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novo

língua portuguesa
ensino fundamental - anos iniciais
ensino fundamental - anos iniciais

Marco Saliba
Marco Saliba
Luana Vignon
Luana Vignon
Meyre Barros
Meyre Barros Custódio
Custódio

VOLUME 4
Copyright © 2022 da edição: Eureka Soluções Pedagógicas
Editor executivo: Marco Saliba
Diretoria: Júlio Torres
Carlos Garrido
Gerente de produção: Marcelo Almeida
Coordenação editorial: Elizete Oliveira
Assistentes editoriais: Claudia Enabe
Mayara Ferreira
Stephany Ganga
Equipe pedagógica: Denis Prates
Edson Santana
Marcela Rodrigues
Editor de arte: Miguel Mael
Diagramação: Caio Cézar
Felipe Ferri
Imagens: Depositphotos
FreePik
TEXTO CONFORME NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA.
Catalogação na Publicação (CIP)
(BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)
V739n Vignon, Luana
1.ed. Novo avalia Brasil : língua portuguesa :
ensino fundamental : 4º ano / Luana Vignon, Marco

Saliba, Mayre Barros Custódio Vigna ; colaboradores


Beatriz Bajo, Natiele Lucena. – 1.ed. – São Paulo :
Eureka Soluções, 2022.
112 p.; il.; 27,5 x 20,5 cm.
Bibliografia
ISBN : 978-65-89923-02-2 (Livro do aluno)
ISBN : 978-65-88159-91-0 (Livro do educador)

1. Língua portuguesa (Ensino fundamental.)


I. Saliba, Marco. II. Vigna, Mayre Barros Custódio.
III. Bajo, Beatriz. IV. Lucena, Natiele. V. Título.
07-2022/66 CDD 372.6

Índice para catálogo sistemático:


1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6
Bibliotecária : Aline Graziele Benitez CRB-1/3129
apresentação
A coleção Novo Avalia Brasil propõe, com
referência nas habilidades descritas na Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), preparar você
para a avaliação Saeb. Além disso, funcionará
como um meio de analisar a turma como um
todo, identificando as lacunas de aprendizagem e
valorizando o desenvolvimento coletivo.

As habilidades e competências trabalhadas


neste material constituem a base para seu pleno
desenvolvimento escolar, não apenas em Língua
Portuguesa e Matemática, pois o domínio da
leitura e da escrita, bem como do raciocínio
lógico, são os principais pontos de acesso para
todos os campos do conhecimento: História,
Geografia, Ciências, Arte, Educação Física e
Língua Inglesa.

O uso dos personagens Carla e Diogo tem como


objetivo aproximá-lo desse universo e facilitar o
aprendizado. Por meio desse recurso didático
serão transmitidos conteúdos explicativos, dicas
variadas e curiosidades.

Olá! Somos Carla e Diogo. Nossas dicas e


nossos comentários servirão de orientação
para você completar as atividades e arrasar
nos simulados.
Sobre os autores
Morgana Cavalcanti
Escritora, editora, formada em Ciências Sociais. Desenvolveu projetos na área de
formação de leitores e mediação de leitura. Participou de diversos projetos literários
e tem várias obras publicadas na área de educação. Atualmente dedica-se à edição
de livros didáticos e paradidáticos.

Caio Assunção
Educador, editor, formado em Letras, Linguística e Pedagogia. Atuou em salas de
aulas de escolas públicas e particulares na região de São Paulo. Desenvolveu traba-
lhos junto a prefeituras e estados na área de formação de educadores para Educa-
ção Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Tem várias obras publicadas e atualmente
dedica-se à edição de livros didáticos e paradidáticos.

Regina de Freitas
Mestre em Ciências Sociais, Psicopedagoga, Administradora de Recursos Huma-
nos. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Nove de Julho. Atuante
como coordenadora de cursos no Ensino Superior, responsável por recrutamento de
educadores, experiência na área de Educação, pesquisas e trabalho voluntário com
crianças e adolescentes com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino, atuando
principalmente nos seguintes temas: educação, diversidade cultural, construtivismo,
inclusão e Educação de Jovens e Adultos. Professora da FMU no curso de Pedago-
gia, autora e coautora de obras de pesquisa, pedagógicas e didáticas.
Equipe técnica de Língua Portuguesa:

Augusto Silva: Professor de Língua Portuguesa, revisor, escritor e roteirista.

Beatriz Bajo: Especialista em Literatura Brasileira (UERJ), Gestão Escolar (FCE) e


cursando Docência do Ensino Superior (FCE), graduada em Letras (UEL). Poeta, di-
retora-geral da Rubra Cartoneira Editorial, revisora, tradutora, professora de Língua
Portuguesa e Literaturas de língua portuguesa.

Natiele Lucena: Professora alfabetizadora há mais de dez anos, formada pelo ma-
gistério, graduada em Pedagogia e pós-graduada em Educação Especial e Inclusiva.

Equipe técnica de Matemática:

Luciana Batista de Souza: Especialista em Neuropedagogia, graduada em Física (UEL)


com experiência em docência nas disciplinas de Física e Matemática para educação in-
dígena, deficientes auditivos, turmas de inclusão, turmas de ensino regular Fundamental
I e II e Ensino Médio, Coordenação de Projetos do Mais Educação SEED/PR, direção
geral e coordenação na Escola Múltipla Escolha Ensino Fundamental Londrina.
Sumário
LIÇÃO 1: FATURAS E BOLETOS..................................... 7

LIÇÃO 2: SUBSTANTIVOS............................................ 15

LIÇÃO 3: FÁBULA........................................................ 39

LIÇÃO 4: CONTO DE FADAS E CONTO DE AVENTURA.........45

LIÇÃO 5: CANÇÃO E POEMA....................................... 57

LIÇÃO 6: RÓTULOS, ETIQUETAS E EMBALAGENS......... 63

LIÇÃO 7: CALENDÁRIO.................................................67

LIÇÃO 8: MAPAS E LEGENDA CARTOGRÁFICA........... 71

ATIVIDADES COMPLEMENTARES................................ 81

JOGO CAMINHADA DOS ANIMAIS ..............................94

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA......................................... 99

BIBLIOGRAFIA ..........................................................111
OVO
L- língua portuguesa - volume 4

A Lição 1
A S I L - Faturas e boletos

OVO Que tipo de contas você acha que são pagas mensalmente em uma
1IAcasa?
VAL Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comentem as contas de consumo, como água, energia elétri-

I L
ca, telefone, gás.

A S
BR 2 Você reconhece esta imagem? Compartilhe oralmente.
N O V OEspera-se que os estudantes percebam o formato do documento e o associem a um boleto bancário.

A V A L -
Banco
O
B R A -
IA
AS I L -
O V O
L-N -
A V A L
V O Observe esta outra imagem.

S I L -
RA
BNCC
(EF04LP09) Ler e compreender,

N O V O com autonomia, boletos, faturas e

SIL -
carnês, dentre outros gêneros do
campo da vida cotidiana, de acor-

IA
do com as convenções do gênero

A V A L (campos, itens elencados, medidas

V O
de consumo, código de barras) e

-
considerando a situação comunica-

IA B R A tiva e a finalidade do texto.

A L IA
A V A L
O V O S I L
IA B R A
VAL
S I L - 7
novo

3 Com a ajuda do professor, responda.


a) O que significa o termo “titular” em uma fatura?
Para fins de compras e pagamentos, o titular é aquele que é designado para realizar transações em
uma conta.

b) No exemplo, quem é o titular da fatura?


Cristiane Souza Santos.

4 Observe a imagem a seguir e responda.

Aqui, você encontra


informações sobre
o titular da conta e o
endereço do imóvel. Classificação da categoria
do seu imóvel e número
de unidades que utilizam os
Neste espaço, estão as
serviços de água e/ou esgoto.
informações sobre a leitura
realizada no seu hidrômetro,
bem como os períodos de Informações sobre
medição. a qualidade da água você
encontra neste espaço.

Neste campo, é possível


verificar o histórico de
consumo de água e/ou
esgoto, taxas de serviços
solicitados, multas, tarifa de
contingência etc. Aqui, ficam as informações
sobre os tributos, valores
dos serviços, mês da fatura,
data de vencimento e valor
total a pagar.
Espaço para dados sobre
meta de consumo, possíveis
débitos e informações
complementares aos clientes.
Novo campo disponível
para avisos e notificações
ao cliente referentes a
débitos pendentes.

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língua portuguesa - volume 4

a) O que está sendo cobrado na conta?


O consumo de água.

b) O que significa a expressão “AVISO DE CORTE” na parte inferior da


conta ?
Caso o pagamento não seja feito, o fornecimento de água será suspenso.

O boleto é um documento financeiro


emitido por uma empresa para paga-
mento on-line, em agências bancárias
ou lotéricas. A fatura é um documento
comercial que descreve os produtos ou
serviços adquiridos.

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BNCC
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações
de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam
Leia o texto a seguir. em meios impressos ou digitais.
5
Origem do Dinheiro
A história da civilização nos conta que o homem primitivo vivia de
forma muito simples estabelecendo uma relação de convivência com
o meio no qual estava inserido, defendendo-se do frio e da fome,
abrigando-se em cavernas e alimentando-se de frutos silvestres, ou
do que conseguia obter da caça e da pesca. Ao longo dos séculos,
com o aprimoramento e evolução de suas habilidades e necessida-
des, o homem passou a sentir a necessidade de maior conforto e, nas
relações com seus semelhantes, como decorrência das necessidades
individuais, surgiram as trocas.
Esse sistema de troca direta, que durou por vários séculos, deu ori-
gem ao surgimento de vocábulos como “salário”, o pagamento feito
através de certa quantidade de sal; “pecúnia”, do latim “pecus”, que
significa rebanho (gado) ou “peculium”, relativo ao gado miúdo (ove-
lha ou cabrito).
As primeiras moedas, tal como conhecemos hoje, peças represen-
tando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia),
no século VII a.C.
As características que se desejava ressaltar eram transportadas para
as peças através da pancada de um objeto pesado (martelo), em pri-
mitivos cunhos. Foi o surgimento da cunhagem a martelo, em que os
signos monetários eram valorizados também pela nobreza dos metais
empregados, como o ouro e a prata.
Origem do dinheiro. Disponível em: https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/
origem-do-dinheiro.html. Acesso em: 6 dez. 2021.

a) De acordo com o texto, onde surgiram as primeiras moedas tal


como conhecemos hoje?
Lídia, atual Turquia.

b) Pelo contexto, o que você acha que significa “cunhagem”? Se ne-


cessário, consulte um dicionário.
Cunhagem é literalmente transformar metal em moeda, cunhar como amoedar.

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língua portuguesa - volume 4
BNCC
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
c) E “pecúnia”?
Nome popular atribuído ao dinheiro. Antiga forma de pagamento feito através da entrega de animais
de rebanho.

d) Defina com suas palavras o que significava originalmente o termo


“salário”.
Pagamento feito através de certa quantidade de sal.

Leia o texto a seguir:


6
De acordo com o texto lido anteriormente, o salário era o pagamento
feito através de certa quantidade de sal e ainda se menciona o paga-
mento feito também com animais, como ovelhas e cabritos, de acordo
com a necessidade de sobrevivência em tempos remotos, diferente do
que vivemos agora. Hoje em dia, em troca de seu _________________
o homem recebe _________________, que é o seu _________________
para que possa garantir sua sobrevivência que passa pela compra de
alimentos, roupas, medicamentos, entre outros itens.

• Assinale com um X a alternativa com as palavras que completam ade-


quadamente o texto acima:

( ) Bolsa, exercício, benefício.


( x ) Trabalho, dinheiro, salário.

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7 Antigamente se utilizava sal e até mesmo animais para pagamento


como sistema de troca e conveniência de benefícios essenciais para
a existência humana.
a) Quais as formas de pagamento nós utilizamos atualmente?
Dinheiro cédulas e moedas, boletos bancários, cartão de crédito e de débito, cheque e Pix.

b) Faça uma pesquisa na biblioteca da escola e verifique nos livros


disponíveis registros sobre diferentes formas de pagamento ao longo
da história da humanidade. Escreva nas linhas a seguir, de maneira re-
sumida, a forma que você achou mais interessante.
Resposta pessoal.

BNCC
(EF35LP02). Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho
de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digi-
tais para leitura individual, justificando a escolha e compar-
tilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.
(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala
de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens,
diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito,
planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à
situação comunicativa.

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língua portuguesa - volume 4

Comparando a forma antiga de efetuar pagamentos com as atuais,


8 leia a seguinte manchete de uma notícia, converse com o(a) profes-
sor(a) e os colegas e compartilhe oralmente sua opinião.

Boletos vão deixar de existir porque os jovens digitais não ligam mais?
Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/07/06/geracao-cringe-giria-boleto-
vai-acabar.htm. Acesso em: 6 dez. 2021.

Respostas pessoais. Espera-se que o estudante perceba que, conforme a necessidade de adaptações,
dentro de um processo natural, outros sistemas podem surgir na medida em que outros vão sendo aban-
donados.

Observe atentamente as imagens a seguir.


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BNCC
(EF35LP15) Opinar e defender
ponto de vista sobre tema po-
lêmico relacionado a situações
vivenciadas na escola e/ou na
comunidade, utilizando registro
formal e estrutura adequada à
argumentação, considerando
a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF15LP09) Expressar-se em
situações de intercâmbio oral
com clareza, preocupando-se
em ser compreendido pelo in-
terlocutor e usando a palavra
Disponível em: https://jornal.usp.br/tag/arte-rupestre/.com tom de voz audível, boa
Acesso em: 26 jul. 2022. articulação e ritmo adequado.

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a) Agora, leia este texto.


De acordo com a evolução da condição humana e sua existência na
Terra, na relação com o ambiente e tudo o que nele habita, compreen-
demos que a tecnologia teve início quando o homem começou a de-
senvolver ferramentas que o ajudassem em seus afazeres e na resolu-
ção de problemas.

Tecnologia significa técnica, arte e até mesmo


estudo. A palavra de origem grega representa
o conjunto de técnicas, habilidades, métodos e
processos usados na produção de bens ou ser-
viços, ou na realização de objetivos, como em
investigações científicas.

b) Observe e escreva a seguir alguns itens tecnológicos disponíveis ao


seu redor.
Possíveis respostas: Computador, tablet, celular, entre outros.

BNCC
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto
da frase ou do texto.

c) Escreva com suas palavras em que medida esses aparelhos facilitam


nossa vida.
Resposta pessoal.

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BNCC língua portuguesa - volume 4
(EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas
em textos, como forma de apresentação de dados e informações.

Lição 2
Substantivos

Observe o gráfico.
1

Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/20787-uso-de-


-internet-televisao-e-celular-no-brasil.html. Acesso em: 5 ago. 2022.
a) O que indica a cor verde nesse gráfico?
Significa a porcentagem total de domicílios com utilização de internet no Brasil.

b) O que indica a cor marrom no gráfico?


Significa a porcentagem de domicílios, na zona rural, com utilização de internet no Brasil.

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novo

c) O que significa a sigla IBGE? Por que esse instituto é importante?


Faça uma pesquisa e escreva sua resposta nas linhas a seguir.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Órgão responsável por coletar e prover informações geográficas e estatísticas do Brasil, quer sejam so-

ciais, econômicas e da geografia brasileira. Sobre a importância do IBGE, a resposta é pessoal para cada
estudante, mas ressalte a importância de se conhecer tais informações sobre o país para que sejam
propostas políticas públicas eficazes e que melhorem a qualidade de vida da população.

d) Segundo informações do próprio gráfico, qual região do país tem


menor índice de utilização de internet?
Região Nordeste.

e) Em sua opinião, por que a região Nordeste é que a que tem menor
índice de utilização de internet? Compartilhe sua resposta oralmente.
Resposta pessoal.

Para informações adicionais, acesse o


texto: “Acesso à Internet e à televisão
e posse de telefone móvel celular para
uso pessoal 2021”, pelo QR Code:

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língua portuguesa - volume 4

Leia o texto a seguir.


2
Nova mensagem

Para: Cc Cco
Assunto:

Prezada senhora Sandra Regina,

Encaminho esse e-mail para pedir uma ajuda, se possível.

Me chamo Luiz e tenho 15 anos, moro com meus pais Soraia


e Júlio e meu avô André e nós todos somos de Jaú.

Meu avô é um senhor muito gentil, mas ele não sabe como
utilizar o celular e toda hora pede minha ajuda e eu estou
sem paciência já, pois toda vez que eu quero utilizar o meu
celular, ele se aproxima pedindo para eu ajudá-lo e estou
realmente sem paciência.

Muito obrigado e atenciosamente,

Luiz.

Enviar

BNCC
Agora com base no texto, responda. (EF04LP06) Identificar em textos e usar na produ-
3 ção textual a concordância entre substantivo ou
pronome pessoal e verbo (concordância verbal).
a) Quem escreveu para quem? (EF35LP14) Identificar em textos e usar na pro-
dução textual pronomes pessoais, possessivos e
Luiz escreveu para Sandra. demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.

b) Que formato tem este texto? E por onde circula?


Este texto tem o formato de um e-mail e circula pela internet.

c) Quantos anos tem Luiz e onde ele mora?


Luiz tem 15 anos e mora em Jaú.

17
novo

d) Por qual motivo Luiz escreveu o e-mail?


Solicita ajuda de alguém para tentar resolver uma situação pessoal, que envolve o uso de tecnologia pelo
seu avô.

e) Qual o problema que Luiz está enfrentando? Escreva com suas palavras
a resposta.
É esperado que o estudante identifique o conflito geracional além da questão do uso do aparelho celular
pelo avô.

f) O que você geralmente faz quando tem um problema?


Resposta pessoal.

g) Você já passou por uma situação parecida ou conhece alguém que


já passou ou que passa por essa situação? Compartilhe oralmente sua
resposta.
Resposta pessoal (oral).

h) Se você fosse Sandra, qual seria sua resposta para Luiz? Elabore-a
com ajuda do(a) educador (a). No seu texto, você deve oferecer algu-
ma ajuda para o Luiz.
Se possível, os estudantes podem ser redirecionados para a sala de informática para desenvolverem suas
composições. O treino no teclado será uma oportunidade para adquirirem conhecimento sobre o funcio-
namento do aparelho e suas especificidades e também sobre como funciona a ortografia, acentuação e
pontuação no equipamento.
BNCC

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlo-
cutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de
concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enume-
rações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

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língua portuguesa - volume 4

i) Sandra Regina corresponde a qual tipo de substantivo? Assinale a


alternativa correta.

( ) Comum.
( x ) Próprio.

O substantivo é o nome dado ao que existe,


palavra com que se designam seres ou coisas.
Exemplos: celular, avô, paciência e Luiz.
Júlio, Luiz e Soraia são exemplos de substantivos
próprios. Substantivos próprios são as palavras
que tornam seres, coisas, objetos como únicos e
exclusivos.
Para compreender melhor, vamos praticar um
pouco.

4 Observe as imagens e nomeie todos os objetos que você identifica.


Trem, skate, bicicleta, patins, bola, boneca, notebook, celular, lápis, borracha, pipa.

19
novo

Leia o texto a seguir.

A babosa, nome popular da planta Aloe vera, é muito conhecida como


o segredo de beleza da geração das nossas avós.
Famosa por seus benefícios aos fios e à pele, a babosa também é rica
em nutrientes.
Entre eles estão vitaminas (principalmente B1, B2, B6, B12, A, E e C) e
minerais (especialmente cálcio, magnésio, ferro, selênio e zinco).

Como usar a babosa no cabelo?

Máira Astur, médica-chefe no Ambulatório de Cosmiatria do Depar-


tamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo), ensina uma receita simples: pri-
meiro corte as folhas com cuidado, abrindo seu interior e juntando o
gel que elas contêm — junte o suficiente para ter 2 colheres de sopa
(o equivalente a 30 ml). Bata o gel no liquidificador ou misture com um
garfo em um pequeno recipiente com um pouco de água (entre 100 e
200 ml)
"Aplique a mistura de gel e água no comprimento dos fios secos e lim-
pos, massageando o couro cabeludo e as mechas. Deixe agir por 30
minutos e depois lave com água corrente ou com xampu", descreve a
dermatologista.
Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/faq/babosa-beneficios-no-cabelo-e-no-rosto-hidratacao.
Acesso em: 12 nov. 2021.

5 Agora responda.

a) Qual o nome popular da planta Aloe Vera?


Babosa.

b) A babosa ou a Aloe Vera era o segredo de beleza de qual geração?


Da geração das nossas avós.

20
língua portuguesa - volume 4

c) Copie do texto os nutrientes da Aloe Vera.


Vitaminas (principalmente B1, B2, B6, B12, A, E e C) e minerais (especialmente cálcio, magnésio, ferro,
selênio e zinco.

d) Com a ajuda do(a) educador, através de uma pesquisa na internet,


faça uma lista de cinco plantas ou produtos naturais que podem ser
utilizados para cuidados estéticos e medicinais. Anote os nomes e es-
creva seus nutrientes.
Resposta pessoal.

BNCC
(EF04LP17) Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet,
orientando-se por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo
e entrevista.
(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos
multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o
tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa

e) Com base na sua pesquisa, desenvolva no caderno um texto para


ser publicado em um site jornalístico explicando sobre os benefícios de
utilizar esse produto natural para cuidado estético ou medicinal.
Os estudantes podem aproveitar a atividade e desenvolver uma representação de uma entrevista. É
sugerido que a atividade seja feita em duplas, de modo que um estudante será o repórter e o outro,
o especialista, que explicará os benefícios da planta ou do produto natural escolhido. O texto que foi
desenvolvido previamente, pode ser utilizado como roteiro pelos estudantes.

Quem é o especialista que recomenda e que ensina o uso correto


6 da planta, de acordo com o texto lido no exercício anterior?
Dermatologista.

Dermatologista é o médico especialista em


doenças de pele e sua atuação se estende aos
cuidados das unhas e dos cabelos também.
Cosmiatria é o ramo médico responsável pelo es-
tudo e cuidado da beleza. Dermatologia e Cos-
miatria são nomes que representam cuidados de
saúde e de beleza.

21
novo

Você sabia que muitas palavras da língua portuguesa são formadas


7 com base na combinação de duas palavras ou de outras diferentes
formas?
O exercício pode ser usado para complementar a aula com o estudo de estrutura das palavras, radicais,
afixos e prefixos.
a) Junte as partículas de palavras e forme outras, escrevendo a seguir
o significado delas:
Orto + pedia: ortopedia – especialidade médica no tratamento dos ossos, músculos e tendões.

Bio + logia: biologia – ciência que estuda os seres vivos sob todas as suas formas.

Geo + grafia: geografia – ciência que estuda os aspectos físicos e humanos na Terra.

Geo + logia: geologia – ciência que estuda o planeta Terra como um todo.

Psico + logia: psicologia – ciência que estuda os aspectos do comportamento humano.

Biblio + grafia: bibliografia – ciência que trata da história, classificação e descrição dos livros.

Considerando que especialista é um profissional que tem instrução


8 formal ou é um entendedor de muita prática em determinados as-
suntos, você acha importante que, para algumas situações, a ajuda
para resolver os problemas venha de um especialista no assunto?
Compartilhe sua resposta oralmente.

Pergunte se os estudantes conhecem o termo tutorial e se eles já utilizaram algum para resolver algum
problema. O tutorial pode ser entendido como uma série de instruções relativas a um dado assunto, em
formato de texto, programa de computador ou vídeo. O tutorial auxilia no processo de aprendizagem ao
explicar passo a passo o funcionamento de alguma coisa ou procedimentos e práticas diversas. Embora
amplamente difundido pelo campo da informática, o tutorial não é exclusivo desse campo. O mais impor-
tante é que ele seja desenvolvido por quem possui um conhecimento muito vasto sobre um determinado
tema ou prática.

22
BNCC
língua portuguesa - volume 4
(EF04LP13) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (instruções de jogos digitais ou impressos),
a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e formato especí-
fico dos textos orais ou escritos desses gêneros (lista/ apresentação de materiais e instruções/passos de jogo).

A partir da experiência do Luiz, crie um tutorial para ensinar algum


9 parente a utilizar o smartphone ou algum aplicativo.Você deve uti-
lizar o espaço a seguir para fazer o seu tutorial escrito.
A atividade também pode ser desenvolvida com a produção artesanal de um manual físico, para
fazer um contraponto do que vemos como “tendência” global. No entanto, parte do pensar sobre
tecnologias é saber quais são todas as possibilidades de inclusão e exclusão que elas englobam.
Os estudantes podem desenhar ilustrações no manual, utilizando pinturas diversas, recortes de
imagens de revistas, livros, entre outros. Eles devem ser orientados durante o preparo do tutorial,
em três partes: a introdução, com conteúdos que explicam de uma forma geral do que se trata o
aparelho ou aplicativo; o desenvolvimento, com todas as instruções necessárias e que pode incluir
um passo a passo e o que mais acharem relevante.

Ouça com atenção o texto a seguir.


10 Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
— Como é branquinha esta criança!
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho
de lua. Chamaram-na Mani. Mani era linda, silenciosa e quieta. Comia
pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se, dizendo:
— Vá brincar, Mani, dizia o pai.
— Coma um pouco mais, dizia a mãe.
Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha. Mani
parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, não se levantou da
rede. O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas a menina. Mas não
atinava com o que tinha Mani. Toda a tribo andava triste. Mas, deitada
em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor.
E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca.
E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os índios
tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do
túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.
— Que planta será esta?, perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia.
— É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios.
E continuaram a regar o brotinho mimoso. A planta desconhecida cres-
cia depressa. Poucas luas se passaram e ela estava altinha, com um
caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno.

23
novo

— A terra parece fendida, comentou a mãe de Mani.


— Vamos cavar?
E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da terra, viram umas raízes
grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos me-
ninos índios. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branqui-
nha, quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia uma nova
planta!
— Vamos chamá-la Mani-oca, resolveram os índios.
— E, para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em ali-
mento!
Assim fizeram! Depois, fincando outros ramos no chão, fizeram a pri-
meira plantação de mandioca. E até hoje entre os índios do Norte e
Centro do Brasil é este um alimento muito importante.
E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu
na casa de Mani?
A Lenda da Mandioca (lenda dos índios Tupi). Disponível em: http://www.macvirtual.usp.br/mac/templa-
tes/projetos/jogo/lenda.asp. Acesso em: 12 nov. 2021.

a) Conte e depois escreva com suas palavras o que você entendeu da


história.
Resposta pessoal.

b) Quem era Mani?


Filha de um casal de índios.

c) A lenda conta o surgimento de qual alimento?


Da mandioca.

BNCC
(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se
for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.
24
língua portuguesa - volume 4

d) O que são curumins, de acordo com o texto?


Nome que dão aos pequenos índios da aldeia.

e) Retire do texto dois exemplos de substantivo comum e dois exem-


plos de substantivo próprio.
Possíveis respostas: substantivos comuns: aldeia, mandioca, substantivos próprios: Mani e Brasil.

f) Quais são as regiões do Brasil mencionadas no texto?


Norte e Central.

g) Com a ajuda do(a) educador escreva os nomes dos sete estados da


região Norte do Brasil.
Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

h) Agora, escreva o nome dos estados da região Centro-Oeste do Brasil.

Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

i) Retire do texto dois exemplos de diminutivo.


Possíveis respostas: branquinha, brotinho, plantinha.

Observe os pares de palavras a seguir.


11
Tupi – tupis
Índio – índios
a) O que há em comum entre eles?
Ambos apresentam palavras no singular e no plural.

25
novo

b) Passe para o plural as palavras a seguir:


estado: estados.
estrela: estrelas.
oca: ocas.

c) Marque a alternativa correta. Ao colocar o “s”, no final, a palavra


indica:

( x ) mais de um do mesmo elemento.
( ) menos de um do mesmo elemento.

Na língua portuguesa, o acréscimo de “s” ao fi-


nal de uma palavra indica que ela está no plural.
Você sabia que o plural indica que existe mais
de um mesmo elemento, coisa, pessoa? A maior
parte dos substantivos forma o plural com o
acréscimo da letra “s” ao seu final.
Deve ser incentivada a formação de frases em suas estruturas mais simples.
Exemplo: Os alimentos frescos.

d) Transforme as palavras a seguir em plural. Em seguida, crie frases


com cada uma delas.
alimento: alimentos.

mandioca: mandiocas.
aldeia: aldeias.
lenda: lendas.
brasileiro: brasileiros.
menina: meninas.
cultura: culturas.
estudo: estudos.
tribo: tribos.
peixe: peixes.
fruto: frutos.
borboleta: borboletas.

26
língua portuguesa - volume 4

e) Quais são as palavras utilizadas para descrever a Mani?


Linda, silenciosa e quieta.

f) Forme plurais das palavras: linda, silenciosa e quieta.


Lindas, silenciosas, quietas. Converse com os estudantes sobre qual a classe das palavras: linda, silen-
ciosa e quieta. Elas são exemplos de adjetivos, que são as palavras que dão
características aos substantivos. Exemplos: linda lenda, Mandioca gostosa.

g) Utilize adjetivos para dar características aos seguintes substantivos


fazendo a adequada concordância entre as palavras.
lenda Resposta pessoal.
menina
livro
aula
índio
aldeia
mãe
pai
filho
estudante

Leia algumas palavras indígenas que são utilizadas na língua por-


12 tuguesa.

Pipoca – grão de milho estourado.


Caatinga – região árida do nordeste brasileiro.
Capim – mato.
Cutucar – tocar objeto ou pessoa.

Você conhece outras palavras de línguas indígenas que são utiliza-


13 das no português do Brasil? Se sim, cite algumas oralmente.
Resposta pessoal.

27
novo

Com a ajuda do educador, pesquise o significado destas palavras


14 indígenas que são utilizadas atualmente e escreva nas linhas o signi-
ficado delas. A pesquisa pode ser feita utilizando sites da internet.
jabaquara: rocha/ buraco.
abacaxi: fruta cheirosa.
caipira: aquele que vem do mato.
pereba: ferida.
tapioca: farinha tostada.
urubu: ave negra de grande porte.
xará: aquele que tem o mesmo nome que o eu.
açaí: fruta que tem muito caldo.

Existem muitas palavras usadas pelos


brasileiros – como nomes de coisas, luga-
res, animais, alimentos – que têm origem
nas línguas da família tupi-guarani, como
aquelas que eram faladas pelos povos
tupinambá e tupiniquim.
Para saber mais, acesse o QR Code:

Para informações adicionais sobre línguas indígenas, acesse: https://mirim.org/pt-br/lingua.


Acesso em: 3 ago. 2022.

BNCC
(EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais
plausível para o contexto que deu origem à consulta.

28
língua portuguesa - volume 4

Observe estas imagens. Você conhece algum destes objetos?


15 a) Ligue as imagens aos seus nomes.

Videogame

toca-discos

fita cassete

gramofone

máquina fotográfica

29
novo

b) Escreva os objetos que ainda são utilizados atualmente.


Videogame, câmera fotográfica e toca-discos.

c) Insira as palavras abaixo nas caixas correspondentes para especificar


as características de objetos.
Quadrado – longo – couro – antigo – oval – moderno – metal – plástico –
redondo – fino – retangular – novo – largo – algodão – madeira – lã – útil

MATERIAL TAMANHO

Lã, madeira, algodão Longo, largo.


couro, metal, plástico.

FORMA OPINIÃO
Quadrado, retangular, Útil, antigo, moderno,
redondo, fino, oval. novo.

d) Escreva duas palavras que expressam sua opinião sobre os itens da


lista. Aproveite para abordar aspectos socioemocionais, tratando do uso moderado de recursos tec-
nológicos e das redes sociais, da importância do acompanhamento de um adulto, que supervi-
sione os acessos, entre outros.
Smartphone Resposta pessoal.
Computador
Livro
Internet
Viagem
Rede social
Filme
Jogos
Família

30
língua portuguesa - volume 4

Releia o seguinte trecho extraído da lenda da mandioca.


16
Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chama-
ram-na Mani. Mani era linda, silenciosa e quieta. Comia pouco e pouco
bebia. Os pais preocupavam-se, dizendo:
- Vá brincar, Mani, dizia o pai.
- Coma um pouco mais, dizia a mãe.

a) Escreva quais os sinais de pontuação que aparecem nesse trecho.


Ponto-final, vírgula, dois pontos, travessão.

b) Qual a função do travessão e dos dois pontos?


Explique aos estudantes os conceitos de discurso direto e indireto. Discurso direto: em uma sequência
narrativa, quando as personagens participam da história, falam com suas palavras e assim, suas falas são
introduzidas por travessões. Discurso Indireto: o narrador de uma história conta o que as personagens
disseram e, nesse caso, não ocorre o uso dos travessões, pois o narrador está recontando a história.
BNCC
(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de
enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
(EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de
exclamação, dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação
de vocativo e de aposto.

Passe os discursos a seguir para o discurso indireto:


17
a) Vá brincar, Mani, dizia o pai. Dois pontos: empregado para introduzir a fala de uma per-
sonagem ou uma citação, uma explicação ou algum escla-
O pai disse para Mani ir brincar. recimento. Travessão: É empregado no discurso direto para
indicar a fala de algum personagem.
b) Coma um pouco mais, Mani, dizia a mãe.
A mãe disse para Mani comer um pouco mais.

c) A mãe disse: — Vá brincar lá fora, minha curumim, sem bagunça na


oca.
A mãe disse para a curumim brincar lá fora e assim não fazer bagunça na oca.

d) O professor disse: — Faça logo essa lição!


O professor disse para o estudante fazer logo a lição.

31
novo

18 Reescreva, de forma resumida, a história de Mani com base no


que você entendeu e utilizando o discurso indireto.
Para o exercício de reescrita, será necessário verificar todas as adequações necessárias.

BNCC
(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma
dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artísti-
co da humanidade.
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas
gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

19 Observe com atenção a sequência das tirinhas e as enumere


corretamente.

Tirinha 1

BNCC
bater; (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

assar;
servir.

32
língua portuguesa - volume 4

Tirinha 2

colher;

lavar, separar;

preparar o suco;

beber/servir.

33
novo

• Agora que você enumerou corretamente, escreva as sequências


narrativas utilizando o discurso direto.
Tirinha 1.

Tirinha 2.

Lembre os estudantes de observarem os aspectos mais elementares das estruturas narrativas: 1. A história tem
um título? 2. Quem são os personagens? 3. Em que local se passa a história? (Espaço) 4. Quando aconteceu?
(Tempo) 5. O que aconteceu na história? (Enredo) 6. Como aconteceu? (Como termina o enredo).

34
língua portuguesa - volume 4

BNCC
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de
recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.
(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas,
relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos
(tipos de balões, de letras, onomatopeias).

A sequência narrativa é a estrutura lógica que


organiza o texto narrativo na apresentação
dos eventos que nos conta etc.

Com a ajuda do professor, leia as informações sobre os diferentes


20 tipos de balões de quadrinhos.

35
novo

Nos quadrinhos, as falas dos personagens são in-


seridas nos balões e cada formato do balão pode
expressar emoções e até mesmo pensamentos e,
nesse caso, a história fica mais interessante para
nós, leitores, pois identificamos pelo formato do
balão se o personagem está falando ou pensan-
do, se está com medo ou com raiva etc.

Tomando como exemplo a lenda da mandioca, utilize o espaço a se-


guir para criar a sua história sobre o surgimento de algum fenômeno
natural, como o raio ou a chuva ou algum alimento, como o abacate,
por exemplo. Escreva a história utilizando o discurso indireto. Essa his-
tória deve acontecer em algum estado do Brasil, você escolhe o estado
e ela deve conter quatro personagens.
BNCC

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências

de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e

de fala de personagens.

Para ajudá-los com a composição de seus próprios textos, se possível, exiba o vídeo a seguir ou outros
vídeos que mostrem outras histórias e lendas:

https://www.youtube.com/watch?v=8D4RF2CqR68.

Explique que os mitos e lendas fazem parte da cultura do homem desde sua existência e suas descobertas
foram feitas a partir das muitas experiências vividas ao longo de sua evolução.

Essas experiências interferem na formação da identidade do homem e, assim, os mitos surgem como

resposta e explicação da origem do mundo e do desenvolvimento humano. Atravessando o imaginário e

o fantasioso, as lendas e os mitos são narrativas que mostram o quanto o homem, em sua originalidade,
pode desenvolver histórias fantasiosas, lúdicas e altamente cativantes.
O mito pode ser essencialmente imaginativo e a lenda se aproxima muito de narrativas ficcionais e ambos
os aspectos se fundem muitas vezes.
Outra sugestão de vídeo para mostrar aos estudantes, se possível: https://www.youtube.com/watch?v=w-
56Z6FG8fp8.

36
língua portuguesa - volume 4

Utilizando o espaço a seguir, agora transforme sua narrativa em uma


história em quadrinhos. Você deve utilizar ao menos três tipos de balões
diferentes.

37
novo

38
OVO
L- língua portuguesa - volume 4

A Lição 3
A SI L - Fábula

OVO
L I A
VA umCerta
A galinha dos ovos de ouro
manhã, um fazendeiro descobriu que sua galinha tinha posto

S I L ovo de ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o à mulher,


BRA dizendo:
V
NO Levou O– Veja! Estamos ricos!
o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.
Na-manhã seguinte, a galinha tinha posto outro ovo de ouro, que o
A L
O AV fazendeiro vendeu a melhor preço.

B R A -
E assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava

IA o fazendeiro, mais dinheiro queria.


Até que pensou: “Se esta galinha põe ovos de ouro, dentro dela

A S I L -
deve haver um tesouro!”
Matou a galinha e ficou admirado pois, por dentro, a galinha era

N O V
igual O
a qualquer outra.
L- Quem tudo quer, tudo perde.
-
V A L
VO A
(Adaptação da fábula original de Esopo)

S I L -
Fábula é uma narrativa curta em

RA prosa ou verso que reflete ques-

V O
tões morais por meio da ficção com

N O
SIL -
personagens, na maior parte das
vezes, animais com características

A
humanas; mas também podem

A V A L I
aparecer pessoas ou figuras inani-

O
madas. Toda fábula é amparada por

V uma lição de moral ao final, o que

A -
R
confere a ela fins educativos.

A L I A B
V A L I A
O V O A L
B R A S I
VAL IA
SI L - 39 39
novo

Quantos personagens existem na história? Escreva o nome de cada


1 um deles.
Fazendeiro, galinha, mulher do fazendeiro.
Peça que os estudantes releiam o texto prestando atenção aos personagens da história.

Os estudantes devem compreender a relação entre os ovos de ouro e a busca pela riqueza do fazendeiro.

A grande descoberta foram os ovos de ouro da galinha. O que re-


2 presentam esses “ovos de ouro” na história?
BNCC
( ) Alegria. (EF15LP02) Estabelecer expectativas em re-
lação ao texto que vai ler (pressuposições
( X ) Riqueza. antecipadoras dos sentidos, da forma e da
( ) Amor. função social do texto), apoiando-se em
seus conhecimentos prévios sobre as condi-
ções de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo temático,

3 O fazendeiro pareceu agir de que forma? bem como sobre saliências textuais, recur-
sos gráficos, imagens, dados da própria
obra (índice, prefácio etc.), confirmando
( ) Precipitada e tranquila. antecipações e inferências realizadas antes
( ) Impensada e generosa. e durante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas.
( X ) Precipitada e gananciosa.

• Reescreva a fábula e numere os parágrafos.


1 Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua galinha tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo,
correu para casa, mostrou-o à mulher, dizendo:
2 – Veja! Estamos ricos!
3 Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.
4 Na manhã seguinte, a galinha tinha posto outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço.
5 E assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro, mais dinheiro queria.
6 Até que pensou: "Se esta galinha põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"
7 Matou a galinha e ficou admirado pois, por dentro, a galinha era igual a qualquer outra.
8 Quem tudo quer, tudo perde.

(Os sinais de pontuação dois-pontos, parágrafo, travessão que introduzem o discurso direto indicam a
abertura de parágrafo. Assim, cada fala introduzida num discurso direto é um parágrafo.)
BNCC
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas grá-
ficas e de acordo com as características do gênero textual.
(EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação,
de exclamação, dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em sepa-
ração de vocativo e de aposto.

40
língua portuguesa - volume 4

No quarto parágrafo, encontra-se a palavra “melhor”. Qual é o seu


antônimo?
4
Relembre os estudantes do significado de antônimo: palavra cujo sentido é oposto da
( X ) Pior. outra. Neste caso: melhor/pior. Peça mais exemplos de antônimos: longe/perto, alto/bai-
( ) Bom. xo, grande/pequeno. Como atividade extra, peça que escrevam a mesma frase do quarto
( ) Mal. parágrafo trocando MELHOR por PIOR, e pergunte: qual o sentido dela agora.

O ponto de exclamação em “Estamos ricos!” assinala que o fazen-


5 deiro está:
Os estudantes devem compreender que há o sentido de surpresa nesse caso,
muito por conta do ineditismo e teor mágico do fato dos ovos de ouro. Após a
( ) Irritado. atividade, escreva na lousa a mesma frase duas vezes, coloque uma vez o ponto-
( X ) Surpreso. -final e outra vez o ponto de interrogação, para a compreensão de que o tom da
frase muda e, no caso do ponto do interrogação, traz outro sentido para a frase.
( ) Tranquilo.

O homem ficou rico porque:


6 Os estudantes devem compreender que foi o fator da venda que deixou o fazendeiro rico e não apenas pelo
fato de a galinha botar ovos de ouro.
( ) Apanhou o ovo, correu para casa e mostrou para a esposa.
( ) Descobriu que sua galinha botava ovos.
( X ) Vendeu, durante muitos dias, ovos de ouro no mercado.

A história trata, principalmente, sobre:


7
( ) Esperteza. Caso os estudantes tenham di-
ficuldade nessa última questão,
( X ) Ganância. peça que leiam novamente a mo-
( ) Ignorância. ral da história. Pesquise com os
estudantes a palavra ganância no
dicionário.

As fábulas nos ensinam muitas coisas inte-


ressantes. Eu gosto muito das fábulas de
Esopo e de La Fontaine. Procure conhecer
outras fábulas e tente criar as suas próprias.

BNCC
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em
textos, com base no texto da frase ou do texto.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreen-
são global.

41
novo
BNCC
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e exten-
sões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

História do Céu
Já existia o céu. Mas ainda estava se formando. O céu ainda estava
se criando. Era baixo de um lado. Não era como hoje. Era igual a uma
onda, levantando só de um lado.
O povo antigo não queria o céu. E foram tentar derrubar com o machado.
Eles batiam, abriam um buraco no céu, mas ele fechava. Imediatamente.
Eles batiam de novo, abriam um buraco e o buraco se fechava. Foram
batendo, batendo com o machado e os buracos fechando…
Iam se revezando. Cada um batia um pouco com o machado.
Iam cortando, e o céu se fechando…
Então desistiram de derrubar:
— Vamos deixar! Não estamos conseguindo cortar o céu!
Foi assim. Assim que o povo antigo tentou derrubar o céu.
Assim que se criou o céu.
ABREU, Ana Rosa et. al. Alfabetização: livro do aluno. Brasília: UNDESCOLA/SEFMEC, 2000. 2 v, p. 122.
Lenda (do latim medieval, o que deve ser lido) é um gênero narrativo de caráter maravilhoso por meio do qual um
acontecimento histórico se fortalece e converte-se em imaginário popular. Esse relato transmitido principalmente
de forma oral ilustra acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, mistura ficção e realidade. As lendas brasileiras
recebem influências da miscigenação do povo e tratam de sua cultura e tradições.

42
língua portuguesa - volume 4

BNCC
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
No início da lenda, como era o céu?
1 Era baixo de um lado. Não era como hoje. Era igual a uma onda, levantando só de um lado.

As lendas e os mitos costumam abordar elementos da natureza.


2 Qual elemento esta lenda tenta explicar?
O céu.

3 Quem tentou derrubar o céu?


O povo antigo.

4 O povo antigo conseguiu derrubar o céu?


Não, o povo antigo não conseguiu e acabou desistindo.

5 Na sua opinião, por que o povo antigo tentou derrubar o céu? Com-
partilhe oralmente sua resposta.
Resposta pessoal, mas uma possibilidade é porque eles estavam com medo.

As questões discursivas acima podem ser resolvidas de forma oral, em um debate com toda a turma ou
em grupos, pois a construção de texto é mais complexa. No entanto, se a turma apresentar bom nível de
escrita, as questões podem ser respondidas no caderno.

As lendas têm muitos personagens. São seres


fantásticos que mexem com a nossa imagi-
nação. Cada região tem lendas próprias e as
pessoas mais velhas são os grandes guardiões
dessas histórias. Converse com seus avós ou
pessoas mais velhas do seu convívio e peça
que compartilhem com você.

43
novo

Procure no diagrama os personagens de lendas que você conhece.


6
SACI IARA JACI

CAIPORA TUPÃ BOITATÁ

A S D F G H J C A I P O R A T
Z A C V B N M Z X C V B N M W
Q C Z W S X E B O I T A T Á B
P I O K M J J N U H B Y U V W
A S I A R A J K K L Q W P Y A
Z X C V B C M Z X C V B Ã M W
Q A Z W S I E D C R F V T G B
P L O K M I J N U H B Y G V W
A S D F G H J K K L Q W R Y A

• Escolha um dos personagens do exercício anterior e faça uma pes-


quisa sobre ele. Utilize as linhas a seguir para escrever as informa-
ções que você encontrou.
Leia com os estudantes recontos de lendas envolvendo os personagens do caça-palavras. Elas podem ser
encontradas em diversas publicações, inclusive em versão de personagens de quadrinhos infantis. Suge-
rimos a leitura para o professor da obra de Câmara Cascudo, um dos maiores estudiosos dos costumes e
folclore brasileiro.
BNCC
(EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de apre-

sentação de dados e informações.

44
língua portuguesa - volume 4

Lição 4
Conto de fadas e Conto de aventura

Antes de iniciar a leitura da história, converse com os estudantes e pergunte sobre o que eles já conhe-
cem, da história da Chapeuzinho Vermelho.

Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez uma menina que vivia numa aldeia; era a coisa mais linda
que se podia imaginar. Sua mãe era louca por ela, e a avó mais louca
ainda. A boa velhinha mandou fazer para ela um chapeuzinho verme-
lho, e esse chapéu assentou-lhe tão bem que a menina passou a ser
chamada por todo mundo de Chapeuzinho Vermelho.
Um dia, tendo feito alguns bolos, sua mãe disse-lhe:
— Vá ver como está passando a sua avó, pois fiquei sabendo que ela está
um pouco adoentada. Leve-lhe um bolo e este potezinho da manteiga.
Chapeuzinho Vermelho partiu logo para a casa da avó, que morava
numa aldeia vizinha. Ao atravessar a floresta, ela encontrou o senhor
Lobo, que ficou louco de vontade de comê-la; não ousou fazer isso,
porém, por causa da presença de alguns lenhadores na floresta. Per-
guntou a ela aonde ia, e a pobre menina, que ignorava ser perigoso
parar para conversar com um lobo, respondeu:
— Vou à casa da minha avó, para levar-lhe um bolo e um pote-
zinho de manteiga que mamãe mandou.
— Ela mora muito longe? — quis saber o Lobo.
— Mora, sim! — falou Chapeuzinho Vermelho. — Mora depois
daquele moinho que se avista lá longe, muito longe, na primeira
casa da aldeia.
— Muito bem — disse o Lobo. — Eu também vou visitá-la. Eu
sigo por este caminho aqui, e você por aquele lá. Vamos ver
quem chega primeiro.
O Lobo saiu correndo a toda velocidade pelo caminho mais
curto, enquanto a menina seguia pelo caminho mais longo,
BNCC
(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais
tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas,
acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.
45
novo

distraindo-se a colher avelãs, a correr atrás das borboletas e a fazer um


buquê com as florzinhas que ia encontrando.
O Lobo não levou muito tempo para chegar à casa da avó. Ele bate:
toc, toc.
— Quem é? — pergunta a avó.
— É a sua neta, Chapeuzinho Vermelho — falou o Lobo, disfarçando a
voz. — Trouxe para a senhora um bolo e um potezinho de manteiga,
que minha mãe mandou.
A boa avozinha, que estava acamada porque não se sentia muito bem,
gritou-lhe:
— Levante a aldraba, que o ferrolho sobe.
O Lobo fez isso e a porta se abriu. Ele se lançou sobre a boa mulher e a
devorou num segundo, pois fazia mais de três dias que não comia. Em
seguida, fechou a porta e se deitou na cama da avó, à espera de Cha-
peuzinho Vermelho. Passado algum tempo ela bateu à porta: toc, toc.
— Quem é?
Chapeuzinho Vermelho, ao ouvir a voz grossa do Lobo, a princípio fi-
cou com medo; mas, supondo que a avó estivesse rouca, respondeu:
— É sua neta, Chapeuzinho Vermelho, que traz para a senhora um bolo
e um potezinho de manteiga, que mamãe mandou.
O Lobo gritou-lhe, adoçando um pouco a voz:
— Levante a aldraba, que o ferrolho sobe.
Chapeuzinho Vermelho fez isso e a
porta se abriu.
O Lobo, vendo-a entrar, disse-lhe,
escondido sob as cobertas:
— Ponha o bolo e o potezinho de
manteiga sobre a arca e venha dei-
tar aqui comigo.
Chapeuzinho Vermelho despiu-se e
se meteu na cama, onde ficou muito
admirada ao ver como a avó estava

46
língua portuguesa - volume 4

esquisita, em seu traje de dormir. Disse a ela:


— Vovó, como são grandes os seus braços!
— É para melhor te abraçar, minha filha!
— Vovó, como são grandes as suas pernas!
— É para poder correr melhor, minha netinha!
— Vovó, como são grandes as suas orelhas!
— É para te ouvir melhor, netinha!
— Vovó, como são grandes os seus dentes!
— É para te comer!
E assim dizendo, o malvado lobo se atirou sobre Chapeuzinho Verme-
lho e a comeu.

ABREU, Ana Rosa et. al. Alfabetização: livro do aluno. 2 vol. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000. p.58.

47
novo

BNCC
(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
Agora que ouviu o texto, reconte com suas palavras a história.

Para a recontagem organize os estu-


dantes em roda. Em seguida, faça uma
adaptação da brincadeira telefone sem
fio, introduzindo a história para um
estudante sentado à direita, que deverá
contar ao colega ao lado acrescentando
mais uma parte da narrativa, até que
todos tenham tido a oportunidade de
participar. Os estudantes devem pre-
servar ao máximo o enredo inicial lido.

1 Quantos personagens existem na história? Quem são?


4 personagens: mãe da Chapeuzinho, Chapeuzinho, lobo e vovó.

Conto de fada é uma narrativa originalmente oral, mas passou a ser escrita também. A etimologia de fada vem do
latim, fatum (destino). Possui caráter espiritual, existencial, em que heróis ou heroínas caminham para uma reali-
zação interior dentre magias e encantamentos, como num ritual de iniciação. Nesse sentido, os contos de fadas
são imagens que atingem o inconsciente, indicando soluções e maneiras de lidar com experiências internas,
ou seja, representam simbolicamente dificuldades e resoluções de problemas. Enfim, é possível, pela sua
leitura, ampliar a imaginação, aperfeiçoar o intelecto e clarear emoções.

Qual o principal assunto do conto?


2 ( ) Encontros inesperados.
( X ) Não confiar em estranhos.
( ) Visitar a família.

A Chapeuzinho Vermelho pareceu agir de que forma?


3 ( X ) distraída e ingênua. As atividades de interpretação de texto fornecem um diagnósti-
co para o professor de compreensão de leitura de seus estudan-
( ) atenta e preocupada. tes. Caso tenham dificuldade, oriente-os a reler o texto tirando
( ) cautelosa e alegre. as possíveis dúvidas sempre que necessário.

48
língua portuguesa - volume 4

O conto da Chapeuzinho é dividido em 4 momentos. Quais são eles?


4
( ) Estava escuro na barriga do lobo; O lobo entrou na casa da vo-
vozinha; O caçador abriu a barriga do lobo; A Chapeuzinho conta onde
é a casa da vovozinha.
( ) Chapeuzinho vai buscar flores; O lobo pergunta sobre a casa da
vovozinha; A Chapeuzinho se despede da mãe; A Chapeuzinho pensa
que não deve desobedecer sua mãe.
( X ) A mãe dá instruções pra Chapeuzinho; O encontro de Chapeu-
zinho e o lobo na floresta; O momento em que o lobo devora a avó; O
momento em que a avó se revela lobo e a devora.

5 Na frase “— Ela mora muito longe? — quis saber o Lobo.”, há 3


sinais de pontuação. Quais são eles?

( X ) Travessão, interrogação e ponto-final.


( ) Ponto-final, reticências, hífen.
( ) Ponto e vírgula, dois-pontos, exclamação.

6 O ponto de interrogação ao final da frase serve para quê?

( ) Para indicar a fala do personagem.


( ) Para indicar surpresa.
( X ) Para indicar uma pergunta.

O travessão no início da frase serve para quê?


7
( X ) Para indicar a fala do personagem.
( ) Para indicar surpresa.
( ) Para indicar uma pergunta.

8 Qual parte do texto resume a atitude de que Chapeuzinho ajudou


o Lobo a encontrar a casa da avó?

( ) Quando ela responde que a avó mora longe.


( X ) Quando ela informa onde fica a casa da avó.
( ) Quando ela diz que está indo visitar a avó.

49
novo BNCC
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza,
preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a pa-
lavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

Leia os seis resumos de algumas histórias tentando reconhecê-las e,


9 com a ajuda do professor, enumere a coluna de acordo com o título
de cada uma.
(1) Uma rainha malvada morre de ciúmes da beleza de uma jovem e
manda matá-la. Logo descobre que a jovem não morreu e está mo-
rando na floresta com sete amigos. A jovem então é envenenada pela
rainha e só o beijo de um príncipe pode salvá-la.
(2) Um moleiro deixa como herança para cada um de seus três filhos,
respectivamente, um moinho, um burro e um gato. O filho caçula, que
recebe o gato, fica muito insatisfeito, mas acaba descobrindo que um
amigo leal e astuto é o bem mais precioso que se pode obter.
(3) Jovem órfã sofre maus-tratos morando com a madrasta e suas três
filhas. Um dia sua fada madrinha aparece e, usando magia, lhe propor-
ciona uma noite no baile da cidade. Depois de dançar com o príncipe,
a jovem vai embora apressada, perdendo um pé do sapato.
(4) Um jovem trabalha como entregador de correspondências para o
jornal de uma grande cidade. Durante uma viagem de trabalho seu
barco é desviado por uma tempestade e vai parar na cidade mágica de
Liliput, onde as pessoas são bem pequenas.
(5) Em uma terra imaginária, um lenhador concorda em cortar a árvo-
re mais velha da floresta. Em troca, a rainha lhe concede três desejos.
Após desperdiçar dois deles, o terceiro leva Tom até uma criança muito
pequenina.
(6) Um jovem vivia com sua mãe viúva em Bagdá. Um dia, um homem
bateu à porta e disse ser seu tio, irmão de seu falecido pai. Ele contou
que havia ficado rico e que ajudaria a cunhada e o jovem sobrinho. Mas
o que eles não sabiam é que o homem era um malvado feiticeiro, que
precisava do jovem para conquistar um bem precioso.
Oriente os estudantes a fazer um rodízio de lei-
tura, a cada semana eles levam para casa um dos
( 4) Viagens de Gulliver. livros e trocam por outro na semana seguinte. As-
( 1) Branca de Neve. sim, todos irão ler os 6 títulos ao longo de 2 meses.
( 6) Aladim e a lâmpada maravilhosa.
( 2) Gato de botas. Antes de iniciar a atividade, pergunte aos estudantes se eles conhecem todas as
( 5) Pequeno Polegar. histórias listadas na coluna com os títulos. Peça que contem um pouco sobre o
que eles já conhecem antes de lerem os resumos.
( 3) Cinderela.

50
língua portuguesa - volume 4

Conto de aventura
Trechos da obra A Ilha do Tesouro
Minha aventura na ilha
Capítulo I – Como começou a minha aventura
O aspecto da ilha, quando cheguei ao convés no dia seguinte, de
manhã, era completamente diferente.
Ainda que o vento não tivesse de todo amainado, tínhamos caminha-
do bastante durante a noite, e agora estávamos, retidos pela calmaria,
a meia milha, a sudeste da costa oriental.
A cor acinzentada dos bosques cobria uma grande parte da superfí-
cie da ilha. Esse colorido era cortado, aqui e ali, por faixas amarelas de
areia, nas baixadas, e numerosas árvores, altas, da família dos pinhei-
ros, dominando as outras, isoladamente ou em grupos, mas o aspecto
geral era uniforme e triste. As colinas, com uma tonalidade clara, so-
brepujavam a vegetação, terminando em rochas nuas.
Todas apresentavam formas estranhas, e a Luneta, que era, com os
seus trezentos ou quatrocentos pés, a montanha mais alta da ilha, era
também a que oferecia configuração mais esquisita, erguendo-se, di-
reita, empertigada, por todos os lados, cortada bruscamente no ápice,
como um pedestal esperando a colocação de uma estátua.
O Hispaniola vogava, os embornais sob as águas avassalantes do
oceano. Os mastros pequenos faziam ranger as polés. O timão pendia,
ora para um lado, ora para outro, e todo o barco estalava, gemia e sa-
colejava como uma grande oficina. Tinha de me agarrar com força ao
brandal, tudo dançava em volta de mim, estava tonto, porque, ainda,
que me portasse como um bom marinheiro quando o barco estava
em marcha, ficar assim parado, no mesmo lugar, sacudido como uma
garrafa, a bambolear, era coisa que não suportava sem mal-estar ou
náuseas, sobretudo de manhã, com o estômago vazio.
Talvez por causa de tudo isso, ou devido ao aspecto da ilha, com os
seus bosques acinzentados e melancólicos, e aquelas pontas de rocha
bruta, e o bater das ondas nas praias, que víamos e ouvíamos a distân-
cia, espumantes e rumorosas, ainda que o sol, ardente, tivesse um brilho
coruscante, e os pássaros esvoaçassem pelo navio, contentes, pousando
de leve nas águas ou chilreando nos ares, e bem poder a gente avaliar a
felicidade de encontrar terra depois de tanto andar ao sabor das ondas,
Por ser mais extensa, a leitura deste texto deverá ser feita em grupo.

51
novo

o coração se me tornava pequenino, como é costume dizer; e diante


desse espetáculo só o pensar na Ilha do Tesouro me causava horror.
Tínhamos uma manhã trabalhosa diante de nós, pois não havia sinal
de vento e os botes deviam ir à terra, a remo.
O nosso barco tem de bordejar três ou quatro milhas, costeando a ilha,
ao longo da estreita passagem que levava ao porto, por detrás da Ilha do
Esqueleto.
Ofereci-me para ir em um dos botes, onde, aliás, nada tinha a fazer.
O calor era acabrunhante e os homens resmungavam, danadamente,
maldizendo o trabalho.
Era Anderson que comandava o bote e, em vez de manter a equipa-
gem em ordem, resmungava ainda mais que todos os outros.
– Bom, dizia ele praguejando, isto não vai durar sempre.
Pensava que aquilo era muito mau sinal, porque, até esse dia, os
marinheiros tinham cumprido as suas obrigações com dedicação e boa
vontade; mas bastou a presença da ilha para que se afrouxassem as
cordas da disciplina. Durante todo o percurso, Long John ficou ao ti-
mão, governando o barco.
Conhecia a passagem perfeitamente e, ainda que o homem das son-
dagens encontrasse sempre mais profundidade do que a que estava
marcada na carta, não hesitou um só momento.
– Há uma corrente forte com o refluxo, disse ele; esta passagem foi
cavada por assim dizer com uma enxada.
Chegamos, afinal, ao ancoradouro indicado na carta, a um terço de
milha, pouco mais ou menos, de cada margem, ficando de um lado a
ilha principal, a do Tesouro, e do outro, a Ilha do Esqueleto.
O fundo das águas era todo areia. O choque da âncora mergulhando
nas águas fez debandar uma multidão de aves, a voltejar e a chilrear
por cima dos bosques; mas, em menos de um minuto, se acalmavam,
tornando a pousar de novo, reinando o silêncio.
O local estava cercado quase inteiramente de terra e coberto de bos-
ques, a linha das árvores desenvolvendo-se até o ponto da maré alta, as
praias amplas na maior parte, e a elevação das colinas se desenhando
em torno, ao longe, como um anfiteatro, uma aqui, outra acolá. Dois
riachos, ou antes, dois charcos, desaguavam neste pego ou lago, como
se poderia chamar, e os verdes, em torno desta parte da costa, tinham
uma aparência insalubre. Do navio, nada se via do farol, nem da estaca-
da, pois estavam completamente ocultos pelas árvores, e sem a carta

52
língua portuguesa - volume 4

que descobríramos poderíamos acreditar ser os primeiros navegantes


a aportar naquelas paragens, desde que a ilha emergiu dos mares.
Não havia a menor aragem, nem um ruído, salvo o das vagas a bater
contra os rochedos, a meia milha de distância.
Um cheiro de água estagnada e podre subia das folhas caídas e dos
troncos das árvores mortas.
Notei que o doutor torcia o nariz como uma pessoa que bebe ovos
que não estão frescos.
– Não sei se há aqui um tesouro, disse ele, mas apostaria a minha
cabeleira como aqui é o domicílio das febres palustres.
Se o procedimento dos homens não fora tranquilizador no bote, a
bordo do navio piorou, tornando-se ameaçador.
Reuniram-se em grupos, no tombadilho, murmurando e resmungan-
do.
Qualquer ordem, a mais insignificante, era recebida de má vontade,
e cumprida com desagrado.
Até os homens que tinham ficado fiéis pereciam sofrer do contágio
do mal, pois, a bordo, não se encontrava um homem sequer que esti-
vesse bem disposto.
A revolta, estava claro, andava no ar, como uma nuvem negra prestes
a se desfazer em chuva.
Não era só o nosso grupo de cabina que percebia a tempestade.
Long John desvelava-se, indo de um grupo a outro, prodigalizando
conselhos e dando o melhor exemplo. Excedia-se em boa vontade e
em delicadeza; era todo sorriso para cada um.
Se alguma ordem era dada, Long John, como um raio, se aparelhava
com a muleta, dizendo, com alegria: “Sim, sim, senhor”; e quando não
tinha nada a fazer, desandava a cantar, canção após canção, de manei-
ra a mascarar o descontentamento geral.
De todos os sombrios indícios desta tarde de apreensões, esta evi-
dente ansiedade por parte de Long John parecia ser o pior.
Reunimo-nos na cabina.
– Senhor, disse o capitão, se arrisco ainda uma ordem, toda a tripulação
se revolta. Compreende, senhor? É o que se vai passar. Far-me-ão uma
objeção, não é exato? Se insisto, tudo explode. Se calo, Silver desconfia-
rá e a partida está perdida. Enfim, só podemos contar com um homem.
– Qual?, perguntou o escudeiro.
– Silver, senhor, respondeu o capitão. Ele deseja tanto como o senhor

53
novo

ou eu acalmar as coisas. Isto agora é apenas um princípio de insubordi-


nação. Ele os acalmará logo, se tiver uma oportunidade.
Proponho, por isso, dar-lhe essa oportunidade. Demos aos homens
uma tarde de folga, em terra. Se forem todos, defenderemos o barco.
Se nenhum vai, neste caso, defenderemos a cabina, e que Deus es-
teja conosco. Se somente alguns vão, não esqueça o que digo, senhor,
Silver os trará novamente para bordo, mansos como cordeiros.
Foi tomada essa decisão.
Armas carregadas foram distribuídas por todos os homens de con-
fiança. Hunter, Joyce e Redruth entraram no segredo, e receberam a
notícia com menos surpresa e mais coragem do que esperávamos.
O capitão subiu, então, ao tombadilho e se dirigiu à equipagem.
– Rapazes, disse ele, tivemos uma manhã trabalhosa e estamos todos
fatigados e indispostos. Um passeio a terra não fará mal a ninguém. Os
botes ainda estão arriados. Podem tomá-los, e todos os que quiserem,
podem ir à terra durante esta tarde. Darei um tiro de canhão, como
sinal de retorno, meia hora antes do pôr-do-sol.
Acreditei que todos aqueles homens deviam imaginar, tolamente,
que iriam cair sobre o tesouro, mal pusessem pé em terra, porque to-
dos, ao mesmo tempo, abandonaram o mau humor de até então, e
deram mostras de grande alegria, com exclamações que o eco repetiu
nas mais longínquas colinas, obrigando, novamente, as aves a esvoaçar
em volta do ancoradouro.
O capitão era bastante astuto para continuar presente. Desapareceu
rapidamente, deixando Silver arranjar as coisas ao seu modo, e penso
que procedeu com muito acerto.
Se tivesse ficado no tombadilho, não poderia fingir, por mais tempo,
que ignorava a situação.
Era claro como o dia.
Silver era o capitão, à frente de uma equipagem composta de revoltosos.
Os homens fiéis – e cedo tive a prova de que os havia a bordo – deviam
naturalmente ser os mais estúpidos, ou, antes, creio que a verdade é esta:
que todos os homens estavam descontentes com o exemplo dos conspira-
dores, mais ou menos, e alguns, razoáveis, geralmente recusavam deixar-se
dirigir por mais tempo. Porque uma coisa é ser indolente e indisciplinado e
outra é apoderar-se de um barco e matar uma porção de homens inocentes.
Afinal, o grupo ficou constituído. Seis homens deviam ficar a bordo, e
dezesseis outros, entre eles Silver, começaram a desembarcar.

54
língua portuguesa - volume 4

Foi então que me veio ao espírito a primeira das ideias malucas que
tanto contribuíram para nos salvar a vida.
Se seis homens eram deixados por Silver, era claro que o nosso gru-
po não poderia tomar e defender o barco, e como eram apenas seis,
era igualmente claro que o grupo da cabina não tinha necessidade de
minha ajuda no momento.
Resolvi, portanto, ir à terra. Num fechar de olhos, escorreguei pelo
costado do barco, esgueirei-me até a alavanca da escota da chalupa
mais próxima, que partiu no mesmo instante. Ninguém me notou, sal-
vo o homem do remo, que perguntou:
– É você, Jim? Baixe a cabeça.
Mas Silver, do outro bote, olhou vivamente para o nosso lado e cha-
mou-me para se informar se era eu; e, desde esse momento, comecei
a lastimar o que fizera.
As tripulações remaram, com vontade, para a praia, mas o bote em
que ia, sendo ao mesmo tempo o mais leve e mais bem tripulado, e
tendo, além disso, algum avanço, distanciou-se muito do outro, atin-
gindo o arvoredo da praia. Segurei-me num galho para saltar em terra
e desapareci no mato próximo, ao passo que Silver e os outros ainda
estavam a cem metros de distância.
– Jim! Jim!, ouvi-o chamar.
Mas devem bem compreender que eu não o ouvia: saltando, trope-
çando, vencendo obstáculo, corri o mais que pude, afastando-me do
local.
Fonte: STEVENSON, Robert Louis. A ilha do tesouro. Tradução de Rubens de Aquino Penteado. São Paulo:
Editora Companhia Nacional, p. 97 a 107.

55
novo

Liste algumas palavras do texto que você não sabe o significado.


1 Depois, por meio do contexto da frase, tente descobrir o sentido
de cada uma delas, conforme o exemplo. A seguir, consulte um di-
cionário e descubra se você acertou.
Exemplo: Aqui temos um exercício de compreensão intuitiva. Mesmo
Sobrepujar quando não se sabe objetivamente o significado de uma palavra
é possível fazer aproximações. O importante é não comprometer
Trecho em que aparece: o entendimento do todo.
“As colinas, com uma tonalidade clara, sobrepujavam a vegetação, ter-
minando em rochas nuas.”
Como eu entendi: cair por cima.
“As colinas, com uma tonalidade clara, caíam por cima da vegetação,
terminando em rochas nuas.”
Significado: ultrapassar em altura; sobrelevar, exceder.
Oriente os estudantes no uso do dicionário. Eles já devem conseguir fazer essa investigação sozinhos
nesse tipo de material.

BNCC
(EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado
mais plausível para o contexto que deu origem à consulta.

Na sua opinião, o que significa a expressão “Conto de Aventura”?


2 Compartilhe oralmente.
Resposta pessoal.

• A história que você leu “A ilha do tesouro” é um conto de aventura?


Compartilhe com seus colegas.

Como uma atividade complementar e interdisciplinar, proponha uma leitura dramática, em que os
estudantes possam encenar um trecho da história.

56
língua portuguesa - volume 4

Lição 5
Canção e Poema

Aquarela
(Maurizio Fabrizio / Guido Morra / Toquinho / Vinícius de Moraes)

Numa folha qualquer


Eu desenho um sol amarelo (EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados,
E com cinco ou seis retas observando rimas, aliterações e diferentes modos de divi-

É fácil fazer um castelo... são dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de
[...] sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros
e de metáforas.
Disponível em: https://www.letras.mus.br/toquinho/49095/. Acesso em: 26 jul. 2022.

A canção é um gênero textual lírico, composto em formato poético,


rimado, na maioria das vezes. São criações artísticas, portanto, sub-
jetivas; no entanto, alcançam o coletivo. Há um trabalho voltado ao
ritmo, eleição de palavras, rimas e sua sonoridade. Além disso, este
gênero resulta da junção entre as linguagens verbal e musical, confe-
rindo prazer estético e sensorial.

57
novo

Se possível, toque a música na sala de aula.

1 Por que o título da música é “Aquarela”?

( ) Porque a personagem é um pintor de quadros.


( ) Porque na letra da música tudo está muito escuro.
( X ) Porque a personagem desenha e pinta no papel e a vida fica
colorida.

2 Quais são rimas?

( X ) amarelo – castelo, luva – guarda-chuva, papel – céu.


( ) qualquer – retas, chover – riscos, imagino – gaivota.
( ) imensa – sul, ela – Istambul, segundo – mundo.

3 Marque a alternativa em que todas as palavras estão no plural.


Como atividade extra, peça aos estudantes que co-
( ) lápis, azul, todos. loquem as palavras da alternativa correta no singular.
( X ) riscos, nuvens, amigos.
( ) piscar, luzes, vamos.

Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas cor-


4 retamente. Peça que os estudantes justifiquem sua resposta.

( ) dezenho, fazer, luses.


( ) desenho, faser, luzes.
( X ) desenho, fazer, luzes.

A canção é uma expressão artística muito es-


pecial. Envolve o idioma, o ritmo e cadência.
Fazem parte da canção a letra e a melodia.
Quem escreve a canção é chamado de com-
positor. Procure sempre saber quem são os
compositores das suas canções favoritas.

BNCC
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia,
textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de
palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recur-
sos visuais e sonoros.

58
BNCC
língua portuguesa - volume 4
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no con-
texto da frase ou do texto.

Do que trata o texto?


5 Reproduza novamente a música, se achar necessário.

( ) Da construção de um parque de diversões.


( X ) Da possibilidade que temos para colorir e transformar uma folha
branca em desenhos criativos.
( ) Da importância de ter bons amigos.
( ) De um castelo feito em uma folha em branco.
Uma possível interpretação do texto pode ser:
6 Antes de responder à atividade, leia com os estudantes as alternativas, questione o que eles acham de
cada opção. Tem a ver com a música?
( ) Devemos ter cuidado com os nossos sonhos.
( ) Não devemos fantasiar muito com as viagens que fazermos.
( X ) Construímos a nossa vida como um quadro, com as tintas e fantasias
de cada um, e esse quadro com o tempo perde a cor.
( ) A vida é um barco a vela que um dia se afunda.

No texto, a palavra “muro” tem o seguinte significado:


7
( ) Tijolos para separar um lugar de outro.
( ) Algo que se deve ser derrubado.
( X ) Um obstáculo que pode ser visto como a passagem para a fase
adulta e o fim dos sonhos iniciais.
( ) Os pesadelos que temos quando dormimos.

8 Explore a sua criatividade e troque as rimas que aparecem em uma


ou mais estrofes da música.
Explique aos estudantes o que é uma metáfora: uma figura de
De uma América a outra linguagem em que se usa uma palavra ou uma expressão em
Eu consigo passar num segundo um sentido que não é muito comum, revelando uma relação
Giro um simples compasso de semelhança entre dois termos.

E num círculo eu faço o mundo...

De uma América a outra


Eu consigo passar num instante
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço uma estante.

(Não se atenha ao sentido do texto, o exercício aqui é estético, para brincar com as palavras e ampliar
o vocabulário.)

59
novo

Poema
E fico, pensativa, olhando o vago…
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim…
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Fonte: A voz da poesia. Fragmento de “Lágrimas Ocultas”, de Florbela Espanca Disponível em: http://www.
avozdapoesia.com.br/obras_ler.php?obra_id=9832. Acesso em: 8 abr. 2018.

O poema é um gênero textual formado por versos dispostos em


estrofes. Esses recursos possuem a finalidade de conferir ao texto
ritmo, musicalidade e sonoridade. Os poemas podem apresentar
estruturas fixas relacionadas à métrica ou não. Sua matéria-prima é
a palavra e, por meio desta, a construção de imagens.

60
língua portuguesa - volume 4

A última palavra do primeiro verso, “vago”, rima com qual outra do


1 próximo verso?

( ) Brandura.
( ) Plácida.
( X ) Lago.

Qual outra palavra poderia rimar com “vago”?


2
( X ) Mago.
( ) Olhando.
( ) Rosto.

O que mudou entre as 3 palavras “vago”, “lago”, “mago”?


3
( X ) As consoantes iniciais.
( ) As vogais finais.
( ) As sílabas.

O que é estrofe?
4 Estrofe é um conjunto de versos. Apresenta-se como
um referente do parágrafo no texto em prosa. No poe-
( ) Um conjunto de rimas. ma, o parágrafo chama-se estrofe.

( ) Um conjunto de linhas.
( X ) Um conjunto de versos.

Ainda na primeira estrofe, no seu último verso, tem-se a palavra


5 “marfim”. Qual a palavra da segunda estrofe que rima com essa?

( ) Lágrimas.
( X ) Mim.
( ) Brotar.

“Calma” é outra palavra que apresenta rima neste poema. Qual é


6 sua rima?
BNCC
(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do
( X ) Alma. uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explo-
( ) Cair. rando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e
( ) Dentro. recursos visuais e sonoros.

61
novo

62
OVO
L- língua portuguesa - volume 4

A Lição 6
A S I L - Rótulos, etiquetas e embalagens

OVO BNCC
(EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de

V A L I A apresentação de dados e informações.

A S I L
BR
N O V O
V A L -
OA
B R A -
IA
AS I L -
O V O
L-N -
V A L
VO A
S I L -
RA Os rótulos,VasOetiquetas e as embalagens apresentam
- N O
SIL composição
textos que cumprem a função de informar, dizendo a
I A
A V L do produto, quais cuidados são exigidos
Aseu funcionamento e manutenção, data de valida-
V O para

-
de, modo de usar e de armazenar. É muito importante

A saberR
B A
essas informações antes de comprar qualquer
ALI produto. LIA
A V A
OVO R A S I L
I A B
VAL
S I L - 63
novo

1 Observe este rótulo.

POMAR FELIZ Informação nutricional


Geleia de Laranja
(porção de 20g)

Açúcares: 10g (**%VD)

Carboidratos: 10g (3%VD)


Fibra Alimentar: 0.4g (2%VD)
Valor energético: 42kcal (2%VD)

Validade: 10/12/2025
Laranja (51%), suco de uva e tâmara Produto 100% natural
concentrado, suco de limão, pectina.

Com base na análise do rótulo, responda. Que tipo de produto é esse?


2
( ) Produto de limpeza.
( ) Produto de higiene.
( X ) Alimento.

3 Quais são os ingredientes desse produto? Liste-os.


Laranja, suco de uva e tâmara concentrado, suco de limão, pectina.
Os produtos orgânicos apresentam no mínimo 95% de matérias primas orgânicas (sem químicas durante
o cultivo e antes dele). Toda a cadeia produtiva deve ser qualificada. São regulados pelo selo IBD – Insti-
tuto Biodinâmico. Já os produtos naturais são formulados com 95% de ingredientes naturais e apenas 5%
de ingredientes orgânicos.

De acordo com o rótulo, essa geleia é um produto:


4
( ) orgânico.
( X ) 100% natural.
( ) que contém glúten.

64
língua portuguesa - volume 4

Qual é a validade do produto?


5
( ) 12 de outubro de 2025.
( X ) 10 de dezembro de 2025.
( ) 10 de outubro de 2025.

A informação nutricional é baseada em uma porção. Isso possibilita


6 que entendamos quanto de cada componente há em uma determi-
nada quantidade do produto. Qual é a medida da porção utilizada
na geleia que vimos?

( X ) 10g.
( ) 20g.
( ) 28g.

Os ingredientes são listados no rótulo por ordem de quantidade.


7 Seguindo essa lógica, qual o ingrediente MENOS presente na ge-
leia?

( X ) Pectina.
( ) Laranja.
( ) Suco de limão.

Uma das razões para sempre ler a embalagem dos produtos é des-
8 cobrir se a composição leva algum ingrediente ao qual o consumi-
dor é alérgico. Qual dessas informações transmite esse dado?

( ) Valores diários não estabelecidos.


( X) Não contém glúten.
( ) Porção de 95g (1 unidade).

65
Sugestão de atividade adicional:
novo Com a ajuda dos pais, em casa, escolha um produto alimentício e faça a
leitura do rótulo. Anote no caderno todas as informações. O educador
pode escolher alguns estudantes para apresentarem oralmente.

Todos os produtos possuem uma unidade de medida adequada. Quan-


do queremos medir seu peso usamos os gramas (g) como unidade.
Quando queremos saber a quantidade de um líquido usamos os litros (L).
Estas são as duas unidades usadas em todo o mundo para os objetos.
No Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia atua
na fiscalização de pesos e medidas de produtos dos mais variados tipos.
Entender de tais unidades é importante porque os produtos usam isso
como informação em suas embalagens.
Para saber quanto de produto está levando, você tem que saber quanto
contém em uma embalagem (peso).
Uma receita de bolo, por exemplo, requer usos de medidas específicas
para cada preparo específico como litros, gramas e até colheres que ser-
vem para a conversão de unidades de medida.
O ato de ministrar alguns medicamentos de acordo com o peso das pes-
soas e dos animais também necessita desse conhecimento.

6666
língua portuguesa - volume 4

Lição 7
Calendário

Entender como funciona o calendário é importante porque nos


ajuda a organizar as atividades diárias ao longo dos meses do ano.
O calendário nos orienta sobre quais serão os feriados, o dia em
que começam as férias e o do retorno às aulas. Ah! E o melhor:
ajudam a saber quanto tempo falta para o dia do seu aniversário!

BNCC
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recur-
sos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.
O calendário é um gênero textual que organiza o tempo para que se possa ar-
quitetar a vida em sociedade, recorrendo à divisão temporal em unidades como
dias, semanas, meses e anos. Seus elementos são os nomes dos meses, abrevia-
ções, datas comemorativas e feriados, fases da lua, entre outros.

67
novo

Quantos meses existem no ano?


1
( ) 10.
( ) 11.
( X ) 12.

De acordo com o calendário do ano 2022, quantas semanas existem


2 no mês de maio?

( ) 5 semanas incompletas.
( ) 3 semanas.
( X ) 1 semana incompleta e 4 semanas completas.

O que os meses julho, agosto e outubro possuem em comum?


3
( ) O número de sílabas.
( X ) O número de dias.
( ) Não possuem nada em comum.

Analisando o calendário, o ano de 2022 é composto de quantas


4 semanas? BNCC
(EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como
forma de apresentação de dados e informações.
( ) 12.
( ) 30.
( X ) 52.

68
língua portuguesa - volume 4

Calendário lunar
Uma das razões para o sobe e desce das
águas dos mares e oceanos está no movimen-
to da Lua. Na verdade, a Lua é um satélite do
nosso planeta, ou seja, gira em torno dele.
Nesse eixo de rotação, certas regiões da Ter-
ra se aproximam mais da Lua do que outras.
Onde isso acontece, a força de atração que a
Lua exerce sobre a Terra se intensifica. É como
se ela puxasse o planeta para mais perto de si
nessas regiões. Ao puxar, ela desloca as águas
dos mares e oceanos, provocando as marés!

69
novo

5 Analisando o calendário Lunar, no dia 23 de fevereiro, a lua muda para:

( ) Cheia.
( X ) Minguante / Nova.
( ) Crescente.

A lua crescente em abril acontece no dia:


6
( X ) 09.
( ) 15.
( ) 22.

7 No mês de janeiro, quantas mudanças de Lua acontecem?

( X ) 04.
( ) 05.
( ) 06.

As fases da Lua influenciam qual fenômeno da natureza?


8
( ) Os ventos.
( X ) As marés. Estudar diferentes tipos de calendário é importante para ex-
plorar as formas de sistematização de informações. Explore a
( ) O clima. importância das legendas para a compreensão do texto.

Pesquise na internet, com a ajuda de familiares, ou em livros, as fa-


9 ses da Lua. Em seguida, desenhe em seu caderno cada uma delas,
identificando-as.

70
língua portuguesa - volume 4

Lição 8
Mapas e legenda cartográfica

BNCC
(EF04LP20) Reconhecer a função de
gráficos, diagramas e tabelas em textos,
como forma de apresentação de dados
e informações.
(EF15LP04) Identificar o efeito de senti-
do produzido pelo uso de recursos ex-
pressivos gráfico-visuais em textos mul-
tissemióticos.

O mapa é uma representação plana e sim-


plificada de um espaço. Em grande parte
das vezes, este gênero textual contém tí-
tulo, legenda, escala, fonte, local e ano.
A legenda é um recurso importante para
auxiliar o leitor a interpretá-lo do mesmo.
A escala demonstra a relação entre o tama-
nho real do terreno e o do mapa (distância
relativa).

A importância e função da legenda dos mapas é facilitar


a comunicação, ajudando um determinado mapa a atingir
o seu objetivo, que é informar e fornecer dados acerca de
acontecimentos ou elementos existentes no espaço geo-
gráfico. Por isso, faz-se necessário o entendimento dos di-
ferentes tipos de símbolo ou signos cartográficos.

71
novo

1 Analise o mapa.

Por meio da observação atenta do mapa político do Brasil, quais


2 informações podem ser extraídas?
As 5 regiões do país, nomes dos estados e das capitais, bem como sua localização espacial.

72
língua portuguesa - volume 4

3 Qual região brasileira é composta do maior número de estados?


Liste-os.
Região Nordeste: Bahia, Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,

Sergipe. Total de 9 estados.

Identifique o estado em que você mora, verifique a região da qual


4 faz parte e liste os estados com os quais faz divisa, informando a
localização espacial.
Resposta de acordo com o estado em que foi adotado o material. Exemplo: Eu moro em São Paulo, Re-
gião Sudeste. O estado de São Paulo faz divisa com: Paraná ao Sul, Mato Grosso do sul a oeste, Minas

Gerais ao norte e Rio de Janeiro a leste.

5 Observando a localização espacial da Região Sul e lançando mão


dos seus conhecimentos a respeito do clima e da vegetação do
Brasil, assinale a alternativa correta:

( ) o Sul é uma das regiões mais quentes do Brasil e a caatinga é a


sua vegetação característica.
( ) o Sul abriga a maior floresta do país, seu clima é temperado.
( X ) o Sul apresenta as mais baixas temperaturas do país e uma ve-
getação bastante comum são os pinheiros.

6 Qual diferença é possível observar no estado de Goiás?


Além da capital Goiânia, há Brasília, o Distrito Federal.
O Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do Brasil, e é nele que está localizada Brasília, a capital
Federal do Brasil. Diferente dos estados brasileiros, o Distrito Federal não possui municípios, é formado por
31 regiões administrativas.

73
Sugestão de atividade adicional:
novo Faça uma pesquisa na internet, com a ajuda de familiares, sobre a sua cidade
para identificar:
a. A quantidade de habitantes.
b. A área do município.
c. Os principais elementos geográficos.

74
língua portuguesa - volume 4

Os mapas físicos são aque-


les que representam as for-
mas do território, ou seja,
montanhas, rios, lagos, pla-
naltos e planícies e outras
formas de relevo.
Eles são elaborados em
diversas cores e tonalidades
para facilitar a visualização
dos elementos geográficos.
A água (rios, lagos, oceanos,
etc.) é representada na cor
azul. A cor marrom é, geral-
mente, usada para planaltos
e montanhas, sendo que
quanto mais escura, maior
é a altitude. A cor verde é
usada em áreas de planícies.

75
novo

Observando o mapa físico do estado do Amazonas, quais informa-


7 ções são transmitidas?
Capital, cidades, aeroportos, portos, limites de estado, principais rodovias, rios.

8 O rio Juruá passa por quais cidades do estado do Amazonas?


Ipixuna, Eirunepé, Itamarati, Carauari, Juruá.

O rio Amazonas nasce com o


nome de Vilcanota e recebe de-
pois as denominações de Uicaiali,
Urubamba e Marañón. Quando
entra no Brasil, torna-se Solimões,
até o encontro com o rio Negro,
próximo de Manaus. Desse ponto
até a foz recebe o nome de Ama-
zonas. No território brasileiro,
esse grande e importante rio des-
ce de 82 metros de altitude, em
Benjamin Constant, dirigindo-se
ao oceano depois de uma traje-
tória de 3.165 quilômetros.

76
língua portuguesa - volume 4

9 Localize no mapa os rios Negro e Solimões.

Rio Negro

Rio Solimões

• Consulte o dicionário e anote nas linhas a seguir o significado de


“igarapé”.
Riacho que nasce na mata e deságua em rio.

77
novo

Os mapas temáticos são usados para mostrar, em certos territó-


10 rios, determinados elementos ou fenômenos específicos. Neles,
é de grande importância a presença de símbolos (com seus signi-
ficados) e legendas explicativas. Observe este mapa e responda
às questões.

78
língua portuguesa - volume 4

79
novo

11 Trata-se de um mapa temático:

( ) Rodoviário.
( X ) Turístico.
( ) Demográfico.

Escreva um pequeno texto descrevendo o que você observou no


12 mapa.
Exemplo: Este mapa mostra as atrações turísticas do estado de Alagoas. É possível notar que existem

muitas praias no litoral e o interior apresenta também diversas atrações. O mapa indica a
distância entre as capitais mais próximas.

Agora, aproveite o espaço a seguir e desenhe um mapa do bairro


13 onde está situada a sua escola.

80
língua portuguesa - volume 4

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

81
novo

82
língua portuguesa - volume 4

Leia atentamente estes textos.


1
Texto 1 Texto 2
Bolo de caneca Receita para fazer um poema dadaísta
Ingredientes
(Tristan Tzara)
1 ovo; Pegue um jornal.
3 colheres de farinha de trigo; Pegue uma tesoura.
1 colher de leite em pó; Escolha no jornal um artigo com o com-
2 colheres de achocolatado; primento que pensa dar ao seu poema.
2 colheres de óleo; Recorte o artigo.
2 colheres de açúcar; Depois, recorte cuidadosamente todas
2 colheres de leite ou água; as palavras que formam o artigo e meta-
1 colher de fermento em pó. -as num saco.
Agite suavemente.
Modo de preparo Seguidamente, tire os recortes um por
Primeiro, coloque o ovo na caneca e use um.
um garfo para bater bem. Em seguida, Copie conscienciosamente pela ordem
acrescente o óleo, açúcar, leite, choco- em que saem do saco.
late em pó e o leite em pó. Depois de O poema será parecido consigo.
acrescentar tudo, bata mais. E pronto: será um escritor infinitamente
Depois da massa já batida, coloque a original e duma adorável sensibilidade,
farinha e o fermento na massa e mexa embora incompreendido pelo vulgo.
delicadamente até incorporar. Por fim,
Disponível em: hhttps://www.soliteratura.com.br/
leve ao micro-ondas por três minutos em premodernismo/premodernismo18.php. Acesso em:
potência máxima. A dica das crianças é 12 nov. 2021. Adaptado.
decorar a gosto.
Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noti-
cia/2020/01/18/criancas-ensinam-como-fazer-bolo-
-de-caneca.ghtml. Adaptado. Acesso em: 12 nov. 2021.

O dadaísmo foi um movimento artístico cultural que reforçava a ideia de fazer as coisas de formas não usuais, diferentes e fora das regras.
De forma espontânea e livre, o movimento prega a oposição ao padrão ou ao formal.
O poeta romeno Tristan Tzara (Samuel Rosenstock) nasceu em 16 de abril de 1896 e morreu em 25 de dezembro de 1963. Foi um dos
principais nomes do dadaísmo e um dos grandes defensores do movimento.

83
novo

Com base na leitura dos dois textos, responda.


2
a) De onde esses textos foram retirados? Justifique sua resposta.
Foram retirados de sites, como mostra as referências permitem verificar.

b) Você acha que esses textos são iguais? Compartilhe sua opinião
com os colegas da classe.
Espera-se que os estudantes reconheçam as semelhanças do gênero receita.

Use a tabela a seguir para escrever quais as semelhanças e quais


3 as diferenças entre os dois textos
Semelhanças Diferenças
Espera-se que os estudantes reconheçam a
estrutura do gênero receita, porém, com “in-
gredientes” diferentes. Você deve ajudá-los
no reconhecimento dos textos.

b) No espaço a seguir, crie seu texto seguindo a “Receita para fazer


um poema dadaísta”, lida anteriormente. Com a ajuda do professor,
separe todos os ingredientes necessários.
Para a criação, os estudantes devem fazer recorte de palavras em jornais e revistas e colar, conforme a
receita, criando suas composições autorais com base nas palavras selecionadas e recortadas.

BNCC
(EF04LP13) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (instruções de jogos digitais ou im-
pressos), a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e
formato específico dos textos orais ou escritos desses gêneros (lista/ apresentação de materiais e instru-
ções/passos de jogo).

84
língua portuguesa - volume 4

Leia com atenção a definição da palavra “incompreendido”, retira-


4 da do texto “Receita para fazer um poema dadaísta”:

incompreendido
in·com·pre·en·di·do (adj)
1. Que não foi compreendido ou percebido.
2. Que não é compreendido, considerado com imparcialidade; que não é bem
aceito ou avaliado: Era um rapaz incompreendido.
substantivo masculino
3. O indivíduo que não é compreendido, aceito ou que não tem seu valor reco-
nhecido: Os incompreendidos sofreram castigo que não mereciam.
Incompreendido. Aulete. Disponível em: https://aulete.com.br/incompreendido. Acesso em: 12 nov. 2021.

Pesquise no dicionário (pode ser físico ou virtual) as seguintes pa-


5 lavras, extraídas do texto, e copie o significado de cada uma delas.

vulgo: conjunto da maioria das pessoas de uma sociedade.

conscienciosamente: em consciência.

b) Pesquise outras palavras no dicionário e copie seus respectivos sig-


nificados.
poema: tipo de texto literário escrito em verso.

receita: relação dos ingredientes e do modo de preparar um prato.

85
novo

Na sua opinião, qual é a diferença entre o Texto 1 e o Texto 2?


6 Espera-se que os estudantes comentem que o Texto 1 é uma receita, que instrui o leitor a preparar um
bolo. Já o Texto 2 apresenta a estrutura de uma receita, porém o conteúdo remete a um texto literário.

Acentue as palavras a seguir.


7

leite em po agua

açucar oleo

86
língua portuguesa - volume 4

Leia com atenção os seguintes títulos:


8
Estiagem derruba nível da Represa de Itupararanga
Represa, que é o maior reservatório da região, opera com 26% da ca-
pacidade. Outros reservatórios da região também sofrem com baixo
volume de chuvas.
Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2021/08/24/estiagem-derruba-nivel-da-re-
presa-de-itupararanga.ghtml. Acesso em: 3 dez. 2021.

Manaus sente reflexos da “friagem” e amanhece com temperatura


de 23,4º, diz Inmet
Previsão é que temperatura permaneça amena nesta sexta-feira (30).
Impactos do fenômeno começam a diminuir já no fim de semana.
Disponível em: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2021/07/30/manaus-sente-reflexos-da-friagem-
-e-amanhece-com-temperatura-de-234o. Acesso em: 3 dez. 2021.

Agora, responda:
9 a) De onde foram tirados esses títulos? Justifique sua resposta com
base em informações do próprio texto
De um site jornalístico, como mostram as referências abaixo dos títulos.

b) Assinale a opção correta sobre esses títulos:


( X ) Os títulos explicam como a mudança do clima prejudicou as
cidades.
( ) Os títulos explicam que o tempo é sempre bom e não muda.

c) Qual é o nome da cidade brasileira mencionada no título 2?


Manaus.

d) A qual região do Brasil ela pertence?


Norte.
BNCC
(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público
infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação especí-
fica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

87
novo

De acordo com os títulos das notícias, é importante preservar a


10 natureza? Compartilhe sua opinião oralmente.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comentem sobre a importância da preservação ambiental.

impacto
im·pac·to (adj)
1. Substantivo masculino. Choque ou colisão entre dois ou vários corpos: senti
o impacto do acidente.
2. [Figurado] Perturbação intensa; o que produz um efeito muito forte em; aba-
lo: impacto emocional. Encontro do tiro com o alvo ou do que foi lançado com
o seu destino.
3. Adjetivo. Colocado à força; que se chocou contra; impelido.
4. Expressão. Impacto Ambiental. As consequências de uma ação, geralmente
humana, para o meio ambiente:
Ex. A empreiteira não avaliou o impacto ambiental da obra.
(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa – mini)

Qual das definições da palavra “impacto” faz mais sentido na leitura


11 dos títulos sobre estiagem e friagem? Copie-a nas linhas abaixo:

4. Expressão. Impacto Ambiental. As consequências de uma ação, geralmente humana, para o meio am-
biente: a empreiteira não avaliou o impacto ambiental da obra.

BNCC
(EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais
plausível para o contexto que deu origem à consulta.

Pesquise no dicionário o significado da palavra “empreiteira”, des-


12 tacada na frase a seguir, e copie a definição nas linhas abaixo.

A empreiteira não avaliou o impacto ambiental da obra.


Empreiteira: sf.
1. Bras. Empresa que realiza obras por empreitada.
[F.: Fem. substv. de empreiteiro.]
Empreiteira. Disponível em: https://aulete.com.br/empreiteira. Acesso em: 3 dez. 2021.

88
língua portuguesa - volume 4

Observe com atenção a composição das seguintes palavras que


13 foram tiradas dos títulos das matérias:
BNCC
Frio – Friagem (EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reco-
nhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à con-
sulta.

Estio – Estiagem

a) Busque no dicionário o significado de “friagem” e “estiagem” e copie


nas linhas a seguir.
Friagem:
sf.
1. Ar frio: Tome cuidado para que o bebê não pegue friagem.
2. Queda súbita da temperatura atmosférica causada pela chegada de massas de ar frio.
3. Doença dos vegetais causada por frio ou granizo.

Friagem. Disponível em: https://aulete.com.br/Friagem. Acesso em: 3 dez. 2021.


Estiagem:
sf.
1. Período longo sem chuvas; seca.
2. Tempo seco que se segue a chuvas ou tempestades.
3. Período de cessação das chuvas.
4. Redução das águas de rios, canais etc. ao seu nível mais baixo.

Estiagem. Disponível em: https://aulete.com.br/Estiagem. Acesso em: 3 dez. 2021.

Na região onde você mora, são comuns esses dois fenômenos cli-
14 máticos? Compartilhe oralmente.
Resposta pessoal.

a) Agora que você entendeu o que significam “friagem” e “estiagem”,


você acha que esses dois fenômenos acontecem em outros lugares do
mundo? Se sim, quais seriam as prováveis causas?
Resposta pessoal.

BNCC
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas
na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, consi-
derando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF04LP15) Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos, jornalísticos, publicitários,


etc.).

89
novo

Siga o modelo e forme outras palavras acrescentando no final delas


15 as seguintes terminações: -agem, -oso, -eza, isar/izar:

Canoa canoagem

Carinho carinhoso

Esperto esperteza

Belo beleza

Folha folhagem

Gosto gostoso

Língua linguagem

Ferro ferragem

Cicatriz cicatrizar

Organização organizar

Pesquisa pesquisar

BNCC
(EF04LP10) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros
do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF04LP10) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do
campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comu-
nicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

90
língua portuguesa - volume 4

16 Leia o texto.
Penedo, 25 de agosto de 2021.
Senhor Prefeito,

Me chamo Maria Tereza e tenho 11 anos.


Hoje à tardinha eu estava com minha mãe indo ao centro quando vi-
mos uma cena que me deixou bem tristinha.
Vi toda a margem de nosso Rio São Francisco cheia de muito lixo.
Acho que seria importante ter mais lixeiras perto do rio para que as
pessoas joguem o lixo no lugar certo.
Escrevo esta carta para pedir a ajuda do senhor para resolver essa si-
tuação. Muito obrigada.
Maria Tereza

Esse texto é uma carta. Muito antes do surgimento da


internet e das mensagens de texto que conhecemos
atualmente, a carta era a forma utilizada para estabelecer
contato com outras pessoas. Existem tipos diferentes de
cartas que são utilizadas de acordo com a necessidade.

Com base na leitura do texto, responda às questões:


a) Quem é o remente e quem é o destinatário?
Remente: Maria Tereza
Destinatário: Prefeito da cidade onde Maria Tereza mora

b) Qual o assunto da carta? Assinale sua resposta:


( ) Contar sobre um passeio.
( X ) A necessidade de cuidado com o lixo na beira do rio.

c) Escreva na linha a seguir dois diminutivos que aparecem na carta.


Tristinha e tardinha.

d) Escreva a palavra derivada de “lixo” que aparece no texto.


Lixeira.

91
novo

Ao ver lixo espalhado pela rua, você também sente o mesmo que
17 Maria Tereza sentiu? Compartilhe sua opinião oralmente.
Resposta pessoal.

a) Escreva na linha a seguir uma palavra que você acha que representa
o sentimento de Maria Tereza com a situação do lixo nas margens do
rio na cidade dela.

b) Você acha que ela agiu corretamente ao escrever uma carta para
o prefeito da cidade? Você também faria o mesmo? Compartilhe sua
opinião oralmente com os colegas.

c) Escreva quais medidas a Prefeitura poderia adotar para resolver o


problema relatado pela menina?
Espera-se que os estudantes escrevam que a Prefeitura poderia implantar lixeiras e promover campanhas
de conscientização sobre o descarte adequado do lixo.

d) Agora, utilize o espaço a seguir para escrever uma carta como a de


Maria Tereza.

BNCC
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na
escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, consideran-
do a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF04LP11) Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros
do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura própria
desses textos (problema, opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/
finalidade do texto.

92
língua portuguesa - volume 4

Pense em alguma situação que incomode ou que aborreça você na


18 sua cidade, no seu bairro, na sua escola e que se relacione ao lixo
ou ao meio ambiente ou a qualquer outro assunto que seja impor-
tante para você e para todos ao seu redor e manifeste sua opinião.
O destinatário de sua carta deve ser algum político.

Oriente os estudantes quanto ao pronome de tratamento utilizado para falar com políticos e autoridades.

93
novo

caminhada dos animais


mostre para a Professora carla
o quanto você e os seus colegas
sabem dos animais

94
língua portuguesa - volume 4

como jogar:
use sua borracha como peão para se localizar no tabuleiro.

tire nos dedos com um colega para saber quantas casas andar.

na sua vez, responda À pergunta da casinha que cair, se vocÊ acertar


pode andar uma casa, se errar você deve voltar uma casa.

vence quem chegar primeiro no final do tabuleiro.

95
posic
io
para n e aqui su
dar i n a
ício a borrach
o jog a
o
o pica-pau tem
s?
penas ou pelo
I N íCIO “pica-pau
” rima
com o q
u Ê?

qual o plu ral


PICA-PAU É UMA
de “caracol”?
AVE OU
UM MAMÍFERO?
quantas letras
tem
QUANTAS PATAS UM
“caracol”? LEÃO TEM?

ma
o qu e r i
o
com qual o fem in in
l”? de “LEÃO”?
“caraco

o qu e rima é co n h eci do
qu e m o
com “leão”? por ser
?
loresta
rei da f
qual
o
de “c fem i n i no
acho
rro” o qu e ri ma com raposas
? tem
“raposa”? penas o
u pelos
?
quantas patas dizem qu e gatos
tem um tÊm quantas vidas?
cachorro? quantas SÍ LABAS
tem a
o qu e ri ma palavra “raposa”?
QUANTAS LETRAS TEM
com
A PALAVRA “GATO”?
“cachorro”? Qual é o
mascu lino
cachorro de galinha?
balança quantas patas
o rabo quando tem um gato? o que ri ma com
está.....? a palavra
“galin ha”?
quantas SÍ LABAS
quantas SÍ LABAS
tem a palavra tem a palavra
PI NTIN HOS SÃO
“ovelha”? “gato”?
FI LHOTES DA...?
qual o a
mascu l s e cham
i no com o A? parabens, você
de ovel OVELH con h
ha? ote da bem os an imaisece m uito
o fi lh !
novo

98
língua portuguesa - volume 4

Avaliação diagnóstica

99
novo

O que é uma avaliação diagnóstica?


A avaliação diagnóstica recebe diferentes conceituações entre os especialistas em Educação.
Contudo, de forma abrangente, entendemos como ação avaliativa os métodos que têm como
função primordial a obtenção de informações acerca dos conhecimentos, aptidões e compe-
tências dos estudantes. O resultado deve servir como base para a organização dos processos
de ensino e aprendizagem de acordo com as situações identificadas.
Objetivos
Identificar as características de aprendizagem do estudante a fim de melhorar o seu desempe-
nho. A avaliação diagnóstica evidencia os pontos fortes e fracos de cada estudante, de maneira
que os planos de aula possam ser mais bem alinhados às necessidades da turma. Essa ação
evita a detecção tardia de lacunas de aprendizagem ao mesmo tempo que traz à tona os co-
nhecimentos prévios que irão nortear ações pedagógicas futuras.
As informações obtidas por meio da avaliação diagnóstica devem auxiliar as redes de ensino a
planejar intervenções, propondo métodos que estimulem os estudantes a alcançar o patamar de
conhecimento desejado.
Complexidade na elaboração
Complexidade média. Exige bom domínio docente em relação ao que se deseja.
Complexidade na correção
Nível de exigência de dedicação docente à aferição dos resultados. Complexidade alta. Exige
montagem de tabela e estudo comparativo dos resultados.

100
língua portuguesa - volume 4

Língua Portuguesa – 4º ano

Escola:

Estudante:

1 Leia o texto e responda à questão:

A frase “TODOS CONTRA A DENGUE” significa que devemos:

A) fugir dos mosquitos.


B) aniquilar todos os insetos.
C) combater o mosquito da dengue.
D) desrespeitar as placas de trânsito.

101
novo

BNCC
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

2 Leia a fábula e responda à questão:


Uma formiga sedenta chegou à margem do rio para beber água. Para
alcançar a água, precisou descer por uma folha de grama. Ao fazer isso,
escorregou e caiu dentro da correnteza.
Pousada numa árvore próxima, uma pomba viu a formiga em perigo.
Rapidamente, arrancou uma folha de árvore e jogou dentro do rio, per-
to da formiga, que pôde subir nela e flutuar até a margem.
Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que
se escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que
a pomba corria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar.
A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais
alto.
De lá, ela arrulhou para a formiga:
— Obrigada, querida amiga.
(Fábula de Esopo)

Marque a alternativa que mostra o principal tema tratado na fábula:


A) Devemos ajudar quem precisa.
B) Devemos ajudar só nossos amigos.
C) Não devemos ajudar desconhecidos.
D) Não devemos falar com estranhos.

3 Leia o texto e responda à questão:

A rã e o touro
Um grande touro passeava pela margem de um riacho.
A rã ficou com muita inveja do seu tamanho e da sua força.
Então começou a inchar, fazendo enorme esforço, para tentar ficar
tão grande quanto o touro.
Perguntou a suas companheiras de riacho se estava do tamanho do
touro. Elas responderam que não.
A rã tornou a inchar e inchar. Ainda assim não alcançou o tamanho
do touro.
Pela terceira vez tentou inchar; e fez isso com tanta força que acabou
explodindo, por culpa de tanta inveja.
ABREU, Ana Rosa et. al. Alfabetização: livro do aluno. 2 vol. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000.

102
língua portuguesa - volume 4
BNCC
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produ-
zido pelo uso de recursos expressivos gráfico-vi-
Para tentar ser igual ao touro, a rã: suais em textos multissemióticos.

A) fez cara de brava.


B) ficou bem forte.
C) começou a inchar.
D) pulou bem alto.

4 Leia com atenção:

INGRESSO
CIRCO DOCE MEL

ESPETÁCULO INÉDITO
Horário: 15 horas
Data: 20/02/19
Entrada: R$ 5,00 criança
R$ 10,00 Adulto
Local: Campo do Mineiro.

O espetáculo inédito do Circo Doce Mel vai iniciar:


A) pela manhã.
B) à noite.
C) à tarde.
D) de madrugada.

103
novo

BNCC
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

5 Leia o texto e responda à questão:

Ai, que preguiça!


Ele fica lá, paradão, no alto das árvores. Quando se move, parece que
estamos vendo um filme em câmera lenta. Você sabe por que o bicho-
-preguiça se comporta assim? Em meus passeios pela internet, encontrei
um vídeo bacana que responde exatamente isso. [...]
Disponível em: http://chc.org.br/acervo/ai-que-preguica/. Acesso em: 4 ago. 2022.

Para assistir ao vídeo, acesse:

Acesso em: 3 ago. 2022.


No trecho “...parece que estamos vendo um filme em câmera lenta”, as
palavras sublinhadas indicam:
A) a agilidade do animal.
B) o modo devagar do movimento do animal.
C) o comportamento agressivo do animal.
D) o lugar onde ele está.

104
língua portuguesa - volume 4

BNCC
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

6 Observe e responda:

Que gênero textual é este?


A) Cardápio.
B) Tabela.
C) Receita.
D) Convite.

7 Leia o texto e responda à questão:

Curiosidades sobre dinossauros

Os dinossauros são terrestres e são clas-


sificados em:

Ornitísquios: [...] Possuem formas


e tamanhos diversos, geralmente são
quadrúpedes e são caracterizados pela
estrutura da pélvis, semelhante à das aves.
Exemplos: Tricerátops e Estegossauro.

105
novo

BNCC
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

Saurópodes: [...] No geral são quadrúpedes, herbívoros, possuem


corpo volumoso, pernas grossas, cabeça pequena e cauda e pescoço
alongado. Exemplos: Brontossauro, Braquiossauro e Diplodoco.
Terópodes: [...] Geralmente bípedes e carnívoros. Com a evolução bio-
lógica os atuais representantes dessa linhagem são as aves. Exemplos:
Velociraptor e Tiranossauro Rex.
Eles viveram na Era Mesozoica e surgiram há cerca de 231 milhões de
anos atrás no Período Triássico, passando pelo Jurássico e o Cretáceo,
quando ocorreu um evento de extinção há cerca de 65 milhões de
anos. [...]
Disponível em: https://www.parquecientec.usp.br/publicacoes/curiosidades-sobre-dinossauros. Acesso em:
3 ago. 2022.

A finalidade do texto é:
A) apresentar dados sobre os dinossauros.
B) advertir sobre os perigos dos dinossauros.
C) informar sobre o surgimento do homem na Terra.
D) divulgar a quantidade de continentes do planeta.

8 Leia o texto e responda à questão:

Defesas Curiosas
Para escapar dos seus inimigos, certos animais e vegetais possuem ma-
neiras curiosas para se defender. O gambá e o percevejo exalam mau
cheiro para afugentar seus atacantes. O ouriço-do-mar tem espinhos
protetores em volta do corpo. O polvo solta uma tinta que escurece
a água, facilitando assim a sua fuga. O cacto também tem espinhos
protetores. As flores do açafrão são parecidas com as de outra planta
chamada cólquico que, por ser venenosa, é evitada como alimento por
certos animais. Por causa dessa semelhança, o açafrão fica protegido
também.
ABREU, Ana Rosa et. al. Alfabetização: livro do aluno. 3 vol. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000.

106
língua portuguesa - volume 4

A finalidade do texto é:
A) Apresentar diferenças entre alguns animais e plantas.
B) Advertir sobre animais e plantas venenosos.
C) Apresentar defesas que alguns animais e plantas utilizam contra seus
predadores.
D) Advertir sobre a caça de animais.

9 Leia o texto e responda à questão a seguir:

Quem inventou o fogo?


Ninguém! O fogo já existia muito antes de aparecerem os primeiros
homens. Isso porque ele pode se produzir sozinho na natureza. Numa
tempestade, por exemplo, grandes faíscas de eletricidade cortam o
céu: são os relâmpagos. Acontece que alguns relâmpagos podem
atingir o chão e incendiar o mato seco, ou as árvores: é o fogo do céu!
Como o homem aprendeu a fazer fogo?
Observando os incêndios naturais, os homens pré-históricos tiveram a
ideia de apanhar galhos de árvores em chamas. Assim, puderam man-
ter acesas as fogueiras para se aquecer, para ter iluminação e cozinhar
a caça. Só mais tarde é que eles mesmos aprenderam a produzir faís-
cas, batendo duas pedras uma na outra, mais ou menos como funciona
um isqueiro.

As grandes invenções. São Paulo, Scipione, 1991, p. 8. In: ABREU, Ana Rosa et. al. Alfabetização: livro do
aluno. 3 vol. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000. p. 10.
Como o homem aprendeu a fazer fogo?
A) Apanhando ganhos em chamas.
B) Observando incêndios naturais.
C) Batendo dois pedaços de madeira um no outro.
D) Batendo duas pedras uma na outra.

107
novo

BNCC
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

10 Leia a quadrinha e responda à questão:

SE ESTE LIVRO FOR PERDIDO


E POR ACASO FOR ACHADO
PARA SER BEM CONHECIDO
LEVA MEU NOME ASSINADO.
ABREU, Ana Rosa et. al. Alfabetização: livro do aluno. 1 vol. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000.

Quais são as rimas da quadrinha?


A) Por/for e ser/bem.
B) Perdido/conhecido e achado/assinado.
C) Para/leva e for/por.
D) Achado/assinado e ser/bem.

108
língua portuguesa - volume 4
BNCC
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

11 Quais sinais de pontuação encontramos no seguinte trecho?

“— Ela mora muito longe? — quis saber o Lobo.


— Mora, sim! — falou Chapeuzinho Vermelho. — Mora depois da-
quele moinho que se avista lá longe, muito longe, na primeira casa da
aldeia.”

ABREU, Ana Rosa et. al. Alfabetização: livro do aluno. 2 vol. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000.

Travessão, ponto de interrogação, ponto-final e vírgula.

Observe a figura e escreva a fábula que ela representa.


12

109
Respostas
1 C
2 A
3 C
4 C
5 B
6 B
7 A
8 C
9 D
10 B
11 Travessão, ponto de interrogação, ponto-final e vírgula.
12 Resposta pessoal.
Bibliografia
Alfabetização : livro do aluno / Ana Rosa Abreu ... [et al.] Brasília: FUNDES-
COLA/SEFMEC, 2000. 3 v. : 122 p. n. 2. Conteúdo: v.1: Adivinhas, canções,
cantigas, parlendas, poemas, quadrinhas e trava-línguas; v.2: contos, fábula,
lendas e mitos; v.3: textos informativos, textos instrucionais e biografias.
ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. Avaliação e erro construtivo li-
bertador: uma teoria – prática includente em educação. 2. ed. Porto Alegre
EDIPUCRS, 2004.
ANTUNES, Celso. Professores e professauros: reflexão sobre a aula e práti-
cas pedagógicas diversas. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Brasília: SEF/MEC (Série Parâmetros Curri-
culares Nacionais – Ensino Fundamental 1ª à 4ª série), 1996.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se comple-
tam. 29. ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção questões da época; v. 13)
MOURÃO, Sara (orgs.). A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o ensino
fundamental de nove anos: orientações para o trabalho com a linguagem
escrita em turmas de crianças de seis anos de idade. Belo Horizonte: UFMG/
FaE/CEALE, 2009.
SILVA, Delcio Barros da. As principais tendências pedagógicas na prática es-
colar brasileira e seus pressupostos de aprendizagem. Disponível em: http://
www.ufsm.br/lec/01_00/DelcioL&C3.htm.
VIANA, Maria. Sou educador: Ensino Fundamental I. 1. ed. São Paulo: Eu-
reka, 2015.
VIGNON, Luana; SALIBA, Marco. Guia do educador: teorias pedagógicas:
Ensino Fundamental I. 1. ed. São Paulo: Eureka, 2015.
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