ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PUBLICA

COLÉGIO MILITAR TIRADENTES
(Lei Estadual nº 8.509 - 28/11/06 – Conveniado com a SEDUC)

Atividade avaliativa 4° período – Alunos participantes: Erick Juan Boaventura

Freire (10), Gabriel Rangel Correia de Jesus (11), Giovanna Manuela
Rodrigues Figueiredo (12).

1- A partir da leitura do artigo do jornal BBC “50 anos do AI-5: Os números por
trás do 'milagre econômico' da ditadura no Brasil”, disponível no link acima,
responda aos questionamentos. Artigo disponível em (2,0) (Gabriel - 11)

Link - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45960213

a) Explique o “milagre” econômico e o porquê dele ser contestado pelas

pesquisas históricas.

O dito “milagre econômico” durante a ditadura militar foi o crescimento

constante do PIB durante a primeira metade do período (1964-73).
Segundo dados do Banco Mundial, nesse ínterim o Brasil teve
elevadas taxas de crescimento do PIB, o PIB per capita teve passou
de U$261 em 1964 para U$1.643 em 1973, a taxa de crescimento
chegou a seu ápice em 1973, quando atingiu 14% de crescimento.
No entanto, esse grande crescimento é contestado em virtude
da sua insustentabilidade em longo prazo. O motor do crescimento
nessa época foi o investimento estatal em infraestrutura, o capital
estrangeiro e o intervencionismo, como os subsídios e a criação de
planos de atração de investimento para o Brasil. O grande problema
é que a máquina estatal era sustentada através de empréstimos pois
o crédito ainda era barato no período. Quando, em 1973, países
árabes exportadores de petróleo embargaram o ocidente, o preço do
petróleo aumentou sem precedentes, isso causou uma diminuição na
oferta de crédito.
Assim, com a rolagem da dívida externa (prática de emitir novos
títulos ou tomar novos empréstimos) havendo de ser feita a juros
altos, a dívida externa brasileira apenas aumentou a partir desse ano.
A segunda metade da ditadura também foi marcada pelo aumento da
inflação, que havia sido reduzida nos anos anteriores.
Outro fator utilizado para contestar o suposto milagre é o
aumento da desigualdade social. Em 1964, o 1% mais rico da
população detinha entre 15-20% de toda a renda do país. Em 1985,
30%. O aumento dos salários abaixo da inflação também é
 determinante para essa análise. Durante todo o período do “milagre”,
o poder de compra dos salários não acompanhou o aumento
generalizado dos preços, dessa forma a classe trabalhadora esteve à
revelia do crescimento econômico.

b) Quais justificativas combatem as afirmações sobre a quase inexistência de

corrupção durante a ditadura.
Sim, embora haja poucos casos reconhecidos de corrupção. Isso, na
verdade, é um indicativo da corrupção, pois confirma que os
mecanismos de fiscalização da corrupção tiveram sua atuação
restringida, que Polícia Federal, Ministério Público e o Judiciário
estavam sem poder. Ainda assim, mesmo que eventuais escândalos
viessem à tona, poderiam ser suprimidos pela censura.

2- Assista o vídeo sugerido, e explique o que foi o “milagre” econômico e suas

contradições. (2,0) (Erick – 10)
Link do vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=P716HiXDRCU
O milagre econômico foi uma época de mudança econômica no Brasil,
já que passava por um aumento no PIB brasileiro de 10,4%, a inflação
atingia seu menor índice após muito tempo, a indústria nacional se
desenvolvia grandemente e veio grandes obras de infraestrutura
como: a usina nuclear de Angra 1, a hidrelétrica de Itaipu, os vastos
projetos habitacionais e a rodovia Transamazônica. Mas por trás dos
números da economia, que era o que a ditadura queria que
acreditassem, havia um quadro de repressão e censura sistemática,
de corrupção generalizada e de uma política fiscal no qual anos
depois causaria uma grave crise econômica.

3- Assista o vídeo sugerido, e relacione o mesmo com o AI-5 (Ato Institucional),

e as consequências do mesmo para a busca da memória e verdade referentes
ao período pós Ditadura Civil-Militar.(3,0) (Giovanna – 12)
Vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=yKBc7S4tSfU&t=589s
O vídeo mostrado fala sobre a morte de pessoas que não
concordavam com a ditadura sendo mortos por agentes de repressão
e enterrados com nomes falsos ou como indigentes. Isso se relaciona
com o Ato institucional n°5 pois suas consequências foram a
repressão, o silenciamento e a dificuldade de acesso a informações,
pois as informações sobre a morte das vítimas só foram deixadas
abertas a público após 20 anos desse ocorrido e sobre violações de
direitos humanos durante esse período.