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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 6856
Terceira edição
15.04.2021

Transformador de corrente com isolação sólida


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para tensão máxima igual ou inferior a 52 kV —


Especificação e ensaios
Current transformers with solid insulation for maximum voltage equal or lower
than 52 kV — Specification and tests

ICS 29.180 ISBN 978-65-5659-908-3

Número de referência
ABNT NBR 6856:2021
80 páginas

© ABNT 2021
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................ix
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos, definições e abreviaturas....................................................................................2
4 Condições de serviço.......................................................................................................13
4.1 Generalidades....................................................................................................................13
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4.2 Condições normais de serviço........................................................................................13


4.2.1 Temperatura do ar ambiente............................................................................................13
4.2.2 Altitude...............................................................................................................................14
4.2.3 Condições normais de serviço para transformadores de corrente de uso interno....14
4.2.4 Condições normais de serviço para transformadores de corrente de uso externo...14
4.2.5 Frequência.........................................................................................................................15
4.3 Condições especiais de serviço......................................................................................15
4.3.1 Geral...................................................................................................................................15
4.3.2 Altitude...............................................................................................................................15
4.3.3 Temperatura ambiente......................................................................................................16
4.3.4 Frequência.........................................................................................................................17
4.3.5 Vibrações ou tremores de terra.......................................................................................17
4.3.6 Outros fatores a serem considerados condições especiais de serviço......................17
4.4 Sistemas de aterramento..................................................................................................17
5 Valores nominais...............................................................................................................18
5.1 Valores normalizados de correntes nominais................................................................18
5.1.1 Correntes primárias nominais.........................................................................................18
5.1.2 Correntes secundárias nominais.....................................................................................18
5.2 Fator térmico nominal (Ft)................................................................................................18
5.3 Representações das correntes nominais e relações nominais....................................20
5.4 Valores normalizados de potências e cargas nominais................................................26
5.5 Correntes de curta duração.............................................................................................27
5.5.1 Generalidades....................................................................................................................27
5.5.2 Corrente térmica nominal de curta duração (Ith)............................................................27
5.5.3 Corrente dinâmica nominal (Idyn)....................................................................................27
5.6 Limites de elevação de temperatura...............................................................................27
6 Requisitos de projeto........................................................................................................29
6.1 Requisitos de isolamento.................................................................................................29
6.1.1 Níveis de isolamento nominais para enrolamentos primários.....................................29
6.1.2 Outros requisitos para isolamento do enrolamento primário......................................30
6.1.3 Requisitos de isolamento entre as seções.....................................................................31
6.1.4 Requisitos de isolamento para enrolamentos secundários.........................................31
6.1.5 Exposição a poluição........................................................................................................31
6.1.6 Requisitos de isolamento entre as espiras....................................................................31
6.2 Limitação da tensão de circuito aberto...........................................................................32

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7 Requisitos de exatidão para transformadores de corrente para medição..................32


7.1 Classes para serviço de medição....................................................................................32
7.2 Classes especiais para serviços de medição.................................................................32
7.3 Condições de funcionamento..........................................................................................35
7.3.1 TC com vários núcleos.....................................................................................................35
7.3.2 Fator de segurança do instrumento para núcleos de medição....................................36
7.3.3 Condições para atendimento às classes de exatidão de medição..............................36
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7.3.4 Marcação de placa de identificação para transformadores de corrente para serviços


de medição.........................................................................................................................37
8 Requisitos de exatidão para transformadores de corrente para serviços de
proteção.............................................................................................................................37
8.1 Fator-limite de exatidão....................................................................................................37
8.2 Condições de funcionamento..........................................................................................38
8.2.1 TC com vários núcleos.....................................................................................................38
8.2.2 TC com derivação secundária.........................................................................................38
8.3 Classes de exatidão para transformadores de corrente para serviços de proteção.. 38
8.3.1 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para proteção
classe P..............................................................................................................................38
8.3.2 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para serviços de
proteção classe PR...........................................................................................................39
8.3.3 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para serviços de
proteção classe PX...........................................................................................................41
8.3.4 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para serviços de
proteção classe PXR.........................................................................................................42
9 Requisitos gerais..............................................................................................................43
9.1 Materiais isolantes............................................................................................................43
9.1.1 Generalidades....................................................................................................................43
9.1.2 Requisitos para os materiais sólidos utilizados em equipamentos.............................44
9.2 Tratamento e acabamento das partes metálicas............................................................44
9.3 Aterramento.......................................................................................................................44
9.4 Polaridade..........................................................................................................................44
9.5 Características para especificação.................................................................................45
10 Marcações..........................................................................................................................45
10.1 Gravação da placa de identificação................................................................................45
10.1.1 Placa de identificação das características nominais do TC.........................................45
10.1.2 Gravação da placa de identificação para serviços de medição e proteção................46
10.1.3 Placa de religações primárias..........................................................................................47
10.1.4 Placa de identificação para TC tipo bucha e de baixa tensão......................................47
10.2 Marcação dos terminais...................................................................................................47
10.2.1 Regra geral.........................................................................................................................47
10.2.2 Identificadores de terminais.............................................................................................47
11 Classificação de ensaios..................................................................................................48
11.1 Generalidades....................................................................................................................48

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11.2 Ensaios de tipo..................................................................................................................48


11.3 Ensaio especial.................................................................................................................49
12 Ensaios de tipo..................................................................................................................49
12.1 Elevação de temperatura..................................................................................................49
12.1.1 Objetivo..............................................................................................................................49
12.1.2 Procedimento....................................................................................................................49
12.1.3 Método de ensaio..............................................................................................................50
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12.1.4 Critério de aprovação.......................................................................................................53


12.2 Corrente suportável nominal de curta duração e valor de crista da corrente
suportável..........................................................................................................................53
12.2.1 Objetivo..............................................................................................................................53
12.2.2 Procedimento....................................................................................................................53
12.2.3 Método de ensaio..............................................................................................................53
12.2.4 Critério de aprovação.......................................................................................................54
12.3 Ensaios de impulso...........................................................................................................54
12.3.1 Objetivo..............................................................................................................................54
12.3.2 Procedimento....................................................................................................................54
12.3.3 Método de ensaio..............................................................................................................54
12.4 Tensão suportável à frequência industrial sob chuva para os transformadores de
uso externo........................................................................................................................56
12.4.1 Objetivo..............................................................................................................................56
12.4.2 Procedimento....................................................................................................................56
12.4.3 Método de ensaio..............................................................................................................57
12.4.4 Critério de aprovação.......................................................................................................57
12.5 Resistência ôhmica dos enrolamentos...........................................................................57
12.5.1 Objetivo..............................................................................................................................57
12.5.2 Procedimento....................................................................................................................57
12.5.3 Método de ensaio..............................................................................................................57
12.5.4 Critério de aprovação.......................................................................................................59
12.6 Exatidão.............................................................................................................................59
12.6.1 Objetivo..............................................................................................................................59
12.6.2 Procedimento....................................................................................................................59
12.6.3 Método de ensaio..............................................................................................................59
12.6.4 Critério de aprovação.......................................................................................................62
12.7 Erro composto para as classes P e PR...........................................................................62
12.7.1 Objetivo..............................................................................................................................62
12.7.2 Procedimento....................................................................................................................62
12.7.3 Método de ensaio..............................................................................................................63
12.7.4 Critério de aprovação.......................................................................................................63
13 Ensaios de rotina..............................................................................................................63
13.1 Verificação da marcação de terminais e polaridade......................................................63
13.1.1 Objetivo..............................................................................................................................63
13.1.2 Procedimento....................................................................................................................64

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13.1.3 Método de ensaio..............................................................................................................64


13.1.4 Método da corrente contínua...........................................................................................64
13.1.5 Critério de aprovação.......................................................................................................65
13.2 Ensaio de tensão suportável à frequência industrial a seco no primário...................66
13.2.1 Objetivo..............................................................................................................................66
13.2.2 Procedimento e método de ensaio..................................................................................66
13.2.3 Critério de aprovação.......................................................................................................66
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13.3 Medição de descargas parciais.......................................................................................66


13.3.1 Objetivo..............................................................................................................................66
13.3.2 Procedimento....................................................................................................................66
13.3.3 Métodos de ensaio............................................................................................................68
13.3.4 Critério de aprovação.......................................................................................................69
13.4 Ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos secundários
e entre as seções do primário..........................................................................................69
13.4.1 Objetivo..............................................................................................................................69
13.4.2 Procedimento....................................................................................................................69
13.4.3 Método de ensaio..............................................................................................................69
13.4.4 Critério de aprovação.......................................................................................................70
13.5 Ensaio de sobretensão entre as espiras.........................................................................70
13.5.1 Objetivo..............................................................................................................................70
13.5.2 Procedimento....................................................................................................................70
13.5.3 Métodos de ensaio............................................................................................................71
13.5.4 Critério de aprovação.......................................................................................................72
13.6 Ensaio de exatidão............................................................................................................72
13.6.1 Objetivo..............................................................................................................................72
13.6.2 Procedimento....................................................................................................................72
13.6.3 Método de ensaio..............................................................................................................73
13.6.4 Critério de aprovação.......................................................................................................73
13.7 Ensaio de fator de segurança do instrumento...............................................................73
13.7.1 Objetivo..............................................................................................................................73
13.7.2 Procedimento e método de ensaio..................................................................................73
13.7.3 Critério de aprovação.......................................................................................................74
13.8 Erro composto para as classes P e PR...........................................................................74
13.8.1 Objetivo..............................................................................................................................74
13.8.2 Procedimento....................................................................................................................74
13.8.3 Método de ensaio..............................................................................................................74
13.8.4 Critério de aprovação.......................................................................................................75
13.9 Característica de excitação..............................................................................................75
13.9.1 Objetivo..............................................................................................................................75
13.9.2 Procedimento....................................................................................................................75
13.9.3 Método de ensaio..............................................................................................................76
13.9.4 Critério de aprovação.......................................................................................................76
14 Ensaios especiais.............................................................................................................76

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14.1 Tensão de circuito aberto.................................................................................................76


14.1.1 Objetivo..............................................................................................................................76
14.1.2 Procedimento....................................................................................................................77
14.1.3 Método de ensaio..............................................................................................................78
14.1.4 Critério de aprovação.......................................................................................................78
Anexo A (informativo) Exemplo de folha de dados técnicos garantidos
Transformadores de corrente..........................................................................................79
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Bibliografia..........................................................................................................................................80

Figuras
Figura 1 – Fator de correção da altitude..........................................................................................16
Figura 2 – Fator de correção da elevação de temperatura em relação à altitude para
transformadores com isolamento sólido........................................................................28
Figura 3 – Paralelogramos para as classes 0,3 e 0,3S...................................................................33
Figura 4 – Paralelogramos para as classes 0,6 e 0,6S...................................................................34
Figura 5 – Paralelogramos para a classe 1,2...................................................................................35
Figura 6 – Exemplo da placa de identificação.................................................................................46
Figura 7 – Circuito de ensaio de elevação de temperatura somente com aplicação de
corrente..............................................................................................................................50
Figura 8 – Determinação da temperatura dos enrolamentos pela medição da resistência........52
Figura 9 – Verificação da tensão suportável de impulso...............................................................55
Figura 10 – Esquema de ligação para medição da resistência ôhmica dos enrolamentos
por meio do método de queda de tensão.......................................................................58
Figura 11 – Circuito para ensaio de exatidão pelo método relativo..............................................60
Figura 12 – Desmagnetização energizando-se o enrolamento com o maior número de
espiras................................................................................................................................61
Figura 13 – Desmagnetização energizando-se o enrolamento com o menor número de
espiras................................................................................................................................62
Figura 14 – Determinação da polaridade pelo método de comparação com um TC de
polaridade conhecida.......................................................................................................64
Figura 15 – Determinação da polaridade pelo método de corrente contínua – Método a).........65
Figura 16 – Determinação da polaridade pelo método de corrente contínua – Método b).........65
Figura 17 – Circuito de ensaio para medição de descargas parciais tipo A
(impedância de medição em série com o equipamento sob ensaio)...........................67
Figura 18 – Circuito de ensaio para medição de descargas parciais tipo B
(impedância de medição em série com o capacitor de acoplamento).........................67
Figura 19 – Circuito de ensaio para medição de descargas parciais tipo C
(circuito balanceado)........................................................................................................68
Figura 20 – Circuito de ensaio para tensão suportável à frequência industrial entre os
secundários ou entre as seções do primário.................................................................70
Figura 21 – Circuito de ensaio de sobretensão entre as espiras, conforme o procedimento A....71
Figura 22 – Circuito de ensaio de sobretensão entre as espiras, conforme o procedimento B....72
Figura 23 – Circuito de ensaio para medição da tensão de circuito aberto.................................78

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Tabelas
Tabela 1 – Condições de temperatura..............................................................................................14
Tabela 2 – Sinais para representação de correntes nominais e relações nominais....................20
Tabela 3 – Relações nominais simples............................................................................................20
Tabela 4 – Relações nominais duplas..............................................................................................21
Tabela 5 – Relações nominais triplas...............................................................................................21
Tabela 6 – Exemplos de relações nominais e marcações de terminais........................................22
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Tabela 7 – Relações nominais múltiplas..........................................................................................24


Tabela 8 – Características das cargas com fator de potência 0,9 para corrente secundária
nominal de 5 A...................................................................................................................26
Tabela 9 – Características das cargas com fator de potência 0,5 e corrente secundária
nominal de 5 A...................................................................................................................26
Tabela 10 – Características das cargas com fator de potência 1 para corrente secundária
nominal de 1 A...................................................................................................................26
Tabela 11 – Características das cargas com fator de potência 0,9 para corrente secundária
nominal de 1 A...................................................................................................................27
Tabela 12 – Limites de elevação de temperatura............................................................................29
Tabela 13 – Níveis de isolamento nominal para equipamento com Um ≤ 52 kV...........................29
Tabela 14 – Tensões para o ensaio de descargas parciais e respectivos níveis permissíveis
aplicáveis aos transformadores de corrente com isolamento sólido, com tensão
máxima ≤ 52kV...................................................................................................................31
Tabela 15 – Caracterização das classes de proteção.....................................................................38
Tabela 16 – Limites de erro para os transformadores de corrente para proteção classe P.......39
Tabela 17 – Limites de erro para os transformadores de corrente para serviços de proteção
classe PR...........................................................................................................................40
Tabela 18 – Classes de temperatura de materiais isolantes..........................................................44
Tabela 19 – Condições de precipitação para o ensaio sob chuva à frequência industrial.........56

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ABNT NBR 6856:2021

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 6856 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Transformadores para Instrumentos (CE-003:038.001). O Projeto de Revisão circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 25.02.2021 a 29.03.2021.

A ABNT NBR 6856:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 6856:2015, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 6856 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the performance features for current transformers (CT) intended to measuring,
control and protection services with maximum voltage equal or lower than 52 kV with solid insulation.
The specific requirements for current transformers for use in laboratories and optical transducers are
not part of the scope of this Standard.

This Standard is not applicable to polyphase CT, gas insulated CT, optical CT, oil immersed CT, CT for
transient performance and other devices intended to obtain reduced currents from a primary circuit, but
which do not meet the definitions of CT.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6856:2021

Transformador de corrente com isolação sólida para tensão máxima igual


ou inferior a 52 kV — Especificação e ensaios

1 Escopo
Esta Norma especifica as características de desempenho de transformadores de corrente (TC)
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destinados a serviços de medição, controle e proteção, com tensões máximas iguais ou inferiores
a 52 kV, com isolamento sólido. Os requisitos específicos para transformadores de corrente para uso
em laboratórios e transdutores ópticos não estão incluídos nesta Norma.

Esta Norma não se aplica a:

a) TC polifásicos;

b) TC isolados a gás;

c) TC óptico;

d) TC com isolamento imerso em óleo;

e) TC para resposta em regime transitório;

f) outros dispositivos destinados a obter correntes reduzidas de um circuito primário, mas que não
se enquadrem nas definições de TC.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 6939, Coordenação do isolamento – Procedimento

ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão – Parte 1: Definições gerais
e requisitos de ensaio

ABNT NBR IEC 60085, Isolação elétrica – Avaliação térmica e designação

ABNT NBR IEC 60270:2017, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão – Medição de descargas
parciais

ABNT NBR IEC TS 60815-1:2014, Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-tensão para
uso sob condições de poluição – Parte 1: Definições, informações e princípios gerais

ABNT NBR IEC 61869-2:2021, Transformadores para instrumento – Parte 2: Requisitos adicionais
para transformadores de corrente

IEC 60028, International standard of resistance for copper

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ABNT NBR 6856:2021

IEC 60121, Recommendation for commercial annealed aluminium electrical conductor wire

IEC 60455 (all parts), Resin based reactive compounds used for electrical insulation

3 Termos, definições e abreviaturas


Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
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3.1 transformadores de corrente

3.1.1
deslocamento de fase
Δφ
diferença de fase entre os fasores de corrente primária e os fasores de corrente secundária, sendo
a direção dos fasores escolhida de modo que o ângulo seja zero para um transformador ideal

NOTA 1 O deslocamento de fase é considerado positivo quando os fasores de corrente secundários estão
adiantados em relação aos fasores de corrente primários. Geralmente, o deslocamento de fase é expresso
em minutos ou em centirradianos.

NOTA 2 Esta definição é estritamente correta para correntes senoidais somente.

3.1.2
carga
admitância (ou impedância) do circuito secundário

NOTA A carga é expressa em siemens (ou ohms) e fator de potência. A carga é pode também ser expressa
como a potência aparente, em volts-ampères, consumida em um fator de potência especificado e na tensão
ou corrente secundária nominal.

3.1.3
carga nominal
carga sobre a qual os requisitos de exatidão são baseados

3.1.4
carga resistiva nominal
Rb
valor nominal da carga resistiva secundária conectada

NOTA A carga resistiva nominal é expressa em ohms.

3.1.5
circuito secundário
circuito externo que recebe os sinais de informação fornecidos pelos terminais secundários de um
transformador para instrumentos

3.1.6
classe de exatidão
designação atribuída a um transformador para instrumentos, cujo erro de relação e de deslocamento
de fase se mantém dentro dos limites especificados, em condições preestabelecidas

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3.1.7
corrente de excitação
Ie
valor eficaz de corrente que percorre o enrolamento secundário de um transformador de corrente,
quando uma tensão senoidal de frequência nominal é aplicada aos terminais secundários, estando
o enrolamento primário e os outros enrolamentos em circuito aberto

3.1.8
corrente primária
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corrente que percorre o enrolamento primário de um transformador de corrente

3.1.9
corrente primária nominal
Ipr
valor da corrente primária na qual o desempenho do transformador se baseia

3.1.10
corrente secundária
corrente que flui no enrolamento secundário e no circuito secundário de um transformador de corrente,
quando se aplica corrente no primário

3.1.11
corrente secundária nominal
Isr
valor da corrente secundária na qual o desempenho do transformador se baseia

3.1.12
corrente térmica nominal de curta duração
Ith
valor eficaz máximo da corrente primária que um transformador suporta por um curto período
especificado, sem sofrer efeitos danosos, com os enrolamentos secundários curto-circuitados

3.1.13
corrente dinâmica nominal
Idyn
valor máximo de crista da corrente primária que um transformador suporta, sem ser danificado elétrica
ou mecanicamente pelas forças eletromagnéticas resultantes, com os enrolamentos secundários
curto-circuitados

3.1.14
corrente térmica contínua nominal
valor da corrente máxima que pode circular continuamente no enrolamento primário, estando
o enrolamento secundário conectado à carga nominal, sem que a elevação de temperatura exceda os
valores especificados

NOTA Este valor corresponde ao produto da corrente nominal pelo fator térmico.

3.1.15
enrolamento primário
enrolamento pelo qual a corrente a ser transformada flui

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3.1.16
enrolamento secundário
enrolamento que alimenta circuitos de corrente de instrumentos de medição, dispositivos de proteção
ou dispositivos de controle

3.1.17
erro de relação
erro que um transformador para instrumento introduz na medição e que surge do fato de que a relação
de transformação real não é igual à relação de transformação nominal
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NOTA O erro de relação de corrente, expresso em porcentagem, é dado pela equação:


kr Is − Ip
ε= × 100
Ip

onde

kr é a relação de transformação nominal;

Ip é a corrente primária real;

Is é a corrente secundária real quando Ip está fluindo, nas condições de medição.

3.1.18
erro composto
εc
em regime permanente, o valor eficaz da diferença entre:

a) os valores instantâneos da corrente primária e

b) os valores instantâneos da corrente secundária real, multiplicados pela relação de transformação


nominal, com os sinais positivos das correntes primária e secundária correspondendo à convenção
adotada para marcações dos terminais

NOTA O erro composto εc é geralmente expresso em porcentagem do valor eficaz da corrente primária,
conforme a seguir:

T
1 2
T ∫ ( kr is − ip ) dt
εc = 0 × 100 %
Ip

onde

kr é a relação de transformação nominal;

Ip é a corrente primária real;

ip é o valor instantâneo da corrente primária;

is é o valor instantâneo da corrente secundária;

T é a duração de um ciclo.

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3.1.19
fator térmico nominal
Ft
fator que multiplica a corrente primária nominal de um transformador de corrente para obter a corrente
primária máxima que ele é capaz de conduzir em regime contínuo à frequência nominal e com a maior
carga especificada, sem exceder os limites especificados de elevação de temperatura e da classe de
exatidão

3.1.20
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fator de falta à terra


razão entre o maior valor eficaz de tensão fase-terra à frequência industrial em uma fase saudável
durante uma falta à terra, em um determinado ponto de um sistema trifásico e para uma determinada
configuração deste sistema, afetando uma ou mais fases em qualquer ponto do sistema, pelo valor
eficaz de tensão fase-terra à frequência industrial que seria obtido, no mesmo ponto do sistema, na
ausência de qualquer falha

3.1.21
fator de correção da relação
FCR
fator pelo qual é multiplicada a relação nominal de um transformador para instrumentos, para se obter
a sua relação real em uma determinada condição de funcionamento

3.1.22
frequência nominal
valor da frequência em que os requisitos desta Norma são baseados

3.1.23
instalação exposta
instalação na qual o aparelho está sujeito a sobretensões de origem atmosférica

NOTA 1 Tais instalações são normalmente conectadas a linhas de transmissão aéreas diretamente ou por
meio de um curto comprimento de cabo.

NOTA 2 Não confundir a expressão “Instalação exposta” com “Instalação ao tempo”.

3.1.24
instalação não exposta
instalação na qual o equipamento não está sujeito a sobretensões de origem atmosférica

NOTA Estas instalações são geralmente conectadas às redes de cabos subterrâneos.

3.1.25
nível de isolamento nominal
combinação de valores de tensões que caracterizam o isolamento de um transformador em relação
à sua capacidade de suportar solicitações dielétricas

3.1.26
potência nominal
Sr
valor da potência aparente (em volts-ampères, com fator de potência especificado) que o transformador
é destinado a fornecer ao circuito secundário na tensão ou corrente secundária nominal e com carga
nominal conectada a ele

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3.1.27
relação de transformação nominal
kr
razão da corrente primária nominal para a corrente secundária nominal

3.1.28
relação de transformação real
K
razão do valor eficaz da corrente primária para o valor eficaz da corrente secundária
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3.1.29
resistência do enrolamento secundário
Rct
resistência em corrente contínua do enrolamento secundário, corrigida a 75 °C ou a outra temperatura
especificada

NOTA A resistência do enrolamento secundário é expressa em ohms.

3.1.30
resistência de malha secundária
Rs
resistência total do circuito secundário

Rs = Rb + R ct

3.1.31
sistema com neutro aterrado
sistema no qual o neutro é conectado à terra, seja solidamente ou por meio de uma resistência ou
reatância de valor suficientemente baixo, para reduzir oscilações transitórias e para fornecer uma
corrente suficiente para proteção seletiva de falta à terra

a) Um sistema trifásico com neutro efetivamente aterrado em um determinado ponto é um sistema


caracterizado por um fator de falta à terra neste ponto que não exceda 1,4.

NOTA Esta condição é obtida aproximadamente quando, para todas as configurações do sistema,
a relação entre a reatância de sequência zero e a reatância de sequência positiva é menor que 3
e a relação entre a resistência de sequência-zero e a reatância de sequência positiva é menor que 1.

b) Um sistema trifásico com neutro não efetivamente aterrado em um determinado ponto é um


sistema caracterizado por um fator de falta à terra neste ponto que pode exceder 1,4.

3.1.32
sistema com neutro aterrado por meio de impedância
sistema cujo(s) ponto(s) de neutro é(são) aterrado(s) por meio de impedâncias, para limitar as correntes
de falta envolvendo a terra

3.1.33
sistema com neutro solidamente aterrado
sistema cujo(s) ponto(s) de neutro(s) está(ão) conectado(s) diretamente à terra

3.1.34
sistema com neutro isolado
sistema em que o ponto neutro não é intencionalmente conectado à terra

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3.1.35
sistema com neutro ressonante
sistema no qual um ou mais pontos neutros são ligados à terra por reatâncias que compensam
aproximadamente a componente capacitiva da corrente de falta fase-terra

NOTA Com aterramento ressonante de um sistema, a corrente residual na falta é limitada a um valor tal
que o arco no ar, decorrente da falta, é normalmente autoextinguível.

3.1.36
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tensão máxima do equipamento


Um
maior valor eficaz da tensão fase-fase para o qual o equipamento é projetado em relação ao seu
isolamento, assim como outras características que se relacionam a esta tensão nas normas específicas
do equipamento

3.1.37
tensão máxima do sistema
Usys
valor mais alto da tensão de operação fase-fase (valor eficaz) que ocorre sob condições normais de
operação, a qualquer momento e em qualquer ponto do sistema

3.1.38
transformador para instrumentos
transformador destinado a transmitir um sinal de informação para instrumentos de medição, medidores
e dispositivos de controle ou de proteção, ou aparelhos similares

3.1.39
transformador de corrente
TC
transformador para instrumentos cuja corrente secundária, em condições normais de uso,
é substancialmente proporcional à corrente primária, divergindo dela em fase, por um ângulo de
aproximadamente zero para uma configuração apropriada das conexões

3.1.40
transformador de corrente auxiliar
transformador de corrente, usualmente inserido no circuito secundário de um outro transformador,
destinado a alterar a sua relação nominal ou melhorar o seu fator de segurança

3.1.41
transformador de corrente de relação selecionável
transformador de corrente no qual são obtidas várias relações de transformação pela reconexão das
seções do enrolamento primário e/ou por meio de derivações no enrolamento secundário

3.1.42
transformador de corrente tipo janela com núcleo bipartido
transformador de corrente em que o núcleo é bipartido para facilitar o enlaçamento do condutor primário

3.1.43
transformador de núcleo único
transformador de corrente com um único núcleo magnético, para um enrolamento secundário e um
enrolamento primário

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3.1.44
transformador de corrente com vários enrolamentos primários
transformador de corrente com vários enrolamentos primários distintos e isolados separadamente

3.1.45
transformador de corrente com vários núcleos
transformador de corrente com vários enrolamentos secundários isolados separadamente e montados
cada um em seu próprio núcleo, enlaçados por um único enrolamento primário
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3.1.46
transformador de corrente tipo barra
transformador de corrente cujo enrolamento primário é constituído por uma barra, montada
permanentemente pela janela do núcleo do transformador

3.1.47
transformador de corrente tipo bucha
transformador de corrente tipo janela projetado para ser instalado sobre uma bucha de um equipamento
elétrico

3.1.48
transformador de corrente enrolado
transformador de corrente cujo enrolamento primário é constituído por uma ou mais espiras, envolvendo
mecanicamente o núcleo do transformador

3.1.49
transformador de corrente tipo janela
transformador de corrente sem enrolamento primário próprio, construído com uma abertura por onde
passa um condutor que forma o circuito primário

3.1.50
transformador de corrente tipo pedestal
transformador de corrente construído de modo a servir de suporte para o condutor primário

3.2 Definições adicionais para transformadores de corrente para serviços de medição

3.2.1
transformador de corrente para serviços de medição
transformador de corrente destinado a fornecer um sinal de informação aos instrumentos de medição
e medidores de energia

3.2.2
corrente primária limite nominal para instrumentos
IPL
valor mínimo da corrente primária ao qual o erro composto do transformador de corrente para serviços
de medição é igual ou superior a 10 %, sendo a carga secundária igual à carga nominal

3.2.3
fator de segurança do instrumento
FS
relação entre a corrente primária limite nominal para instrumentos e a corrente primária nominal

NOTA 1 Convém prestar atenção ao fato de que o fator de segurança do instrumento real é afetado pela
carga. Quando o valor da carga é significativamente menor do que o valor nominal, valores de corrente
maiores são produzidos no secundário, no caso de corrente de curto-circuito.

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NOTA 2 No caso de correntes de falta do sistema fluindo pelo enrolamento primário de um transformador
de corrente, a segurança da aparelhagem alimentada pelo transformador é máxima, quando o valor do fator
de segurança (FS) é o mais baixo.

3.2.4
f.e.m. limite secundária para transformadores de corrente para serviços de medição
EFS
produto do fator de segurança do instrumento FS pela corrente secundária nominal e pela soma
vetorial da carga nominal e da impedância do enrolamento secundário
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NOTA A f.e.m. limite secundária de exatidão para transformadores de corrente para serviços de medição
EFS é calculada como:

EFS = FS × Isr × ( Rct + Rb )2 + X b2

onde

Rb é a parte resistiva da carga nominal;

Xb é a parte indutiva da carga nominal.

Este método fornece um valor mais alto que o real. Foi escolhido por aplicar o mesmo método de ensaio que
o usado para os transformadores de corrente para serviços de proteção. Ver 12.7 e 13.7.

3.3 Definições adicionais para transformadores de corrente para serviços de proteção

3.3.1
constante de tempo da malha secundária
Ts
valor da constante de tempo da malha secundária do transformador de corrente obtido da soma das
indutâncias de magnetização e de dispersão (Ls) e da resistência da malha secundária (Rs), conforme
a seguir:
L
Ts = s
Rs
3.3.2
corrente primária limite de exatidão nominal
valor da corrente primária até o qual o transformador de corrente cumpre com os requisitos para erro
composto

3.3.3
característica de excitação
apresentação gráfica ou por tabela da relação entre o valor eficaz da corrente de excitação e a
tensão senoidal aplicada aos terminais secundários de um transformador de corrente, estando os
enrolamentos primários e outros em circuito aberto, em uma faixa de valores suficiente para determinar
as características de baixos níveis de excitação até 1,1 vez a f.e.m. limiar de saturação

3.3.4
erro de relação de espiras
diferença entre a relação de espiras real e a relação de espiras nominal

NOTA O erro de relação de espiras é expresso em porcentagem da relação de espiras nominal.

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3.3.5
fator de dimensionamento
Kx
fator para indicar o múltiplo da corrente secundária nominal (Isr) que ocorre sob condições de falta do
sistema de potência, inclusive com margens de segurança, até que o transformador cumpra com os
requisitos de desempenho

NOTA Ver equação em 3.3.9


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3.3.6
fator de remanescência
KR
razão entre o fluxo remanescente e o fluxo de saturação

NOTA O fator de remanescência é expresso em porcentagem.

3.3.7
fator limite de exatidão
ALF
relação entre a corrente primária limite de exatidão nominal e a corrente primária nominal

3.3.8
f.e.m. limiar de saturação
f.e.m. de um transformador de corrente à frequência nominal que, quando aumentada em 10 %, causa
um aumento de 50 % no valor eficaz da corrente de excitação

NOTA Embora a tensão limiar de saturação possa ser aplicada aos terminais secundários de um
transformador de corrente, a f.e.m. limiar de saturação não está diretamente acessível. Os valores da tensão
limiar de saturação e da f.e.m. limiar de saturação são considerados iguais, devido à pequena influência da
queda de tensão na resistência do enrolamento secundário.

3.3.9
f.e.m. limiar de saturação nominal
Ek
limite inferior da f.e.m. limiar de saturação

NOTA O valor da f.e.m. limiar de saturação nominal aparece nas especificações de transformadores
de corrente para os serviços de proteção classes PX e PXR. Este valor pode ser calculado pela equação
a seguir:

EK = K x × ( Rct + Rb ) × Isr

3.3.10
f.e.m. limite secundária para transformadores de corrente para serviços de proteção
produto do fator-limite de exatidão pela corrente secundária nominal e pela soma vetorial da carga
nominal e da impedância do enrolamento secundário

NOTA A f.e.m. limite secundária para transformadores de corrente para serviços de proteção classes P
e PR, EALF é calculada pela equação a seguir:

E ALF = ALF × Isr × ( Rct + Rb )2 + X b2

onde

Rb é a parte resistiva da carga nominal;

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Xb é a parte indutiva da carga nominal.

3.3.11
fluxo de saturação
ψsat
máximo valor de fluxo concatenado secundário de um transformador de corrente, que corresponde
à saturação magnética do material do núcleo

NOTA 1 O procedimento mais adequado para a determinação do fluxo de saturação ψsat é dado com
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o método de saturação contínua descrito na ABNT NBR IEC 61869-2:2021, 2B.2.3.

NOTA 2 Na IEC 60044-6, Ψs era definido como um valor limiar de saturação, que caracterizava a transição
do estado não saturado para o estado totalmente saturado de um núcleo. Esta definição não pôde ser
aceita, porque o valor da saturação era muito baixo e levou a mal-entendidos e contradições. Portanto, foi
substituído por ψsat, que define a condição de saturação completa.

3.3.12
fluxo remanescente
ψr
valor do fluxo concatenado secundário que permanece no núcleo após 3 min da interrupção de uma
corrente de magnetização de magnitude suficiente para induzir o fluxo de saturação ψsat

3.3.13
relação nominal de espiras
relação especificada entre o número de espiras primárias e o número de espiras secundárias

EXEMPLO 1 1/600 (significa uma espira primária para 600 espiras secundárias).

EXEMPLO 2 2/1 200 (significa duas espiras primárias para 1 200 espiras secundárias).

3.3.14
transformador de corrente de baixa reatância de dispersão
transformador de corrente para o qual medições feitas nos terminais secundários (com o primário em
circuito aberto) são suficientes para uma avaliação de seu desempenho de proteção até o limite de
exatidão requerido

3.3.15
transformador de corrente de alta reatância de dispersão
transformador de corrente que não satisfaz os requisitos de 3.3.14, e para o qual uma provisão
adicional é feita pelo fabricante, para levar em conta a influência de efeitos que resultem em fluxo de
dispersão adicional

3.3.16
transformador de corrente para serviços de proteção classe P
transformador de corrente para serviços de proteção sem limite para o fluxo remanescente, para
o qual o comportamento de saturação para um curto-circuito simétrico é especificado

3.3.17
transformador de corrente para serviços de proteção classe PR
transformador de corrente para serviços de proteção com limite para o fluxo remanescente, para
o qual o comportamento de saturação no caso de um curto-circuito simétrico é especificado

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3.3.18
transformador de corrente para serviços de proteção classe PX
transformador de corrente de baixa reatância de dispersão para serviços de proteção, sem limite
de fluxo remanescente, para o qual o conhecimento da característica de excitação, da resistência
do enrolamento secundário e da relação de espiras é suficiente para avaliar o seu desempenho em
relação ao sistema de proteção com o qual é usado

3.3.19
transformador de corrente para serviços de proteção classe PXR
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transformador de corrente para serviços de proteção com limite de fluxo remanescente, para o qual
o conhecimento da característica de excitação, da resistência secundária, da resistência da carga
secundária e da relação de espiras é suficiente para avaliar o seu desempenho em relação ao sistema
de proteção com o qual é usado

NOTA 1 Um número cada vez maior de situações ocorre em que baixas correntes contínuas estão
constantemente fluindo pelos transformadores de corrente. Portanto, para impedir a saturação do transformador
de corrente, núcleos com entreferros, mas com o mesmo desempenho da classe PX, são usados.

NOTA 2 Os entreferros para redução de remanescência não levam necessariamente a um transformador


de corrente de alta reatância de dispersão (ver ABNT NBR IEC 61869-2:2021, Anexo 2C).

3.3.20
transformador de corrente para serviços de proteção
transformador de corrente destinado a fornecer um sinal de informação a dispositivos de proteção
e controle

3.4 Abreviaturas

ALF Fator-limite de exatidão


TC transformador de corrente
f.e.m. secundária limite para transformadores de corrente para serviços de proteção
EALF
classes P e PR
EFS f.e.m. secundária limite para transformadores de corrente para serviços de medição
Ek f.e.m limiar de saturação nominal
fR frequência nominal
FS fator de segurança do instrumento
Icth corrente térmica contínua nominal
Idyn corrente dinâmica nominal
Ie corrente de excitação
IPL corrente primária limite de instrumento nominal
Ipr corrente primária nominal
Isr corrente secundária nominal
TI transformador para instrumento
Ith corrente térmica nominal de curta duração

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K relação de transformação real


Kr relação de transformação nominal
KR fator de remanescência
Kx fator de dimensionamento
Lm indutância de magnetização
Rb carga resistiva nominal
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Rct resistência do enrolamento secundário


Rs resistência da malha secundária
Sr potência nominal
Ts constante de tempo da malha secundária
Um tensão máxima do equipamento
Usys tensão máxima do sistema
Δφ deslocamento de fase
E erro de relação
Ec erro composto
Ψr fluxo remanescente
Ψsat fluxo de saturação

4 Condições de serviço
4.1 Generalidades

Devem ser consideradas condições normais de serviço, transporte e instalação as condições


especificadas em 4.2.

Devem ser consideradas condições especiais as que podem exigir construção especial e/ou revisão
de algum valor nominal e/ou cuidados especiais no transporte, instalação ou funcionamento do TC,
e que devem ser levadas ao conhecimento do fabricante. Ver condições especiais especificadas em 4.3.

4.2 Condições normais de serviço

4.2.1 Temperatura do ar ambiente

Os transformadores de corrente devem ser projetados para operar nas condições de temperatura
indicadas na Tabela 1.

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Tabela 1 – Condições de temperatura


Temperatura mínima Temperatura máxima
°C °C
–10 40

NOTA 1 Recomenda-se que as condições de transporte e armazenagem também sejam consideradas.


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NOTA 2 Nos casos em que a temperatura ambiente exceder os limites estabelecidos, recomenda-se que
o usuário especifique isso claramente.

4.2.2 Altitude

A altitude não pode exceder 1 000 m acima do nível do mar (m.a.n.m.).

4.2.3 Condições normais de serviço para transformadores de corrente de uso interno

São consideradas condições normais de serviço para transformadores de corrente de uso interno:

a) influência de radiação solar desprezível;

b) ar ambiente não significativamente poluído com poeira, fuligem, gases corrosivos, vapores ou sal;

c) condições de umidade como a seguir:

— valor médio da umidade relativa, medido durante um período de 24 h, que não exceda
95 %;

— valor médio da pressão de vapor de água, para um período de 24 h, que não exceda
2,2 kPa;

— valor médio da umidade relativa, para um período de um mês, que não exceda 90 %;

— valor médio da pressão de vapor d’água, para um período de um mês, que não exceda
1,8 kPa.

Para estas condições, ocasionalmente pode ocorrer condensação.

NOTA 1 A condensação pode ocorrer quando houver mudanças súbitas de temperatura, em períodos de
alta umidade.

NOTA 2 Para prevenção dos efeitos de alta umidade e condensação, como descargas através do isolamento
ou corrosão das partes metálicas, o transformador de corrente é projetado de modo a suportar estes tipos de
problemas.

NOTA 3 A condensação pode ser prevenida por projeto especial do invólucro, por meio de ventilação
satisfatória, aquecimento ou uso de equipamento de desumidificação.

4.2.4 Condições normais de serviço para transformadores de corrente de uso externo

São consideradas condições normais de serviço para transformadores de corrente de uso externo:

a) valor médio da temperatura de ar ambiente, medido em um período de 24 h, que não exceda 35 °C;

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b) radiação solar de até 1 000 W/m2;

c) ar ambiente poluído com poeira, fuligem, gases corrosivos, vapores ou sal, com os níveis de
poluição especificados de acordo com a Tabela 17;

d) pressão de vento não superior a 700 Pa, correspondendo a uma velocidade do vento de 34 m/s.

Para essas condições, a ocorrência de condensação e precipitação é levada em consideração.


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4.2.5 Frequência

O valor da frequência nominal é de 60 Hz.

4.3 Condições especiais de serviço

4.3.1 Geral

Quando os transformadores de corrente forem utilizados em condições diferentes das determinadas


em 4.2, as especificações dos usuários devem ser conforme 4.3.2 a 4.3.5.

4.3.2 Altitude

4.3.2.1 Influência da altitude no isolamento externo

Para instalação a uma altitude maior que 1 000 m, a distância de arco externo sob condições
atmosféricas normalizadas deve ser determinada multiplicando-se as tensões suportáveis requeridas
no local de serviço por um fator k, conforme a Figura 1.

NOTA Para o isolamento interno, a rigidez dielétrica não é afetada pela altitude. Recomenda-se que
o método para verificação do isolamento externo seja acordado entre o fabricante e o usuário.

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Figura 1 – Fator de correção da altitude

4.3.2.2 Influência da altitude na elevação de temperatura


O desempenho térmico do TC é afetado em altitudes superiores a 1 000 m, devido à redução da
densidade do ar.
Se um TC for especificado para condições de serviço acima de 1 000 m e ensaiado abaixo de
1 000 m, os limites de elevação de temperatura dados na Tabela 12 devem ser corrigidos, conforme
especificado em 5.6.
4.3.3 Temperatura ambiente
Para instalação em lugares em que a temperatura ambiente pode estar significativamente fora da
faixa das condições de serviço normais indicadas em 4.2.1, as temperaturas mínimas e máximas
devem ser especificadas pelo usuário.
Em certas regiões com ocorrência frequente de ventos quentes e úmidos, mudanças súbitas de
temperatura podem resultar em condensação, mesmo em lugar fechado.
NOTA Sob certas condições de radiação solar, podem ser necessárias medidas apropriadas, como, por
exemplo, uso de telhado, ventilação forçada etc., para não exceder as elevações de temperatura especificadas.

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4.3.4 Frequência

Podem ser especificados valores diferentes de 60 Hz.

4.3.5 Vibrações ou tremores de terra

São consideradas condições especiais relacionadas a vibrações:

a) vibrações devido a operações de manobra ou curto-circuito para subestações blindadas;


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b) sujeição a vibrações devido a tremores de terra, cujo nível de severidade deve ser especificado
pelo usuário em conformidade com as normas pertinentes.

4.3.6 Outros fatores a serem considerados condições especiais de serviço

Todas as condições não previstas nesta Norma devem ser consideradas condições especiais de
serviço e devem ser objeto de acordo entre o fabricante e o usuário, como:

a) exposição a ar excessivamente salino, vapores, gases ou fumaças prejudiciais;

b) exposição a poeira excessiva;

c) exposição a materiais explosivos em forma de gases ou pó;

d) sujeição a condições precárias de transporte e instalação;

e) limitação de espaço na sua instalação;

f) instalação em locais excessivamente úmidos e possibilidade de submersão em água;

g) requisitos especiais de isolamento;

h) requisitos especiais de segurança pessoal contra contatos acidentais em partes vivas do TC;

i) dificuldade na manutenção;

j) funcionamento em condições não usuais, como regime ou frequência incomuns ou forma de onda
distorcida

4.4 Sistemas de aterramento

Os sistemas de aterramento considerados são:

a) sistema com neutro isolado;

b) sistema de aterramento ressonante;

c) sistema com neutro aterrado, que pode ser:

— sistema com neutro solidamente aterrado;

— sistema com neutro aterrado por meio de impedância.

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5 Valores nominais
5.1 Valores normalizados de correntes nominais

5.1.1 Correntes primárias nominais

Os valores normalizados de corrente primária nominal são preferencialmente:

10 A – 15 A – 20 A – 25 A – 30 A – 40 A – 50 A – 60 A – 75 A
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e seus múltiplos e submúltiplos decimais.

5.1.2 Correntes secundárias nominais

A corrente secundária nominal deve ser escolhida de acordo com a prática do local onde o transformador
for usado. Os valores-padrão são 1 A e 5 A.

Para os transformadores ligados em delta, os valores 1 A e 5 A divididos por √3, e também 1 A e 5 A,


são considerados valores-padrão.

5.2 Fator térmico nominal (Ft)

Para os fatores térmicos nominais ≥ 1,0 e ≤ 2,0, são normalizados os seguintes valores:

1,0; 1,2; 1,3; 1,5; 2,0

No caso de TC com dois ou mais núcleos, sem derivações, com relações diferentes entre si, e
a mesma corrente secundária nominal, o fator térmico da menor relação é um dos indicados (1,0;
1,2; 1,3; 1,5; 2,0) e o(s) fator(es) térmico(s) da(s) outra(s) relação(ões) é(são) obtido(s) pela equação
a seguir, podendo resultar em um valor menor que 1,0:
K
Fti = Ft1 × r1
Kri

onde

Fti é o fator térmico nominal da(s) outra(s) relação(ões);

Ft1 é o fator térmico nominal da menor relação;

Kri é o valor para outra(s) relação(ões);

Kr1 é o valor para a menor relação de transformação nominal.

NOTA 1 A relação nominal de um TC é determinada pelo secundário de menor relação.

NOTA 2 A corrente térmica contínua nominal do TC é obtida pela multiplicação da corrente nominal do
secundário de menor relação pelo seu fator térmico nominal.

EXEMPLO 1 TC cujas relações sejam 300-5 A (medição) e 800-5 A (proteção), com fator térmico de 1,2
para o núcleo de medição:

Kr1 = 60:1 (300-5 A) Ft1 = 1,2

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Kr2 = 160:1 (800-5 A)


240
Fr4 = 1,2 × = 0,96
300
Corrente nominal primária do TC = 300 A.

Corrente térmica contínua nominal do TC = 360 A.

Tem-se então um Ft = 0,45 para a relação de 800-5 A e Ft = 1,2 para a relação de 300 A.
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No caso de TC providos de derivações, as relações Kr1 e Kri não podem ser obtidas das derivações,
e sim dos enrolamentos totais. Além disto, o fator térmico das relações especificadas, menores ou
iguais a Kr1, obtidas por derivações, deve ser no mínimo igual a Ft1.

EXEMPLO 2 TC cujas relações sejam 400/600/800/1 200-5 A (medição) e 400/600/800/1 200/2 000-5 A
(proteção), com fator térmico de 1,2 para o núcleo de medição:

Kr1 = 240:1 (1 200-5 A) Ft1 = 1,2

Kr2 = 400:1 (2 000-5 A)

240
Ft2 = 1,2 × = 0,72
400
Corrente nominal primária do TC = 1 200 A.

Corrente térmica contínua nominal do TC = 1 440 A.

Tem-se então um Ft = 0,72 para a relação de 2 000-5 A e Ft = 1,2 para as demais relações.

EXEMPLO 3 TC cujas relações sejam 400/600/800/1 200-5 A (medição) e 400/500/800/1 100/1 500/1 600/
2 000-5 A (proteção), com fator térmico de 1,2 para o núcleo de medição:

Kr1 = 240:1 (1 200-5 A) Ft1 = 1,2

Kr2 = 400:1 (2 000-5 A)

240
Ft2 = 1,2 × = 0,72
400
Corrente nominal primária do TC = 1 200 A.

Corrente térmica contínua nominal do TC = 1 440 A.

Tem-se então um Ft = 0,72 para a relação de 2 000-5 A, e para as demais relações:

Kr3 = 320:1 (1 600-5A)


240
Fr3 = 1,2 × = 0,90
320
240
Kr4= 300:1 (1 500-5 A) ... Fr4 = 1,2 × = 0,96
300
Kr5 = 220:1 (1 100-5A), como Kr5 < Kr1, o fator térmico nesta relação deve ser no mínimo de 1,2:

Ft5 = 1,2

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Para as demais relações, Kr6 e Kr7, do secundário de proteção, o TC deve ter um fator térmico de 1,2.

No caso de apenas um núcleo, para serviço de proteção, em que a corrente primária nominal do TC
seja maior que a corrente do circuito, especificado por motivo de seletividade de proteção (níveis
elevados de curto-circuito e consequente risco de saturação do núcleo de proteção), o fator térmico
deve ser menor do que 1. Para tais casos, a corrente que determina as condições de funcionamento
deve ser a corrente primária nominal multiplicada pelo fator térmico. Caso o TC possua derivações,
o fator térmico das relações obtidas nas derivações deve ser especificado separadamente.
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5.3 Representações das correntes nominais e relações nominais

As representações das correntes nominais e relações nominais estão indicadas na Tabela 2.

Tabela 2 – Sinais para representação de correntes nominais e relações nominais


Sinal Função
: Representar relações nominais
– Separar correntes nominais e relações nominais de enrolamentos diferentes
Separar correntes nominais e relações nominais obtidas por religação em série ou em
X
paralelo
/ Separar correntes nominais e relações nominais obtidas por derivações secundárias
// Separar correntes nominais e relações nominais obtidas por derivações primárias

As relações padronizadas são apresentadas nas Tabelas 3 a 5. Outros valores podem ser solicitados.

Tabela 3 – Relações nominais simples


Corrente Corrente
Corrente Relação Relação Relação Relação Relação Relação
primária primária
primária nominal nominal nominal nominal nominal nominal
nominal nominal
nominal A (5 A) (1 A) (5 A) (1 A) (5 A) (1 A)
A A
5 1:1 5:1 100 20:1 100:1 1 200 240:1 1 200:1
10 2:1 10:1 150 30:1 150:1 1 500 300:1 1 500:1
15 3:1 15:1 200 40:1 200:1 2 000 400:1 2 000:1
20 4:1 20:1 250 50:1 250:1 2 500 500:1 2 500:1
25 5:1 25:1 300 60:1 300:1 3 000 600:1 3 000:1
30 6:1 30:1 400 80:1 400:1 4 000 800:1 4 000:1
40 8:1 40:1 500 100:1 500:1 5 000 1 000:1 5 000:1
50 10:1 50:1 600 120:1 600:1 6 000 1 200:1 6 000:1
60 12:1 60:1 800 160:1 800:1 8 000 1 600:1 8 000:1
75 15:1 75:1 1 000 200:1 1 000:1 10 000 2 000:1 10 000:1

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Tabela 4 – Relações nominais duplas


Corrente primária nominal Relação nominal Relação nominal
A (5 A) (1 A)
5 × 10 1 × 2:1 5 × 10:1
10 × 20 2 × 4:1 10 × 20:1
15 × 30 3 × 6:1 15 × 30:1
20 × 40 4 × 8:1 20 × 40:1
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25 × 50 5 × 10:1 25 × 50:1
30 × 60 6 × 12:1 30 × 60:1
50 × 100 10 × 20:1 50 × 100:1
75 × 150 15 × 30:1 75 × 1501:1
100 × 200 20 × 40:1 100 × 200:1
150 × 300 30 × 60:1 150 × 300:1
200 × 400 40 × 80:1 200 × 400:1
250 × 500 50 × 100:1 250 × 50 :1
300 × 600 60 × 120:1 300 × 600:1
400 × 800 80 × 160:1 400 × 800:1
500 × 1 000 100 × 200:1 500 × 1 000:1
600 × 1 200 120 × 240:1 600 × 1 200:1
800 × 1 600 160 × 320:1 800 × 1 600:1
1 000 × 2 000 200 × 400:1 1 000 × 2 000:1
1 200 × 2 400 240 × 480:1 1 200 × 2 400:1
1 500 × 3 000 300 × 600:1 1 500 × 3 000:1
2 000 × 4 000 400 × 800:1 2 000 × 4 000:1
2 500 × 5 000 500 × 1 000:1 2 500 × 5 000:1

Tabela 5 – Relações nominais triplas


Corrente primária nominal Relação nominal Relação nominal
A (5 A) (1 A)
25 × 50 × 100 5 × 10 × 20:1 25 × 50 × 100:1
50 × 100 × 200 10 × 20 × 40:1 50 × 100 × 200:1
75 × 150 × 300 15 × 30 × 60:1 75 × 150 × 300:1
100 × 200 × 400 20 × 40 × 80:1 100 × 200 × 400:1
150 × 300 × 600 30 × 60 × 120:1 150 × 300 × 600:1
200 × 400 × 800 40 × 80 × 160:1 200 × 400 × 800:1
250 × 500 × 1 000 50 × 100 × 200:1 250 × 500 × 1 000:1
300 × 600 × 1 200 60 × 120 × 240:1 300 × 600 × 1 200:1
400 × 800 × 1 600 80 × 160 × 320:1 400 × 800 × 1 600:1
500 × 1 000 × 2 000 100 × 200 × 400:1 500 × 1 000 × 2 000:1
1 000 × 2 000 × 4 000 200 × 400 × 800:1 1 000 × 2 000 × 4 000:1

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Exemplos de marcação de terminais são mostrados na Tabela 6.

Tabela 6 – Exemplos de relações nominais e marcações de terminais (continua)


Corrente Relação/Esquema Descrição
20:1
P1 P2
Transformador de corrente
100-5 A com um enrolamento primário
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e um enrolamento secundário
S1 S2

20 x 40:1
Transformador de corrente
P1 P2 P3 P4 com dois enrolamentos
100 × 200-5 A primários para conexão
em série ou paralela e um
enrolamento secundário.
S1 S2

200 x 400 x 800:1 Transformador de corrente


com quatro enrolamentos
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
primários para conexão em
200 × 400 × 800-1 A série, paralela ou mista e um
enrolamento secundário. São
S1 S2 quatro enrolamentos primários
e três correntes primárias.

40//60:1 Transformador de corrente


P1 P2 P3 com um enrolamento primário
com diferentes correntes
200//300-5 A
primárias obtidas por
derivações no primário e um
S1 S2 enrolamento secundário.

30/40/50/80/90/120:1 Transformador de corrente


P1 P2 com um enrolamento primário
150/200/250/400/ com diferentes correntes
450/600-5 A primárias obtidas por
derivações no secundário e
S1 S2 S3 S4 um enrolamento secundário.
40//60:1 Transformador de corrente
P1 P2 P3 com um enrolamento primário
com diferentes correntes
200//300-5 A
primárias obtidas por
derivações no primário e um
S1 S2 enrolamento secundário.

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Tabela 6 (conclusão)
Corrente Relação/Esquema Descrição
30/40/50/80/90/120:1 Transformador de corrente
P1 P2 com um enrolamento primário
150/200/250/400/ com diferentes correntes
450/600-5 A primárias obtidas por
derivações no secundário e
S1 S2 S3 S4 um enrolamento secundário.
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150/200 × 300/400:1 Transformador de corrente


com dois enrolamentos
P1 P3 P2 P4 primários para conexão
em série e paralela, com
150/200×300/
diferentes correntes primárias
400-1 A
S1 S2 S3 obtidas por derivação no
enrolamento secundário e
religação primária, com um
enrolamento secundário.
20:1 e 100:1 Transformador de corrente
P1 P2 com um enrolamento
primário e dois enrolamentos
100-5-1 A
secundários com correntes
nominais secundárias
1S1 1S2 2S1 2S2 diferentes.
240:1 e 400:1
Transformador de corrente
P1 P2 com um enrolamento
(Medição) 1 200-5 A
primário e dois enrolamentos
(Proteção) 2 000-5 A secundários com relações
nominais diferentes.
1S1 1S2 2S1 2S2

As relações nominais múltiplas padronizadas são apresentadas na Tabela 7.

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Tabela 7 – Relações nominais múltiplas (continua)

Corrente
Designação Derivações Relação Derivações
Esquema primária
genérica principais nominal secundárias
nominal A

50 10:1 S2 – S3
100 20:1 S1 − S2
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150 30:1 S1 – S3
200 40:1 S4 – S5
250 50:1 S3 – S4
RM 600 − 5 A 100/150/400/600-5 A
300 60:1 S2 – S4
400 80:1 S1 – S4
450 90:1 S3 – S5
500 100:1 S2 – S5
600 120:1 S1 – S5
100 20:1 S2 – S3
200 40:1 S1 – S2
300 60:1 S1 – S3
400 80:1 S4 – S5
500 100:1 S3 – S4
RM 1 200 − 5 A 200/300/800/1 200-5 A
600 120:1 S2 – S4
800 160:1 S1 – S4
900 180:1 S3 – S5
1 000 200:1 S2 – S5
1 200 240:1 S1 – S5
300 60:1 S3 – S4
400 80:1 S1 – S2
500 100:1 S4 – S5
800 160:1 S2 – S3
400/1 200/1 500/
RM 2 000 − 5 A 1 100 220:1 S2 – S4
2 000-5 A
1 200 240:1 S1 – S3
1 500 300:1 S1 – S4
1 600 320:1 S2 – S5
2 000 400:1 S1 – S5
500 100:1 S4 – S5
800 160:1 S3 – S5
1 000 200:1 S1 – S2
1 200 240:1 S2 – S3
1 000/2 200/2 500/
RM 3 000 − 5A 1 500 300:1 S2 – S4
3 000-5 A
2 000 400:1 S2 – S5
2 200 440:1 S1 – S3
2 500 500:1 S1 – S4
3 000 600:1 S1 – S5

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Tabela 7 (conclusão)

Corrente
Designação Derivações Relação Derivações
Esquema primária
genérica principais nominal secundárias
nominal A

500 100:1 S1 – S2
1 000 200:1 S3 – S4
1 500 300:1 S2 – S3
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500/2 000/3 000/ 2 000 400:1 S1 – S3


RM 4 000 – 5 A
4 000-5 A 2 500 500:1 S2 – S4
3 000 600:1 S1 – S4
3 500 700:1 S2 – S5
4 000 800:1 S1 – S5
500 100:1 S2 – S3
1 000 200:1 S4 – S5
1 500 300:1 S1 – S2
2 000 400:1 S1 – S3
1 500/2 000/4 000/
RM 5 000 – 5 A 2 500 500:1 S2 – S4
5 000-5 A
3 000 600:1 S3 – S5
3 500 700:1 S2 – S5
4 000 800:1 S1 – S4
5 000 1 000:1 S1 – S5
NOTA 1 O termo RM é utilizado para designar TC de múltiplas relações padronizadas, de acordo com esta Tabela.

NOTA 2 Outras configurações de múltiplas relações podem ser determinadas mediante acordo entre o fabricante e o
usuário.

A exatidão deve ser garantida nas relações onde estiver especificada. Caso contrário, a exatidão deve
ser garantida somente na maior relação.

EXEMPLO 1 Quando especificado:

Medição: 1 000/2 000-5 A (exatidão garantida em 1 000 A e 2 000 A)

Proteção: RM 2 000-5 A

Para o secundário de proteção, a exatidão deve ser garantida somente na relação de 2 000-5 A. Para
a medição, a exatidão deve ser garantida para 1 000 A e 2 000 A.

EXEMPLO 2 Quando especificado:

Medição: RM 1 200-5 A (exatidão garantida a partir de 800 A) Proteção: RM 2 000-5 A

Para o secundário de proteção, a exatidão deve ser garantida somente na relação de 2 000-5 A. Para
a medição, a exatidão deve ser garantida em todas as relações de 800 a 1 200 A.

EXEMPLO 3 Quando especificado:

Medição: RM1 200-5 A

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Proteção: RM 2 000-5 A (exatidão garantida a partir de 1 500 A)

Para o secundário de medição, a exatidão deve ser garantida somente na relação de 1 200-5 A. Para
a proteção, a exatidão deve ser garantida em todas as relações de 1 500 A a 2 000 A.

5.4 Valores normalizados de potências e cargas nominais

Os valores normalizados de potências e cargas nominais são dados nas Tabelas 8 a 11.
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Tabela 8 – Características das cargas com fator de potência 0,9 para corrente
secundária nominal de 5 A
Potência Reatância
Resistência Impedância
aparente indutiva
Ω Ω
VA Ω
2,5 0,09 0,044 0,1
5,0 0,18 0,087 0,2
12,5 0,45 0,218 0,5
22,5 0,81 0,392 0,9
45,0 1,62 0,785 1,8
90,0 3,24 1,569 3,6

Tabela 9 – Características das cargas com fator de potência 0,5 e corrente secundária
nominal de 5 A
Potência Reatância
Resistência Impedância
aparente indutiva
Ω Ω
VA Ω
25 0,5 0,866 1,0
50 1,0 1,732 2,0
100 2,0 3,464 4,0

Tabela 10 – Características das cargas com fator de potência 1 para corrente


secundária nominal de 1 A
Potência Reatância
Resistência Impedância
aparente indutiva
Ω Ω
VA Ω
1,0 1,0 0,00 1,0
2,5 2,5 0,00 2,5
4,0 4,0 0,00 4,0
5,0 5,0 0,00 5,0

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Tabela 11 – Características das cargas com fator de potência 0,9 para corrente
secundária nominal de 1 A
Potência Reatância
Resistência Impedância
aparente indutiva
Ω Ω
VA Ω
8,0 7,2 3,487 8,0
10,0 9,0 4,359 10,0
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20,0 18,0 8,720 20,0

NOTA O fator de potência de 0,5 é indicado para aplicações nas quais o enrolamento secundário alimenta
relés eletromecânicos. Recomenda-se não utilizar o fator de potência de 0,5 para especificação de núcleos
de medição.

Admitem-se, para os valores de resistência e indutância das cargas nominais, as seguintes tolerâncias:

a) para as cargas de 1,0 VA a 25 VA: ± 0,01 Ω na resistência e ± 0,03 mH na indutância;

b) para as cargas de 45,0 VA a 100 VA: ± 1 % na resistência e ± 1 % na indutância.

5.5 Correntes de curta duração

5.5.1 Generalidades

Transformadores de corrente devem atender aos requisitos de 5.5.2 e 5.5.3.

Para TC com múltiplas relações de transformação por meio de religação primária ou derivações
secundárias, os valores de corrente térmica nominal de curta duração e corrente dinâmica nominal
são válidos apenas para a maior relação, exceto quando especificado de forma diferente.

Neste caso, o fabricante deve incluir na placa de características do equipamento a informação de que
os valores das correntes de curta duração são válidos somente para a maior relação.

Quando forem especificados valores de corrente de curta duração para as demais relações, os
valores válidos para cada relação de transformação devem estar claramente indicados na placa de
características do TC.

5.5.2 Corrente térmica nominal de curta duração (Ith)

Deve ser atribuído um valor de corrente térmica nominal de curta duração ao transformador. O valor
padronizado para a duração da corrente térmica nominal de curta duração é de 1 s.

5.5.3 Corrente dinâmica nominal (Idyn)

Quando não especificado, o valor de corrente dinâmica nominal deve ser 2,5 vezes a corrente térmica
nominal de curta duração.

5.6 Limites de elevação de temperatura

A menos que especificado em contrário, a elevação de temperatura de um TC não pode exceder


o valor especificado na Tabela 12, se operando à corrente especificada, à frequência e cargas nominais
ou à carga nominal mais elevada.

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Os valores da Tabela 12 são baseados nas condições de serviço estabelecidas em 4.2. Se forem
especificadas temperaturas ambientes superiores aos valores dados em 4.2.1, a elevação de
temperatura permissível na Tabela 12 deve ser reduzida por um valor igual ao valor excedido da
temperatura ambiente.

EXEMPLO 1 Para um TC classe A especificado para operar à temperatura ambiente de 50 °C, os valores
de limite de elevação de temperatura para a classe A especificados na Tabela 12 devem ser subtraídos de
10 °C, ou seja, a máxima elevação de temperatura para o método da variação da resistência deve ser de 45 °C
e para o ponto mais quente, 55 °C.
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Se um transformador for especificado para serviço a uma altitude maior que 1 000 m e for ensaiado
a uma altitude inferior a 1 000 m, os limites de elevação de temperatura, conforme a Tabela 12,
devem ser reduzidos de 0,5% para cada 100 m que a altitude no local operacional exceder 1 000 m
(ver Figura 2).

1
1,0

0
0,95

K0

0
0,9

0
0,85

0
0,8
0 1 000 2 0000 3 000 4 000 5 000

h (m)

Figura 2 – Fator de correção da elevação de temperatura em relação à altitude para


transformadores com isolamento sólido
ΔTh
O fator de correção de elevação de temperatura em relação à altitude é K 0 = , com
ΔTh0
a) ΔTh Elevação de temperatura para altitude > 1 000 m, e

b) ΔTh0 Limite de elevação de temperatura ΔT especificado na Tabela 12.

EXEMPLO 2 Para um TC classe A, isolado a seco, cuja corrente térmica contínua nominal seja de 1 200 A,
especificado para operar à altitude de 1 500 m acima do nível do mar e ensaiado a uma altitude inferior a
1 000 m, pode-se aplicar os mesmos limites estabelecidos na Tabela 12, reduzindo-se a corrente de ensaio
em 1,5 %, ou seja, 1 182 A.

A elevação de temperatura dos enrolamentos está limitada pela classe de isolamento mais baixa, seja
do próprio enrolamento ou do meio pelo qual este é envolvido. A temperatura de elevação máxima por
classes de temperatura é conforme a Tabela 12.

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Tabela 12 – Limites de elevação de temperatura


Limites de elevação de temperatura a
Enrolamentos Partes metálicas
Classe de
Tipo de TC Método da Método do Em contato
temperatura
variação da ponto mais com a isolação Outras
resistência quente ou adjacente partes
°C °C a ela
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Com isolação A (105 °C) 55 65 Não podem Não podem


sólida E (120 °C) 70 80 atingir atingir
temperatura temperatura
B (130 °C) 80 90
superior excessiva
F (155 °C) 105 115 que possa
à máxima
H (180 °C) 130 140 especificada prejudicar
para o ponto a isolação
mais quente
da isolação
adjacente
a Os TC de uma classe de temperatura especificada podem usar, na sua isolação, combinações de materiais
classe A a H (105 °C a 180 °C), desde que tais combinações sejam usadas em locais do TC não sujeitos a
elevações de temperatura superiores às permitidas para o material de classe mais baixa da combinação.

6 Requisitos de projeto
6.1 Requisitos de isolamento

Estes requisitos aplicam-se a todos os tipos de transformadores de corrente. Para os transformadores


de corrente isolados a gás, podem ser necessários requisitos adicionais.

6.1.1 Níveis de isolamento nominais para enrolamentos primários

O nível de isolamento nominal de um enrolamento primário de um transformador de corrente deve ser


baseado na tensão máxima do equipamento Um.

Para os enrolamentos com Um = 0,60 kV, o nível de isolamento nominal é determinado pela tensão
suportável nominal à frequência industrial, de acordo com a Tabela 13.

Tabela 13 – Níveis de isolamento nominal para equipamento com Um ≤ 52 kV (continua)

Tensão máxima do Tensão suportável nominal à Tensão suportável nominal


equipamento Um frequência industrial durante 1 min de impulso atmosférico
kV kV kV crista
0,6 4 –
1,2 10 30
20
3,6 10
40

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Tabela 13 (conclusão)

Tensão máxima do Tensão suportável nominal à Tensão suportável nominal


equipamento Um frequência industrial durante 1 min de impulso atmosférico
kV kV kV crista
40
7,2 20
60
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60
12 28
75
95
15 34
110
95
17,5 38
110
125
24 50
150
170
36 70
200
52 95 250
NOTA Estes valores constam na ABNT NBR 6939.

Para os enrolamentos com 1,2 kV ≤ Um ≤ 52 kV, o nível de isolamento nominal é determinado pela
tensão suportável nominal de impulso atmosférico e tensão suportável nominal à frequência industrial,
e deve ser especificado de acordo com a Tabela 14.

Para a escolha entre os níveis alternativos para os mesmos valores de Um, deve ser consultada
a ABNT NBR 6939.

6.1.2 Outros requisitos para isolamento do enrolamento primário

6.1.2.1 Descargas parciais

Os requisitos de descargas parciais são aplicáveis aos transformadores de corrente com Um ≥ 7,2 kV.

O nível de descargas parciais não pode exceder os limites especificados na Tabela 15, para os
respectivos valores de tensão, após haver executado o precondicionamento de acordo com os
procedimentos descritos em 13.3.3.

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Tabela 14 – Tensões para o ensaio de descargas parciais e respectivos níveis permissíveis


aplicáveis aos transformadores de corrente com isolamento sólido, com tensão máxima ≤ 52kV

Tensão de ensaio
Tipo de aterramento do Valor admissível de DP
de DP (eficaz)
sistema pC
kV

Sistema com neutro aterrado


1,1 × Um/√3 50
(fator de falta à terra de ≤ 1,5)
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Sistema isolado ou com neutro 1,1 × Um 250 (ver NOTA 3)


não efetivamente aterrado (fator
de falta à terra > 1,5) 1,1 × Um/√3 50

NOTA 1 Se o tipo de aterramento não for especificado, convém que sejam utilizados valores de sistemas
isolados ou não aterrados.
NOTA 2 O nível de DP permissível é também válido para as frequências diferentes da nominal.
NOTA 3 Níveis aplicáveis mediante acordo entre o fabricante e o usuário.

6.1.2.2 Impulso atmosférico cortado

O ensaio de onda cortada é executado juntamente com o ensaio de impulso atmosférico, conforme
12.3.3.1.3.

6.1.3 Requisitos de isolamento entre as seções

Para os enrolamentos divididos em duas ou mais seções, a tensão suportável nominal à frequência
industrial do isolamento entre as seções deve ser de 3 kV eficaz.

6.1.4 Requisitos de isolamento para enrolamentos secundários

A tensão suportável nominal à frequência industrial do isolamento para enrolamento secundário deve
ser de 3 kV eficaz.

6.1.5 Exposição a poluição

Para graus de severidade de condições ambientais sob condensação e poluição, ver


ABNT NBR IEC TS 60815-1:2014, Seção 8.

Para os transformadores para instrumento a serem utilizados em subestações fechadas e de uso


externo, a mínima classe SPS é “Muito leve”.

Para outros transformadores para instrumento para uso abrigado, a mínima classe SPS é “Leve”;

Para os transformadores para instrumento para uso externo, a mínima classe é SPS “Pesada”.

6.1.6 Requisitos de isolamento entre as espiras

A tensão suportável nominal para isolação entre espiras deve ser limitada a 3,5 kV de crista.

Para os transformadores classes PX ou PXR com f.e.m. limiar de saturação superior a 350 V, a tensão
suportável nominal para isolação entre as espiras deve ser um valor de crista de dez vezes o valor
eficaz da f.e.m. limiar de saturação, ou 10 kV de crista, o que for menor.

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Estes requisitos aplicam-se ao isolamento entre as espiras de um mesmo enrolamento. O isolamento


entre as seções de enrolamentos deve atender ao especificado em 6.1.3.
NOTA Devido ao procedimento de ensaio, a forma de onda pode ser altamente distorcida.

6.2 Limitação da tensão de circuito aberto


Quando especificado, os TC devem ser capazes de suportar, por 1 min, a tensão induzida no circuito
secundário aberto, em condições de emergência, submetidos à corrente térmica contínua nominal,
desde que o valor de crista da tensão na maior relação não seja superior a 3 500 V. Se este valor for
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superior a 3 500 V, o TC deve possuir proteção adequada.

Quando o valor de Ek (classes PX ou PXR) ou da tensão-limite de exatidão (classes P ou PR) na


maior relação for superior a 3 500 V de crista, não pode ser utilizado dispositivo limitador de tensão
secundária, e, portanto, nenhuma limitação de tensão de circuito aberto deve ser exigida.

Para este caso, é obrigatória a instalação de uma placa de advertência.


NOTA O valor de crista de Ek ou da tensão-limite de exatidão é calculado multiplicando-se o valor eficaz por √2.

7 Requisitos de exatidão para transformadores de corrente para medição


7.1 Classes para serviço de medição
Os TC para serviço de medição devem ser enquadrados em uma das seguintes classes de exatidão:

0,3 – 0,6 – 1,2 – 3,0

Para as classes 0,3 – 0,6 – 1,2, considera-se que um TC de medição está dentro de sua classe
de exatidão, nas condições especificadas em 7.3, quando, nestas condições, os pontos determinados
pelos fatores de correção de relação (FCR) e pelos ângulos de fase (β) estiverem dentro dos
paralelogramos de exatidão especificados conforme as Figuras 3 a 5, correspondentes à sua classe
de exatidão, sendo que o paralelogramo interno (menor) refere-se a 100 % da corrente nominal,
e o paralelogramo externo (maior) refere-se a 10 % da corrente nominal. No caso de TC com fator
térmico (Ft) nominal superior a 1,0, o paralelogramo interno (menor) refere-se também à corrente
térmica contínua nominal.

A classe de exatidão 3 não tem limitação de ângulo de fase, razão pela qual esta classe não pode
ser utilizada para serviço de medição de potência ou energia. No caso de um TC com classe de
exatidão 3, considera-se a classe de exatidão atendida nas condições especificadas, quando o fator
de correção da relação (FCR) estiver entre os limites de 1,03 e 0,97.

7.2 Classes especiais para serviços de medição


Para casos especiais nos quais ocorra grande variação nos valores de corrente primária em operação,
podem ser especificadas as classes 0,3S e 0,6S.

Considera-se que um TC com classe de exatidão 0,3S ou 0,6S está dentro de sua classe quando
o FCR e o ângulo de fase (β) encontram-se dentro do paralelogramo menor para 20 % da corrente
nominal, para corrente nominal e corrente térmica contínua nominal, e dentro do paralelogramo maior,
para 5 % da corrente nominal.
NOTA O uso das classes especiais 0,3S e 0,6S é justificado, por exemplo, para aplicações como as
instalações de cogeração, usinas termelétricas etc., nas quais os valores de corrente primária sofrem grandes
variações sazonais.

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20% In,
100% In e
100% In.Ft para classe 0,3S 5% In para classe 0,3S

100% In e
100% In.Ft para classe 0,3 10% In para classe 0,3

1,014 -1,4
1,013 -1,3
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1,012 -1,2
1,011 -1,1
1,010 -1,0
1,009 -0,9
1,008 -0,8
1,007 -0,7
Fator de correção de relação (FCR)

1,006 -0,6
1,005 -0,5
1,004 -0,4

Erro de relação (%)


1,003 -0,3
1,002 -0,2
1,001 -0,1
1,000 0,0
0,999 0,1
0,998 0,2
0,997 0,3
0,996 0,4
0,995 0,5
0,994 0,6
0,993 0,7
0,992 0,8
0,991 0,9
0,990 1,0
0,989 1,1
0,988 1,1
0,987 1,3
0,986 1,4
-65 -55 -45 -35 -25 -15 -5 5 15 25 35 45 55 65
-70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70

Ângulo de fase (γ) em minutos

Figura 3 – Paralelogramos para as classes 0,3 e 0,3S

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20% In,
100% In e
100% In.Ft para classe 0,6S 5% In para classe 0,6S

100% In e
100% In.Ft para classe 0,6 10% In para classe 0,6

1,014 -1,4
1,013 -1,3
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1,012 -1,2
1,011 -1,1
1,010 -1,0
1,009 -0,9
1,008 -0,8
1,007 -0,7
Fator de correção de relação (FCR)

1,006 -0,6
1,005 -0,5
1,004 -0,4

Erro de relação (%)


1,003 -0,3
1,002 -0,2
1,001 -0,1
1,000 0,0
0,999 0,1
0,998 0,2
0,997 0,3
0,996 0,4
0,995 0,5
0,994 0,6
0,993 0,7
0,992 0,8
0,991 0,9
0,990 1,0
0,989 1,1
0,988 1,1
0,987 1,3
0,986 1,4
-65 -55 -45 -35 -25 -15 -5 5 15 25 35 45 55 65
-70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70

Ângulo de fase (γ) em minutos

Figura 4 – Paralelogramos para as classes 0,6 e 0,6S

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100% In e
100% In.Ft para classe 1,2 10% In para classe 1,2

1,056 -5,6
1,052 -5,2
1,048 -4,8
1,044 -4,4
1,040 -4,0
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1,036 -3,6
1,032 -3,2
1,028 -2,8
Fator de correção de relação (FCR)

1,024 -2,4
1,020 -2,0
1,016 -1,6

Erro de relação (%)


1,012 -1,2
1,008 -0,8
1,004 -0,4
1,000 0,0
0,996 0,4
0,992 0,8
0,988 1,2
0,984 1,6
0,980 2,0
0,976 2,4
0,972 2,8
0,968 3,2
0,964 3,6
0,960 4,0
0,956 4,4
0,952 4,8
0,948 5,2
0,944 5,6
-260 -220 -180 -140 -100 -60 -20 20 60 100 140 180 220 260
-280 -240 -200 -160 -120 - 80 -40 0 40 80 120 160 200 240 280

Ângulo de fase (γ) em minutos

Figura 5 – Paralelogramos para a classe 1,2

7.3 Condições de funcionamento

7.3.1 TC com vários núcleos

Em TC com vários enrolamentos secundários (vários núcleos), cada enrolamento utilizado deve estar
dentro da sua respectiva classe de exatidão, com os enrolamentos dos demais núcleos conectados
à sua carga ou curto-circuitados, se não forem utilizados.

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7.3.2 Fator de segurança do instrumento para núcleos de medição

Esta Norma não estabelece limite para o fator de segurança do instrumento. No entanto, pode-se
especificar um valor sujeito a acordo entre o fabricante e o usuário.

NOTA 1 A especificação de um valor de fator de segurança tem por objetivo compatibilizar os valores de
corrente no secundário do TC, em condições de falta com os limites suportáveis do instrumento conectado
aos seus terminais secundários. Cabe ao usuário avaliar a necessidade de especificar ou não um limite para
o fator de segurança. Considerar que os medidores atuais suportam valores de corrente elevados.
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NOTA 2 Na especificação do fator de segurança, convém que seja levado em consideração que este
fator é afetado pela carga conectada ao secundário. Se a carga real conectada ao secundário for inferior
à carga nominal especificada, a proteção do instrumento pode ser comprometida.

NOTA 3 Exemplos de valores para o fator de segurança do instrumento são 5 e 10.

O fator de segurança (FS) é um fator pelo qual se multiplica a corrente primária nominal para se obter
uma corrente primária na qual o erro de corrente composto do TC seja igual ou superior a 10 %.
O fator de segurança está cumprido quando:
Ie
× 100 ≥ 10 %
Isr × FS

onde

Ie é o valor eficaz da corrente de excitação;

Isr é a corrente secundária nominal.

A corrente de excitação pode ser determinada pelo método indireto de determinação da exatidão.

A segurança do instrumento alimentado pelo TC deve ser tanto maior quanto menor for o fator de
segurança.

7.3.3 Condições para atendimento às classes de exatidão de medição

O TC de medição deve atender sua classe de exatidão, nas seguintes condições:

a) para todas as condições especificadas em 7.1 ou 7.2;

b) para toda(s) a(s) carga(s) especificada(s) pelo usuário, conforme o(s) valor(es) de carga(s)
contido(s) nas Tabelas de 8 a 11;

c) para todos os valores de fator de potência indutivo da carga, medidos no primário dos
transformadores de corrente, compreendidos entre 0,6 e 1,0;

d) o TC para serviço de medição, com classe de exatidão 3, deve estar dentro de sua classe
de exatidão com 100 % e 50 % da corrente nominal e com 50 % e 100 % da carga nominal
especificada, conforme as Tabelas de 8 a 11;

e) nos TC para o serviço de medição, com enrolamento secundário provido de derivações, as classes
de exatidão devem ser especificadas separadamente para funcionamento em cada derivação.
Caso contrário, a classe de exatidão especificada refere-se ao enrolamento secundário completo;

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f) para todas as cargas, desde a menor até a maior carga nominal especificada pelo usuário, de um
mesmo fator de potência, conforme as Tabelas de 8 a 11.

No caso de ser especificada pelo usuário apenas uma carga, a exatidão deve ser garantida somente
para esta condição.

NOTA Para qualquer fator de correção da relação (FCR) conhecido de um TC, os valores-limite positivo
e negativo do ângulo de fase (β), em minutos, são expressos pela equação seguinte, com o fator de correção
de transformação (FCT) deste TC assumindo os seus valores máximo e mínimo:
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β = 2 600 × (FRC − FCT )

7.3.4 Marcação de placa de identificação para transformadores de corrente para serviços


de medição

A placa de identificação deve ter a indicação apropriada conforme 10.1.1. Para marcação da carga-
padrão secundária e classe de exatidão, indica-se a carga em VA seguida da designação da classe.

EXEMPLO 1 12,5 VA 0,3.

Significa TC com carga-padrão secundária de 12,5 VA, atendendo a uma classe de exatidão de 3 %.

EXEMPLO 2 12,5 VA a 45VA 0,6.

Significa TC com cargas-padrão secundárias 12,5 VA, 22,5 VA e 45 VA, atendendo a uma classe de exatidão
de 0,6 %.

EXEMPLO 3 4 VA a 10 VA 0,3

Significa TC com cargas-padrão secundárias de 4 VA, 5 VA, 8 VA e 10VA, atendendo a uma classe de
exatidão de 0,3 %.

EXEMPLO 4 5 VA 0,3 e 22,5 VA 1,2

Significa TC com carga secundária de 5 VA, atendendo a uma classe de exatidão de 0,3 %, e carga de 22,5 VA,
atendendo a uma classe de exatidão de 1,2 %.

EXEMPLO 5 5 VA 0,3S.

Significa TC com carga secundária de 5 VA, atendendo a uma classe de exatidão de 0,3S.

EXEMPLO 6 12,5 VA 0,3 FS10.

Significa TC com carga secundária de 12,5 VA, atendendo a uma classe de exatidão de 0,3 % e com o fator
de segurança menor ou igual a 10.

8 Requisitos de exatidão para transformadores de corrente para serviços de


proteção
8.1 Fator-limite de exatidão

Os fatores-limite de exatidão padronizados são: 5, 10, 15, 20 e 30. Outros valores também podem ser
utilizados.

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8.2 Condições de funcionamento

8.2.1 TC com vários núcleos

Em TC com vários núcleos (vários enrolamentos secundários), cada um destes núcleos deve estar
dentro da classe de exatidão, com os demais curtos-circuitados.

8.2.2 TC com derivação secundária


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Para TC destinado à proteção com enrolamento(s) secundário(s) provido(s) de derivações, as classes


de exatidão devem ser especificadas separadamente para o funcionamento em cada derivação.
No caso de nada ser especificado, a classe de exatidão é referida ao funcionamento com o secundário
completo.

8.3 Classes de exatidão para transformadores de corrente para serviços de proteção

Duas diferentes abordagens são utilizadas para especificar transformadores de corrente de proteção.
Na prática, cada uma das duas abordagens pode resultar na mesma realização física.

Tabela 15 – Caracterização das classes de proteção


Limite
Designação para fluxo Explicação
remanescente
P Não
Especifica um transformador de corrente que cumpre com os
requisitos de uma corrente de curto-circuito simétrica.
PR Sim
PX Não
Especifica um transformador de corrente pela determinação de
suas características de magnetização.
PXR Sim
NOTA Para distinguir entre as classes P e PR ou entre as classes PX e PXR, utilizar o critério de fluxo
remanescente.

8.3.1 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para proteção classe P

8.3.1.1 Representação da classe de exatidão

Esta classe de exatidão é representada pela letra P, precedida do valor expresso em porcentagem,
correspondente ao maior erro composto que se deseja especificar.

O erro composto é medido para um valor de corrente correspondente à corrente nominal multiplicada
pelo fator-limite de exatidão especificado.

8.3.1.2 Classe de exatidão P padronizada

As classes de exatidão P padronizadas para TC para proteção são 5P e 10P.

8.3.1.3 Limites de erro para os transformadores de corrente para proteção classe P

Na frequência nominal e com a carga nominal conectada, o erro de corrente, o ângulo de fase e o erro
composto não podem exceder os valores dados na Tabela 16.

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Tabela 16 – Limites de erro para os transformadores de corrente para proteção classe P

Erro de corrente Defasagem para Erro composto pela


Classe de para a corrente corrente nominal corrente primária
exatidão primária nominal limite de exatidão
% min Centirradianos %

5P ±1 ± 60 ± 1,8 5
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10P ±3 – – 10

Para os transformadores projetados com baixa força magnetomotriz (baixo ampère-espira), os limites
de erro na corrente nominal devem ser acordados entre o fabricante e o usuário. Constituem exemplos
de TC com baixa força magnetomotriz: TC para ground sensor, TC de elevada relação entre a corrente
de curto-circuito simétrica e a corrente nominal, e outros.

8.3.1.4 Marcação da placa de identificação para um transformador de corrente para serviços


de proteção classe P

A placa de identificação deve possuir as indicações apropriadas, conforme 10.1.1

Para a marcação da carga-padrão secundária e da classe de exatidão, indica-se a carga em VA,


seguida da designação da classe, acrescentando-se o fator-limite de exatidão.

EXEMPLO 25 VA 5P15, que significa TC com uma carga secundária de 25 VA, atendendo a uma classe
de exatidão de 5 %, com fator-limite de exatidão de 15 vezes a corrente nominal.

8.3.2 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para serviços de proteção


classe PR

8.3.2.1 Representação da classe de exatidão

Para os transformadores de corrente para serviços de proteção classes PR, a classe de exatidão
é garantida admitindo-se o maior erro composto especificado, expresso em porcentagem, medido
na corrente nominal, multiplicada pelo fator-limite de exatidão especificado, seguido pela designação
“PR” (proteção com baixa remanência).

8.3.2.2 Classe de exatidão padronizada PR

As classes de exatidão padronizadas PR para TC para proteção com baixa remanência são 5PR
e 10PR.

8.3.2.3 Limites de erro para os transformadores de corrente para serviços de proteção classe PR

8.3.2.3.1 Erro de corrente, ângulo de fase e erro composto

Na frequência nominal e com a carga nominal conectada, o erro de corrente, o ângulo de fase e o erro
composto não podem exceder os valores dados na Tabela 17.

Os limites de erro são dados pela Tabela 17.

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Tabela 17 – Limites de erro para os transformadores de corrente para


serviços de proteção classe PR
Defasagem angular na corrente Erro
Erro de
primaria nominal composto
corrente na
da corrente
Classe de corrente
primária
exatidão primaria
min centirradianos limite de
nominal
exatidão
%
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%
5 PR ±1 ± 60 ± 1,8 5
10 PR ±3 – – 10

Para os transformadores projetados com baixa força magnetomotriz (baixo ampère-espira), os limites
de erro na corrente nominal devem ser acordados entre o fabricante e o usuário. Constituem exemplos
de TC com baixa força magnetomotriz: TC para ground sensor, TC de elevada relação entre a corrente
de curto-circuito simétrica e a corrente nominal, e outros.

8.3.2.3.2 Fator de remanescência

O fator de remanescência não pode exceder 10 %.

NOTA Recomenda-se que a inserção de um ou mais entreferros de ar no núcleo seja um dos métodos
para a limitação do fator de remanescência.

8.3.2.3.3 Constante de tempo secundária (Ts)

O valor da constante de tempo da malha secundária (Ts) do TC é obtido pela soma das indutâncias
de magnetização e de dispersão (Ls) com a resistência total da malha secundária (Rs), conforme
a seguir:
L
Ts = s
Rs
O valor de Ts deve ser informado pelo fabricante, quando solicitado.

8.3.2.3.4 Resistência do enrolamento secundário (Rct)

O valor da resistência do enrolamento secundário (Rct) deve ser informado pelo fabricante, quando
solicitado.

8.3.2.4 Marcação de placa para transformadores de corrente para serviços de proteção classe PR

A placa de identificação deve ter a indicação apropriada, conforme 10.1.1. Deve-se apresentar a carga
nominal seguida do limite de erro composto, designação da classe e do fator-limite de exatidão.

EXEMPLO 1 12,5 VA 10PR20, que significa TC de baixa remanescência, com uma carga secundária de
12,5 VA, atendendo a uma classe de exatidão de 10 %, com erro medido a uma corrente primária de 20 vezes
a corrente nominal. Se requerido adicionalmente, devem ser marcados os valores da constante de tempo
secundária e do máximo valor da resistência do enrolamento secundário.

EXEMPLO 2 12,5 VA 10PR10; Ts 100 ms; Rct ≤ 2,4 Ω, que significa TC de baixa remanência, com uma
carga secundária de 12,5 VA, atendendo a uma classe de exatidão de 10 %, com erro medido a uma corrente

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primária de 10 vezes a corrente nominal, com constante de tempo secundária de 100 ms e máxima resistência
do enrolamento secundário de 2,4 Ω.

8.3.3 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para serviços de proteção


classe PX

8.3.3.1 Especificação de desempenho para os transformadores de corrente classe PX

O desempenho dos TC para serviços de proteção classe PX deve ser especificado conforme a seguir:
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a) corrente primária nominal (Ipr);

b) corrente secundária nominal (Isr);

c) número de espiras. O erro de relação de espiras não pode exceder ± 0,25 %;

d) f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek);

e) máxima corrente de excitação (Ie) na f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) e/ou porcentual
especificado;

f) máxima resistência do enrolamento secundário à temperatura de 75 °C (Rct);

g) carga resistiva nominal (Rc);

h) fator-limite de exatidão (fator de dimensionamento) (Kx).

NOTA 1 O valor da resistência do enrolamento secundário é especificado pelo fabricante.

NOTA 2 A f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) é geralmente determinada como a seguir:

Ek = K x × ( Rct + Rb ) × Isr

8.3.3.2 Requisitos de isolação para os transformadores de corrente classe PX

8.3.3.2.1 Requisitos de isolação para os enrolamentos secundários

A isolação do enrolamento secundário dos TC classe PX, com uma f.e.m. limiar de saturação nominal
Ek ≥ 2 kV, deve suportar a tensão suportável à frequência industrial de 5 kV, valor eficaz para 60 Hz.
Para Ek< 2 kV, a tensão suportável deve ser de 3 kV, valor eficaz para 60 Hz.

8.3.3.2.2 Requisitos de isolação entre as espiras

Para TC de classe PX com f.e.m. limiar de saturação de ≤ 350 V, a tensão nominal suportável da
isolação entre as espiras deve ser conforme 6.1.6. Para TC com f.e.m. limiar de saturação > 350 V,
o valor de crista da tensão suportável para a isolação entre as espiras deve ser dez vezes o valor
eficaz da f.e.m. limiar de saturação, ou 10 kV de crista, o que for menor.

8.3.3.3 Marcação de placa para os transformadores de corrente para serviços de proteção


classe PX

A placa de identificação deve ter a indicação apropriada, conforme 10.1.1.

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Os requisitos da classe devem ser indicados como a seguir:

a) f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek);

b) máxima corrente de excitação (Ie) na f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) e/ou porcentual
especificado;

c) máxima resistência do enrolamento secundário completo à temperatura de 75 °C.


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EXEMPLO Ek ≥ 200 V Ie ≤ 0,2 A Rct ≤ 2,0 Ω

Os seguintes parâmetros também devem ser indicados, quando especificados:

— fator-limite de exatidão (fator de dimensionamento) (Kx);

— carga resistiva nominal (Rb).

EXEMPLO Ek ≥ 200 V Ie ≤ 0, 2A Rct ≤ 2.0 Ω Kx = 40 Rb = 3,0

8.3.4 Requisitos de exatidão para os transformadores de corrente para serviços de proteção


classe PXR

8.3.4.1 Especificação de desempenho para os transformadores de corrente classe PXR

O erro de relação de espiras para um TC de classe PXR não pode exceder ± 1 %.

O fator de remanescência não pode exceder 10 %.

O desempenho dos TC para proteção classe PXR deve ser especificado conforme a seguir:

a) corrente primária nominal (Ipr);

b) corrente secundária nominal (Isr);

c) f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek);

d) máxima corrente de excitação (Ie) na f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) e/ou porcentual
especificado;

e) máxima resistência do enrolamento secundário à temperatura de 75 °C (Rct);

f) carga resistiva nominal (Rb);

g) fator-limite de exatidão (fator de dimensionamento) (Kx).

NOTA 1 O valor da resistência do enrolamento secundário cabe ao fabricante.

NOTA 2 A f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) da curva é geralmente especificada como a seguir:

Ek = K x × ( Rct + Rb ) × Isr

NOTA 3 Para assegurar o fator de remanescência ≤ 10 %, o núcleo do transformador pode ser construído
com entreferros.

NOTA 4 Para núcleos maiores com baixo ampère-espira, pode ser difícil atender ao requisito de fator de
remanescência. Nestes casos, um limite maior para o fator de remanescência pode ser acordado.

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8.3.4.2 Requisitos de isolação para os transformadores de corrente classe PXR

8.3.4.2.1 Requisitos de isolação para os enrolamentos secundários

A isolação do enrolamento secundário dos TC classe PXR, com uma f.e.m. limiar de saturação nominal
Ek ≥ 2 kV, deve suportar a tensão suportável à frequência industrial de 5 kV, valor eficaz para 60 Hz.
Para Ek < 2 kV, a tensão suportável deve ser de 3 kV, valor eficaz para 60 Hz.

8.3.4.2.2 Requisitos de isolação entre as espiras


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Para TC de classe PXR com f.e.m. limiar de saturação de ≤ 350 V, a tensão nominal suportável da
isolação entre as espiras deve ser conforme 6.1.6. Para TC com f.e.m. limiar de saturação > 350 V,
o valor de crista da tensão suportável para a isolação entre as espiras deve ser dez vezes o valor
eficaz da f.e.m. limiar de saturação especificada, ou 10 kV de crista, o que for menor.

8.3.4.3 Marcação de placa para os transformadores de corrente para proteção classe PXR

A placa de identificação deve ter a indicação apropriada, conforme 10.1.1. Os requisitos da classe
devem ser indicados como a seguir:

a) f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek);

b) máxima corrente de excitação (Ie) na f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) e/ou porcentual
especificado;

c) máxima resistência do enrolamento secundário completo à temperatura de 75 °C;

d) carga resistiva nominal (Rb).

EXEMPLO Ek ≥ 200 V Ie ≤ 0,2A Rct ≤ 2,0 Ω

O seguinte parâmetro também deve ser indicado, quando especificado:

fator-limite de exatidão (fator de dimensionamento) (Kx).

EXEMPLO Ek ≥ 200 V Ie ≤ 0,2A Rct ≤ 2,0 Ω Kx = 40 Rb = 3,0 Ω

9 Requisitos gerais
9.1 Materiais isolantes

9.1.1 Generalidades

Os materiais isolantes elétricos são classificados, conforme a ABNT NBR IEC 60085, nas classes de
temperatura especificadas pela temperatura máxima atribuída a cada uma, conforme a Tabela 18.

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Tabela 18 – Classes de temperatura de materiais isolantes


Temperatura máxima atribuída
Classe
°C
Y 90
A 105
E 120
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B 130
F 155
H 180
C Acima de 180

9.1.2 Requisitos para os materiais sólidos utilizados em equipamentos

Os requisitos para os materiais orgânicos utilizados em TC (por exemplo, resina epóxi, resina
poliuretano, resina epóxi cicloalifática e material compósito etc.) para instalações internas ou externas
são dados na Série IEC 60455.

NOTA Os ensaios sobre o TC completo referentes aos fenômenos de variação de temperatura,


flamabilidade e envelhecimento não são padronizados. A IEC 60660 [6] para isolação de TC de uso interno
e a IEC 61109 [8] para isolação de TC de uso externo podem ser usadas para orientação.

9.2 Tratamento e acabamento das partes metálicas

As partes metálicas do TC devem receber tratamento e acabamento externo que as protejam contra
corrosão, tendo em vista o ambiente onde o TC vai ser instalado.

O acabamento interno deve ser compatível com o material isolante empregado.

9.3 Aterramento

Devem ser previstas facilidades para o aterramento do TC.

9.4 Polaridade

O TC deve ter polaridade subtrativa.

A identificação de polaridade deve ser de acordo com 10.2.

Os terminais de mesma polaridade dos enrolamentos devem ser claramente identificados. Esta
identificação deve ser feita por:

a) buchas de cores diferentes; ou

b) marcas permanentes, em alto-relevo ou baixo-relevo, que não possam ser escondidas facilmente
por pintura, e suplementadas, se desejado, por marcas de cor contrastante

NOTA Recomenda-se que as identificações de a) ou b) não sejam aplicadas aos vários terminais de
enrolamento com derivações, nem para o terminal do início do enrolamento. Para determinação da polaridade
dos demais terminais de um mesmo enrolamento, referir-se ao método descrito em 10.2.

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9.5 Características para especificação

Na especificação do TC, para consulta ao fabricante, deve ser indicado no mínimo o seguinte:

a) corrente(s) primária(s) e secundária(s) nominal(is) e/ou relação(ões) nominal(is);

b) tensão máxima do equipamento e os níveis de isolamento;

c) frequência nominal;
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d) carga(s) nominal(is);

e) classe(s) de exatidão;

f) número de núcleos para medição e proteção;

g) fator térmico nominal;

h) corrente suportável nominal de curta duração;

i) valor de crista nominal da corrente suportável;

j) tipo de aterramento do sistema;

k) uso: para interior ou para exterior.

10 Marcações
10.1 Gravação da placa de identificação

10.1.1 Placa de identificação das características nominais do TC

Todos os transformadores de corrente devem possuir uma placa com pelo menos os seguintes dados
gravados:

a) a expressão: “TRANSFORMADOR DE CORRENTE”;

b) nome do fabricante ou outra marca pela qual ele possa ser identificado prontamente;

c) número de série;

d) designação de tipo ou modelo;

e) ano de fabricação;

f) corrente(s) primária(s) e secundária(s) nominal(is);

g) frequência nominal, em hertz;

h) carga nominal e classe de exatidão correspondente;

i) tensão máxima do equipamento;

EXEMPLO 36,2 kV.

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j) nível de isolamento nominal;

EXEMPLO NI 34/110/ – kV.

k) fator térmico nominal (Ft);

l) corrente suportável nominal de curta duração (Ith) e tempo (ver 5.5);

EXEMPLO Ith = 40 kA/1s.


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m) valor de crista nominal da corrente suportável (Idyn) (ver 5.5);

n) classe de isolamento, se diferente de classe A. Se diversas classes de material isolante forem


utilizadas, aquela que limita a elevação de temperatura dos enrolamentos deve ser indicada;

o) aplicação de cada enrolamento e seus terminais correspondentes, em transformadores com mais


de um enrolamento secundário;

p) número do manual de instruções;

q) uso: para interior ou exterior;

r) massa total, em quilogramas;

s) tipo do isolante sólido para TC a seco;

t) norma e ano de publicação;

u) diagrama de ligações, no caso de TC religável, com derivações ou com mais de um secundário.

A Figura 6 apresenta um exemplo de uma placa de identificação típica.

Figura 6 – Exemplo da placa de identificação

10.1.2 Gravação da placa de identificação para serviços de medição e proteção

As informações relacionadas à classe e à carga de exatidão devem ser feitas conforme 7.3.4 para o
TC de medição; 8.3.1.4 para o TC de proteção classe P; 8.3.2.4 para o TC de proteção classe PR;
8.3.3.3 para o TC de proteção classe PX; e 8.3.4.3 para o TC de proteção classe PXR.

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10.1.3 Placa de religações primárias

Para o TC com religação primária, o fabricante deve fornecer uma placa adicional indicando cada
possibilidade de religação.

NOTA Considerando as dimensões do TC, as informações relativas às religações primárias podem


constar na placa de identificação das características nominais.

10.1.4 Placa de identificação para TC tipo bucha e de baixa tensão


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O nome e/ou marca do fabricante e o número de série ou de referência devem ser identificados sobre
o corpo de todos os TC tipo bucha ou TC de baixa tensão.

As informações relacionadas a seguir devem constar em uma placa de identificação a ser fixada no
equipamento no qual o TC tipo bucha deve ser empregado:

a) a expressão: “TRANSFORMADOR DE CORRENTE”;

b) nome do fabricante;

c) número de série ou de referência;

d) tipo ou modelo;

e) número do manual de instruções;

f) corrente(s) primária(s) e secundária(s) nominal(is) (Ipr – Isr), em ampères;

g) frequência nominal, em hertz;

h) carga nominal e classe de exatidão correspondente;

i) norma e ano de sua publicação.

10.2 Marcação dos terminais

10.2.1 Regra geral

Os terminais devem ser adequadamente identificados para facilitar a sua ligação correta, com uma
letra e algarismos em cada um dos terminais, sendo a polaridade indicada como descrito em 10.2.2.

10.2.2 Identificadores de terminais

A letra distingue o enrolamento a que pertence o terminal:

a) P – terminal do enrolamento primário;

b) S – terminal do enrolamento secundário.

Os algarismos, dispostos conforme a série natural dos números inteiros, são usados como especificados
a seguir:

— quando antes da letra, o algarismo indica o número do enrolamento primário ou secundário;

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— quando depois da letra, o mais baixo e o mais alto algarismo da série indicam o enrolamento
completo, e os intermediários indicam as derivações em sua ordem relativa;

EXEMPLO 2S1 a 2S5 para o segundo enrolamento com cinco terminais.

— a polaridade positiva de dois terminais escolhidos de um enrolamento é identificada pelo menor


algarismo que segue a identificação do enrolamento a que pertencem os terminais;

EXEMPLO Entre os terminais identificados por 3S2 e 3S4, a polaridade positiva está sobre o
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terminal 3S2, para o terceiro enrolamento do transformador.

Adicionalmente, deve ser feita marcação de polaridade sobre o início do enrolamento, conforme
exemplificado nas Tabelas 6 e 7.

11 Classificação de ensaios
11.1 Generalidades

Os ensaios especificados nesta Norma são classificados como ensaios de tipo, ensaios de rotina,
ensaios especiais e ensaios de recebimento ou aceitação, conforme a seguir:

a) ensaios de tipo: ensaios realizados em um transformador de cada tipo, para demonstrar que todos
os transformadores feitos com a mesma especificação atendem aos requisitos não cobertos por
ensaios de rotina;

b) ensaios de rotina: ensaios realizados pelo fabricante em cada unidade produzida;

c) ensaios especiais: além dos ensaios definidos como especiais nesta Norma, qualquer outro
ensaio diferente dos ensaios de tipo ou de rotina, acordado entre o fabricante e o usuário;

d) ensaios de recebimento ou aceitação: ensaios que são realizados na presença do usuário por
ocasião da inspeção. Quando o usuário especifica os ensaios de recebimento ou aceitação, estes
são realizados, mediante acordo entre o fabricante e o usuário, em 100 % do lote a ser fornecido
ou em quantidade amostral a ser especificada.

NOTA Pode ser adotada uma amostragem em quantidade igual ao menor número inteiro mais próximo
da raiz cúbica ou igual ao maior número inteiro mais próximo de 10 % do lote total fornecido ou especificado
pela ABNT NBR 5426 [2].

11.2 Ensaios de tipo

Os seguintes ensaios se aplicam a cada transformador individualmente:

a) verificação de marcação dos terminais e polaridade (ver 13.1);

b) ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos primários (ver 13.2);

c) medição de descargas parciais (ver 13.3);

d) ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos secundários e entre as


seções (ver 13.5);

e) sobretensão entre as espiras (ver 13.5);

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f) exatidão (ver 13.6);

g) fator de segurança do instrumento (ver 13.7, quando aplicável para enrolamentos de medição);

h) erro composto para as classes P e PR (ver 13.8);

i) determinação do fator de remanescência para as classes PR e PXR (ver 13.9.3.2);

j) determinação da constante de tempo secundária para a classe PR (ver 13.9.3.2);


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k) medição da resistência ôhmica dos enrolamentos secundários para as classes PX, PXR e PR
(ver 12.5);

l) levantamento das características de excitação para os núcleos de proteção (ver 13.9).

A ordem dos ensaios não é padronizada, porém recomenda-se não realizar o ensaio de exatidão
antes do ensaio de tensão induzida.

11.3 Ensaio especial

Caso haja acordo entre o fabricante e usuário, o ensaio de tensão de circuito aberto (ver 14.1) deve
ser realizado.

12 Ensaios de tipo
12.1 Elevação de temperatura

12.1.1 Objetivo

Verificar a elevação de temperatura média dos enrolamentos e pontos quentes do TC sob condições
de operação que produzam as perdas máximas admissíveis.

12.1.2 Procedimento

O TC deve atender aos requisitos de 5.6, não excedendo os valores de elevação de temperatura
especificados na Tabela 12.

O ensaio de elevação de temperatura deve ser realizado de forma a reproduzir as perdas que
influenciam na elevação de temperatura em condições normais de operação.

O ensaio deve ser realizado com a circulação da corrente térmica contínua nominal em todos os seus
enrolamentos.

A aplicação da corrente pode ser feita por meio primário, com os secundários conectados às cargas
nominais, ou por meio de um ou mais secundários, com o primário e os secundários não alimentados
curto-circuitados.

Para o TC com religação primária, o ensaio deve ser realizado na conexão que resulte no maior valor
de corrente primária de ensaio.

O TC deve permanecer energizado até que a taxa de variação da elevação de temperatura não
exceda 1 °C por hora durante três leituras consecutivas de elevação de temperatura.

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O ensaio deve ser feito em recinto livre de correntes de ar, a fim de evitar variações bruscas de
temperatura ambiente. O TC deve estar completamente montado, com todos os seus acessórios.

12.1.3 Método de ensaio

12.1.3.1 Aplicação da corrente de ensaio

A aplicação da corrente de ensaio pode ser feita ao enrolamento primário, estando os enrolamentos
secundários curto-circuitados ou conectados a instrumentos de medição, conforme a Figura 7.
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Figura 7 – Circuito de ensaio de elevação de temperatura somente com aplicação de corrente

12.1.3.2 Determinação da resistência a frio

A medição da resistência deve ser feita conforme 12.5, antes do início do ensaio. A temperatura
ambiente deve ser registrada.

O TC a ser ensaiado deve ser colocado no local do ensaio por tempo suficiente para estabilize
à temperatura ambiente.

O tempo necessário para a estabilização dos valores de corrente e tensão (método da queda de
tensão) ou do valor de resistência (método da ponte) deve ser registrado após a medição da resistência,
no início do ensaio. Este mesmo intervalo de tempo também deve ser considerado para efetuar as
primeiras leituras no final do ensaio.

12.1.3.3 Determinação da temperatura ambiente

A temperatura ambiente pode ser determinada pelos seguintes métodos:

a) a partir da medição da resistência ôhmica de um dos enrolamentos de um TC idêntico ou com


a mesma constante de tempo térmica, posicionado de forma a responder às mudanças de
temperatura ambiente da mesma forma que o TC sob ensaio;

b) quando não houver outro TC idêntico ou com a mesma constante de tempo térmica disponível,
a temperatura ambiente deve ser determinada a partir da média da leitura de pelo menos três
termômetros ou termopares colocados a uma distância de 2 m a 3 m e à meia altura do TC. Os
bulbos dos termômetros, ou os terminais de contato dos termopares, devem ficar imersos em óleo.

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O ensaio deve ser realizado à temperatura ambiente entre 10 °C e 40 °C. Porém, caso a temperatura
ambiente seja diferente de 30 °C, a elevação de temperatura determinada no ensaio deve ser
multiplicada pelo fator de correção C, determinado pela seguinte equação:
T + 30
C=
T +t
onde

t é a temperatura do ambiente, expressa em graus Celsius (°C);


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T é igual a 235 °C para os enrolamentos de cobre e a 225 °C para os enrolamentos de alumínio.

12.1.3.4 Determinação das temperaturas finais e elevações de temperatura

12.1.3.4.1 Partes metálicas

A elevação da temperatura das partes metálicas deve ser determinada a partir da temperatura medida
por termopares ou termômetros.

O termopar deve ser firmemente ajustado à superfície em contato direto com ela. Em qualquer caso,
o par termoelétrico deve ficar isolado termicamente do meio circundante.

A elevação de temperatura de cada ponto é determinada subtraindo-se a temperatura medida por


meio do termopar da temperatura ambiente no instante da medição.

12.1.3.4.2 Enrolamentos

A elevação de temperatura de um enrolamento deve ser determinada por um dos seguintes métodos:

a) variação da resistência, determina a elevação média da temperatura ao longo do enrolamento; ou

b) método termométrico, que determina o ponto mais quente por meio de termopares. Este método
é aplicável apenas aos TC secos com enrolamentos expostos.

A temperatura média a quente do enrolamento pela medição da resistência deve ser determinada pela
seguinte equação:

θ= × (T + θ0 ) - T
R0
onde

T é igual a 235 °C para o enrolamento de cobre e a 225 °C para o enrolamento de alumínio;

R0 é a resistência a frio, expressa em ohms (Ω), determinada de acordo com 12.1.3.2;

Rθ é a resistência a quente, expressa em ohms (Ω);

θ0 é a temperatura correspondente a R0, expressa em graus Celsius (°C);

θ é a temperatura correspondente a Rθ, expressa em graus Celsius (°C).

O tempo decorrido entre o desligamento do TC e o instante de medição de cada resistência a quente


deve ser registrado. O tempo necessário para estabilizar a corrente de medição, registrado durante as
medições de resistência a frio, serve de base para se tomarem as leituras das resistências a quente
(ver 12.1.3.2).

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Quando se transferirem os condutores de ligação dos instrumentos de um enrolamento do TC para


outro, deve ser mantida a mesma polaridade relativa aos terminais do TC.

A elevação de temperatura do enrolamento, obtida pela medição da resistência em um determinado


tempo após o desligamento, deve ser corrigida por meio de método gráfico, para se obter o valor real
no instante do desligamento.

Para a correção mediante gráfico de resfriamento, fazer uma série de medições de resistência do
enrolamento (pelo menos quatro), a intervalos aproximadamente iguais, e traçar a curva dessa
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resistência em função do tempo (ver exemplo na Figura 8). Essa curva é então extrapolada para
obter-se o valor da resistência no instante do desligamento do TC. A primeira medição deve ser feita
em um tempo de no máximo 3 min após o desligamento. O intervalo entre cada medição deve ser
inferior a 3 min, mas não inferior ao tempo necessário para estabilização da corrente de medição. Se
a corrente de medição não exceder a 15 % da corrente nominal do enrolamento, a corrente pode ser
mantida durante todo o período das medições para a curva de resfriamento.

Na determinação da elevação de temperatura do enrolamento pelo método termométrico, coloca-se


um número conveniente de termômetros de álcool ou de pares termelétricos em cada enrolamento, de
modo a não prejudicar o resfriamento destes. Quando a elevação de temperatura ficar estacionária,
deve-se interromper a corrente de ensaio. Imediatamente depois, os termômetros ou outros dispositivos
indicadores de temperatura devem ser lidos contínua e sucessivamente, até a temperatura começar
a cair. Se algum dos termômetros indicar temperatura maior que as observadas durante o ensaio,
a temperatura mais alta atingida é registrada como temperatura final do ensaio.

Figura 8 – Determinação da temperatura dos enrolamentos pela medição da resistência

O valor da resistência R deve ser determinado no gráfico, em intervalos de tempo iguais ΔT, obtendo
na curva os pontos A, B, C, D,..., de ordenadas R1, R2, R3, R4,..., respectivamente. Determinar as
variações de resistência ΔR1 = (R1 – R2), ΔR2 = (R2 – R3), ΔR3 = (R3 – R4) etc, e os pontos P1, P2, P3

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etc, cujas abscissas são – ΔR1, – ΔR2, – ΔR3 etc, e as ordenadas são R2, R3, R4 etc, respectivamente.
Pelos pontos P1, P2, P3 etc, e R0 (resistência a frio, em ohms), traçar a reta h, que representa a
variação da resistência até a primeira medida R1. Determinar o ponto P0, com ordenada R1, sobre
a reta h, e traçar, por este ponto, uma paralela ao segmento P1R1, cuja interseção com o eixo das
resistências determina o ponto inicial, R0, da curva “resistência × tempo”. R0 é a resistência no instante
do desligamento.

12.1.4 Critério de aprovação


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O TC deve ser considerado aprovado no ensaio se as elevações de temperatura determinadas no final


do ensaio não excederem os valores especificados em 5.6.

12.2 Corrente suportável nominal de curta duração e valor de crista da corrente


suportável

12.2.1 Objetivo

Este ensaio deve ser realizado para comprovar que o transformador de corrente foi projetado
e construído para suportar, sem danos, os esforços mecânicos e térmicos causados por curtos-circuitos
externos.

12.2.2 Procedimento

Para este ensaio, o transformador deve estar inicialmente à temperatura ambiente.

O ensaio térmico deve ser efetuado com o(s) enrolamento(s) secundário(s) em curto-circuito
e passando pelo enrolamento primário uma corrente de valor eficaz I, durante um tempo t, de forma
que a grandeza (I2t) seja pelo menos igual a (I2t), com o valor de t compreendido entre 0,5 s e 5 s.

O ensaio da corrente dinâmica deve ser efetuado também com o(s) enrolamento(s) secundário(s) em
curto-circuito e com uma corrente tal que o valor da primeira crista seja ao menos igual à corrente
dinâmica nominal Id, passando uma corrente durante um tempo suficiente para se obter a primeira
crista ou mesmo ultrapassá-la.

O ensaio da corrente dinâmica pode ser associado com o ensaio da corrente térmica, de forma que
a primeira crista não seja inferior à corrente dinâmica nominal Id.

O enrolamento primário deve ser ligado na condição que corresponda aos maiores valores de
correntes de curta duração especificados. Se os mesmos valores de correntes de curta duração forem
especificados para diferentes religações primárias, o TC deve ser conectado na condição que oferece
maior densidade de corrente It/A, onde A corresponde à seção transversal do condutor primário, na
condição conectada.

12.2.3 Método de ensaio

O transformador de corrente deve ser energizado do lado primário com o(s) terminal(is) secundário(s)
curto-circuitado(s).

O arranjo do ensaio deve reproduzir adequadamente os esforços mecânicos devido às forças de


atração e repulsão dos barramentos.

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12.2.4 Critério de aprovação

O transformador deve ser considerado aprovado neste ensaio se, depois de retornar à temperatura
ambiente, satisfizer os seguintes requisitos:

a) não apresentar danos visíveis;

b) permanecer dentro da sua classe de exatidão especificada;


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c) suportar os ensaios dielétricos especificados em 13.2, 13.3, 13.5 e 13.6, mas com a tensão de
ensaio reduzida para 90 % daqueles valores;

d) ao examinar o isolamento próximo à superfície dos enrolamentos primário e secundário, ele não
apresentar deterioração significativa (por exemplo, carbonização).

O procedimento descrito em d) não é necessário se a densidade de corrente real dos enrolamentos


não exceder 180 A/mm2, quando o enrolamento for de cobre de condutividade não inferior a 97 % do
valor dado pela IEC 60028 ou 120 A/mm2 e quando o enrolamento de alumínio de condutividade não
for inferior a 97 % do valor dado pela IEC 60121. A densidade de corrente real deve ser baseada no
valor eficaz simétrico medido da corrente de curto-circuito no enrolamento secundário (dividido pela
relação de transformação nominal, no caso do enrolamento primário).

NOTA A experiência demonstra que, com o TC em funcionamento, os requisitos para a corrente de


curto-circuito são geralmente atendidos no caso de isolação classe A (105 °C), desde que a densidade de
corrente nos enrolamentos correspondente à corrente de curto-circuito não exceda os valores mencionados
nesta subseção.

12.3 Ensaios de impulso

12.3.1 Objetivo

Verificar a suportabilidade do TC frente a transitórios de tensão similares aos provocados pelas


descargas atmosféricas e operações de manobra no sistema.

12.3.2 Procedimento

O ensaio de impulso deve ser realizado conforme a ABNT NBR IEC 60060-1.

Os ensaios de impulso consistem na aplicação de tensão nos níveis nominais e de referência.


A tensão de impulso de referência deve estar compreendida entre 50 % e 75 % da tensão suportável
nominal de impulso. Devem ser registrados o valor de crista e a forma de onda do impulso.

O valor da tensão de ensaio deve ser escolhido de acordo com a Tabela 13, dependendo da tensão
máxima do equipamento e do nível de isolamento especificado.

Qualquer evidência de falha no isolamento devido ao ensaio pode ser detectada por meio de variação
na forma de onda de referência e tensão suportável nominal.

12.3.3 Método de ensaio

12.3.3.1 Generalidades

Devido à baixa impedância dos enrolamentos primários, os seus terminais devem ser interligados
e a tensão deve ser aplicada entre eles e os secundários curto-circuitados e aterrados, juntamente
com o(s) ponto(s) previsto(s) para o aterramento do TC, conforme a Figura 9.

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Gerador
de
impulso
Centelhador
de corte
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TC sob Divisor de
ensaio tensão e
sistema de
aquisição da
forma de onda

Figura 9 – Verificação da tensão suportável de impulso

O intervalo máximo entre duas aplicações consecutivas deve ser o menor possível, não excedendo
5 min.

Devem ser registrados os oscilogramas de tensão.

Devem ser oscilografados todos os impulsos aplicados que excederem 40 % do valor especificado
para o impulso pleno, para fins de comparação com os demais impulsos aplicados no ensaio.

Nos relatórios devem constar no mínimo os oscilogramas do primeiro impulso com valor reduzido, dos
impulsos cortados e do primeiro e do último impulsos plenos com valor nominal.

12.3.3.2 Ensaio de impulso atmosférico

A tensão deve ser um impulso atmosférico padronizado de 1,2/50, como determinado na


ABNT NBR IEC 60060-1.

Os impulsos plenos sem correções atmosféricas devem ser aplicados na seguinte ordem:

a) 15 impulsos plenos de polaridade positiva;

b) um impulso pleno de polaridade negativa;

c) dois impulsos cortados de polaridade negativa;

d) 14 impulsos plenos de polaridade negativa.

NOTA 1 Especifica-se a aplicação de 15 impulsos plenos positivos e 15 impulsos plenos negativos para
ensaiar o isolamento externo. Se outros ensaios forem acordados entre o fabricante e o usuário para verificar
o isolamento externo, o número de impulsos atmosféricos pode ser reduzido a três de cada polaridade, sem
correção para as condições atmosféricas.

NOTA 2 Após a aplicação dos 15 impulsos positivos e antes da aplicação do primeiro impulso negativo,
podem ser aplicados dois impulsos reduzidos (50 % do valor nominal) para despolarização da amostra.

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12.3.3.3 Particularidades para o impulso cortado

O ensaio de impulso cortado só deve ser realizado com polaridade negativa.

A tensão deve ser um impulso atmosférico padronizado, como estabelecido na ABNT NBR IEC 60060-1,
cortado entre 2 μs e 5 μs. O circuito de ensaio de onda cortada deve ser ajustado de forma que
a oscilação de polaridade oposta do impulso fique limitada a aproximadamente 30 % do valor de crista.

O valor de crista deve ser de 110 % da tensão de impulso atmosférico pleno.


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NOTA Podem ser acordados entre o fabricante e o usuário valores menores de tensão de impulso cortado.

Diferenças na forma de onda de impulso pleno aplicado antes e depois dos impulsos cortados são
indicações de falta interna.

A não ocorrência de descarga disruptiva no centelhador ou pelo isolamento externo autorrecuperante


(ar), embora o oscilograma indique corte no impulso de tensão, é sinal evidente de falha do TC.

As descargas durante os impulsos cortados ao longo do isolamento externo autorrecuperante (ar)


devem ser desconsideradas na avaliação do comportamento do isolamento.

12.4 Tensão suportável à frequência industrial sob chuva para os transformadores de


uso externo

12.4.1 Objetivo

O método de ensaio sob chuva tem por objetivo simular o efeito da chuva natural sobre a isolação
externa para os demais ensaios dielétricos.

12.4.2 Procedimento

O ensaio deve ser realizado com o valor apropriado de tensão suportável nominal à frequência industrial
da Tabela 13 ou 14, de acordo com a tensão máxima do equipamento, aplicando-se correções para as
condições atmosféricas.

A realização do ensaio de tensão suportável à frequência industrial sob chuva dispensa a realização
do ensaio de tensão suportável à frequência industrial a seco.

As condições de chuva devem estar de acordo com a Tabela 19.

O TC deve ser montado em um nível acima do solo não superior à altura da estrutura-suporte usada
em serviço. A altura máxima permitida para a estrutura-suporte utilizada é de 2 m.

NOTA A altura máxima para o ensaio corresponde à altura mínima de segurança utilizada nas subestações.

Tabela 19 – Condições de precipitação para o ensaio sob chuva à frequência industrial (continua)
Ensaio sob chuva à frequência
Característica Unidade
industrial

Precipitação média da componente vertical mm/min (3 ± 0,3)

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Tabela 19 (conclusão)
Ensaio sob chuva à frequência
Característica Unidade
industrial
Precipitação média da componente
mm/min –
horizontal
Ensaio sob chuva à frequência
Característica Unidade
industrial
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Limites para medições individuais mm/min (3 ± 0,75)


Temperatura da água coletada °C ± 15 (ambiente)
Resistividade da água Ωm (100 ± 10)
Tempo de aplicação de tensão de ensaio S 60

NOTA Valores superiores de precipitação e duração da chuva podem ser acordados entre o fabricante
e o usuário.

12.4.3 Método de ensaio

O procedimento do ensaio sob chuva deve ser de acordo com a ABNT NBR IEC 60060-1.

O TC deve ser submetido a um precondicionamento por 15 min antes da aplicação da tensão, já nas
condições de chuva indicadas na Tabela 19.

O ensaio deve ser realizado conforme o procedimento do ensaio a seco, porém o TC deve ser montado
em um nível acima do solo, não superior à altura da estrutura-suporte usada em serviço.

12.4.4 Critério de aprovação

Os critérios de aprovação são os mesmos do ensaio a seco.

12.5 Resistência ôhmica dos enrolamentos

12.5.1 Objetivo

Determinar a resistência ôhmica dos enrolamentos do TC.

12.5.2 Procedimento

Para os TC em geral, a temperatura dos enrolamentos é considerada a mesma do ar que os circunda,


desde que esteja em equilíbrio térmico com o ambiente e que não tenha circulado corrente pelos seus
enrolamentos.

12.5.3 Método de ensaio

12.5.3.1 Generalidades

A resistência dos enrolamentos pode ser medida pelos métodos descritos em 12.6.3.1 ou 12.6.3.2.

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12.5.3.2 Método da queda de tensão

Efetuar as ligações conforme o diagrama da Figura 10. O voltímetro utilizado deve ser de alta
impedância (pelo menos 20 vezes a resistência a ser medida).
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Figura 10 – Esquema de ligação para medição da resistência ôhmica dos enrolamentos


por meio do método de queda de tensão

Conforme mostrado na Figura 10, deve-se aplicar uma tensão contínua e medir simultaneamente
a corrente e a tensão. Calcular, então, a resistência do enrolamento pela lei de ohm. Combinações de
resistores e milivoltímetros, ou outros instrumentos que permitam a medição com a exatidão desejada,
podem ser utilizados.

A corrente usada não pode ser superior a 15 % da corrente nominal do enrolamento sob ensaio, para
evitar erro causado pelo seu aquecimento.

Os condutores de ligação do voltímetro devem ser independentes dos condutores de ligação da


corrente e devem ser ligados o mais próximo possível dos terminais do enrolamento a ser medido,
para se evitar o efeito da resistência dos condutores de corrente e dos seus contatos.

Se a fonte de corrente não for bateria ou pilha, o ponteiro do voltímetro pode vibrar. Neste caso,
qualquer um dos enrolamentos estranhos à medição pode ser curto-circuitado, para amortecer tais
vibrações. Isso, no entanto, só deve ser feito depois que a corrente no enrolamento ensaiado atingir
um valor estacionário. Se este curto-circuito for aplicado antes, o tempo para estabilização da corrente
deve ser maior, o que pode introduzir erros no valor da resistência medida.

Quando são usados instrumentos de deflexão, devem-se fazer leituras com pelo menos quatro valores
de corrente. A média aritmética das resistências calculadas com essas leituras é considerada o valor
da resistência do enrolamento.

Para proteger o voltímetro contra danos causados pela deflexão excessiva do ponteiro, deve-se
desligá-lo antes de ser aplicada ou retirada a corrente do circuito.

12.5.3.3 Método da ponte

Este método consiste no emprego da ponte de Wheatstone ou de Kelvin para a medição da


resistência. É o método geralmente preferido devido à sua exatidão, conveniência e campo de
medição. É recomendado para as medições de resistências relacionadas à determinação de elevação
de temperatura.

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12.5.4 Critério de aprovação

Se especificados valores-limite de resistência, os valores medidos devem ser iguais ou inferiores aos
valores especificados. Quando não especificados, os valores obtidos são meramente informativos.

12.6 Exatidão

12.6.1 Objetivo
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Verificar se o TC atende aos requisitos da classe de exatidão especificada.

12.6.2 Procedimento

12.6.2.1 Enrolamento de medição

O ensaio deve ser realizado nas correntes de 10 % e 100 % da corrente nominal e corrente térmica
contínua nominal, com cada carga nominal especificada pelo cliente. Para as classes especiais 0,3S
e 0,6S, o ensaio deve ser realizado nas correntes de 5 %, 20 % e 100 % da corrente nominal
e corrente térmica contínua nominal.

Quando uma faixa de cargas for especificada, o ensaio de tipo deve ser realizado para todas as
cargas do intervalo com o mesmo fator de potência.

EXEMPLO 1 Especificação para o núcleo: 12,5 VA a 45 VA 0,6.

O ensaio deve ser realizado para as cargas-padrão no intervalo solicitado, ou seja, (TC 5A): 12,5 VA,
22,5 VA e 45 VA, conforme a Tabela 8.

EXEMPLO 2 Especificação para o núcleo: 4 VA a 10 VA 0,3.

O ensaio deve ser realizado para as cargas-padrão no intervalo solicitado, ou seja, (TC 1A): 4 VA; 5 VA,
8 VA e 10 VA, conforme as Tabelas 10 e 11.

12.6.2.2 Enrolamento de proteção classes PX e PXR

Deve-se verificar o erro de espiras à corrente nominal, com carga nula. Deve-se também verificar
a f.e.m. limiar de saturação, conforme 13.11. Este ensaio deve ser realizado à corrente nominal,
com cada carga nominal especificada pelo cliente. Além dos erros de relação e defasagem, deve ser
realizado o ensaio de determinação do erro composto, conforme 12.9.

12.6.2.3 Enrolamento de proteção classes P e PR

Este ensaio deve ser realizado à corrente nominal e corrente térmica contínua nominal, com cada
carga nominal especificada pelo cliente. Além dos erros de relação e defasagem, deve ser realizado o
ensaio de determinação do erro composto, conforme 12.9.

12.6.3 Método de ensaio

12.6.3.1 Generalidades

Para as medições de erro de relação e fase, os ensaios podem ser feitos utilizando os métodos
indicados em 12.6.3.2 a 12.6.3.4.

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12.6.3.2 Métodos absolutos

O desempenho do TC é avaliado por meio de resistências e reatâncias de valores conhecidos.


Os métodos são os descritos em 12.6.3.2.1 a 12.6.3.2.3.

12.6.3.2.1 Método da resistência

Neste método, resistores não indutivos de quatro terminais, com resistências de valores conhecidos,
são ligados em série com os circuitos primário e secundário do TC, aplicando-se as suas quedas
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de tensão em oposição a um instrumento adequado.

12.6.3.2.2 Método da indutância mútua

Os circuitos primário e secundário do TC são, cada um deles, ligados em série com os enrolamentos
primários dos transformadores de núcleo toroidal de defasagem desprezível, comparando-se as forças
eletromotrizes induzidas nos enrolamentos secundários destes.

12.6.3.2.3 Método do equilíbrio da força magnetomotriz

Neste método, devem-se circular as correntes primária e secundária em dois enrolamentos opostos,
montados em um núcleo toroidal de três enrolamentos. A relação de espiras é então variada, até
se anular a tensão induzida no terceiro enrolamento.

12.6.3.3 Método relativo

Este método consiste na comparação do TC sob ensaio com um TC-padrão, o qual pode ou não
ter a mesma relação nominal do TC sob ensaio, de acordo com o circuito de ponte utilizado. O TC
sob ensaio é ligado em série com o TC-padrão, conforme a Figura 11. Os circuitos secundários são
também ligados em série, de modo a se somarem as suas tensões. A diferença entre as correntes
secundárias é levada a um circuito em ponte adequado, para fins de medição.

Figura 11 – Circuito para ensaio de exatidão pelo método relativo

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12.6.3.4 Método indireto

Este método consiste na determinação dos erros de relação e de fase por meio da medição de parâmetros
do circuito equivalente do TC. Para este método, sinais de baixa potência e baixa frequência são
utilizados para produzir no núcleo magnético o mesmo fluxo correspondente às condições nominais
de corrente, frequência e carga.

A determinação dos parâmetros do circuito equivalente do TC é realizada de acordo com o princípio


apresentado na ABNT NBR IEC 61869-2:2021, Anexo 2C.
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12.6.3.5 Considerações gerais

Se o enrolamento primário consistir em duas ou mais seções com o mesmo número de espiras cada
uma, o erro de relação e o ângulo de fase devem ser praticamente os mesmos, com as seções em
série ou em paralelo, desde que a frequência, a carga secundária e a corrente secundária sejam
as mesmas.

Antes do ensaio, o TC deve ser desmagnetizado conforme 12.8.3.6, exceto quando houver interesse
em conhecer os efeitos da magnetização residual sobre a exatidão do TC.

NOTA 1 Para todos os métodos, é permitido o uso de instrumentos eletrônicos dentro de sua validade
de calibração.

NOTA 2 Para qualquer método escolhido, convém que seja tomado o cuidado de reduzir ao mínimo
os erros resultantes de defasagens residuais em elementos do circuito, devido à interferência indutiva entre
os circuitos ou devido às capacitâncias de fuga.

12.6.3.6 Métodos para desmagnetização

12.6.3.6.1 Generalidades

Para desmagnetização do TC, são recomendados os métodos descritos em 12.6.3.6.2 e 12.6.3.6.3.

12.6.3.6.2 Método 1

Ligar o TC conforme a Figura 12, de modo a circular uma corrente suficiente no enrolamento com
o maior número de espiras, até que se observe a saturação do núcleo pelas leituras do voltímetro
e amperímetro, evitando-se, porém, que a corrente térmica contínua nominal seja excedida.
Em seguida, reduzir lentamente a corrente até zero.

Enrolamento
com o maior
número de
espiras

Figura 12 – Desmagnetização energizando-se o enrolamento com o maior número de espiras

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12.6.3.6.3 Método 2

Ligar o TC conforme a Figura 13, de modo a circular corrente térmica contínua nominal no enrolamento
com o menor número de espiras. Aumentar a resistência R ligada ao enrolamento com o maior número
de espiras até obter a saturação, o que é indicado pela redução da corrente no enrolamento com
o maior número de espiras. Reduzir lentamente a resistência até zero e desligar a fonte de alimentação.

A resistência deve ser variada continuamente, para evitar a abertura do enrolamento com o maior
número de espiras.
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Figura 13 – Desmagnetização energizando-se o enrolamento com o menor número de espiras

NOTA Nos casos em que a relação de transformação seja 1:1, ambos os métodos podem ser utilizados,
energizando-se qualquer um dos enrolamentos.

12.6.4 Critério de aprovação

Para os enrolamentos de medição, o TC deve ser considerado aprovado se os erros de relação


e ângulo estiverem dentro do paralelogramo de exatidão da classe especificada.

Para os enrolamentos de proteção classe P, o TC deve ser considerado aprovado se o erro de relação
e o erro composto estiverem dentro dos limites indicados na Tabela 21.

Para os enrolamentos de proteção classe PR, o TC deve ser considerado aprovado se os erros de
relação e ângulo estiverem dentro dos limites indicados na Tabela 22.

Para os enrolamentos de proteção classe PX, o erro de relação de espiras, medido à corrente nominal,
deve ser inferior a ± 0,25 %.

Para os enrolamentos de proteção classe PXR, o erro de relação de espiras, medido à corrente
nominal, deve ser inferior a ± 1 %.

12.7 Erro composto para as classes P e PR

12.7.1 Objetivo

Verificar se o TC atende aos requisitos de erro composto da classe de exatidão especificada para
a corrente-limite de exatidão.

12.7.2 Procedimento

O ensaio de tipo deve ser realizado por ensaio direto, conforme 12.9.3.1.

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Para TC com núcleos toroidais contínuos e enrolamentos secundários uniformemente distribuídos ou


porções de enrolamentos secundários, tendo ainda um condutor primário centralizado ou enrolamento
primário uniformemente distribuído, o ensaio direto pode ser substituído pelo ensaio indireto, conforme
12.9.3.2, desde que os efeitos do condutor de retorno primário sejam desprezíveis.

12.7.3 Método de ensaio

12.7.3.1 Ensaio direto


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O ensaio direto é realizado com aplicação ao enrolamento primário de uma corrente senoidal com
valor igual à corrente-limite de exatidão especificada. O enrolamento secundário sob ensaio deve estar
conectado à sua carga nominal especificada, e os demais secundários devem estar curto-circuitados.

12.7.3.2 Ensaio indireto

O ensaio indireto é realizado com o enrolamento primário aberto, sendo o enrolamento secundário
energizado à frequência nominal por uma tensão puramente senoidal, cujo valor eficaz deve ser igual
à força eletromotriz limite de exatidão secundária, conforme 3.3.10.

A corrente de excitação resultante, expressa como uma porcentagem da corrente secundária nominal,
multiplicada pelo fator-limite de exatidão, não pode exceder o limite para o erro composto especificado.
O erro composto obtido por meio do método indireto é calculado pela equação a seguir:
Ie
Ec ( % ) = × 100
FIe × Is
onde

Fle é o fator-limite de exatidão;

Ie é o valor eficaz da corrente de excitação;

Is é a corrente secundária nominal.

NOTA 1 Para TC com enrolamento secundário uniformemente distribuído, no cálculo da força eletromotriz
limite de exatidão, assume-se que a impedância do enrolamento secundário seja igual à resistência do
enrolamento secundário medida à temperatura ambiente e corrigida a 75 °C.

NOTA 2 Na determinação do erro composto pelo método indireto, uma possível diferença entre a relação
de espira e a relação de transformação nominal não precisa ser levada em consideração.

12.7.4 Critério de aprovação

O TC é considerado aprovado se o erro composto encontrado atender aos limites estabelecidos para cada
classe de proteção, conforme a Tabela 16, para a classe P, e conforme a Tabela 17, para a classe PR.

13 Ensaios de rotina
13.1 Verificação da marcação de terminais e polaridade

13.1.1 Objetivo

Verificar a correta polaridade e identificação dos terminais.

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13.1.2 Procedimento

Devem-se verificar as marcações dos terminais conforme 10.2.

13.1.3 Método de ensaio

13.1.3.1 Generalidades

Para determinar a polaridade e verificar as marcações dos terminais, pode ser aplicado um dos dois
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métodos a seguir:

a) método da comparação com um TC de polaridade conhecida;

NOTA É permitido realizar este ensaio em conjunto com o ensaio de exatidão.

b) método da corrente contínua.

13.1.3.2 Método de comparação com um TC de polaridade conhecida

Quando se dispõe de um TC de polaridade conhecida e com relação nominal igual à do TC sob


ensaio, a polaridade deste último pode ser determinada por comparação, como descrito a seguir.

Ligar os dois TC de acordo com a Figura 14. Fazer circular uma corrente nos primários ligados em
série. Se o amperímetro indicar zero, as polaridades relativas dos dois TC são idênticas.

Como alternativa, a polaridade pode ser verificada durante o ensaio de exatidão pelo método descrito
em 12.8.3.2.

NOTA Para aplicação da tensão, recomenda-se que seja respeitado o nível de isolamento dos terminais.

Figura 14 – Determinação da polaridade pelo método de comparação com


um TC de polaridade conhecida

13.1.4 Método da corrente contínua

Para o método da corrente contínua, existem dois procedimentos que podem ser aplicados, de acordo
com as particularidades de cada caso. O primeiro é descrito em a) e o segundo, em b):

a) ligar um voltímetro de corrente contínua aos terminais do enrolamento com o maior número de
espiras. Aplicar a estes terminais uma tensão fornecida por uma fonte de corrente contínua,

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conforme a Figura 15, e observar o sentido da deflexão do ponteiro do voltímetro. Transferir


em seguida a fonte aos terminais correspondentes do outro enrolamento, sem cruzar os fios.
Ao fechar o circuito da fonte, se a deflexão momentânea do ponteiro for no mesmo sentido da
anterior, a polaridade deve ser subtrativa, isto é, os terminais correspondentes devem ter a mesma
polaridade;

b) ligar o voltímetro de corrente contínua aos terminais do enrolamento com o maior número de
espiras. Aplicar a estes terminais uma tensão fornecida por uma fonte de corrente contínua,
conforme a Figura 16, e observar o sentido da deflexão do ponteiro do voltímetro. Desligar a
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fonte e transferir, em seguida, o voltímetro para os terminais correspondentes do enrolamento


com o menor número de espiras. Ao fechar o circuito da fonte, se a deflexão momentânea do
ponteiro for no mesmo sentido da anterior, a polaridade deve ser subtrativa, isto é, os terminais
correspondentes devem ter a mesma polaridade.

NOTA As Figuras 15 e 16 apresentam exemplos nos quais o enrolamento primário P1-P2 é o enrolamento
com o maior número de espiras.

Figura 15 – Determinação da polaridade pelo método de corrente contínua – Método a)

Figura 16 – Determinação da polaridade pelo método de corrente contínua – Método b)

13.1.5 Critério de aprovação

Pelo método de comparação com um TC de polaridade conhecida, a ausência de corrente no


amperímetro indica que as polaridades dos dois TC são idênticas.

Quando a comparação for verificada no ensaio de exatidão, a defasagem angular deve estar dentro
da classe especificada.

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Pelo método da corrente contínua, quando as deflexões momentâneas do ponteiro forem no mesmo
sentido para ambas as posições da chave, os terminais correspondentes são de mesma polaridade.

13.2 Ensaio de tensão suportável à frequência industrial a seco no primário

13.2.1 Objetivo

Verificar a suportabilidade dielétrica do isolamento entre o(s) enrolamento(s) primário(s) e secundário(s)


e a massa.
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13.2.2 Procedimento e método de ensaio

Os ensaios de tensão suportável à frequência industrial no primário devem ser realizados em


conformidade com a ABNT NBR IEC 60060-1.

A tensão de ensaio deve ter o valor apropriado, indicado na Tabela 13, de acordo com a tensão
máxima do equipamento (Um). O ensaio pode ser realizado a 60 Hz ou 50 Hz, com duração de 60 s.

A tensão deve ser aplicada entre os terminais primários curto-circuitados e a terra. Os terminais
secundários curto-circuitados e a massa devem ser conectados à terra.

No caso de repetição por ocasião de ensaios de tipo ou especiais, ou em caso de TC usado ou


recuperado, os ensaios de tensão suportável à frequência industrial devem ser feitos com 80 % da
tensão de ensaio especificada.

13.2.3 Critério de aprovação

Os TC devem ser capazes de suportar estes ensaios com os valores de tensão especificados, sem
que sejam produzidas descargas disruptivas e sem que haja evidência de falha.

13.3 Medição de descargas parciais

13.3.1 Objetivo

Verificar a qualidade do isolamento por meio da medição do nível de descargas parciais.

13.3.2 Procedimento

O instrumento usado deve medir a carga aparente (q), expressa em picocoulomb. Os instrumentos
utilizados para medição de descargas parciais, bem como a calibração do circuito de ensaio, devem
estar em conformidade com a ABNT NBR IEC 60270.

Exemplos de circuitos de ensaio são apresentados nas Figuras 17 a 19.

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Legenda

T transformador de ensaio (transformador elevador de tensão) (fonte de tensão)


Ca transformador sob ensaio
Ck capacitor de acoplamento
M instrumento de medição
Zm impedância de medição
Z filtro (não é necessário, se Ck estiver no transformador de ensaio

Figura 17 – Circuito de ensaio para medição de descargas parciais tipo A


(impedância de medição em série com o equipamento sob ensaio)

Legenda

T transformador de ensaio (transformador elevador de tensão) (fonte de tensão)


Ca transformador sob ensaio
Ck capacitor de acoplamento
M instrumento de medição
Zm impedância de medição
Z filtro (não é necessário, se Ck estiver no transformador de ensaio)

Figura 18 – Circuito de ensaio para medição de descargas parciais tipo B


(impedância de medição em série com o capacitor de acoplamento)

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Legenda

T transformador de ensaio (transformador elevador de tensão) (fonte de tensão)


Ca transformador sob ensaio
Ca1 transformador auxiliar isento de descargas parciais (ou capacitor de acoplamento Ck)
M instrumento de medição
Zm1Zm2 impedância de medição
Z filtro

Figura 19 – Circuito de ensaio para medição de descargas parciais tipo C


(circuito balanceado)

As características dos instrumentos utilizados, bem como a sensibilidade do circuito de ensaio, devem
ser referenciadas conforme a ABNT NBR IEC 60270.

NOTA 1 Para a supressão de ruído externo, o circuito de ensaio balanceado é o apropriado (ver Figura 19).
O uso de capacitor de acoplamento para equilibrar o circuito pode ser inadequado para a eliminação de
interferência externa.

NOTA 2 Quando forem utilizados processamento e recuperação eletrônicos de sinal para reduzir o ruído
de fundo, a eficácia deste método é demonstrada variando-se os seus parâmetros, de forma a permitir
a detecção de pulsos repetidos.

13.3.3 Métodos de ensaio

13.3.3.1 Generalidades

Depois de realizado o precondicionamento de acordo com o procedimento A ou B, reduzir a tensão


de ensaio de descargas parciais para os níveis especificados na Tabela 13, de acordo com a tensão
máxima do equipamento, e medir o nível de descargas parciais correspondentes dentro de 30 s.

13.3.3.2 Procedimento A

O ensaio de descargas parciais é realizado ao reduzir-se a tensão, sem interrupção, em seguida ao


ensaio de tensão suportável à frequência industrial no primário, até alcançar as tensões de ensaio
especificadas para descargas parciais.

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13.3.3.3 Procedimento B

O ensaio de descargas parciais é realizado após o ensaio de tensão suportável à frequência industrial
no primário. A tensão aplicada é elevada a 80 % da tensão suportável à frequência industrial no
primário, mantendo-a por não menos de 60 s, e então reduzida, sem interrupção, às tensões de
ensaio de descargas parciais especificadas.

Se não especificado em contrário, a escolha do procedimento é do fabricante. O método de ensaio


deve ser indicado no relatório de ensaio.
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13.3.4 Critério de aprovação

Os níveis de descargas parciais medidos não podem exceder os limites especificados na Tabela 14,
de acordo com a tensão máxima do equipamento.

13.4 Ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos secundários


e entre as seções do primário

13.4.1 Objetivo

Verificar a suportabilidade dielétrica do isolamento entre o(s) enrolamento(s) secundário(s), entre o(s)
enrolamento(s) secundário(s) e a massa e entre as seções dos enrolamentos primários.

13.4.2 Procedimento

Entende-se por seções do primário as bobinas primárias independentes, utilizadas para religações em
série, série-paralelo ou paralelo.

A tensão de ensaio de 3 kV (eficaz) deve ser mantida durante 1 min.

Para os enrolamentos secundários especificados com classe PX ou PXR, com uma f.e.m. limiar de
saturação nominal Ek ≥ 2 kV (eficaz), a tensão de ensaio entre os secundários deve ser de 5 kV
(eficaz).

13.4.3 Método de ensaio

A tensão de ensaio especificada é aplicada separadamente a cada um dos enrolamentos secundários,


ou seções, sucessivamente, com a massa e os demais enrolamentos curto-circuitados e aterrados.
O circuito de ensaio é apresentado na Figura 20.

Em TC usado ou com enrolamento(s) recuperado(s), o ensaio deve ser executado com 80 % da


tensão especificada.

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Figura 20 – Circuito de ensaio para tensão suportável à frequência


industrial entre os secundários ou entre as seções do primário

13.4.4 Critério de aprovação

Durante 1 min, não podem ser observadas descargas disruptivas ou evidências de falha no isolamento.

13.5 Ensaio de sobretensão entre as espiras

13.5.1 Objetivo

Verificar a suportabilidade dielétrica do isolamento entre as espiras dos enrolamentos.

13.5.2 Procedimento

O ensaio deve ser realizado no enrolamento completo, de acordo com um dos métodos apresentados
em 13.6.3. Se nada for acordado previamente, a escolha do método cabe ao fabricante.

Quando o ensaio for realizado de acordo com o método B, a frequência da tensão de ensaio deve ser
majorada a uma frequência entre 120 Hz e 400 Hz, de forma a permitir a aplicação de um valor mais
elevado de tensão.

Quando a frequência de ensaio (f) exceder duas vezes a frequência nominal (2fR), a duração do
ensaio (d) deve ser inferior a 60 s, conforme a equação a seguir.
2fr
d= × 60
f
A duração não pode ser inferior a 18 s.

Em TC usado ou com enrolamento(s) recuperado(s), este ensaio deve ser executado com 80 % das
tensões especificadas.

A tensão de ensaio especificada é de 3 500 V de crista.

NOTA Devido ao procedimento de ensaio, a forma de onda pode ser altamente distorcida.

Para os enrolamentos secundários especificados com classe PX ou PXR, quando a f.e.m. limiar de
saturação nominal for Ek ≥ 350 V (eficaz), o valor de crista especificado da tensão de ensaio deve ser
dez vezes o valor eficaz da f.e.m. limiar de saturação, ou 10 kV crista, o que for menor.

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13.5.3 Métodos de ensaio

O ensaio deve ser realizado conforme um dos métodos descritos em 13.5.3.1 ou 13.5.3.2.

13.5.3.1 Procedimento A

Com o enrolamento secundário sob ensaio aberto (ou conectado a um dispositivo de alta impedância
que faça leitura de valor de crista da tensão), uma corrente senoidal, a uma frequência entre
40 Hz e 60 Hz, e com valor eficaz igual à corrente térmica contínua nominal, deve ser aplicada por
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60 s ao enrolamento primário. Os demais enrolamentos secundários devem estar curto-circuitados


e aterrados. A corrente aplicada deve ser limitada, se a tensão de ensaio especificada for obtida antes
de se atingir a corrente térmica contínua nominal. A Figura 21 apresenta o circuito de ensaio para este
procedimento.

Figura 21 – Circuito de ensaio de sobretensão entre as espiras, conforme o procedimento A

13.5.3.2 Procedimento B

Com o enrolamento primário aberto, a tensão de ensaio (a uma frequência não inferior a 120 Hz) deve
ser aplicada a cada enrolamento secundário por um tempo determinado, conforme 13.6.2. A tensão
de ensaio deve ser elevada até que uma das condições a seguir seja atingida, a que ocorrer primeiro:

a) o valor da tensão aplicada atingir a tensão especificada;

b) a corrente secundária atingir o valor correspondente à corrente térmica contínua nominal.

O ensaio de sobretensão entre as espiras não é um ensaio realizado para verificar a suportabilidade
do TC em operação com o enrolamento secundário aberto. O TC não pode operar desta maneira,
devido às sobretensões potencialmente perigosas e ao sobreaquecimento que pode ocorrer.

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Figura 22 – Circuito de ensaio de sobretensão entre as espiras, conforme o procedimento B

13.5.4 Critério de aprovação

O TC é considerado aprovado se não ocorrerem quaisquer falhas no isolamento entre as espiras.

Para o método A, a falha pode ser verificada por meio de redução súbita no valor da tensão secundária.
Para o método B, a falha pode ser verificada por meio de elevação súbita da corrente durante o ensaio.

13.6 Ensaio de exatidão

13.6.1 Objetivo

Verificar se o TC atende aos requisitos da classe de exatidão especificada.

13.6.2 Procedimento

13.6.2.1 Enrolamento de medição

O ensaio deve ser realizado nas correntes de 10 % e 100 % da corrente nominal e corrente térmica
contínua nominal, com cada carga nominal especificada pelo cliente. Para as classes especiais 0,3S
e 0,6S, o ensaio deve ser realizado nas correntes de 5 %, 20 % e 100 % da corrente nominal
e corrente térmica contínua nominal.

Quando mais de uma carga nominal for especificada, o ensaio deve ser realizado completo para uma
unidade do lote, conforme o parágrafo anterior, e apenas para a maior e a menor cargas especificadas
de cada fator de potência, para as demais unidades.

EXEMPLO 1 Especificação para o núcleo: 12,5 VA a 45 VA 0,6.

Uma unidade do lote deve ser ensaiada para as cargas 12,5 VA, 22,5 VA e 45 VA. As demais unidades devem
ser ensaiadas apenas com 12,5 VA e 45 VA. Não é realizado o ensaio para carga de 25 VA, por se tratar de
uma carga com fator de potência 0,5.

EXEMPLO 2 Especificação para o núcleo: 2,5 VA a 20 VA 0,3.

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Uma unidade do lote deve ser ensaiada para as cargas 2,5 VA, 4 VA, 5 VA, 8 VA, 10 VA e 20 VA. As demais
unidades devem ser ensaiadas apenas com 2,5 VA e 5 VA, para o fator de potência 1,0, e com 8 VA e 20 VA,
para o fator de potência 0,9.

NOTA Mais unidades de um lote podem ser ensaiadas para todas as cargas, mediante acordo entre
o fabricante e o usuário.

13.6.2.2 Enrolamento de proteção classe P

Esse ensaio deve ser realizado à corrente nominal, com cada carga nominal especificada pelo
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cliente. Além dos erros de relação e defasagem, deve ser realizado o ensaio de determinação do erro
composto, conforme 13.10.

13.6.2.3 Enrolamento de proteção classes PX e PXR

Deve-se verificar o erro de espiras à corrente nominal, com carga nula. Deve-se também verificar
a tensão limiar de saturação, conforme 13.11.

13.6.2.4 Enrolamento de proteção classe PR

Esse ensaio deve ser realizado na corrente nominal com cada carga nominal especificada pelo
cliente. Além dos erros de relação e defasagem, deve ser realizado o ensaio de determinação do erro
composto, conforme 13.10.

13.6.3 Método de ensaio

O método de ensaio é idêntico ao do ensaio de tipo, conforme 12.8.3.

13.6.4 Critério de aprovação

Devem ser considerados os critérios de aprovação descritos em 12.8.4.

13.7 Ensaio de fator de segurança do instrumento

13.7.1 Objetivo

Verificar o atendimento ao requisito de erro composto igual ou superior a 10 % para o(s) enrolamento(s)
de medição de TC nas condições de corrente primária nominal multiplicada pelo fator de segurança do
instrumento e carga nominal especificada, conforme 7.3.2.

13.7.2 Procedimento e método de ensaio

A verificação do fator de segurança do instrumento é realizada pelo método indireto.

Com o primário aberto, o secundário deve ser energizado à frequência nominal, com tensão senoidal.
Qualquer um dos procedimentos (A ou B) pode ser utilizado;

a) procedimento A: a tensão deve ser elevada até que a corrente de magnetização Ie atinja o
valor Is × FS × 10 %;

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b) procedimento B: aplicar uma tensão correspondente à força eletromotriz limite de exatidão


e medir a corrente de excitação correspondente. O erro composto é então calculado como
a seguir:
Ie
Ec ( % ) = 100
FS × Is
onde

FS é o fator de segurança do instrumento;


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Ie é o valor eficaz da corrente de excitação;

Is é a corrente secundária nominal.

A força eletromotriz limite de exatidão é estabelecida e calculada conforme 3.2.4.

13.7.3 Critério de aprovação

Para o procedimento A, o valor eficaz da tensão obtida deve ser inferior à força eletromotriz limite de
exatidão. Para o procedimento B, a corrente de excitação, medida à tensão correspondente à força
eletromotriz limite de exatidão, deve resultar em um erro composto igual ou superior a 10 %.

13.8 Erro composto para as classes P e PR

13.8.1 Objetivo

Verificar se o TC atende aos requisitos de erro composto da classe de exatidão especificada para
a corrente-limite de exatidão.

13.8.2 Procedimento

Para TC com núcleos toroidais contínuos e enrolamentos secundários uniformemente distribuídos ou


porções de enrolamentos secundários tendo ainda um condutor primário centralizado ou enrolamento
primário uniformemente distribuído, sendo desprezíveis os efeitos do condutor de retorno primário,
os resultados devem ser obtidos utilizando o método indireto conforme 12.9.3.2.

Para TC que não satisfaça as condições anteriormente descritas, utiliza-se também o método indireto,
porém um fator de correção deve ser aplicado aos resultados, sendo o fator obtido de uma comparação
dos resultados dos ensaios direto e indireto, aplicados a um TC de mesmo tipo, com as mesmas
condições de carga e fator-limite de exatidão.

Neste caso, os certificados de ensaio para esta comprovação devem ser fornecidos pelo fabricante.

NOTA 1 O fator de correção é igual à relação entre o erro composto obtido pelo método direto e o valor
da corrente de excitação expresso como porcentagem da corrente secundária nominal multiplicada pelo
fator-limite de exatidão, como determinado pelo método indireto.

NOTA 2 A expressão “TC de mesmo tipo” implica que o ampère-espira é o mesmo, independentemente da
relação de transformação, e que os arranjos geométricos, materiais magnéticos e enrolamentos secundários
são idênticos.

13.8.3 Método de ensaio

O método de ensaio deve ser conforme 12.9.3.2.

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13.8.4 Critério de aprovação

O TC é considerado aprovado se o erro composto encontrado atender aos limites estabelecidos para cada
classe de proteção, conforme a Tabela 16, para a classe P, e conforme a Tabela 17, para a classe PR.

13.9 Característica de excitação

13.9.1 Objetivo
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Determinar as características de excitação do(s) núcleo(s) de proteção do TC.

Para todas as classes de proteção, deve-se traçar a curva de excitação, ou seja, tensão de excitação
secundária com primário aberto versus a corrente de excitação.

Adicionalmente, paras as classes PX e PXR, verificar o atendimento ao valor especificado para a força
eletromotriz nominal da f.e.m. limiar de saturação.

Para as classes PR e PXR, verificar o atendimento ao valor especificado para a constante de tempo
secundária nominal e para o fator de remanescência.

13.9.2 Procedimento

Para os núcleos especificados conforme a classe P, deve ser traçada a curva de excitação, conforme
13.11.3.1, de todas as relações garantidas para uma peça de cada lote, sendo as demais peças
verificadas por meio da medição do erro composto.

Para os núcleos especificados conforme a classe PX, deve ser traçada a curva de excitação, conforme
13.11.3.1, de todas as relações garantidas para uma peça de cada lote. As demais peças devem ser
submetidas à verificação da f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) e à medição da máxima corrente
de excitação (Ie).

NOTA 1 Para as classes P e PX, o levantamento da curva de excitação de todas as peças do lote pode ser
acordado entre o fabricante e o usuário.

NOTA 2 Para outras relações além da maior relação, a f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) e a máxima
corrente de excitação (Ie) podem ser calculadas por meio da relação de espiras, uma vez que Ek é diretamente
proporcional à relação de espiras e Ie é inversamente proporcional à relação de espiras.

EXEMPLO Com um TC de proteção com relações 2 000/1 000-5 A com os seguintes valores de Ek e Ie
para a relação de 1 000-5:

Ek 1 000-5 = 200 V e Ie 1 000-5 = 100 mA

Os valores de Ek e Ie para a relação de 2 000-5 podem ser calculados como a seguir:

Ek 2000-5 = 200× 2 000/1 000 = 400 V

Ie 2000-5 = 100 × 1 000/2 000 = 50 mA

Para os núcleos especificados conforme as classes PR e PXR, deve ser traçada a curva de excitação
de todas as relações garantidas para todas as peças, conforme 13.11.3.1. A partir da curva de excitação,
devem ser obtidos os valores da constante de tempo secundária e do fator de remanescência.

Adicionalmente, para a classe PXR, também deve ser verificada a f.e.m. limiar de saturação nominal
(Ek) e a medição da máxima corrente de excitação (Ie).

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13.9.3 Método de ensaio

13.9.3.1 Característica de excitação para as classes P e PX

Para o levantamento da curva de excitação, deve-se aplicar tensão senoidal à frequência nominal
aos terminais do enrolamento sob ensaio, estando o enrolamento primário e os demais enrolamentos
secundários abertos.

Devem ser medidos os valores eficazes da tensão aplicada e da corrente de excitação. Devido
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à natureza não senoidal das grandezas medidas, devem-se utilizar instrumentos de valor eficaz
verdadeiro com fator de crista ≥ 3.

A curva de excitação deve ser traçada pelo menos até a tensão correspondente a 110 % da f.e.m.
limiar de saturação nominal (classe PX) ou a 110 % da força eletromotriz limite de exatidão (classe P).
O número de pontos deve ser objeto de acordo entre o fabricante e o usuário.

Para a classe P, a curva traçada deve obrigatoriamente conter o ponto correspondente ao valor
da força eletromotriz limite de exatidão secundária, conforme 3.3.10.

Para a classe PX, a curva traçada deve obrigatoriamente conter os pontos correspondentes ao valor
da f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) e a 110 % de Ek.

A verificação da f.e.m. limiar de saturação nominal (Ek) consiste nas medições da corrente de excitação
para o valor de Ek e para 110 % de Ek.

É permitido realizar este ensaio em frequências inferiores à frequência nominal, corrigindo-se


os resultados para a frequência nominal.

13.9.3.2 Característica de excitação para as classes PR e PXR

O procedimento para o levantamento da característica de excitação para as classes PR e PXR deve


ser realizado de acordo com a ABNT NBR IEC 61869-2:2021, Anexo 2C.

13.9.4 Critério de aprovação

Para a classe P, a corrente de excitação medida à força eletromotriz limite de exatidão deve atender
aos requisitos do erro composto, conforme a Tabela 16.

Para as classes PX e PXR, para um incremento de 10 % da f.e.m. limiar de saturação nominal Ek,
o incremento da corrente de excitação deve ser ≤ 50 %.

Para as classes PR e PXR, o fator de remanescência (Kr) obtido a partir da característica de excitação
deve ser inferior a 10 %. Se for especificado um valor para a constante de tempo secundária, o valor
obtido a partir da característica de excitação não pode diferir mais do que ± 30 % do valor especificado.

14 Ensaios especiais
14.1 Tensão de circuito aberto

14.1.1 Objetivo

Determinar o valor da tensão de circuito aberto no secundário.

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Verificar a suportabilidade do enrolamento à tensão de circuito aberto especificada. Verificar, quando


aplicável, o correto funcionamento do dispositivo limitador de tensão.

14.1.2 Procedimento

O TC deve estar montado com todos os acessórios destinados a limitar o valor da tensão de circuito
aberto, se existentes, a menos que se deseje conhecer o valor desta tensão sem a influência destes
acessórios.
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O valor medido de tensão de circuito aberto pode ser consideravelmente menor que o valor real, se
a impedância do circuito de medição ligado aos terminais secundários não for extremamente alta,
ou se houver qualquer distorção na forma de onda da corrente senoidal.

Para corrigir essas condições, a medição deve ser feita com o circuito da Figura 23, de modo que
a relação v3/v2 (ver Figura 23) seja igual ou inferior a 2.

O valor de crista da tensão secundária de circuito aberto, v1 (ver Figura 23) deve ser medido com
voltímetro de crista de alta impedância, osciloscópio ou centelhador calibrado. Aumentar o valor da
corrente primária, gradualmente, de zero até a corrente térmica contínua nominal, ou até que o valor
da tensão atinja 3 500 V crista, aquele que ocorrer primeiro. Quando a tensão de circuito aberto não
exceder 3 500 V crista, essa tensão deve ser corrigida para desvios da corrente primária em relação
à forma de onda senoidal. A correção, de acordo com a Figura 23, é:

V3 V3
Vr = V1 , quando ≤2
V2 V2

onde

Vr é o valor de crista da tensão de circuito aberto corrigida;

V1 é o valor de crista da tensão secundária medida, usando indicador de crista de alta impedância,
com chave CH1 aberta (ver Figura 23);

V2 é o valor instantâneo da tensão medida pela impedância mútua no instante de crista da tensão
induzida do TC. Essa leitura corresponde, no osciloscópio, ao menor “dip” (descontinuidade),
com a chave CH1 aberta (ver Figura 23);

V3 é o valor de crista da tensão medida pela impedância mútua, com a chave CH1 fechada (ver
Figura 23).

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Figura 23 – Circuito de ensaio para medição da tensão de circuito aberto

14.1.3 Método de ensaio

Este ensaio é realizado aplicando-se uma corrente de valor igual à corrente nominal vezes o fator
térmico, com frequência nominal, ao enrolamento primário, com o enrolamento secundário sob ensaio
em aberto, estando os demais enrolamentos curto-circuitados por 1 min. A tensão a que ficar submetido
qualquer enrolamento secundário nestas condições deve atender aos requisitos de 6.1.6.

Quando a tensão de secundário aberto exceder o valor de crista de 3 500 V, os enrolamentos


secundários devem ser equipados com dispositivos limitadores de tensão. O dispositivo limitador de
tensão deve ser capaz de suportar a condição de operação com o secundário aberto durante 1 min,
sem danificar o enrolamento secundário. O dispositivo limitador pode ser substituído após esta
condição anormal.

Este ensaio não pode ser realizado quando o valor de Ek (classes PX ou PXR) ou da tensão-limite de
exatidão (classes P ou PR) tiver o seu valor de crista superior a 3 500 V.

O circuito para medição de tensão de circuito aberto é representado na Figura 23.

14.1.4 Critério de aprovação

O valor da tensão de circuito aberto para cada enrolamento secundário deve atender aos requisitos
de 6.1.6.

O enrolamento deve suportar a aplicação da tensão de circuito aberto durante 1 min, sem quaisquer
danos aos enrolamentos secundários.

Os erros de relação e defasagem medidos após o ensaio de tensão de circuito aberto devem
permanecer dentro da classe de exatidão especificada.

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Anexo A
(informativo)

Exemplo de folha de dados técnicos garantidos


Transformadores de corrente
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Modelo
Uso (interno ou externo)
Aplicação (Exemplo: medição de faturamento, medição operacional,
proteção)
Meio isolanet
Temperatura ambiente, nínima/máxima (°C)
Altitude de operação (caso seja superior a 1 000 m.a.n.m.)
Tensão nominal do sistema (kV, eficaz)
Níveis de isolamento nominal
Tensão máxima do equipamento, Um (kV, eficaz)
Tensão suportável à frequência industrial (kV, eficaz)
Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (kV, crista)
Frequência nominal (Hz)
Corrente(s) primária(s) nominal(is), Ip (A)
Corrente(s) secundária(s) nominal(is), Is (A)
Classe(s) de exatidão
Secundário 1
Secundário 2, se aplicável
Secundário 2, se aplicável
Secundário 3, se aplicável
Secundário 4, se aplicável
Secundário 5, se aplicável
Secundário 6, se aplicável
Fator térmico, Ft
Corrente térmica nominal de curta duração, It (kA, eficaz/duração em s )
Corrente dinâmica nominal, Id (kA, crista)
Distância de escoamento específica mínima a Um (mm/kV) – somente
para uso externo
Terminais primários (formato e material)
Acessórios (em caso de necessidade, listar os acessórios, como conector
de aterramento, conector de linha etc.)

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR 5034, Buchas para tensões alternadas superiores a 1 kV

[2]  ABNT NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos

[3]  ABNT IEC/TR 60815, Guia para seleção de isoladores sob condições de poluição
Documento impresso em 27/05/2021 17:51:26, de uso exclusivo de CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A.

[4]  IEC 60660, Insulators – Tests on indoor post insulators of organic material for systems with
nominal voltages greater than 1 000 V up to but including 300 kV

[5]  IEC 60721 (all parts), Classification of environmental conditions

[6]  IEC 61109, Insulators for overhead lines – Composite suspension and tension insulators for a.c.
systems with a nominal voltage greater than 1 000 V – Definitions, test methods and acceptance
criteria

[7]  ABNT NBR IEC 61869-1, Transformadores para instrumento – Parte 1: Requisitos gerais

[8]  ABNT NBR IEC 61869-2, Transformadores para instrumento – Parte 2: Requisitos adicionais
para transformadores de corrente

[9]  IEEE C57.13, IEEE Standard requirements for instrument transformers

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