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A argumentação e a nomeação na

relação entre a língua mandarim e


a língua portuguesa: domínios
semânticos de determinação
Evelisie Alves
Maria Eduarda Ortega Miquelotto
UFSCar
 Livro: Argumentação e movimento de
línguas. Espaço de enunciação em São
Carlos, Fronteira Brasil/ Uruguai, Argentina
• Organização: Soeli Maria Schreiber da Silva
O LIVRO  Artigo do Livro: A argumentação e a
nomeação na relação entre a língua
mandarim e a língua portuguesa: domínios
semânticos de determinação
RESUMO

O artigo aborda a argumentação e a nomeação, relacionando o mandarim e a


língua portuguesa, a primeira nomeação apresentada é o Lin Ye Lin, do mandarim, a
primeira parte do nome é determinada pelo sobrenome do pai, a segunda pelo
número da gestação e a terceira é uma metáfora baseada pela relação de som e
escrita e sobrenome do pai. Esse processo enunciativo que nasce da nomeação da
criança, não é somente uma relação do ato de fala do pai, a identificação de um
indivíduo perante o Estado e a Sociedade recorta uma memorialidade no processo
social de subjetivação pelo nome. A segunda nomeação é TSAI YUN HSIEM, a primeira
parte é determinada pelo pai e diferente do primeiro exemplo a segunda e a terceira
parte recortam o memorável da natureza feminina, pela ótica do português Tsai Yun
Hsiem se transforma em Ângela, nomear com outro nome alguém em outro país
apaga a identidade de seu país de origem. Nesse processo de subjetivação da língua,
é transmitido o efeito de desidentificação na língua mandarim pelo memorável de
integração e assimilação que está nos direitos linguísticos.
LIN YE LIN
• LIN: determinada pelo sobrenome do pai
• YE: determinada pelo número da geração
A PRIMEIRA • LIN: determinada na relação como
NOMEAÇÃO sobrenome do pai e na metáfora
som/escrita
o Processo de subjetivação pelo nome
TSAI YUM HSIEM
• TSAI: determinada pelo sobrenome do pai

A SEGUNDA • YUM e HSIEM: recortam o memorável da


natureza feminina, determinado pela
NOMEAÇÃO hiponímia “ter virtudes de menina”
o Alteração na língua portuguesa: Ângela
• Desidentificação
TESE E CRÍTICA

A autora reflete sobre a forma como um nome em mandarim


pode perder seus traços culturais e de origem ao ser “traduzido”
para o português, sem que sua história e significação sejam
considerados fatores de importância no momento da
“tradução”
Ao mostrar que a mudança do nome do mandarim para o
português faz com que ele perca toda sua identidade de
origem, o autor crítica a falta de integração e assimilação do
mandarim na língua portuguesa e ao fato social de que uma
língua se sobrepõe a outra em determinado ambiente.
Conclusão

O artigo mostra como a língua portuguesa se sobrepõe ao mandarim no


contexto brasileiro, ela modifica os nomes em mandarim sem levar em
consideração sua história e origem e até mesmo seu meio de formação.
Como TSAI YUM HSIEM poderia ser considerado a mesma coisa que ANGELA
em um ambiente em que os dois não possuem significados ao menos
semelhantes. Dessa forma entendemos como o mandarim tem pouca
importância no contexto social brasileiro. Apesar de serem línguas diferentes,
ainda deveria haver um meio de integração da língua, mesmo que fosse
apenas levado em conta o significado do nome em mandarim para que ele
pudesse ser modificado na língua portuguesa. Sendo assim o texto contribui
para entender e analisar questões como a quebra de cultura e a
desvalorização de outra língua quando ela não representa um valor social e
econômico.

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