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Conceituação sobre o terceiro

setor e legislações

Profª Viviane Cristina S. Vaz


APRESENTAÇÃO
• A disciplina visa o estudo da trajetória histórica do terceiro setor no Brasil,
resgatando a importância dos movimentos sociais na construção de politicas
e direitos sociais, busca também o aprofundamento da compreensão
contemporânea sobre os movimentos sociais como espaços de
tensionamento político pelos direitos humanos de categorias excluídas
socialmente.

• Para tanto visa o estudo das legislações e normativas que caracterizam o


terceiro setor, considerando que os aspectos jurídicos sustentam a
materialidade existencial das organizações da sociedade civil.
AULA 1 – Trajetória histórica do 3º
setor no Brasil
CARACTERÍSTICAS DO 3º SETOR
• São de caráter privado, mas desenvolvem um
trabalho de interesse público.

• Não têm finalidade de lucro no sentido mercantil


da palavra.

• Não são estatais, embora possam manter


vínculos com o poder público.
• A existência de um setor amplo da sociedade,
sem fins lucrativos e não governamental surge,
como resposta da própria sociedade à
ineficiência do Estado na resolução dos
problemas que levam à desigualdade social e de
direitos entre os indivíduos.
HISTÓRICO
• No período entre o Império e a 1ª
República, de 1822 a 1930, as ações
sociais tinham um caráter unicamente
religioso, devido a grande influência da
colonização portuguesa e da Igreja
Católica
Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro fundada pelo jesuíta José de
Anchieta, em 24 de março de 1582
• A partir da Revolução da década de 30 até
a década de 60, foi criada a primeira lei
brasileira que regulamentava as regras que
normatizaram as iniciativas assistenciais
(declaração de utilidade pública).

• As instituições eram denominadas de


Obras Sociais
• Durante a instalação do Estado Novo com Getúlio
Vargas foi criado o Conselho Nacional de
Assistência Social (CNSS) e a Legião Brasileira de
Assistência Social (1942, LBA), começando assim
o processo de intervenção estatal na
implementação de uma política de assistência
social.
• A instalação da LBA nos municípios
foi responsável pelo fomento e
criação de entidades de assistência
social.
Pobreza e Caridade
• Os serviços das entidades eram destinados as
camadas mais empobrecidas da população,
geralmente composta por famílias, ou indivíduos
que estavam fora do sistema produtivo
• Em relação às instituições e associações, a
maioria surgiu ligada a igreja católica e
posteriormente foram se desmembrando em
outras entidades de natureza filantrópica,
respondendo basicamente por situações
imediatas, pontuais.
• Não havia planejamento, coordenação e muitas
vezes não havia continuidade dos serviços
oferecidos pelas entidades de assistência social,
que na sua grande maioria prestavam
atendimentos na área da infância e da
maternidade.
• No Brasil, desde o final da década de 40, já
existiam pequenos grupos em bairros periféricos
que lutavam por melhorias nas condições de
moradia, educação, creches, postos de saúde,
etc. Segundo Simões (2009) esses movimentos
foram reprimidos durante o regime militar,
retornando com o processo de redemocratização
do país. A partir de então, foram se diversificando
e se fortalecendo também, em organizações
preocupadas com a cidadania, com a questão
ética e humanitária.
• Houve um significativo aumento dos
movimentos sociais que surgiram durante a
ditadura militar, atuando na defesa dos direitos
sociais e políticos, fortalecendo a sociedade
civil. Esse fortalecimento abrangia todas as
classes sociais, que atuaram ativamente na
reestruturação da Constituição Federal de 1988.
Segundo Simões (2009), desta reorientação
originou a atuação de alguns movimentos, que
levou ao aparecimento e crescimento das
organizações não governamentais.
• No princípio dos anos 90, as ONGs ganharam
maior visibilidade em função da ECO 92 e do
Movimento pela Ética na Política, de 1993, que
desencadeou a Ação da Cidadania contra a
Fome, a Miséria e pela Vida, liderada pelo
sociólogo Herbert de Souza, o Betinho
REFERÊNCIAS
• BRASIL. História do movimento político das pessoas com
deficiência no Brasil. Compilado por Mário Cléber Martins
Lanna Júnior. - Brasília: Secretaria de Direitos Humanos.
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa
com Deficiência, 2010.

• LANDIM, Leilah. A invenção das ONGs: do serviço invisível


à profissão impossível. Tese de doutorado. Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós graduação
em Antropologia Social. Rio de Janeiro, 1993.

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