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Curso: Português
Disciplina: Didática de Português I
Ano de frequência: 2o Ano
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Referências ..................................................................................................................... 13
Introdução
A necessidade de se conhecer as condições comunicativas dos alunos em sala de aula,
principalmente nas primeiras séries, a fim de se diagnosticar as condições de vida dos
alunos, para as atividades escolares. Conhecer essa situação constitui o mínimo que a
escola precisa fazer para conduzir suas atividades a contento. Seja qual for a situação,
para se interferir nela precisa-se antes conhecêla, sob pena de se correr o risco de
atropelá-la, muitas vezes até inviabilizá-las, como tem ocorrido frequentemente com a
escola.
Este trabalho apresentar fala sobre a competência comunicativa dos alunos, tendo como
objetivos identificar e analisar os principais fatores que impedem a escola de trabalhar
de forma adequada e efetiva atividades de oralidade e de letramento para inserir os
alunos em práticas sociais significativas na comunidade.
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1.1.Objetivos
Objetivo Geral
Descrever os aspectos da competência linguística para os falantes da língua
segunda.
Objetivos Específicos
Dar o conceito da competência linguística;
Dar a saber as razoes que levam a fraca competência linguística os falantes da
ligua segunda;
Dar as estratégias para a obtenção de uma boa competência linguística em
aprendentes da língua segunda.
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2. Reflexões sobre oralidade e letramento no dia a dia e na escola
Para atender às necessidades de sobrevivência as pessoas aprendem desde cedo a se
comunicar oralmente. Aprendem, portanto, a falar com outras pessoas e em diferentes
situações. Aprendem, por exemplo, a se comunicar com seus familiares, com vizinhos,
com amigos, com pessoas da rua, enfim com pessoas e grupos sociais os mais amplos e
diversos.
Dada a convivência com práticas sociais constantes, aos pouco vão adequando sua fala
às diversas situações sociais com que se deparam e desse modo vão construindo todo
um conhecimento sobre a fala, precisamente sobre o que podem dizer, a quem dizer,
como dizer. É, pois, dessa forma que todos nós aprendemos a falar e a nos situar no
mundo em que vivemos. Há ainda os aspectos valorativos dessas manifestações
lingüísticas e sentimentos relacionados com cada aspecto do que falamos, alguns dos
quais são muitos sutis. Pois quando aprendemos a falar, acumulamos nessa fala índices
que nos permitem associar o que falamos a quem falamos, em determinado lugar e em
que situação. E todas essas informações nos são trazidas, passadas pelas pessoas com as
quais convivemos e, principalmente, pelas pessoas a quem estamos ligados
afetivamente.
3. A competência comunicativa
A competência comunicativa diz respeito ao processo de interação social do falante ao
seu contexto (BortonI, 2005). Esse processo de interação implica a adequação do que se
comunica aos seus contextos sociais, considerando como contexto até as ações dos
interagentes. Qualquer pessoa para interagir socialmente, necessita conhecer as
condições sociais de vida dos seus interagentes, dos seus interlocutores. È assim que a
criança adquire sua competência comunicativa na comunidade em que vive.
Convivendo nos diversos contextos sociais, ela vai adquirindo as formas lingüísticas
que produz, vai aprendendo a quem dirigir as formas lingüísticas, quando dizê-las e a
por que dizê-las. Vão adquirindo as formas de usos, as regras de uso, enfim vão
construindo, adquirindo toda a competência que precisam para interagir no grupo em
que convivem.
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ou interagentes a fazer reflexões sobre o que significam o que dizem, o que lêem ou
sobre o que escrevem. E mais ainda leva-os a avaliarem as situações em que tais
atividades são produzidas bem como o próprio mundo que representam. Leva-os no
dizer de Paulo Freire a se conscientizarem no mundo em que vivem (Freire, 2005). E
como diz ainda a consciência do mundo e a consciência de si crescem juntas e em razão
direta: uma é a luz no interior da outra, uma comprometida com a outra (Freire, 2005).
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4. Competência Comunicativa Intercultural
Foi Byram (1997) quem desenvolveu o atual modelo de CCI, sendo este um dos
autores que mais tem estudado o conceito de interculturalidade, mais concretamente, o
desenvolvimento da CCI em contexto escolar. Desde os anos 90 do século XX que o
autor colabora com o Conselho da Europa em diversos estudos com o objetivo de
promover a interculturalidade e tornar o aprendente.
Desde os anos 90 do século XX que o autor colabora com o Conselho da Europa em
diversos estudos com o objetivo de promover a interculturalidade e tornar o aprendente
20 alguém que “crosses frontiers, and who is to some extent a specialist in the transit of
cultural property and symbolic values” (Byram, 1997, p. 11). O autor critica o conceito
de CC por limitar a definição de cultura como simplesmente uma identidade cultural.
Na sua perspetiva, a CC deve ser estendida a novas práticas culturais e sociais dentro da
comunidade articulando-se com CI. A junção destas duas competências dá ao utilizador
novas ferramentas e normas de interpretação para utilizar em diferentes contextos
sociais (Byram, 1997, p. 42).
É então necessário encontrar uma competência que inclua, tal como diz Sousa (2019),
“compreensão mútua em situações interculturais e que facilite ao aluno a interação com
outras culturas tendo em conta a sua própria bagagem” (p. 27). Surge assim, com base
no proposto por van Ek em 1986, no que diz respeito às competências estratégica,
sociolinguística e sociocultural, o modelo de CCI assente em 5 saberes independentes
(savoirs) que um aprendente intercultural deve possuir (Byram, 1997):
Savoirs (ou Conhecimentos) apresentam-se como o conhecimento da sua
cultura e da cultura-alvo, dos seus produtos e do processo geral de interação
social e individual;
Savoir-être (ou Atitudes interculturais) considera-se a curiosidade e abertura,
prontidão para suspender as suas descrenças na cultura dos outros e as crenças
na sua própria cultura;
Savoir comprendre (ou Competência de interpretação e relacionamento) pode
caracterizar-se como a capacidade de interpretar documentos ou eventos de
outra cultura e relacioná-los com a sua;
Savoir apprendre / faire (ou Competência de descoberta e interação) será,
pois, a capacidade para adquirir novos conhecimentos e práticas culturais e
capacidade de reconhecer as diferentes restrições da comunicação e interação
em tempo real;
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Savoir s’engager r (ou Consciência cultural crítica) designa-se como a
capacidade de avaliar criticamente as práticas, perspetivas e produtos tanto da
sua cultura como de outros países ou da cultura-alvo.
A competência existencial, que segundo o QECR (Conselho da Europa, 2001), pode ser
entendida como a soma das características individuais atitudes e traços de
personalidade, fatores estes que podem sofrer alterações uma vez que são o resultado de
vários tipos de aculturação; está diretamente relacionada com o savoir-être,
necessitando de curiosidade, abertura e prontidão para suspender as suas crenças e as
descrenças na cultura do Outro. Relaciona-se ainda com o savoir s’engager, dado que
são as características individuais que vão permitir ao indivíduo avaliar criticamente os
aspetos, perspetivas e produtos tanto da sua cultura como da cultura do Outro.
4.1. Cultura
O termo cultura é de difícil definição e, tem segundo Bizarro (2012), várias aceções,
que têm ao longo dos anos evoluindo em função do “contexto” e do “lugar” em que
aquele(s) que a definem se inserem. O primeiro conceito científico da palavra surge
pelas mãos do antropólogo Edward B. Tylor na sua obra Primitive Culture, publicada
em 1871. Tylor considera cultura "that complex whole which includes knowledge,
belief, art, law, morals, custom, and any other capabilities and habits acquired by man
as a member of society." (Tylor, 1871, p.1).
Mais tarde, já no século XX, Galisson (1991) considera que a cultura abarca dois
conjuntos: o cultural e o cultivado. O cultural corresponde a tudo aquilo que é
partilhado e adquirido de forma inconsciente, enquanto o cultivado corresponde a tudo
aquilo que aprendemos e integramos de forma consciente.
Já em 1998, Bennett distingue dois tipos de cultura, retomando, em parte, o que foi dito
em 1991 por Galisson. A primeira refere-se àquilo que habitualmente associamos a
instituições da cultura, arte, literatura, drama, música clássica. Este tipo de cultura é
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também designado por cultura objetiva. Por outro lado, encontramos referência ao seu
lado subjetivo, daí receber a designação de cultura subjetiva, referindo-se às
características psicológicas que definem um grupo de pessoas, o seu comportamento do
dia a dia e valores comuns.
No âmbito dos estudos linguísticos, Kramsch (1996) afirma que cultura pode ser
considerada de dois pontos de vista: o das ciências humanas e o das ciências sociais.
O segundo ponto de vista, o das ciências sociais, debruça-se sobre “attitudes and beliefs,
ways of thinking, behaving and remembering shared by members of that community”
(Kramsch, 1996, p. 2).
São estas atitudes, crenças, formas de pensar e de agir que acabam por dar forma a
manifestações visíveis de cultura, como por exemplo, monumentos, música ou até
mesmo cânones da beleza e valores morais.
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4.2. Como avaliar o desenvolvimento da competência comunicativa intercultural?
A CCI foi definida anteriormente através do modelo de Byram (1997), assim como
todos os seus savoirs. O processo de se tornar interculturalmente competente é muito
mais complexo do que compreender que existo ‘Eu’ e os ‘Outros’.
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Conclusão
Competência significa conhecimento da língua e desempenho, uso da língua; no
entanto, não considera a função social.
O alcance do termo competência, relacionando-o ao processo de ensino aprendizagem
de línguas. A competência comunicativa é a capacidade de o sujeito circular na língua-
alvo, de modo adequado apropriado, de acordo com os diversos contextos de
comunicação humana. A competência comunicativa do falante está composta pelo
conhecimento tácito, que o indivíduo sabe consciente ou inconscientemente, e a
capacidade para usá-lo. Nesse sentido, a competência do usuário de uma língua engloba
capacidades e juízos de valor relacionados e interdependentes de características
socioculturais.
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Referências
Bizarro, R., & Braga, F. (2004). Educação intercultural, competência plurilingue e
competência pluricultural: novos desafios para a formação de professores de
Línguas Estrangeiras. Estudos Em Homenagem Ao Professor Doutor António
Ferreira de Brito, 57–69. https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/8830
[última consulta 29/09/20].
Soares, M (1989). Linguagem e Escola: uma perspectiva social, São Paulo: Ática.
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