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RELATÓRIO

2019

Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo

SANTO TIRSO

Área Territorial de Inspeção do Norte


ENQUADRAMENTO DA AÇÃO
No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia
promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação
profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação
do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da
iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação
com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de
escolaridade.
Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante
do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas
secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a
integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A
sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12
anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a
ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a
concretização deste objetivo.
Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências
consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos
Profissionais que tem como objetivos:

 Promover uma escola que se mobiliza e organiza para proporcionar uma educação inclusiva, para
todos e cada um, tendo como referencial da sua ação educativa o Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória;
 Apreciar os procedimentos de operacionalização do currículo e de avaliação e certificação das
aprendizagens de modo a aferir o impacto do percurso formativo dos alunos na inserção no mercado
de trabalho ou no prosseguimento de estudos.
 Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais;
 Verificar a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos
com vista à elaboração de propostas de alteração.

O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade


cursos profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à
avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas.
As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos
alunos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas.
Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e
contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da
formação profissional dos jovens.
A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e
no decurso da intervenção.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de
inspetores formula as seguintes considerações:

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1. O Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo, doravante designado por Agrupamento, situado na cidade
de Santo Tirso, no distrito do Porto, foi criado a um de abril de 2013, resultante da agregação do
Agrupamento de Escolas de Santo Tirso com a Escola Secundária de Tomaz Pelayo.
2. É constituído por vinte e um estabelecimentos escolares de ensino público - Escola Secundária Tomaz
Pelayo (Escola Sede), Escola Básica de Santo Tirso, três Jardins de Infância, cinco Escolas do Ensino
Básico do 1º Ciclo e onze Escolas Básicas com Jardim de Infância e ministra a educação pré-escolar, o
ensino básico, cursos científico-humanísticos e cursos profissionais e cursos de educação e formação
de adultos (EFA) de certificação escolar de nível secundário.
3. A população escolar é constituída por 2556 crianças/alunos/formandos, distribuídos por 137
grupos/turmas, dos quais 361 (19 grupos) na educação pré-escolar, 829 (44 turmas) no primeiro ciclo
do ensino básico, 243 (12 turmas) no segundo ciclo do ensino básico, 479 (21 turmas) no 3.º ciclo do
ensino básico, 159 (19 turmas) em cursos científicos-humanísticos do ensino secundário, 307 (15
turmas) os cursos profissionais de nível secundário de Técnico Administrativo, Técnico em Animação
de Turismo, Técnico de Apoio à Gestão, Técnico Comercial, Técnico de Eletrónica, Automação e
Computadores, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Informática-
Sistemas, Técnico de Manutenção Industrial-Eletromecânica, Técnico de Manutenção Industrial-
Metalurgia e Metalomecânica, Técnico de Mecatrónica, Técnico Programador de Informática, Técnico
de Secretariado e Técnico de Termalismo, e 178 (sete turmas) os cursos de educação e formação de
adultos. Salienta-se que, no momento, da população escolar, 18,97% frequenta em percursos
qualificantes e 12,01% os cursos profissionais.
4. O corpo docente é formado por 272 trabalhadores, dos quais 227 pertencem ao quadro e 45 são
contratados. O pessoal não docente é constituído por 80 trabalhadores: 11 assistentes técnicos, 66
assistentes operacionais e três técnicos superiores do Centro Qualifica.
5. As instalações e os equipamentos da Escola Secundária de Tomaz Pelayo, requalificadas por
intervenção da Parque Escolar, E.P.E., revelam-se modernizados e ajustados ao funcionamento dos
cursos profissionais ministrados. A componente de formação técnica do Curso de Técnico de
Termalismo (ciclo de formação 2016/17 a 2018/19) é ministrada nas instalações da Sociedade Termas
das Caldas da Saúde, S.A., com sede na Rua das Termas, Caldas da Saúde, Santo Tirso, por técnicas
desta entidade, mediante protocolo de cooperação celebrado com o Agrupamento, em 01.09.2016.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1.- Documentos Orientadores

1.1. O Agrupamento não integrou o projeto de autonomia e flexibilidade curricular dos ensinos básico
e secundário, no ano escolar de 2017-2018 (Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho).
1.2. O projeto educativo, aprovado em 3 de março de 2016, tem a vigência de três anos e vai ser objeto
de revisão com vista à introdução das medidas definidas e previstas nos Decretos-Lei n.º 54/2018
e n.º 55/2018, de 6 de julho, e na Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, nomeadamente as

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respeitantes ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, à Autonomia e Flexibilidade
Curricular, à Cidadania e Desenvolvimento e à Escola Inclusiva.
1.3. O documento em vigor não consagra prioridades e opções estruturantes de natureza curricular
para os cursos profissionais, propostas pelo Conselho Pedagógico, conforme previsto no artigo
19.º, na Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto. No entanto, este órgão já se pronunciou sobre o
assunto, em reunião realizada a 17 de julho de 2018, dedicada à discussão e aprovação dos planos
de estudos e demais orientações para o desenvolvimento do currículo no ano escolar 2018/2019.
1.4. A matriz curricular base dos cursos profissionais do 1.º ano não prevê qualquer disciplina de oferta
de escola, mas inscreve a disciplina de Educação Moral e Religiosa (EMR), como componente de
oferta obrigatória e de frequência facultativa. Todas as turmas do 1.º ano têm, no
semanário/horário, um tempo de 45 minutos para Assembleia de Turma, de frequência facultativa
para o formando e ocupando um tempo da componente não letiva do diretor de turma.
1.5. A implementação da componente de Cidadania e Desenvolvimento, para o 1.º ano, é feita através
do desenvolvimento de temas e projetos, no âmbito das diferentes componentes de formação,
disciplinas e unidades de formação de curta duração (UFCD) da matriz, sob a coordenação de um
dos professores da turma, de acordo com os domínios definidos no Anexo I, da Portaria n.º 235-
A/2018, de 23 de agosto.
1.6. O plano anual de atividades integra, no âmbito dos cursos profissionais, um conjunto de ações e
atividades devidamente programados ao longo do ano letivo tendo em vista concretizar objetivos
e metas definidas no projeto educativo vigente. Pela sua abrangência e direto envolvimento dos
formandos, assume especial importância a atividade “Mostra” que engloba exposições e trabalhos
em oficina, salas temáticas, experiências em laboratórios, sessões e palestras de orientação
vocacional.
1.7. O Regulamento Interno, que sofreu alterações em 29 de janeiro de 2019, com vista a acolher as
alterações introduzidas nos DL n.º 54/2018 e n.º 55/2018, de 6 de julho, e na Portaria n.º 235A/2018,
de 23 de agosto, ainda não define os procedimentos de substituição de UFCD de bolsa escolhida
pela Escola por outras constantes da bolsa do mesmo referencial de formação, em função do
percurso formativo pretendido e dos recursos disponíveis conforme previsto no n.º 2, do artigo
14.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto. Por outro lado, não contempla as regras de
funcionamento e a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas.
1.8. Este documento regimenta, em anexo, a organização e funcionamento dos cursos profissionais e
inclui os regulamentos da Formação em Contexto de Trabalho (FCT) e da Prova de Aptidão
Profissional (PAP).
1.9. O regulamento da FCT prevê o seu desenvolvimento em duas etapas, uma no início do 2.º ano (200
horas) e outra no final do 3.º ano (400 horas), mas não define de forma clara e inequívoca o regime
aplicável à sua operacionalização, nomeadamente, a definição da fórmula de apuramento das
classificações (parcelar e final), incluindo o peso relativo a atribuir às suas diferentes modalidades
ou etapas de concretização e os critérios de designação do orientador da FCT.
1.10. O regulamento da PAP não prevê, com detalhe, a calendarização de todo o processo mas inclui os
direitos e deveres de todos os intervenientes, os critérios e os trâmites a observar, pelos diferentes
órgãos e demais intervenientes, para negociação, aceitação e acompanhamento dos projetos, no
contexto da escola e no contexto de trabalho, o número de horas semanais, constantes do horário
dos formandos, para o desenvolvimento do projeto, os critérios de classificação a observar pelo júri
da PAP, a duração de referência de 60 minutos para apresentação pública da PAP, o modo de
justificação de falta à sua apresentação e a marcação de uma segunda data para o efeito, conforme
os normativos em vigor.

2.- Oferta Formativa e sua divulgação

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2.1. A oferta formativa está devidamente homologada e tem em consideração as necessidades dos
formandos e dos diversos setores de atividade empresarial e social e a adequabilidade das
instalações e equipamentos, bem como a proposta apresentada pelo Agrupamento, resultante de
reuniões realizadas com os serviços regionais da DGEstE, com a Câmara Municipal de Santo Tirso e
com os responsáveis do tecido empresarial.
2.2. O Agrupamento conta com os serviços de duas psicólogas as quais desenvolvem atividades de
orientação vocacional junto dos alunos que terminam o 3.º ciclo. Os cursos profissionais oferecidos
são divulgados junto da comunidade em geral, com convite aos pais e encarregados de educação
para participarem na Mostra que divulga o ensino profissional e temáticas complementares.
2.3. A divulgação da sua oferta formativa é efetuada com recurso a estratégias diferenciadas,
designadamente, através da comunicação social local e regional, página Web do Agrupamento na
Internet, distribuição de panfletos, participação em exposições e feiras profissionais e avisos
distribuídos junto da comunidade educativa concelhia.
2.4. Tendo em consideração o testemunho dos tutores das entidades onde se realiza a FCT e as ofertas
de emprego aos formandos recém-formados, evidencia-se o pleno reconhecimento da qualidade da
formação, concretizadas na sua assumida disponibilidade para manter as parcerias em
funcionamento no futuro. Contudo, o Agrupamento ainda não dispõe de mecanismos eficazes para
monitorizar novas exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais.

3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais

3.1. As turmas em funcionamento estão regularmente constituídas e validadas pela Direção de Serviços
da Região Norte da DGEstE.
3.2. Os cursos de Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores e de Técnico de Informática-
Sistemas constituem uma turma de 1.ºano, estando agregadas as disciplinas das componentes
sociocultural e científica.
3.3. Os critérios gerais para a elaboração dos horários das turmas dos cursos profissionais não estão
formalizados.
3.4. A distribuição da carga horária global pelos diferentes anos do ciclo de formação tem, no conjunto
dos três anos, um número total de horas igual ao previsto na matriz curricular, para as diferentes
disciplinas, para a área de integração e para a FCT, não excedendo as cargas horárias semanais.
Contudo, na maioria dos cursos profissionais, a carga horária diária, incluindo a FCT excede as sete
horas diárias.
3.5. As aulas de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido
para o almoço e este cumpre o tempo estipulado de uma hora.

4.- Formação em contexto de trabalho

4.1. O Agrupamento celebrou, previamente, protocolos com as entidades de acolhimento que


asseguram o desenvolvimento de atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil
profissional dos cursos frequentados pelos alunos.
4.2. Foi subscrito entre o Agrupamento e o formando um contrato de formação, o qual integra o plano
de trabalho individual. Todavia, na maioria dos planos, constam, apenas, a identificação do
formando, a designação da entidade de acolhimento, os objetivos específicos do curso e algumas
das atividades a desenvolver não se dando pleno cumprimento ao estabelecido nos normativos em
vigor, nomeadamente no que se refere ao conteúdo da programação e direitos e deveres dos
diferentes intervenientes.

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4.3. Os critérios de distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento da FCT, definidos pelos
diretores de curso (perfil, distâncias às respetivas residências e as exigências das entidades de
acolhimento), não estão aprovados nem formalizados.

5.- Serviço docente

5.1. O documento Organização do Ano Escolar a vigorar durante o ano letivo 2018/2019, aprovado pelo
conselho pedagógico, em 17 de julho de 2018 e ratificado pelo conselho geral, em 26 de julho de
2018, não contempla os critérios para a distribuição de serviço docente nos cursos profissionais.
5.2. Os diretores de curso são, simultaneamente, diretores de turma, pelo que não foram designados,
preferencialmente, de entre os docentes profissionalizados que lecionam as disciplinas/UFCD da
componente de formação técnica, conforme previsto nos normativos em vigor. Desta forma, poderá
estar em causa uma eficiente organização e coordenação das atividades a desenvolver na
componente de formação técnica, o acompanhamento e avaliação do curso, bem como a articulação
entre as diferentes disciplinas e componentes de formação em cada curso.
5.3. A designação dos professores orientadores e acompanhantes do projeto conducente à PAP e
professores orientadores da FCT respeita os normativos em vigor.
5.4. Os horários dos professores orientadores da FCT estão elaborados de modo a permitir as
deslocações às entidades de acolhimento durante o período em que se desenvolve aquela formação
para efetuarem o acompanhamento dos formandos.
5.5. Os horários dos formandos e dos docentes acompanhantes e orientadores do projeto PAP,
contemplam as horas semanais para a sua concretização, em conformidade com o previsto no
respetivo regulamento.
5.6. Nos últimos três anos, foram realizadas no âmbito do ensino profissional diversas ações de formação
internas, não acreditadas, nomeadamente ao nível do trabalho de projeto e do desenvolvimento do
currículo, no sentido de dar resposta às dificuldades diagnosticadas ao nível da articulação e gestão
modular. As ações de formação externa frequentadas foram vocacionadas para aprofundamento de
técnicas e metodologias acolhendo as medidas definidas e previstas nos Decretos-Lei n.º 54/2018 e
n.º 55/2018, de 6 de julho, nomeadamente as respeitantes ao Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória, à Articulação e Flexibilidade Curricular, à Cidadania e Desenvolvimento e
à Escola Inclusiva.
5.7. O impacto da formação é especialmente visível ao nível da atividade educativa e dos projetos
desenvolvidos no âmbito da componente técnica de alguns cursos.

6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica

6.1. O Conselho Pedagógico, em 17 de julho de 2018, deliberou sobre prioridades e opções estruturantes
de natureza curricular, tendo optado por não incluir uma disciplina de Oferta de Escola. Porém, ainda
não deliberou sobre a adoção dos instrumentos de planeamento curricular nem sobre as respetivas
formas de monitorização e planeamento, nem se pronunciou sobre a articulação das aprendizagens
nas diferentes componentes de formação, disciplinas e UFCD.
6.2. A articulação e a gestão modular na aplicação do currículo, de forma flexível ao longo do ciclo de
formação ainda não é uma prática generalizada e plenamente assegurada por todas as estruturas de
coordenação pedagógica.
6.3. O diretor de curso/diretor de turma intervém no âmbito da orientação e acompanhamento da PAP
e promove a articulação entre a Escola e as entidades da FCT, mas ainda não assegura
completamente a articulação pedagógica entre as diferentes componentes de formação, disciplinas
e UFCD, nem a organização e coordenação das atividades a desenvolver no âmbito da formação

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técnica. A articulação com os serviços com competência em matéria de apoio socioeducativo é
assegurada pelos diretores de turma e pela direção do AE.
6.4. O diretor de turma faz o levantamento das necessidades educativas dos formandos e,
trimestralmente, informa-os e/ou os encarregados de educação sobre os progressos escolares
alcançados. Embora a apreciação qualitativa não resulte numa síntese globalizante, existem
evidências do acompanhamento do progresso dos formandos e referências às atividades de
recuperação e/ou de enriquecimento que estes devem realizar.
6.5. Os professores orientadores e os tutores da FCT, bem como os professores orientadores e
acompanhantes da PAP, exercem as funções previstas nos normativos legais, prestando um apoio
regular a todos os formandos.

7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais

7.1. O Agrupamento estabeleceu parcerias e protocolos com diversas empresas e entidades nacionais e
aderiu ao programa internacional Erasmus+ para assegurar a FCT e a mobilidade com estágios ao
longo do percurso formativo dos formandos, de forma a desenvolver atividades que concorrem para
o fomento de competências sociais e profissionais e para a qualificação dos recursos humanos do
setor económico e social da região, contribuindo para uma melhor convergência entre os interesses
e a formação desenvolvida e as necessidades dos diversos setores socioeconómicos.

8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais

8.1. Na análise dos processos individuais, foi selecionada uma amostra aleatória de 31 processos de
alunos/formandos que concluíram os respetivos cursos no último triénio, tendo-se verificado que o
registo individual de cada formando para além de constar nos suportes informáticos, está
organizado em suporte papel sob a forma de termos (livro de termos por curso/ciclo de formação)
onde constam as classificações de cada disciplina, a classificação final das disciplinas concluídas, a
identificação e a classificação da PAP, a classificação da FCT e o nome da empresa(s)/organização
onde esta decorreu.
8.2. Os processos individuais dos alunos/formandos do 1.º ano dos cursos profissionais estão a ser
organizados de modo a dar cumprimento ao estabelecido no n.º 5, do artigo 4.º, da Portaria n.º 235-
A/2018, de 23 de agosto.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS


1.- Gestão curricular

1.1. O planeamento pedagógico, consultado, ainda não têm em conta os perfis profissionais de cada
curso associados às respetivas qualificações e às áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos
à saída da Escolaridade Obrigatória. No entanto, está a ser reorganizado com vista à prossecução
das áreas inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e do perfil profissional
associado à respetiva qualificação, nos cursos profissionais ministrados e que se encontram no 1.º
ano. Os planos de turma dos cursos profissionais, sob a responsabilidade dos diretores de turma,
enfatizam o perfil profissional do respetivo curso e integram atividades a desenvolver nas diferentes
componentes de formação, disciplinas e UFCD previstas no PAA, bem como no âmbito da Cidadania
e Desenvolvimento.
1.2. As saídas profissionais e os perfis de desempenho dos diferentes cursos profissionais, as capacidades
intelectuais, sociais e profissionais que os formandos devem adquirir no final de um módulo, de uma

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disciplina ou do curso, o contributo de cada uma e de todas as disciplinas do plano curricular para
atingir as capacidades, atitudes e comportamentos que se pretende que cada um atinja no final do
seu percurso educativo e formativo, bem como as atividades transdisciplinares que substanciam a
vivência de um projeto de desenvolvimento do currículo adequado ao seu contexto e integrado no
projeto educativo, nem sempre são considerados no teor dos documentos de planeamento
pedagógico dos diferentes cursos e na prática educativa das disciplinas e módulos de formação dos
diferentes cursos.
1.3. A articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação dos cursos não é
plenamente assegurada pelo diretor de curso, porquanto não existem tempos comuns de trabalho
entre docentes e/ou equipas pedagógicas com essa finalidade e que assegurem a sua exequibilidade.
1.4. As aprendizagens visadas nos planos de trabalho individual da FCT estão orientadas para o
acréscimo de competências específicas na respetiva área de educação e formação, para a aplicação
dos conhecimentos adquiridos na componente técnica, para a integração de saberes e capacidades
transdisciplinares das várias componentes de formação, para a aquisição de conhecimentos e o
desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho, não estão
cabalmente explícitas nestes planos.
1.5. A conceção do projeto da PAP centra-se em temas perspetivados pelos formandos, em interação
com o contexto de trabalho, e tem permitido a integração de saberes e capacidades numa perspetiva
transdisciplinar. O seu desenvolvimento tem sido monitorizado pelos diretores de curso e pelos
professores orientadores, garantindo-se a elaboração de relatórios finais. No entanto, esta
monitorização não tem assegurado sempre a formalização da autoavaliação dos formandos, nas
diferentes fases de desenvolvimento do projeto.
1.6. As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão implementadas apostam, entre outras, na
diferenciação pedagógica, no enriquecimento curricular e na intervenção focada em trabalho
académico, técnico e prático de pequenos grupos, através do desenvolvimento de projetos e
atividades que promovem a aplicação e a aquisição de conhecimentos, a autonomia, o espírito de
iniciativa e de criatividade, o trabalho em equipa e a cooperação, que se têm revelado eficazes no
sucesso dos formandos.

2.- Avaliação das aprendizagens

2.1. Os critérios e os procedimentos de avaliação em vigor, divulgados aos formandos pelos docentes,
focalizam-se em ponderações a ter em conta em algumas dimensões valorizadas e nos
instrumentos de avaliação utilizados nas diferentes disciplinas, mas nem sempre têm em conta a
especificidade dos perfis de desempenho, as capacidades transversais a todo o plano de estudos e
a participação dos formandos em projetos de ligação da escola com a comunidade e o mundo de
trabalho.
2.2. Estes critérios e procedimentos de avaliação ainda não têm em conta o Perfil dos Alunos à saída da
Escolaridade Obrigatória, os perfis profissionais e referenciais de formação associados às
respetivas qualificações do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) e não constituem ainda
referenciais comuns na escola para cada curso profissional, operacionalizados pelos respetivos
conselhos de turma e não estão associados a níveis/descritores de desempenho e as escalas de
avaliação qualitativa e quantitativa.
2.3. A avaliação diagnóstica é uma prática comum e generalizada a todas as disciplinas e módulos de
formação e é frequentemente utilizada para adequar e (re)ajustar o planeamento ao ritmo de cada
formando.
2.4. A avaliação formativa apresenta um caráter sistemático e contínuo, generalizados e é utilizada,
frequentemente, para reajustar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, para
sustentar a prática de diferenciação pedagógica, para informar os formandos e os encarregados de

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educação sobre os seus progressos, dificuldades e resultados obtidos e como incremento da sua
autoestima.
2.5. A avaliação sumativa interna é negociada entre os formandos e os professores ao longo de cada
módulo, sendo registada em suportes de papel e digital. Nas reuniões de conselho de turma de
avaliação são registadas em pauta as classificações obtidas nos módulos concluídos de cada
disciplina, na FCT e na PAP.
2.6. No final de cada período, é entregue ao formando, uma ficha de avaliação, onde constam as
classificações dos módulos concluídos, por disciplina a assiduidade, mas, nem sempre, uma
apreciação global da sua progressão, capacidades e ou dificuldades.
2.7. Os critérios e a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso relativo a
atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de concretização, não se encontram claramente
definidos no respetivo regulamento. A classificação final, e a de cada uma das etapas, têm sido
propostas ao conselho de turma pelo professor orientador tendo em conta a proposta do tutor
designado pela entidade de acolhimento. Não foram assegurados os procedimentos de registo
interno da autoavaliação do formando.
2.8. A avaliação da PAP é realizada por um júri designado pelo Diretor do Agrupamento que não tem
sido constituído em conformidade com o definido nos normativos em vigor.
2.9. Os critérios de classificação, a observar pelo júri da PAP estão definidos, mas não estão associados
a níveis/descritores de desempenho e as escalas de avaliação qualitativa e quantitativa. Algumas
da PAP apresentadas, na maioria dos cursos, merecem ser distinguidas como boas práticas.
2.10. Os requisitos estabelecidos nos normativos para efeitos de conclusão dos cursos profissionais têm
sido cumpridos e emitidos os respetivos diplomas e certificados. Todavia, foram detetados lapsos
no apuramento da média final de curso e nos registos dos respetivos termos nos cursos de Técnico
de Manutenção Industrial, na variante de Eletromecânica, de Técnico de Eletrónica, Automação e
Computadores, de Técnico de Gestão e de Técnico de Gestão de Sistemas Informáticos, concluídos
em 2018. Os responsáveis efetuaram as respetivas correções tendo já iniciado a recolha dos
certificados e dos diplomas, anteriormente emitidos, e a proceder à emissão de novos, após
retificação.
2.11. Dos 88 formandos que concluíram os cursos profissionais, apenas um apresentou candidatura ao
Ensino Superior Público em 2018, não tendo as incorreções detetadas tido interferência na
classificação final do curso.
2.12. O modelo de Certificado de Qualificações não está atualizado uma vez que nos certificados
emitidos não foram discriminados os módulos das disciplinas da componente de formação técnica

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1.- Resultados por curso e ciclo de formação

1.1. Os resultados analisados referem-se a todos os cursos profissionais concluídos em 2016, 2017 e 2018
Técnico de Apoio Psicossocial, Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores, Técnico de
Eletrotecnia, Técnico de Gestão, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos,
Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho, Técnico de Termalismo e Técnico de Turismo, e a todos
os anos em que foram concluídos os cursos de Técnico d-e Mecatrónica (2011), e Técnico de
Manutenção Industrial na variante de Eletromecânica (2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018).
1.2. No que se refere ao curso profissional de Técnico de Mecatrónica, que funcionou apenas num ciclo
de formação, concluído em 2011, a taxa de conclusão cifou-se em 90,5%, tendo apenas dois
formandos (9,5%) não concluído o curso por motivos de desistência. Dos 19 formandos que

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concluíram o curso, 17 (89,8%) ficaram empregados e desses, 13 (68,4%) na respetiva área de
educação e formação do curso. Nenhum diplomado optou pelo prosseguimento de estudos.
1.3. Relativamente ao curso de Técnico de Manutenção Industrial na variante de Eletr0mecânica observa-
se uma tendência ascendente nas taxas de conclusão, acompanhada pelas tendências descendentes
das taxas de não conclusão por desistência e por módulos em atraso. As taxas de empregabilidade
embora elevadas apresentam uma tendência descendente, conquanto na respetiva área de
educação e formação do curso a tendência seja ascendente. Nenhum dos formandos que concluiu
optou pelo prosseguimento de estudos.

Taxas de Conclusão - Técn. Manut. Industrial - Taxas de Não Conclusão por Desistência
variante Eletromecânica Técn. Manut. Industrial - variante Eletromecânica
100%
100%
78,6%
80%
80% 55,0%
60,0%
60%
60% 35,7%
54,5% 59,3% 40%
40%
50,0% 36,4% 40,0%
44,4% 20%
20% 29,6%
30,0% 22,2% 17,9%
0% 0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ano de conclusão do ciclo de formação Ano de conclusão do ciclo de formação
Linha de Tendência Linha de Tendência

Taxas de Empregabilidade - Técn. Manut.


Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso - Industrial - variante Eletromecânica
Técn. Manut. Industrial - variante Eletromecânica
50% 100,0%
91,7% 92,9% 90,9%
40% 100%
33,3%
80%
30%
87,5% 87,5% 86,7%
15,0% 14,3% 60%
20%
11,1% 40%
10%
9,1% 3,6% 0,0% 20%
0%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ano de conclusão do ciclo de formação Ano de conclusão do ciclo de formação
Linha de Tendência Linha de Tendência

Taxas de Empregabilidade na AEF - Técn. Manut. Taxas de Prosseguimento de Estudos


Industrial - variante Eletromecânica Técn. Manut. Industrial - variante Eletromecânica
100%
72,7% 50,0%
80% 62,5%
66,7% 62,5% 66,7% 40,0%
60%
30,0%
40% 58,3% 57,1%
20,0%
20% 10,0%
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
0% 0,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ano de conclusão do ciclo de formação Ano de conclusão do ciclo de formação
Linha de Tendência Linha de Tendência

1.4. No que concerne aos outros cursos profissionais concluídos nos últimos três anos (2016, 2017 e 2018)
verifica-se uma tendência ascendente nas taxas médias de conclusão, acompanhada pelas
tendências descendentes das taxas médias de não conclusão por desistência e por módulos em
atraso. Relativamente à empregabilidade em geral e nas áreas de educação dos cursos, registam-se
tendências ascendentes, embora as taxas médias destas últimas sejam inferiores e atinjam um valor

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9
de 51,9% em relação à totalidade dos 264 diplomados em todos os cursos. Quanto ao
prosseguimento de estudos constata-se uma tendência descendente nas taxas médias, sendo que
apenas 33 (12,5%) optou por esta via.

Taxas de Não Conclusão por Desistência -


Taxas de Conclusão - Outros cursos Outros cursos
100% 80%
79,3%
74,6%
80%
69,5% 60%
60%
40%
40%
25,2% 20,1%
20% 20%
18,5%
0%
0%
2015 2016 2017 2018 2019
2015 2016 2017 2018 2019
Ano de conclusão do ciclo de formação Ano de conclusão do ciclo de formação
Linha de Tendência Linha de Tendência

Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso - Taxas de Empregabilidade - Outros cursos
Outros cursos
100%
50%
82,2%
40% 80%
71,4%
30% 60%
59,0%
20% 40%
5,3% 5,2%
10% 20%
2,2%
0% 0%
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
Ano de conclusão do ciclo de formação Ano de conclusão do ciclo de formação
Linha de Tendência Linha de Tendência

Taxas de Prosseguimento de Estudos - Outros


Taxas de Empregabilidade na AEF - Outros cursos
100% cursos
50%
80% 67,1%
40%
60%
51,6% 30%
40% 14,0%
20%
41,0% 13,2% 9,6%
20%
10%
0% 0%
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
Ano de conclusão do ciclo de formação Ano de conclusão do ciclo de formação
Linha de Tendência Linha de Tendência

2.- Monitorização e avaliação dos resultados

2.1. A fim de garantir a qualidade das aprendizagens e da formação profissional, o Agrupamento tem
vindo a definir indicadores e a criar os respetivos mecanismos de monitorização. Entre esses
encontram-se resultados das aprendizagens, por disciplina e componente de formação, percurso

Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo – SANTO TIRSO


10
modular, a conclusão do ciclo de formação, as desistências/abandono, a empregabilidade, o
prosseguimento de estudos, a segurança e grau de satisfação das entidades onde é realizada a FCT.
2.2. A análise de resultados dos cursos profissionais efetua-se nas estruturas de orientação educativa e
supervisão pedagógica onde têm assento docentes envolvidos na lecionação destes cursos e na
equipa de autoavaliação. Os resultados dos cursos profissionais integram os respetivos relatórios
desta equipa e são analisados, por comparação, com as metas definidas no projeto educativo.
2.3. Não obstante serem analisados os resultados dos cursos profissionais ponderando as causas das
taxas de conclusão obtidas no ciclo de formação em cada curso, identificando alguns fatores
explicativos das desistências/abandono escolar, avaliando-os com referência as taxas de
empregabilidade nas áreas de educação e formação, bem como pela aceitação externa do nível de
formação prestado e pela satisfação das necessidades formativas do tecido empresarial e
apreciando a articulação com as empresas locais, no sentido de proporcionar a inserção no mercado
de trabalho dos diplomados, ainda não são completamente identificadas e ponderadas, por curso,
as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso, as respetivas razões
explicativas, as variáveis que contribuíram para o sucesso/insucesso obtido pelos formandos que
concluíram, ou não, o curso em três anos (ciclo de formação).

3.- Capacidade de melhoria

3.1. Os mecanismos de monitorização dos resultados implementados têm vindo a ter impacto nos
resultados dos cursos profissionais, em resultado da autoavaliação. Porém, ainda não se construíram
planos de ação que visem o funcionamento e o sucesso escolar dos cursos profissionais e que os
mesmos contemplem as áreas de melhoria, os objetivos e as metas a serem alcançados, as ações a
desenvolver e respetiva calendarização, as tarefas específicas a serem executadas em cada uma das
ações, os responsáveis para a tarefa ou tarefas, os indicadores de realização dos objetivos e das
metas e a avaliação do seu impacto, pelo que não se pode garantir que o Agrupamento está a
assegurar, plenamente, a sua capacidade de melhoria.

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RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA

Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de


procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a
equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1. Proceder à revisão dos documentos estruturantes do Agrupamento (projeto educativo e plano anual
de atividades) com vista à introdução das medidas definidas e previstas nos Decretos-Lei n.º 54/2018
e n.º 55/2018, de 6 de julho, e na Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, nomeadamente as
respeitantes ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, à Autonomia e Flexibilidade
Curricular, à Cidadania e Desenvolvimento e à Escola Inclusiva.
2. Consagrar no projeto educativo as prioridades e opções estruturantes de natureza curricular para os
cursos profissionais, propostas pelo Conselho Pedagógico, conforme o previsto nos n.º s 1, 2 e 3, do
artigo 19.º, na Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto e tendo em consideração a produção de
efeitos prevista no seu artigo 48.º.
3. Explicitar no regulamento interno as regras de funcionamento e a periodicidade das reuniões das
equipas pedagógicas conforme estabelece o n.º 10, do artigo 7.º, do Despacho normativo n.º 10-
B/2018, de 6 de julho.
4. Assegurar que o regulamento interno defina os procedimentos de substituição de UFCD de bolsa
escolhida pelo Agrupamento, por outras, constantes da bolsa do mesmo referencial de formação,
em função do percurso formativo pretendido e dos recursos disponíveis conforme previsto no n.º 2,
do artigo 14.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de
efeitos prevista no seu artigo 48.º.
5. Garantir o cumprimento da carga horária diária, incluindo a duração diária da FCT, tendo em
consideração o estabelecido pelo n.º 2, do artigo 7.º, da Portaria n.º 74-A/2013 de 15 de fevereiro,
com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de
junho, (doravante referido apenas Portaria n.º 74-A/2013 de 15 de fevereiro, e respetivas alterações),
e do estipulado pelo n.º 3, do artigo 7.º e dos n.ºs 8 e 9, do artigo 16.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de
23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
6. Asseverar que regulamento da FCT inclua o regime aplicável às modalidades efetivamente
encontradas pelo Agrupamento para a sua operacionalização, a fórmula de apuramento da respetiva
classificação final, incluindo o peso relativo a atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de
concretização e os critérios de designação do orientador da FCT, responsável pelo acompanhamento
dos formandos, de acordo com o artigo 5.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas
alterações, e com o n.º 2, do artigo 18.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em
consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
7. Garantir que o regulamento da PAP preveja, entre outros, os critérios e os trâmites a observar, pelos
diferentes órgãos e demais intervenientes, para aceitação e acompanhamento dos projetos, a
negociação dos projetos, no contexto da escola e no contexto de trabalho, a duração da
apresentação pública da PAP, com uma duração de referência de 60 minutos, conforme previsto no
artigo 19.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e no artigo 32.º, da
Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista no
seu artigo 48.º.
8. Asseverar que o plano de trabalho individual da FCT cumpra o definido nos n.ºs 5, 6 e 7, do artigo 3.º,
da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações e pelo estabelecido nos n.ºs 5,

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12
6 e 7, do artigo 16.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção
de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
9. Formalizar os critérios de distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento da FCT, no
cumprimento ao estabelecido na alínea c), do n.º 1, do artigo 4.ºda Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de
fevereiro, e respetivas alterações, e na alínea c), do n.º 1, do artigo 17.º, da Portaria n.º 235-A/2018,
de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
10. Garantir que o Conselho Pedagógico delibere sobre a adoção dos instrumentos de planeamento
curricular e sobre as respetivas formas de monitorização e planeamento e se pronuncie sobre a
articulação das aprendizagens nas diferentes componentes de formação, disciplinas e UFCD, de
acordo com o previsto nos n.º 3, 4, 5, 6 e 7, do art.º 19.º, n.º 3, do artigo 31.º, n.º 3 e n.º 4 do artigo
40.º da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos
prevista no seu artigo 48.º.
11. Assegurar que estejam aprovados em Conselho Pedagógico, depois de auscultados os
departamentos curriculares e os diretores dos respetivos cursos, os critérios e os procedimentos de
avaliação explicitados para as diferentes componentes de formação, disciplinas e UFCD, FCT e PAP,
em todos os cursos profissionais, de acordo com o definido nos artigos 10.º e 12.º, da Portaria n.º 74-
A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e de acordo com os n.ºs 1, 2, 3 e 4, do artigo 22,º
da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista
no seu artigo 48.º.
12. O diretor do curso deverá assegurar e explicitar no respetivo planeamento a organização e
coordenação das atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica/tecnológica nos termos
do n.º 33, e da alínea b), e do n.º 33.1, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo
Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho, da alínea b), do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-
A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e reiterado nos termos da alínea b), do n.º 5, do
artigo 19.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de
efeitos prevista no seu artigo 48.º.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1. Garantir um planeamento pedagógico que tenha em conta os perfis profissionais de cada curso
associados às respetivas qualificações as áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à saída
da Escolaridade Obrigatória, de acordo com o estabelecido no n.º 2, do artigo 1.º, e dos artigos 8.º,
10.º e 19.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos
prevista no seu artigo 48.º.
2. Tendo em conta o papel do diretor dos cursos, do diretor de turma e do conselho de turma, assegurar
a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação dos cursos, nos termos das
alíneas b) e i), do artigo 3.º, dos artigos 9.º e 10.º, e dos n.ºs 5 e 6, do artigo 19.º, da Portaria n.º 235-
A/2018, de 23 de agosto, nos cursos iniciados em 2018-19, tendo em consideração a produção de
efeitos prevista no seu artigo 48.º.
3. Garantir que o diretor de curso explicite nos respetivos planeamentos a articulação entre as
diferentes disciplinas e componentes de formação do curso, desenvolvida em tempos de trabalho
comuns de docentes e/ou equipas pedagógicas, nos termos do n.º33, e da alínea b), do n.º 33.1 e do
n.º 38, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, e respetivas alterações, da alínea a), n.º 2, do
artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e nos termos da
alínea a), do n.º 5, do artigo 19.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração
a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
4. Assegurar que os planos de trabalho individual da FCT sejam elaborados de modo a que se possa
verificar o definido nos n.ºs 5, 6 e 11, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e

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respetivas alterações, e pelo estabelecido nos n.ºs 5, 6, 7 e 13, do artigo 16.º, da Portaria n.º 235-
A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
5. Garantir que todos os diretores de curso monitorizem os projetos PAP e a FCT de modo a que a
autoavaliação do aluno nas diferentes fases do projeto e da FCT seja formalizada, dando-se
cumprimento ao definido no n.º 1, do artigo 5.º, e na alínea d), do n.º 4, do artigo 17.º, da Portaria
n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e de acordo com o n.º 1, do artigo 18.º, e
na alínea c), do n.º 3, do artigo 30.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em
consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
6. Asseverar que a ficha de avaliação final de cada período entregue ao formando tenha plenamente
em conta o estabelecido nas alínea b) a d), do n.º 3, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013 de 15 de
fevereiro, e respetivas alterações, e possa constituir efetivamente uma informação, aos formandos
e pais ou encarregados de educação, sobre o estado de desenvolvimento das aprendizagens nos
termos da alínea b), do n.º 3, dos n.ºs 5 e 6, do artigo 21.º, dos n.ºs 3, 4 e 6, do artigo 23.º, e do n.º 2,
artigo 26.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de
efeitos prevista no seu artigo 48.º.
7. Assegurar que os critérios e a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso
relativo a atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de concretização, se encontrem
definidos, de forma clara e inequívoca, no regulamento da FCT, de acordo como definido no n.º 2,
do artigo 5.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e de acordo com
o reiterado no artigo 18.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a
produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
8. Assegurar que a constituição dos júris de avaliação da PAP respeita o estabelecido no artigo 20.º, da
Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e no artigo 33.º, da Portaria n.º
235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo
48.º.
9. Garantir que o cálculo da média final de todos os cursos se faça e se registe nos termos e de acordo
com definido nos artigos 28.º e 29.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas
alterações, e no artigo 36.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em consideração a
produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
10. Atualizar o modelo dos certificados de qualificação profissional de forma a que discriminem os
módulos concluídos das disciplinas da componente de formação técnica, de acordo com o definido
na alínea b), do n.º 2, no artigo 27.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas
alterações, e na alínea b), do n.º 2, do artigo 41.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo
em consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1. Garantir a identificação e a ponderação, por curso, das componentes curriculares onde se verificou
sucesso ou insucesso, das respetivas razões explicativas, das variáveis que contribuíram para o sucesso
obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos (ciclo de formação), bem como das que
explicam a percentagem dos que não o concluíram nesse espaço de tempo, com vista a uma análise e
avaliação de resultados dos cursos profissionais, em consonância com o estabelecido no artigo 6.º, da
Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, no artigo 14.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e
respetivas alterações, e no artigo 23.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em
consideração a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.
2. Assegurar a capacidade de melhoria, aprofundando o processo de autoavaliação, no que se refere à
oferta de cursos profissionais, e construindo planos de ação, identificando claramente as áreas de
melhoria, os objetivos e as metas a alcançar, as ações a desenvolver e respetivo calendário, as tarefas

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específicas a serem executadas por ação, os responsáveis por tarefa, os indicadores de realização dos
objetivos e das metas e a avaliação do seu impacto, divulgando-os e dando conhecimento do seu
desenvolvimento à comunidade educativa.

Porto 03-04-2019

A equipa inspetiva

Adriano Augusto Fonseca da Silva


Casimiro Cerqueira Veloso

Concordo. Homologo
À consideração do Senhor Inspetor-Geral da O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência
Educação e Ciência, para homologação.
A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área João Carlos Correia Assinado de forma digital por João
Carlos Correia Ribeiro Ramalho
Territorial de Inspeção do Norte Ribeiro Ramalho Dados: 2019.10.14 11:19:30 +01'00'
Maria Madalena Moreira Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da
2019-08-05 Educação e Ciência – nos termos do Despacho n.º 10918/2017,
de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série,
n.º 238, de 13 de dezembro de 2017

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