão amplamente os esforços e investimentos realizados.
585
Gestão de risco em SSMA através
da cadeia de suprimentos
Vanessa Vieira
Curitiba - PR
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A cadeia de suprimentos influencia o desempenho ambiental e de saúde e
segurança no trabalho (SST) das organizações, uma vez que o material ou servi-
ço oferecido pode gerar impactos ambientais, oferecer perigos de SST ou, ainda,
modificar os riscos associados a eles. Por exemplo, prestadores de serviço contra-
tados para atuar numa parada de manutenção podem gerar resíduos, consumir
água e energia, conduzir equipamentos diversos, realizar trabalho em altura etc.
No caso de locação de um equipamento, como um guindaste, há o consumo de
combustível, emissão de gases e fumaça preta, possibilidade de vazamentos, rup-
tura ou queda da estrutura de içamento.
3. APLICAÇÃO
Aplicável em qualquer tipo de organização que tenha interesse no aumento
da confiança da cadeia de suprimentos, gerenciamento de riscos ambientais e de
SST oferecidos por eles ou a eles, bem como proteção da sua reputação.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para o desenvolvimento e implementação desta lição aprendida, o principal
recurso necessário é o humano. A participação das diversas áreas da organização
que possam ter relação com o processo de aquisição é fator determinante para
5. METODOLOGIA
Para determinar uma sistemática mais efetiva de gestão da cadeia de supri-
mentos que possa contribuir com a gestão de riscos em SSMA, deve-se conside-
rar os passos abaixo:
1. Mapeie as 3. Identifique as
2. Determine o risco 4. Determine critérios
categorias de exigências legais
para cada categoria de seleção
fornecedores aplicáveis
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A Semana do Brigadista tem como objetivo capacitar e treinar os membros
da brigada de emergência, composta por voluntários que participaram em emer-
gências, como incêndios e outros acidentes. Durante a semana, são realizados
treinamentos teóricos e práticos sobre primeiros socorros, prevenção e combate
a incêndios, abandono de área, acionamento do Corpo de Bombeiros, entre ou-
tros.
Uma semana do brigadista é importante para garantir a segurança dos pa-
cientes, funcionários e visitantes do hospital em caso de emergência. Esta lição
aprendida corresponde à capacitação e treinamento dos membros da brigada de
3. APLICAÇÃO
A Semana do Brigadista no hospital Alvorada Moema pode ser replicada em
diversas organizações e equipes de trabalho que visam garantir a segurança de
seus colaboradores e clientes em caso de emergência.
Diversos segmentos de mercado, como indústrias, comércios, escolas, uni-
versidades, shoppings, aeroportos, estações de metrô, hospitais, clínicas, postos
de gasolina, químicas, entre outros, podem replicar esta lição aprendida.
A implementação da lição aprendida contribui para sanar a falta de prepara-
ção e capacitação dos membros da brigada de emergência, evitando emergências
mal gerenciadas e que podem colocar em risco a vida de colaboradores e pacien-
tes.
Esta lição aprendida também valoriza a importância da prevenção e com-
bate a incêndios, bem como a execução de salvamentos em caso de acidentes e
prestação de primeiros socorros.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para implementar a Semana do Brigadista, é necessário contar com recursos
materiais, humanos e financeiros. Alguns dos recursos necessários são:
• Recursos materiais: equipamentos de proteção individual (EPIs), extinto-
res de incêndio, sinalização de emergência, entre outros;
• Recursos humanos: membros da brigada de emergência, diretoria, coor-
denadores, entre outros;
• Recursos financeiros: investimento em treinamentos, aquisição de equi-
pamentos de segurança, manutenção dos equipamentos, entre outros.
5. METODOLOGIA
Com base nos resultados da semana do brigadista, a equipe de Segurança do
trabalho apresentou:
• Revisão do plano de prevenção e proteção de combate a incêndio do hos-
pital;
• Exercícios de simulação para testar as habilidades e o trabalho em equipe
dos brigadistas;
• Workshops sobre temas relevantes, como prevenção de incêndios, pri-
meiros socorros e comunicação;
• Cerimônia de reconhecimento das contribuições e conquistas dos briga-
distas.
6. RESULTADOS
A Semana do Brigadista resultou em diversos benefícios, como o reconhe-
cimento dos brigadistas, o treinamento de todos os colaboradores em prevenção
contra incêndio, a aproximação da Brigada com a Segurança do Trabalho, o au-
mento de novos colaboradores interessados em serem brigadistas e a divulgação
e apresentação do material para outros hospitais da rede.
A Brigada de Incêndio é uma organização interna composta por funcioná-
rios próprios, que são devidamente treinados e capacitados para prestar o auxílio
necessário aos colegas em casos de emergência, como situações de incêndio.
Todos os brigadistas estão capacitados para atuar na prevenção e no com-
bate direto aos incêndios, além de terem condições para prestar os primeiros
socorros em casos de emergência, avaliar os procedimentos e elaborar relatório.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A área de Segurança do Trabalho é de extrema importância para garantir a
saúde, bem-estar e integridade dos colaboradores de uma empresa. Para que essa
área funcione de maneira eficiente, é fundamental que os profissionais estejam
bem-preparados e atualizados em relação aos riscos e normas aplicáveis ao am-
biente de trabalho. No entanto, com o passar do tempo, é comum que os riscos e
procedimentos se tornem rotineiros para os colaboradores veteranos, o que pode
levar a uma acomodação em relação às questões de segurança.
Diante desse cenário, o programa “Fresh Eyes”, traduzido para o português
como “olhos frescos”, visa introduzir uma abordagem inovadora e benéfica para
3. APLICAÇÃO
A Auditoria “Fresh Eyes” pode ser aplicada como ferramenta prevencionista
em todos os processos/empresas que possua um corpo de profissionais da saúde
e segurança do trabalho. Então, esta lição aprendida pode ser aplicada em todo
tipo de negócio e/ou tamanho de empresas que possuam a necessidade de ter
seus processos auditados, com foco em prevenção de riscos ocupacionais.
Logo, pode ser aplicado em diversas empresas e organizações que possuam
uma área de Segurança do Trabalho estruturada e preocupada em promover a
melhoria contínua da segurança e bem-estar dos seus colaboradores. O campo
de aplicação desse programa abrange:
• Empresas de Diferentes Setores: o programa pode ser aplicado em em-
presas de diversos setores da economia, como indústria, construção civil,
saúde, educação, serviços, entre outros. Independentemente do ramo de
atividade, a segurança do trabalho é fundamental para garantir um am-
biente saudável e seguro para os colaboradores.
• Empresas de Porte Variado: seja uma pequena empresa com um número
limitado de colaboradores ou uma grande organização com uma força de
trabalho extensa, o programa “Fresh Eyes” pode ser adaptado para aten-
der às necessidades específicas de cada organização.
• Empresas com Fluxo de Contratação Contínuo: Empresas que constante-
mente recebem novos profissionais, seja devido à expansão dos negócios,
rotatividade natural ou contratações sazonais, podem se beneficiar espe-
cialmente desse programa. Os novos colaboradores aplicarão as audito-
rias ao ingressarem na empresa, contribuindo para aprimorar a segurança
desde o início de sua trajetória na organização.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a boa aplicação do programa “Fresh Eyes” e potencialização dos resul-
tados, é necessário contar com alguns recursos materiais e métodos específicos,
além de atender a requisitos mínimos, como o novo colaborador possuir o curso
de auditor interno, a empresa ter segurança psicológica e estrutura de auditoria
interna. Abaixo estão os recursos e requisitos mínimos necessários:
5. METODOLOGIA
O passo a passo para aplicação do programa “Fresh Eyes”, com base na ISO
19011, que é a norma internacional para auditoria dos sistemas de gestão, pode
ser dividido em três fases: pré-auditoria, durante a auditoria e pós-auditoria.
Abaixo estão designados os passos para cada fase:
6. RESULTADOS
A aplicação adequada do programa de auditoria “Fresh Eyes” na área de
segurança do trabalho pode trazer resultados significativos para a empresa, tanto
em termos de aprimoramento da segurança como no fortalecimento do senti-
mento de pertencimento do novo colaborador. Com foco em uma abordagem
imparcial e no conceito “be your self”, é possível promover uma cultura de segu-
rança mais robusta e uma atmosfera de trabalho mais acolhedora e colaborativa.
Um dos resultados esperados ao implementar o programa “Fresh Eyes” é a
sensação de pertencimento do novo colaborador à empresa. Ao participar ativa-
mente de uma auditoria desde a sua chegada, o profissional se sentirá valorizado
e parte essencial da equipe, entendendo que suas contribuições são importantes
para a segurança e o bem-estar de todos os colaboradores. Isso pode levar a uma
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Garantir a integridade física e psicológica dos trabalhadores é uma priori-
dade essencial para as empresas. Os acidentes de trabalho têm um impacto sig-
nificativo, pois compromete a criação de um ambiente de trabalho acolhedor, no
qual a segurança dos colaboradores seja fundamental, isto é, um dos pilares da
pirâmide de necessidades de Maslow.
No contexto do varejo alimentar, enfrentar desafios relacionados às condi-
ções inseguras no ambiente de trabalho e ações inseguras por parte dos funcio-
nários é crucial. Além disso, é fundamental fornecer instruções, treinamentos
3. APLICAÇÃO
A aplicação do programa “Farol de Segurança” é especialmente relevante no
contexto do segmento de varejo alimentar, mais especificamente em supermer-
cados que possuem múltiplas unidades dentro da mesma organização. Esse pro-
cesso de gestão é conduzido pela equipe de Segurança do Trabalho da instituição,
que desempenha um papel fundamental na implementação e acompanhamento
do programa em todas as unidades.
Essa abordagem permite uma padronização eficiente das práticas de se-
gurança em todas as unidades, garantindo que todos os colaboradores estejam
sujeitos aos mesmos procedimentos e diretrizes de segurança. A equipe de Se-
gurança do Trabalho desempenha um papel essencial ao liderar e coordenar o
programa, garantindo sua efetividade e cumprimento das normas e regulamen-
tos pertinentes.
Ao envolver a equipe de Segurança do Trabalho, que possui expertise e co-
nhecimento específico na área, a aplicação do programa “Farol de Segurança”
no varejo alimentar se torna uma iniciativa sólida e bem direcionada. Dessa for-
ma, é possível monitorar de perto o progresso, implementar medidas corretivas
quando necessário e promover uma cultura de segurança consistente em todas
as unidades.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a implantação bem-sucedida do programa “Farol de Segurança” no va-
rejo alimentar, são necessários recursos adequados. Entre os principais recursos
a serem considerados estão:
5. METODOLOGIA
A metodologia proposta para a implementação do Programa Farol de Segu-
rança é dividida em etapas. Abaixo segue a explicação para cada uma delas:
a) Etapa inicial: Diagnóstico do cenário. Nesta etapa, a equipe técnica de
segurança realiza um diagnóstico inicial para verificar o cumprimen-
to das normas e leis de Saúde e Segurança do Trabalho. É importante
identificar quais Normas Regulamentadoras (NRs) se aplicam à empre-
sa. Com base nesse diagnóstico, é criado um Plano de Ação para atua-
lizar, implantar, descartar ou manter as questões identificadas. Antes de
definir as datas de realização das ações, é recomendado utilizar a matriz
5W2H e o método GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) para ava-
liar estrategicamente as prioridades, tendo como base a gravidade dos
impactos na saúde e segurança dos trabalhadores;
b) Realização do Plano 5W2H/GUT. Após identificar as ações necessárias,
as datas devem ser acordadas com as áreas envolvidas, considerando
as restrições orçamentárias e a validação do cronograma pelas áreas
correlatas, como Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO) e
Operações. É essencial realizar uma comunicação clara e objetiva, enfa-
tizando o motivo pelo qual as mudanças são necessárias e considerando
as diferentes culturas de segurança em cada ambiente de trabalho;
c) Criação do formulário de checagem. Com base no diagnóstico realiza-
do, são criados os itens a serem verificados no formulário de checagem.
No contexto de uma empresa varejista de alimentos, as NRs de maior
relevância são mencionadas, como NR 05 (CIPA), NR 06 (EPI), NR 10
(eletricidade), NR 12 (máquinas e equipamentos), NR 15 (insalubrida-
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A baixa visibilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e As-
sédio (CIPA) nas empresas é um problema que afeta a segurança e a sustentabi-
lidade dos negócios. A CIPA é um órgão formado por representantes dos traba-
lhadores e dos empregadores, que tem como objetivo identificar, avaliar e propor
medidas de prevenção e controle dos riscos no ambiente de trabalho, além de
contribuir para a melhoria das condições de saúde, bem-estar e qualidade de vida
dos trabalhadores.
No entanto, muitas empresas ainda não reconhecem a importância da CIPA
e não oferecem o apoio e os recursos necessários para o seu funcionamento
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida é aplicável a todas as empresas que possuem CIPA
constituída, de acordo com a NR 5, de todas as áreas e segmentos e que estejam
em busca de melhores práticas para a gestão de suas Comissões Internas de Pre-
venção de Acidentes e de Assédio.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
O jornal poderá ser divulgado em via digital ou impressa, sendo esta segun-
da opção necessária a impressão das cópias do jornal em papel A4, frente e verso
e colorido. Também poderá ser disponibilizado em quadros de gestão à vista,
para consulta de todos os empregados a qualquer momento.
5. METODOLOGIA
Para a implementação do jornal da CIPA, precisamos considerar os pontos
descritos abaixo:
a) Definir o público-alvo
É importante definir quem são os destinatários do jornal e qual é a finali-
dade dele. A ideia é alcançar todos os funcionários da empresa e não somente os
membros da CIPA. Quer informar sobre as atividades da comissão, educar sobre
os direitos e deveres dos trabalhadores, sensibilizar sobre a importância da pre-
venção de acidentes e do combate ao assédio, ou tudo isso junto?
Ao definir o público-alvo e o objetivo do jornal, poderá adequar a lingua-
gem, o formato, o conteúdo e o tom do texto às necessidades e expectativas dos
leitores.
b) Escolher os temas e as fontes de informação
6. RESULTADOS
Os ganhos com esta boa prática são extremamente significativos e vão des-
de o sentimento de pertencimento e empoderamento dos próprios membros da
CIPA até à visibilidade de todos os empregados em relação ao trabalho realiza-
do pela Comissão. Outrossim, destaca-se a melhoria dos indicadores de saúde
e segurança da empresa, tais como: o número de acidentes, de afastamentos, de
denúncias de assédio, dentre outras. Essa é a garantia de que o jornal estará cum-
prindo o seu objetivo dentro da empresa.
Emerson Franco
Erick Santos
Helda Oliveira
Luciana Camperlingo
Nonato Raimundo Oliveira Soares
Paulo de Souza Montenegro
Apropriação e tratamento de desvios
ocupacionais em tempo real: uma estratégia para a
redução de acidentes
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A subnotificação de acidentes entre trabalhadores do mercado formal
é apenas um aspecto da dificuldade em se obter informações válidas sobre os
acidentes do trabalho no Brasil. Soma-se a ele o total desconhecimento sobre o
que acontece no setor informal da economia brasileira, sobre o qual não existe
nenhum sistema de informação, em particular porque esse setor abrange, atual-
mente, cerca de 60% da população brasileira economicamente ativa (PEA). O
Poder Público, em seus diferentes níveis, tem como uma de suas atribuições o
controle dos acidentes do trabalho e a preservação e promoção da saúde da po-
pulação trabalhadora. A formulação de políticas públicas para o enfrentamento
3. APLICAÇÃO
Este projeto de melhoria foi aplicado na indústria de produção de petróleo e
energia, no segmento de geração de energia elétrica, através de usinas termelétri-
cas e exploração por meio de plataformas de petróleo offshore.
Esta lição aprendida com a implantação da ferramenta pode ser replicada
em todos os segmentos industriais, nas empresas que têm em seu escopo a ope-
ração e manutenção de plantas de processo. O público-alvo são os gestores e
profissionais de segurança do trabalho das referidas plantas.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Com relação aos recursos necessários para a execução do projeto, podemos
dividi-los em 2 grupos:
Recursos humanos – faz-se necessária a participação de uma equipe multi-
disciplinar, a qual tenha conhecimento no desenvolvimento da lista de verificação
para padronização de rotinas, e que inclua profissionais da área de informática
5. METODOLOGIA
O processo que envolve a verificação da qualidade dos serviços a serem
liberados nas instalações industriais ou subsídios ao FPOID (Ferramenta Pre-
ventiva e Orientada para Identificação de Desvios) consiste numa metodologia
para auxiliar o Técnico de Segurança nas suas rotinas de inspeção e liberação
das intervenções de manutenção ou engenharia nas áreas industriais. Visa a uma
padronização e à mitigação de falhas pela não observação de pontos relevantes
nesse procedimento de liberação, o qual, muitas vezes, é realizado apenas consi-
derando o feeling e a experiência dos profissionais associados.
A metodologia consiste na resposta “Conforme” para os itens considerados
adequados e “Não Conforme” para os itens que requerem correção (que devem
ser realizadas imediatamente para a continuidade dos serviços). No entanto, para
fins de estatísticas, os itens a serem corrigidos são pontuados para apuração do
desvio. Além disso, um novo checklist corrigido não deverá ser preenchido e
nem lançado no sistema, deixando registradas apenas as correções no campo de
observações.
Essa metodologia foi aplicada em todos os processos de liberação de inter-
venções, a saber: ordens de manutenção de infraestrutura, permissões de tra-
balhos rotineiros, permissões de trabalho de longo prazo (PTT), permissões de
trabalhos com escopo finito e direcionado (PT) e Áreas Liberadas. Para os casos
de PT e PTT deverá obrigatoriamente ser realizada uma vez por dia. As demais
ferramentas tiveram sua aplicação por oportunidade e sem uma frequência mí-
nima estabelecida.
O preenchimento ocorre apenas uma vez por dia para o mesmo instrumen-
to de liberação. Durante o dia, quando houver mais de uma inspeção, as demais
deverão ser registradas pelas outras ferramentas específicas (exemplo: inspeções
gerais, auditorias voltadas ao comportamento e rondas operacionais) ou, sim-
plesmente, tratadas como rotinas. Um alerta precisa ser dado: no caso de dú-
vidas acerca da aplicação de um questionamento, a equipe não deve hesitar em
compartilhar o alinhamento técnico aos colegas executantes ou à sua liderança
imediata.
O checklist foi aplicado em um formulário eletrônico da Microsoft Forms®,
no qual estão disponibilizados o link e o QRcode para acesso pelos profissionais
6. RESULTADOS
Os resultados aqui apresentados consistem em dois casos monitorados com
a referida ferramenta. No primeiro, tem-se uma unidade na qual não se tinha
ocorrência de acidentes nos últimos nove anos. Nesse caso, a ferramenta con-
tribuiu significativamente para a manutenção e reforço da cultura de segurança,
como pode ser avaliado pelo gráfico a seguir, com a redução dos níveis de desvios
ocupacionais:
REFERÊNCIAS
CO-AUTORES
Erimarcyo de Melo Barbosa
Matheus Souza Gurgel de Medeiros
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Nosso cotidiano é recheado de situações perigosas que, a depender das con-
dições, podem ocasionar eventos acidentais, com consequências que tragam im-
pactos à saúde e segurança dos seres humanos, danos ao meio ambiente, perda
material, dentre outros. Nas plantas de processo também há a ocorrência dessas
situações perigosas, sobretudo com o agravante de serem manipulados diversos
produtos perigosos, além das operações em condições extremas de pressão, tem-
peratura e demais parâmetros.
A abordagem de segurança de processos baseada em riscos (RBPS), estabe-
lecida pelo Center for Chemical Process Safety (CCPS), reconhece que nem to-
3. APLICAÇÃO
Este projeto de melhoria foi aplicado na indústria de energia, no segmento
de geração de energia elétrica através de usinas termelétricas. Esta lição aprendi-
da com a implantação do jogo pode ser replicada em todos os segmentos indus-
triais, nas empresas que têm em seu escopo a operação e manutenção de plantas
de processo.
O público-alvo para utilização do jogo inclui os operadores e mantenedores
das referidas plantas.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Com relação aos recursos necessários para a execução do projeto, podemos
dividi-los em dois grupos:
• Recursos humanos – no âmbito dos recursos humanos, é necessária a
participação de uma equipe multidisciplinar que tenha conhecimentos
sobre processo, operação, manutenção, segurança de processos, contin-
gência, desenvolvimento de software, elaboração de material gráfico.
5. METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a inserção da estratégia de gamificação no
aprendizado da segurança de processos pode ser dividida, para melhor entendi-
mento, em 7 etapas, que estão descritas nos tópicos a seguir:
Foi também neste ponto que houve a definição da plataforma na qual o jogo
seria hospedado. A plataforma escolhida disponibilizou uma lista com descritivo
dos minijogos disponíveis para inclusão na jornada.
Tela inicial do jogo, contendo a divisão dos módulos. Fonte: Autores (2022).
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo do presente estudo de caso é apresentar o uso da ferramenta de
mentoria feminina para o desenvolvimento da carreira em segurança de proces-
sos, promovendo um ambiente colaborativo, propício à evolução das estudantes
de Engenharia interessadas em aprimorar seu conhecimento na segurança de
processos.
3. APLICAÇÃO
O programa de mentoria mencionado neste estudo de caso foi idealizado
pela SPE (Society of Petroleum Engineer) Bahia Sergipe Section e o Comitê de
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para este estudo de caso foram formadas 18 duplas de mentoradas e mento-
ras. O programa tinha caráter voluntário e não remunerado. Em uma das duplas,
a mentorada e mentoras tinham interesse no tema segurança de processo.
A segurança de processo é o ramo que atua no entendimento dos perigos/
riscos de processo que podem ocasionar acidentes maiores. Envolve vazamento
de materiais potencialmente perigosos, incêndios e explosões, ou ambos. Inci-
dentes e acidentes envolvendo segurança de processo podem ter efeitos catas-
tróficos e podem resultar em múltiplas fatalidades e feridos, assim como danos
substanciais à economia, à propriedade e ao meio ambiente. (CCPS, 2014).
As reuniões ocorreram na opção online e os recursos necessários foram:
plataforma virtual para comunicação e colaboração, com interação por bate-pa-
po, armazenamento de arquivos (incluindo colaboração em arquivos), acesso à
internet e computador/tablet ou smartphone.
Para replicação da lição aprendida, pode haver diferente número de duplas e
as reuniões mentora/mentorada podem ocorrer também no formato presencial.
5. METODOLOGIA
As sessões ocorreram no modelo on-line, em oito sessões de 1 a 2 horas, di-
vididas ao longo de 4 meses do programa de mentoria, além de uma reunião de
boas-vindas e outra de fechamento com todas as duplas da mentoria.
As oito sessões foram divididas da seguinte forma:
1. Conversa – primeiro mês
2. Conversas – segundo mês
3. Conversas – terceiro mês
4. Conversas – quarto mês
6. RESULTADOS
Os temas afeitos à disciplina de segurança de processo vêm sendo pouco
abordados em muitas graduações de Engenharia Química e, em sua maioria, em
cadeiras eletivas.
Este estudo de caso demonstrou que a mentoria feminina pode ser uma fer-
ramenta eficiente para a preparação de profissionais ainda em graduação e que
desejam se capacitar e conhecer as necessidades do mercado de trabalho em se-
gurança de processo.
A mentoria auxiliou a vida da mentorada, ajudando no seu desenvolvimen-
to profissional, abrindo seus olhos sobre a importância do networking dentro da
carreira, aprimoramento skills importantes sobre autoconhecimento e criando
metas para atingir a maestria em ferramentas que todo graduando de Engenharia
deve ter. Além disso, a mentoria auxiliou a mentorada no conhecimento mais
aprofundado sobre a área de segurança de processos e na elaboração de planos
de carreira para a área.
Daniel Ferri
São Paulo - SP
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
A transformação digital das companhias está frequentemente associada à
tecnologia. Neste artigo, iremos focar nesse aspecto (outros pontos são igual-
mente importantes, como a gestão da mudança, a importância do fator humano,
mas estes serão discutidos mais adiante). Portanto, a questão principal aqui é:
como as novas tecnologias estão impactando o trabalho diário de QHSE (quali-
dade, saúde, segurança e meio ambiente)?
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A partir do uso de tecnologias emergentes como IoT (industrial Internet of
things), Analytics, modelos de aprendizado de máquina (machine learning),
realidade aumentada e digital twins, a digitalização tem impactos positivos em
qualquer área ou processo industrial. Também consideramos como recursos a
IA (inteligência artificial), que promove o reconhecimento facial por câmeras, e,
também, os drones.
5. METODOLOGIA
Vamos pegar o exemplo de uma companhia e chamar esse exemplo de “pro-
cesso”: um grupo industrial de cerca de 2.000 colaboradores espalhados por vá-
rios sites.
Para manter a liderança de mercado e aumentar seu desempenho, seu gestor
optou por colocar a digitalização no centro de sua estratégia.
“DF”, gestor de QHSE, aproveitou para fazer a inovação acontecer em seu
sistema de gestão. Ele optou por uma solução SaaS global dedicada (acessível
online). “DF” vê essa solução como uma grande oportunidade para ganhar agi-
lidade e desempenho.
Para ele, isso permitirá substituir uma infinidade de ferramentas usadas por
“JK” e “SM”, respectivamente, líder de qualidade e líder de HSE, evitando a pro-
cura pelo já ocupado serviço de TI.
“JK” lidera a área de Qualidade da companhia. Ele havia instalado o geren-
ciamento de documentos em servidores compartilhados há alguns anos, então, o
departamento de TI desenvolveu uma intranet para a área de qualidade.
Realmente, não evoluiu. Quando “JK” lhe contou sobre a modernização de
suas ferramentas, ele percebeu imediatamente as vantagens que a gestão de do-
cumentos online poderia trazer ao organizar as etapas de validação via workflow,
tendo um histórico de navegação.
Ele também implementou um aplicativo simples para que cada área/unida-
de local relatasse uma não conformidade sem mais formulários de papel.
Em sua vida diária, “JK” gosta de conduzir suas auditorias de fornecedor
em um tablet. Seus relatórios são automatizados e alimentados por fotos tiradas
diretamente no local, as quais ele pode enviar diretamente aos seus interlocutores
com a mesma facilidade.
6. RESULTADOS
Esta inovação em QHSE está relacionada com as possibilidades de soluções
para problemas rotineiros, monitorando, de forma eficaz, alguns aspectos do dia/
dia:
• Ferramenta de Suporte para tomada de decisões;
• Monitoramento de toda planta;
• Aumento do gerenciamento e controle de riscos in loco;
• Aumento do nível de gestão em QHSE;
• Diminuição de riscos e prejuízos advindos de não conformidades;
• Mitigação da probabilidade de ocorrências de acidentes.
Uma maneira efetiva e eficaz é estabelecer rotinas de avaliações e controlar
níveis de exposição de colaborador aos riscos ocupacionais, reduzindo-se as pro-
babilidades de danos e custos relacionados a tais.
Ao inserirmos esta tecnologia no ambiente laboral, aconselha-se um princí-
pio de precaução, pois, muitas vezes, a novidade tecnológica não irá prever todos
os riscos que o local está exposto. Por isso, sugere-se a adoção de uma abordagem
centrada no ser humano, informando cuidadosamente todas as tarefas na con-
cepção, integração, utilização e avaliação do sistema a ser utilizado.
O “aprendizado de máquina” explora uma construção de algoritmo que,
com seus erros ao longo do processo, aprende a fazer previsões sobre as situa-
ções de rotina nas quais os colaboradores estejam expostos. Isso permite que o
profissional de QHSE tenha uma tomada de decisão mais assertiva e com maior
probabilidade de sucesso.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O presente case tem como objetivo apresentar um estudo sobre como a ado-
ção das práticas ESG (Environmental, Social and Governance) vem proporcio-
nando benefícios para o mundo corporativo, meio ambiente e, consequentemen-
te, para a sociedade. Através deste artigo, serão demonstrados exemplos práticos
e lições aprendidas com a implantação de ações que podem impactar as organi-
zações e todos os stakeholders.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A implantação de ações ESG (Environmental, Social and Governance) pode
exigir uma variedade de recursos, tanto financeiros quanto humanos.
É importante lembrar que os recursos necessários podem variar de acordo
com o tamanho da empresa, o setor de atuação e a complexidade das iniciativas
ESG implementadas. O investimento inicial pode ser significativo, mas os bene-
fícios em longo prazo, como melhor desempenho financeiro, reputação aprimo-
rada e maior resiliência aos riscos, podem justificar esses recursos.
5. METODOLOGIA
O conceito de ESG, que significa Environmental, Social and Governance,
surgiu globalmente nos anos 2000 como uma abordagem integrada para o de-
senvolvimento sustentável. Trata-se de um conjunto de práticas que as empresas
precisam seguir para atuar de modo sustentável, com preocupação aos aspectos
sociais e com uma política interna voltada à responsabilidade corporativa.
No Brasil, a adoção do conceito foi impulsionada pela pressão de investido-
res internacionais que começaram a valorizar cada vez mais empresas que valori-
zam a responsabilidade socioambiental. O primeiro relatório de sustentabilidade
publicado no Brasil foi produzido pela Petrobras, em 2002, e, a partir daí, outras
empresas começaram a adotar as práticas ESG.
O conceito ESG vem se tornando uma tendência no mundo corporativo.
Para entender melhor, é preciso conhecer seus três pilares: Environmental, Social
e Governance.
• Environmental (Ambiente):
O pilar ambiental (E de ESG) refere-se às considerações e práticas relaciona-
das ao meio ambiente, dentro das estratégias e operações de uma empresa.
adequados.
Programas de recompra: Os consumidores podem devolver produtos usados em troca de um desconto
na compra de um novo produto. Esses produtos usados são então reparados, recondicionados e revendidos.
Descarte adequado de resíduos perigosos: Implementar processos de logística reversa para garantir o
descarte adequado desses resíduos, seguindo regulamentações ambientais e de segurança.
Logística de retorno de produtos: Estabelecer processos de logística reversa para o retorno de produtos
defeituosos, vencidos ou em excesso. Isso inclui a coleta, triagem e encaminhamento apropriado desses
produtos.
Programas de doação: Estabelecer parcerias com organizações sem fins lucrativos para doar produtos
excedentes ou produtos que não atendem mais às suas necessidades.
Práticas de energia limpa referem-se às medidas adotadas por empresas para reduzir o uso
de combustíveis fósseis e minimizar as emissões de gases de efeito estufa, buscando fontes de
energia mais sustentáveis e renováveis. Exemplos:
Eficiência energética: Implementar medidas para reduzir o consumo de energia, otimizando o uso de
equipamentos, melhorando a eficiência dos processos industriais, atualizando sistemas de iluminação para
tecnologias mais eficientes, instalando isolamento térmico adequado em edifícios, entre outras ações.
Programas de conservação de energia: Estabelecer programas internos de conscientização e treina-
mento para seus funcionários, incentivando o uso responsável de energia, desligamento de equipamentos
Energia Limpa:
quando não estão em uso, ajuste de temperaturas em ambientes internos, entre outras práticas.
Transporte sustentável: Adotar medidas para reduzir as emissões de carbono em suas frotas de veículos.
Isso inclui a introdução de veículos elétricos ou híbridos em suas frotas, o incentivo ao uso de transporte
público ou compartilhado para funcionários e a criação de infraestrutura de carregamento para veículos
elétricos em suas instalações.
Compensação de emissões de carbono: Investir em projetos de compensação de carbono, como reflo-
restamento, conservação de florestas, projetos de energia renovável ou captura e armazenamento de carbo-
no. Isso ajuda a neutralizar as emissões de gases de efeito estufa geradas por suas operações.
Análise do ciclo de vida dos produtos: Realizar análises do ciclo de vida de seus produtos, desde a
extração de matérias-primas até o descarte, para identificar oportunidades de redução de impacto ambien-
tal e de energia. Isso envolve a consideração de fatores como eficiência de produção, seleção de materiais,
embalagens sustentáveis e métodos de descarte adequados.
Otimização da cadeia de suprimentos: Rever a cadeia de suprimentos para identificar áreas onde é
possível reduzir o consumo de recursos, como a utilização de materiais reciclados ou sustentáveis, a mini-
mização de embalagens desnecessárias, a consolidação de remessas para reduzir viagens de transporte e a
seleção de fornecedores com práticas sustentáveis.
Educação e conscientização: Promover programas de conscientização e treinamento para os funcioná-
rios, incentivando práticas de consumo responsável, economia de recursos, separação correta de resíduos,
uso eficiente de energia e água, entre outros aspectos. Isso cria uma cultura de sustentabilidade dentro da
empresa.
As empresas devem realizar uma análise completa da cadeia de suprimentos para identificar possíveis pon-
tos de conexão com o desmatamento ilegal. Isso envolve mapear e monitorar a origem dos produtos, desde
as matérias-primas até o produto final. As empresas devem garantir que seus fornecedores estejam em
conformidade com as leis e regulamentações ambientais e que não estejam envolvidos em atividades de
desmatamento ilegal.
Políticas e diretrizes claras: As empresas devem desenvolver e implementar políticas e diretrizes claras
Combate ao Desmatamento
em relação ao desmatamento ilegal. Essas políticas devem estabelecer um compromisso com a não partici-
pação ou apoio ao desmatamento ilegal e deixar claro que a empresa espera o mesmo de seus fornecedores.
As diretrizes também devem definir os critérios de sustentabilidade que os fornecedores devem cumprir.
Auditorias e certificações: As empresas podem conduzir auditorias regulares em sua cadeia de supri-
mentos para verificar a conformidade com as políticas estabelecidas.
Parcerias e colaborações: As empresas podem colaborar com organizações não governamentais, gover-
nos locais e outras partes interessadas para combater o desmatamento ilegal. Através de parcerias, é pos-
sível compartilhar informações, desenvolver melhores práticas e colaborar em iniciativas de conservação
florestal.
No âmbito do pilar social, as empresas são avaliadas em aspectos como direitos humanos, condições de
trabalho, saúde e segurança dos funcionários, diversidade e inclusão, desenvolvimento comunitário,
relações com clientes, ética nos negócios e impacto social positivo.
a diversidade e inclusão em seu local de trabalho. Isso inclui a criação de programas de recrutamento e
seleção que busquem diversidade, estabelecimento de metas de representatividade, promoção de igualdade
salarial, desenvolvimento de treinamentos e workshops sobre diversidade e inclusão, e a criação de grupos
de afinidade para apoiar funcionários pertencentes a grupos minoritários.
Promoção de igualdade de oportunidades: Adotar medidas para garantir igualdade de oportunidades
para todos os funcionários, independentemente de sua origem étnica, gênero, orientação sexual, idade ou
deficiência.
Respeito aos direitos humanos na cadeia de suprimentos: Garantir que os negócios estejam em
conformidade com os direitos humanos em toda a sua cadeia de suprimentos. Isso envolve a avaliação dos
fornecedores em relação às condições de trabalho, salários justos, proibição do trabalho infantil e do traba-
lho forçado, entre outros aspectos.
Transparência e divulgação de informações: As empresas devem ser transparentes em relação às suas
práticas e desempenho em diversidade, inclusão e respeito aos direitos humanos. Isso inclui a publicação de
relatórios de sustentabilidade que abordem essas questões, a divulgação de políticas e diretrizes relaciona-
das e a comunicação clara com funcionários, clientes e partes interessadas sobre as ações que estão sendo
tomadas.
Combater o assédio no ambiente corporativo é fundamental para garantir um ambiente de
trabalho seguro, saudável e respeitoso para todos os funcionários:
Políticas claras: Criar políticas claras e abrangentes que proíbam o assédio no local de trabalho. Essas
políticas devem definir o que é considerado assédio, explicar as consequências para quem comete assédio e
estabelecer um canal de denúncia confidencial.
Treinamentos regulares: Conscientizar os funcionários sobre o assédio e suas formas, além de destacar
a importância do respeito, diversidade e inclusão. Esses treinamentos devem ajudar os funcionários a reco-
nhecerem o assédio, a saberem como denunciar e a entenderem as consequências.
Canal de denúncia confidencial: Estabelecer um canal de denúncia confidencial e acessível, onde os
Combate ao Assédio
funcionários possam relatar incidentes de assédio sem medo de retaliação. É importante que as denúncias
sejam tratadas de forma justa e que as medidas apropriadas sejam tomadas para investigar e resolver os
casos.
Investigação e ação rápida: Realizar uma investigação imparcial e confidencial. Caso seja constatada a
ocorrência de assédio, a empresa deve tomar medidas disciplinares adequadas dependendo da gravidade
do caso.
Apoio às vítimas: Garantir que as vítimas de assédio recebam o apoio necessário. Isso pode incluir o
fornecimento de recursos de aconselhamento, encaminhamento para serviços de apoio externos, como li-
nhas diretas de apoio, e a implementação de medidas para proteger a privacidade e o bem-estar das vítimas
durante o processo de investigação.
Cultura de respeito e inclusão: Promover uma cultura de respeito e inclusão é essencial para prevenir
o assédio.
Monitoramento e revisão contínua: As empresas devem monitorar regularmente o ambiente de traba-
lho para identificar possíveis problemas de assédio e fazer ajustes necessários em suas políticas e práticas.
Isso pode ser feito por meio de pesquisas de clima organizacional, revisão de dados de denúncias e feedback
dos funcionários.
demonstração de resultados e fluxo de caixa, que devem ser auditados por uma empresa de auditoria inde-
pendente.
Governança corporativa: Implementar boas práticas de governança corporativa, incluindo a criação de
comitês de auditoria independentes e a adoção de políticas de conflito de interesse.
Auditoria independente: Realizar auditorias independentes regulares das demonstrações financeiras por
empresas de auditoria externas e reconhecidas. Isso aumenta a confiabilidade dos relatórios financeiros e
ajuda a identificar e corrigir possíveis irregularidades.
Acesso à informação para os stakeholders: Fornecer informações financeiras e contábeis relevantes para
os stakeholders, como acionistas, investidores, clientes, fornecedores e funcionários. Isso pode incluir a cria-
ção de um portal online com acesso a relatórios financeiros, apresentações públicas ou reuniões de acionistas
para esclarecer dúvidas e fornecer informações adicionais.
Comunicação transparente: Promover uma comunicação transparente sobre a situação financeira da em-
presa, incluindo discussões claras sobre resultados financeiros, riscos identificados e planos futuros.
A gestão de riscos é um processo contínuo que ajuda as empresas a identificar, avaliar e mitigar
os riscos que podem afetar seus objetivos:
Identificação de riscos: O primeiro passo é identificar os riscos que a empresa enfrenta. Isso pode ser feito
através de análise de documentos internos, entrevistas com funcionários-chave, revisão de dados históricos
e consulta a especialistas externos. Os riscos podem ser divididos em categorias, como riscos operacionais,
financeiros, legais, estratégicos, de reputação, entre outros.
Avaliação de riscos: Uma vez identificados, os riscos devem ser avaliados para determinar sua probabili-
Gestão de Riscos
dade de ocorrência e impacto. Isso pode ser feito através de técnicas como análise qualitativa (por exemplo,
usando escalas de classificação), análise quantitativa (usando dados e estatísticas) ou uma combinação de
ambas. A avaliação ajuda a priorizar os riscos mais significativos e identificar aqueles que requerem ações
imediatas.
Mitigação de riscos: Com base na avaliação, medidas de mitigação devem ser desenvolvidas para reduzir a
probabilidade de ocorrência ou minimizar o impacto dos riscos identificados.
Monitoramento contínuo: A gestão de riscos é um processo contínuo que requer monitoramento regular
para garantir que as medidas de mitigação estejam funcionando adequadamente.
Cultura de gestão de riscos: Promover uma cultura organizacional que valorize a gestão de riscos é fun-
damental. Isso envolve promover a conscientização sobre a importância da gestão de riscos, fornecer treina-
mento adequado aos funcionários, incentivar a comunicação aberta e a aprendizagem com os erros, e integrar
a gestão de riscos nas práticas de tomada de decisão em todos os níveis da empresa.
Compliance e Ética:
Compliance e ética: Estabelecer um programa de compliance abrangente que promova a conformidade com
as leis e regulamentos financeiros. Isso inclui políticas claras de prevenção à fraude, corrupção e lavagem de
dinheiro, além de treinamentos regulares sobre ética empresarial.
presa, revisar e aprovar políticas de gerenciamento de riscos, monitorar a eficácia das medidas de mitigação,
fornecer orientação sobre riscos emergentes e reportar ao conselho de administração.
Comitê de Crise: Responsável por planejar, coordenar e tomar decisões durante situações de crise, como
desastres naturais, incidentes de segurança, crises de reputação ou outros eventos que possam afetar a conti-
nuidade dos negócios. O comitê deve estabelecer um plano de resposta a crises, identificar responsabilidades,
coordenar a comunicação interna e externa e revisar as lições aprendidas após a crise.
Comitê de Gente: Responsável por supervisionar as políticas e práticas relacionadas aos recursos humanos,
incluindo atração e retenção de talentos, desenvolvimento de liderança, compensação e benefícios, diversida-
de e inclusão, engajamento dos funcionários, entre outros. O comitê deve fornecer orientação estratégica para
apoiar a cultura, o desenvolvimento e o bem-estar dos colaboradores.
Comitê de ESG: Deve ser composto por membros da alta administração, executivos responsáveis por áreas
relacionadas ao ESG (como meio ambiente, responsabilidade social corporativa e governança) e especialistas
externos, quando apropriado
6. RESULTADOS
As empresas que aplicam efetivamente os princípios ESG (Environmental,
Social and Governance) podem obter uma série de resultados positivos. Embo-
ra os resultados específicos variem de acordo com a empresa e o setor em que
atuam, aqui estão alguns exemplos de resultados que podem ser alcançados por
meio da implementação do ESG: desempenho financeiro aprimorado; maior re-
siliência a riscos; atração e retenção de talentos; reputação e imagem de marca
fortalecidas; inovação e eficiência operacional.
Esses são apenas alguns exemplos dos resultados que as empresas podem
alcançar por meio da aplicação efetiva do ESG. É importante ressaltar que os
benefícios do ESG são percebidos em longo prazo e exigem um compromisso
contínuo, além de uma abordagem holística para integrar essas práticas em toda
a organização.
Emerson Franco
Nova Lima - MG
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Em grande parte das análises de acidentes do trabalho são levantadas neces-
sidades de atualização ou implantação de novos treinamentos, contudo, atual-
mente, as empresas já possuem uma grande quantidade dessas necessidades, seja
por força de atendimento aos requisitos da legislação trabalhista ou por conta de
outras iniciativas educacionais.
Assim, esta reflexão inicia com foco no desenvolvimento da QUALIDADE
e não da QUANTIDADE das capacitações, pois, se os treinamentos já são reali-
zados, a pergunta deveria ser o que eles estão deixando de legado, ou seja, qual a
contribuição para a prevenção efetiva de acidentes.
3. APLICAÇÃO
Essa metodologia pode ser aplicada em empresas de diversos segmentos,
tais como mineradoras, siderurgias, automobilísticas e indústrias farmacêuticas,
porém também pode ser aplicada em empresas de qualquer porte e grau de risco.
Essa metodologia poderá ser usada em praticamente todas as iniciativas de
capacitação existentes nas empresas, sejam treinamentos normativos, técnicos ou
comportamentais, conforme exemplos abaixo:
• Introdutório de Segurança do Trabalho
• Treinamentos de Normas Regulamentadoras (NRs);
• Operação de equipamentos;
• Manutenção técnica em elétrica e mecânica;
• Desenvolvimento da liderança;
• Desenvolvimento de equipes;
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para implantação de uma metodologia educacional eficaz são necessários
diversos recursos humanos e financeiros que irão variar conforme o tipo, dura-
ção e necessidade dos treinamentos.
Porém, destaca-se a necessidade do desenvolvimento das pessoas que irão
atuar como agentes do processo de aprendizado, ou seja, todos aqueles que irão
planejar e conduzir as ações educacionais.
Diante disso, é muito importante o preparo da equipe de instrutores quanto
à familiarização com as ferramentas de metodologias ativas e soft skills para con-
dução de um treinamento de qualidade.
Do ponto de vista de recursos financeiros, os valores podem variar bastante
em função dos objetivos e dos tipos de treinamentos. O importante aqui é a dedi-
cação para a busca de soluções efetivas e de valor agregado aos participantes.
Esse investimento pode se mostrar altamente efetivo, pois um dos maiores
custos com capacitações ocorre na própria paralisação do trabalhador, que, na-
turalmente, foi deslocado de suas atividades diárias. Para isso, esse deslocamento
precisa valer a pena e reverter o tempo dedicado em melhoria de performance.
Um outro custo indireto a ser considerado está na análise dos acidentes de
trabalho ocorridos, cuja capacitação de qualidade associada poderia ter evitado
ou diminuído as perdas envolvidas.
Entendemos que, atualmente, a visão predominante na prevenção de aciden-
tes é o investimento cada vez maior em processos eficazes, equipamentos seguros
e procedimentos adequados, porém aumentar a capacitação dos trabalhadores
para percepção de riscos e adoção de medidas de controle ainda são excelentes
contribuições para a prevenção.
Podemos resumir, então, que o principal recurso para implementação desta
metodologia está na vontade de fazer diferente e na implementação gradativa do
processo de melhoria nas capacitações vigentes, elevando a cultura de segurança
do trabalho.
Esta metodologia deve iniciar com um bom briefing, que é uma reunião de
alinhamento com o cliente para ajudar no entendimento da realidade operacio-
nal dos participantes do treinamento.
S - Sensibilizar
Começa-se com a etapa de Sensibilização, cujo objetivo é trazer o propósito
aos participantes sobre aquela capacitação e despertar a curiosidade e interesse
sobre o tema, que são elementos fundamentais para a abertura ao aprendizado.
P – Praticar
Essa etapa é muito importante para a fixação dos conhecimentos e para o
reforço das habilidades que serão necessárias aos resultados após o treinamento.
Vamos dividir aqui em 3 possibilidades de desenvolvimento de práticas:
• a) - Prática em Sala de aula (simulações);
• b) - Prática em campo ou laboratório durante o período do treinamento;
• c) - Prática em campo após o período do treinamento (pós-work).
Erick Santos
Parauapebas-PA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo do projeto foi analisar os cenários que contribuem para lesões
osteomusculares, ocasionando afastamento durante operacionalização de má-
quinas e equipamentos na jornada de trabalho, e atuar em tratativas de acordo
com as causas avaliadas. Foi realizado um estudo baseado nos atendimentos re-
gistrados pela Central de Comunicação de Emergência da Unidade de Negócios
e constatou-se que houve registros de empregados relacionados a problemas de
“Lombalgia”. O cargo mais impactado no período analisado de 2021/2022 foi de
Operadores de Equipamentos e Instalações.
3. APLICAÇÃO
A análise de dados foi realizada em Serra Norte-PA, na Gerência Executiva
de SSMAREC – Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Relações com as Comuni-
dades e abrangeu informações das áreas de Saúde e Emergência da unidade local,
sendo aplicável em todas as organizações que atuam com operação de máquinas
e equipamentos.
Os parâmetros estatísticos foram analisados seguindo a metodologia de
aplicabilidade:
QUALITATIVA: Identificar os cenários que contribuem para lesões osteo-
musculares, ocasionando afastamento de Operadores de Equipamentos.
QUANTITATIVA: Análise do problema e causas, sendo necessária a utili-
zação de ferramentas estatísticas para definir as ações, conforme a metodologia
adotada para a solução do problema.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos para efetivação da análise foram subdivididos na consulta e es-
tratificação de indicadores dos registros com “Dor Lombar”. A complexidade da
lição aprendida diz respeito à estruturação para implantação do “Plano de Ação”,
a ser definido com as principais causas que desencadearam os atendimentos re-
gistrados pela Central de Comunicação de Emergência.
6. RESULTADOS
Os resultados esperados com a implementação do estudo foi a identificação
dos cenários que contribuíram para o afastamento de Operadores de Equipa-
mentos, conforme diagnóstico dos Problemas e Causas.
O estudo analítico foi fundamentado nos dados encaminhados pela Equipe
de Emergência, que registrou 342 atendimentos pelo CECOM durante o período
de 02/01/2021 a 06/10/2022, relacionado com a “Dor lombar”.
Para atingir a meta/desafio acerca dos resultados aderentes, deverão ser
criadas diretrizes estruturantes, tais como:
– Existência de dados históricos confiáveis que caracterizem o problema;
– Registros de atendimentos sem nexo causal (assistenciais);
– N° de empregados afastados por lombalgia;
– N° de Operadores (as) do sexo masculino e feminino que foram registra-
dos com eventos de lombalgia
– Definição e periodicidade de exames obrigatórios (ASO admissional e pe-
riódico) para Operadores de Equipamentos;
Helda Oliveira
Canaã dos Carajás - PA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo desta lição aprendida é engajar os colaboradores de Segurança
a serem protagonistas na busca por conhecimento, demonstrando, através de
resultados mensuráveis, que o aprendizado contribui significativamente para a
empresa, assim como para quem busca conhecimento. Com isso, é preciso forta-
lecer as principais barreiras e elementos de mitigação implementados nas áreas
operacionais de atuação da empresa, de modo a prevenir ocorrências de inciden-
tes envolvendo atividades críticas. Essas atividades são aquelas que apresentam
riscos com potencial para gerar fatalidade ou vida mudada.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
O principal recurso necessário para implantação desta lição aprendida é
também o recurso mais valioso das empresas, as pessoas. Além das pessoas, foi
utilizado papel cartão para a confecção dos certificados e pendrive para dis-
ponibilização dos materiais aos embaixadores. Os pendrives foram embalados
como presentes e entregues juntamente com o certificado de nomeação, em um
momento específico para a ocasião, com um café da manhã especial.
5. METODOLOGIA
A idealização desta lição aprendida se deu após a divulgação do resultado
de uma auditoria interna, com foco na aderência aos RACs aplicáveis (RAC 01,
RAC 02, RAC 04 e RAC 06), realizada no contrato do qual eu era a responsável
pela gestão. Os resultados da avaliação realizada em campo não refletiram a ex-
pectativa de aderência que era esperada, tendo em vista a autoavaliação docu-
mental realizada.
Em campo, as aderências aos RACs foram abaixo de 90%, enquanto o es-
perado era uma aderência de 100%. Com isso, identificamos que, para conse-
guirmos um resultado diferente, precisávamos fazer algo diferente. A partir daí,
idealizamos o Programa Embaixador de RAC.
O resultado da auditoria foi apresentado a todos da equipe de Segurança da
empresa, com demonstração das fragilidades e, também, do potencial que tería-
mos com a implantação do programa.
Os técnicos de Segurança do contrato foram nomeados embaixadores de
RAC, ficando cada RAC aplicável com dois técnicos responsáveis. Cada embai-
xador recebeu o Certificado de Embaixador do RAC para o qual foi nomeado
e um pen drive com todos os arquivos da empresa contratante. Esses arquivos
estavam relacionados ao RAC e ao requisito legal quando aplicável, como é o
6. RESULTADOS
Com a implantação do Programa Embaixador, houve um aumento conside-
rável nos números de registros proativos realizados pela equipe de Segurança do
contrato, além da participação mais substancial dos mesmos colaboradores nas
atividades de segurança promovidas pela contratante.
O conhecimento mais aprofundado dos RACs, obtidos pelos técnicos atra-
vés do Programa Embaixador, proporcionou também o empoderamento dos en-
volvidos, que passaram a observar as atividades em campo com maior critério e
mais autoridade.
Durante o período de atuação da primeira turma de embaixadores, tivemos
duas situações muito emblemáticas:
Luciana Camperlingo
São Paulo - SP
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é orientar os gestores de SST a observar e fiscalizar
a correta assinatura do colaborador nos certificados de treinamento, fichas de
EPIs e, até mesmo, em alguns casos, nos cartões de ponto, a fim de evitar proces-
sos trabalhistas.
Esclarecemos que, com a metodologia correta, o perito grafotécnico conse-
gue apontar a falsidade ou autenticidade de traçados e identifica, inclusive, casos
de autofalsificações, o que pode ocorrer com frequência no ambiente laboral.
Uma vez que a escrita emana diretamente da ação cerebral, há traços in-
dividuais e inconfundíveis que identifica o punho escritor e, por isso, podemos
afirmar que ‘a perícia sempre consegue descobrir a verdade dos fatos’.
3. APLICAÇÃO
O tema apontado na presente lição aprendida pode ser implementada em
empresas dos mais diversos segmentos e portes, ou seja, indústrias de base, de
bens de consumo e de bens intermediários, diversos tipos de comércio, insti-
tuições financeiras e outros tipos de empresas que lidam com funcionários que
necessitam de treinamento para o exercício da função e/ou se utilizam de Equi-
pamentos de Proteção Individual (EPIs).
O tema também deve ser priorizado quando a empresa sofrer ações traba-
lhistas em processos judiciais e necessitar contratar para a sua defesa técnica um
perito assistente.
Além disso, o tema pode ser estendido também para processos cíveis que a
empresa possa sofrer.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Investimento em treinamentos especializados e uma consultoria mensal a
fim de minimizar os riscos de ações judiciais complexas, além do auxílio no cum-
5. METODOLOGIA
Em minha trajetória de mais de quase quinze anos como perita forense en-
genheira, farmacêutica e grafotécnica e documentoscópica, atuante nas esferas
trabalhista, cível e cível federal, vejo muitos casos, principalmente agora, abran-
gendo o escopo da esfera trabalhista, que é o tema em questão. O colaborador
alega no processo não ter assinado as fichas de EPIs ou certificados de treina-
mento em SST, afirmando perante o Juízo que não recebeu os EPIs adequados à
função ou não foi devidamente treinado para aquela determinada função.
É nesse momento, durante o litígio judicial, que o juiz nomeia o perito gra-
fotécnico para auxiliá-lo no deslinde da questão. Muitas vezes, o colaborador
faz qualquer “rabisco” nos documentos com a intenção futura de alegar que não
recebeu o devido treinamento, o que denota a má intenção do funcionário. Ele
pensa que nunca será descoberta a verdade dos fatos.
Entretanto, conforme publiquei em um artigo de 2016 para o Portal Miga-
lhas, todas as pessoas possuem uma identidade gráfica, a qual reflete, através do
6. RESULTADOS
Peritos grafotécnicos podem ser chamados para trabalhar em casos judiciais,
investigações criminais, disputas comerciais ou outras situações em que a autenti-
cidade ou a integridade de documentos escritos seja questionada. A essência de um
perito é, portanto, fornecer um ponto de vista especializado e objetivo sobre uma
questão técnica ou científica, ajudando a promover a justiça e a equidade em um
processo legal ou em outras áreas que exigem essa expertise.
A contratação de um perito assistente ajuda a empresa a entender melhor as
implicações de uma decisão judicial ou de uma sentença, além de fornecer orien-
tação e aconselhamento sobre as melhores estratégias para lidar com questões
técnicas ou científicas.
A situação de uma empresa pode se tornar bem séria e complexa quando,
devido a um deslise na comprovação de que a empresa tenha cumprido exa-
tamente com todos os procedimentos necessários no treinamento e seguran-
ça de seu funcionário, chega ao ponto de sofrer ação judicial trabalhista. Essa
ação pode ser altamente dispendiosa, devido à alegação do funcionário que não
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
3. APLICAÇÃO
Este programa foi implementado em uma ferrovia com mais de 6.000 pes-
soas, entre empregados próprios e terceiros, sendo que todos possuem atuação
em dois estados brasileiros em mais de 15 cidades diferentes.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a implantação do Projeto Capitão são necessários os seguintes recursos:
1. Pessoas com o perfil adequado para serem nomeados como capitão;
2. Sistema para gestão do controle das ações dos capitães;
3. Local adequado para as apresentações das ações dos capitães;
4. Auditório para a realização dos encontros dos capitães;
5. Materiais para ornamentar os locais dos encontros dos capitães;
6. Brindes para entregar aos capitães destaque;
7. Troféus para entrega aos capitães destaque.
5. METODOLOGIA
Para a implementação do Programa Capitão foram necessários seguir al-
guns passos:
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo desta lição aprendida é a reestruturação de um processo impor-
tante para a evolução da cultura de segurança na Elastri Engenharia, com foco
no atributo “Liderança”.
A Elastri Engenharia possui várias ferramentas para gestão de SST que
podem ajudar a liderança a desempenhar suas atividades, conforme orienta o
“Manual de Atribuições e Responsabilidades para Liderança em Segurança do
Trabalho”.
Porém, devido à característica de sua operação, construindo obras para ge-
ração de energia renovável (curta duração, turnover, características diferentes
3. APLICAÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido na Elastri Engenharia S.A., empresa que atua
no ramo da construção para grandes empreendimentos destinados à geração de
energia renovável: complexos eólicos, usinas fotovoltaicas, hidrelétricas e linhas
de transmissão.
Como já descrito anteriormente, este trabalho foi desenvolvido com foco
nas lideranças da empresa, mais precisamente na utilização de uma ferramenta
de registro de desvios – neste caso, atualmente, utilizamos a plataforma digital da
empresa Checklist Fácil.
Os OKR - Objectives and Key Results é um modelo ou framework para ges-
tão ágil de desempenho e pode ser utilizado em qualquer tipo de empresa, por-
te ou segmento de trabalho. Neste caso, utilizamos esse modelo para fazer uma
reestruturação de nossas ferramentas de trabalho em SST, mas pode ser utilizado
em planejamento, desenvolvimento ou verificação de ações de SST.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos utilizados para este case estão focados na força de trabalho do
corporativo da Elastri Engenharia S.A.:
a) Paulo de Souza Montenegro – Gerente de Sustentabilidade/Compliance
Officer;
b) Danilo Rodrigo Zimmermann – Engenheiro de Segurança do Trabalho;
c) Matheus Duarte Vicente – Analista da Qualidade.
5. METODOLOGIA
Com base no exposto anteriormente, foi necessário estruturar uma meto-
dologia de funcionamento dos OKR para os registros de desvios. Desta forma, o
OKR é uma ferramenta que estrutura a definição de metas usadas pelas organi-
zações para definir e rastrear objetivos e seus resultados mensuráveis.
• Objetivos: os objetivos são metas qualitativas de alto nível que descrevem
o que queremos alcançar;
• Key Results: Key Results são resultados específicos e mensuráveis que de-
finem como vamos alcançar os objetivos;
• Alinhamento: OKRs são transmitidos a partir dos objetivos de nível supe-
rior para equipes e indivíduos de nível inferior. Esse alinhamento garante
que os esforços de todos contribuam para os objetivos gerais da organi-
zação;
Com base nesses conceitos, foram criados os OKRs para registro de desvio
e um plano de ação para a sua implementação. Na sequência, apresentamos o
plano de ação referente à implantação da OKR e os Objetivos e Resultados-chave
para melhoria do nosso desempenho em registro de desvios:
a) Criar o treinamento para a liderança da obra registrar o desvio no APP
CLF;
b) Criar tutorial para liderança registrar desvios no APP CLF, com base no
treinamento acima citado;
c) Criar vídeo para liderança registrar desvios no APP CLF, com base no
treinamento acima citado;
d) Capacitar os Engenheiros de Segurança e os Técnicos da Gestão nas
OKRs na reunião dos engenheiros de segurança das obras;
e) Capacitar os Diretores, Gestores, Engenheiros Residentes e Coorde-
nadores/Engenheiros de Produção nas OKRs durante as reuniões de
segurança quinzenal em todas as obras;
f) Monitorar a implantação das ações dos OKRs - Reunião EST, terças-fei-
ras (tabela de acompanhamento: obra, etapa treinamento, etapa regis-
tro, etapa gerenciamento);
g) Monitorar periodicamente os registros de desvio por parte do Enge-
nheiro Residente (semanal);
Diretor de Contrato
OBJETIVO
Eliminar condições abaixo do padrão e atos abaixo do padrão
RESULTADOS CHAVES
- Treinamento da ferramenta para todos os líderes;
- 100% da liderança registrando desvios na obra;
- 100% dos desvios gerenciados.
Engenheiro Residente
OBJETIVO
100% da liderança registrando desvios
RESULTADOS CHAVES
- Monitorar o registro de desvio de forma semanal;
- Apresentar a quantidade de registro de desvios por líder na reunião semanal com a liderança;
- Realizar o engajamento de líderes que não registram desvios (mostrar a importância do registro de
desvio).
- Solucionar os desvios críticos (com atividade paralisada) de imediato, juntamente com a equipe de
segurança.
Atributo Ferramenta
Liderança - Índice de Comprometimento da Liderança – ICL;
- Formulário de Engajamento.
Aprendizagem Organizacio- - Reunião de líderes em segurança do trabalho na obra;
nal e Comunicação - Reunião quinzenal de segurança com todas as obras.
Cultura de Reconhecimento - Líder mais engajado em obra;
- Obra mais engajada em segurança, residente mais engajado e profissional de se-
gurança mais engajado;
- IOS – Índice de Obra Segura.
Ambiente e Condições de - Caminhada de segurança;
Trabalho - Inspeções planejadas (Observação de Trabalho, checklist de pré-uso);
- Seguimento de requisitos legais + requisitos do contrato;
- Direito de Recusa.
Disciplina Operacional - PDS / APR / Procedimentos;
- Índice de Comprometimento da Liderança – ICL;
- Diário de Trabalho (equipe de segurança);
- Manual de Atribuição e Responsabilidade.
Trabalho em equipe e cuida- - Direito de Recusa;
do mútuo - Regras 100% Seguras;
- Política de Consequência (Plano de Gestão S3);
- Diálogo Comportamental.
Percepção e identificação de - Registro de Desvios;
riscos - Avaliação de desvios críticos (Gestor e Diretor de Contrato);
- Desvios versus causas básicas e imediatas de acidentes.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi apresentar a aplicação da metodologia “Tri-
pod Beta” em uma análise de acidente do trabalho sob o olhar dos fatores hu-
manos envolvidos no mesmo. Os acidentes do trabalho em geral são causados
por falhas humanas e cerca de 95% devido a atos inseguros (OR-OSHA, 2006).
Alguns autores, no entanto, discordam desse valor, pois essa noção provém da
interpretação equivocada do aspecto não linear do conjunto de causas e, espe-
cificamente, de que cada efeito tem, pelo menos, uma causa condicional e uma
causa acional (GANO, 2001).
De acordo com Rocha (2022), as abordagens de análise de acidentes pre-
dominantes na maioria das organizações contemporâneas são as metodologias
conhecidas como “árvore de causas” (ADC) e/ou “espinha de peixe” (Diagrama
de Ishikawa), as quais são fundamentadas em modelos sequenciais. A partir dos
3. APLICAÇÃO
O aprendizado adquirido neste trabalho pode ser replicado em qualquer
processo de análise de incidentes e/ou acidentes do trabalho, de qualquer orga-
nização e/ou setor, principalmente do segmento industrial.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
5. METODOLOGIA
A metodologia deste trabalho consistiu na aplicação da técnica Tripod Beta
na análise de um acidente pessoal ocorrido em uma indústria de grãos localiza-
da no Noroeste de Minas Gerais. O trabalho foi dividido em quatro etapas, de
acordo com a ordem ilustrada na Figura 1 a seguir.
De acordo com Júnior (2023), o Tripod Beta tem início com a identifica-
ção da sequência lógica dos eventos do incidente e uma representação gráfica,
denominada “core diagram”, é elaborada. Esse diagrama ajuda na identificação
da sequência de eventos e fatos relevantes. Neste momento é dada ênfase à iden-
tificação do trio: agentes, objetos e eventos.
• Agente: Agente de Mudança, qualquer coisa com potencial de mudança,
gerar lesão ou danificar um objeto que está atuando.
• Objeto: A coisa sendo atingida (lesionada, danificada ou perdida por
um agente).
• Evento: Um acontecimento não planejado, não desejado, envolvendo a
liberação ou exposição de um agente.
6. RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados deste trabalho.
FATORES
FATOS □○
HUMANOS
Sr. Carlos iniciou a limpeza da Despalhadeira 2. I □
Sr. Carlos não efetuou o bloqueio de energia do equipamento. I □
Sr. Carlos removeu a grade de proteção superior do equipamento. I ○
Sr. Carlos solicitou ao supervisório ligar o equipamento. I □
Sr. Carlos se apoiou/subiu no equipamento. I ○
A máquina Despalhadeira estava ligada e sem grade proteção no
T ○
momento do acidente.
A limpeza é realizada habitualmente em desconformidade com o
O □
procedimento e manual do equipamento pelos operadores.
Sistema de fixação (parafuso) da grade de proteção permitia sua
T □
remoção sem uso de ferramentas especiais.
Vibração da máquina afrouxa os parafusos da grade de proteção T □
Não há sistema de intertravamento na grade de proteção superior da
T □
máquina.
Havia resíduos de palha de milho agarrados na máquina, dificultando
T ○
a limpeza.
A botoeira de emergência está localizada no 2º piso, dificultando o
A/T □
acesso do operador.
Não há telemonitoramento da operação no supervisório, logo, os
T □
comandos são acionados com base na comunicação via rádio apenas.
Treinamento sobre bloqueio de energias realizado uma única vez e
O □
somente na integração dos funcionários.
Supervisão permitia que os operadores realizassem as atividades em
O □
desconformidade com os procedimentos.
O Sr. Carlos estava trabalhando no seu dia de folga O ○
Não foi realizada a apreciação de riscos do equipamento conforme
O □
NR-12.
Sr. Carlos foi visto discutindo ao telefone minutos antes do acidente. I ○
Não foi evidenciado o treinamento no procedimento Análise de risco
para a atividade – Operação de Despalhadeiras – Mesa de Seleção e O ○
NR-12
Ferramentas/hastes de apoio não estavam disponíveis no local de
A □
trabalho
Manutenção preventiva do equipamento realizada no dia anterior ao
O □
acidente.
Legenda:
Habitualidade
Fatores Humanos
□ Fatos habituais
I – Indivíduais O – Organizacionais
○ Fatos variações
T – Tecnológicos A – Ambientais
Fonte: Elaborado pela autora
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
2. OBJETIVO
Romper a barreira da teoria e fazer um link com o contexto prático talvez
seja uma das maiores dificuldades de um recém-formado, o qual, durante certo
período, mergulha na literatura para aprender um ofício. No entanto, ao chegar
na área operacional, descobre que, na prática, muito do que viu acontece ligeira-
mente diferente e, dependendo da instituição que fará parte, a mudança é ainda
mais drástica.
Por outro lado, temos o empregador que normalmente não considera em
seu fluxo operacional o tempo de formação de um profissional em seu processo
e busca no mercado profissionais com certo tempo de experiência, de modo
que já cheguem jogando. Em outras palavras, a demanda é por profissionais que
3. APLICAÇÃO
O Projeto Compartilhando Saberes foi desenvolvido e aplicado inicialmen-
te no município de Parauapebas, localizado na região Norte do Brasil, estado
do Pará, cujas coordenadas geográficas são Latitude: 6° 4’ 15’’ Sul, Longitude:
49° 54’ 15’’ Oeste. O município se estende por 6 957,3 km² e conta com 213.576
habitantes, crescendo 27,15% em relação a 2010. Os dados divulgados contem-
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a realização do projeto são necessários apenas dois recursos materiais,
que são computador e data show. Normalmente, esses recursos já estão disponí-
veis nas escolas, sendo o recurso mais complexo o instrutor, já que estamos fa-
lando de um projeto voluntário. Quando falamos sobre o projeto, normalmente
todo mundo acha muito interessante, mas doar o seu tempo para estar em sala
de aula é outra coisa. Logo, a primeira tarefa é encontrar o voluntário, que, em
síntese, terá duas atribuições: elaborar o material a ser utilizado em sala de aula;
e ministrar a aula.
Outro ponto importante é o patrocínio da escola, que terá a responsabili-
dade de mobilizar os alunos e disponibilizar sala e recursos audiovisuais. Com
a confirmação desses recursos, o projeto estará pronto para dar o seu pontapé
inicial.
5. METODOLOGIA
Uma vez consolidado o desejo de desenvolver o projeto que levou a al-
cunha de Projeto Compartilhando Saberes, criamos um grupo de voluntários
denominado “Unidos pela Prevenção” e, a partir desse grupo, realizamos uma
pesquisa para identificar quantas escolas ofertavam o curso Técnico em Segu-
rança do Trabalho em Parauapebas. Ao final da pesquisa, o total identificado foi
de 6 instituições.
Na sequência, realizamos uma escuta ativa com as coordenações das es-
colas, a fim de definir o modelo de atuação. Para tanto, era necessário ouvir
6. RESULTADOS
Como o projeto tem a finalidade de fortalecer a capacitação dos alunos
dos cursos de Segurança do Trabalho que ainda não ingressaram no mercado
de trabalho, ainda não é possível medir de forma objetiva os resultados desta
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
2. OBJETIVO
Seja PROTAGONISTA de uma nova história! Construa Equipes de Alta
Performance e vá além do nível de Interdependência. EVOLUA para uma
NOVA VISÃO DA SEGURANÇA®.
Está decidido a implantar uma Nova Visão da Segurança® em sua empre-
sa? Parabéns, este é o primeiro passo, mas não é o suficiente. Imagine alguém
que fumou a vida inteira: por mais que um fumante saiba dos benefícios de pa-
rar de fumar e tome a decisão de parar, sem apoio e estratégia sofrerá de crises
de abstinência e tudo voltará a ser como antes.
Implantar uma Nova Visão da Segurança® não é diferente disso. Vejo mui-
ta gente vendendo uma segurança diferente, uma mudança da Segurança I para
a Segurança II, teorias e mais teorias, mas, cuidado, não se consegue alcançar
uma Nova Visão da Segurança® apenas com teoria, lives, cursinhos on-line, pa-
lestras ou treinamentos pontuais. Líderes e liderados precisam querer a mudan-
ça, ter apoio dos líderes C-Level, confiar no processo e se engajar na mudança.
É preciso enfrentar uma Jornada, a JORNADA NOVA VISÃO DA SEGURAN-
ÇA® Liderança de Alta Performance.
Sobre O Xavier
Considerado um dos melhores especialistas do país em sua área de atua-
ção, Everton Xavier é fundador e CEO da Xavier Training Solutions®. Criador
da marca Nova Visão da Segurança® e dos métodos LOBITO® e VESPA® para
Nos anos 60, Frank Bird Jr., Diretor de Engenharia da ICNA Insurance
Company of North America, uma empresa de seguros dos EUA, interessou-se
pela teoria de Heinrich e ampliou os estudos apresentados no livro, que envol-
viam a análise de 1.753.498 acidentes relatados de um total de 170 mil pessoas,
de 297 empresas, de 21 tipos diferentes de indústrias, totalizando mais de 3
bilhões de horas de exposição ao risco. A relação 1-10-30-600 tão conhecida é,
na verdade, uma simplificação dos dados referentes aos acidentes e incidentes
investigados, e não do total de eventos efetivamente registrados.
Ambas foram feitas nos Estados Unidos, nos anos 30 e 60 do século pas-
sado respectivamente, e considerando os trabalhadores e os tipos de indústria
daquela época. No início dos anos 2000, o item desvios foi adicionado à Pirâ-
mide de Heinrich/Bird, passando a ser conhecida como “Pirâmide de Desvios”.
5. APLICAÇÃO
Além dos benefícios diretos para a área de segurança do trabalho, há várias
ocasiões em que a JORNADA NOVA VISÃO DA SEGURANÇA® Liderança de
Alta Performance é oportuna, como nas seguintes situações:
– A equipe não está alcançando a performance esperada;
– O time está no ápice do desempenho e procurando por inovações;
– A organização está passando por uma transição e precisa adequar equi-
pes;
– O trabalho em equipe está sendo prejudicado por conflitos e intrigas;
– Novas equipes estão sendo formadas para atuar em um projeto;
– Problemas de comunicação têm prejudicado a performance;
– O time é forte, mas não consegue mediar conflitos para aproveitar opor-
tunidades;
– Houve uma redução da força de trabalho na empresa;
– A organização quer maximizar talentos e competências de seus times.
PLANO DE AÇÃO
Este exercício pode ser feito tanto em pequenas equipes quanto de forma
corporativa. Distribua esta pesquisa para todos os funcionários, em formato
físico ou online. Mantenha as respostas anônimas, isso garantirá que as pessoas
respondam a verdade, não o que você, como líder, ou a empresa quer ver.
Todos pontuam todos os fatores e depois comparam as pontuações. Por
exemplo: se um dos membros tem uma pontuação baixa para um fator que des-
toa do pensamento dos demais, a equipe deve focalizar esse fator e não passar
por alto. Ao contrário, devem discutir os motivos das diferenças percebidas.
A seguir todos devem sugerir como melhorar esse fator com a proposição de
ações.
Portanto, onde há acordo sobre um fator, deve ser comemorado o bom de-
sempenho. A equipe deve ocupar-se de pensar em ações que mantenham esse
alto desempenho da equipe.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
INTRODUÇÃO
Em 1981, meu xará Ivan Lins e seu parceiro Vitor Martins compuseram esta
música: “Daquilo que eu sei, Nem tudo me deu clareza, Nem tudo foi permitido,
Nem tudo me deu certeza...”. Os versos da música seguem, fortes, diretos, como
tudo que eles escreveram. Dupla de compositores que marcou os anos 80.
No início de 2022, comecei a escrever em um blog da revista Proteção so-
bre Uma nova visão de Segurança. De fevereiro de 2022 até agora, em abril de
2023, momento em que fecho este artigo, foram dezesseis posts com os mais di-
versos assuntos, alguns apresentando personagens, outros trazendo conceitos,
e outros com percepções pessoais. Vários tiveram uma excelente repercussão
nas redes sociais, rendendo alguns feedbacks que foram publicados na revista, e
2. CONTEÚDO
MUITO PRAZER, SOU O IVAN
Sou o Ivan Rigoletto, engenheiro e professor, e começo a abordar o que se
chama, hoje em dia, de uma Nova Visão de segurança no trabalho. O meu gran-
de amigo – e chefe na universidade – Leonídio Ribeiro diz com frequência que
os engenheiros e técnicos de segurança do trabalho devem sempre buscar novos
conhecimentos e acompanhar o que acontece no mundo. Eu concordo com ele.
Vamos abordar aqui uma nova visão, um novo modo de perceber e atuar
na segurança no trabalho em um modelo multidisciplinar, interconectado em
formato de teias vivas que unem as diversas áreas do conhecimento humano,
tendo a vida e a pessoa como tema central. Tem um cara chamado Fritjof Capra
que discute muito essa temática.
Trabalho há mais de 30 anos em indústrias do setor privado e dou aulas em
universidades. O que tenho observado nesses anos é que a Segurança do Traba-
lho vem deixando de ser um tema restrito a nós engenheiros. Claro, a nossa boa
e velha Engenharia sempre será engenharia e sempre vai ser importante, muitas
vezes essencial, dentro da Segurança NO Trabalho, só que num outro contexto
e em conjunto com outras áreas do conhecimento.
Um bom descendente de italianos fala de pizza. Hoje, a Segurança no Tra-
balho é uma pizza com várias fatias distintas – Engenharia, Saúde, Ergonomia,
Psicologia, Higiene, Gerenciamento de Projetos, Processos, Gestão, Conformi-
dade Legal. Enfim, uma mistura de sabores que busca produzir um resultado
final cada vez mais harmônico. Sem dúvida, isso é uma característica dessa nova
visão, inserida num novo mundo. Há outras mais que vamos abordar ao longo
do tempo em que estaremos juntos descobrindo e entendendo as sutilezas e os
detalhes deste momento.
Para mais informações, você pode conhecer o Jens Rasmussen no site dele,
achar a referência do que descrevi no site do ICSI em várias publicações, além
do artigo citado na figura.
A REVISÃO DE UMA NR
Procuro discutir o futuro da segurança no trabalho e sei que há diversas
correntes de pensamento. Sobre as NRs, eu penso que a discussão e a revisão
desses documentos fazem parte do modo como pensamos esse futuro. Vejo
como muito importante esse processo. O compliance e a normatização estão
presentes em qualquer visão de segurança; a grande questão é se são fim em si
mesmos (como muita gente ainda considera), ou se compõem uma fatia (im-
portante, sim) da pizza da gestão de segurança no trabalho.
Desde 2022, estou passando pela experiência de fazer parte do Grupo de
Trabalho Tripartite, GTT, que está revisando a NR-22, da mineração. Em abril
de 2023 já estávamos a poucas reuniões de terminar o trabalho e encaminhar
a proposta para a comissão superior. Participo da bancada dos empregadores.
Acredito que poucos leitores saibam como essas revisões funcionam de
verdade, na real. Todo mundo sabe que o tripartite quer dizer representação
dos empregadores, dos empregados e do governo, mas poucas pessoas vão além
desse conceito. É importante saber que existe um documento maior chamado
Agenda Regulatória, publicado anualmente pela CTPP (Comissão Tripartite
Paritária Permanente), vinculada ao Ministério do Trabalho, que define quais
requisitos regulamentares estão previstos para serem revisados num determi-
MULHERES
Não há um só dia em que eu deixe de pensar naquela senhorinha, um me-
tro e meio, cabelos grisalhos e curtos, que lecionou por mais de 35 anos no
estado, aqui em São Paulo, principalmente para 1º e 2º anos do primário, hoje
Ensino Fundamental. Essa senhorinha saiu de sua cidade no interior do estado
quando se casou, teve o primeiro filho aos 38 anos na década de 60, uma filha
aos 41, tirou carteira de motorista aos 45 e foi uma superamiga e minha maior
incentivadora por muito tempo. Fazia pasteizinhos para toda a família. Adorava
os netos. Minha mãe.
Escrevi este texto em 8 de março de 2023, Dia Internacional das Mulheres.
Trago também aqui a lembrança daquelas que passaram pela minha carreira ao
longo destes mais de 30 anos. Uma justa homenagem a elas.
De chefes, foram algumas – Yvete, Diane, Jane, Andrea, Adriana. A pri-
meira, logo no início dos anos 90, a mais recente em 2016. Lá atrás, muitos de
meus amigos me perguntavam como era trabalhar com chefes mulheres e, des-
de aquela época, minha resposta era que gênero e competência não eram sinô-
nimos. Continuo pensando assim. Mantenho algum contato com quatro delas.
Das mulheres que contratei (muitas delas) ou de quem fui ou sou chefe
direto ou funcional, lembro-me de quase todas – Claudia, Angela, Ieda, Eli-
zabeth, Lilian, Simone, Mayra, Carmen, Monica, Vaninha, Cacilda (um doce
de pessoa, a melhor enfermeira do MUNDO!!!), Yesica, Ana, Debora, Jullyane,
Enilda, Gina, Carina, Isadora. Aprendi muito com cada uma dessas pessoas.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
x
2. OBJETIVO
Este case tem como objetivo apresentar uma metodologia de caracteriza-
ção básica aplicada à Ergonomia e direcionada à identificação de fatores psicos-
sociais.
O novo texto da NR01, em vigor desde janeiro/2022, estabelece que os ris-
cos ergonômicos devem ser avaliados e tratados por meio de uma Avaliação
Ergonômica Preliminar (AEP), atrelada aos preceitos da norma de ergonomia
vigente, denominada Norma Regulamentadora 17 - NR17. Na prática, a cons-
trução da AEP passa pelo reconhecimento dos fatores de risco presentes no
ambiente de trabalho, sejam estes de natureza organizacional, física ou psicos-
social.
Os fatores de risco psicossociais estão relacionados à interação dinâmica
entre os indivíduos e seu trabalho, compreendendo o desempenho profissional;
o controle e autonomia em relação às funções, tarefas e atividades realizadas; a
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser replicável em todas as empresas e áreas por
profissionais da área de saúde ocupacional – Ergonomia e que tenham inte-
resse em realizar a AEP para os fatores psicossociais. Visa agregar estratégias
de negócio para além da promoção da saúde e de ganhos em produtividade e
qualidade, uma vez que a Ergonomia é uma ciência multidisciplinar e transver-
sal. Multidisciplinar por envolver o conhecimento de diversas disciplinas, como
Fisiologia, Psicologia e Engenharia; e transversal por interagir com diferentes
atores dentro de uma organização, como recursos humanos, lideranças, saúde,
segurança ocupacional, processos e operações.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
O método deve ser aplicado nas empresas que buscam melhor assertivi-
dade na tomada de decisão, relacionada à ergonomia e ao controle e gestão dos
fatores psicossociais:
Pré-requisitos:
• A alta direção e os profissionais em Saúde Ocupacional devem estar
cientes e engajados na aplicação da metodologia;
• A alta direção deve prover recursos para implantação e manutenção das
medidas de controle apontadas pelo estudo;
• Os trabalhadores da empresa devem contribuir e participar de forma
ativa com as informações necessárias para o reconhecimento de riscos.
5. METODOLOGIA
1
Armstrong e Silverstein (2000).
Figura 02: Perguntas norteadoras para a avaliação preliminar dos fatores psicossociais em Ergonomia
6. RESULTADOS
A caracterização básica aplicada na ciência denominada Higiene Ocupa-
cional pode ser direcionada ao campo da Ergonomia para o reconhecimento
dos fatores psicossociais e de suas “fontes geradoras”, tornando possível um pla-
nejamento por parte da organização. O foco é promover ações estruturantes
para a mitigação de fatores de risco.
A aplicação da metodologia de Caracterização Básica como ferramenta
de AEP para os fatores psicossociais apresentou-se sensível após validação em
área, com a participação de empregados de três postos administrativos e com
atividades distintas. As perguntas preestabelecidas – “perguntas-chave” como
norteadoras da entrevista semiestruturada, somadas à análise do contexto, em-
basaram satisfatoriamente os dados, os quais foram confirmados na sequência
por consulta ao banco de dados de absenteísmo por doença mental – CID F.
A abrangência e replicação deste case se faz necessária e de extrema re-
levância para que se tenha uma adequada avaliação dos fatores psicossociais,
dada a importância do tema nos tempos atuais. Dessa forma, a Ergonomia re-
força seu potencial como disciplina estratégica dentro das organizações no âm-
bito de promoção da saúde, muito além do atendimento ao requisito legal.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
2. OBJETIVO
Colaboradores recém-contratados, independentemente da sua experiência
profissional, ao chegarem em uma nova empresa vão sentir, em maior ou menor
grau, um friozinho na barriga! Não tem jeito! Essa é a novidade trazida por um
novo ambiente, novos colegas de trabalho, novos desafios, nova liderança, nova
cultura e, muitas vezes, novas maneiras de ver e tratar antigas questões.
Cada empresa tem suas peculiaridades, as quais precisarão ser rapidamen-
te percebidas, entendidas e respeitadas, sob pena de tornar mais difícil a adap-
tação ao novo cargo ou à nova tarefa. Isso depende muito de nós mesmos, mas a
adaptação pode ser facilitada ou dificultada pela empresa contratante.
Os programas de integração têm exatamente o objetivo de facilitar a adap-
tação dos recém-contratados para que compreendam o mais rápido possível a
3. APLICAÇÃO
Como citado, exceção feita às empresas cuja atividade seja caracterizada
por uma alta periculosidade, em todas as demais, onde os riscos no ambiente
interno de trabalho são pouco relevantes, ou muito bem administrados e con-
trolados, o trânsito (viagens a trabalho ou de ida e volta ao trabalho) será o am-
biente com maior probabilidade de geração de afastamentos prolongados, casos
de invalidez ou mortes.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a realização de uma integração eficaz, com o objetivo de mitigar os ris-
cos nas viagens dos recém-contratados, será necessário que a empresa tenha: 1)
uma Política de Uso de Veículos bem estruturada, bem compreendida e respeitada
pelos condutores da empresa, sejam eles ocasionais (o veículo não é um instru-
mento de trabalho) ou frequentes (o veículo é um instrumento de trabalho).
Outro recurso importante é que se tenha 2) colaboradores designados para
conduzir essa integração, que tenham bastante experiência como condutores e
já estejam bem adaptados à cultura da empresa. Assim, eles podem esclarecer,
com convicção e assertividade, as dúvidas trazidas pelos participantes.
Para finalizar, é importante que se tenha 3) uma boa infraestrutura para
conduzir a integração, pois ela é um cartão de visitas. Para finalizar, 4) um bom
material audiovisual, agradável e esclarecedor, é indispensável. Esses materiais,
de fato, trazem informações relevantes e promovem uma reflexão nos partici-
pantes quanto às suas respectivas atitudes ao conduzir veículos.
5. METODOLOGIA
Supondo que a empresa já tenha os recursos 1, 2 e 3, iremos nos ater, então,
ao recurso 4, o material.
RESULTADOS
Os resultados esperados de um bom programa de integração, que inclua a
segurança no trânsito, são: a) facilitar a adaptação dos novos contratados, atra-
vés dos esclarecimentos quanto às regras da empresa para uso de veículos a
trabalho; b) mitigar os riscos das viagens realizadas e mostrar aos novos con-
tratados o quanto a sua saúde e segurança são importantes para a empresa (pre-
servação de seus recursos humanos); e c) reduzir custos e perdas com eventos
danosos, não previstos (sinistros, multas e depreciação acelerada da frota).
Ter e sentir esse acolhimento é fundamental tanto na adaptação ao novo
ambiente como na percepção da necessidade de adoção de atitudes mais segu-
ras e responsáveis ao conduzir veículos. Esse é o verdadeiro papel da integração!
Todos ganham com isso, além de tornar os contratados mais abertos e re-
ceptivos aos treinamentos de segurança posteriores, pois a evolução da maturi-
dade dos condutores é um processo contínuo. Esse processo passa, obrigatoria-
mente, pela participação em treinamentos de sensibilização e capacitação para
a gestão dos riscos.
Presumir que todos os condutores cheguem devidamente capacitados e
preocupados com a sua própria segurança é um erro cometido por muitas em-
presas, situação que as fazem correr riscos desnecessários e, às vezes, terem bai-
xas em seu maior patrimônio: o capital humano.
Alexsandro Siedschlag
Eng.º Daniel Campani Grigolo
Leandro Gomes da Silva
Coaching em segurança: como melhorar o
desempenho humano e organizacional através de
conversas que fazem sentido
Alexsandro Siedschlag
São Francisco do Sul – SC
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
2. OBJETIVO
O coaching tem sido aplicado em diversas organizações ao redor do mundo
durante décadas. Seus benefícios e resultados são mais que conhecidos, porém,
como é a aplicação do coaching voltado para a melhoria da cultura organizacio-
nal e da liderança em segurança? É bem provável que você, profissional de segu-
rança ou líder, já tenha vivenciado situações em que as interações relacionadas à
segurança não foram muito produtivas, quando apenas mudanças modestas na
cultura organizacional foram percebidas ou quando somente pequenas melho-
rias do desempenho humano no trabalho foram obtidas, mesmo com o uso de
tantas ferramentas administrativas e tecnológicas.
3. APLICAÇÃO
Para um melhor contexto, as técnicas e abordagens do coaching antes men-
cionadas vêm sendo aplicadas e testadas em indústrias de alto risco, onde existe
uma enorme expectativa interna e externa de melhoria contínua da cultura or-
ganizacional e do nível de segurança. Logo, existem meios e sistemas que supor-
tam a redução de ocorrências indesejadas ou que, quando estas acontecem, que
suas consequências sejam minimizadas ao máximo e um aprendizado profundo
ocorra.
Em minha experiência, tais indústrias têm sido especificamente as de ex-
ploração de óleo e gás em navios-sondas para águas ultraprofundas no Brasil
e mineração subterrânea de carvão na Austrália, com trabalhadores das mais
diversas nacionalidades, regimes de trabalho e turnos de trabalho específicos de
cada local, sem limitação ou restrição de departamentos, ou equipes envolvidas.
Contudo, entende-se que a aplicabilidade desse tipo de abordagem é destinada
a todo tipo de indústria e com qualquer dimensão de negócio.
Quanto à abrangência dentro das organizações, recomenda-se que os es-
forços sejam principalmente nas lideranças de todas as áreas ao nível gerencial,
gestores locais, supervisores imediatos e coordenadores de equipes na linha de
frente.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos estimados para a implementação desta abordagem podem
variar significativamente, dadas as características de cada organização como
localização geográfica, quadro de funcionários e complexidade dos negócios.
Logo, não é possível estimar financeiramente, de forma confiável, sem antes
entender o contexto em que estas operam. Porém, é possível listar e descrever
os principais outros recursos envolvidos para colocar a ideia em prática.
Em termos de profissionais envolvidos, pode-se dizer, de forma inicial,
que, dentro da organização, todos os níveis e funções estratégicas devem estar
envolvidos de alguma forma, principalmente por não ser um programa da área
5. METODOLOGIA
A metodologia de aplicação envolve um trabalho que tem início muito
antes da interação com a força de trabalho por meio das técnicas e abordagens
de coaching a serem descritas. Para ajudar os profissionais e organizações que
busquem implementar tal abordagem ou que desejam revigorar os programas
existentes, irei descrever de forma breve, porém clara, três das quatro etapas
necessárias para a implementação desse trabalho. Também será descrita de for-
ma mais detalhada a parte prática das técnicas e abordagens do coaching, assim
como serão referenciados os níveis organizacionais e recursos humanos envol-
vidos em cada etapa:
1. Apresentação e alinhamento
A etapa inicial é quando a abordagem do coaching, voltada para a seguran-
ça, e as técnicas descritas são apresentadas ao nível executivo e gerencial da or-
ganização por meio de reuniões e encontros. Expectativas e entendimento dos
conceitos são alinhados. É obtida a percepção do grupo sobre o desempenho
humano e segurança do momento na organização, além do estado desejado e
resultados que poderão ser obtidos.
3. Implementação e desenvolvimento
É a etapa mais importante e quando os resultados da etapa anterior come-
çam a ser apresentados para a organização, visualizando o conjunto: problema
– estado atual – solução. Nessa etapa também se realiza junto aos líderes uma
série de sessões de aprendizado e desenvolvimento das habilidades não técnicas
que são requeridas para a realização de abordagens coaching ao nível gerencial,
de gestores locais, supervisores imediatos e coordenadores de equipes na linha
de frente. Para que esse processo de implementação tenha robustez e, posterior-
mente, busque a sustentabilidade, são recrutados internamente na organização
coaches para o programa, os quais passam por um programa de capacitação e
preparação sobre técnicas e habilidades do coaching. Também são recrutados
externamente coaches em segurança profissional que já possuem experiência
em indústrias de alto risco para prover suporte e desenvolvimento rápido dos
coaches internos e principais líderes. Destrinchando um pouco mais a atuação
dos coaches profissionais em segurança, têm-se as seguintes abordagens e téc-
nicas que auxiliam na melhoria do desempenho humano, organizacional e de
segurança:
a) Coaching dinâmicoInterações e conversas situacionais junto à força de
trabalho sob demanda real, ou seja, no locak onde o trabalho acontece
e sobre o trabalho. Não há definição de assunto ou agenda prévia, pois
a tarefa do momento é o foco da conversa. Nessa abordagem dinâmica,
a capacidade de se conectar e construir o que o coaching chama de
Rapport é fundamental para permitir que o coach entre no mundo
do trabalhador e consiga desenvolver a conversa fazendo perguntas
importantes de forma aberta. O objetivo das perguntas é melhorar o
desempenho humano e favorecer a capacidade de segurança. Em alguns
casos, a organização pode ter um determinado assunto ou problema no
qual o coach pode convidar o trabalhador a compartilhar sua visão e
ideias.
b) Coaching para liderança em segurançaNa preparação e colaboração
com a liderança, o coach atua ao convidá-los para sessões de coaching
individuais (1:1). Nas sessões são apresentados os objetivos individuais
e desafios de cada líder relacionados ao processo de melhoria do
desempenho humano e de segurança. O coaching em grupo durante as
4. Integração e sustentação
Vale ressaltar que o programa não deve estabelecer data final ou prazo para
“conclusão”, visto que os desafios da organização em operar em um segmento de
alto risco não desaparecerão ao longo dos anos. Por isso, nessa fase, buscam-se
a integração e a sustentabilidade para manter o programa. Revisão de processos
e ferramentas internas que possam abraçar os conceitos e práticas mencionadas
são formas de integrar e de promover a sustentabilidade através de rotinas, reu-
niões, padrões voltados à liderança, ferramentas de observação e conversas de
segurança, programa de admissão e capacitação inicial, processos de execução
5. RESULTADOS
Após alguns meses (12 a 18, aproximadamente), a depender do planeja-
mento inicial e da real implementação do programa, os resultados poderão ser
observados em algumas formas, umas mais diretas e claras, outras subentendi-
das ou discretas.
Um primeiro indicador de alta significância que pode ser monitorado é
a percepção da força de trabalho com relação à presença (frequência) e efeti-
vidade (qualidade) dos líderes nos locais de trabalho. No caso da experiência
compartilhada neste estudo de caso, após cerca de 8 meses, a pesquisa de clima
relacionado à segurança da força de trabalho mostrou um aumento de 30% da
percepção de segurança física (redução dos perigos tangíveis) e da segurança
psicológica junto às equipes, respectivamente.
A definição ou revisão de indicadores proativos de segurança que possam
refletir o impacto das técnicas e abordagens do coaching também podem ser
uma forma de promover a visibilidade dos esforços colocados, por exemplo:
avaliação da qualidade nas conversas realizadas pelas lideranças voltadas à se-
gurança, níveis de segurança física e psicológica percebidas pela força de tra-
balho, quantidade de iniciativas de melhorias sugeridas pela força de trabalho,
entre outros.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
Eixo 02: ISO 45001:2018 Sistema de Gestão de SST
4. Contexto da
5. Liderança 6. Planejamento 7. Apoio
Organização
X
2. OBJETIVO
Este projeto tem como primeira intenção educar e promover a cultura
de valorização da vida e o entendimento sobre a necessidade da prevenção de
acidentes durante a construção de Linhas de Transmissão. Envolver os diversos
times e gerar entendimento dos processos necessários para a prevenção de aci-
dentes, tornando-os orgânicos, exige habilidades específicas e lideranças empá-
ticas, além de maior envolvimento da gestão estratégica.
Mais que um treinamento, esta é uma missão: afinal, a vida humana é
inegociável – não existe valor monetário que pague.
3. APLICAÇÃO
PRINCIPAIS DESAFIOS
Os colaboradores da linha de transmissão deixam suas residências para se
dedicarem integralmente a cada projeto. Na sua maioria, não levam os fami-
APLICAÇÃO
Este case é específico para as atividades de linha de transmissão, mas tam-
bém pode ser desenvolvido em projetos complexos, tais como obras de trecho
diversas (parques eólicos, subestações de energia, usinas fotovoltaicas), nos
quais os colaboradores precisam estar alojados no campo e distantes da família,
dos amigos e/ou das regiões de origem. O planejamento envolve todos os níveis
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
1- O primeiro recurso indispensável para a execução do projeto é o inves-
timento de TEMPO necessário para o investimento no capital humano – este é
um processo que exige entrega e disponibilidade para vivenciar cada etapa.
2- Infraestrutura técnica e logística: sala de reuniões para o treinamento
dos líderes das áreas estratégica, tática e operacional, com recursos audiovisuais.
3- Dentro das possibilidades de endomarketing, é essencial a produção de
um brinde específico para estímulo, destaque e reconhecimento dos colabora-
dores que passam pelo processo de treinamento. O material deve ser conceitual
e personalizado, com o propósito de reforçar a autoridade e a imagem da em-
presa junto ao público interno.
Vale ressaltar que a execução dos projetos acontece de forma rápida, dinâ-
mica e intensiva. Após o treinamento inicial, é indispensável a manutenção e a
educação contínua dos líderes e liderados, tendo em vista o ingresso constante
de novos profissionais oriundos de diferentes instituições e culturas.
Descrição: Gráfico representativo com a expe- Descrição: Gráfico representativo com expe-
riência dos Líderes em Linha de Transmissão. riência dos Líderes em números absolutos de
acidentes.
6. RESULTADOS
Hoje, quando falamos em instalação de Linhas de Transmissão, precisamos
considerar o impacto das práticas e dos indicadores ESG (Environmental, So-
cial and Governance) na sustentabilidade do negócio. Nesse contexto, o projeto
Liderança Prevencionista contribui de forma exponencial, pois forma líderes
de alta performance para atuar em campo. Esse investimento no capital humano
é essencial, visto que tem impacto direto nos indicadores de gestão de riscos e
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
Eixo 02: ISO 45001:2018 Sistema de Gestão de SST
4. Contexto da 6.
5. Liderança 7. Apoio
Organização Planejamento
X
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
O Safety Líder é uma formação corporativa composta por um Day Trai-
ning e 6 módulos para desenvolvimento continuado, com foco nos seguintes
temas: liderança, segurança do trabalho e soft skills.
O principal objetivo deste projeto é atender a uma necessidade básica para que
líderes operacionais possam compreender a real Visão da Segurança do Trabalho,
unindo-se às políticas internas de sua organização. Assim, é possível auxiliar no
pleno desenvolvimento das relações com as demais áreas organizacionais, como:
Produção, Qualidade, Engenharia, Planejamento, Vendas e Recursos Humanos.
Dores: Tive ao longo de 18 anos a grata oportunidade de atuar em grandes
organizações nos ramos de: Abate de aves e Suínos, Montadora de Veículos,
Fábrica de Máquinas Agrícolas e Beneficiadora de Sementes. Todas essas orga-
nizações tinham algo em comum: elas possuíam plano de desenvolvimento para
média e alta liderança operacional ou gerencial, e, igualmente, não possuíam
programa de desenvolvimento para líderes operacionais (Team Líderes).
3. APLICAÇÃO
Este projeto, por ser de Desenvolvimento Humano em SST, pode ser apli-
cado em todas as organizações em que a Segurança do Trabalho seja um dos
pilares do negócio, ou como aprendizagem. Neste termo, tivemos a grata opor-
tunidade de aplicar esta lição nos seguintes segmentos:
- Indústrias de transformação em geral;
- Hospitais;
- Mineradoras;
- Construtoras;
- Montagem industrial;
- Outras áreas.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para o desenvolvimento do programa, aprendizagem necessária por parte
dos participantes e evolução da aplicabilidade dos aprendizados na organização,
devemos ter como recurso:
Passo 1:
Fazer um briefing inicial com os participantes, como, por exemplo, mos-
trando os tipos de liderança existentes.
Passo 2:
Aplicar uma atividade lúdica, como, por exemplo, um jogo, dar as regras,
tempo e acompanhar a execução.
Passo 3:
Fazer o Debriefing de aprendizagem com os participantes, fechando o CAV.
Importante: Se for uma atividade sistêmica ou de alto impacto emocional,
o Debriefing pode ser de Sentimentos e não de Aprendizagem.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
2. OBJETIVO
A Segurança do Trabalho tem passado por uma transformação significati-
va nas últimas décadas, em particular por conta de um olhar diferente das rela-
ções de trabalho, saindo de uma abordagem reativa para uma abordagem mais
proativa (Desempenho Humano, Safety II, Segurança Diferente, etc.). Então, ao
invés de responder a acidentes, lesões e de punir o trabalhador, busca-se agora
um esforço para entender o contexto que leva ao acidente, aprender e responder
de forma mais sistêmica para reduzir as dificuldades na realização da tarefa por
meio do conhecimento do próprio trabalhador.
Implementar barreiras mais robustas e que consigam absorver os poten-
ciais erros dos trabalhadores são iniciativas que colaboram para a segurança
do trabalho, uma vez que o erro faz parte da natureza humana e até o melhor
profissional pode errar. Vale lembrar os princípios segundo Todd Conklin em
seu livro: “Os 5 Princípios do Desempenho Humano”:
3. APLICAÇÃO
Em todas as unidades de negócio.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Recurso humano para revisar e desdobrar os programas de aumento da Ca-
pacidade em Segurança. Porventura, uma consultoria pode ser requirida caso
não haja entendimento por parte do corpo técnico da empresa sobre as Novas
Visões de Segurança (Desempenho Humano, Safety II, Segurança Diferente).
5. METODOLOGIA
De acordo com Sidney Decker, a capacidade refere-se à habilidade de as
pessoas realizarem tarefas, tomar decisões e enfrentar situações complexas de
forma eficaz, levando em consideração os contextos, sistemas e condições em
que estão inseridas. Capacidade também pode ser entendida como camadas de
controle ou salvaguardas que podem absorver o erro humano, pois, enquanto
humanos, vamos errar.
De acordo com Todd Conklin: “não melhoramos a segurança eliminan-
do coisas ruins, mas melhoramos a segurança melhorando nossos sistemas,
processos, planejamento e operações”. Na figura abaixo, uma representação de
como as pessoas influenciam o sistema e como o sistema influencia as pessoas.
Essa compreensão ajuda a entender o posicionamento dessa pessoa em uma
respectiva tarefa, além da importância de estabelecer programas para o aumen-
to dessa capacidade.
Modelo de Trofeu
Por fim, a segurança não impede que coisas ruins aconteçam. A segurança
garante que as coisas boas aconteçam enquanto os trabalhadores desempenham
suas tarefas em ambientes complexos. Nesse contexto e sumarizando, as princi-
pais ferramentas que acabam se interligando ao objetivo principal deste case e
que podem criar uma maior capacidade organizacional para atingir uma Uni-
dade de Negócio Mais Segura, de forma planejada e não ao acaso, seriam:
– Indução Teórica de Segurança, incluindo treinamento de Desempenho
Humano;
– Indução Prática de Segurança, com um Padrinho Designado para acom-
panhar o empregado novato. O empregado vivencia na prática as ativi-
dades operacionais e dos protocolos críticos de segurança, como, por
exemplo, uso de cinto de segurança, etiquetamento, teste e verificação de
uma unidade de processo etc.;
– Programa de Treinamento com Reciclagem, com base na função que
executa.
– Processo de disponibilização dos Procedimentos Operacionais e de Ma-
nutenção, com foco nos riscos, controles e critérios de parada, participa-
ção dos empregados envolvidos na tarefa e revisão periódica;
– Círculo Virtuoso do Desempenho Humano e Organizacional;
– Engajamento no reporte de ferramentas de Segurança: notificação de
riscos, pares, melhorias, quase-acidentes etc.
– Programa Competição de Segurança, como reconhecimento aos desta-
ques na performance combinada (reativa e proativa).
6. RESULTADOS
O sucesso da implementação depende de um bom planejamento e de in-
dicadores para avaliar o sucesso de cada etapa. Na empresa em questão foram
definidos:
Rafael Gomes
Saudação da segurança
Rafael Gomes
Sorocaba - SP
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo central é engajar e aproximar os colaboradores ao time de Saúde
e Segurança do Trabalho, através de um procedimento denominado ‘’Saudação
da Segurança’’. Consideram-se os postos de trabalho diários e as dinâmicas entre
os turnos. Procura-se entender as dificuldades e atuar no sentido de promover
o respeito e a reciprocidade, trazendo melhorias efetivas no nível de valorização
de Saúde e Segurança do Trabalho e cultura organizacional.
3. APLICAÇÃO
Esta lição poderá ser aplicada em quaisquer ramos de atividades ou seg-
mentos, pois trata-se da ambientação e conexão entre os times de Saúde e Segu-
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
É importante estar disponível e preparado para um choque inicial, e estar
receptivo às diversas formas de reação dos colaboradores sobre essa nova forma
de interação e conexão com o departamento de Saúde e Segurança do Trabalho.
5. MÉTODOLOGIA
ETAPAS DO PROCESSO
TIPO: 1 profissional de SSMA TIPO: 2 profissionais ou mais
1 – Definir os horários a serem realizadas as 1 – Definir a planta em áreas específicas
visitas nos respectivos turnos; para que cada profissional seja responsável e
consiga otimizar o trabalho;
2 – Comunicar aos gestores das respectivas
áreas sobre o novo processo; 2 – Após a definição das áreas para cada
profissional de Saúde e Segurança do
3 – Iniciar as visitas e com abordagens
Trabalho, é importante definir os horários
contendo “bom dia, boa tarde e boa noite’’ e
a serem realizadas as visitas nos respectivos
do tipo (como você está hoje? como foi seu
turnos;
final de semana? sua família está bem?).
Tocar em temas que já sabe sobre a pessoa 4 – Comunicar aos gestores das respectivas
para que ela se sinta importante e, com isso, áreas sobre o novo processo;
perceba que você a conhece e se preocupa;
5 – Iniciar as visitas e com abordagens
5 – Essas abordagens são apenas para contendo “bom dia, boa tarde e boa noite’’ e
relacionamento interpessoal. Atua no do tipo (como você está hoje? como foi seu
sentido de garantir que se desenvolva final de semana? sua família está bem?).
uma proximidade e uma conexão entre as Tocar em temas que já sabe sobre a pessoa
pessoas envolvidas e o profissional de Saúde para que ela se sinta importante e, com isso,
e Segurança do Trabalho. Inicialmente, será perceba que você a conhece e se preocupa;
algo mais calmo e brando, mas com o passar
6 – Essas abordagens são apenas para
dos dias as pessoas tendem a ganhar mais
relacionamento interpessoal. Atua no
confiança, ao ponto de passar a também se
sentido de garantir que se desenvolvam
importar por você, criando assim um cuidado
uma proximidade e uma conexão entre as
genuíno.
pessoas envolvidas e o profissional de Saúde
e Segurança do Trabalho. Inicialmente, será
algo mais calmo e brando, mas, com o passar
dos dias, as pessoas tendem a ganhar mais
confiança ao ponto de passar a se importar
com você, criando um cuidado genuíno.
Descrição: pessoas conectadas e que pos- Descrição: pessoas que não possuem cone-
suem uma escuta cuidadosa tendem a ter xão, tendem a não falar tanto e se manter
maior confiança e respeito no ambiente de mais retraídas e aptas a aceitarem apenas
trabalho, gerando relacionamentos mais o básico.
tranquilos entre as pessoas.
6. RESULTADOS
Considerando a minha experiência de atuação na área de Saúde e Seguran-
ça do Trabalho, acredito que o ponto fundamental é captar pessoas e engajá-las
em busca de um único propósito: o de valorizar a Segurança. A ideia é a seguin-
te: quanto mais próximo estamos do nosso público, mais fácil será entender as
suas conexões e aspirações. Isso é relevante para traçarmos planos e estratégias
de trabalho condizentes com as realidades vividas, dado que não existe uma
receita exata para ser aplicada. Nos dias de hoje, atuamos com pessoas que pos-
suem níveis de estudo diferentes, crenças, valores, religiões e/ou até traumas do
passado que podem contribuir positivamente ou negativamente com a busca
dessas conexões. Nosso maior objetivo como profissionais da área é a preocu-
pação com o bem-estar de todos. Por conseguinte, todas as pessoas envolvidas
significam muito para a empresa.
Este procedimento, denominado ‘’Saudação da Segurança’’, foi implantado
na empresa na qual atuo há cerca de 3 anos, e a evolução é extremamente grati-
ficante. Os resultados são perceptíveis na medida em que as pessoas se aproxi-
mam umas das outras no ambiente de trabalho e desenvolvem as suas conexões
diárias. Além de melhorar os indicadores de ocorrência, este procedimento atua
na lógica da humanização e do respeito.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
Os treinamentos desempenham um papel crucial na manutenção de um
ambiente de trabalho seguro, sendo obrigatórios pela Norma Regulamentadora
01 - NR01 e outras NRs, e recomendados pela ISO 45001. No entanto, muitas
empresas enfrentam dificuldades na implementação e nos resultados dos trei-
namentos no local de trabalho.
Dentro da força de trabalho, encontramos profissionais com formações e
experiências diversas, o que requer uma estratégia para garantir que o conheci-
mento seja alcançado por todos. Quando os treinamentos são planejados e exe-
cutados de forma eficaz e efetiva, eles exercem uma influência direta na cultura
de segurança de uma empresa (CAMPOS; DIAS, 2012). A cultura de segurança
3. APLICAÇÃO
Diversos tipos de organizações e equipes podem replicar o uso da andrago-
gia e dos princípios de Paulo Freire em treinamentos de segurança do trabalho.
Essas abordagens pedagógicas têm como objetivo central o engajamento ativo
e a participação dos adultos no processo de aprendizagem, além de promover a
participação ativa e a conscientização dos adultos sobre as práticas seguras no
ambiente de trabalho, o que é especialmente relevante quando se trata de trei-
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A implementação da andragogia e dos princípios de Paulo Freire em trei-
namentos de segurança do trabalho requer recursos materiais, humanos e fi-
nanceiros adequados, além de criatividade por parte dos instrutores.
Recursos Materiais:
Espaço adequado: É importante ter um espaço físico adequado para rea-
lizar os treinamentos, que seja seguro e propício para as atividades práticas e
interativas.
Materiais didáticos: São necessários materiais educativos, como manuais,
guias, apresentações visuais, vídeos e outros recursos que possam ser utilizados
para facilitar o processo de aprendizagem e promover a participação ativa dos
adultos, como, por exemplo: revistas, jogos de tabuleiros, papeis, tampas de gar-
rafas etc.
Equipamentos de treinamento: Em alguns casos, podem ser necessários
equipamentos de treinamento específicos para simulações ou práticas relacio-
nadas à segurança do trabalho. Isso pode incluir equipamentos de proteção in-
dividual (EPIs), ferramentas de demonstração e outros dispositivos relevantes
ao treinamento.
Recursos Humanos:
Instrutores capacitados: A presença de instrutores capacitados nessas me-
todologias é importante para implementar a andragogia e os princípios de Paulo
Freire nos treinamentos. Esses profissionais devem ter conhecimento técnico
sobre segurança do trabalho e, também, habilidades pedagógicas para engajar
os adultos, facilitar discussões e estimular a reflexão crítica.
Equipe de apoio: Dependendo do tamanho e complexidade dos treina-
mentos, pode ser necessário contar com uma equipe de apoio, incluindo facili-
tadores, coordenadores e administradores para auxiliar no planejamento, orga-
nização e logística dos treinamentos.
Recursos Financeiros:
Orçamento adequado: É importante destinar recursos financeiros suficien-
tes para a implementação dos treinamentos de segurança do trabalho com base
na andragogia e nos princípios de Paulo Freire. Isso inclui a aquisição de
5. METODOLOGIA
A implementação da andragogia e da metodologia de Paulo Freire em trei-
namentos de segurança do trabalho requer um cronograma e procedimentos
bem estruturados.
Descrição: Tampas de garrafas com dife- Descrição: Cartas utilizadas para construir, atra-
rentes características e cores utilizadas na vés de dinâmica, a percepção da importância
aula para explicar sobre a importância e da comunicação para a segurança no ambiente
aplicabilidade técnica 5S ocupacional.
Descrição: Jogo de tabuleiro utilizado para Descrição: Atividade em grupo para simular as
relembrar etapas do bloqueio de segurança. reuniões mensais da CIPA, estimulando a aplica-
ção de conceitos ensinados no treinamento
Descrição: Exemplo de retornos recebidos dos alunos em relação aos treinamentos e instrutor
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
2. OBJETIVO
O elemento “Investigação de Incidentes”, dentro do pilar “Aprendizado com
a Experiência”, referente ao Gerenciamento de Segurança de Processos Baseado
em Riscos (RBPS: Risk Based Process Safety), contribui para o fortalecimento da
Percepção de Riscos e, consequentemente, da Cultura de Segurança de Proces-
sos de uma organização.
Ademais, há ainda a oportunidade de correlação e melhoria de outros ele-
mentos, como “Conhecimento de Processo” e “Identificação de Perigos e Aná-
lise de Riscos”, integrantes do pilar “Entendimento de Perigos e Riscos”, além de
“Procedimentos Operacionais”, “Integridade de Ativos”, “Gestão de Mudanças”,
“Prontidão Operacional”, “Disciplina Operacional” e “Gestão de Emergências”,
dentro do pilar “Gestão de Riscos”, entre outros.
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser replicada em diversas empresas e organi-
zações, a partir do auxílio na percepção do impacto dos vieses cognitivos em
possíveis equívocos durante os processos de tomada de decisão.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Considerando que esta lição aprendida consiste em uma estratégia para
o suporte na identificação de fatores que possam influenciar o comportamen-
to humano na tomada de decisões, os recursos necessários são os mesmos já
utilizados durante as investigações de incidentes dentro das organizações.
5. METODOLOGIA
A neurociência cognitiva é uma área acadêmica que realiza o estudo cien-
tífico de mecanismos biológicos referentes à cognição, com foco específico nos
substratos neurais dos processos mentais, assim como em respectivas manifes-
tações comportamentais.
Um viés cognitivo (cognitive bias) é um atalho mental causado por padrões,
que leva a desvios de racionalidade e lógica durante o processamento e interpre-
tação de informações, afetando tanto decisões como julgamentos. A verifica-
ção da sequência de fatos nas investigações de diversos incidentes de processos
permite a identificação da influência de alguns vieses cognitivos em proces-
sos equivocados de tomada de decisão, juntamente com outras circunstâncias,
como as condições do ambiente de trabalho, a disponibilidade de treinamento,
suporte e informações, entre outros fatores influenciadores, sejam eles indivi-
duais, ambientais, tecnológicos ou organizacionais.
O Codex dos vieses cognitivos apresenta mais de 180 vieses que resultam
de muita informação, significado insuficiente, necessidade de agir rapidamente
e limites de memória. Dentre os vieses cognitivos de demasiada informação,
será abordado neste trabalho o viés da confirmação, no qual há uma tendência
em aceitar as hipóteses iniciais, justificando-as durante processos de tomada de
decisão.
Nesta lição aprendida são utilizados dois incidentes como estudos de caso
para exemplificar o efeito do viés de confirmação na tomada de decisão em
situações críticas. Esses dois estudos de caso demonstram o respectivo impacto
na confiabilidade humana.
6. RESULTADOS
Conforme comentado anteriormente, o elemento “Investigação de In-
cidentes”, dentro do pilar “Aprendizado com a Experiência”, referente ao Ge-
renciamento de Segurança de Processos Baseado em Riscos (RBPS: Risk Based
Process Safety), contribui para o fortalecimento da Percepção de Riscos e, conse-
quentemente, da Cultura de Segurança de Processos de uma organização.
Nos dois exemplos considerados nesta lição aprendida, percebe-se que
houve uma tendência em aceitar uma hipótese inicial, justificando-a durante
um processo de tomada de decisão, causando impacto na confiabilidade hu-
mana. Observa-se, portanto, o efeito do viés cognitivo como um atalho men-
tal causado por padrões, levando a desvios de racionalidade e lógica durante o
processamento e interpretação de informações, o que afeta tanto decisões como
julgamentos.
Portanto, durante as investigações de incidentes, é importante uma aná-
lise criteriosa para compreender as condições e circunstâncias que possam in-
fluenciar o processo de tomada de decisão em situações críticas. É importante
relembrar que, além dos aspectos individuais, a confiabilidade humana também
é influenciada por outros fatores, sejam eles ambientais, tecnológicos ou orga-
nizacionais.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
Os problemas da situação real apresentada por este estudo foram resol-
vidos por meio da aplicação da abordagem de Fatores Humanos, pela qual se
compreende o trabalho a partir do ser humano, do trabalhador, e não focando
nele individualmente. Por esse motivo, a visão do problema não será centra-
lizada e individual, mas sim abrangente e sistêmica, buscando nas estruturas
organizacionais as raízes para os sintomas – problemas, acidentes, incidentes
etc. – observados e vivenciados na prática.
Sendo a visão do problema abrangente e sistêmica, sua solução, conse-
quentemente, também será abrangente e sistêmica, fazendo com que as estrutu-
ras organizacionais sejam corrigidas em sua origem, gerando uma ressonância
em todo o sistema de trabalho, percorrendo todas as hierarquias, setores e áreas.
3. APLICAÇÃO
O caso em estudo foi observado em um canteiro de obras de uma constru-
ção de grande porte no estado do Rio de Janeiro, no ano de 2022. Apesar desse
caso ser um exemplo típico da área de construção civil, a abordagem de Fatores
Humanos pode ser aplicada em qualquer área, segmento industrial ou ambiente
laboral, pois compreende o trabalho a partir do ser humano, independentemen-
te de onde ele esteja executando suas tarefas.
Como será explicado em detalhes mais à frente, para que esta lição apren-
dida possa ser replicada, basta empregar poucos recursos, mas é necessário,
inicialmente, “mudar as lentes dos óculos” e perceber que Fatores Humanos
já estão presentes nas mais diversas atividades. É indispensável, portanto, uma
ressignificação, uma ampliação da compreensão de como o trabalho (real) é
executado.
Entretanto, essa ampliação não pode ser de qualquer maneira: deve ser a
partir da perspectiva do trabalhador, do ser humano que está interagindo com
todos os elementos constituintes de um sistema de trabalho (o ambiente, os
equipamentos, os procedimentos, a cultura organizacional, as pressões, as limi-
tações, os recursos, os processos, a tecnologia, enfim, tudo aquilo que influencia
na execução da atividade).
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
De acordo com uma frase atribuída a Peter Drucker, “O conhecimento é
o único recurso significativo hoje em dia”. De fato, esse é o mais importante
recurso para a replicação desta lição aprendida: o conhecimento acerca de Fato-
res Humanos. Mas, então, o que são Fatores Humanos? Seria o plural de Fator
Humano, portanto, o plural de pessoas, trabalhadores de uma empresa? Não! O
termo Fatores Humanos é muito mais do que um simples plural.
Para Rachel Gordon, pioneira no estudo de Fatores Humanos no segmento
industrial, Fatores Humanos é o estudo científico no ambiente de trabalho da
interação entre fatores organizacionais, de grupo e individuais (Gordon, 1998).
No segmento da aviação, Fatores Humanos estão sendo estudados desde os pri-
mórdios da II Guerra Mundial (Dekker, 2019). A FAA (Federal Aviation Admi-
5. METODOLOGIA
Tendo as definições de Fatores Humanos apresentadas no item 4. Recur-
sos, bem como outros estudos acerca do tema em todo o mundo, França et al.
(2020) definem que Fatores Humanos são todos aqueles fatores que influen-
ciam o desempenho do ser humano nas suas atividades de trabalho. Tais fatores
atuam em conjunto, integrados, e podem ser tecnológicos, ambientais, organi-
zacionais e individuais, dentre outros.
Na figura 1 pode ser visto um esquema gráfico da abordagem de Fatores
Humanos, a metodologia aplicada nesta lição aprendida.
José estava nessa reunião e ficou intrigado com essas ações, perguntan-
do aos gerentes da prestadora de serviço se alguma outra ação foi tomada na
organização em si. A resposta foi não, sendo que um dos gerentes justificou
que “foram os trabalhadores que se acidentaram, portanto, as ações devem ser
focadas neles”.
Após um certo tempo de reflexão sobre essa resposta, José pediu a palavra
novamente e solicitou autorização aos gerentes para conversar com todos os
trabalhadores, acidentados e não acidentados. Os gerentes concordaram e for-
malizaram essa autorização por meio de um e-mail, que foi enviado dois dias
depois da reunião. Importante ressaltar que, até este momento, ninguém da em-
presa contratante ou da prestadora de serviço entrevistou ou conversou com os
6. RESULTADOS
José, de fato, fez uma análise de Fatores Humanos, compreendendo, a par-
tir dos trabalhadores, como o trabalho é executado e quais fatores influenciam
o desempenho deles quando executam suas tarefas. Adotando a figura 1, que é
o esquema gráfico de Fatores Humanos, e cruzando com os dados evidenciados
em campo por José, pode-se construir um esquema gráfico sobre a análise de
Fatores Humanos, conforme apresentado na figura 6.
REFERÊNCIAS
Arruda, F. (2022). Capítulo “Escutar é diferente de ouvir: construindo a con-
fiança a partir do trabalhador”, Case 188, Fatores Humanos. Compêndio de Li-
ções Aprendidas em SST. Editora Nelpa, São Paulo.
Edmondson, A. (2020). A organização sem medo: Criando segurança psicoló-
gica no local de trabalho para aprendizado, novação e crescimento. 1ª Edição.
Alta Books, Rio de Janeiro.
JOSUÉ EDUARDO
MAIA FRANÇA
Paulo Franchi
Costa Rica Heredia
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
As estatísticas mostram que mais de 90% dos acidentes são ocasionados
por fatores humanos. Esses dados são interessantes, porque todas as pessoas que
saem de suas casas para trabalhar têm como propósito realizar suas atividades e
voltar para a casa da mesma maneira que chegou no trabalho. Ninguém sai de
casa pensando: hoje vou chegar no trabalho e vou infringir as regras de seguran-
ça, pois quero causar um acidente e me lesionar ou danificar alguma máquina,
equipamento, material o produto.
Com isso, a pergunta é: por que as pessoas não querem se lesionar, mas
cometem atos inseguros que precedem e causam os acidentes? O objetivo desta
lição é compartilhar processos de segurança comportamentais, como método
de treinamento contínuo e reforçamento do comportamento seguro através de
3. APLICAÇÃO
Esta lição pode ser aplicada em qualquer ramo de atividade e local de tra-
balho, inclusive pode ser matéria de cursos técnicos no âmbito de processo de
controle e gestão de riscos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Esta lição tem baixo custo, pois tudo está relacionado a métodos e partici-
pação dos colaboradores. Necessita somente de formação da equipe de recursos
humanos, gerentes, supervisores e colaboradores de todas as áreas para partici-
pação ativa na implementação e manutenção desses processos. Os participantes
serão observadores de atividades nas áreas operacionais e administrativas para
retroalimentar de maneira positiva as pessoas observadas.
Necessita formar um comitê para análise das observações e elaboração de
estatísticas que identifiquem e determinem ações de melhora contínua para a
criação de condutas e hábitos seguros. São utilizadas tecnologias básicas, como
notebook e celulares, os quais podem ajudar para eliminar o uso de checklist de
observações em folhas de papel, facilitando a geração de dados automatizados
e de maneira rápida.
5. METODOLOGIA
São vários os procesos que completam o quebra-cabeça da segurança ba-
seada em comportamento. A seguir, ilustram-se os processos de segurança com-
portamentais considerados processos proativos que contribuem para a evolu-
ção da cultura de segurança rumo à interdependência. Todas essas ferramentas
dos processos de segurança são elementos fundamentais que se completam para
uma capacitação contínua em busca de hábitos seguros e, consequentemente,
cultura da interdependência.
6. RESULTADOS
Com a implementação desses processos de treinamento contínuo, com
foco no comportamento por reforço positivo, cria-se uma cultura de transpa-
rência, confiança, respeito e cuidado mútuo entre os colaboradores de todos os
níveis, além de influenciar a todos no compromisso e emponderamento com as
metas de prevenção de acidentes, cuidado com os bens da companhia e criação
de hábitos seguros, os quais, sem dúvida, romperam os limites da companhia.
Os colaboradores levarão todos esses conhecimentos e práticas para to-
dos os lugares que frequentarem e serão embaixadores da segurança. Foco na
sustentabilidade através do comportamento das pessoas. Esses processos foram
implementados em três companhias de um mesmo grupo, em países diferentes
e estão assegurando excelentes resultados na redução de accidentes e criação de
um ambiente melhor para se trabalhar.
PAULO SERGIO
APARECIDO FRANCHI
Técnico em Segurança do Trabalho, formado no
curso de Higienista Industrial pela entidade IT-
SEMAP, cursado dois anos de Engenharia Civil na
PUC MINAS, Poços de Caldas, e dois anos de En-
genharia de Produção na Universidade Centro Leste
(UCL), em Serra Espírito Santo. Está em fase de conclusão
do curso de Engenharia de Segurança e Meio Ambiente na Universidad
Latinoamericana de Ciencia y Tecnología – ULACIT, em San Jose, Costa
Rica. Foi professor de Higiene Industrial no Colégio Canadá para o cur-
so de técnico de segurança do trabalho.
Especialista na implementação de Sistemas de Gestão ISO 14001 e 45001
e processos comportamentais para desenvolvimento da Cultura de Se-
gurança, com foco na interdependência.
Com 27 anos de experiência na área de Saúde, Segurança e Meio Am-
biente, foi responsável pela implementação da cultura de segurança em
três diferentes plantas de produção de cabos elétricos, com o propósito
de alcançar a meta zero acidentes. Participou do desenvolvimento do
manual de segurança corporativo, criando a oportunidade de trabalhar
em outros países. Especialista na implementação de processos de segu-
rança, como BBS, SAFESTART, STOP, Consequence Thinking e Reid
System. Começou sua carreira no ramo industrial como operador de
máquinas na Alcoa, divisão de cabos, e iniciou e continua a sua jornada
na área de SSMA neste mesmo segmento, tendo a oportunidade de co-
nhecer a teoria e colocá-la em prática. Desenvolve seus conhecimentos
em grandes empresas renomadas na cultura da sustentabilidade, como
Alcoa, Phelps Dodge, General Cable. Atualmente é Gerente de QHSE na
Prysmian Group em Heredia, Costa Rica.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
Os registros históricos dos anuários do INSS apontam que as doenças os-
teomusculares ou aquelas relacionadas à ergonomia com CID - M lideram as
estatísticas dos auxílios acidentários e previdenciários. Com base nessa obser-
vação, nosso objetivo foi contrastar as condições de um ambiente de trabalho
e, assim, avaliar os processos de fabricação de produtos ferroviários, buscando
identificar os desvios posturais com potencial adoecimento dos trabalhadores.
Outro objetivo é utilizar-se de ferramentas ergonômicas básicas, como
NIOSH e RULA, para estabelecer parâmetros e posteriores intervenções nas
tarefas críticas através da Análise Ergonômica do Trabalho (AET).
Esta lição aprendida busca pontuar as cinco etapas da ergonomia de ma-
neira sucinta e sequencial durante o desdobramento de cada fase da análise er-
gonômica, mas sem perder o enfoque preventivo dos propósitos de antecipação,
reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos envolvidos nesta lição aprendida estão focalizados no conhe-
cimento técnico do profissional de saúde e segurança no campo da Ergonomia.
Dessa forma, para que haja uma eficácia no plano de ação oriundo dos desvios
apontados na AET, é preciso que seja alocado um profissional com formação
específica nesse campo.
5. METODOLOGIA
5.1 Análise Ergonômica do Trabalho
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é uma metodologia de aplica-
ção dos conhecimentos ergonômicos desdobrada em cinco etapas: análise da
demanda; análise da tarefa; análise da atividade; diagnóstico; e recomendações
técnicas.
5.2 Rapid Upper Limb Assessment
A análise de Rapid Upper Limb Assessment (RULA) é um método desen-
volvido para uso de investigações ergonômicas nos locais de trabalho. Objetiva
identificar potenciais posições posturais que ocasionem doenças dos membros
superiores ligados ao trabalho. Esse método não requer equipamento especial e
oferece uma rápida análise das posturas de pescoço, tronco e membros superio-
res junto à função muscular e à carga externa recebida pelo corpo.
Essa ferramenta foi desenvolvida para investigar a exposição de trabalha-
dores individuais aos fatores de risco associados aos distúrbios dos membros
superiores. Utiliza-se de diagramas de posturas corporais e tabelas de pontua-
ção para fornecer avaliação da exposição a fatores de risco. Os fatores de risco
sob análise são aqueles descritos como fatores de carga externos, quais sejam:
a) Número de movimentos;
b) Posição estática;
c) Força;
d) Postura de trabalho determinada pelos equipamentos;
e) Tempo de trabalho sem interrupção.
25 24 14 63
Rebarbar
Corte
Traçar 12 28 14 54
Soldar 61 27 33 121
Rebarbar 45 34 30 109
Solda
Furar 89 100 45 234
Usinar 52 42 75 169
Gravar 38 24 35 97
Desempenar 41 10 70 121
Pintura 15 12 70 97
Paletização 10 18 35 63
SAMUEL MORAES
FATORES HUMANOS
Anna Cristina Baptista Pereira, Dra.
Ludmila Peres Silva
Maria Medeiros
Segurança humana ou segurança do (no) trabalho
- o que buscamos?
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
Desde 1978, quando foram editadas as primeiras Normas Regulamentado-
ras por meio da Portaria nº 3.214 e com a implantação de modelos de sistema
de gestão, temos observado uma melhora nos indicadores de segurança e saúde
ocupacional. No entanto, as práticas prevencionistas não têm alcançado a sua efe-
tividade, dada a persistência na ocorrência de lesões e agravos à saúde do traba-
lhador, o que faz com que seja necessário avançar em estudos mais aprofundados.
Uma das possíveis explicações para a continuidade das ocorrências de aci-
dentes no ambiente laboral justifica-se pelo fator humano, mas não como agente
de culpabilidade, e sim como necessidade de alcançar uma melhor compreen-
são sobre como cada trabalhador pensa a realização da sua atividade, possíveis
interferências e de que forma prioriza as suas tarefas em detrimento dos con-
3. APLICAÇÃO
O conteúdo aqui apresentado se aplica a todo profissional que atue em
qualquer segmento, interessado em se aprofundar no fator humano, a fim de
melhor compreender quais variáveis poderão gerar insegurança nas pessoas
quando da realização de suas atividades cotidianas, de modo a implementar
ações para reduzir ou eliminar possíveis agentes de insegurança.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Não se espera a alocação de recursos relevantes, apenas o investimento na
capacitação das pessoas envolvidas, a fim de que identifiquem, analisem e ava-
liem o fator humano de forma mais fundamentada, podendo subsidiar a defini-
ção de ações com vistas a salvaguardar cada trabalhador.
5. METODOLOGIA
5.1 – Marco conceitual
Segurança humana é definida pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD1 da Organização das Nações Unidas (ONU, 1994),
em seu Relatório Anual, como o conjunto de condições que asseguram a pro-
teção dos indivíduos contra ameaças, como a pobreza, a fome, a doença, a cri-
minalidade, as catástrofes naturais, as violações dos direitos humanos, a arbi-
trariedade, a violência sexual, a imigração, as deslocações internas, o tráfico de
pessoas ou o desemprego.
Em se tratando de ameaças, o Relatório Anual (PNUD, 1994) apresenta as
sete ameaças referentes às dimensões de segurança humana, quais sejam: segu-
rança econômica, segurança alimentar, segurança sanitária, segurança ambien-
tal, segurança pessoal, segurança comunitária e segurança política.
Por outro lado, segurança do (no) trabalho é o conjunto de medidas adota-
das por uma organização que visa reduzir e/ou eliminar os acidentes de traba-
lho e agravos à saúde do trabalhador, garantindo sua segurança e saúde dentro
dos ambientes de trabalho.
1
PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano. Brasília, DF: [s. n.], 1994.
Guia de lições aprendidas em SST 895
Assim, a definição de segurança humana visa alcançar uma amplitude
quanto à identificação de possíveis ameaças ao indivíduo, não considerando
somente àquelas associadas ao ambiente de trabalho, mas sim aquelas que favo-
reçam um melhor entendimento do fator humano como um todo.
Para esclarecer o contexto evolutivo2 do conceito de segurança humana,
apresentamos abaixo uma cronologia com os principais marcos:
• 1945 a 1990: era o chamado Segurança Nacional ou do Estado devido
ao equilíbrio militar entre os dois blocos durante a Guerra Fria. Buscava
garantir a segurança das pessoas, que correspondia à segurança dos ter-
ritórios em que elas residiam;
• 1990: surge como um instrumento nas relações internacionais, visando
unir preocupações sobre proteção, direitos humanos e bem-estar indivi-
dual, com vistas à segurança social e à identificação de possíveis amea-
ças. Buscava-se evitá-las ou ter seus efeitos mitigados com ações adequa-
das às magnitudes dos seus agravos à saúde das pessoas;
• 1994: definição de segurança humana no PNUD (ONU);
• 2000: criação do Fundo das Nações Unidas para a segurança humana;
• 2001 a 2003: reaparecimento do conceito de “Responsabilidade de Pro-
teger” dentro do Relatório da Comissão Internacional sobre Intervenção
e Soberania estatal, focando na segurança física das pessoas;
• 2004 a 2005: segurança humana é inserida na agenda das Nações Unidas.
2
PEREIRA, Anna Cristina Baptista. Segurança humana e sua relação com a saúde do trabalha-
dor em tempos de pandemia de Covid-19 em São Paulo e Medellín. 2023. 116p. E Tese (Douto-
rado) – Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023.
Riscos
Percepção 1 Descrição dos possíveis riscos
Portaria n. 25/943
Surdez, diminuição gradual da audição, irritação,
Físico
desconforto térmico
Você conhece
os riscos Intoxicações, doenças respiratórias, dermatite de contato,
Químico
ocupacionais irritação das vias aéreas
decorrentes Biológico Doenças infectocontagiosas
do seu Ergonômico Lesões por esforços repetitivos, stress físico e/ou psíquico
trabalho?
Acidente ou Queimadura, envenenamento, fratura, contusão,
Mecânico ferimentos
3
BRASIL. Portaria SSST nº 25 de 29 de dezembro de 1994 – Aprova a NR 9 – Riscos Ambien-
tais. Brasília, DF: Governo Federal, 1994.
6. RESULTADOS
Foi aplicado o roteiro com 12 (doze) empregados que ocupam a função de
Ajudante Geral em uma empresa do segmento de reuso de sucata de pneumáti-
cos, localizada no município de Santo André/SP, em dezembro de 2022, período
em que a pandemia de Covid-19 ainda não estava totalmente sob controle.
4
PNUD. Relatório Anual. Nova Iorque: ONU, 1994.
7. CONCLUSÕES
O roteiro apresentado pode propiciar ao gestor da área de segurança um
conhecimento mais aprofundado de cada trabalhador, a fim de adotar medidas
preventivas mais assertivas ao considerar o indivíduo como um todo e não so-
mente quando este atua no seu ambiente de trabalho.
Para o estudo de caso em questão, as dimensões de segurança comunitária
e política não foram relatadas pelos entrevistados devido à sua nula percepção.
Esse resultado nos leva a entender de que essas dimensões não são geradoras de
qualquer tipo de insegurança nos indivíduos respondentes.
Em relação ao contexto interno, os trabalhadores entrevistados diminuí-
ram a sua percepção de segurança decorrente da frequência e periodicidade da
atividade na função exercida, fazendo com que eventuais controles se tornas-
sem desnecessários aos olhos de cada trabalhador, tendo em vista a confiança e
hábitos adquiridos ao longo da jornada de trabalho.
Ainda em relação ao contexto interno, a eficácia das medidas de higieniza-
ção e isolamento social, adotadas no local de trabalho por conta da pandemia
de Covid-19, estiveram associadas a uma percepção relativizada. Por não haver
um colega e/ou cliente que tivesse sido contaminado pelo vírus, a percepção de
segurança tornou-se baixa ou nula, fazendo com que o nível de alerta e atenção
fosse reduzido a ponto de os controles não terem sido considerados.
Dessa forma, conclui-se ser apropriada a sistemática proposta como um
instrumento de gestão, capaz de suportar as decisões organizacionais na busca
de ser considerado o indivíduo como um todo, e não somente quando este es-
tiver em seu ambiente de trabalho. Portanto, compreende-se melhor seu com-
portamento quando as possíveis influências do contexto interno e externo são
conhecidas.
ANNA CRISTINA
BAPTISTA PEREIRA
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
Eixo 01: Triangulação em SST
Engenharia Gestão Fatores Humanos
X
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
Atualmente, os transtornos mentais representam a terceira maior motiva-
ção para o afastamento do trabalho no Brasil. Em 2021, o custo com interna-
ções relacionadas à psiquiatria na empresa representou um valor aproximado
de mais de R$ 600 mil. De acordo com a Previdência Social, em 2021, mais de
75 mil brasileiros sofreram afastamento do trabalho por conta de quadros de
depressão. A depressão representa 37,8% das licenças médicas por transtorno
mental no Brasil, o que faz dela o transtorno que mais afasta empregados do seu
ambiente de trabalho, ao lado da ansiedade.
O objetivo desta lição aprendida é demonstrar a implantação de um apli-
cativo customizado para mapeamento, acolhimento e direcionamento de em-
pregados ao autocuidado com a saúde mental. Além disso, o aplicativo tem o
objetivo de gerar conhecimento e de se tornar uma rede de apoio para influen-
3. APLICAÇÃO
Esta lição aprendida pode ser replicada sem restrições em qualquer em-
presa independente do ramo de segmento. Pode abranger todos os empregados
próprios e terceiros.
O tempo de construção do aplicativo foi de, aproximadamente, 30 dias.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Houve a necessidade de recursos humanos, financeiros e de comunicação
para garantir o sucesso do projeto.
Os recursos humanos foram fundamentais para o desenvolvimento das
ferramentas, com a elaboração do layout, perguntas e critérios de alertas e cri-
ticidades.
Houve a necessidade de integração e alinhamento com a área de comuni-
cação para o desenvolvimento do plano de comunicação. As ferramentas foram
divulgadas no lançamento do programa de Saúde Mental, em janeiro de 2023,
através de uma campanha interna que priorizou uma linguagem adaptada em
diferentes níveis. O lançamento, inicialmente, destinou-se a mais de 400 ges-
tores, com posterior divulgação para o time de apoio de Saúde e Segurança,
composto por mais de 200 pessoas. Em seguida, o lançamento desdobrou-se
para todos os empregados por meio de um webinar, diálogos no campo e peças
de comunicação.
Também foi necessário o envolvimento da área de apoio à Lei Geral de
Proteção de Dados, de modo a garantir o cuidado com as informações e o uso
dos dados sensíveis nas ferramentas.
Os recursos financeiros foram imprescindíveis para a contratação de uma
consultoria que implantasse o projeto por meio do app Power Automate. Em re-
lação à ferramenta forms e à gestão dos dados, realizada de forma internamente
pelo time de Saúde, os custos foram zero.
5. METODOLOGIA
O programa de saúde mental da empresa possui ferramentas para o ma-
peamento prévio de possíveis adoecimentos mentais.
Relatórios
As respostas das ferramentas geram relatórios, os quais permitem que a
médica focal do programa analise cada uma e acompanhe a evolução dos sen-
timentos de cada empregado. Assim, permite-se uma intervenção preventiva.
6. RESULTADOS
Solidão, medo, insegurança, morte de entes queridos ou pessoas próximas
são fatos vivenciados no dia a dia e, nesse cenário, a pandemia foi um gatilho
a mais para intensificar o adoecimento mental das pessoas. Por isso, há uma
grande necessidade de fortalecer o cuidado preventivo da mente e minimização
dos impactos.
Atuar de forma preventiva no cuidado com a mente é um desafio dos pro-
fissionais de saúde nas empresas, pois, normalmente, os adoecimentos são sina-
lizados já na ocorrência de um afastamento ou internação.
As ferramentas apresentadas neste case permitem a análise de possíveis
sinais de adoecimento ao longo dos dias e a intervenção prévia, seja acolhen-
do de forma pontual ou direcionando para acompanhamento com psicólogos
qualificados. Além da análise individualizada, também se pode identificar pos-
síveis “áreas adoecidas” e avaliar uma intervenção eficiente em diferentes níveis
hierárquicos.
Com o lançamento do programa de saúde mental e aplicabilidade das fer-
ramentas, foi possível evidenciar uma queda de até 0,06% na taxa de absen-
teísmo nos primeiros três meses. Quando o custo total em saúde por mês é
comparado ao total de referência, período anterior ao lançamento do programa,
evidenciou-se até o momento um custo evitado de até 27%.
Conclui-se que um programa de saúde mental não é um custo, e sim um
investimento com possibilidade de ver os retornos positivos na redução do cus-
to em saúde, com geração de saúde mental e maior qualidade no trabalho em
longo prazo. Recomenda-se que todas as empresas apliquem este case para o
cuidado com a saúde mental das suas pessoas.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação
com os seguintes eixos de enquadramento:
9. Avaliação do
8. Operação 10. Melhoria
Desempenho
X
2. OBJETIVO
Os objetivos específicos desta lição aprendida é capacitar em segurança,
qualidade e produtividade; promover a mudança cultural; aumentar a eficiência
da mão de obra; gerar fluxo de valor; e padronizar as atividades críticas, visando
à redução de risco e tempo da atividade.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Foi realizado o mapeamento dos empregados da empresa com base nos
riscos elegíveis, ou seja, empregados expostos a riscos operacionais, como risco
de queda com diferença de nível, contato com fontes de energia, exposição de
membros ou parte dos membros, dentre outros riscos operacionais identifica-
dos em todos os eventos com perdas pessoais e mapeados no início do projeto.
Entretanto, era necessário não apenas mapear os empregados elegíveis, mas
sim as lideranças desses empregados, pois, ao haver um entendimento técnico
por parte do líder, os empregados farão uma imersão no processo de transfor-
mação e melhoria de sua percepção. Logo, as atitudes realizadas outrora, dentro
do seu processo operacional ou de manutenção, seriam revistas para melhoria e
adequação dos riscos dentro do ambiente de trabalho.
Descrição da Estrutura do Dojo montada (Bancadas)
Item 1- Bancada Saúde e Bem-estar
Item 2- Bancas VPS (Modelo de gestão da Vale)
Item 3- EPI – Equipamentos Proteção individual
Item 4- Armário de Produtos Químicos
Item 5- 5S
Item 6- Simulador de agarramento
Item 7- Simulador de bloqueio de energia: elétrica
Item 8- Simulador de bloqueio de energia: pneumática
Item 9- Simulador de queda de altura
Item 10- Simular de queda de peça sobre as mãos
Item 11- Simulador de içamento de carga e prensamento de mãos
Item 13- Bancada Improviso de ferramentas e equipamentos: regra de ouro 8
Item 14- Bancada painel análise e percepção de risco
Item 15- Passarela: “Apontar e falar, OK”-
5. METODOLOGIA
Mas, o que é Dojô? Dojo ou Dojô é o local onde se treinam artes marciais
japonesas. Muito mais do que uma simples área, o dojô deve ser respeitado como
se fosse a casa dos praticantes. É o local onde os empregados aprendem sobre
seus trabalhos e progridem para níveis mais altos de carreira. Com o compro-
misso de contribuir para o ambiente de trabalho “zero acidente”, faz-se neces-
sária a criação de uma área especializada para se demonstrar e treinar práticas
com o objetivo de aumentar a segurança, produtividade e qualidade, e reduzir
os riscos associados às atividades. Essa prática foi inspirada na Toyota, conhe-
cida pelo seu modo de trabalho, o Lean Production (produção enxuta), com
foco em segurança, qualidade e produtividade. O DOJO é baseado no modelo
de treinamentos adotado pela Toyota, que corresponde a um espaço utilizado
pelos instrutores de artes marciais para aprimorar suas habilidades.
FASE 1- DESENHO - A fase de desenho contempla o desenvolvimento e a
padronização do conteúdo dos Dojos, desde a estrutura física até o conteúdo
programático do treinamento.
Os padrões de franquia são referências padronizadas usadas para estabe-
lecer as condições mínimas requeridas para a estruturação do Dojo (infraes-
trutura, equipamentos, formação de instrutores e conteúdos programáticos dos
treinamentos).
6. RESULTADOS
Diante do exposto sobre a implantação do projeto, verificamos ganhos tan-
gíveis e intangíveis dentro das performances operacionais e de manutenção do
Porto Norte.
No período de 2 anos foram treinados 2.576 empregados em 430 (quatro-
centas e trinta) turmas. Essa quantidade corresponde a 100% do efetivo pró-
prio do Porto, mantendo a média de 06 (seis) empregados, o que perfaz um total
de 8.400Hh treinados. Os treinamentos possibilitaram a marca de zero eventos
relacionados a vidas mudadas e/ou fatalidades. Houve um aumento de 6% no
número de registros proativos e de análises de riscos operacionais, o que evi-
dencia o aumento no grau de percepção dos perigos e riscos operacionais, bem
como a maior utilização de diálogo antes e dentro das rotinas de realização das
tarefas. Além disso, já está em desenvolvimento e aplicação a metodologia Shisa
Kanko durante a manutenção de máquinas e equipamentos.
O Dojo do TMPM vem se destacando entre os 67 do Brasil nas conquistas
de títulos em auditorias, gestão e visitas da última camada hierárquica da alta
liderança. Abaixo seguem as demonstrações:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dojo de Segurança tem como principal objetivo oferecer treinamentos
básico e intermediário no que tange à prática versus nível de formação e ex-
periência de cada empregado, proporcionando habilidades na prática das suas
funções. Com isso, reduzimos os riscos e desvios na execução das tarefas.
MARIA MEDEIROS
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Atividades em campo são realizadas a céu aberto com exposição ao calor em
seu ambiente de trabalho. Dependendo da exposição, o indivíduo pode sentir a
diminuição da produtividade, da concentração e o aumento do risco de acidentes.
Os parâmetros utilizados para avaliar a sobrecarga fisiológica devido à exposição
de calor são: frequência cardíaca, temperatura corporal, pressão arterial, dentre
outros. Ao ser exposto ao calor, esses parâmetros corporais agem para manter a
temperatura corporal dentro da normalidade através da termorregulação.
3. APLICAÇÃO
O monitoramento dos parâmetros fisiológicos de colaboradores pode ser
aplicado em qualquer atividade que seja realizada em campo, de maneira contí-
nua ou intermitente. Independente do ramo de atividade, basta que a atividade
seja realizada em campo e que o colaborador esteja exposto ao calor, no trabalho
a céu aberto.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a realização desta lição aprendida foram necessários aparelhos de me-
dição de parâmetros fisiológicos (PA, FC e Temperatura corporal) e aparelho
termo-higrômetro digital para as aferições da temperatura de ar ambiente.
5. METODOLOGIA
6. RESULTADOS
A amostra envolveu 1 colaborador que realiza atividades operacionais, com
idade de 36 anos, do sexo masculino e tempo de trabalho na área operacional de
6,5 anos. Esse colaborador possuía algumas atividades em campo a céu aberto.
As atividades eram dinâmicas, ora no escritório, ora dirigindo e ora em campo
(externo).
As aferições foram realizadas criteriosamente, respeitando os horários de-
finidos na metodologia. Como as atividades são dinâmicas, as aferições foram
realizadas no decorrer destas. A primeira avaliação (8h) foi realizada no escri-
tório; já na segunda (10h), a equipe estava no veículo se deslocando, portanto, a
avaliação foi realizada dentro do veículo; a terceira avaliação (12h) também foi
realizada dentro do veículo, pois, nesse momento, o colaborador estava retornan-
do ao escritório da empresa; a quarta (14h) foi realizada também de dentro do
veículo, momento em que o colaborador retornava do almoço e se deslocava para
a realização das atividades do período vespertino; a quinta (16h) foi realizada
no momento da atividade em campo a céu aberto, no ambiente externo; e, por
último, a sexta aferição (18h) foi realizada no retorno ao escritório, na entrega do
veículo. As avaliações foram efetuadas nos respectivos locais, pois era exatamen-
te onde o colaborador se encontrava no horário previsto para a aferição. Somente
uma das avaliações coincidiu com o momento em que o colaborador estava rea-
lizando atividade de campo, a céu aberto.
Observando as aferições, o momento de maior temperatura de ar ambiente
(quando aconteceu as atividades de campo com exposição ao calor) foi às 16h.
Observando a temperatura local conforme previsão do tempo nos respectivos
horários, nota-se que o maior pico de temperatura prevista está entre o horário
das 14h às 16h, conforme tabela 2.
Cristiane Lage
Itabira - MG
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O que é segurança? Por que os acidentes acontecem? Como evitar que novos
acidentes aconteçam? O que fazer para melhorar a atuação da segurança? Por
onde começar?
Essas perguntas certamente estão na mente de todos os profissionais atuan-
tes na área de segurança no trabalho e, sem dúvida, o sonho para qualquer um
deles seria ter essas respostas de forma imediata e clara, como num passe de
mágica. Contudo, sabe-se que não seria algo tão simples assim. Ter acesso a esta
valiosa lição requer a compreensão de alguns fatores subjetivos e sistêmicos, re-
quer a compreensão do Fator Humano.
3. APLICAÇÃO
O curso O Fator Humano: a solução para a segurança no trabalho consi-
dera a abordagem voltada para Fatores Humanos e Organizacionais, contemplan-
do as organizações como um todo, principalmente aquelas que se enquadram em
um grau de risco elevado em suas operações. Entender como os elementos estru-
turantes e formadores de trabalho modelam uma cultura organizacional que se
torna relevante a todos os contextos e áreas de estudo.
O benefício do olhar humanizado para a gestão das áreas estratégicas é
algo que emerge, seja em Segurança, Saúde, Meio Ambiente, Gestão de Pessoas,
Qualidade, Produção, Manutenção, Operação ou Logística. Considera-se ainda
que a compreensão multidisciplinar dessa abordagem potencializa os resultados
e promove uma visão sistêmica e ampla.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Entender a complexidade do trabalho real e as influências dos Fatores Hu-
manos e Organizacionais é algo que se faz necessário em todas as organizações.
A sua aplicação é algo de possível acesso a todos, afinal, não envolve um investi-
mento relevante. Para a sua adoção, a liderança precisa estar preparada e aberta à
sua concepção, tendo o viés do custo irrecuperável como o principal fator impe-
ditivo para essa transição.
Refletir sobre o passado revela que todo o percurso em direção ao desen-
volvimento de uma cultura sólida de segurança não proporcionou as respostas e
resultados desejados, levantando a possibilidade de que talvez tenha sido um ca-
minho inadequado. Essas reflexões carregam consigo um custo irrecuperável, já
que tempo, dinheiro e esforços foram investidos em uma direção que não acom-
panhou o progresso proporcionalmente. Quanto maior o investimento, maior
a pressão e a tendência de persistir nas práticas antigas, mesmo que agora se
reconheça que essas práticas não fazem mais sentido.
Diante de tudo que já foi dito aqui anteriormente, o principal recurso para
a adoção dos princípios que envolvem os Fatores Humanos e Organizacionais
estão diretamente relacionados a recursos mentais e humanos. Gerar um esforço
consistente e que proporcione credibilidade, mesmo que diante de uma alteração
de percurso, sem gerar contradições e sustentar um posicionamento com dados
significativos e embasados, se torna o artifício essencial.
5. METODOLOGIA
Já parou para refletir quais são os termos mais utilizados, na atualidade,
internamente nas organizações focadas em desenvolvimento e evolução da se-
gurança? Acredita-se que ao fazer esse levantamento, ainda que de maneira in-
formal, ter-se-iam palavras que estivessem relacionadas ao comportamento,
percepção de riscos e fator humano.
Supõe-se, inclusive, que o direcionamento e referência desses conceitos, em
muitos casos, estão atrelados às principais causas de eventos, situações e/ou ocor-
rências indesejáveis. De fato, essa associação é compreensível, uma vez que em
todas as fases de um projeto ou trabalho, de alguma forma, haverá a interação
de um Fator Humano. Também é preliminar associar a uma responsabilização
unicausal, direcionada ao indivíduo. Percebe-se, inclusive, que, em sua maioria,
2. Coletivo de Trabalho
Para a segunda perspectiva é importante dar atenção ao estado dos coleti-
vos profissionais e às possibilidades dos debates entre as regras da profissão e os
procedimentos formais da empresa. Logo, deve-se entender o indivíduo em suas
relações:
• Relacionamento do time frente aos desafios;
• A prática do cuidado ativo genuíno;
• Reatividade do pequeno grupo em relação às dificuldades do dia a dia;
• Entendimento das regras;
• Influência do coletivo na segurança;
• Registros de colegas com a saúde afetada;
• Reatividade nas mensagens gerenciais.
3. Situação de Trabalho
A perspectiva situação de trabalho remete ao contexto atual no qual a ati-
vidade está sendo aplicada e aos fatores que direcionaram a algumas decisões
pontuais, sendo necessário considerar os seguintes aspectos:
• Dimensionamento de mão de obra para a atividade;
• Situação das máquinas, ferramentas, insumos, recursos e demais mate-
riais;
• Características da atividade;
• Característica do desenvolvimento da atividade em função dos pares e
líderes;
• A mensagem explícita e/ou implícita por cobrança de metas;
• Características do ambiente e da atividade;
4. Indivíduos
A última e não menos importante perspectiva considera o indivíduo como
ser subjetivo, além da sua forma pessoal de interação física e psíquica com o meio
em que está inserido. Dessa forma, é importante observar:
• A sua capacidade de adaptação frente às instalações;
• As condições de saúde física e mental;
• A compatibilidade de suas condições pessoais com a atividade;
• As limitações para a atividade;
• As condições que levam à fadiga;
• Os conflitos particulares e pessoais;
• Os seus hábitos: alimentares, práticas esportivas, vícios e outros.
Todas as perspectivas citadas acima fazem pensar que, quando uma ação
finaliza com pessoas, é sinal de que é preciso aumentar a capacidade do siste-
ma e, desta forma, aumentar a prevenção, associando-se também à proteção. As
empresas que têm muitos acidentes, provavelmente serão vistas como uma “or-
ganização com baixa segurança”, mas as empresas que têm pouco ou nenhum
acidente, não necessariamente serão vistas como seguras.
Isso quer dizer que a ausência de acidentes não é a melhor forma para con-
ceituar segurança, e sim a presença de capacidade ou barreiras para as atividades
consideradas críticas. Aumentar a redundância reflete em maior confiança ope-
racional.
6. RESULTADOS
Adotar uma segurança voltada aos Fatores Humanos e Organizacionais é,
sem dúvida, um caminho sem volta. Os impactos na gestão são imensuráveis e é
claro que com ela pretende-se sensibilizar sobre a importância de praticar uma
gestão humanizada, que estimule o aumento da confiabilidade humana e opera-
cional, capacitando e potencializando a performance profissional a partir de uma
nova visão em segurança.
Desmistificar o papel das pessoas nas práticas diárias é necessário, pois traz
uma visão que torna a solução em segurança orientada pelos resultados organi-
Sem dúvida, esse é apenas o começo de uma longa e extensa trajetória. Ou-
tras turmas já estão sendo programadas e novos participantes serão contem-
plados com esse olhar. O que fica é que as organizações precisam investir no
desenvolvimento interno e promover momentos de reflexão quanto à gestão de
mudanças. Por isso, é importante acompanhar a evolução desse ambiente socio-
técnico complexo e entender a relação do mundo real, trabalho real e atividade
executada em sua essência para além do que foi prescrito, previsto ou planejado.
Investir em desenvolvimento, principalmente dos profissionais que direcio-
nam as ações em segurança, é, de fato, uma forma de posicionamento quanto
ao foco “produção segura”, colocando-o como algo intrínseco e inerente às or-
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Segundo Mota (2017), a docência tem sido um dos principais objetos de es-
tudos relacionados à temática da síndrome de Burnout. Para Priebe et al. (2017),
a Burnout é uma experiência multidimensional prolongada a estressores emo-
cionais e interpessoais no ambiente de trabalho.
A síndrome de Burnout pode afetar os alunos de mestrado e doutorado,
pois eles precisam atender aos prazos, cronogramas, exigências dos orientadores
e outras demandas para a realização da pesquisa científica (SOUZA; CALVAL-
CANTI; CAVALCANTE, 2018).
3. APLICAÇÃO
As instituições de ensino públicas e privadas que oferecem programas de
mestrado e doutorado devem possuir um corpo docente qualificado, estruturas
físicas adequadas, biblioteca com um bom acervo técnico, publicações de impac-
to, pesquisas relevantes e um corpo discente produtivo.
A cada quadriênio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes) avalia os cursos de mestrado e doutorado. Nessa avaliação, es-
ses cursos precisam receber uma nota igual ou superior a 3 (desempenho regu-
lar), a qual pode chegar a 7 (desempenho de excelência). Caso a nota obtida seja
inferior a 3, o curso é “descredenciado”.
A ficha de avaliação da Capes (ciclo 2017-2020) possui 12 itens, distribuídos
em três quesitos. O primeiro quesito refere-se ao programa; o segundo à forma-
ção; e o terceiro ao impacto na sociedade. Dessa maneira, a produção acadêmica
dos discentes, em parceria com os docentes, auxilia na conquista de uma boa
avaliação de desempenho dos programas de pós-graduação stricto sensu.
Com esse cenário e a avaliação da Capes, é preciso que as instituições de en-
sino ofereçam o melhor suporte para que os alunos consigam desenvolver as suas
pesquisas da melhor maneira possível. Para tanto, faz-se necessária a existência
de um ambiente saudável, com um bom clima organizacional e uma estrutura
adequada para os discentes de mestrado e doutorado.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
A lição aprendida neste trabalho é muito importante, sobretudo para os en-
genheiros que atuam como pesquisadores de mestrado e doutorado. A realização
de uma efetiva avaliação sobre como a síndrome de Burnout pode interferir no
desempenho acadêmico dos pesquisadores é importante para buscar otimização
dos resultados da pesquisa.
A Ergonomia pode contribuir com a teoria, com as universidades e com os
pesquisadores no alcance do melhor desempenho acadêmico possível. A otimi-
5. METODOLOGIA
A ferramenta Servqual tem como objetivo verificar a extensão das expectati-
vas e as percepções dos clientes no que respeita aos serviços prestados (VARGAS;
BRUNO, 2020; PISONI et al., 2013). A percepção pode apresentar uma dimen-
são inferior ou superior, identificada entre o esperado e o recebido pelo cliente.
Na presente pesquisa, foi realizada a metodologia de cálculo da ferramenta Serv-
qual, adaptada aos questionamentos no contexto da pós-graduação stricto sensu.
Realizou-se um comparativo entre as percepções do que as instituições de ensino
oferecem e o que os discentes de cursos de pós-graduação em nível de mestrado
e doutorado, em instituições públicas e privadas do Brasil, esperam.
Dessa forma, aplicou-se um questionário aos discentes dos programas anali-
sados com o propósito de verificar se as suas expectativas relativas ao andamento
dos cursos eram atendidas pelas instituições de maneira adequada. Assim, no
Quadro 1, verifica-se a legenda que norteou as respostas dos participantes da
pesquisa.
6. RESULTADOS
Na Tabela 1, encontram-se os resultados coletados com os respondentes de
instituições públicas. Convém pontuar que os itens marcados com a cor verde
apresentam os melhores resultados; os marcados com a cor amarela correspon-
dem aos resultados medianos; e os itens em vermelho dizem respeito aos piores
resultados (nas colunas de “avaliado”, “expectativa” e “qualidade”).
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo avaliar os fatores que influenciam a per-
cepção de riscos e de acidentes de trabalho de empregados em uma empresa de
saneamento ambiental, e relacionar esses fatores com o processo de prevenção de
acidentes e doenças ocupacionais. Também procura verificar o atendimento às
normas e ao programa de boas práticas de prevenção implantado na organização,
relacionando-as à percepção de risco, bem como, se necessário, à proposição de
melhorias nesses processos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Esta lição aprendida ora apresentada requer, para a realização de seu obje-
tivo, mão de obra especializada em segurança do trabalho e, para a coleta de in-
formações, pessoas com discernimento na realização de pesquisa de campo, po-
dendo ser também profissionais de segurança do trabalho (mais recomendado).
Para a coleta de dados é necessária a confecção de listas de verificação, as
quais, nesta lição aprendida, foram denominadas “instrumentos de trabalho”. No
caso específico da empresa estudada, necessitou-se de uma logística de desloca-
mento, veículo e disponibilidade de tempo, já que a organização é altamente ra-
mificada no estado do Paraná e comporta horários de trabalho variados, os quais
atendem à necessidade específica daquela operação.
5. METODOLOGIA
O estudo foi desenvolvido em uma empresa de saneamento ambiental, de
grande porte e atuação estadual, durante o ano de 2018. Fizeram parte da amos-
tra 189 trabalhadores de campo, de nível operacional. Além destes, foram entre-
vistados profissionais da área de segurança do trabalho por serem os detentores
dos conhecimentos específicos do tema e por fazerem parte de uma área trans-
versal, ou seja, aquela dentro da organização que permeia todas as demais áreas,
através de regras e ações de caráter corporativo.
Para a coleta de informações, foram confeccionadas 6 listas de verifica-
ção denominadas “Instrumentos de Trabalho”. Estudos anteriores, de Pacheco
(2012), Silva e França (2011), Tanimoto (2011) e Pinheiro, Almeida e Silva Pi-
nheiro (2017), foram usados como referência para a confecção das listas de coleta
de informações.
O Instrumento de Trabalho 1 trouxe como retorno 12 aspectos relaciona-
dos aos trabalhadores, a saber: cargo atual, sexo, faixa etária, tempo de empresa,
turno de trabalho, nível de escolaridade, acidente de trabalho (se sofreu e/ou pre-
6. RESULTADOS
O estudo teve como principal motivação discutir a influência do compor-
tamento humano sobre a acidentalidade de profissionais, ou seja, como fatores
humanos e fatores organizacionais afetam a percepção de riscos.
O nível de atendimento legal e de implementação de boas práticas de segu-
rança na empresa também foram avaliados. A análise discutiu as relações entre
esses parâmetros e a percepção de riscos dos trabalhadores.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
*marque um “X” no item que tem mais relação com seu case.
2. OBJETIVO
O Dojo é um local de treinamento que estimula o aumento da capacidade e a
disciplina operacional, possuindo os recursos necessários para o aprendizado. Seu
propósito é capacitar as pessoas através de conhecimentos, técnicas e movimentos
específicos, a fim de desenvolver habilidades e comportamentos adequados.
No Dojo são simuladas atividades operacionais que estimulem a aprendiza-
gem através da prática da repetição até a aquisição de uma memória muscular,
3. APLICAÇÃO
A aplicabilidade pode se destinar a todas as empresas de qualquer área ou
segmento que tenham interesse em preparar os seus empregados com treina-
mento prático e teórico em local seguro, com metodologia andragógica e com
resultados sustentáveis
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos dependem da estratégia utilizada pela equipe de desenvolvi-
mento dos dojos de cada empresa. Na Vale, seguimos as orientações e determi-
nações da equipe de Excelência Operacional, na qual trabalha o Gerente Marcelo
Takahashi, que teve a ideia de trazer essa prática da Toyota, e a Elisabeth Silva,
que escreveu as normas e parâmetros para montagem do DOJO, em conjunto
com a sua equipe. Os principais recursos são:
Sala ou local com 100m², com iluminação de 500 lúmens, saídas de emer-
gência conforme norma técnica do estado. O local deverá receber plotagens vol-
tadas para o tema ao qual o Dojo se refere, 15 bancadas e um portal de acesso.
Na Vale foi estrurado o Dojo de Segurança geral e os dojos técnicos voltados
às especialidadaes Mecânica, Elétrica, Operacional, Vulcanização, PCM e Son-
dagem. As bancadas e equipamentos devem ser estruturados conforme o tema.
Televisão, Datashow e recursos de internet complementam os recursos. Neste
case vamos detalhar o Dojo de Segurança.
Portal de entrada
Propósito: Além de conferir identidade visual única aos Dojos, serve para
fazer o briefing de segurança dos visitantes e para reforçar tanto o objetivo do
Dojo (esquerda) quanto as regras de ouro (direita). A ideia é criar um ritual de
passagem por um portal que nos leva a refletir sobre a segurança. Esse portal é
o principal símbolo para a real transformação que desejamos alcançar com o
treinamento no Dojo, algo voltado para disciplina diferenciada, respeito pelas
normas com propósito real de mudança interna de cada pessoa. Antes de iniciar
o treinamento é realizada a abertura do portal com todos os participantes.
Portal de entrada conforme arte disponível abaixo, ajustando apenas o tele-
fone de emergência de acordo com a localidade (ajustar número de emergência);
Largura do Portal: seguir legislação local;
Identificação de quantidade máxima de pessoas no Dojo e pontos de conta-
to coletivo conforme orientação da área de S&S local;
Avisos sobre permissão de entrada e uso de celular;
Painel da localidade
Propósito: Painel com mapa da localidade, destacando onde está o Dojo +
Layout do Dojo com riscos do local e sinalização dos equipamentos de emer-
gência e rota de fuga.
Auxiliar na localização, orientação de rota de fuga, análise de riscos do
local, além de promover
o conceito Dojo de Segurança, conteúdos transversais abordados e conteú-
do do Dojo de Segurança;
Mapa de riscos do Dojo;
Mapa com localização dos equipamentos de emergência, rota de fuga e
ponto de encontro;
Mapa com os riscos da localidade que demandariam abandono do site ou
parte do site. No mapa deve ser possível visualizar todo o site, quais os riscos e
raio de abrangência (áreas afetadas), rotas de fuga e ponto de encontro. Ideia de
que o Dojo é de todos os empegados daquela localidade.
Armário EPI
Propósito: Apresentar os EPIs disponíveis, aplicação e diferenças. Como ins-
pecionar, conservar e higienizar os EPIs. Deve-se consultar a CA e validade.
Subitens:
Manequim tipo humano completo em pé (com base), uniformizado e com
EPI (capacete, óculos de segurança, protetor auditivo, luvas, calçado de segurança);
Armário ou prateleiras para comportar EPIs com demarcação de normal
(verde) x anormal (vermelho);
EPIs aplicáveis no site, separados nas prateleiras entre “em condição de
uso” e “fora de condição de uso” (Ex.: luvas, calçados tipo botina; capacete de
segurança com carneira; óculos de segurança de sobrepor e óculos de segurança
convencional; colete refletivo; protetor auditivo tipo concha; conjunto de unifor-
me operacional, protetor solar, creme para proteção das mãos, palmilha). Impor-
tante ter itens novos e usados para que seja possível ensinar sobre qual a hora de
substituir os EPIs;
Simulador de Agarramento
Propósito: Simular a força que os equipamentos têm ao puxar nosso uni-
forme ou algum membro e conscientizar sobre a importante das proteções das
máquinas e de não acessar as partes móveis dos equipamentos.
Subitens:
Simulador de agarramento (conforme especificação anexa) em conformi-
dade com NRs - deve possuir botoeira de emergência, proteção física fixa ou
móvel (dotada de intertravamento) contra projeção de partes e que impeça seu
funcionamento na sua ausência, etiqueta indicativa de tensão de alimentação,
etiqueta de alerta de risco (Elétrico e Prensamento), botão liga/desliga do tipo
industrial, botão de acionamento da função do equipamento, controlador da
velocidade de rotação do eixo (a fim de tornar segura a simulação), controlador
de fim de curso para a manete da simulação, manete em material resistente;
Registros fotográficos
Inauguração 15/12/2020
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Conforme aponta o relatório mundial de saúde da OMS – Organização
Mundial de Saúde de 2022, existe um cenário de perdas relacionadas à saúde dos
trabalhadores, agravado pela pandemia e incertezas da atualidade.
Estima-se, anualmente, que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos no
mundo todo com questões relacionadas à saúde e segurança do trabalhador.
Assim, a OMS alerta para uma necessidade de ações a serem tomadas pelas
empresas de modo a reverter essa tendência de crescimento de afastamentos e
doenças no trabalho.
3. APLICAÇÃO
Conforme dito anteriormente, as empresas estão enfrentando um aumento
nas taxas de adoecimento devido às condições de saúde dos trabalhadores, o que
impacta diretamente nos resultados e custos da empresa, incluindo o aumento na
utilização dos planos de saúde.
Um programa de Bem-Estar voltado aos trabalhadores poderá trazer me-
lhoria à saúde e aos resultados para as empresas de diversos segmentos, portes e
tamanhos.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para a implantação de um programa de Bem-Estar, serão necessários re-
cursos materiais, humanos e financeiros que irão variar conforme os objetivos e
características organizacionais.
De um modo geral, pode-se dizer que tudo tem início com a vontade geren-
cial de tratar a questão, nomeando uma equipe multidisciplinar para o desenvol-
vimento das etapas do programa.
O onvestimento financeiro pode variar conforme a complexidade e porte
da empresa, porém os resultados em médio prazo podem trazer ganhos efetivos
para a organização.
6. RESULTADOS
Conforme Chapman (2005), alguns resultados podem ser atingidos com a
adequada implantação de um programa de Bem-Estar, conforme listagem abaixo:
• Melhoria no estilo de vida dos trabalhadores;
• Melhoria no perfil de saúde dos participantes;
• Aumento da motivação para o trabalho e para a vida;
• Melhoria do clima geral da organização;
• Melhora da imagem da organização;
• Aumento da produtividade;
• Redução do absenteísmo por doenças;
• Diminuição do turnover;
• Uso consciente do sistema de saúde.
De um modo geral, é possível esperar ganhos tangíveis e intangíveis para
as empresas que decidem implantar programas de Bem-Estar. Além de perce-
ber uma mudança na qualidade de vida dos trabalhadores e, consequentemente,
o aumento do seu comprometimento, nota-se uma melhoria nos resultados da
empresa.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Dos riscos em segurança do trabalho, a ergonomia é considerada por muitos
um dos riscos mais difíceis a ser avaliado, bem como a sua gestão.
Para contextualizarmos, antes da mais recente revisão das normas regula-
mentadoras, tínhamos o seguinte cenário: no PPRA (Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais), o levantamento dos riscos físicos, químicos e biológicos, e,
separadamente, a avaliação dos riscos ergonômicos e de acidente. Por sua vez,
muitas empresas não faziam sequer o levantamento desses riscos pelos mais di-
versos motivos. Na prática, as empresas possuíam o PPRA, mas a empresa não
tinha conhecimento dos riscos ergonômicos.
3. APLICAÇÃO
Em todas as organizações, privadas ou públicas, independente do porte ou
segmento. A ergonomia, segundo a NR-17, em seu item 17.2.1, Esta Norma se
aplica a todas as situações de trabalho, relacionadas às condições previstas no subi-
tem 17.1.1.1, das organizações e dos órgãos públicos da administração direta e in-
direta, bem como dos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Com a nova revisão da NR 17, o microempreendedor individual (MEI) e
empresas de pequeno porte de grau 1 e 2, conforme o quadro I da NR-04, não
terá obrigatoriedade do documento.
Porém, na própria NR 17, em seu item 17.3.4: As Microempresas – ME e
Empresas de Pequeno Porte – EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2 e o Mi-
croempreendedor Individual – MEI não são obrigados a elaborar a AET, mas de-
vem atender todos os demais requisitos estabelecidos nesta NR, quando aplicáveis,
bem como no item 17.3.4.1: As ME ou EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2
devem realizar a AET quando observadas as situações previstas nas alíneas “c” e “d”
do item 17.3.2, sendo: c) sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhado-
res, nos termos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
e da alínea “c” do subitem 1.5.5.1.1 da NR 01; ou d) indicada causa relacionada às
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Dentro dos recursos para realizar o levantamento e gestão em ergonomia, o
recurso humano é fator primordial. É importante que a empresa seja assessorada
por consultor interno ou externo que entenda de ergonomia!
Como sugestão para otimização dos recursos, é importante pensar em rea-
lizar os levantamentos e provisionar verbas para implementação de melhorias.
Existem melhorias simples, medidas de contenção sem custo ou de baixo custo,
e melhorias complexas, com alto custo. O importante é criar uma metodologia
pela qual sejam eliminados ou ao menos mitigados os riscos, conforme a própria
NR17 recomenda, ou, até mesmo, trabalhar com as duas formas de eliminação
de riscos, simultaneamente.
Não é preciso começar pelos riscos mais graves e que necessitam de maior
verba, pois é possível também resolver problemas menos complexos e obter os
benefícios. Com a devida assessoria, a otimização dos recursos humanos e finan-
5. METODOLOGIA
Para tornar ágil e dinâmico o processo de levantamento de fatores de risco
ergonômico e implementação de melhorias, segue abaixo o fluxograma do ciclo
contínuo de gestão em ergonomia por setor. A proposta é baseada em diversos
cases aplicados pelas autoras em empresas dos mais variados segmentos, em di-
versos estados, sendo os resultados encontrados positivos e com efetividade.
A fase de levantamento pode ser extensa em empresas de grande porte e
em multinacionais, ou mesmo em empresas menores, contemplando, por vezes,
processos de alta complexidade e com grande quantidade de tarefas manuais. A
análise pode levar meses ou, até mesmo, anos para ser concluída. Esse processo
pode gerar insatisfação por parte das empresas pois não há melhoria em curto
espaço de tempo, logo, a ergonomia e seus benefícios se tornam invisíveis.
Com esta metodologia, o levantamento é mais breve e assertivo e os resul-
tados são mais rápidos, o que gera engajamento por parte da empresa e dos tra-
balhadores. Após um setor crítico ser melhorado, os demais setores aderem ao
projeto com maior efetividade.
Figura 1: Benefícios da ergonomia. Fonte: Murawski, Adriana & Santos, Mariana, 2023.
Tudo isso impacta tanto nos processos produtivos quanto na saúde do traba-
lhador, trazendo qualidade para o trabalho que será executado e para a posterior
entrega ao cliente final. Quando a empresa passa a validar as ações de Ergonomia
junto ao trabalhador e à equipe de segurança, melhora-se o engajamento entre
produção, gestão e segurança. Os resultados são visíveis.
Outro fator importante é conhecido como turnover, pelo qual a rotatividade
de trabalhadores é altíssima, prejudicando a funcionalidade do processo. Quan-
do fazemos uma gestão adequada de Ergonomia, a empresa poderá visualizar
somente ganhos, visto que repor mão de obra qualificada é caro e pode ser um
processo demorado.
Uma análise/avaliação ergonômica bem elaborada alavanca os padrões de
qualidade de uma empresa e traz ganhos significativos através de saúde e segu-
rança. Observa-se a otimização da produtividade, evitam-se possíveis desperdí-
cios de tempo e de matéria-prima, otimiza-se o processo produtivo e reduz-se o
retrabalho das atividades.
Por fim, o plano de gestão elaborado adequadamente indica inúmeros be-
nefícios, como a prevenção de lesões osteomusculares, distúrbios psicossociais,
absenteísmo, entre outros.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Fatores humanos são tudo aquilo que pode influenciar o desempenho dos
trabalhadores. Dessa forma, é importante que, cada vez mais, as organizações
insiram em sua visão estratégica essa abordagem com o objetivo de somar, apri-
morar, contribuir e aperfeiçoar os processos existentes.
Auditorias comportamentais têm sido um dos processos mais criticados e
avaliados no que diz respeito às novas visões de segurança. Isso significa que, em
um horizonte futuro, teremos a possibilidade de transformar, aprimorar e, até
mesmo, substituir essas e outras práticas a partir das pesquisas e estudos existen-
3. APLICAÇÃO
A avaliação qualitativa de desvios com foco em fatores humanos pode ser
aplicada em qualquer organização que possua sistema de identificação, coleta e
tratativa de desvios. Naturalmente, as empresas realizam auditorias comporta-
mentais ou ambientais por múltiplos setores, segurança no trabalho, manuten-
ção, inspeção, operação e outros. Esses dados são importantes para este trabalho.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para operacionalizar esta lição aprendida é importante que a organização
possua um sistema de coleta de dados sobre os desvios identificados. Caso sua
empresa não possua algo estruturado, sugiro a utilização de um checklist simples
no forms ou Excel para organizar os dados.
5. METODOLOGIA
A metodologia para implantação da avaliação qualitativa de desvios com
foco em fatores humanos requer:
1. Coleta dos dados/exemplos: Forms, Excel, checklist ou outros métodos
de organização de dados.
2. Análise dos dados (definição de palavras-chave): os dados gerados em
auditorias comportamentais, ambientais e outras devem ser armazena-
dos e organizados por palavras-chave, ou seja, é fundamental que as
equipes registrem e destaquem os termos mais importantes e críticos
(na visão de quem está registrando) sobre aquele desvio, por exemplo,
cinto de segurança não utilizado, sistema de bloqueio não realizado
ou forma de conduzir um trabalho diferente do que está definido em
padrão. Essas informações são relevantes e é válido entender o motivo
pelo qual aquele profissional não estava “cumprindo” uma determina-
da norma. ATENÇÃO: importante não utilizar vieses de retrospectiva,
contrafactual ou termos de culpabilização, mas entender se havia algum
contexto para aquele comportamento).
3. Classificação dos desvios com foco em fatores humanos: os desvios se-
lecionados devem ser enquadrados dentro da visão de fatores humanos,
ou seja, se é de ordem organizacional, tecnológica, ambiental, individual
ou outros exemplos.
4. Identificação do local, gerências, empresas etc.: essa informação é ne-
cessária para o planejamento da escuta ativa com a classe de profissio-
nais relacionada aos dados.
5. Bate-papo com os profissionais: com a fase 3 realizada, retornamos
ao trabalhador para entender o porquê aquelas situações podem estar
acontecendo (sem comentar que aquela matéria é fruto de auditoria,
avaliação de comportamento ou qualquer outra ferramenta utilizada),
pontuando que a visão “deles” é fundamental para a solução, tratativa
e fortalecimento da organização. Nessa fase, anotar tudo que a força de
trabalho relatar.
6. RESULTADOS
A avaliação qualitativa (escuta ativa) com foco em fatores humanos pro-
porciona que a organização se aprofunde além dos números (quantitativo) e
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
Muitos anos se passaram com uma sequência de acidentes que envolveu as
mãos daqueles por quem mais tenho apreço, os profissionais da linha de frente.
Nestes anos como prevencionista, mobilizei muitas campanhas e ações e fiz par-
te com meu time de resultados muito temporários. Ações como painel em que
todos colocam as mãos assinando um “compromisso” ou uma série de apresenta-
ções inúteis que mostram acidentados com suas mãos amputadas ou algo do tipo
são alguns desses resultados.
3. APLICAÇÃO
Esta é uma lição que pode ser aplicada em qualquer segmento que tem o tra-
balho manual como um caminho para atingir os objetivos. Empresas em geral de
manutenção, operação, linhas de produção, dentre outras podem simplesmente
aplicar e colher seus próprios aprendizados.
Importante: como se trata de uma aplicação nas mangas da vestimenta, é
importante que a empresa, ao aplicar, tenha vestimentas de manga cumprida.
Não há impeditivo para repensar a ideia, mas foi por aí que caminhei nesta lição.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Esta é uma das lições que tem as menores complexidades que já apliquei:
uma simples mensagem no tecido do próprio uniforme, costurada na manga da
vestimenta.
Uma boa conversa com as pessoas que fazem as atividades também é um
recurso fundamental. Eu consultei vários níveis de atuação, desde a Diretoria até
a mão de obra direta, antes da aplicação.
5. METODOLOGIA
Primeiro passo: faça uma roda de conversa com os profissionais que atuam
de forma direta nas frentes de trabalho, apresente a ideia e tente colher o que
acham e como juntos podem fazer essa ação dar sentido às decisões.
Segundo passo: faça uma reunião com o fornecedor e apresente para ele a
ideia e o quanto a participação dele é importante para não inviabilizar uma causa
Wilbert Gandra
Rio das Ostras – RJ
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta lição aprendida em Saúde e Segurança no Trabalho guarda relação com
os seguintes eixos de enquadramento:
2. OBJETIVO
O objetivo desta lição é revelar uma das maiores causas de acidentes e doen-
ças ocupacionais nas empresas (pessoas) e mostrar o caminho da solução para
esse grande problema, que pode ser o maior desafio da segurança do trabalho.
Estamos em 2023 e a maioria dos gestores, líderes e até profissionais de SST
não consegue compreender e/ou resolver o ‘porquê’ de ainda termos um número
altíssimo de desvios desnecessários, acidentes, lesões e até ocorrências ‘bobas’.
Esta lição dará clareza sobre como o líder, do gestor ao operador, tem o
principal papel na construção de uma cultura forte de segurança operacional e
um ambiente de alta produção que pratica a segurança como um propósito e não
somente como regra.
3. APLICAÇÃO
Esta lição traz cases de Indústrias de Oleo&Gás, Mineração, Navegação, Si-
derúrgicas, Metalúrgicas, Bens&Consumo, Alimentícia, Petroquímica, Automo-
bilística, Logística, Tecnologia, Fibra Ótica, Metal Mecânica, Telecom, dentre ou-
tras. Da alta liderança ao público operacional, contabiliza mais de 107 mil líderes
e protagonistas em segurança capacitados.
Com base nos métodos, técnicas e ferramentas sintetizadas do Programa
MAISqueLíder da EvoleSafety®, que foram implementadas e que geraram as li-
ções aprendidas, posso afirmar que é aplicável em todos os diferentes segmentos,
e não somente pode, como deve ser aplicado desde a alta gestão aos operativos,
idealmente nesta ordem.
Obviamente, cada frente de projeto tem o seu conjunto de ações, métodos,
ferramentas e linguagens adaptadas e direcionadas para o seu devido público
e instâncias de decisões e resultados. Vale ressaltar que os métodos, técnicas e
ferramentas utilizadas nestes cases são exclusivos, criados e desenvolvidos ao
longo do tempo supracitado, implementados e conduzidos por profissionais de
Comportamento Humano, com especializações em liderança capacitados pela
EvolueSafety®, especificamente para o atingimento dos resultados necessários
(redução de riscos e acidentes).
Com base nos mais de 6 mil relatos registrados, a aplicação destas lições
aprendidas são práticas prazerosas, o que facilita o fácil engajamento.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Para uma solução eficiente o ideal é prover os seguintes recursos:
5. METODOLOGIA
O Programa de evolução da Cultura de Segurança da EvolueSafety® com-
preende diversas metodologias de acordo com cada frente e momento do projeto.
Seguindo as etapas estruturantes supracitadas (cap.4), temos, de forma macro, o
método utilizado para gerar os resultados deste case.
Segue abaixo um exemplo de cronograma para o desenvolvimento do recur-
so 02 apresentado no cap.4:
6. RESULTADOS
Neste case, mostramos que, para atingir os resultados obtidos nesta lição
aprendida, não basta uma visão técnica dos processos, mas sim, acima de tudo,
uma visão cultural e comportamental, além de uma metodologia específica e
profissional especialista.
Os resultados esperados de um programa desta magnitude são multidisci-
plinares e bem abrangentes, os quais, neste case, podem ser visualizados na ima-
gem a seguir:
Credenciais
Graduado em SupplyChain e pós-graduado em Administração Estratégica;
• Especialização em Fatores Humanos, Liderança Segura e Tomadas de
Decisões (DuPont e dss+);
• Mentoring&Coach Leader – Academia Brasileira de Mentores;
• Leader&Executive Coaching – Line Coaching Institute;
• Liderança Efetiva (Competências Vitais) – dss+
• Auditoria de Qualidade - ISO 9001, 14001, 19011 e OHSAS 18001
• Três vezes gestor destaque em Operações Seguras no segmento de
Oleo&Gás;
Áreas de Experiência
• Cultura de Segurança para Alta Liderança (Risk Factor) – Petroquí-
mica, Siderúrgica, Oleo&Gás, Mineração, Fábrica de caminhões e
ônibus;
Principais realizações
Importante trabalho desenvolvido na Mineradora AngloGold, nas três uni-
dades em MG, em 2020. Foram três meses de intenso desenvolvimento de
operações seguras que marcaram a curva da evolução da companhia com
milhares de feedbacks registrados. Mais de 1200 colaboradores treinados.
Notável redução de riscos e evolução cultural na Gerdau Ouro Branco MG
e Cearense em 2021 e 2022, deixando grande legado para centenas de mul-
tiplicadores capacitados com trabalhos contínuos. Mais de 1300 colabora-
dores treinados.