FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE SÃO MATEUS - FAESM

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

CLÁUDIA RANYCLEIA OLIVEIRA SOUSA

22102022

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II:

Educação Infantil

São Mateus do Maranhão – MA

2023
 CLÁUDIA RANYCLEIA OLIVEIRA SOUSA

22102022

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II:

Educação Infantil

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório

apresentado a Coordenação de Estágio da Faculdade
de Educação de São Mateus – FAESM, para obtenção
de nota da disciplina de Estágio Curricular II
Obrigatório.

Profª. Orientadora: Maria Jairan Lima Silva

São Mateus do Maranhão – MA

2023
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 4
2.1 Atividades desenvolvidas .............................................................................................. 4
2.2 Campo de Estágio .......................................................................................................... 7
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 11
3.1 Desafios Da Educação Contemporânea: O Papel Do Professor Diante Das
Mudanças Sociais ............................................................................................................... 11
3.2 Piaget E A Prática Pedagógica: Uma Análise Crítica Do Cotidiano Escolar......... 12
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 14
APÊNDICES
ANEXOS
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1 INTRODUÇÃO

O presente Relatório de Estágio Supervisionado II tem como principal objetivo

preparar os acadêmicos do 4° período da Faculdade de Educação de São Mateus – FAESM.
Localizada na Rua da Mangueira N° 143, Centro – São Mateus do Maranhão – MA, essa
etapa do estágio visa proporcionar aos estudantes uma experiência que integra teoria e prática
de aprendizado. Através de exercícios e funções relacionados à futura profissão, busca-se
consolidar o conhecimento adquirido em sala de aula.
O estágio representa um processo educativo fundamental, no qual teoria e prática se
entrelaçam, preparando os estudantes para a futura carreira. A Lei do Estagiário N° 11.788,
sancionada em 2008, tem como principal finalidade resguardar os estagiários. Por meio desse
exercício, busca-se beneficiar a experiência e impulsionar o desenvolvimento no campo
profissional. Proporciona ao licenciado o domínio de instrumentos teóricos e práticos
imprescindíveis à execução de suas funções.
Essa prática é essencial para que o acadêmico compreenda profundamente sua área
de atuação. O aprendizado se torna ainda mais eficaz quando adquirido através da vivência
prática, desempenhando um papel crucial na formação dos futuros profissionais,
especialmente no caso dos docentes. Apesar dos desafios encontrados, o estágio é um período
de aprendizado significativo, envolvendo observação, análise crítica e reflexão sobre a
prática docente.
Dessa forma, o estágio não é apenas um requisito acadêmico, mas uma imersão no
campo profissional. Representa uma oportunidade para o estagiário conhecer a realidade de
sua futura profissão, entender as dinâmicas e desafios do ambiente de trabalho e aprimorar
suas habilidades diante das situações do cotidiano.
Por orientação da coordenação do curso de Pedagogia, o Estágio II também ocorreu
no TDE, na qual foram postados materiais de orientação de atividades referentes a segunda
fase da Educação Infantil de carga horária de 60 horas, que foi dividida em 30 horas de teoria
do dia 09/08 há 30/08 e 20 horas de Regência do dia 23/10 há 27/10. De acordo com o
cronograma 10hs foram dedicadas a produção do Relatório de Estágio II no período de 08 a
22/11/2023 com entrega final no dia 11/12/2023 no sistema da FAESM.
Compreende-se que essa fase é essencial para a graduação em licenciatura, sendo a
pedra angular da formação do futuro professor. Exige dedicação, compromisso e
responsabilidade, moldando profissionais que fazem impacto onde quer que estejam.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Atividades desenvolvidas

(De 09 à 16/08/2023)

Inicia-se com a apresentação do plano de ensino (regência na educação infantil), que

contém os objetivos específicos da disciplina. Além disso, são apresentados slides que
abordam a Lei 11.788/08, especificando o amparo legal que respalda os acadêmicos para
realizar o estágio em campo.
Logo após, foi apresentado aos estudantes o Manual de Estágio, este Manual fornece
informações e orientações essenciais para a execução do Estágio Supervisionado no Curso de
Pedagogia. A proposta de Estágio Supervisionado abrange diversas áreas de formação,
abordando atividades como acompanhamento da prática docente, processos de gestão, atuação
no processo de alfabetização, elaboração de projetos de ensino, análise de situações e problemas
presentes nos ambientes educacionais. Além disso, destaca-se a observação das atividades
relacionadas ao papel do Gestor Pedagógico em espaços educativos, assim como a atuação na
Educação de Jovens e Adultos.
O manual enfatiza a participação em atividades acadêmicas, científicas e culturais
planejadas pela instituição. Sendo um manual utilizado como guia não apenas para o Estágio
II, mas para todos os estágios. Também destaca que a FAESM tem como objetivo central
contribuir para o aprimoramento profissional dos estudantes, promovendo a integração entre
conhecimentos teóricos e práticos para complementar a formação acadêmica. Os procedimentos
adotados têm a finalidade de inserir o estagiário na realidade do mercado de trabalho,
proporcionando a consolidação de sua profissionalização nas dinâmicas do atual mercado.
Foram disponibilizadas as fichas que os acadêmicos deveriam ter em mãos durante o
período de estágio, e todos receberam orientações sobre como preenchê-las.

(De 17 à 30/08/2023)

No primeiro momento foi feita a apresentação do RCNEIs 1, 2 e 3 junto ao

aprofundamento das temáticas referentes a educação infantil.
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Os RCNEI, ou Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, são

documentos orientadores produzidos pelo Ministério da Educação (MEC) no Brasil. Eles
estabelecem diretrizes e princípios para a educação de crianças de zero a seis anos, considerando
aspectos pedagógicos, culturais, sociais e afetivos. Os RCNEI são divididos em três volumes:
RCNEI Volume 1: Este volume aborda questões gerais relacionadas à Educação Infantil.
Ele discute a importância da educação nessa faixa etária, considerando a criança como sujeito
de direitos. Também destaca a relevância do brincar, das interações sociais e da participação
das famílias no processo educativo.
RCNEI Volume 2: Foca na prática pedagógica, oferecendo orientações para
planejamento de atividades e avaliação. Aborda temas como o cuidar e o educar, o papel do
professor, a organização do espaço e do tempo na escola, a observação e o registro do
desenvolvimento das crianças, bem como a relação entre diferentes linguagens, como a
linguagem oral, a escrita, a matemática, as artes visuais e a música.
RCNEI Volume 3: Centra-se nas especificidades da criança de zero a três anos,
considerando aspectos do desenvolvimento nessa faixa etária. Aborda questões relacionadas à
organização do ambiente, à alimentação, à higiene e à interação com os familiares. Além disso,
destaca a importância de práticas educativas que respeitem o ritmo e as características
individuais de cada criança.
Os RCNEI buscam promover uma abordagem integrada e holística para a educação
infantil, reconhecendo a criança como um ser completo, em constante desenvolvimento, e
destacando a importância do ambiente educativo, da interação social e do respeito às
diversidades culturais. Esses referenciais têm sido fundamentais para nortear as práticas
educacionais na primeira infância no Brasil.
Após o aprofundamendo dos 3 volumes do RCNEI, foi a vez de nos aprofundarmos na
BNCC e o que ela diz sobre a educação infantil.
A BNCC, ou Base Nacional Comum Curricular, é um documento normativo que
estabelece os conhecimentos, competências e habilidades essenciais que todos os alunos da
Educação Básica devem desenvolver ao longo de sua trajetória escolar no Brasil. Ela serve
como referência obrigatória para a elaboração dos currículos das escolas públicas e privadas de
todo o país. A BNCC abrange a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio,
sendo organizada em áreas de conhecimento, competências e habilidades. Para a Educação
Infantil, estabelece as diretrizes para a etapa que compreende as crianças de 0 a 5 anos. Alguns
pontos-chave relacionados à Educação Infantil na BNCC:
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Objetivos Gerais: Define objetivos gerais para a Educação Infantil, destacando a

importância de promover o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, emocional,
cognitivo, social e cultural.
Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento: Apresenta direitos de aprendizagem e
desenvolvimento que as crianças têm nessa fase, considerando aspectos como brincadeira,
interações sociais, exploração do ambiente, expressão e comunicação.
Interação e Brincadeira: Reconhece a brincadeira como um eixo estruturante da
prática pedagógica, destacando a importância das interações sociais e da exploração lúdica para
o desenvolvimento infantil.
Campos de Experiência: Organiza as aprendizagens em cinco campos de experiência:
O Eu, o Outro e o Nós; Corpo, Gestos e Movimentos; Traços, Sons, Cores e Formas; Escuta,
Fala, Pensamento e Imaginação; Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações.
Respeito à Singularidade das Crianças: Valoriza a singularidade das crianças,
reconhecendo que cada uma tem seu tempo, ritmo e modo de aprender.
Avaliação na Educação Infantil: Propõe uma avaliação que considere os processos de
aprendizagem, sem aplicação de instrumentos formais de avaliação, mas por meio de
observação, registro e reflexão sobre as experiências das crianças.

(De 13 à 20/09/2023)

Após a introdução dos acadêmicos e familiarização, iniciou-se uma segunda etapa de

entrega do plano de atividades, estudo de caso e orientações com a professora de estágio. Foi
realizada a análise de alguns textos sobre o desenvolvimento da criança, dentre eles destaca-se
“O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de Vida” que resalta que “Para Piaget, o
conhecimento é fruto das trocas entre o organismo e o meio. Essas trocas são responsáveis pela
construção da própria capacidade de conhecer. Produzem estruturas mentais que, sendo
orgânicas não estão, entretanto, programadas no genoma, mas aparecem como resultado das
solicitações do meio ao organismo.”
O texto aborda o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida. Com enfoque
nos estágios de desenvolvimento na teoria de Jean Piaget, a ênfase recai sobre a construção do
conhecimento, destacando suas principais categorias: objeto, espaço, causalidade e tempo.
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(De 21 à 30/11/2020)

Após o devido embasamento teórico, deu-se inicio a apresentação do cronograma para

o desenvolvimento do Estágio II. O cronograma foi dividido da seguinte forma: Um dia para
observação, onde deveria ser feita a análise da metodologia da professora da sala e do seu
planejamento, além de uma conversa pedagógica com a professora. E dois dias de regência,
onde deveria ser ministrada uma microaula a cada dia, alinhada ao planejamento da professora
titular da sala.
Destacou-se que o estágio de regência na educação infantil desempenha um papel
crucial na formação do estudante de pedagogia, promovendo a integração entre teoria e prática
e contribuindo para o desenvolvimento de habilidades pedagógicas essenciais. Durante essa
fase, os acadêmicos têm a oportunidade de aplicar na prática os conceitos, métodos e estratégias
de ensino adquiridos em sala de aula, solidificando assim a compreensão teórica.
Ao vivenciar os desafios e nuances da educação infantil, os estudantes desenvolvem
habilidades pedagógicas, tais como o planejamento de aulas, a comunicação eficaz com os
alunos, a gestão de sala de aula e a avaliação do progresso dos estudantes. Essa experiência
prática permite uma compreensão mais profunda da dinâmica real de uma sala de aula,
incluindo a diversidade dos alunos, as relações interpessoais e os desafios enfrentados pelos
educadores. Além disso, o estágio de regência auxilia na construção da identidade profissional
do futuro pedagogo, possibilitando a reflexão sobre a abordagem pedagógica, valores
educacionais e estilo de ensino.
Finalizadas todas essas etapas, recebemos orientações para elaboração do relatório e
planos de aula.

2.2 Campo de Estágio

Dia 1 (24/10/2023 – Terça-feira) - Observação no Infantil V

No Centro Educacional Exitus, escola privada situada na Rua da Mangueira 143 –

Centro, em São Mateus do Maranhão, a acadêmica Cláudia Ranycleia Oliveira Sousa observou
e analisou as metodologias utilizadas na sala do infantil V da Educação Infantil da instituição
citada.
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Em um primeiro momento observou-se a acolhida, a professora aguarda a chegada dos

alunos, recebe-os chamando pelo nome, pegando suas lancheiras e pendurando em um local
reservado para isto e lhes oferece um brinquedo para passar o tempo de espera enquanto todos
chegam. As crianças, naturalmente curiosas, questionam sobre o nome da estagiária, se vai
estudar com elas e o motivo de sua presença. Chegam todas animadas, interagindo entre si.
Após a chegada de todos, a professora inicia uma brincadeira para quebrar o gelo e chamar a
atenção. Após a brincadeira, as crianças organizam suas cadeiras e se posicionam. Logo em
seguida, a professora de inglês chega, distribui os livros didáticos e lápis de cor. É a hora de
iniciar a aula.
Nessa aula, elas aprendem o nome de um animal em inglês, sendo a borboleta o animal
em questão. A professora mostra a figura da borboleta e pergunta às crianças como se chama.
Elas respondem "borboleta". Em seguida, a professora pergunta como é em inglês, e algumas
respondem. Ela escreve o nome no quadro e pede para as crianças pintarem o desenho da
borboleta no livro didático e escreverem o nome em inglês embaixo. Algumas crianças se
agitam durante a tarefa, e a professora auxiliar chama a atenção, alertando que quem não se
comportar não irá para o parquinho.
A professora de inglês percorre as cadeiras corrigindo as atividades daqueles que já
terminaram. Ela é calorosa, elogia e parabeniza as crianças. Após corrigir todas as atividades,
a professora de inglês se despede, dizendo "bye, bye".
Com a saída da professora de inglês, a professora titular chama a atenção dos alunos
para o comportamento durante a aula de inglês. Em seguida, escreve no quadro os números
pares e ímpares, explicando quais são quais. Chama duas crianças para demonstrarem a
brincadeira de par ou ímpar e, depois, pede a um menino para questionar as crianças se
entenderam, usando exemplos como "o que tem um é ímpar, e o que tem dois é par, como a
cabeça é ímpar e os pés, par". Por fim, a professora dá as instruções para a tarefa de casa.
Chegada a hora do lanche, a professora titular da sala, junto a auxiliar, coloca as
lancheiras das crianças em cada uma delas, as organizam em fileira de meninos e meninas
separados e as levam até o refeitório. As crianças abrem os lanches sozinhos e comem sem
precisar de auxilio enquanto as professoras as aguardam comer. Ao finalizar, todas as crianças
voltam, novamente em fileira para a sala de aula, tomam água e se sentam para finalizarem as
suas atividades do livro.
Após a finalização de todas as atividades, as crianças são levadas pela professora para
o parquinho, onde brincam livremente até a chegada dos pais.
Recursos didáticos utilizados: Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco,
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folhas em branco. A metodologia utilizada foi o uso do livro didático e as atividades foram
apropriadas para o estágio de aprendizado das crianças.

Dia 2 (25/10/2023 – Quarta-feira) - Regência no Infantil V

No primeiro dia de regência, as professoras da sala, titular e auxiliar, recepcionaram os

alunos de maneira alegre, semelhante ao relatado no primeiro dia, permitindo que eles
brincassem enquanto aguardavam a chegada de todos. No primeiro horário, as professoras
seguiram a aula normalmente, e a rotina transcorreu como no dia anterior. Após o lanche, as
crianças retornaram à sala, marcando o início da regência da micro-aula pela estagiária.
A micro-aula começou com uma breve sondagem sobre o tema da aula, a letra "W".
Após a escrita da letra de forma grande e legível, foi questionado aos alunos qual era o nome
da letra. Os alunos responderam corretamente, evidenciando já possuir conhecimento prévio, o
que foi de grande importância para o desdobramento da micro-aula. Posteriormente, propôs-se
uma brincadeira para a fixação do conteúdo. As crianças foram solicitadas a organizar as
cadeiras em círculo enquanto a professora estagiária escrevia cinco nomes no quadro, que
seriam completados ao longo da brincadeira.
Depois que todas as crianças organizaram suas cadeiras em círculo e se sentaram, a
estagiária colocou várias letras impressas e coloridas, de maneira embaralhada, no meio do
círculo. Em seguida, iniciou-se a brincadeira. Com o auxílio de uma música com a temática do
“W” ao fundo, as crianças passaram a bolinha de um para o outro. Quando a música parava, o
aluno que segurava a bolinha deveria fechar os olhos, ir até o meio do círculo e pegar uma letra.
Caso a letra não fosse o “W”, o aluno deveria dizer em voz alta algo que começasse com aquela
letra. Se a letra fosse o “W”, a estagiária levava a letra até o quadro para completar as palavras.
Após colar a letrinha que faltava, todos liam a palavra em voz alta, e assim a brincadeira
prosseguiu. Sempre que a música pausava, o aluno com a bolinha na mão fechava os olhos, ia
até o círculo e pegava uma letrinha, repetindo-se o processo até que todas as palavras no quadro
estivessem completas. Ao finalizar a brincadeira, um dos alunos começou a chorar
insistentemente, questionando o motivo de não ter ido até o meio do círculo para pegar a
letrinha. Após ser explicado e consolado, a criança se acalmou e parou de chorar gradualmente.
Superada a agitação da brincadeira, chegou o momento de realizar a atividade. Com o
auxílio das professoras, as crianças organizaram suas cadeiras em seus devidos lugares e se
sentaram para fazer a atividade impressa e do livro, contando com a assistência da acadêmica
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estagiária. Após todos os alunos concluírem, a estagiária corrigiu as atividades de todos,

finalizando a micro-aula.

Dia 3 - (26/10/2023 – Quarta-feira) - Regência no Infantil V

No segundo dia de regência, a recepção dos alunos é igualmente calorosa como nos
outros dias, as crianças brincam enquanto aguardam a chegada de todos. Já no primeiro horário,
inicia-se a acolhida e a micro-aula da acadêmica estagiária.
A micro-aula iniciou-se com uma recapitulação da aula anterior do primeiro horário, a
contagem de 20 a 29, logo após relembrar a aula passada com os alunos, iniciou-se a aula do
dia, contagem de 30 a 39. A acadêmica iniciou a regência da micro-aula com a exposição no
quadro dos numerais de 30 a 39, seguida da leitura em voz alta junto com as crianças. Para a
exemplificação, foram utilizadas impressões de notas de R$ 10, 2 e 5 reais e moedas de um real.
Realizou-se uma dinâmica com todos sentados em seus devidos lugares, tendo a
professora estagiária no quadro colando as impressões do dinheiro lado a lado. Perguntou-se
quanto ficava, com o objetivo de trabalhar a noção de quantidade, por exemplo, uma cédula de
R$ 10 como moeda de R$ 1, e as crianças responderam em conjunto. Vários exemplos foram
explicados antes da atividade do livro, na qual as crianças deveriam responder ao antecessor e
sucessor dos números entre 30 e 39. A estagiária explicou a todos como deveriam responder,
acompanhou o andamento da atividade indo de cadeira em cadeira para esclarecer as dúvidas
dos alunos.

As crianças enfrentaram um pouco de dificuldade para responder à atividade do livro,

mas, com a ajuda necessária, todos conseguiram. Após a atividade, as crianças foram para o
lanche, onde comeram e relaxaram um pouco. Ao retornarem para a sala, foi entregue uma
atividade impressa apenas para pintar e escrever os números de 30 a 39. Algumas crianças já
não queriam realizar essa atividade, estavam cansadas da primeira, e algumas até responderam
e colocaram seus nomes, mas não quiseram pintar. Outras só queriam pintar e não responder.
A titular destacou a importância de que todos respondessem, e a professora estagiária auxiliou
as crianças a responderem. Ao finalizarem as atividades, a estagiária recolheu as atividades e
concluiu a micro-aula.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Desafios Da Educação Contemporânea: O Papel Do Professor Diante Das Mudanças
Sociais
As rápidas transformações na sociedade, tais como o avanço científico e tecnológico, o
aumento exponencial das informações, a valorização da economia e as mudanças nas políticas
sociais, exercem influência direta no contexto escolar. Estas alterações impactam as concepções
adotadas pela escola, o papel dos professores, a metodologia, o currículo e a posição do aluno
em sala de aula. Dessa forma, é exigida dos profissionais da educação uma postura adaptativa
diante de novas formas de aprendizado, refletindo na ação docente.
Costa (1995, p. 189) destaca que as consideráveis modificações no mundo do trabalho,
derivadas da sofisticação dos mecanismos do capitalismo, demandam um profissional
polivalente, empreendedor e aberto a mudanças. Nesse contexto, o papel do professor se
transforma em um mediador entre a cultura elaborada e acumulada pela humanidade e o
processo de acumulação em curso.
Entretanto, a polivalência docente, além de demandar uma atuação mais generalista,
resulta em uma sobrecarga de funções, tornando o professor um profissional atarefado. O
professor polivalente, ao assumir diversas atribuições, se vê absorvido pela rotina, sendo
desafiado pela sociedade contemporânea a desempenhar diferentes papéis.
Gramsci (1975) enfatiza a organicidade dos novos intelectuais, indicando que o
isolamento entre o trabalho e o contexto impede uma compreensão holística do sistema de
produção e das lutas hegemônicas. Este isolamento reflete-se na visão fragmentada do trabalho
docente, dificultando uma compreensão significativa do que é realizado.
Diante desse cenário, é crucial refletir sobre o trabalho docente, reconhecendo que ele
vai além da execução de tarefas, sendo uma atividade que demanda significado. É necessário
um olhar reflexivo sobre a prática pedagógica, considerando as transformações sociais e a
complexidade do papel do professor na contemporaneidade.
A prática docente não pode ser desconectada do contexto social em que ocorre. O
docente precisa se adaptar a novas formas de direcionar sua prática devido às mudanças no
contexto social. A reflexão sobre a prática docente envolve a compreensão do trabalho
educativo, exigindo que o professor perceba a essência do fazer docente. Freire (1979) destaca
a importância de provocar uma atitude crítica e reflexiva no professor como objetivo
central da educação.
A prática pedagógica exige um olhar diferenciado, pois as informações do contexto
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social muitas vezes chegam fragmentadas, limitando a visão do professor. A sociedade

contemporânea, com suas múltiplas influências, gera desafios e incertezas na prática
pedagógica, levando a uma sensação de medo e insegurança por parte dos professores. Bauman
(2001) é citado para ilustrar como vivemos entre valores e estilos de vida em competição, sem
garantias firmes.
É necessário analisar criticamente os aspectos que interferem no cotidiano escolar,
especialmente diante das características comuns e padronizadas impostas pela sociedade
contemporânea.

3.2 Piaget e a Prática Pedagógica: Uma Análise Crítica Do Cotidiano Escolar

Piaget concebe o conhecimento como o resultado da ação do sujeito sobre o meio em
que vive, enfatizando a organização, estruturação e explicação do mundo a partir da experiência
vivida. O conhecimento, para Piaget, surge da assimilação, da ação do sujeito sobre o meio,
permitindo a atribuição de significado.
A pergunta fundamental para Piaget ao longo de sua vida foi como os seres vivos se
adaptam ao ambiente. Ele conecta a adaptação biológica ao problema do conhecimento,
destacando que toda adaptação é feita por meio da assimilação de elementos externos e que o
conhecimento não é uma cópia, mas uma integração em uma estrutura mental pré-existente.
O conhecimento, segundo Piaget, é resultado das trocas entre o organismo e o meio,
construindo a capacidade de conhecer. Essas trocas ocorrem através do processo de adaptação,
que envolve assimilação e acomodação. A adaptação é vista como um processo dialético que
leva ao desenvolvimento das funções mentais, centrado na ação.
Os processos fundamentais no sistema cognitivo do sujeito são assimilação
(incorporação de elementos externos) e acomodação (consideração das particularidades desses
elementos). Esses processos estão normalmente em equilíbrio no sistema cognitivo do sujeito,
mas a perturbação desse equilíbrio leva a conflitos, desencadeando mecanismos de
equilibração. Esse processo de equilibração resulta na construção das estruturas cognitivas e no
progresso na construção do conhecimento.
Em síntese, é essencial analisar criticamente os aspectos que interferem no cotidiano
escolar, reconhecendo as características comuns e padronizadas impostas pela sociedade
contemporânea. A prática pedagógica deve ser constantemente problematizada, considerando
as complexidades do contexto social e as contribuições teóricas que ampliam nossa
compreensão do processo educacional.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este relatório de Estágio Supervisionado II na Educação Infantil proporcionou uma

orientação à estagiária Cláudia Ranycleia OliveIra Sousa junto com a turma do 4° período do
curso de Licenciatura em Pedagogia, apresentando em nosso contexto como o educador deve
se organizar, preparar conteúdo, a maneira que irá transmitir aos alunos e entre outros, de
maneira consciente ao seu papel como pedagogo.
É durante o período de estágio que o acadêmico tem a oportunidade de mergulhar no
cenário atual da nossa educação, fomentando o crescimento do interesse pelo campo. Este
momento crítico permite avaliar se os conhecimentos adquiridos ao longo do curso são
aplicáveis na prática, guiando o estudante a explorar minuciosamente a rotina da profissão que
em breve exercerá. Através da observação, é possível compreender não apenas como a prática
docente se desenrola, mas também as metodologias empregadas, estratégias de planejamento e
a complexa arte de atender às necessidades individuais dos alunos no cotidiano escolar. Através
da regência a vivência na pele de sua futura profissão. Essa imersão no ambiente prático
proporciona uma visão mais profunda e contextualizada, enriquecendo a formação acadêmica
com aprendizados significativos.
A importância da regência na Educação Infantil reside na fusão entre teoria e prática. O
acadêmico, ao se deparar com a sala de aula, consegue observar como os conceitos pedagógicos
são traduzidos no cotidiano, lidando com a diversidade de situações que podem surgir. Isso
contribui significativamente para a construção de um repertório de estratégias pedagógicas,
essenciais para atender às necessidades específicas das crianças nessa faixa etária.
Outro aspecto crucial é a oportunidade de desenvolver habilidades de observação e
escuta ativa. Na Educação Infantil, compreender as nuances das expressões e dos
comportamentos das crianças é vital para uma abordagem pedagógica eficaz. A regência
permite ao acadêmico aprender a interpretar os sinais das crianças, adaptando suas práticas
educativas de acordo com as demandas individuais de cada uma.
A relação próxima com as crianças durante a regência proporciona uma compreensão
mais profunda da importância do afeto e da construção de vínculos na educação. Afinal, na
primeira infância, o desenvolvimento socioemocional é tão crucial quanto o desenvolvimento
cognitivo, e a regência permite ao acadêmico vivenciar esse equilíbrio na prática.
Além disso, a regência na Educação Infantil é um momento de autodescoberta e
desenvolvimento pessoal. O acadêmico tem a chance de refletir sobre sua prática, identificar
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áreas de aprimoramento e desenvolver uma abordagem pedagógica alinhada com seus valores
e princípios.
O estágio supervisionado, nesse contexto, revelou-se como uma ótima oportunidade,
proporcionando uma imersão profunda na realidade de uma sala de aula. Essa experiência
contribuiu significativamente para o meu processo de aprendizado, trazendo uma compreensão
mais ampla do funcionamento da escola, da rotina das professoras e dos alunos.
Ao observar de perto esses elementos, foi possível não apenas adquirir conhecimentos
práticos, mas também desenvolver uma compreensão crítica e consciente sobre os desafios e
nuances da educação. Assim, essa experiência de estágio não apenas enriqueceu meu repertório
acadêmico, mas também contribuiu para uma formação mais completa e alinhada com a
realidade educacional.
Em resumo, a regência na Educação Infantil é um pilar fundamental na formação de um
acadêmico de Pedagogia. Não apenas como um estágio obrigatório, mas como um marco de
transição que molda não apenas o profissional, mas também a pessoa que se tornará,
influenciando positivamente a trajetória educacional e, por conseguinte, a vida das crianças que
terá a oportunidade de guiar no processo de aprendizagem e desenvolvimento.
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REFERÊNCIAS

LEGISLAÇÃO DE ESTÁGIO. Lei do Estagiário N° 11.788 de 25/09/2008. Disponível

em:www.al.iel.org.br. Acesso em: 28 de outubro de 2023.

RCNEI 1 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso em: 29 de outubro

de 2023

RCNEI 2 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 29 de outubro de

2023

RCNEI 3 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf. Acesso em: 29 de outubro de

2023

SCALABRIN, Izabel Cristina. MOLINARI, Adriana Maria Corder. A Importância da prática

do estágio supervisionado nas licenciaturas.
Disponível em: http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vol7_n1 2013 Acesso em: 30
de novembro de 2023.

CAVICCHIA, Durlei de Carvalho. O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de

Vida. Disponível em: https://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/224?mode=full Acesso
em: 01 de outubro de 2023.

MARTINS, Nathalia. Concepção Docente: A Prática Pedagógica Em Questão. Disponível

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sa%20do%20CEMAD/CONCEPCAO%20DOCENTE%20A%20PRATICA%20PEDAGOGI
CA%20EM%20QUESTAO.pdf. Acesso em: 01 de novembro de 2023.
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