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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC

BACHARELADO FILOSOFIA
DISCIPLINA - LÓGICA I

PRINCÍPIOS TÓPICOS DA FILOSOFIA


ATITUDE CRÍTICA, ATITUDE FILOSÓFICA, PENSAMENTO SISTEMÁTICO

JOHNNY GONÇALVES
PROF. DR. ROBSON FIGUEIREDO BRITO
JOHNNY GONÇALVES

PRINCÍPIOS TÓPICOS DA FILOSOFIA


ATITUDE CRÍTICA, ATITUDE FILOSÓFICA, PENSAMENTO SISTEMÁTICO

Trabalho apresentado à Pontifícia Universidade


Católica de Minas Gerais - PUC MG, como requisito
para a obtenção do título de bacharel em Filosofia.

BELO HORIZONTE - MG
2022
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO …………………………………………….. 3


2. O SOFRIMENTO DO NASCER …………………………………………………... 3
2.1 A ignorância como estado intrínseco da gênese do ser ……………... 3
2.2 A primeira grande ruptura ……………………………………………….. 4
3. ANOS INFANTIS …………………………………………………………………… 5
3.1 Tempos nocivos ………………………………………………………….. 6
4. AMADURECER ……………………………………………………………………. 7
5. OS OLHOS ARDEM ………………………………………………………………. 7
5.1 Negação …………………………………………………………………… 7
5.2 A arte ……………………………………………………………………… 8
5.3 A filosofia …………………………………………………………………. 9
5.4 Dicotomia …………………………………………………………………. 9
5.5 Faculdade ………………………………………………………………… 10
6. CONCLUSÃO ……………………………………………………………………… 11
7. REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………. 12
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1. APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO

Memorial é um texto de caráter científico que retrata as experiências mais


marcantes de sua vida que contribuíram para o seu percurso acadêmico. Neste,
procurei evidenciar os processos pelo qual passei em minha vida e os
acontecimentos que influenciaram de forma direta minha maneira de pensar.
Em um primeiro momento, tratei de criticar a dicotomia desde o momento do
nascer e, ao longo da narrativa, retrato essa crítica fundamentando cada vez mais,
com base nas minhas experiências e estudos.

2. O SOFRIMENTO DO NASCER

Porque o recém nascido chora assim que nasce? De acordo com os médicos
especialistas, o primeiro suspiro da criança causa muita dor, já que seus pulmões
nunca foram usados antes.
Por algum motivo sinto que esse fato deveria soar irônico, mas não é o caso.
O dom da vida vir acompanhado da dor do primeiro suspiro, ou até mesmo o amor
materno acompanhar a dor do parto, tudo isso se relaciona, nada é homogêneo.
Apesar de ter tido a experiência dessa dor do primeiro suspiro quando nasci,
conclui que o mundo não é uma grande dicotomia apenas na fase da adolescência.
Antes de chegar nela, devo repassar por todo o caminho.

2.1 A ignorância como estado intrínseco da gênese do ser

Como tudo que vive, independente da condição, tive minha origem de alguma
forma. Eu nasci na Flórida, estado no sul dos Estados Unidos, país norte americano.
Presenteado com a vida por uma mulher que, já era e viria a ser, a mulher mais forte
que conheci e um homem com a mente conturbada e aguçada na mesma medida.
Gosto de pensar que enquanto morei lá, vivia numa espécie de “cercadinho”,
protegido do mundo. Além da proteção dos pais, a ignorância em ser uma criança
não dava margem a algum pensamento crítico. Tal ignorância me privou de
sofrimentos mundanos que uma criança de fato não precisaria se preocupar, mas
aos poucos esse “cercadinho da ignorância” foi se rompendo.
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A ignorância não molda o ser mas o afastamento dela sim. Para concluir isso,
basta encarar o passado com um olhar crítico e então se colocar no lugar do seu Eu
do passado, quais das duas visões será mais crítica, pura, esclarecida? Tenho para
mim que a visão atual, já que já tivemos a visão do passado e tivemos a
oportunidade de criticá-la e reconstruí-la ao longo do tempo.
Com a grande ignorância vem a limitada comunicação. Choros, grunhidos, a
incapacidade de sintetizar o código da língua se torna um reflexo do que há de mais
animal no humano. A vontade e determinação de sobrevivência são o propósito da
criança e com eles, os surtos de choros, fonemas ininteligíveis, quase como um
animal que urra para sua presa para assustá-la ou uiva para a alcateia para se
reagruparem.
No meu caso foi ainda mais difícil se comunicar já que tive contato com três
línguas diferentes neste período. A confusão de palavras de diferentes idiomas na
mesma frase ou não saber o que certa palavra significava era rotineiro. Isso resultou
em uma comunicação clara apenas aos quatro anos de idade.
Como eram organizados os pensamentos de uma criança que não sabia nem
organizar uma frase sem se embaralhar?

2.2 A primeira grande ruptura

Qual a importância das memórias na vida? Parece uma pergunta boba, mas
quantas vezes cometemos o mesmo erro várias vezes ou nos esquecemos do
quanto algo é meritório na nossa vida? A lembrança é como um material de estudo,
um livro importante, não nos molda mas faz com que nunca esqueçamos do que
pode nos moldar.
Se eu me esquecesse de quem sou, quem seria eu? O que conforta minha
existência? Qual é a minha garantia de que o que vivi foi de fato o que vivi?
Minha primeira memória foi de um dos momentos mais especiais da minha
infância. Por motivos que meus pais nunca quiseram me falar, meu pai teve que
voltar para o Brasil e ficamos quatro meses longe um do outro. Eu ainda não
conhecia minha família pessoalmente, já que toda ela morava no Brasil e não nos
Estados Unidos. Minha mãe viu como uma oportunidade de regressar ao Brasil a fim
de promover os encontros e reencontros.
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Foi no momento do pouso do avião que direcionei o olhar para uma janela do
aeroporto com uma figura que balançava os braços incansávelmente, era meu pai. É
tudo que eu lembro desse dia. Minha mãe fala que era época de natal e que tiramos
uma foto no aeroporto, mas essa memória que tenho é muito mais válida do que
uma simples foto de natal. Eu consigo lembrar do meu ponto de vista naquele
momento e principalmente do sentimento que eu tive em ver meu pai depois de
muito tempo.
Não me lembro se consegui concluir naquele momento ou se apenas mais
velho eu concebi tal ideia mas eu consegui entender a importância da minha família
na minha vida. Antes daquilo, eu sofri mais do que já tinha sofrido em toda minha
vida e que eu sofreria por muito tempo dali para frente.
Com minha ignorância infantil, eu vivi um momento de total felicidade,
ignorando todo o sofrimento passado e focando apenas no presente. A dicotomia da
vida ainda fazia sentido nessa época, já que eu passei por um momento de total
tristeza e dor e logo depois um momento de total alegria e alívio. Isso não significa
que a vida era de fato dicotômica, mas que, pela minha idade e falta de
conhecimento e maturidade, eu não era capaz de concluir algo tão lastimável.

3. ANOS INFANTIS

Depois que cheguei ao Brasil, comecei a cursar o Ensino Fundamental. Foi


dentro do ambiente escolar que comecei a valorizar o pensar e o processo de como
as ideias surgiam e eram constatadas.
Para ser bem sincero, dos meus quatro aos dez anos, minha vida não foi
cheia de grandes constatações. Eu apenas vivia uma vida regular, como uma
criança vive. Brincava na rua, estudava, me divertia, mas nunca me preocupei com
outras questões além das minhas questões infantis.
Claro, o mundo já tinha sido indagado diversas vezes, por isso, eu não
conhecer tais indagações não o fazia um mundo vazio de questões. Mas se
considerarmos que, em cada psique existe uma interpretação, o propósito do meu
mundo existir, naquela época, era única e simplesmente as minhas questões.
Naquela época, eu não sabia a importância do pensar (e talvez eu não saiba
até hoje), o porquê da filosofia existir, já que eu nem sabia de sua existência.
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Em contrapartida, isso não esvazia esses anos de sentido. Hoje, o sentido


atribuído por mim para minha vida está completamente ligado à filosofia. Não me
vejo fazendo outra coisa além de lecionar e estudar filosofia, mas antes, quando em
meu mundo a filosofia não existia, o que fazia minha vida ter sentido eram apenas
minhas necessidades infantis.
Isso me faz pensar sobre meu futuro: Se antes eu não tinha os mesmos
objetivos que hoje em dia, será que daqui a dez anos ainda terei os mesmos motivos
para viver?
É uma pergunta boba se considerarmos o meu tempo de formação como ser
humano. Tenho apenas dezenove anos, a dez anos atrás eu era apenas uma
criança que desconhecia a necessidade do reconhecimento de um propósito na
vida. Com o passar do tempo me desenvolvi, passei pela fase da adolescência e
hoje me encontro adulto, com questões formuladas. Mas, será? O que me garante?
Quão sólidas são minhas ideias? Do que serve eu me conhecer se apenas me
conheço e não quem me tornarei? Será que vale pensar sobre o futuro com a
mesma perspectiva que tenho hoje ou será que no futuro serei uma pessoa
totalmente diferente? São perguntas que só eu ou um não eu, no futuro, poderá
responder.

3.1 Tempos nocivos

Me orgulho do que passei no período da infância, fui criança quando tive que
ser e amadureci mais rápido que as pessoas ao meu redor. Tive uma vida em que
me deram tudo fácil quando podiam e quando não podiam era porque passamos por
tempos difíceis. Na infância, desconhecia a existência desses tempos e isso não
quer dizer que não existiram.
Aos seis anos fui matriculado em uma escola particular de ensino privilegiado.
Minha mãe trabalhava dia e noite para pagá-la, por isso, era menos presente do que
desejava e que eu necessitava. Com isso, cresci antissocial e tímido, diversas
questões reprimidas e que eu só conheceria no período da adolescência.
Dois anos depois minha mãe engravidou e perdeu o emprego. Foi aí que tudo
realmente começou.
Com a falta de dinheiro, meus pais trabalhavam incansavelmente e eu os via
menos ainda. Apesar da jornada de trabalho, o dinheiro continuava escasso e eu
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encarava aquilo de forma imatura, o que era normal vindo de uma criança. Na
escola, todos meus colegas tinham mais dinheiro que eu, já que agora, eu era um
dos únicos alunos que eram bolsistas da sala. Meu corpo também não os agradava,
o que gerava comentários e brincadeiras que me desgostavam. Reagia com rebeldia
dentro de casa, não entendia o porquê de eu ser o alvo daquilo tudo. Será que fiz
algo que descontentou Deus? Ou será que Deus não existe? Será que nada disso
faz sentido? O que é sentido?
Nesse momento, aos dez anos de idade, pensei, como poucas vezes o fiz.

4. AMADURECER

Com minha vida de cabeça para baixo, entendi que a vida era mais amarga
do que eu imaginava. Hoje em dia, consigo ver como todo meu descontentamento
com a vida esteve diretamente ligado a fatores financeiros.
Dos nove aos treze, vivi minha vida com rebeldia e descontentamento.
Trabalhava com meus pais na nova empresa que fundaram, já que nunca gostaram
de terem chefes. Apesar da empresa, eu tinha que trabalhar para sustentar o meu
“luxo”, como diziam, e de fato, eu só arcava com minhas questões triviais. Meus pais
não deixavam nada faltar em casa. Claro, algumas contas em atraso de vez em
quando, mas a comida estava sempre servida na mesa.
Depois dos treze, depois de uma conversa onde meus pais me mostraram as
contas de casa e o levantamento financeiro, me vi numa situação de quase pobreza.
Neste momento, me vi como homem, no início da adolescência, tive que tomar uma
postura muito diferente dos meus colegas e amigos de turma.

5. OS OLHOS ARDEM

Esclarecer-se, o processo que dói e gratifica. Pulsões do pensar me


acompanharam por toda minha vida, mas só aos quatorze, se sedimentou em minha
psique.

5.1 Negação
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Foi no período da pré adolescência que comecei a negar tudo que eu


conhecia, me pus como protagonista de um mundo sem sentido e tudo que eu
conhecia não me cabia mais. Mais tarde percebi a diferença dos saberes comuns,
aparelhados ao senso comum e nos saberes racionais e questionários, atrelados à
dúvida.
Meu processo racional começou com a negação, sem rumo, do mundo em
que eu não me coloquei, mas sim fui colocado. Em um primeiro momento, não me
apoiei em nenhuma produção que questionava a sociedade, a vida e a gênese de
ambas. Apesar desse primeiro impulso só acontecer devido à uma música que
escutei onde o cantor aconselhava “sair da caverna”, era muito rebelde e
egocêntrico para aceitar que outras pessoas pensavam ou eram mais
questionadoras que eu.
Esse processo de negação me preparou para as verdades duras que eu
perseguiria, até entender que nenhuma resposta era grande demais para cessar
minha dúvida.

5.2 A arte

Se o primeiro impulso surgiu com a arte, seria inegável que ela me


acompanharia por todo meu processo racional e vida. Reconhecê-la como fiel
escudeira fez e faz parte deste processo. Sem arte, a vida continuaria sem sentido
pra mim. Isso não quer dizer que a arte seja o sentido da minha existência ou que
minha existência se quer tenha sentido, mas com ela foi possível entender, até certo
ponto, o mundo em que eu vivo.
Foi através de músicas que falavam sobre questões sociais e políticas que
entendi grande parte da situação em que vivia. É importante ressaltar que nesse
ponto da história, eu ainda morava com meus pais, que já tinham tido mais outros
dois filhos além de mim e da minha irmã (e outro nasceu um ano e meio depois).
Nesse caso, o dinheiro que já era escasso começou a fazer falta. Contas pagas já
era um luxo e a comida era majoritariamente obtida por meio de doações e auxílios
do governo.
Eu continuava trabalhando e bancando o que eu podia no quesito que se
voltava a mim. A arte, sempre com um ar crítico, já fazia parte de quem eu era, e,
deixei de apenas consumir para produzir também. Reflexões ainda não trajadas pela
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filosofia eram o alvo dos meus poemas e produções musicais um tanto quanto
amadores.
Com quinze anos ainda me via revoltado mas guiado pela arte. Talvez a vida
fazia um pouco mais de sentido naquela hora. Questões espirituais e religiosas
também voltaram a ser questionadas por mim e o ímpeto da prática se tornou uma
vontade. Caminhei por igrejas, centros, templos e onde mais me encontrei, nos
terreiros de matriz africana.
A religiosidade fomentou a ira que sentia por quem dominava. Com todo o
preconceito que sofria me sentia acuado por uma maioria social que, apesar de
algumas características que identificavam semelhantes em mim, não me encaixava.
Minha arte sofria influência disso tudo.

5.3 A filosofia

Aos dezesseis, ingressei no Ensino Médio. Nesse período eu já queria ser


professor. Já entendia que a educação era a forma mais graciosa de esclarecer-se e
ser professor de Sociologia parecia cair como uma luva.
Na primeira aula de filosofia eu estava muito animado, a aula era com um
professor que eu já tinha tido aula e eu já tinha tido contato com alguns aforismos
que me instigaram a pensar. No fundo eu sabia que gostaria muito dessa matéria
mas não tanto a ponto de me apaixonar.
O professor entrou na sala e apresentou a ideia da filosofia: Questionar. De
imediato, apresentando questões sobre a gênese do universo e do ser, eu sabia o
que eu queria fazer o resto da minha vida, filosofar.
O resto do meu percurso acadêmico foi dedicado a isso, meu mais novo
sonho. Talvez eu tenha nascido pra isso, talvez eu soubesse desde o início, talvez
desde o início eu já estava predestinado, calculado, escrito.
A ideia de destino não te prende? Eu mudo, transmuto, me identifico comigo
mesmo do antes, do depois, do sempre. Eu sou meu destino, ele cabe a mim,
responsabilidade de ter meu futuro em mãos. O destino existe? Eu existo.

5.4 Dicotomia
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Tudo pode ser traduzido a um sistema binário? Tudo é um ou outro? Bem e


mal? Bom e ruim? Dia e noite? Deus e o diabo?
Em todo meu percurso trombei nessa questão, minha vida é taxada por sins e
nãos? Desde o meu nascer a resposta mais abstrata existia, talvez.
Senti a dor do alívio em meu primeiro respirar, senti o milagre do aperto em
cada nascimento dos meus irmãos, senti o sofrimento gratificante de cada conquista.
Nada é uno mas nada me garante isso. Nada é o completo oposto de outro mas
nada me garante isso.
Comecei a pensar nisso ao ler “Assim Falou Zaratustra” de Nietzsche e vi
como o sistema dicotômico era falho porque afirmava verdades absolutas. Um
oposto ao outro, contrários homogêneos.
Não é como o bem tivesse a semente do mal e vice versa, literalmente, para
mim, nada é bom e nada é mal. O que é bom? Uma coisa que é oposta ao mal, me
respondem. E o mal é o oposto do bom, certo? Nada mais? Quais os limites do que
é bom? Por onde devo caminhar? O que é mal é mal, nada bom ou gratificante,
logo, o bom é intrínseca e unicamente bom, certo? Então me dê exemplos, mas não
me fale de Deus, não me fale do que não conheço, me fale do que posso tocar, me
fale do que tange a minha razão.
O bom é ético, me respondem. Mas o que seria ética? Um contrato social?
Mas como o que é ético em um extremo do mundo pode ser antiético no outro? O
bom não me parece homogêneo, não me parece bom.
O mesmo se aplica ao mal. O mal não me parece mal. Quem sou eu para
julgar o que é bom e mal? Em contrapartida, a liberdade me guia, talvez guie essas
questões também. O bom é a liberdade e o mal é a falta dela. Mas como seria se a
liberdade não é plena? Faço parte de uma sociedade que não escolhi, de um
sistema que não escolhi, de uma família que não escolhi, amo pessoas que não
escolhi amar (até mesmo porque se pudesse escolher escolheria amar ninguém,
apenas à mim). Sou refém de tudo que é maior que eu, do sentimento, do estado, da
maioria social, do sentimento, de Deus, de algum deus, do logos, da física, da
biologia, da arte… Tudo isso é mal?

5.5 Faculdade
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Até hoje não tenho respostas. Moro com um amigo na casa dele,
desempregado e procurando emprego, estudando na PUC e com mais perguntas
que respostas.

6. CONCLUSÃO

Sinceramente, não tenho nada para concluir, ainda vivo. O que eu posso
afirmar? Só tenho conhecimento que não sei de nada, que ainda estou apto a
continuar não sabendo. Talvez um dia me canse de só ter dúvidas e me estabilize no
senso comum da idade adulta, com mais respostas que perguntas. Talvez meus
olhos não arderiam mais e talvez eu fosse infeliz em segredo.
Sei que fui salvo pela arte e a filosofia, me desprendi na ignorância e rebeldia,
hoje posso viver como sempre quis, como eu quero, independente de como seja, eu
confio na minha capacidade de saber o que quero.
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7. REFERÊNCIAS

1- NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 7°


Edição, 2014.

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