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FLUÊNCIA DE LEITURA
A fluência de leitura é a capacidade de ler um texto com rapidez e precisão. Tem sido
repetidamente demonstrado que uma fluência de leitura insuficiente prejudica
significativamente a compreensão.
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Os cartões verdes destinam-se a alunos que, tendo já superado a maior parte das suas
dificuldades de leitura, desejam treinar ainda mais a sua fluência de leitura. Incluem,
predominantemente, palavras pouco frequentes e treinam, ainda, diferentes realizações
fonológicas dos mesmos grafemas.
Os alunos que apresentam maiores dificuldades de leitura podem, pois, começar por
utilizar as listas que encontram nos cartões azuis, passando depois para os amarelos e,
finalmente, para os verdes.
Os alunos deverão ser capazes, no final do 4.º ano, de ler corretamente, num minuto, um
mínimo de 95 palavras de uma lista de palavras de um texto apresentadas quase aleatoriamente
e um texto de cerca de 125 palavras (cf. Descritor LE4: 6.2.).
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Inês Sim-Sim e Fernanda Leopoldina Viana, Para a Avaliação do Desempenho da Leitura, Gabinete de
Estatística e Planeamento da Educação, 2007.
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5.1 Ler corretamente, por minuto, um mínimo de 110 palavras, de uma lista de
palavras de um texto, apresentadas quase aleatoriamente.
5.2 Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma velocidade de leitura de,
no mínimo, 140 palavras por minuto.
Assim, os cartões cor de laranja contêm listas de 110 palavras retiradas de textos do
Programa e Metas Curriculares e/ou do Plano Nacional de Leitura. Os cartões vermelhos, por
sua vez, incluem textos de cerca de 140 palavras retirados, na quase totalidade, do corpus
textual do Programa e Metas Curriculares de Português do Ensino Básico.
Bibliografia
Carvalho, Anabela de Oliveira Duarte da Cruz; Pereira, Marcelino Arménio Martins (2009), “O Rei: um
teste para avaliação da fluência e precisão da leitura no 1º e 2º ciclos do ensino básico”, in Psychologica,
n.º 51, Imprensa da Universidade de Coimbra, pp. 283-305.
Gonçalves, Maria Dulce (2011), Avaliação da fluência de leitura oral e dificuldades na aprendizagem:
aplicações clínicas e educacionais, Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa.
Lynn S. Fuchs; Douglas Fuchs; Michelle K. (2001), “Oral Reading Fluency as an Indicator of Reading
Competence: A Theoretical, Empirical, and Historical Analysis”, in Scientific studies of reading, Peabody
College of Vanderbilt, University of Washington, pp. 239-256.
Sim-Sim, Inês; Viana, Fernanda Leopoldina (2007), Para a Avaliação do Desempenho da Leitura,
Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, MEC.
Stanovich, K. E. (2000), Progress in understanding reading: Scientific foundations and new frontiers,
New York, Guilford.
O registo da avaliação do desempenho dos alunos, na leitura das listas de palavras e dos
textos fornecidos, pode ser operacionalizado em modos muito diversos.
Apresentamos, seguidamente, uma grelha muito simples, que pode servir de base a esse
instrumento de registo da avaliação dos alunos.
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Nome do aluno:
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Ideias e sugestões para outras atividades, com recurso aos cartões para
diagnóstico, desenvolvimento e avaliação da fluência de leitura
2. Registar famílias de palavras (O professor seleciona palavras das listas e pede aos alunos
que, a partir delas, construam famílias de palavras. Os alunos registam essas famílias de
palavras, individualmente ou em grupo.)
5. Enunciar as ideias transmitidas por uma palavra pouco frequente encontrada numa
das listas de palavras (O professor fornece uma lista de palavras e os alunos enunciam,
individualmente ou em grupo, os sentimentos, ideias, sensações que uma palavra de uso
menos frequente lhes transmite.)
6. Registar uma chuva de ideias a partir de uma palavra de uma das listas de palavras (O
professor fornece uma palavra de uma das listas e os alunos vão dizendo o que essa palavra
lhes faz lembrar. O professor vai registando no quadro as ideias dos alunos e, no final,
poderá solicitar, por exemplo, a escrita de um texto.)
7. Escrita criativa:
- Escrever textos narrativos, selecionando palavras de uma lista de palavras;
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- Escrever um texto informativo, por exemplo, utilizando palavras de uma ou mais listas de
palavras.
8. Dramatizações (O professor seleciona um grupo de palavras de uma lista e divide a turma
em grupos. Cada grupo de alunos ficará com um grupo de palavras e deverá imaginar uma
história que inclua essas mesmas palavras para posterior dramatização.)
10. Descobrir o intruso (O professor seleciona, por exemplo, palavras da mesma classe
gramatical e uma de uma classe gramatical diferente. Os alunos terão que, em grupo ou
individualmente, identificar o intruso.)
12. Ditados “a correr” (O professor lê em voz alta algumas palavras de uma lista de palavras e
os alunos escrevem-nas. O objetivo é não incorrer em erros ortográficos.)
14. Sinónimos/Antónimos (O professor seleciona palavras de uma ou mais listas e pede aos
alunos que, a partir delas, indiquem os respetivos sinónimos e/ou antónimos. O professor
vai indicando as palavras ao aluno ou grupos de alunos, que terão que pensar nos respetivos
sinónimos e/ou antónimos.)
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