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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE LICENCIATURA EM TEATRO
CORPO E MOVIMENTO
DISCENTE: ELYWANDER OLIVEIRA GATINHO
DOCENTE: TÂNIA CRISTINA COSTA RIBEIRO

Corpo: Símbolo de Processo

06/05/2019
São Luís - MA
Este trabalho é fruto da disciplina CORPO E MOVIMENTO, ministrado
pela Prof° Tânia Cristina Costa Ribeiro, para obtenção parcial da nota na
segunda unidade - Estudo e Experimentação do Corpo.
O texto“ Corpo: Símbolo de Processo”, segue a partir dos
questionamentos feito no início do texto Uma Pedagogia do Corpo, trabalhado
na sala de aula. Esses questionamentos tem como visão do corpo, e como
esse corpo se desenvolve de forma física, cultural e social.
Corpo: Símbolo de Processo

O que eu poderia dizer que é o corpo? Um corpo quando está em fase


adulta? Corpo quando é só uma criança? Um corpo crescendo em mobilidade
ou um corpo enquanto só uma sementinha no ventre da mãe?
Lembro das historias quem minha mãe conta de quando eu era mais
novo, historias das quais nem se quer me lembro ou se quer sei que existiram.
Eu tinha 4 meses quando minha mãe descobriu estar grávida de mim, como o
corpo dela reagia com relação a gravidez? Nem ela sabe. Meu irmão tinha
apenas, 14 meses de nascido quando tirado do seio de minha mãe, era retirá-
lo ou prejudicar o meu desenvolvimento, já que não vinha nutriente suficiente
para mim. Quando nasci, parecia mais um ratinho do que um bebê – não sei,
mas para mim todos os bebês recém-nascidos têm cara de ratinho. Todo
cabeçudinho e esquelético. Minha mãe fala que quando nasci, nem se quer
chorei, apenas, abri os olhos e via as pessoas ao me redor como se eu
perguntasse a mim mesmo o que diabos eu fazia ali. Acho que ela se
arrepende de eu não ter chorado quando nasci, porque ao meu desenvolver,
não continuou bem assim. Talvez, eu fosse a criança mais chorona e grudenta,
não gostava de ir com ninguém, a não se com meus pais, meu irmão diferente
de mim, saia com quem o convidasse para ir embora – não sei como não
levaram esse “piqueno”.
Aos poucos eu fui crescendo, porém, nem tanto assim. Ali com 6 anos,
a luta da minha mãe comigo era ajeitar minha coluna, minha postura ao andar
e principalmente ao sentar. Ela sempre me deixava com um cabo de vassoura
travessado na costa e entre os braços para que eu endireitasse os ombros.
Mas eu não ligava muito queria apenas, saber de correr e brincar. É muito
engraçado o funcionamento do corpo quando criança. A criança faz primeiro a
ação para depois parar para pensar - ou muitas da vezes nem para, a não ser
quando chamado atenção. Quando se é criança, se tem muito do achar ser
livre. Hoje em dia esse pensamento já não funciona do mesmo jeito, quando
nos livramos das correntes das quais estamos presos, haverá outras sejam
elas correntes sociais, familiares, política e etc.
Com o passar do tempo o corpo vai criando maturidade física, mas o
crescer desse corpo trás consigo algumas responsabilidades, desde ter
domínio, conhecimento de limites, e como esse corpo está se inserindo no
ambiente social. A partir daqui o nossos corpo começa a ter influências do
meio, seja por, algum colega na escola, alguém na televisão ou em uma
revista. Mas, com esse corpo se diferencia diante de tantos conflitos e
distinções de opiniões? Hoje em dia o que eu carrego comigo é um discurso de
corpos plurais e a singularidade desse corpo. Corpos que estão unidos em
determinado lugar, mas o que é bonito de se ver é como esse corpo se
desenvolve, no seu próprio jeito, no balançar, no estender, no deitar. Trabalhar
a singularidade desse corpo de forma única (própria), e poética. Acredito que a
partir do momento que se tem conhecimento do seu próprio corpo e se começa
a aceita-lo, também começa o processo de entendimento da identidade desse
corpo.

Texto: Elywander Gatinho

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