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2011
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Covilhã, 2011
F ICHA T ÉCNICA
Título: Origem divina e fonte humana do poder civil
em Guilherme de Ockham: Emergência da Liberdade
Autor: António Rocha Martins
Colecção: Artigos L USO S OFIA
Design da Capa: António Rodrigues Tomé
Composição & Paginação: Filomena S. Matos
Universidade da Beira Interior
Covilhã, 2011
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da espécie humana; como tal, essa oposição não pode servir como
critério de demarcação entre o natural e o teológico. Evidencia-se
uma direcção à suficiente autonomia do poder real, mas a fonte hu-
mana (independência do poder) não rejeita a origem divina (potes-
tas a deo). O mesmo pode dizer-se de conceitos como seculariza-
ção (laicidade), racionalidade, diferenciação, soberania, e outros,
os quais comportam indeclináveis expressões medievais11 .
Efectivamente, se é verdade que a Idade Média não produz pro-
priamente uma teoria política (no sentido moderno do termo)12 ,
é também verdade que a partir de um certo momento (especial-
mente a partir do século XI), as questões crescentes relativas às
relações concretas da Igreja com o mundo vão repercutindo um
âmbito político (mesmo negativamente), estranho/exterior à Igreja,
a partir do qual era muito difícil compreender as exigências do
direito divino13 . E, portanto, embora de modo negativo (i. e., a
11
Só uma reflexão geral e abrangente de toda a história medieval poderá de-
terminar com rigor o alcance e limites de tais conceitos. Sobre isso, veja-se:
Jürgen MIETHKE, Las ideas políticas de la Edad Media, pp. 211-212; Philippe
NEMO, Histoire des idées politiques dans l’Antiquité at au Moyen Âge, Paris,
Puf, 1998, pp. 974ss. P. Nemo recorda ter sido em França que primeiramente se
fez sentir a necessidade de justificar a independência política do Estado nacional
face ao Império universal («o rei de França é imperador do seu reino»): Ockham
teria descuidado a soberania a favor da laicidade.
12
Cf. João Morais BARBOSA, «Introdução», in Álvaro Pais, Estado e Pranto
da Igreja (Status et Planctus Ecclesiae), vol. 1, Lisboa, INIC, 1988, p. 25.
13
O século XI não foi uma simples continuação da tradição, sem solução de
continuidade. Agora há a ideia de uma reforma geral da Igreja, que irá corporizar
um programa apoiado por movimentos monásticos de renovação, visando não só
libertar a Igreja de manipulações e abusos mas também reformular as relações
entre o espiritual e o temporal. O lema era a «liberdade» da Igreja ante quais-
quer intromissões externas. Sobre tal exigência de libertação da Igreja (libertas
ecclesiae), acompanhada da reformulação das relações entre os poderes, vejam-
se: Jürgen MIETHKE, Las ideas políticas de la Edad Media, pp. 38ss. Evelyne
PATLAGEAN; A. Paravicini BAGLIANI (et alii), «Les raports du Spirituel et
du Temporel. Évolution et remise en cause (1054-1122), in AA.VV, Histoire
du Christianisme, vol. 5: Apogée de la papauté et expansion de la chrétienté
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63
Cf. André de MURALT, L’unité de la philosophie politique. . . , p. 146:
«C’est chez Guillaume d’Occam qu’il faut chercher, non seulement le principe
des alternances contrairement extrêmes de la philosophie politique moderne,
mais aussi l’origine de la notion d’aliénation. Guillaume d’Occam en donne
la théorie explicite en la définissant à tous les niveaux auxquels elle peut se
réaliser, métaphysique, moral et politique».
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