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Bibliologia

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• Bibliologia trata-se da área da Ciência Teológica que pesquisa a
Bíblia Sagrada. Buscando entender melhor os seus autores, o seu
tempo e os propósitos da escrita de cada Livro Sagrado.
• O alvo principal é fazer com que se conheça com profundidade
Bíblia Sagrada e tenha um grande potencial em defender e em
aplicar a nossa vida. Visto que, nesses fatores consolidam a
verdadeira fé cristã. É como disse o apóstolo Paulo “De sorte que
a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10: 17).
EVIDÊNCIA EXTERNA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

• A evidência externa não é de natureza subjetiva, é o testemunho público que


serve para atrair os homens à Palavra de Deus.
• Os artefatos arqueológicos e os documentos escritos.
• A Evidência do Testemunho de Cristo: Cristo não é uma figura mitológica,
mas é uma pessoa real, que existiu historicamente e que está relacionada à
historicidade dos documentos bíblicos, pois o Novo Testamento é, também,
um documento histórico onde estão registrados os ensinos de Cristo a
respeito da inspiração da Bíblia.
• A Evidência Profética: Outra grande evidência externa de inspiração das
Escrituras são as profecias bíblicas cumpridas.

• A Bíblia é o livro de maior disseminação e de circulação de todos os tempos,


suas tiragens já somam bilhões de exemplares
O MATERIAL DA
BÍBLIA
Um estudo sobre a composição dos diversos materiais para a
escrita da Bíblia no decorrer de quase dois milênios
INTRODUÇÃO
Segundo as religiões que têm a bíblia como palavra de Deus, a comunicação de
Deus com os homens deu-se em diversos veículos tais como: anjos; o lançar de
sortes, como o Urim e Turim; vozes audíveis; sonhos; porém era necessário
utilizar meios que pudessem horizontalizar essa comunicação, isto é, atingir um
número maior de pessoas, e com menos limitações. Sobre os seguintes
suportes, fora escrita a Palavra inspirada por Deus.
INTRODUÇÃO
H. H. Halley em seu Manual Bíblico, pp. 50 a 54, cita um dos mais famosos escritos
antigos, e sua importância para a história da escrita:
Código de Hamurabi
“Foi esta uma das mais importantes descobertas arqueológicas que já se fizeram.
Hamurábi, rei da cidade de Babilônia, cuja data parece ser 1792-1750 a.C., é
comumente identificado pelos assiriólogos com o “Anrafel” de Gên. 14, um dos reis
que Abraão perseguiu para libertar Ló. Foi um dos maiores e mais célebres dos
primitivos reis babilônios. Fez seus escribas coligir e codificar as leis do seu reino; e fez
que estas se gravassem em pedras para serem erigidas nas principais cidades.”
Tabletes de Argila Ou tabuinhas de barro, que eram usadas na antiga
Suméria, já em 3.500ª.C. No AT há referência delas
em Jeremias 17:13 e Ezequiel 4:1;

Pedras foram usadas na Mesopotâmia, no Egito e


na Palestina, por exemplo, o código de Hamurabi e
as pedras de Roseta. Na bíblia há citação de seu
uso em Êxodo 24:12; 32:15 e Deuteronômio 27:2,3;
PEDRAS

Foram usadas na Mesopotâmia, no


Egito e na Palestina, por exemplo, o
código de Hamurabi e as pedras de
Roseta. Na bíblia há citação de seu uso
em Êxodo 24:12; 32:15 e
Deuteronômio 27:2,3;
Pedras preciosas: como o ônix,
referidos em Êxodo 39:6-14;
METAL

Em lâminas de ouro,
cuja referência bíblica
encontra-se em
Êxodo 28:36;
CERA

Foi referida em
Isaías 8:1
MADEIRA

Tábuas, em
Habacuque 2:2.
Óstracos

Pedaços de restos
de azulejos e cascas
de crustáceos,
referidos em Jó 2:8;
Papiro

Foi usado na antiga Gebal, ou


Biblos, e no Egito por volta de
2100 a.C. Era obtido através da
prensa de cascas coladas. Desse
material faziam-se rolos. Foi
esse o material utilizado por
João, o discípilo de Cristo, para
escrever o Apocalipse.
Pergaminho

Surgiu pela primeira vez em Pérgamo, cidade


grega da Mísia, daí a origem do seu nome. O
uso desse material se expandiu devido ao
monopólio imposto pelos exportadores de
Papiro. Havia dois tipos: o pergaminho e o
velino, o primeiro era feito com o couro de
animais menores, como as ovelhas e cabras, e o
segundo com bois e antílopes, o que encarecia
o produto, diminuindo a sua utilização. Paulo
se refere ao pergaminho em 2Timóteo 4:13;
A palavra códice vem do latim “codex”, que designava
primitivamente um bloco de madeira cortado em várias folhas
OS CÓDICES ou tabletes para escrever. O códice era formado de várias folhas
de papiro ou pergaminho sobrepostas e costuradas. Estes
códices começaram a substituir os primitivos rolos no segundo
século A.D. A afirmativa de que as comunidades cristãs,
começaram a usar os códices nas igrejas, para diferençar dos
rolos, usados nas sinagogas, pode ser verdadeira, levando-se em
conta o seguinte. Dos 476 manuscritos não cristãos descobertos
no Egito, copiados no segundo século A.D., 97% estão na forma
de rolo. Em contrapartida, dos 111 manuscritos bíblicos cristãos
dos primeiros 4 séculos da Era Cristã, 99 estão na forma de
códice.
As vantagens dos códices sobre os rolos, no caso dos
manuscritos bíblicos, são evidentes pelas seguintes razões:
• 1) Permitia que os quatro Evangelhos, ou todas as Epístolas
paulinas se achassem num livro:
• 2) Era bem mais fácil o manuseio do livro;
• 3) Adaptava-se melhor para receber a escrita de ambos os
lados, baixando assim o custo do livro;
• 4) A procura de determinadas passagens era mais rápida.
OS TIPOS DE ESCRITAS
Na antiguidade havia dois tipos distintos de escrita em grego:
I) O cursivo, escrita rápida, empregado em escritos não literários, tais como: cartas, pedidos, recibos. Neste tipo de escrita eram comuns as
contrações e abreviações.
II) O uncial, usado mais em obras literárias, caracterizava-se por serem as letras maiores e separadas umas das outras. Assemelhar-se-iam às nossas
letras maiúsculas.
Os manuscritos bíblicos apresentam estes dois tipos de escrita, porém, não nos devemos esquecer que os principais se encontram em letras unciais.
No início do século IX A.D., houve uma reforma na maneira de escrever e uma escrita com letras pequenas, chamadas minúsculas, era usada na
produção de livros. Letras minúsculas, economizando tempo e material, faziam com que os livros ficassem mais baratos e pudessem ser adquiridos
por maior número de pessoas.
Nos manuscritos bíblicos primitivos, normalmente, nenhum espaço era deixado entre as palavras e até o século VIII a pontuação era escassamente
usada. De acordo com J. Angus em História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, Vol, I, p. 39, somente no século VIII é que foram introduzidos nos
manuscritos alguns sinais de pontuação e no século IX introduziram o ponto de interrogação e a vírgula. Sentidos distintos têm surgido, quando uma
simples vírgula é mudada de lugar, como se evidencia da leitura da conhecida passagem: “Em verdade te digo hoje, comigo estarás no paraíso”.
Muitas outras passagens bíblicas podem ser lidas com sentido totalmente diferente ao ser mudada a sua pontuação como nos confirmam os
seguintes exemplos: “Ressuscitou, não está aqui.” “Ressuscitou? não, está aqui.” “A voz daquele que clama no deserto: preparai o caminho do
Senhor”; “A voz daquele que clama: no deserto preparai o caminho do Senhor.”

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