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De acordo com a Tabela 1, o efectivo dos estudantes tem evoluído consideravelmente em todo o país
nas instituições do ETP. Nota-se em particular um aumento da frequência da rapariga em 36,2% de
2015 a 2017. Em 2017 a percentagem global da rapariga situa-se em 45%.
Corpo docente: O gráfico abaixo, mostra o actual número de docentes do ETP e sua distribuição
pelo tipo de instituição.
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De acordo com a Tabela 2 pode-se observar que do total de 5.493 docentes, 2.880 possuem
algum tipo de formação psicopedagógica e os restantes não têm qualquer formação nesse
domínio.
Segundo a UNESCO, “o ensino e a formação técnica e profissional que prepara técnicos e trabalhadores
de nível médio são, particularmente, importantes para os países em desenvolvimento” (1996:116).
Todavia, a mesma fonte refere que a falta de recursos e custos relativamente elevados, duma formação
técnica de qualidade tornam, muito difícil o desenvolvimento deste sector, exactamente, nos países em
que ele é mais necessário. A formação profissional deve conciliar dois objectivos, designadamente, a
preparação para os empregos existentes actualmente e uma capacidade de adaptação a empregos que
ainda nem sequer podemos imaginar.
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RELAÇÕES ENTRE O MUNDO DE TRABALHO E O MUNDO DA FORMAÇÃO
Os principais motivos para criar e/ou manter o Sistema de Formação são, por um lado, que o
mundo de trabalho precisa de trabalhadores qualificados e, por outro, que as pessoas interpretam
este facto como que a boa formação aumenta as suas oportunidades de conseguir emprego ou
criar as condições para o auto-emprego. A convicção que esta interpretação é verdadeira,
impulsiona a estes a adquirir essa formação em sistemas reconhecidos no meio em que
pretendem empregar-se (porque estes sistemas outorgam qualificações válidas), provocando uma
interacção entre o mundo de trabalho e o mundo da formação, a qual pode ser descrita da forma
seguinte:
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Diagrama 1: Interacção entre os diferentes sectores na análise das necessidades da formação.
Um bom sistema de formação não é aquele que responde somente ao que a população pede,
senão aquele que oferece o que o meio (social e económico/produtivo) realmente necessita.
Em resumo:
Não se deve prestar atenção exclusivamente à população com desejos de adquirir tais
habilidades e construir tais conhecimentos, nem fazer somente o que os dois ou três
dirigentes pensem, mas sim, têm que se analisar as necessidades do conjunto de
intervenientes, dos quais cada tem os seus interesses particulares. Todos esses interesses
têm que ser conciliados antes de começar a elaborar programas de formação.
1. Conceitos básicos
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As Análises de Necessidades de Formação se fazem para confrontar as qualificações
requeridas para executar eficientemente as tarefas próprias dos distintos postos de trabalho
com aquelas que possuem as pessoas que pretendem ocupar esses postos. Isto faz-se com a
finalidade de determinar quais as qualificações iniciais ou complementares esses aspirantes
ainda necessitam atingir.
2. TIPOS DE ANÁLISES
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Figura 3: Diagrama ilustrando, hipoteticamente, análises sincrónica e diacrónica de uma situação (Fonte:
DINET, 2006).
Exemplo:
Os estudos sincrónicos ajudam a conhecer, com mais ou menos precisão, uma situação num
momento determinado, ainda que não se conheçam bem as causas dos problemas que se pretende
solucionar, é provável que se cometam novamente os mesmos erros que os causaram. Por isso, se
bem que o mais comum é fazer estudos sincrónicos (ou seja, uma análise dos factores que
intervém na situação actual), o mais correcto é fazer também estudos diacrónicos (uma análise da
evolução das situações ao longo do tempo), combinando, finalmente, os resultados dos dois tipos
de estudo.
3. ANÁLISE SECTORIAIS
3.1. Utilidade
As profissões não são exercidas pelas pessoas isoladamente, mas sim que se encontram
inseridas em algum sector de actividade económica determinado, dentro do qual essas
pessoas interagem com outras que exercem profissões iguais, similares ou totalmente
diferentes. O conhecimento claro dessas relações é de vital importância para definir
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programas de formação coerentes e flexíveis, para assim obter o máximo rendimento
possível dos investimentos no sistema de formação.
Exemplo:
Na identificação de uma profissão tem que se ter sempre em conta dois tipos de sectores:
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Em Moçambique, a denominação oficial, fixada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), é “Actividade
Económica”, mas é muito comum encontrar que o termo “sector” é usado no lugar do termo “actividade”, que é o
termo correcto. Neste texto, para evitar confusões, usa-se “sector de actividade económica” para abranger ambos os
conceitos.
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Em alguns países usam-se os termos: “sectores profissionais”, “famílias profissionais” e “campos profissionais”
com diferentes significados, enquanto que noutros usam-se somente uns ou outros indistintamente. Em Moçambique
ainda não se tem estabelecido alguma coisa no que respeita a este assunto e, por isso, neste texto não se entra em
detalhe sobre as diferenças e/ou similaridades entre esses conceitos. Uma das tarefas do Projecto da Reforma deverá
ser a elaboração duma proposta de definição e classificação de sectores, fam+ílias e/ou campos profissionais.
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exemplo: podem considerar-se como sectores profissionais: “manutenção e
reparação”, “administração”, “medicina”, “educação”, etc.) A identificação de uma
profissão dentro de um sector profissional é importante para determinar o “perfil
profissional” da pessoa que exerce essa profissão.
O perfil profissional é a lista de tarefas que uma pessoa deve estar em condições de
executar e/ou as habilidades e os conhecimentos que se requerem dela para poder
exercer uma profissão determinada a um nível de desempenho previamente
estabelecido.
Uma profissão fica, então, definida quando se localiza tanto no/s sector/es de actividade
económica, como no sector profissional dentro dos quais se exerce.
Exemplos:
As análises sectoriais, no que respeita à abrangência, são, pelo menos, de dois tipos
diferentes:
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2) Estudos intersectoriais são análises que se fazem para conhecer as necessidades de
formação em uma ou várias profissões ao longo dos diversos sectores de actividade
económica em que elas podem ser exercidas.
4ª Fase: Documentação
Apresentação do relatório
6. ANÁLISE OCUPACIONAL
Conceito
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As profissões não podem definir-se no abstracto, fazendo uma série de reflexões teóricas,
mas sim elas definem-se pela forma como se manifestam quando são exercidas pelos
trabalhadores na realidade concreta do mundo de trabalho. Devido ao facto de uma profissão
se torna visível num posto de trabalho, a análise de profissões faz-se, então, analisando
“ocupações”. Ocupação poderia definir-se como “o exercício duma profissão num posto de
trabalho específico”.
Uma profissão por vezes engloba vários postos de trabalho, cujos titulares realizam uma ou
outra das diversas combinações possíveis de tarefas como nucleares. As profissões, em
geral, são constituídas, teoricamente, a partir da reunião de uma gama variada de tarefas que,
na prática, correspondem a vários postos de trabalho e profissões.
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Os autores que preferem usar o termo “Análise funcional”, falam de funções e sub-funções. Deluiz (1997) explica
que o método utilizado na investigação dos processos de trabalho à análise funcional que procura identificar as
funções e sub-funções dos processos produtivos. A partir da identificação das funções/atribuições abrangentes que
caracterizam o processo de produção em cada área profissional, e que se distinguem pela natureza fundamental das
operações mentais ou das acções básicas nelas envolvidas, são definidas as sub-funções, actividades específicas,
geradoras de produtos ou resultados parciais dentro desses processos produtivos. Para cada sub-função componente
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Processo da Análise Ocupacional
Exemplo
A profissão “Mecânica de Bicicletas” não existe na CNPM. O processo para atribuir código e
denominação é o seguinte:
do processo produtivo de uma área profissional identificam-se as competências, habilidades e as bases tecnológicas
que irão integrar as matrizes de referência orientadoras da organização de módulos que compõem o desenho
curricular.
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2º Passo: Identificar as distintas obrigações que um trabalhador da profissão deve
cumprir no seu posto de trabalho
3º Passo: Identificar as distintas tarefas que comporta cada uma das obrigações
identificadas acima
As informações anteriores serão a base para o Relatório intitulado “Análise Ocupacional da Profissão X”.
Nota: As tarefas podem classificar-se em:
1) de “ fazer” (construir, furar, reparar, montar, etc.;
2) de “conhecimento” (listar, descrever, discutir, classificar, etc.) , ou
3) de “experiência” (visitar, atender, experimentar, etc.).
Cada nome de tarefa consiste num verbo no infinitivo, seguido dum objecto que recebe a
acção (ex.: “limpar os pratos”, “furar um pedaço de madeira”, “descrever um objecto”,
“visitar uma fábrica”, etc.).
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Nota: As tarefas podem classificar-se em:
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Tarefa 6.2: Limpar a mesa
Outras obrigações:
Respeitar as normas de higiene e segurança
Glossário
Para Zabala & Arnau (2014), a competência consistirá na intervenção eficaz, nos diferentes
âmbitos da vida, mediante acções nas quais se mobilizam, ao mesmo tempo e de forma
integrada, componentes atitudinais, procedimentais e conceptuais.
Descrição de tarefa: é uma descrição de uma unidade de trabalho (que contém um verbo e um
objecto que recebe a acção). Também chama-se “Tarefa” como uma atribuição típica de um
trabalho pelo qual um empregador ou cliente tem que pagar.
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7. COMPETÊNCIA PROFISSIONAL E SEUS MODELOS
No campo da Educação Técnico - Vocacional e nas universidades, um dos temas mais discutidos
nos últimos anos é o relativo às competências profissionais. Nem todos os países adoptam o
mesmo conceito. Cada um cria e implementa um modelo de competência profissional. O
conceito de competência surge em contextos distintos e o seu significado não é, exactamente, o
mesmo em todos os países. Há matizes diferentes segundo as diferenciadas concepções
filosóficas e os modelos específicos de competência profissional implementado em cada país.
Não existe um conceito único sobre o tema das competências, mas diversos enfoques que por seu
turno servem para ampliar e enriquecer os diferentes modelos de competência profissional. A
impressão que fica é a de que esses conceitos e classificações não são contraditórios, mas
complementam-se.
Se quiséssemos fazer uma síntese de todos os enfoques de competência profissional usados nos
diferentes países, poder-se-ia afirmar que a competência é a capacidade de um indivíduo,
definida e mensurada, envolvendo conhecimentos, habilidades/destrezas e atitudes necessários
para o desempenho efectivo em um contexto profissional. Aproximando este conceito ao de
Zabala & Arnau (2014), a competência pode ser definida como sendo a capacidade de um
indivíduo mobilizar, ao mesmo tempo e de forma integrada, conhecimentos, habilidades e
atitudes para resolver situações-problemas nos diferentes contextos da vida.
Da definição anterior, decorre que a actuação competente (intervenção eficaz), segundo Zabala
& Arnau (2014), compreende uma série de passos que terminam com uma acção concreta,
aplicando, de forma flexível e estratégica, competência/s aprendida/s noutros contextos (figura
6).
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SITUAÇÃO REAL QUE OBRIGA A INTERVIR E QUE LEVANTA
QUESTIONAMENTO FACE A UM PROBLEMA A RESOLVER
Análise da situação
Segundo o esquema acima, a actuação competente parte de uma situação-problema que obriga a
pessoa (profissional) a intervir para resolvê-la. Para tal, torna-se necessário analisar a situação
em toda a sua complexidade e, uma vez compreendido o seu alcance, selecciona-se o esquema
de actuação mais apropriado de entre aqueles disponíveis, ou seja, aprendidos anteriormente. O
passo seguinte consiste na aplicação do esquema de actuação seleccionado, composto por um
conjunto integrado de conhecimentos, habilidades e atitudes. A aplicação será, sempre, de forma
flexível e estratégica, já que cada situação é diferente e tem características próprias.
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“Nós Matamos o Cão Tinhoso” é obra literária de Luís Bernardo Honuana; que Ilha
de Moçambique foi a primeira capital de Moçambique; ou que símbolo de sódio é Na.
Os conceitos e os princípios são conteúdos de aprendizagem de carácter abstracto que
exigem compreensão. Por exemplo, o conceito de Romantismo, o de princípio de
Pascal, etc.
Procedimentos. Os conteúdos procedimentais consistem num conjunto de acções
coordenadas e finalizadas, isto é, dirigidas à consecução de um objectivo. Por exemplo, a
redacção de uma carta, a construção de um mural, o cálculo de uma potência, a
desmontagem e/ou montagem de um aparelho electrónico.
Atitudes. Os conteúdos atitudinais englobam valores, atitudes e normas. São princpipios,
condutas e pautas de comportamento. Todos estes conteúdos estão configurados por
componentes cognitivos, afectivos e de conduta. Exemplos de atitudes são a
solidariedade, a tenacidade ou respeito pelas outras culturas.
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competente, veremos que é imprescindível que seus componentes sejam aprendidos o mais
significativamente possível. Quanto mais significativa for uma aprendizagem, mais potente será
para ser aplicada numa maior quantidade de situações, incrementando assim a sua
funcionalidade.
Condições que propiciam aprendizagens significativas
O conhecimento científico proveniente das ciências que têm a aprendizagem como objecto de
estudo, assim como os mais recentes conhecimentos do âmbito das neurociências, permitem
estabelecer uma série de critérios para que as aprendizagens sejam o mais significativo e
funcional possível.
A aprendizagem será tanto ou mais significativa quando possibilita o estabelecimento de relações
substantivas e não arbitrárias entre os novos conteúdos e os conhecimentos o aluno já possui.
Produz-se, então, uma transformação, tanto no conteúdo que se assimila, como no que o aluno
estudante já possuía.
Para que esta vinculação tenha lugar, é necessário que se dê uma série de condições:
Apresentar os conteúdos novos de aprendizagem desde sua significatividade e
funcionalidade. Quer dizer, devem ter sentido e utilidade para o estudante.
Favorecer uma disposição positiva diante a aprendizagem, o que se relaciona com a
motivação com que estudante empreende o esforço cognitivo. Neste ponto, é
especialmente relevante o reforço positivo para gerar esta atitude favorável à
aprendizagem. Entre os factores que incidem na motivação, o significado que tem para os
estudantes aprender o que se lhes propõe (significado que depende do tipo de metas ou
objectivos), as possibilidades que acreditam ter de superar as dificuldades para o alcance
das aprendizagens propostas pelo professor/mestre (consideração que depende, em
grande medida, da experiência de saber ou não como enfrentar as dificuldades específicas
que encontrar), e o custo, em termos de tempo e esforço, necessário para alcançar as
aprendizagens perseguidas. Assim, o processo que conduz à maior ou menor atribuição
de sentido pessoal a uma aprendizagem parece vir determinado pelo interesse que o
estudante tem pelo conteúdo e a tarefa de aprendizagem, a percepção pessoal sobre sua
competência, a forma de apresentar o conteúdo e tarefa de aprendizagem que deve levar a
cabo, e o motivo pelo qual supõe que deve fazê-lo.
Velar pelo desenvolvimento de uma correcta auto-estima, auto-conceito e expectativas do
estudante diante o seu processo de aprendizagem. As experiências educativas e os
resultados destas condicionarão a atitude com que o estudante enfrentará o processo
educativo. O auto-conceito académico refere-se à representação que o estudante tem de si
mesmo como aprendiz, como pessoa dotada de determinadas características ou
habilidades para defrontar a aprendizagem num contexto instrucional. Por seu turno, a
auto-estima refere-se à avaliação afectiva que levamos a cabo de nosso auto-conceito em
diferentes componentes, isto é, como se valora e se sente a pessoa em relação às
características que se atribui a si mesma.
Partir dos esquemas de conhecimento e os conhecimentos prévios do estudante. O
conhecimento prévio é una condição indispensável da aprendizagem de competências, já
que as competências novas devem ser vinculadas com os esquemas de conhecimento que
o estudante já possui.
Situarmo-nos no nível de desenvolvimento do estudante. Só progridem os sujeitos que se
encontram num nível operatório próximo ao da noção que aprenderão (nível chamado
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intermédio já que está a meio caminho entre a ausência da noção e sua aquisição
completa).
Propor actividades que se situem na zona de desenvolvimento próximo do estudante, que
é a distância entre o nível real de desenvolvimento, determinado pela capacidade de
resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da resolução de um problema sob orientação de um adulto/mestre ou
com a colaboração de um companheiro mais capaz.
Facilitar a actividade mental do aluno necessária para levar a cabo o conflito cognitivo
que possibilite a aprendizagem. Sabemos que os sujeitos que não mostram nenhum
conflito progridem menos que os que tomam consciência das contradições entre os dois
esquemas (os novos e os anteriores) e buscam soluções de compromisso para superá-los.
Esta actividade mental passa, na maioria dos casos, pelas actividades directas de
observação, manipulação, contraste, análise, experimentação, etc.
Orientar para a reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem. Quer dizer, levar a
cabo processos metacognição, no final dos processos formativos. Pois aprende-se com
mais profundidade quando se é capaz de reflectir sobre o aprendido e como se tem
aprendido. Por outro lado, sabe-se que a memória é o que resta depois da reflexão.
Os seres humanos são curiosos por natureza, mas não estão bem dotados para a
reflexão: Si não são dadas as condições cognitivas adequadas, evitamos reflectir,
Zabala & Arnau (2014, 19), citando Willingham (2011).
Como se aprendem os factos, os conceitos, os procedimentos e as atitudes
Para além das condições gerais que foram expostas, para que as aprendizagens sejam o mais
significativas possível há que se ter em conta conhecimento sobre como se produzem as
aprendizagens dos diferentes componentes das competências e duma acção competente, segundo
a tipologia factual, conceptual, procedimental e atitudinal de seus componentes:
Aprendizagem dos factos: realiza-se mediante actividades de memorização e repetição
verbal dos conteúdos factuais, é imprescindível que se tenha compreendido o conceito
associado e que se realizem, posteriormente, actividades de reforço. É sabido que a
memória factual é diferente da memória episódica (o que temos presenciado
directamente). Podem-se memorizar factos a partir da repetição verbal, porém, esta
memorização não significa que lhes atribuímos significado. Em função da quantidade e
complexidade da informação, podemos utilizar, também, organizações significativas e e
associações entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios, pois é mais fácil
recordar traços díspares de informação se estão em interacção ou se relacionam entre si.
Aprendizagem de conceitos: requer partir de actividades complexas que promovam um
verdadeiro processo de elaboração e construção pessoal do conceito. O objectivo não é
que o estudante memorize, mas que compreenda de maneira significativa. Os conceitos
serão aprendidos a partir da superação de um conflito cognitivo, no qual se leva uma
dialéctica recíproca entre a aprendizagem implícita (os conhecimentos prévios do
estudante) e o explícito (o novo conhecimento a aprender). Uma vez construído o
conceito em um contexto determinado, será necessária a realização de actividades de
aplicação em outros contextos, para que seja possível a generalização conceptual e a
conseguinte capacidade de transferência. Por último, tem que se ter em conta a
aprendizagem de conceitos é ilimitada, já que sempre se pode ir avançando com o seu
aprofundamento, ao contrário do que ocorre na aprendizagem factual, que de tudo ou
nada.
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Aprendizagem de procedimentos: exigem um processo no qual intervém a observação, a
prática orientada ou guiada e a reflexão na prática. Para aprender procedimentos,
deveremos partir da observação de um modelo que represente as diferentes fases do
procedimento. Posteriormente, os alunos deverão realizar um trabalho sistemático de
exercitação orientada, em diferentes situações e contextos. É importante que as
actividades sigam uma ordem de dificuldade gradual e que contem momentos de prática
guiada pelo professor ou de outros companheiros. O processo deverá ser acompanhado de
uma reflexão correspondente sobre o desenvolvimento das diferentes acções e a
sequência terminará com actividades de trabalho independente, para favorecer a
autonomia do aluno na sua realização. Por último, a exercitação deverá complementar-se
a aplicação em diversos contextos, com a finalidade de desenvolver a capacidade de
transferência a situações diversas.
Aprendizagem de atitudes: o processo de aprendizagem destes conteúdos implica
elaborações complexas de carácter pessoal com vinculação afectiva. As atitudes
aprendem-se mediante processos que podem ser complementares ou antagónicos; em
função da coerência entre eles, as possibilidades de aprendizagem serão maiores. No
modelo, o aluno assume umas atitudes como reflexo ou imitação de alguém que lhe
merece admiração. Por seu turno, as actividades vivenciais induzem a actuar
regularmente com umas atitudes determinadas e mediante um processo reflexivo e de
assumpção pessoal, a partir de análises, o posicionamento, o estabelecimento de normas
de comportamento e o compromisso pessoal para o seu cumprimento. Em último conduz
à autonomia moral, isto é, a própria convicção, assumindo como própria esta atitude, e
não encaixar num grupo social ou imitar a outros.
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Em virtude de, em geral, os subsistemas de educação técnico - vocacional fazerem parte dos
sistemas educativos em muitas nações, os métodos de estudo da Educação Comparada são
válidos para o estudo comparado dos SETV. Neste sentido,
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apresentados em seu livro "How We Think. Segundo Dewey, quando queremos resolver o
problema, vamos determinar a validade das soluções propostas (hipóteses), comparando as
nossas previsões de eventos que já ocorreram. A verificação de hipóteses e a explicação dos
acontecimentos que ocorreram, fornece pistas que podem servir como um trampolim para a
acção. Segundo esta teoria, Holmes oferece os seguintes passos:
1. Formular o problema: é a fase em que o pesquisador ou especialista tem um problema mal
percebido e formula-o com a maior precisão possível, divide-o para melhor estudá-lo e observar
se ele se aplica sobre um plano universal. Chama-se a esta etapa “análise do problema”.
2. Formular políticas e hipóteses: O processo de análise do problema gera várias soluções
possíveis. Nesta fase, o pesquisador analisa várias hipóteses e as opções políticas que podem
ajudar a resolver o problema formulado. Estas suposições podem surgir a partir de discussões
sobre temas actuais em Educação. Os investigadores devem considerar os valores sobre os quais
são construídas as hipóteses e políticas possíveis e tratá-las cientificamente.
3. Prever resultados das políticas: Utilizando a etapa de reflexão de Dewey, Holmes afirma
que a avaliação de uma hipótese implica que as possíveis consequências em todas as situações
possíveis sejam consideradas e comparados com resultados reais.
4. Analisar o contexto físico e sócio-económico: Esta é a etapa da descrição de todas as
circunstâncias que podem ter potencial influência sobre o resultado de uma dada política. Para
isso, o pesquisador deve analisar três categorias de factores. Em primeiro lugar, factores
relacionados com o sistema normativo. A seguir os associados com a estrutura institucional.
Finalmente, os factores relacionados com o contexto geográfico, tais como terra, clima e recursos
minerais. Factores que se relacionam com o sistema incluem padrões normativos e valores de
uma sociedade, tais como crenças religiosas ou tradições, que têm uma influência sobre a atitude
e comportamento. Factores associados com a estrutura institucional correspondem a instituições
governamentais e sociais, como sistema económico, o que poderia pesar na decisão de políticas.
Factores relacionados ao contexto geográfico, entretanto, incluem o clima, recursos naturais e
condições físicas que possam afectar as políticas adoptadas. Estes factores geográficos não
devem ser subestimados, eles devem ser exaustivamente analisados, bem como outros factores, a
fim de trazer todas as possíveis consequências sobre a política estudada. Holmes constata que os
estudos de caso são de extrema importância na educação comparada por causa das suas
descrições contextuais que são necessárias para a formulação de previsões.
5. Prever as consequências da política: Esta etapa inclui todas as possíveis consequências
aplicadas em diferentes contextos. Holmes conclui que o processo de resolução de problemas
resulta da previsão e tenta empurrar o estudo da educação a nível científico, o que só é possível
através de uma análise cuidadosa dos problemas e dos contextos sociais.
24
sobre a relação da educação na sociedade. Neste contexto, a Educação Comparada tenta explicar
dois fenómenos: primeiro, a relação entre o sistema de ensino e instituições; e, o que liga o
ambiente escolar ao seu ambiente social. O estudo do primeiro fenómeno tem em foco a
formação, a organização, a supervisão, a administração e as finanças. Quando prestamos atenção
ao processo ensino / aprendizagem em vários países, aprende-se muito sobre a psicologia
educacional e psicometria. À medida que a Educação Comparada é usada no ensino, são
principalmente os professores, os administradores e os psicólogos escolares que participaram da
pesquisa para tentar compreender e melhorar o papel das escolas em termos de instrução. Este
ramo da Educação Comparada pode ser chamada de pedagogia comparada. Pelo contrário,
quando a Educação Comparada concentra a sua atenção fora da sala de aula e do sistema de
ensino, os temas de interesse e os dados recolhidos alargam-se no campo das ciências sociais,
que considera, às vezes, a Educação Comparada como um fenómeno social.
Noah e Eckstein (1969) concluem que a Educação Comparada está firmemente estabelecida
como uma área de pedagogia nas ciências sociais. Esses campos da Educação Comparada têm
dois elementos comuns. O primeiro é o interesse à forma e à função da escola e o segundo é a
utilidade de métodos empíricos e quantitativos.
De acordo com Noah e Eckstein, todas as propostas para a educação e a sociedade não precisam
ser tratados a nível transnacional. De acordo com dois tipos de validação só, a comparação a
nível transnacional é essencial. Eles ressaltam que algumas generalizações podem ser verificadas
através de dados provenientes de um único país, porque as mudanças não são suficientes num
único caso. Enquanto um teste se concentra no pressuposto de que existe relação entre a
centralização da administração escolar e desempenho dos alunos nacionais inevitavelmente
requer uma comparação a nível transnacional. Se nós só levarmos em conta apenas um caso, só
podemos fazer uma declaração limitada. Só no contexto de uma investigação transnacional é que
as propostas dentro de um estudo nacional podem ser generalizadas e refinadas. Se os resultados
de um país confirmam os de um outro país, então eles serão validados. Pelo contrário, se os
resultados de que outros países estiveram em conflito, o pesquisador é obrigado a rever ou
reconsiderar o problema estudado à luz de factores e casos adicionais a fim de aprofundar sua
compreensão do problema. Noah e Eckstein (1969) propõem a utilização de métodos empíricos e
quantitativos das ciências sociais. Eles sugeriram a formulação de hipóteses para verificar os
dados sobre o nível transnacional para oferecer um ensino comparativo baseado na ciência.
25
4. Selecção de estudos de caso: Esta etapa é a selecção cuidadosa de regiões comparáveis com
dados relevantes para o desenvolvimento de hipóteses. As áreas seleccionadas devem ser
analisadas e conter um número limitado de estudos de caso, para facilitar a gestão da pesquisa.
5. Recolha de dados: Esta etapa consiste na recolha de dados e deve ter em consideração a
acessibilidade, a relevância e a fiabilidade dos mesmos, as barreiras que poderiam impedir a
cooperação das várias fontes de informação e os problemas de comunicação em termos de
distância e de linguagem.
6. Manipulação de dados: Esta etapa consiste na comparação de dados quantificáveis e
sistematicamente organizados, de diferentes países.
7. Interpretação dos resultados: Nesta fase, devemos determinar a relação entre os dados
recolhidos, as suposições feitas e a importância dos dados para as conclusões.
26
Nº Aspecto a Brasil Portugal4
comparar
Os princípios descritos na constituição Os princípios que regem o sistema de Educação têm em
Técnico e Vocacional
Educativo/Educação do Brasil de 1988: A Educação é um conta o direito à Educação constitucional e da
Princípios gerais do
Técnico e Vocacional
2
Os principais objectivos são: Em primeiro lugar, os objectivos são:
- A compreensão dos direitos e das - A criação de um ambiente propício e harmonioso para o
responsabilidades do indivíduo, do desenvolvimento pessoal, que permita aos alunos de
cidadão, do Estado e das associações descobrirem seus interesses, suas atitudes e suas
comunitárias. habilidades de modo a que eles possam se desenvolver
Objectivos gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e
4
Consultar, igualmente o artigo de Liliana Rodrigues (2010) intitulado “Ensino Técnico Profissional em Portugal,
publicado na Revista da Faculdade de Educação.
27
Estrutura da Educação Profissional
5 Estrutura
curricular
6 Competências
fundamentais
7 Certificação
das
competências
8 Financiament
o
9 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
10 Duração dos
cursos
11
28
Nº Aspecto a Moçambique Brasil5
comparar
-Educação, cultura, formação e Os princípios descritos na constituição do Brasil de
Princípios gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional desenvolvimento humano equilibrado e 1988: A Educação é um direito para todos e é
inclusivo é direito de todos os responsabilidade do Estado e da família e deve ser
moçambicanos; encorajada pela sociedade. A educação deve favorecer o
-Educação é direito e dever do Estado; desenvolvimento pessoal, preparar os indivíduos a
-Promoção da cidadania responsável e cumprirem os seus deveres de cidadãos e dar-lhes as
democrática, da consciência patriótica e competências profissionais
dos valores da paz, diálogo, família e
ambiente;
-Promoção da democratização do ensino,
garantindo a uma justa e efectiva
igualdade de oportunidades no acesso e
sucesso escolar dos cidadãos;
1 -Organização e promoção do ensino,
como parte integrante da acção
educativa, nos termos da Constituição da
República, visando desenvolvimento
sustentável, preparando integralmente o
Homem para intervir activamente na
vida política, económica e social,
respeitando os direitos humanos,
princípios democráticos, cultivando o
espírito de tolerância, solidariedade e
respeito ao próximo e às diferenças;
-Inclusão, equidade e igualdade de
oportunidades no acesso à educação;
-Laicidade e o apartidarismo do SNE.
5
Consultar, também, “Estrutura do Sistema Educativo Nacional do Brasil” do Ministério da Educação do
Brasil, bem como “Relatório Final. Eixo Educação. In: Mapa da Educação Profissional e
Tecnológica do Brasil. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (Produto 7)” e
“Educação Profissional: Legislação Básica do MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
MÉDIA E TECNOLÓGICA (2001).
29
-Desenvolvimento das capacidades e da
30
Estrutura da Educação Profissional
5 Estrutura
curricular
6 Competências
fundamentais
7 Certificação
das
competências
8 Financiament
o
9 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
10 Duração dos
cursos
11
31
Nº Aspecto a Moçambique Portugal6
comparar
-Educação, cultura, formação e Os princípios que regem o sistema de Educação têm em
desenvolvimento humano equilibrado e conta o direito à Educação constitucional e da
Princípios gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional
6
Consultar, igualmente, o artigo “Ensino Técnico-Profissional em Portugal” de Liliana Rodrigues, publicado na
Revista da Faculdade de Educação em 2010.
32
-Desenvolvimento das capacidades e da
33
Estrutura da Educação Profissional
5 Estrutura
curricular
6 Competências
fundamentais
7 Certificação
das
competências
8 Financiament
o
9 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
10 Duração dos
cursos
11
34
Nº Aspecto a Moçambique Canadá (Québec)
comparar
-Educação, cultura, formação e
Princípios gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional desenvolvimento humano equilibrado e
inclusivo é direito de todos os
moçambicanos;
-Educação é direito e dever do Estado;
-Promoção da cidadania responsável e
democrática, da consciência patriótica e
dos valores da paz, diálogo, família e
ambiente;
-Promoção da democratização do ensino,
garantindo a uma justa e efectiva
igualdade de oportunidades no acesso e
sucesso escolar dos cidadãos;
1 -Organização e promoção do ensino,
como parte integrante da acção
educativa, nos termos da Constituição da
República, visando desenvolvimento
sustentável, preparando integralmente o
Homem para intervir activamente na
vida política, económica e social,
respeitando os direitos humanos,
princípios democráticos, cultivando o
espírito de tolerância, solidariedade e
respeito ao próximo e às diferenças;
-Inclusão, equidade e igualdade de
oportunidades no acesso à educação;
-Laicidade e o apartidarismo do SNE.
-Desenvolvimento das capacidades e da
Princípios pedagógicos do Sistema Educativo/Educação
35
- Erradicar o analfabetismo;
-Garantir a educação básica inclusiva a
todo cidadão;
Objectivos gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional -Assegurar a todo o cidadão o acesso à
educação e à formação profissional;
-Garantir elevados padrões de qualidade
de ensino e aprendizagem;
-Formar o cidadão com sólida
preparação científica, técnica, cultural e
física e elevada educação moral, ética,
cívica e patriótica;
-Promover o uso de novas TIC;
- Formar professores como educador e
profissional;
- Formar cientistas e especialistas
3 devidamente qualificados;
- Desenvolver a sensibilidade estética e
capacidade artística das crianças, jovens
e adultos educando-os no amor pelas
artes e no gosto pelo belo;
-Valorizar as línguas, cultura e história
moçambicanas;
-Desenvolver as línguas nacionais e a
língua de sinais, promovendo a sua
introdução na educação dos cidadãos;
-Desenvolver o conhecimento da língua
portuguesas como língua oficial;
-Promover o acesso à educação e
retenção da rapariga.
Estrutura da Educação Profissional
5 Estrutura
curricular
6 Competências
fundamentais
7 Certificação
das
competências
8 Financiament
o
36
9 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
10 Duração dos
cursos
11
37
Nº Aspecto a Moçambique África do Sul
comparar
-Educação, cultura, formação e
Princípios gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional desenvolvimento humano equilibrado e
inclusivo é direito de todos os
moçambicanos;
-Educação é direito e dever do Estado;
-Promoção da cidadania responsável e
democrática, da consciência patriótica e
dos valores da paz, diálogo, família e
ambiente;
-Promoção da democratização do ensino,
garantindo a uma justa e efectiva
igualdade de oportunidades no acesso e
1 sucesso escolar dos cidadãos;
-Organização e promoção do ensino,
como parte integrante da acção
educativa, nos termos da Constituição da
República, visando desenvolvimento
sustentável, preparando integralmente o
Homem para intervir activamente na
vida política, económica e social,
respeitando os direitos humanos,
princípios democráticos, cultivando o
espírito de tolerância, solidariedade e
respeito ao próximo e às diferenças;
-Inclusão, equidade e igualdade de
oportunidades no acesso à educação;
-Laicidade e o apartidarismo do SNE.
-Desenvolvimento das capacidades e da
Princípios pedagógicos do Sistema Educativo/Educação
38
- Erradicar o analfabetismo;
-Garantir a educação básica inclusiva a
todo cidadão;
Objectivos gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional -Assegurar a todo o cidadão o acesso à
educação e à formação profissional;
-Garantir elevados padrões de qualidade
de ensino e aprendizagem;
-Formar o cidadão com sólida
preparação científica, técnica, cultural e
física e elevada educação moral, ética,
cívica e patriótica;
-Promover o uso de novas TIC;
- Formar professores como educador e
profissional;
- Formar cientistas e especialistas
devidamente qualificados;
3 - Desenvolver a sensibilidade estética e
capacidade artística das crianças, jovens
e adultos educando-os no amor pelas
artes e no gosto pelo belo;
-Valorizar as línguas, cultura e história
moçambicanas;
-Desenvolver as línguas nacionais e a
língua de sinais, promovendo a sua
introdução na educação dos cidadãos;
-Desenvolver o conhecimento da língua
portuguesas como língua oficial;
-Promover o acesso à educação e
retenção da rapariga.
Estrutura da Educação Profissional
5 Estrutura
curricular
6 Competências
fundamentais
7 Certificação
das
competências
8 Financiament
o
39
9 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
10 Duração dos
cursos
11
40
Nº Aspecto a Moçambique Zimbabwe7
comparar
-Educação, cultura, formação e
Princípios gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional desenvolvimento humano equilibrado e
inclusivo é direito de todos os
moçambicanos;
-Educação é direito e dever do Estado;
-Promoção da cidadania responsável e
democrática, da consciência patriótica e
dos valores da paz, diálogo, família e
ambiente;
-Promoção da democratização do ensino,
garantindo a uma justa e efectiva
igualdade de oportunidades no acesso e
sucesso escolar dos cidadãos;
-Organização e promoção do ensino,
1 como parte integrante da acção
educativa, nos termos da Constituição da
República, visando desenvolvimento
sustentável, preparando integralmente o
Homem para intervir activamente na
vida política, económica e social,
respeitando os direitos humanos,
princípios democráticos, cultivando o
espírito de tolerância, solidariedade e
respeito ao próximo e às diferenças;
-Inclusão, equidade e igualdade de
oportunidades no acesso à educação;
-Laicidade e o apartidarismo do SNE.
-Desenvolvimento das capacidades e da
Princípios pedagógicos do Sistema Educativo/Educação
7
Explorar “Vocationalisation of Secondary Education in Zimbabwe:
a theoretical and empirical investigation” de CHARLES MUCHEMWA NHERERA (1994).
41
- Erradicar o analfabetismo;
-Garantir a educação básica inclusiva a
todo cidadão;
Objectivos gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional -Assegurar a todo o cidadão o acesso à
educação e à formação profissional;
-Garantir elevados padrões de qualidade
de ensino e aprendizagem;
-Formar o cidadão com sólida
preparação científica, técnica, cultural e
física e elevada educação moral, ética,
cívica e patriótica;
-Promover o uso de novas TIC;
- Formar professores como educador e
profissional;
- Formar cientistas e especialistas
3 devidamente qualificados;
- Desenvolver a sensibilidade estética e
capacidade artística das crianças, jovens
e adultos educando-os no amor pelas
artes e no gosto pelo belo;
-Valorizar as línguas, cultura e história
moçambicanas;
-Desenvolver as línguas nacionais e a
língua de sinais, promovendo a sua
introdução na educação dos cidadãos;
-Desenvolver o conhecimento da língua
portuguesas como língua oficial;
-Promover o acesso à educação e
retenção da rapariga.
Estrutura da Educação Profissional
5 Estrutura
curricular
6 Competências
fundamentais
7 Certificação
das
competências
8 Financiament
o
42
9 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
10 Duração dos
cursos
11
43
Nº Aspecto a Moçambique Malawi
comparar
-Educação, cultura, formação e
desenvolvimento humano equilibrado e
Princípios gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional
44
- Erradicar o analfabetismo;
-Garantir a educação básica inclusiva a
todo cidadão;
Objectivos gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional -Assegurar a todo o cidadão o acesso à
educação e à formação profissional;
-Garantir elevados padrões de qualidade
de ensino e aprendizagem;
-Formar o cidadão com sólida
preparação científica, técnica, cultural e
física e elevada educação moral, ética,
cívica e patriótica;
-Promover o uso de novas TIC;
- Formar professores como educador e
profissional;
- Formar cientistas e especialistas
3 devidamente qualificados;
- Desenvolver a sensibilidade estética e
capacidade artística das crianças, jovens
e adultos educando-os no amor pelas
artes e no gosto pelo belo;
-Valorizar as línguas, cultura e história
moçambicanas;
-Desenvolver as línguas nacionais e a
língua de sinais, promovendo a sua
introdução na educação dos cidadãos;
-Desenvolver o conhecimento da língua
portuguesas como língua oficial;
-Promover o acesso à educação e
retenção da rapariga.
5
Estrutura da Educação Profissional
6 Estrutura
curricular
7 Competências
fundamentais
45
8 Certificação
das
competências
9 Financiament
o
10 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
11 Duração dos
cursos
46
Nº Aspecto a Moçambique Botsuana
comparar
-Educação, cultura, formação e
Princípios gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional desenvolvimento humano equilibrado e
inclusivo é direito de todos os
moçambicanos;
-Educação é direito e dever do Estado;
-Promoção da cidadania responsável e
democrática, da consciência patriótica e
dos valores da paz, diálogo, família e
ambiente;
-Promoção da democratização do ensino,
garantindo a uma justa e efectiva
igualdade de oportunidades no acesso e
sucesso escolar dos cidadãos;
-Organização e promoção do ensino,
1 como parte integrante da acção
educativa, nos termos da Constituição da
República, visando desenvolvimento
sustentável, preparando integralmente o
Homem para intervir activamente na
vida política, económica e social,
respeitando os direitos humanos,
princípios democráticos, cultivando o
espírito de tolerância, solidariedade e
respeito ao próximo e às diferenças;
-Inclusão, equidade e igualdade de
oportunidades no acesso à educação;
-Laicidade e o apartidarismo do SNE.
-Desenvolvimento das capacidades e da
Princípios pedagógicos do Sistema Educativo/Educação
47
- Erradicar o analfabetismo;
-Garantir a educação básica inclusiva a
todo cidadão;
Objectivos gerais do Sistema Educativo/Educação Técnico e Vocacional -Assegurar a todo o cidadão o acesso à
educação e à formação profissional;
-Garantir elevados padrões de qualidade
de ensino e aprendizagem;
-Formar o cidadão com sólida
preparação científica, técnica, cultural e
física e elevada educação moral, ética,
cívica e patriótica;
-Promover o uso de novas TIC;
- Formar professores como educador e
profissional;
- Formar cientistas e especialistas
3 devidamente qualificados;
- Desenvolver a sensibilidade estética e
capacidade artística das crianças, jovens
e adultos educando-os no amor pelas
artes e no gosto pelo belo;
-Valorizar as línguas, cultura e história
moçambicanas;
-Desenvolver as línguas nacionais e a
língua de sinais, promovendo a sua
introdução na educação dos cidadãos;
-Desenvolver o conhecimento da língua
portuguesas como língua oficial;
-Promover o acesso à educação e
retenção da rapariga.
Estrutura da Educação Profissional
5 Estrutura
curricular
6 Competências
fundamentais
7 Certificação
das
competências
8 Financiament
o
48
9 Acesso à
Educação
Técnico-
Vocacional
(incluindo as
estatísticas)
10 Duração dos
cursos
11
Material de referência:
1. Estrutura geral do sistema educacional Brasileiro (7 páginas)
2. O Ensino Técnico-Profissional em Portugal: Revista da Faculdade de Educação:
Universidade da Madeira.
3. Mapa da Educação Profissional e Tecnológica do Brasil. Brasília: Centro de Gestão e
Estudos Estratégicos (Produto 7).
Obs.: Inclui informações breves sobre Alemanha, Inglaterra (Reino Unido), Canadá.
4. The Politics of Vocational and Technical Educational Curriculum: An analysis of
Implementation of Vocational and Technical Education in Zimbabwe: In Journal of
Education Research.
49
5. Portaria nº 699/2006, de 12 de Julho, Tabelas de Equivalências do Sistema Educativo
Português com os doutros países. Portugal.
6. Educação Profissional no Brasil, Origem e Trajectória - In Revista Vozes dos Vales:
Publicações Académicas.
NOVAS QUALIFICAÇÕES
50
Centros de avaliação de competências. exercício;
Menor desperdício (repetência); o sistema de registo de créditos e
Acumulação e transferência de créditos emissão de certificados dos níveis e
académicos, permitindo a mobilidade graus concluídos pelos candidatos da
de formandos; EP;
Facilidades do processo de ensino- O plano curricular das Escolas
aprendizagem: Profissionais criadas pelo Diploma
Salas de aulas; Ministerial nº 138/2003, de 31 de
Oficinas; Dezembro, quanto à duração dos cursos
Laboratórios; básicos (de 2 para 3), conformando-o
Bibliotecas. com a Lei nº6/2016, de 16 de Junho.
Formação de formadores e Gestores O Decreto nº31/2017, de 17 de Julho,
Regulamento do Fundo Nacional de
Educação Profissional, conformando-o
com a Lei da Educação Profissional no
tocante ao valor da contribuição das
empresas (0,65 ou 1% da folha de
salários?).
Unemployment
“The percentage of unemployed tertiary graduates in 2005 slightly exceeds the national unemployment
rate (17.5%). This does suggest that training is not providing graduates with competitive edge in the
employment market, i.e. there is a mismatch between what the workforce is offering and what
employers are looking for. In 2005 unemployment was evident at all levels of attainment and across all
areas of training as shown in Table 4”- Final Report of Botswana Training Authority (2010:p.33).
Government therefore commissioned a review of the 1972 Incomes Policy. The Revised Incomes Policy
was adopted in 1990. Some of the main features of this policy are that the private sector was allowed to
determine its wages guided by the need to become profitable. There was a recognition that the private
sector had now grown and needed to be de-linked from the government pay structure to encourage its
growth and competitiveness. The incomes policy, however, maintained minimum wages to protect
unskilled workers from exploitation by private sector employers. The parastatal sector was and is still
51
linked to the government pay scale, but, unlike in the past, it can determine its own pay structure in
between the top and bottom of the government pay scale (p:35).
16 Até1999, a UNESCO usava a terminologia TVE: Technical and Vocation Education, que traduziremos
para Ensino Técnico e Profissional, mas a partir do II Congresso Internacional sobre o Ensino Técnico e
Profissional, em Seul, e na 30º Sessão da Conferência Geral da UNESCO, em Paris, foi decidido
acrescentar a palavra Training, que traduziremos para Formação, ficando a designar-se TVET: Technical
and Vocation Education and Training, que entendemos como expressão abrangente de Ensino Técnico e
Formação Profissional.
Bibliografia:
52
4. OEI – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL (). Estructura Geral do Sistema,
Brasil. Educativo de Brasil
5. Garcia, A. de C., Dorsa, A. C. e Castilho, M. A. (2018). Educação Profissional no Brasil:
Origem e Trajectória: In Revista Vozes dos Vales: Publicações Académicas.
6. Gasperini, L. (1989). Moçambique: Educação e Desenvolvimento Rural, Roma: Edizioni
Lavoro/Iscos.
7. Mbozi, E. H. (s/a). Educação Comparada, Zâmbia: Universidade da Zâmbia.
8. Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural (2011). Plano Estratégico para o
Desenvolvimento do Sector Agrário 2011-2020, Maputo.
9. Ministério da Educação (2006). Portaria nº 699/2006, de 12 de Julho, Tabelas de
Equivalências do Sistema Educativo Português com os doutros países. Portugal.
10. Nherera, C. M. (1994). Vocationalisation of Secondary Education in Zimbabwe: a
theoretical and empirical investigation, London.
11. Pinto, A. S. (2015). Evolução e Caracterização do Ensino Técnico e Profissional em
Moçambique: Expectativas e Percepções, Lisboa.
12. Rodrigues, L. (2010). O Ensino Técnico-Profissional em Portugal: In Revista da Faculdade
de Educação. Portugal: Universidade da Madeira.
13. Cavanagh, D., Shaw, C. & Wang, L. (2013). Technical and Vocational Education and
Training, and Skills development for rural transformation: In Revisiting global trends in
TVET Reflections on theory and practice of UNESCO-UNEVOC.
14. Zabala, A. e Arnau, L. (2014). Métodos para a la enseñanza de las competências,
Barcelona, España: Editorial GRAÓ.
53