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CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR – UNIREDENTOR - AFYA

PSICOLOGIA

ANA CAROLINA LAZZARONE DE ALMEIDA

CANDOMBLÉ

Itaperuna

2023
ANA CAROLINA LAZZARONE DE ALMEIDA

RESENHA CRÍTICA - CANDOMBLÉ

Trabalho apresentado a disciplina


de Fundamentos
Socioantropológicos da
Psicologia, como parte dos
créditos de avaliação.

Itaperuna

2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ______________________________________________________4
DESENVOLVIMENTO_________________________________________________5
CONCLUSÃO _______________________________________________________7
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS_______________________________________ 8
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho consiste em uma resenha crítica sobre a religião afro-brasileira


Candomblé. Embora seja uma prática espiritual significativa para muitos brasileiros, o
Candomblé ainda é alvo de preconceito e estereótipos negativos em toda a sociedade.
Nesse contexto, a pesquisa tem como objetivo explorar e compreender a história, as
práticas religiosas e a importância cultural do Candomblé, destacando a riqueza
espiritual e as tradições associadas a essa religião.
2 DENSENVOLVIMENTO

O termo Candomblé tem origem banta, tendo como raiz o quimbundo, kiamdomb
ou quicongo ndombe, ambos significando "negro", tornam-se sinônimo e referência
genética de diferentes expressões de religiosidade de matriz africana, exceção feita
a Umbanda cuja origem intensamente sincrética a situa em outra categoria de
estudo e observação.

Datar a origem do candomblé é algo complexo por ser uma religião baseada na
tradicional oral e não sistêmica, assim, não existem registros de quando se originou
a religião. Porém, estudos de historiadores acreditam que o candomblé é uma
evolução de mitologias dos povos Iorubá, assim que os negros chegaram no Brasil,
no início do século XVI.

Iorubá é o nome de uma das maiores etnias do continente africano em termos


populacionais. Na verdade, o termo é aplicado a uma coleção de diversas
populações ligadas entre si por uma língua comum de mesmo nome, além de uma
mesma história e cultura.

A mitologia ou a religião Iorubá também não possuem registros sobre a origem local
e onde começaram os cultos aos Orixás, mas sabe-se que seu epicentro foi o
território de Iorubalândia, em uma cidade chamada de e Ifé. Já sobre a cidade,
existem estudos arqueológicos que concluíram que a cidade foi erguida por volta
de 500 A. C.

Antes de qualquer abordagem é necessário lembrar que antigamente por conta da


repressão, os praticantes de religiões africanas para manter suas práticas se
utilizava esconder seus orixás atrás de Santos de igrejas católicas. Tal prática pode
explicar o constante julgamento errôneo de ligações dos orixás das matrizes
afrodescendentes até com santos de outra religião como, por exemplo, a católica.
Para a sociedades africanas de culto aos Orixás existem apenas um ser supremo,
criador de tudo que existe. Para essa sociedade existem apenas o céu e a terra, e
todas as pessoas quando morrem vão para o céu. Na visão africana, não existe,
como na europeia, o inferno ou outro lugar. Desta maneira para os africanos que
cultuam os orixás todos os seres estão salvos, em função da grande bondade da
criação. Neste olhar, também não é aceita a presença de outros seres que
competiriam com a força criadora, por isso não existe a figura do diabo ou satanás.

O candomblé é uma religião totalmente criada no Brasil que teve como base os
costumes trazidos da Nigéria pelos escravos do século XVI até XIX. Por isso é
denominada uma religião afro-brasileira na qual são feitas homenagens aos
antepassados com festas, comidas e outros objetos que o representam. Essa
religião não é uma religião que foi mudada no Brasil a partir dos costumes de outras
religiões, ela foi criada com novas liturgias e costumes. Essa migração de alguns
costumes tidos como base se chama diásporas, termo utilizado para definir culturas
entre outras coisas que pedem exílio por seus costumes. Sua liturgia durante as
festas foi montada no Brasil, apresentando uma similaridade com as da África.

A região do Candomblé trabalha os problemas da vida na terra, da felicidade dos


seres e da prevenção das forças da natureza neste mundo. Neste sentido são
religiões terrenas preocupadas com a conexão entre o passado, presente e futuro
dos seres da natureza na terra.

As divindades homenageadas nos rituais dos terreiros são antepassados queridos


que foram importantes para a existência dos adeptos do Candomblé no presente.
Nesta religião acredita-se nas energias e durante as homenagens são feitos
pedidos de revitalização das energias destes antepassados nos praticantes do
candomblé. Assim acontece o transe na incorporação da energia das divindades
celebradas nas pessoas que são iniciadas e fazem parte de famílias do terreiro.
Ao longo da história do Brasil, o Candomblé e outras religiões de matriz africana
enfrentaram um sério problema de preconceito e discriminação. Isso se deve em
grande parte ao racismo e ao eurocentrismo que prevaleceram na sociedade brasileira
por muitos anos. O Candomblé e seus praticantes foram frequentemente
estigmatizados, marginalizados e perseguidos.

E em respeito a esse povo foi criada a Lei 14.519/2023 de 5 de Janeiro de 2023 institui
o dia 21 de março como Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas
e Nações do Candomblé.

Essa data será lembrada como um símbolo marcante de resistência e perseverança


por parte das comunidades adeptas do axé, que têm enfrentado episódios contínuos
de intolerância religiosa e resistido, ao longo dos anos, à persistente perseguição
dirigida à sua fé.

A celebração, portanto, assume um significado importante como um ato de


reafirmação da identidade cultural e religiosa desses grupos, bem como uma denúncia
da injustiça e da discriminação que ainda prevalecem em nossa sociedade.

3 CONCLUSÃO

Em suma, a história do Candomblé é uma história rica e complexa de resiliência, fé e


luta contra séculos de preconceito. Desde a sua chegada ao país durante a era da
escravidão, o Candomblé sofreu discriminação e perseguição, mas sobreviveu como
expressão cultural e religiosa de grande importância para a comunidade afro-
brasileira. Ao longo de sua existência, o Candomblé resistiu ao estigma e aos
estereótipos e reivindicou seu lugar como uma parte importante da diversidade
religiosa do Brasil. Esperamos que à medida que mais pessoas aprendam sobre a
rica história e contribuição do Candomblé para a sociedade brasileira, avançaremos
em direção a um futuro mais inclusivo e respeitoso, onde todas as culturas sejam
celebradas e respeitadas.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Candomblé. Disponível em: <http://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/indice-


biografico/manifestacoes-culturais/candomble>. Acesso em: 1 set. 2023.

BANDEIRA, C. Dia das Tradições de Matrizes Africanas e das Nações de Candomblé


agora é LEI! – Tribo de Luz. Disponível em: <https://tribodeluz.com.br/dia-das-
tradicoes-de-matrizes-africanas-e-das-nacoes-de-candomble-agora-e-lei/>. Acesso
em: 2 set. 2023.

Candomblé. Disponível em: <https://www.significados.com.br/candomble/>. Acesso


em: 2 set. 2023.

ARAÚJO, P. E. Candomblé – origem, significado e funcionamento. Disponível em:


<http://www.afreaka.com.br/notas/candomble-origem-significado-e-funcionamento/>.
Acesso em: 2 set. 2023.

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