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APONTAMENTOS DE MODULO DE PREPARAR-SE PARA O MERCADO DE

TRABALHO

RA1: Reconhecer Os Papéis Na Sociedade E Relações De Poder na Sociedade


Reconhecer os papéis na sociedade e relações de poder.
Até antes de nós nascermos os nossos pais atribuem ao sexo biológico que teremos – masculino
ou feminino – algumas diferenças que vão para além do sexo que teremos e desde cedo
organizam o que uma mulher ou um homem deverão fazer, ou como deverão comportar-se.
A escolha do sexo pode ser ligada a uma expectativa sobre os homens e mulheres que iremos
ser.
As mensagens que escutamos ou comportamentos que presenciamos na família por mulheres,
homens e raparigas e rapazes desde que nascemos afecta o nosso comportamento e influencia as
relações que temos entre homens e mulheres, no âmbito pessoal e no ambiente de trabalho.
Assim conheceremos o conceito de papel social e reflectiremos sobre os diferentes papéis
desempenhados por homens e mulheres; analisaremos a forma como as mensagens que
escutamos sobre género podem afectar o comportamento das pessoas e analisaremos como as
mensagens sobre género podem influenciar as relações entre homens e mulheres principalmente
no ambiente de trabalho/profissional.
Os papéis sociais são os comportamentos dos indivíduos na sociedade. Por exemplo, papéis
sociais podem ser: ser filha que cuida dos mais pequenos, irmão mais velho, mãe que dá banho,
que cozinha, que toma conta de todos, empregado que ajuda a cuidar da casa, aluna(o), esposo
que passa muito tempo fora de casa, trabalhador independente, desempregado/a etc.
A partir do momento em que nascemos, a família, a escola, a igreja ou a mesquita e a
comunidade vão nos ensinando/dizendo como nós devemos comportar.

 Assim, vamos sendo elogiados ou repreendidos cada vez que nos comportamos de acordo ou
de forma diferente àquela que nos foi transmitida.

 Conformamo-nos com esses papéis e de certa forma identificamo-nos com eles sem primeiro
os questionar.

 A palavra género é usada para descrever os papéis e expectativas de homens e mulheres que
são aprendidos na comunidade.

 Contudo os papéis e as expectativas de género podem ser alterados. Não deveria haver
nenhum problema se as pessoas não se conformarem com os estereótipos de género.
As famílias tendem a reproduzir os seus valores culturais, crenças religiosas e próprios papéis
sociais na educação dos seus filhos. Cabe aos filhos reflectir e desafiar esses papéis sempre que
não façam sentido!
O papel das instituições na formação dos papéis sociais e estereótipos de género.
Qualquer pessoa pode mudar de opinião sobre uma declaração em qualquer altura, mas que
deve dizer porque o fez. Ninguém irá julgar as opiniões que serão apresentadas e que é
importante que cada um, escolha na base do que acredita realmente, não na base do que acredita
ser a resposta mais correcta ou popular.
Mesmo quando as instituições estão conscientes da existência de estereótipos de género, há
estereótipos que são muito difíceis de mudar, por exemplo:
▪ As mulheres têm má assiduidade nomeadamente devido à gravidez;
▪ As mulheres têm debilidade física em relação aos homens pelo que haverá reservas à sua
admissão. (Hoje em dia ainda há sectores de actividade reservados quase exclusivamente a
homens).
Por isso, nós devemos ter um papel activo em desafiar preconceitos que não façam sentido!
Muitas vezes repetimos frases sem pensar de onde vêm e se concordamos mesmo com elas.
Muitas vezes não estamos conscientes dos nossos próprios valores em relação a papéis sociais,
mas inconscientemente os nossos valores e ideias influenciarão os nossos comportamentos e as
escolhas em determinadas situações.
Reflectir sobre as nossas atitudes em relação a papéis sociais e ao género ajuda-nos a
abandonar preconceitos e a ter atitudes diferentes nas nossas relações com homens e mulheres.
Possíveis contribuições por instituição:
Sistema de Educação / Escola/ UNIVERSIDADE:
▪ Os professores podem contribuir para a construção de papéis sociais através da forma como
tratam raparigas/mulheres e rapazes/homens de forma igual ou desigual e da forma como
expressam expectativas iguais, ou desiguais, face ao desempenho de raparigas/mulheres e
rapazes/homens;
▪ Nos livros escolares, por exemplo, as mulheres podem ser sempre ilustradas como cuidadoras
de casa e os homens como condutores, médicos e líderes, ou podem ser ambos ilustrados nos
vários papéis independentemente do género. (As imagens nas matérias de ensino reforçam os
papéis de género, que são construídos socialmente);
▪ Os estabelecimentos de ensino devem encorajar homens/rapazes e mulheres/raparigas a entrar
em todos os tópicos e disciplinas independentemente do seu género;
▪ Os estabelecimentos de ensino devem ter homens e mulheres em papéis de liderança, quer ao
nível dos funcionários do estabelecimento, quer ao nível dos alunos (ex. eleição do chefe de
turma).
Religião:
▪ A religião, por ser maioritariamente baseada em livros antigos, por vezes pode reforçar os
papéis tradicionais de género, por exemplo posicionando as mulheres num estatuto subordinado
aos homens. Por exemplo, um texto da Bíblia cristã ou do Corão Islâmico pode ser interpretado
no sentido de que as mulheres devem ser submissas aos seus maridos e, portanto, justificar essa
subordinação ou submissão da mulher ao homens;
▪ Por vezes as religiões secundarizam o papel da rapariga e colocam o rapaz como mais
importante;
▪ As religiões devem tentar aplicar as escrituras aos dias de hoje e desconstruir interpretações
erradas, que possam surgir dos livros sagrados, inclusivamente até usando outras passagens que
acabam por contradizer essas más interpretações.
Governo:
▪ Governos e organismos públicos têm geralmente má representação feminina;
▪ O estado/governo pode promover a igualdade de género, aplicando para si, ou para as
empresas públicas e privadas políticas, ou leis que promovam a igualdade de direitos e de
oportunidades de educação e de trabalho;
▪ Exemplos moçambicanos de acções para combater papéis sociais e desigualdades de género:
Estratégia de género na educação, Lei contra os casamentos prematuros, etc.
Meios de comunicação (Televisão, Rádio, Jornais, Revistas).
▪ Os meios de comunicação social retratam frequentemente imagens que promovem a
objectificaçao das mulheres como objectos sexuais, usando o corpo da mulher de forma muito
central em muitas publicidades, ou promovem imagens duras e violentas do homem para
representar masculinidade;
▪ Os meios de comunicação induzem frequentemente, por exemplo à rapariga, que o maior bem
da mulher é a beleza e aos rapazes que é a inteligência;
▪ Os meios de comunicação tendem a reflectir e por vezes exagerar papéis tradicionais, ou
estereotipados de género existentes na sociedade, nas representações que fazem de homens,
mulheres, rapazes e raparigas. Por exemplo, numa novela, é sempre a mulher quem é vítima de
assédio, ou maus tratos, ou é sempre a mulher que é representada como a pessoa que limpa e
cozinha;
▪ Os meios de comunicação podem ter um forte impacto positivo na mudança de papéis sociais
na sociedade, mostrando papéis de género não típicos (ou seja, representando mulheres em
papéis tipicamente de homens e vice-versa), ou encorajando o diálogo crítico sobre o género e
papéis sociais.
Por vezes, em sociedades fortemente patriarcais, a noção de que as mulheres precisam da
protecção e sustento dos homens cria desigualdades de poder no agregado familiar. Neste caso,
o poder é exercido pelo homem que contribuiu com todo o sustento para a família, mesmo que
esse poder não seja exercido de forma consciente.
O Poder existe na relação entre pessoas; estamos sempre a entrar e a sair de situações e
relacionamentos com diferentes níveis de Poder; durante o nosso dia, podemos desempenhar os
três papéis do Triângulo do Poder e por vezes somos perpetradores sem nos apercebermos. Será
que o poder tem de ser sempre algo negativo? Não, por vezes podermos usar o poder para
exercer influência positiva sobre as pessoas, para dar voz a uma causa.
Que tipos de poder podemos exercer ou podem exercer sobre nós?
▪ As “posições” nas relações de poder não são sempre as mesmas. Podemo-nos tornar
perpetradores
▪ Poder que limita a nossa liberdade e direitos;
▪ Poder que limita o nosso acesso a bens e recursos;
▪ Poder de controlar ou influenciar as acções dos outros
As “posições” nas relações de poder não são sempre as mesmas. Podemo-nos tornar
perpetradores sem ter consciência disso porque aceitamos sem questionar normas que justificam
a desigualdade de género e se observarmos situações de injustiças, sem intervir, somos
cúmplices do perpetrador.

RA2: Objectivos Profissionais Ou Empresariais


No final deste resultado devem ser capazes de :
▪ Definir os vossos objectivos profissionais ou empresariais;
▪ Aplicar o modelo SMART aos vossos objectivos;
▪ Definir todos os elementos de um plano.
O que você espera ser daqui há 5 anos?
▪ Ser profissionalmente um/a homem/mulher de sucesso;
▪ Ter aberto a minha empresa de venda de produtos alimentares;
▪ Ser estável a nível financeiro;
▪ Ser um chefe profissional;
▪ Ter uma empresa que …exporta produtos moçambicanos para o mundo.
As ideias que partilhámos acima são alguns dos nossos objectivos profissionais, ou seja, o que
gostaríamos de alcançar, ser ou ter no âmbito da nossa carreira, por exemplo, o tipo de trabalho
que gostaríamos de fazer, o tipo de empresa que gostaríamos de abrir, ou o nível de
responsabilidade que esperamos para a nossa carreira profissional, etc.
Porque é que acham que é importante termos objectivos profissionais, ou empresariais definidos
para a nossa vida?
▪ Para termos um rumo;
▪ Para nos orientar no dia-a-dia;
▪ Para ter motivação.
Como é que imaginar o vosso futuro profissional, ou empresarial vos fez sentir?
▪ Feliz e com esperança;
▪ Indeciso(a) ou inseguro(a) porque não sei o que quero fazer;
▪ Nervoso(a) em função do trabalho que tenho pela frente, ou pela reacção que as outras
pessoas terão.
É normal estar inseguro, ou não ter a certeza do que realmente queremos para o nosso futuro.
Por isso antes de nos dedicar mais nos detalhes e nas metas para conseguir atingir os nossos
objectivos profissionais, temos que pensar sobre o percurso ideal que gostaríamos de seguir.
Para tal temos que seguir alguns critérios que irão ajudar para seleccionar a sua carreira ideal,
por exemplo, o tipo de trabalho que gostariam de fazer, o tipo de empresa que gostariam de
abrir, ou o nível de responsabilidade que espera para a sua carreira profissional, etc.
Para lucrar efeitos dos critérios acima, tens que fazer e responder a uma série de perguntas, tais
como:
▪ O que é que fazes bem?
▪ Que talentos ou aptidões tens, como desenhar, andar de bicicleta, escrita criativa, trabalhos
manuais ou arranjar máquinas?
▪ O que é que gostas de fazer e que te faz sentir orgulhoso?
▪Poderia ser algo que fazes bem, ou uma aptidão/talento, que pensas que é recompensadora e
que gostarias de aprender melhor e/ou desenvolver mais?
Critérios para a escolha profissional:
▪ Localização, ou seja, distância de casa, necessidade de apanhar transporte;
▪ Horas de trabalho, ou seja, duração do dia de trabalho e horário;
▪ Salário / Remunerações pagos (as) /Ganhar muito dinheiro ou o mínimo para viver bem;
▪ Tipo de responsabilidade;
▪ Tipo de competências exigidas e teus talentos;
▪ Tipo de contrato (ou seja: anual / com ajudas de custo / por tempo indeterminado);
▪ Tipo de trabalho, ou seja, físico, ao ar livre, fábrica, escritório, trabalhar num espaço fechado;
▪ Oportunidades de desenvolvimento e promoção dentro da empresa/organização;
▪ Oportunidade para adquirir competências/conhecimentos para conseguir outros cargos no
futuro.
Todos nós podemos atingir aquilo a que nos propomos, mas nada se consegue sem trabalho! Os
objectivos dão-nos direcção na vida e servem como guia para que aquilo que é importante para
nós seja efectivamente realizado.
Alguns objetivos Profissionais:
- Balanço de competências técnico profissionais com competências interpessoais.
-Desenvolvimento ou progressão na carreira.
-Requalificação ou formação profissional na área especifica.
Alguns objetivos empresariais:
-Realização de acções estratégicas para a efectivação da missão/visão empresarial.
-Reposicionamento estratégico face ao mercado.
-Priorização de objetivos e metas.
- Recursos disponíveis e necessários.
Acham que vamos alcançar os nossos objectivos profissionais, ou empresariais simplesmente
esperando, ou se tivermos sorte na vida, ou acham que há alguma coisa que está no nosso
controlo fazermos para lá chegar?
▪ Temos que trabalhar / estudar / planificar bem, etc...
▪ Às vezes a sorte conta, mas também depende de nós.
Devemos pensar nos pequenos passos necessários para os alcançar, porque na maioria das
vezes não é possível alcançar tudo de uma só vez e de um dia para o outro.
A estes passos necessários chamamos metas.
Características de uma boa meta:
▪ Ser razoável e não demasiado sonhadora;
▪ Dizer-nos o que devemos fazer exactamente;
▪ Ter um prazo para ser alcançada.
Uma boa meta deve responder às características do chamado modelo SMART, do qual se
adaptou a sigla EMRRT, em Português, onde cada inicial descreve uma característica de uma
boa meta.
EMRRT significa:
E= Específica M= Mensurável R=Realista R= Relevante T=Limitada no tempo
Ou
SMART:
S= Especifico M= Mensurável A= Alcançável R= Realístico T= Limitado no tempo

▪ E = Específica
- Deve ser simples e clara;
- Responde à pergunta: - que será alcançado?
- Define exactamente o que se pretende alcançar, por exemplo: tipo de profissão, estilo de
investimento, de negócio, de estudos que temos de fazer;
-Por exemplo, dizer que quero abrir uma empresa que produz móveis é específico, enquanto
dizer que quero abrir uma empresa já não é.
▪ M = Mensurável:
- A meta deve ser passível de medir, por exemplo em quantidades;
- Para determinar se a meta é mensurável fazemos perguntas como: Quanto? Quantos?
- Por exemplo “Quero produzir para venda 10 mesas por mês durante um ano”, mostra uma
meta mensurável, enquanto a meta “Quero produzir mesas”, não é mensurável.

▪ R = Realística:
- A Meta que é honesta com a minha situação actual, tem em conta aquilo que pode ser feito e o
que pode provavelmente acontecer;
- Responde à pergunta, “Existem realmente as condições para que eu possa alcançar isso?” - Por
exemplo, posso ter como meta fazer um investimento para a minha empresa em 2 máquinas
para produzir móveis de uma marca barata e não um número, ou marca, acima das minhas
capacidades financeiras.
▪ R = Relevante:
- Esta meta é coerente com quem eu disse que quero ser daqui a 5 anos? ou irá ajudar-me no
alcance do meu objectivo?
-Por exemplo, se o meu objectivo é ser gestor de uma escola, uma meta não relevante seria
fazer desporto todos os dias durante um ano, que apesar de poder ser relevante quando tenho um
objectivo pessoal relacionado com ter boa saúde, não seria relevante neste caso.
▪ T = Limitada no Tempo:
- Quando é que a meta será atingida?
- Define um prazo para a meta: para o próximo mês, em oito semanas, até ao meu aniversário,
etc.
- Por exemplo, ter um lucro de 10,000 MNZ até daqui a 3 anos é uma meta vinculada no tempo,
enquanto que se a meta fosse ter lucro de 10,000 MZN apenas não o seria.
Porque é que estas características são importantes?
▪ Por exemplo, metas que estão muito fora do meu alcance podem fazer com que me sinta
desencorajado e que acabe por me fazer abandonar o meu objectivo. Uma meta deve levar-me a
pensar ligeiramente para fora da minha zona de conforto para me sentir estimulado e inspirado,
mas não de forma pouco realista;
▪ Uma meta que não é específica não dá boa orientação;
▪ Uma meta não mensurável não me permite no final dizer/saber se atingi ou não o meu
objectivo;
▪ Nunca saberei se já atingi a minha meta/objectivo se não defini um limite temporal para ela.
Para além de objectivos e metas, são os outros elementos-chave que um bom plano deve ter:
▪ Actividades – passos pequenos que podemos dar no próximo ano, no próximo mês, na
próxima semana, e hoje, para começar a avançar na direcção das nossas metas/objectivos. Por
exemplo: Se a minha meta é ser editora-gerente da revista para a qual trabalho até daqui a 3
anos, posso definir como actividades voluntariar-me para ajudar o actual editor-gerente nos
projectos que ele lidera, ou marcar uma reunião com o actual editor-gerente para traçar consigo
um plano de formação para que obtenha as competências necessárias para lá poder chegar;
▪ Recursos necessários - Recursos materiais, imateriais (ex. conhecimento), ou pessoas que
podem apoiar-nos no nosso caminho;
▪ Prazos – limite de tempo para a execução das actividades;
▪ Instrumentos de monitoria – Como irei saber que alcancei o meu objectivo? Que evidências é
que me ajudam a perceber se estou ou não no caminho certo ao longo do processo? Servem para
nos ajudar a acompanhar o nosso progresso do processo que nos leva a atingir os nossos
objectivos.
É importante definirmos objectivos profissionais e empresariais sessão? Sim, porque:
▪ Os objectivos dão orientação e direcção para o futuro;
▪ Ter objectivos ajuda-nos a estar, ou continuar na direcção que queremos;
▪ Objectivos são uma fonte de motivação para a nossa vida.
Monitoria de um plano
Em que consiste a monitoria de um plano?
Consiste em:
▪ Definir indicadores e respectivos alvos a acompanhar;
▪ Acompanhar a evolução das actividades e indicadores diariamente, semanalmente ou
mensalmente;
▪ Actualizar as informações que se tenham tornado desactualizadas (ex. caso identifique a
necessidade de completar passos/actividades que não tinha previsto);
▪ Usar um caderno para registar os resultados alcançados a cada ponto de controlo definido;
▪ Reflectir sobre as causas que me possam ter impedido de alcançar uma meta e identificar
acções para recuperar o atraso, ou evitar que esses percalços voltem a acontecer no futuro (ex.
se não consegui poupar o que queria, o que correu mal?).

RA3: Candidatar-se a um emprego


Este é um TEMA muito rico onde iremos explorar todo o processo para nos candidatarmos a um
emprego:
▪ Os métodos e procedimentos mais eficazes para obter informações sobre oportunidades de
emprego;
▪ Seleccionar oportunidades de emprego alinhadas com as próprias competências;
▪ Preparar a documentação necessária para a candidatura a uma determinada vaga/posição, ou
seja, CV, carta de apresentação, referências e/ou certificados;
▪ Ajustar o CV mais genérico aos requisitos de uma vaga;
▪ Preparar-se para uma entrevista de emprego: Familiarizar-se com as perguntas mais comuns
em entrevistas de emprego e praticar como respondê-las (ex.: descrever o seu perfil, virtudes,
pontos fortes e fracos, objectivos e metas pessoais, sonhos e expectativas de vida, qual o valor
que pode acrescentar no novo posto, descrever o passado noutros postos de trabalho, indicar a
sua expectativa salarial, analisar um estudo de caso, etc.).
Identificar os métodos e procedimentos mais eficazes para obter informações sobre
oportunidades de emprego.
▪ Websites de emprego;
▪ Websites de empresas;
▪ Contactos pessoais, amigos e parentes.
▪ Visitas de prospecção porta-a-porta;
▪ Consulta de anúncios em agências ou centros de emprego;
▪ Consulta de anúncios em jornais;
▪ Anúncios afixados nos quadros comunitários de informações;
▪ Registar-se em websites de emprego para receber revistas com ofertas de emprego;
▪ Procurar se há programas de emprego para jovens na comunidade onde vivo.
Website existentes
▪ https://www.emprego.co.mz/
▪ https://emprego.infromoz.com
▪ https://emprego.mmo.co.mz/
Jornais que têm esta secção:
▪ Jornal de Notícias:
https://www.jornalnoticias.co.mz/ (físico e online)
▪ Sapo: https://emprego.sapo.pt/offers?search=mo%C3%A7ambique (online)
Agências: ▪ Contact: https://www.contact.co.mz/pt/recrutamento/ofertas-de-emprego
▪ P.R.I Consultants
▪ GRH ▪ Atittude [Nota para o(a) formador(a): Escreva no bloco gigante.]
Vantagens e desvantagens de uso métodos:
▪ Algumas plataformas enviam automaticamente as vagas e são de acesso gratuito;
▪ Através das plataformas a concorrência é maior;
▪ As plataformas são bastante respeitadas no mercado;
▪ Plataformas Online podem causar problemas de acesso, porque é preciso aceder a um
computador, ou smartphone e internet;
▪ Empregos são limitados para algumas áreas que são do meu interesse. Jornais físicos
geralmente são pagos;
▪ Por vezes os anúncios estão desactualizados (ex. já passou a data de candidatura);
▪ Centros de emprego e agências podem dar apoio na candidatura e ajudar a identificar as vagas
que mais se aplicam ao meu perfil;
▪ Visitas porta-a-porta demoram tempo e nem sempre têm o retorno desejado.
Será que os estágios podem ser considerados como portas de entrada para o emprego?
Os estágios permitem aumentar a nossa experiência de trabalho, competências e habilidades
tornando-nos mais aptos para um emprego; dão-nos uma oportunidade de mostrar ao
empregador o nosso valor para que ele veja que contratar-nos é uma aposta boa e também
podem levar a contactos úteis para a nossa rede de contactos de procura de emprego.
Visitar regularmente as páginas de internet de alguns empregadores que nos interessam também
é uma boa ideia para ver se eles têm algum anúncio de vagas novo. Pode ser também
interessante apresentar candidaturas espontâneas numa empresa, ou organização que admiram e
gostariam de ter a oportunidade de vivenciar o seu ambiente e oportunidades de trabalho por
perto.
Visitar regularmente as páginas de internet de alguns empregadores que nos interessam também
é uma boa ideia para ver se eles têm algum anúncio de vagas novo. Pode ser também
interessante apresentar candidaturas espontâneas numa empresa, ou organização que admiram e
gostariam de ter a oportunidade de vivenciar o seu ambiente e oportunidades de trabalho por
perto.
Elaboração de CV e carta de recomendação.
Um documento essencial que geralmente precisamos quando nos candidatamos a um emprego
é o Curriculum Vitae, ou CV. O CV é um documento que resume as nossas principais
competências e habilidades, bem como o nosso histórico escolar/de educação e profissional para
nos candidatarmos a um emprego.
REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE CV:
▪ Perfeito nos detalhes - não deve conter erros de ortografia, ou gramática, ou de digitação que
descredibilizam o nosso CV.;
▪ Focado – devemos personalizar/ajustar o CV para cada trabalho para que ele esteja alinhado
com a posição específica a que nos estamos a candidatar (ex. usando palavraschave da vaga de
emprego que façam parte da minha experiência/habilidades);
▪ Limpo e organizado – devemos organizar a informação no CV para que seja fácil de ler e
entender, agrupando a informação por temas. Se possível deve ser digitado a computador e
apresentado de forma esteticamente agradável;
▪ Ser curto O currículo não deve ser por norma superior a 2 faces de uma folha A4 e no inicio
da carreira é aconselhável não ultrapassar 1 página – currículos longos tendem a não ser lidos,
porque geralmente os empregadores têm pouco tempo;
▪ Honesto e positivo - nunca devemos dar informação falsa ou enganosa para tornar o nosso CV
mais atractivo ao empregador. Ex. mentir ou aumentar cargos, datas de graduação ou
contratação. Por outro lado, devemos sim enfatizar conquistas, pontos fortes, sucessos. Muitas
vezes os empregadores fazem uma verificação das informações, mas mesmo quando não o
fazem não queres ser apanhado a mentir numa entrevista porque isso far-te-ia perder uma
oportunidade de emprego!
Exemplo de CV
Jorge Bom Amigo
Rua do Parque, Inhambane
Telemóvel: 2899900 jorgeb@geormail.com
FORMAÇÃO/QUALIFICAÇÕES:
Programa de Certificação em Comida e Bebidas – Nível 1
Centro Nacional de Desenvolvimento de Competências Jan.-Ago. 2011
Graduado com classificação de inteiramente competente
Certificado de Primeiros Socorros
Cruz Vermelha de Inhambane Set. 2011
5 Certificados incluindo Inglês nível 1 e Comida e Nutrição nível 1
Escola Secundária do Bairro C 1996-2001
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
Servente – Hotel Jubileu, Maxixe, 2001-2005
▪ Trabalhou como membro de uma equipa dinâmica, algumas vezes sob pressão.
▪ Prestou serviço excepcional aos clientes.
Cozinheiro – Delícias do Mar, Vilankulo, 2005-2007
▪ Preparou pequenos-almoços e almoços tradicionais moçambicanos.
▪ Preparou menus sozinho.
▪ Foi responsável pelos custos de ingredientes e comida para a cozinha.
▪ Serviu às mesas em períodos movimentados.
APTIDÕES E COMPETÊNCIAS:
▪ Conhecimento detalhado de vinho requintado, licores e organização de mesas.
▪ Competências excepcionais de relações interpessoais e capacidade para se relacionar com
todos os tipos de clientes.
▪ Capacidade para estar sentado ou de pé durante muitas horas e trabalhar de forma eficaz.
▪ Proficiente no uso do Pacote Microsoft Office.

Referências disponíveis mediante solicitação.


Porém este CV pode ser melhorado conforme a especividade da documentação relevante que o
proponente tiver.
O nosso CV é muitas vezes a primeira e única impressão que um empregador tem de nós. Por
isso é fundamental ter um bom CV quando estamos à procura de trabalho de forma a tornarmo-
nos candidatos atractivos para os empregadores e termos mais probabilidades de conseguir a
atenção do empregador e o trabalho.
O CV é uma ferramenta importante usada para apresentarmos o nosso conjunto único de
aptidões, competências, conhecimentos e experiências aos potenciais empregadores, com o
objectivo de conseguir uma entrevista. Em todos os CV há secções que é essencial ter.
As secções principais de um CV :
Cabeçalho e Detalhes de Contacto:
Suas informações de contacto, incluindo e-mail e número de telefone
Educação:
Nome(s) da(s) escola(s) que você estudou, data(s) de conclusão ou de graduação e área(s) de
estudo. DICA: Lista em ordem cronológica, com o programa mais recente em primeiro lugar.
Experiência profissional:
Nome(s) de empresa(s) ou de pessoa(s) que você tenha trabalhado, incluindo o período de
tempo, título do cargo e responsabilidades. Lista em ordem cronológica, com a posição mais
recente em primeiro lugar.
Voluntariado:
Incluir trabalho comunitário ou voluntário, bem como estudo e trabalho remunerado para
prova. Os nomes das organizações onde tem trabalhado como voluntário – se for relevante para
a vaga – assim como o período de tempo, e responsabilidades.
Aptidões e Competências:
Quaisquer talentos especiais ou capacidades que você tem que não são representados em outras
partes do CV, por exemplo, conhecimentos de informática ou exemplos das competências que
possui e que satisfazem os critérios do empregador.
Referências:
O(s) nome(s) e informações de contacto de 2 ou 3 pessoas que podem recomendá-lo para a
posição. Não use os membros da família.
Informações detalhadas de cada secção:
▪ Cabeçalho e Detalhes de Contacto: O cabeçalho deve incluir os dados pessoais essenciais.
O nome oficial/ do BI (não alcunha) deve aparecer em cima e deve destacar-se de tudo o resto
na folha. Queres que o empregador se lembre de quem és. Inclui geralmente também a nossa
morada e número de telefone. Se usarmos email, inclui também o endereço de email. No caso
da inclusão da data de nascimento, nacionalidade e fotografia há diferentes opiniões e hábitos
culturais da relevância da inclusão, ou não.
▪ Perfil pessoal: Esta é uma declaração pessoal opcional no início do CV para mostrar as nossas
principais aptidões, experiências e qualidades pessoais. Inclui geralmente palavras positivas e de
acção tais como “competente”, “adaptável”, “responsável” e “organizado”. Notem que e é
importante rever esta declaração de cada vez que nos candidatamos a um emprego diferente de
forma a destacar aspectos específicos relevantes dessa vaga e ir de encontro aos requisitos de
cada emprego. Esta declaração deve ajudar a tornar claro que somos a pessoa certa para o
emprego. Geralmente quando o nosso CV é acompanhado por uma carta de apresentação
(documento que vamos ver depois) não precisamos de incluir esta declaração
▪ Formação académica/profissional e outras qualificações: Serve para destacar os nomes e
datas de graduação (ou datas previstas para a graduação) de toda(s) a(s) formação(ões) que
recebeste, ou instituições de ensino que frequentaste. Inclui eventuais qualificações e formações
em trabalhos anteriores (por exemplo, formação em saúde e segurança ou um certificado em
higiene alimentar). Deve-se colocar o mais recente primeiro.
▪ Experiência profissional: Nesta secção devemos incluir os antigos empregadores, as suas
moradas/localizações, as datas em que estivemos contratados por eles e os títulos dos cargos
assumidos. Pode ser importante criar um título adequado para descrever as funções se não
tínhamos um cargo com nome especificado e devemos incluir pelo menos uma ou duas linhas
de descrição sobre as principais funções e responsabilidades para que o empregador tenha mais
informação. É importante organizar os dados relacionados com
emprego/trabalho/empreendimento ou negócio, a partir dos mais recentes aos mais antigos; o
mesmo se aplica em relação à formação académica.
▪ Voluntariado: Os empregadores gostam de ver pessoas que se envolveram em actividades
comunitárias ou escolares. Nesta secção, lista as actividades em que participaste e as
organizações de que fizeste parte (ex.: grupos de jovens, clube de teatro, associação de
estudantes, desportos, etc.). Esta secção pode reforçar a tua candidatura se os passatempos e
actividades de lazer destacarem responsabilidades e competências relevantes para o emprego a
que te estás a candidatar. Por exemplo, pertencer a um clube ou a uma sociedade na qual
organizas actividades pode-te ajudar a destacar competências de liderança. Ou teres realizado
um desporto de equipa pode ajudar-te a destacar competências de trabalho em equipa.
▪ Referências: Serve para listar pessoas que possam atestar a nossa experiência, pessoas
credíveis que possam falar sobre o nosso carácter e testemunha que somos um bom trabalhador.
Antigos empregadores, professores, directores, conselheiros e amigos adultos da família são
boas referências. É sempre necessário incluir os seus números de contacto caso o empregador os
queira contactar para pedir informações. Nunca devemos usar amigos ou familiares como
referências profissionais. Além disso devemos sempre informar e pedir autorização às
potenciais pessoas de referência a incluir no CV para que possam estar preparadas para um
eventual contacto.
Lista de controlo de aspectos chave para escrever um excelente CV
▪ Não incluir as palavras “Curriculum Vitae” em cima. É óbvio o que o documento é;
▪ Acrescenta o endereço de email e telefone, indicando, se necessário entre parêntesis o meio
mais conveniente para os empregadores te contactarem.
▪ O cabeçalho deve ser atractivo, por isso devemos centrar e colocar esta secção a negrito para
ajudar a destacar esta informação;
▪ Também não precisas de incluir informação como a tua Nacionalidade (a não ser que seja
solicitado), data de nascimento, idade e estado civil, uma vez que esta informação não deveria
estar na base da decisão de um empregador;
▪ A Formação deve ser listada cronologicamente de forma descendente com a informação mais
recente (e normalmente mais importante) primeiro;
▪ A formatação deve evitar espaçamentos desnecessários, datas desalinhadas, para não dar a
impressão de ser um documento feito à pressa e desorganizado;
▪ Devem evitar-se abreviaturas que não sejam pelo menos uma vez descritas porque os leitores
podem não saber a que se refere;
▪ A data de conclusão dos estudos deve ser incluída assim como as principais disciplinas
frequentadas (especialmente se forem relevantes para a área em que estás à procura de
emprego);
▪ Não é necessário incluir o ensino primário.
▪ A experiência listada deve incluir as datas de início e conclusão, destacar as principais
funções e as competências desenvolvidas no trabalho;
▪ Não ter erros; ▪ Incluir o endereço postal e de email das pessoas de referência;
▪ A expressão “Referências disponíveis mediante solicitação” pode ser usada como alternativa,
uma vez que normalmente as referências são consideradas na fase de entrevistas.
Modelo de CURRICULO VITAE
_________________________________[O Teu Nome]
__________________________[Rua] ____________________________ [Cidade]
_________________________________[Número de Telefone],
___________________________[Endereço de Email]
FORMAÇÃO ACADEMICA /PROFISSIONAL:
Nome da Escola/Organização:
Localização da escola/instituição:
Datas de início e graduação:
Qualificação (Ex.: Certificado, Diploma):
Tópicos/Conteúdos principais:
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
Nome da Empresa:
Local da empresa:
Período de emprego:
Cargo:
Descrição principais actividades/responsabilidades
Nome da Empresa:
Local da empresa:
Período de emprego:
Cargo:
Descrição principais actividades/responsabilidades
APTIDÕES E COMPETÊNCIAS:
Enuncia aqui aptidões informáticas, linguísticas ou outras aptidões pessoais
REFERÊNCIAS:
Nome da Pessoa:
Cargo:
Número(s) de Telefone:
Endereço de Email:
Nome da Pessoa:
Cargo:
Número(s) de Telefone:
Endereço de Email:
Carta de apresentação
A carta de apresentação deve ser redigida em resposta às vagas específicas seleccionadas.
Apenas dessa forma poderemos salientar as características/ habilidades específicas referidas na
vaga de emprego.
ELEMENTOS DA CARTA DE APRESENTAÇÃO
▪ Nome e os Dados de Contacto
▪ Data
▪ Dados de Contacto do Empregador, Cargo e endereço
▪ Saudação
▪ Parágrafo Introdutório
▪ Parágrafo(s) Intermédio(s) ou Corpo da Carta
▪ Parágrafo final
▪ Fórmula de Despedida
▪ Anexos (CV, cartas de recomendação, etc.)
A carta de apresentação é geralmente a primeira impressão que o recrutador tem de você e deve
sempre ter uma aparência formal.
O empregador deve também ter logo todos os nossos detalhes. Uma carta de apresentação deve:
▪ referir a vaga a que a pessoa se está a candidatar – por vezes as organizações têm mais de uma
vaga, ou o candidato pode estar a fazer uma candidatura espontânea;
▪ demonstrar entusiasmo com a empresa e do cargo;
▪ dar uma explicação breve de por que é que nos estamos a candidatar para essa vaga
MODELO DE CARTA DE APRESENTAÇÃO
[Data] [Nome]
[Dados de Contacto]
[Nome da Pessoa de contacto e Título do Cargo
Empresa
Morada]
[Saudação]
Exmo. Sr. /Exma. Sra, [Primeiro e Último Nome]
[Parágrafo Introdutório: O primeiro parágrafo da carta de apresentação diz ao empregador
qual é o cargo a que te candidatas, como é que tiveste conhecimento da vaga e porque é que
estás interessado nela.]
[Parágrafo (s) Intermédio (s) ou Corpo da Carta]: O corpo da carta de apresentação deverá
explicar com maior detalhe porque é que te qualificas para o cargo, destacando experiências
académicas e formativas relevantes. Menciona especificamente como é que as tuas
qualificações se aplicam ao emprego a que te estás a candidatar. Lembra-te, estás a sintetizar o
teu CV e não a repeti-lo.]
[Parágrafo Final Conclui a tua carta de apresentação, agradecendo ao empregador por te
considerar para o cargo e inclui informação sobre como poderá ser contactada.]

[Fórmula de Despedida]
Atenciosamente,
[Assinatura]
[Nome e Apelido]
Competências:
No essencial, as competências chave numa vaga são um grupo de atributos de que os
empregados necessitam para realizar o seu trabalho de forma eficaz.
As competências e habilidades necessárias geralmente variam entre diferentes indústrias e
níveis de responsabilidades.
Eis algumas competências que atraem os empregadores:
▪ Capacidade de resolução de problemas;
▪ Pensamento Crítico;
▪ Trabalho em equipa;
▪ Criatividade;
▪ Boa comunicação verbal e escrita;
▪ Capacidade de estabelecer boa relação com outras pessoas;
▪ Adaptabilidade;
▪ Resiliência;
▪ Capacidade de tomada de decisão;
▪ Organização;
▪ Capacidade de negociação;
▪ Liderança;
▪ Honestidade;
▪ Sentido de responsabilidade.
Requisitos ao nível de outro tipo de competências:
▪ Espírito dinâmico;
▪ Trabalhar em Equipe;
▪ Integridade e Honestidade;
▪ Demonstrar capacidade de executar tarefas-chave e implementar projectos para a resolução;
▪ Forte organização e habilidades de pensamento crítico;
▪ Habilidade e impulso para trabalhar de forma independente;
▪ Humildade, honestidade e flexibilidade
Preparar-se adequadamente para uma entrevista:
Preparar-se adequadamente para uma entrevista inclui:
a) Saber as informações básicas sobre a empresa, sector e outra activdade.
b) Saber quais são as tarefas/ requisitos do posto pelo qual se candidata.
c) Preparar potenciais perguntas e respostas.
Assim como é importante para nós aproveitarmos a entrevista para determinar se a posição
é a opção certa para nós, é também importante para a organização/empregador determinar
se nós somos a pessoa certa para o cargo.
As primeiras impressões são formadas rapidamente, por isso é muito importante estar bem
preparado e apresentarmo-nos de forma adequada!
RA4 : Demonstrar compreensão sobre o funcionamento duma organização
Neste tema iremos explorar as formas como as organizações geralmente estão estruturadas e
divididas entre áreas de trabalho e como é feita a gestão das actividades e a comunicação
entre os seus diferentes sectores, ou áreas de trabalho. Depois, iremos identificar as
características de um bom trabalhador e o que são comportamentos adequados no local de
trabalho, os benefícios de ser um bom trabalhador, ou ter comportamentos adequados no
local de trabalho e as implicações de não respeitar essas boas características, ou não ter
comportamentos adequados no local de trabalho. Organização no âmbito deste tema é um
grupo de pessoas unidas por um objectivo de trabalho comum. É a forma como as pessoas,
numa empresa, ou num negócio, se inter-relacionam entre si com vista a uma mesma
finalidade.
Tanto em empresas pequenas como em empresas gigantes, são necessárias pessoas para
desempenhar diversas funções; Pessoas que trabalham juntas para determinado objetivo.
Geralmente nas organizações há uma pessoa que exerce um papel de liderança, assim como
há também funcionários que podem ter diferentes responsabilidades: a responsabilidade de
planear e controlar os recursos humanos e outros recursos materiais, a responsabilidade de
gerir recursos financeiros e tecnológicos disponíveis na empresa, etc. Em empresas muito
pequenas esses papeis podem ser todos desempenhados pela mesma pessoa, mas em
empresas ligeiramente maiores costuma haver a necessidade de ter pessoas especializadas
na realização de certas actividades, porque uma pessoa não consegue desenvolver todas as
actividades em simultâneo.
As organizações são um conjunto de áreas ligadas entre si. Há muitos comportamentos
associados a ser-se um bom trabalhador, dos quais dependemos para manter o emprego que
tanto trabalho nos pode ter dado conseguir!
As principais características de um bom trabalhador são:
▪ Ser pontual;
▪ Não faltar sem avisar;
▪ Ser trabalhador;
▪ Não roubar a empresa;
▪ Ser simpático com os clientes;
▪ Dar-se bem com os colegas;
▪ Saber tomar decisões.
Estas todas características definem-se em cinco pilares que são:
▪ Assiduidade;
▪ Pontualidade;
▪ Produtividade;
▪ Atitude positiva;
▪ Cooperação.
1. Comportamento de um trabalhador assíduo:
▪ Apresenta-se todos os dias pronto para o trabalho;
▪ Vai trabalhar todos os dias sem excepção;
▪ Avisa com antecedência no caso de ausência ao serviço;
▪ Apresenta-se descansado e sóbrio.
2. Característica de um trabalhador pontual:
▪ Não se atrasa ao trabalho;
▪ Sai cedo de casa para evitar atrasos;
▪ Cria um plano para o seu transporte, ou seja, pensa antecipadamente como vai chegar ao local
de trabalho;
▪ Cria um plano B para se alguma coisa correr mal com o seu primeiro plano de transporte (ex.
se o seu chapa se atrasar).
3. Características de um trabalhador produtivo:
▪ Organiza o seu trabalho de forma a executar todas as tarefas que lhe são atribuídas, por
exemplo recorrendo a uma lista de tarefas;
▪ Começa logo a trabalhar quando chega ao local de trabalho;
▪ Não faz pausas desnecessárias;
▪ Cria um ambiente de trabalho eficiente sem distracções (ex. não consulta constantemente o
seu telefone para assuntos pessoais);
▪ É organizado para cumprir as suas tarefas dentro do plano de trabalho que tinha feito;
▪ Todos os dias conclui todo o trabalho com os recursos e tempo disponíveis.
4. Características de um trabalhador manifesta uma atitude positiva no trabalho:
▪ Demonstra interesse no trabalho para o qual foi contratado, sendo comprometido com as suas
tarefas;
▪ Mostra vontade de aprender e melhorar as suas habilidades e competências.
5. Caraterísticas de um trabalhador que demonstra cooperação no seu ambiente de
trabalho:
▪ Dá-se bem com os outros;
▪ É amigável e procura criar relações positivas com os seus colegas, supervisores e clientes;
▪ É sensível para com as limitações dos outros e ajuda-os sempre que possível;
▪ Tem espírito de equipa e demonstra empenho para alcançar as metas da equipa/da empresa.
Essas 5 chaves para ser um bom trabalhador aparentam ser muito simples, mas muitos
trabalhadores têm dificuldades em cumpri-las de forma consistente.
Vantagens para a empresa e para os trabalhadores no cumprimento das cinco chaves:
▪ A empresa é mais produtiva;
▪ Há menos conflitos entre trabalhadores;
▪ O ambiente de trabalho é mais saudável;
▪ A empresa precisa manter uma óptima reputação no mercado.
Protocolo no local de trabalho
Quando estamos no trabalho, devemos seguir regras e comportarmo-nos de forma apropriada.
Esse conjunto de comportamentos, normas, procedimentos e atitudes chama-se protocolo de
trabalho. A vossa lista de boas práticas é de certa forma uma parte dos protocolos e acções que
são esperados dos colaboradores numa certa organização. Os protocolos podem variar de
empresa para empresa, mas existem elementos gerais que se aplicam a praticamente todas as
organizações, se não todas.
Todos os empregadores têm um conjunto de regras que os funcionários devem seguir para que
o trabalho seja feito atempadamente, de forma segura e organizada. Seguir o protocolo no local
e trabalho ajuda-nos a ser mais produtivos e apreciados enquanto trabalhadores, assim como
torna toda a organização mais produtiva, o que poderá ter ganhos adicionais para nós (ex.
remunerações mais altas). Se o vosso empregador tiver um manual do funcionário, ou outro
semelhante, é importante que se familiarizem com ele de forma a não comprometer o
desempenho das vossas funções.

RA5: Saber trabalhar em equipa:


Uma equipa são duas, ou mais pessoas, que precisam de trabalhar juntas para fazer alguma
coisa.
O foco da actividade é a importância do trabalho em equipa e nas vantagens de ter uma equipa
bem estruturada e equilibrada, na qual os pontos fortes e fracos individuais dos membros se
complementem mutuamente e em que entre todos os membros da equipa existem todas as
competências e habilidades necessárias.
Características essenciais dos membros de equipa:
Na maioria dos casos uma pessoa sozinha não consegue atingir um objectivo desejado. Tem que
trabalhar em equipa, de forma eficaz.
Para ser um bom membro de equipa é necessário:
▪ Ter respeito pelos outros;
▪ Ser colaborativo(a);
▪ Ser aberto(a);
▪ Ser flexível;
▪ Ser alguém que sabe ouvir;
▪ Ser alguém que sabe motivar os outros.
Até se necessário ter as seguintes características abaixo:
Alguém disponível para ajudar os outros, é alguém que…
▪ Mostra como fazer algo de uma forma melhor;
▪ Dá conselhos úteis;
▪ Explica alguma coisa para ajudar alguém a entender melhor o que deve fazer;
▪ Voluntaria-se para ajudar a cumprir determinada tarefa.
Alguém que faz a sua parte
▪ Chega a tempo;
▪ Trabalhar e executa bem a sua função;
▪ Não faz pausas desnecessárias que comprometem o trabalho dos outros;
▪ Não se distrai facilmente do seu trabalho.
Alguém que é positivo, motivador e empático
▪ Demonstra preocupação quando os outros têm problemas;
▪ Tratar os outros com simpatia;
▪ Diz aos outros quando eles fazem um bom trabalho para os motivar. S
Benefícios de trabalhar em equipa:
▪ Os membros de equipa geralmente têm características complementares que permitem ao
grupo obter melhores resultados;
▪ Pensar num tema/tópico em equipa permite chegar a mais, melhores e mais sólidas ideias;
▪ Ter mais pessoas a trabalhar por um objectivo permite agilizar a concretização de uma
actividade.
Uma boa comunicação:
Um elemento importante em equipas de trabalho é as pessoas da equipa serem capazes de
comunicar de forma eficaz umas com as outras.
Qual é o significado da comunicação:
▪ Processo de partilha de informações, pensamentos e sentimentos (o qual pode ser verbal,
escrita, ou linguagem corporal).
As informações partilhadas devem ser recebidas e compreendidas da mesma forma com que
foram concebidas pela pessoa que as transmite; isto é: a comunicação deve ser eficaz.
A Comunicação eficaz não é fácil porque há muitos componentes que influenciam a
transmissão correcta da nossa mensagem!
Estilos de Feedback
Muitas vezes damos feedback aos outros, mas que nem sempre ele é construtivo ou ajuda os
outros a fazer melhor.
Existem três estilos principais de como dar feedback construtivo:
▪ Estilo directo;
▪ Estilo sanduiche;
▪ Estilo com ênfase na correcção.
No Estilo Directo vamos dizer à outra pessoa, de forma muito directa, exactamente o que ela fez
de certo ou de errado.
No Estilo Sanduiche: começa-se com elogios e passamos ao menos positivo e terminamos com
elogios. Isto é intercalamos.
Estilo com ênfase na correcção: em vez de colocar a ênfase no erro colocamos a ênfase em
termos de como corrigir da melhor forma possível.
Por que é que devemos dar feedback uns aos outros?
▪ É importante que uma pessoa perceba o que fez de errado para poder fazer melhor da vez
seguinte... para perceber melhor se tiver alguma dúvida;
▪ É uma oportunidade para crescer;
▪ Podemos perceber melhor os nossos pontos fortes e fracos.
O objectivo principal de dar feedback a outra pessoa deve ser o de promover uma mudança de
comportamento para melhorar o desempenho de um colega e por consequência da empresa, ou
negócio.
Regras fundamentais que temos de respeitar antes de dar feedback a alguém:
▪ Pensar em formas de melhoria, ou formas para resolver o problema que podemos
sugerir: Sugerir melhorias concretas, ou formas de resolver o problema mostra não só que
pensámos bem no que estamos a dizer como dá ao receptor do feedback os passos que este deve
fazer para melhorar. Sem isso, o receptor pode receber o feedback, mas não fazer nenhuma
alteração no seu comportamento por não saber o que pode fazer para melhorar;
▪ Decidir qual é o objectivo do feedback.
Devemos certificar-nos que antes de dar feedback, sabemos por que é que o estamos a fazer e o
que é que queremos mudar no comportamento de alguém. Se estamos a dar feedback apenas
para aborrecer alguém e mostrar que tínhamos razão então já não pode ser considerado feedback
construtivo e é melhor ficarmos com ele só para nós;
▪ Pensar como avançar na conversa devagar e cuidadosamente.
Não queremos que a pessoa que está a receber o feedback fique à defesa. Devemos introduzir o
feedback construtivo lentamente, avaliando a reacção da outra pessoa à medida que o vamos
dando, evitando que ela fique à defesa;
▪ Reconhecer que podemos não saber a história toda.
Antes de tirar conclusões de uma situação devemos perguntar à pessoa que está a receber o
feedback construtivo qual é o seu entendimento da situação. A outra pessoa pode saber de algo
que nós não sabemos, ou interpretar a situação de outra forma justificadamente e isso justificar
o seu comportamento;
▪ Evitar a pergunta “Porquê”.
O pronome interrogativo “Porquê” pode fazer com que as pessoas fiquem à defesa e pressupõe
que alguém tem culpa. Em vez disso, usamos palavras como: como, quando, onde, o que
aconteceu, etc.
Como receber feedback?
▪ Ouvir atentamente – Devemos ouvir o feedback cuidadosamente sem julgamentos, ou raiva.
Devemos lembrar-nos que o feedback pretende ajudar-nos e não deitar-nos abaixo;
▪ Fazer Algumas Perguntas para entender melhor – Devemos demonstrar interesse na
crítica, ou feedback, fazendo perguntas para clarificar alguma parte que não entendemos; ou
tentar entender as razões que levam a pessoa a dar esse feedback;
▪ Pedir indicações sobre soluções – Devemos perguntar como é que podemos melhorar a
situação, em vez de nos focarmos no erro;
▪ Responder – Por vezes pode ser importante explicar algumas circunstâncias que a pessoa
possa não saber, mas não devemos ter uma desculpa para tudo. O foco deve estar na solução do
futuro e não no erro do passado;
▪ Dizer Obrigado(a)! – O feedback pretende ajudar-nos, por isso devemos agradecer a quem
nos dá feedback pelo seu tempo. Uma pessoa que gasta do seu tempo para nos dar feedback é
porque acredita que podemos fazer melhor e isso é um voto de confiança.
Sempre que possível devemos também lembrar-nos de dar feedback positivo. Este tipo de
feedback ajuda os outros a manter-se, ou ficar mais motivados para o trabalho, porque
acreditam que o seu trabalho é valorizado!
Gestão de Emoções para estabelecimento de relações positivas:
As pessoas que não gerem bem as suas emoções podem prejudicar a sua capacidade para
trabalharem correcta, ou rapidamente; também podem provocar problemas nas suas relações
com os outros.
Dicas úteis para gerir as emoções fortes:
▪ Pensar antes de agir;
▪ Fazer uma pausa para beber água;
▪ Fazer exercícios de respiração;
▪ Contar lentamente até 10;
▪ Estar ciente de que está a experimentar emoções excessivamente fortes e fazer por não
exagerar;
▪ Decidir responder à situação mais tarde, dando tempo para pensar e acalmar;
▪ Falar com alguém de confiança e que tem conhecimentos, ou capacidade para poder ajudar;
Saber gerir emoções fortes e compreender bem as suas emoções antes de reagir é essencial para
ser um bom membro de equipa.
Porque é que tanto na vida pessoal, como no trabalho, é fundamental saber gerir emoções
fortes?
▪ Permite impedir ofensas, mal entendidos, ambientes desagradáveis de trabalho e cortes de
relações com colegas e amigos, ou possíveis despedimentos, por criar ambiente impróprio ao
trabalho.
Quais são as vantagens de gerir emoções fortes?
▪ Manter um equilíbrio de modo a ter uma vida profissional e pessoal saudável e equilibrada;
▪ Reage adequadamente às situações;
▪ Positividade: eles estão sempre olhando para frente e se concentrando em como avançar;
▪ Estabilidade: capazes de controlar suas emoções, tornando o ambiente menos stressante;
Saber o que funciona para gerir emoções fortes vai ajudá-nos a saber o que fazer sempre que
alguma coisa acontecer e provocar emoções fortes, também nos vai ajudar a manter relações
positivas.
RA6: Demonstrar proactividade e resiliência:
Trabalhemos sobre o nosso próprio autoconhecimento e como conhecer melhor as nossas forças
e fraquezas para nos permitir ter mais possibilidades de conseguir alcançar as nossas metas
profissionais ou empresariais.
O que é uma pessoa proactiva e como se comporta?
▪ Alguém que não espera que as coisas lhe caiam no colo sem esforço;
▪ Alguém que antecipa as situações e está preparado para lidar com elas antes mesmo de
acontecerem.
E uma pessoa resiliente? Como é e como se comporta?
▪ Uma pessoa que não desiste à primeira dificuldade;
▪ Uma pessoa que consegue lidar com problemas;
▪ Uma pessoa que sabe adaptar-se às mudanças mesmo que sejam situações adversas.
Uma pessoa é proactiva e resiliente é:
▪ flexível e dinâmica;
▪ tem confiança e perseverança;
▪ direccionada para o alcance dos objectivos/resultados não desistindo nas dificuldades;
▪ se mantém positivo nas dificuldades
Pontos fortes e fraquezas:
Cada um de nós tem pontos fortes e fracos. Mas podemos trabalhar em potenciar os nossos
pontos fortes e fracos no nosso trabalho e na nossa vida doméstica. Se o fizermos, seremos mais
felizes e mais bem sucedidos!
Ao mesmo tempo para o nosso crescimento é importante também sabermos reconhecer os
nossos pontos fracos e vermos isso como oportunidades de aprendizagem e auto fortalecimento.
Alguns exemplos de pontos fortes:
-Competência, disciplina, ética, bom comportamento intrepessoal, determinação, dinamismo,
optimismo, confiança, perseverança, direcionado para o alcance dos objetivos /resultados.
Alguns exemplos de pontos fracos:
- Incompetência, falta de disciplina, inconsistência, dificuldade no relacionamento interpessoal,
passividade.
O insucesso nem sempre é uma coisa má. De uma forma geral, o insucesso pode ser uma
oportunidade de crescimento.
O melhor processo para aprender e crescer com o insucesso é seguir os “Três As”.
Qual é o significado dos “Três As”?
A- Admitir A- Aceitar ou Assumir A- Adaptar-se
Porque é importante admitir?
▪ O primeiro passo importante para aprender com um insucesso é reconhecer que ele aconteceu.
Não devemos tentar o esconder.
Por que é importante aceitar ou assumir?
▪ O segundo passo importante é ver o insucesso pelo que ele é, sem tentar imputar culpas,
entender porque aconteceu / olhar para as suas causas de raiz.
Por que é importante adaptar-se?
▪ O último passo importante é descobrir como usar o insucesso para crescer, fazer melhorias e
não voltar a repetir o mesmo erro.
FIM

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