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Em referencia ao ponto acima, a luz da lei 14/91 de 11 de Maio, revogada pela lei 6/12

de 18 de Janeiro, Lei das Associações privadas de Angola, que regula o funcionamento das
ONGs, e a luz do artigo 48, da constituição da República de Angola, o funcionamento da
associação das Escolas Comunitárias tem baseado nos princípios da Lei conforme previsto
nos seus estatutos e regulamentos das ONGs.

Tem a sua principal missão o apoio ao desenvolvimento local/ comunitário através da


Educação e formação de habilidades para a vida, no seio das crianças, adolescentes, jovens e
seus familiares, a sua intervenção enquadra se no âmbito de apoio aos programas do
Governo, diminuir o elevado número de crianças fora do sistema normal de ensino, na
redução do analfabetismo e no combate a pobreza, contribuindo assim para uma governação
participativa e inclusiva que garante o desenvolvimento e o bem estar das famílias carentes
para o alcance dos objetivos sustentáveis, desta forma não deve ser enquadrado nos estatutos
das instituições privadas.

Com este objetivo a associação das Escolas Comunitárias, desde o inicio das suas
atividades de intervenção e apoio no sector da educação, visando a inserção da população
carente no sistema normal de ensino, desde 2011 à 2023 deu oportunidade de aceso ao Ensino
Primário trezentos e vinte e oito mil e novecentos e cinquenta e cinco alunos (328.955) de
iniciação á 6ª), sexta classe, dos quais 32.666 de iniciação e 296.289 da 1ª á 6ª classe, as
atividades são supervisionadas pelos Gabinetes Provinciais de Educação, Direções
Municipais de Educação a nível local, os relatórios de cada ano letivo são a avaliados,
aprovados e inseridos na base de dados do Ministério da Educação através dos Gabinetes
Provinciais. Conforme o mapa abaixo.

Níveis de 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020/ 2021/ 2022/ Total
ensino 2021 2022 2023

Iniciação 3.88
760 1.534 1.678 1.960 2.968 2.840 3.049 3.621 1.942 3.987 4.443 32.666
4
Ensino
17.382 19.152 19.946 21.234 20.886 22.679 27.341 29.215 3.122 36.557 37.645 41.130 296.289
prim.
Alfabeti 269 301 376 349 633 649 576 718 802 554 1.082 1.540 7.849

Total Geral
18.411 20.987 22.000 23.543 24.487 26.168 30.966 33.554 78.08 39.053 42.714 47.113 336.804

No mesmo ponto da alínea C, fala da realização das provas internas, esta atividade
foi realizada pelos coordenadores das referidas Escolas na medida em que se aguardava
pelo deferimento ou orientação do MED, por esta razão não foi considerado de acto
oficial por parte da organização nem tanto pelo MED.

3. Conclusões ref.
Os pontos constantes no número três (3) do Relatório de visita realizada pelo
Gabinete de inspeção e supervisão pedagógica, nos faz entender de que existe mau
interpretação do Diário da República IIIº Série nº 42 de 03 de Março de 2011, no seu
artigo 30º, nas alíneas b, e c, sobre as comparticipações, o que se refere na alínea d, do
relatório de visita em destaque, é importante realçar que as comparticipações
enumeradas no ponto em referencia não são de caráter obrigatório para os alunos.
Comparticipam apenas os pais e encarregados voluntários que entendem apoiar as
iniciativas das Escolas Comunitárias criadas nas comunidades, com objetivo de
melhorar as condições das mesmas. E os apoios das Escolas Comunitárias provem de
outros membros e parceiros resultantes dos serviços prestados pela organização.

Deste modo, Considerando que as Escolas Comunitárias são Escolas iniciativas


locais que atende os alunos nas suas zonas de difícil acesso, e a sua evolução é feita de
forma gradual, não podendo ser considerado como uma Escola privada. Assim sendo
não se trata de cobrança de emolumentos dos alunos nas Escolas comunitárias para fins
lucrativo do processo de ensino das crianças.

4. Recomendações / sugestões, ref.


Analisando minunciosamente os pontos recomendados do nº 4 do relatório em
referencia, em função do objetivo da solicitação de intervenção remetida no
Gababinente de sua excelência Senhora Ministra da Educação sobre o processo
dos exames dos alunos em causa, são considerados apenas os n.º 1,2,5 e 6, cujo as
informações relatadas recomendas as instituições e de trabalhar para solucionar a
situação dos alunos da 6ª da província do bengo com sereia a nossa carta dirigida ao
Gabinete da Senhora Ministra.

Quanto do nº 3 do mesmo ponto traz-nos uma informa sem fundamento, o


porquê a suspensão do processo de matriculas dos alunos das Escolas
Comunitárias no território Nacional? Uma vez que a organização tem vindo a
cumprir com as suas obrigações impostas no protocolo de parceria existente com
MED, neste lado e do outro lado o Ministério tem cumprido também com as sua
obrigaçôes do mesmo Protocolo através dos Gabinetes Provinciais e Direções
Municipais de educação, no que diz respeito ao acompanhamento e apoios
metodológico, as estruturas de inspecção e supervisão pedagógica a nível das
províncias tem acompanhado os serviços da organização com forme previsto no
protocolo de parceira.

Deste modo, AEC considera ainda que as relações protocolares obedecem a um


processo de avaliação periódica, através de encontros de balanço ou de forma de
relatórios, como espaços de avaliação e orientação por formas de melhorar quando se
regista irregularidade no cumprimento das matérias, findo o processo avaliativa e
outras medidas de adivertencias, correção e orientação nos termos da lei, é o momento
que se colocaria em causa a possibilidade de exercício das atividades da organização
no sector da educação e ensino.

Excelência, entendemos que por não haver factos de violação do Diário da


República IIIº Série nº 42 de 03 de Março de 2011, e do protocolo de parceria que
estabelece os princípios de relacionamento entre a organização com MED, que garante
o eficaz funcionamento e desenvolvimento no sector de educação tendo em conta o
número de crianças que a organização congrega e a recomendação previsto no nº 3 do
relatório síntese sobre a visita de averiguação realizada pelo Gabinete de inspecção e
supervisão pedagógica não está correcta, por isso pedimos que haja outro
posicionamento por parte de Vossa Excelência Senhora Ministra, para que juntos
continuamos a trabalhar para desenvolvimento do processo de educação e ensino das
comunidades.
OBJECTIVO DO RECURSO:
O presente recurso tem como objectivo:
1- Esclarecer e fundamentar sobre as recomendações e sugestões do relatório
da visita de averiguação realizada no dia 13 de 07 de 2023, pelo Gabinete
da inspecção e supervisão pedagógica,

2- Apresentar a Vossa Excelência Senhora Ministra que a organização


considera não saudável a recomendação e sugestão do nº 3 do relatório
síntese em referencia, tendo em conta que não existe qualquer violação do
Diário da República IIIº Série nº 42 de 03 de Março de 2011, o estabelecido
no protocolo de parceria com o Ministério da Educação;

3- A firmar que a organização tem cumprido com as orientações do MED,


através dos Gabinetes Províncias e Direcções Municipais da Educação
com forme previsto no protocolo de parceria.

Conclusões:
Excelência, tendo em conta dos objectivos plasmados no protocolo de parceria
que visa garantir o desenvolvimento do processo de Educação e ensino das
comunidades no sentido de promover uma educação de qualidade, em atenção os
desafios impostos pelo executivo Angolano no processo de ensino no país em especial
no ensino primário, politicas estas que alinham os planos de intervenção da associação
das Escolas comunitárias para concretização dos objectivos do executivo no sector da
Educação. Deste modo avaliando o posicionamento e sugestão do relatório sobre a
solicitação em causa entende se que é um facto de retrocidade dos projectos traçados e
aprovados a nível dos órgãos Provinciais em conjunto com a organização, por
enquanto que os objectivos coincidem na resolução dos problemas das comunidades
segundo a nossa opinião.

Nesta ordem de ideias concluímos o seguinte:

1- Que a Vossa Excelência Senhora Ministra da Educação para que possa


velar sobre as recomendações e sugestões reproduzidas no relatório síntese
em referencia com maior atenção o nº 3, para ser refletida no sentido de ser
anulado a hipótese de impedir as actividades de organização no sector, e
caso for verificado irregularidade por parte da ONG, que se convoque um
encontro de trabalho e orientação conforme orienta as normas protocolares
de forma consensual como previsto no nº 2 da clausula 5 do protocolo de
parceria de forma avaliativa.

2- Que a Vossa Excelência Senhora Ministra da Educação preste maior atenção


na organização através dos Governos Provinciais, sendo uma organização da
sociedade civil que tem como missão apoiar as famílias vulneráveis a nível
das comunidades e auxiliando o MED, nas politicas de desenvolvimento da
Educação no país, de formas que não apareça instituições ilegais, em nome
das Escolas Comunitárias, com objectivo de difamar e inviabilizar as
relações de trabalho da organização com MED, facto que levou nos solicitar
a intervenção de sua Excelência, na qualidade de gestara das politicas
educacionais em Angola.

3- Que o MED, através dos Gabinetes Provinciais, Direcçoes Municipais de


Educação, possa consultar o funcionamento e o cumprimento das obrigações
da organização previsto no protocolo e de mais legislações, para se inteirar
com mais profundidade sobre o contributo da organização no sector da
Educação e ensino;

4- Que haja maior controlo a nível do MED, através dos Governos Provinciais
sobres as instituições que funcionam em nome das Escolas Comunitárias
que têm sido confundido com as instituições criadas pela Associação das
Escolas Comunitárias no âmbito de sua intervenção nas comunidades, que
tem tido apoios do MED e outros parceiros, internacionais e Nacionais;

5- Que os órgãos do MED, trabalham em estreita colaboração com Associação


das Escolas Comunitárias, quando se verificar uma Escola Comunitária a
funcionar fora dos princípios estabelecidos nos diplomas legais,
nomeadamente lei 17/ 21 de 30 de Julho, lei 6/12 de 18 de janeiro, protocolo
de parceria existente entre AEC com o MED, e de mais instrumentos legais.

Excelência sem mais assunto, cientes de que o presente recurso merecerá maior
atenção, reiteramos os nossos melhores cumprimentos. Juntos para desenvolvimento.

Pelo que, Aguardamos deferimento.

Em Anexo vai: 1. A carta de solicitação de intervenção, 2. Relatório síntese


(GISP) oficio n° 3887/4ª/4.12/RE/2023 e outros documentos legais da
organização.

Luanda, aos 28 de Agosto de 2023

O Coordenador Geral

Neves Alberto Bunga

AEC-ASSOCIAÇÃO DAS ESCOLAS COMUNITÁRIAS, SEDE EM LUANDA, MUNICIPIO DE CAZENGA, DISTRITO URBANO DO HOJI--YA-HENDA,
BAIRRO MABOR, TEL.: 923 044 327, 939 210 242, 931 457 159
Facebook : Associação das Escolas Comunitária de Angola, EMAIL.:aec9616@gmail.com

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