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Contabilidade no

Agronegócio
Material Teórico
Segmento do Agronegócio no Brasil

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. João Luiz Souza Lima

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Segmento do Agronegócio no Brasil

• Introdução;
• Cadeia Produtiva no Agronegócio;
• Elos da Cadeia Produtiva no Agronegócio;
• Elementos da Cadeia Produtiva no Agronegócio;
• Processo de Autogestão;
• Cooperativismo no Agronegócio Brasileiro;
• Considerações Finais.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Abordar o Segmento do Agronegócio no Brasil, são apresentadas as Cadeias Pro-
dutivas do Agronegócio brasileiro como formas de organização que articulam ativi-
dades de produção, comércio e consumo, visando aos aspectos do desenvolvimento
local, regional e nacional;
• Proporcionar uma reflexão sobre os pressupostos para o dimensionamento de opor-
tunidades de negócios como forma de desenvolvimento econômico e incremento
da inclusão social de trabalhadores do campo no âmbito do Agronegócio no Brasil;
• A importância econômica do Agronegócio não se resume à produção primária de
alimentos nem à criação de animais. Há um complexo conjunto de atividades indus-
triais e de serviços que se desenvolvem a partir da produção do campo – O Agro-
negócio, também conhecido como Agroindústria ou Agribusiness, em inglês.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Segmento do Agronegócio no Brasil

Introdução
As Cadeias Produtivas são formas de organização que articulam atividades de
produção, comércio e consumo à preocupação do desenvolvimento local.

Elas têm as seguintes características:


• Articulação do consumo solidário com a produção, a comercialização e as finanças;
• Participação de um Sistema orgânico e abrangente;
• Compartilhamento das decisões;
• Realização de Empreendimentos solidários que desenvolvam a localidade em
que estão situados;
• Promoção do desenvolvimento de redes de comércio a preços justos;
• Criação de um projeto de desenvolvimento destinado à promoção das pessoas
e coletividades sociais.

Cadeia Produtiva no Agronegócio


As Empresas rurais podem ser divididas em três grupos, conforme segue.

Produção Vegetal
Nesse caso, as atividades agrícolas são subdivididas em:
• Cultura hortícola e forrageira, cereais, hortaliças, tubérculos (batatas, cenoura
etc.), plantas oleaginosas (mamona, menta, amendoim) e especiarias (cravo,
canela etc.);
• Arboricultura, pomares, vinhedos, florestamentos etc.

Produção Animal
Atividades zootécnicas resumidas na criação e no manejo de animais, como a
Avicultura, a Piscicultura, a Pecuária etc.

Indústrias Rurais ou Atividades Agroindustriais


Aquelas realizadas pelas Empresas de processamento e transformação dos pro-
dutos zootécnicos e também de beneficiamento de produtos agrícolas.

Cadeia Produtiva do Agronegócio


Na Cadeia Produtiva do Agronegócio, o que são consideradas Atividades Rurais?

A Agricultura, a Pecuária, a Extração, a Exploração de Apicultura e as Explora-


ções Zootécnicas, como também as Indústrias de Transformação e Beneficiamento
de Produtos Agrícolas.

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Cada uma dessas divisões tem seus processos e suas peculiaridades. Por exem-
plo, incidirá em uma Empresa rural de produção vegetal, que cultiva a cana-de-
-açúcar, uma exaustão que deve ser calculada anualmente, até que se esgote o vigor
da lavoura ou que sua produtividade não seja interessante para o empresário rural,
sendo necessária uma nova plantação do canavial.

Como a Legislação não fixa, as taxas utilizadas para o cálculo de exaustão po-
dem se basear em laudos ou quotas estipulados por órgãos de pesquisa na área.

Outro exemplo, seria uma Empresa rural de produção animal. Ela deve ter seus lan-
çamentos contábeis divididos de acordo com as crias, recrias ou animais reprodutores.

Todos os fatos devem ser devidamente lançados, bem como os cálculos de de-
preciação de animais de trabalho ou reprodutores, que só começarão a sofrer de-
preciação quando iniciarem seu período de reprodução.

Os arrendamentos terão como amortização de dívidas as benfeitorias realizadas


em áreas de terceiros, e quase todos esses fatos descritos são desempenhados por
Escritórios Contábeis.

Um fato muito importante para o Gestor em Agronegócio quando faz um cál-


culo de depreciação é o suporte técnico que ele deve ter para saber sobre a vida
útil de determinado equipamento, de uma lavoura permanente ou de um animal
reprodutor. Isso mostra a necessidade de o gestor criar uma rede de contatos para
ter constantemente dados coerentes e muito próximos da realidade.

Elos da Cadeia Produtiva no Agronegócio


Todos os elos da cadeia produtiva do Agronegócio (insumo, produtor, indústria,
atacadista, varejo e consumidor) perpassam por situações de tomada de decisão.

É bom enfatizar que o Agronegócio não é somente o elo do insumo, e sim toda
a cadeia produtiva de determinado Setor.

O elo produtivo do setor de carnes, por exemplo, integra:


• Empresas de insumo (sêmen bovino para melhoramento genético, rações etc.);
• Produtor (Pecuarista);
• Indústria (Frigorífico);
• Atacadista (grandes Supermercados que vendem para o varejo);
• Varejo (Redes de Supermercado);
• Consumidor final.

Todas as Empresas ligadas à Cadeia Produtiva de determinado Setor demandam:


• Decisões internas (melhorias nos procedimentos);
• Decisões externas (parcerias com Empresas ligadas à Cadeia Produtiva).

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UNIDADE Segmento do Agronegócio no Brasil

Enfim, são vários os tipos de decisões que precisam ser tomadas para nortear
uma Empresa de Agronegócio; portanto, o processo de tomada de decisões é cru-
cial para o bom resultado do Empreendimento.

Nesse sentido, o ideal é o profissional que trabalha nessa área estar bem infor-
mado sobre o Mercado e também sobre como está funcionando o próprio negócio.

De posse dessas informações, é possível, então, caracterizar algumas decisões


básicas, como: o que, quanto, quando, como e para quem produzir?

Isso posto, cabe agora apresentar algumas particularidades, como é o caso, por
exemplo, do Ano Agrícola versus Ano Fiscal.

O Ano Fiscal brasileiro representa o período no qual as Empresas registram suas


obrigações junto ao Fisco, para Recolhimento dos Tributos. No Brasil, esse período
estende-se de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Entretanto, esse período, que pode
valer para determinada atividade econômica industrial, comércio ou serviço, muitas
vezes não pode ser compatibilizado com uma atividade agrícola, pois o período en-
tre o plantio e a safra pode ser maior – caso, por exemplo, do plantio de eucaliptos.
Daí, tem-se o Ano Agrícola.

O Ano Agrícola é diferente do Ano Fiscal, pois não contempla o mesmo perío-
do, mas consideram-se os 12 meses que compreendem o início do cultivo, passan-
do pela colheita e se estendendo até a comercialização da safra junto aos Mercados
nacional e internacional.

Esse raciocínio se mostra como sendo fundamental no âmbito da Gestão do


Agronegócio.

Elementos da Cadeia Produtiva


no Agronegócio
Os elementos da cadeia produtiva no Agronegócio são os seguintes:
• Cooperativas agroindustriais, Cooperativas de produtores rurais;
• Indústria de máquinas e equipamento, Indústria de produção de tratores e im-
plementos agrícolas e pecuários;
• Indústria de fertilizantes e adubos, Indústria de produção e fornecimento de
adubos e fertilizantes utilizados nas atividades agrícolas e pecuárias;
• Produtores de sementes, Indústria de produtores de sementes comerciais;
• Indústria de defensivos agrícolas e produtos veterinários, Indústria de desenvol-
vimento e produção de defensivos agrícolas e produtos veterinários;
• Produtores rurais, produtores de produtos agropecuários destinados ao pro-
cessamento de alimentos humanos e animais;

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• Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA): Órgão federal
de pesquisa agropecuária, que busca desenvolver Tecnologias para a produção
em nível de campo;
• Universidades: Unidades de Ensino Superior que preparam profissionais para
operar no Agronegócio;
• Indústria de processamento: Indústria intermediária que atua processando
os produtos in natura produzidos pelo produtor rural e os transformando em
produtos acabados para o consumo nos grandes centros;
• Agentes intermediários que operam distribuindo os insumos agropecuários
(diretamente aos produtores) ou produtos finais (diretamente ao consumidor)
e facilitando o fluxo dos produtos na cadeia e o acesso aos usuários;
• Consumidor final: Usuário final dos produtos produzidos e processados pela
Cadeia do Agronegócio;
• Bancos comerciais: Agentes financeiros privados ou públicos que atuam na
Cadeia fornecendo crédito a seus vários elos;
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA): Órgão go-
vernamental Federal atuante na normatização e na fiscalização das operações
da cadeia do Agronegócio;
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Agência reguladora e
fiscalizadora das operações, envolvendo uso de produtos químicos, processa-
mento e armazenamento dos produtos agrícolas e pecuários;
• Transportadoras: Agentes econômicos responsáveis pelo transporte dos in-
sumos e produtos entre os elos produtivos ao longo da Cadeia;
• Seguradoras: Agentes responsáveis por fazer a proteção de riscos dentro
da Cadeia.

O crescimento da Agropecuária no primeiro semestre é o grande acontecimen-


to do setor produtivo brasileiro na década de 2000 e 2010.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, en-
quanto o PIB cresce apenas 0,14%, a agricultura e a pecuária dão um salto de 4,51%.
Dada à retração na Indústria (-1,78%) e o fraco avanço do Setor de Serviços
(1,55%), o desempenho do campo é o único que apresenta dinamismo e só não
tem maior impacto na Economia porque a participação da Agropecuária no PIB é
de apenas 8%.
Na década de 2010, o quadro é semelhante: a agropecuária lidera o crescimen-
to, com 5,71%, os serviços têm incremento de 1,86% e a indústria 0,31%. O PIB
cresce 1,42%.
O bom desempenho do Agronegócio brasileiro nas últimas décadas não é ocasio-
nal. Entre as décadas de 2000 e 2010, o Setor cresce sistematicamente mais que
o restante da Economia, com taxas de 39,3% (acumulada) e 3,4% (média anual).
No mesmo período, o PIB cresce 30,5%; os serviços, 27,8%; e a indústria, 21,2%.

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UNIDADE Segmento do Agronegócio no Brasil

A principal causa do dinamismo do Agronegócio brasileiro é o aumento cons-


tante da produtividade, consequência dos investimentos na modernização tec-
nológica da produção. Confirma essa tendência a melhoria do rendimento de
culturas importantes.

Segundo o levantamento da produção agrícola, do IBGE, no início da década de


1990 cada hectare plantado produzia 1,9 tonelada de arroz; na década de 2000,
a mesma área rende 3,3 toneladas.

No período citado, ou seja, a década de 2000, a produtividade do milho salta de


1,9 para 3 toneladas por hectare e a da soja cresce de 1,7 para 2,6.

Assim sendo, mesmo plantando a mesma extensão de terra, o uso de máquinas


modernas e de sementes melhoradas, a racionalização do plantio e a aplicação de
soluções de alta Tecnologia resultam em produções cada vez maiores.

Na pecuária, verifica-se o mesmo processo, com a utilização de métodos de confi-


namento em escala crescente e a depuração genética de animais e pastagens.

Agronegócio
A importância econômica do Agronegócio não se resume à produção primária
de alimentos nem à criação de animais. Há um complexo conjunto de atividades
industriais e de serviços que se desenvolvem a partir da produção do campo – o
Agronegócio, também conhecido como Agroindústria ou Agribusiness, em inglês.

O Agronegócio é a Cadeia de Estabelecimentos (Empresas, Cooperativas etc.)


que utilizam matéria-prima de origem vegetal ou animal e a transforma em produ-
tos elaborados, de maior valor agregado.

Suco de laranja, óleo de soja, açúcar, álcool, café beneficiado, carnes congeladas
ou em conserva, derivados do leite e da indústria vinícola são exemplos de produtos
da matriz agroindustrial.

O desenvolvimento do Agronegócio brasileiro, nos últimos anos, vem consoli-


dando um poderoso Circuito Econômico, principalmente no interior.

Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente, observa-se o cresci-


mento de importantes áreas urbanas, muitas dotadas de moderna infraestrutura.
Serviços sofisticados nas áreas de biotecnologia, Veterinária, Agronomia e Enge-
nharia de Alimentos são amplamente utilizados no Agronegócio, o que significa o
emprego de mão de obra qualificada e bem remunerada.

O sucesso do campo beneficia todo o Setor Industrial. Os investimentos em


mecanização dinamizam o segmento de máquinas e equipamentos agropecuários,
a ponto de torná-lo competitivo no Mercado mundial. No início da década de
2000, o Brasil exporta cerca de 600 milhões de dólares em tratores e colheitadei-
ras, itens em que sempre foi importador.

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Informações da Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG) apontam o
Agronegócio como o segmento econômico mais importante do país, com 25% da
produção e 40% das exportações. Graças à elevada competitividade internacio-
nal, o Setor registra um superávit comercial de 19 bilhões de dólares na década
de 2010, o que representa enorme ajuda nas contas externas. O Agronegócio é
também grande gerador de empregos.

No início da década de 2010, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, a atividade agrícola emprega formalmente (com carteira assinada)
mais trabalhadores do que a construção civil, tradicionalmente, a maior geradora
de empregos.

Balança Comercial
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na década
de 2000, a Balança Comercial do Setor (diferença entre exportações e impor-
tações) tem saldo favorável de 14,74 bilhões de dólares, 29% mais que no ano
anterior (11,43 bilhões).

As importações diminuem de 5,2 bilhões de dólares, na década de 2000, para


4,4 bilhões, em 2001, por causa da queda nas compras externas de algodão, pro-
dutos lácteos e milho em grão.

As exportações, por sua vez, somam 19,13 bilhões de dólares, em 2001 –


foram 16,63 bilhões na década de 2000. Boa parte do incremento se deve ao
chamado complexo soja, principal item da pauta de exportações, que registra ex-
pressivo aumento nas vendas externas: 29,2% entre 2000 e 2010.

Nos oito anos da década de 2010, a balança agropecuária tem saldo positivo
de 9,27 bilhões de dólares, com exportações de 11,9 bilhões e importações de
2,63 bilhões de dólares.

Processo de Autogestão
A autogestão é uma forma de organização coletiva, cujo elemento essencial é a
democracia e, consequentemente, o respeito individual. Ela se realiza na comuni-
dade, no empreendimento coletivo, na associação etc.

A autogestão consiste no predomínio da democracia, no sentido de envolver a


participação integral dos membros do grupo, acesso total às informações, conheci-
mento dos processos, autonomia e autodeterminação (ANTEAG, 2005).

No Brasil, a autogestão começou na década de 1980, em que algumas Empre-


sas de grande porte encerraram as respectivas atividades em virtude da crise e,
consequentemente, do problema da dívida externa.

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UNIDADE Segmento do Agronegócio no Brasil

Na década de 1990, as mudanças foram mais significativas no Brasil. Também


nesse período, os Sindicatos passaram a influenciar na iniciativa coletivista dos
trabalhadores verificando se eles almejavam permanecer nas Empresas em crise.

Nesse sentido, os Sindicatos receberam apoio do Departamento Intersindical de


Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Naquela ocasião, os trabalhadores assumiram o controle de algumas Empresas,


orientados pelos técnicos do DIEESE, e criaram, então, a Associação dos Trabalha-
dores em Autogestão e Participação Acionária (ANTEAG).

Outras formas de Organização da Economia Solidária também podem ser en-


contradas no Brasil, bem como em outras partes do mundo. As redes se tornaram
exemplos de Autogestão e visam à informação e à gestão de organizações da eco-
nomia solidária.

Cooperativismo no Agronegócio Brasileiro


A população mundial, na ordem de 7 bilhões de habitantes, necessita dos ali-
mentos para a própria sobrevivência. O Brasil foi considerado, desde a década de
1970, o “Celeiro do Mundo”.
A demanda crescente por alimentos e as perspectivas favoráveis do Agronegó-
cio no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro consistem no sucesso sem preceden-
tes desse Mercado.
O Agronegócio brasileiro tem papel de destaque na produção mundial de ali-
mentos. As cooperativas têm especial posicionamento nesse contexto.
O Brasil é líder na produção de laranja, soja, café, carne bovina, carne suína e
carne de aves. Além disso, as exportações brasileiras abastecem de alimentos as
famílias do mundo inteiro.
Um dos principais responsáveis pelo sucesso do Agronegócio brasileiro são as
Cooperativas. A ação coletiva gerada por elas consiste num dos principais alicer-
ces para que o Agronegócio brasileiro enfrente as crises econômicas e cresça de
forma linear e substancial.
As Cooperativas no Agronegócio brasileiro vêm auxiliando o produtor rural no
seu dia a dia no âmbito das operações que o negócio requer.
Desde a descoberta da Agricultura, o homem vê a necessidade de trabalhar em
grupo, desenvolvendo vários arranjos organizacionais que visam a facilitar a ação
coletiva. Dentre esses arranjos, as Cooperativas de produtores agropecuários são
responsáveis por desempenhar importante papel econômico e social no Agrone-
gócio (MUNDOCOOP, 2015).
Uma Cooperativa agrícola nasce da associação voluntária de produtores rurais
que têm os mesmos interesses e objetivos, e que buscam vantagens competitivas
comuns em suas atividades agroeconômicas (MUNDOCOOP, 2015).

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No Brasil, há Cooperativas que são verdadeiros conglomerados de produtores
rurais que buscam, na cooperação, as vantagens e os benefícios necessários para que
se mantenham fortes e ativos num Mercado altamente competitivo (MUNDOCOOP,
2015); portanto, cooperativas fortes e bem estruturadas constituem grandes alia-
das dos produtores rurais e estes, agindo de forma coesa e unida, fazem com que
a Cooperativa se torne ainda mais forte e operacional.

A seguir, as vantagens obtidas pelo produtor rural ao se associar às Cooperativas:


• Assessoria técnica;
• Prestação de serviços;
• Garantias trabalhistas;
• Cooperativismo.

Além disso, com o apoio da Cooperativa, o produtor rural tem a possibilidade


de obter linhas de crédito, financiamentos mais interessantes e seguros agrícolas
muito mais vantajosos se comparados a produtores que atuam de forma solitária.

Para o produtor se tornar um associado, é preciso, em primeiro plano, saber


qual é a Cooperativa mais próxima que se enquadra na sua atividade rural.

Em seguida, deve saber qual é a documentação que a Cooperativa pede, para


que possa entrar no Quadro de Associados (geralmente, são documentos pessoais
e da propriedade).

Considerações Finais
A importância econômica do Agronegócio não se resume à produção primária de
alimentos nem à criação de animais. Há um complexo conjunto de atividades indus-
triais e de serviços que se desenvolvem a partir da produção do campo – o Agronegó-
cio, também conhecido como Agroindústria ou Agribusiness, em inglês.
O conceito de Cadeia Produtiva no Agronegócio tem assumido duas variantes
distintas: (1) a de redes como relação e (2) a de redes como organização.
A autogestão no Agronegócio constitui grupos de organizações coesas e ampla-
mente inter-relacionadas, orientadas a gerar e oferecer soluções competitivas de
maneira coletiva e coordenada.
As Cadeias Produtivas são formas de organização que articulam atividades de
produção, comércio e consumo, com a preocupação do desenvolvimento local.
Um dos principais responsáveis pelo sucesso do Agronegócio brasileiro são as
cooperativas.

A ação coletiva gerada pelas Cooperativas consiste num dos principais alicerces
para que o Agronegócio brasileiro enfrente as crises econômicas e cresça de forma
linear e substancial.

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UNIDADE Segmento do Agronegócio no Brasil

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
SEBRAE
https://goo.gl/TWjhgT
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
http://fbes.org.br/
MUNDOCOOP
https://goo.gl/V7ys84
ANTEAG
Site Institucional da Associação dos Trabalhadores em Autogestão e Participação Acio-
nária (ANTEAG).
http://cirandas.net/anteag
DIEESE
Institucional do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos.
https://www.dieese.org.br/

Leitura
Lei do Cooperativismo
https://goo.gl/QqOadQ

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Referências
ANTEAG - A Rede Social e Econômica da e para a Economia Solidária. Dis-
ponível em: <http://cirandas.net/anteag>.

BALESTRIN, A.; VERSCHORE, J. Redes de Cooperação Empresarial. Porto


Alegre: Bookman, 2008.

CENZI, N. L. Cooperativismo. Curitiba: Juruá, 2009.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. A Economia Solidária.


Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/ecosolidaria/os-empreendimentoseco-
nomicos-solidarios.htm>. Acesso em: 6 dez. 2017.

OLIVEIRA, D. P. R. Manual de Gestão das Cooperativas. Uma Abordagem


Prática. São Paulo: Atlas, 2015.

ROSSI, A. C. S. Cooperativismo – A Luz dos Princípios. Curitiba: Juruá, 2005.

Sites visitados
<www.mundocoop.com.br>. Acesso em 17 nov. 2018

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