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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

ADAMIS KAIKE DA SILVA FIRMINO

ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS


SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALVENARIA CONVENCIONAL,
ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL FRAME

MACEIÓ – AL
2019/2
ADAMIS KAIKE SILVA FIRMINO

ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS


SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALVENARIA CONVENCIONAL,
ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL FRAME
Trabalho de conclusão apresentado como requisito
final, para conclusão do curso de Engenharia Civil,
Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do
Professor MSc. Rafael Leandro Costa Silva.

MACEIÓ – AL
2019/2
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC SETOR DE
TRATAMENTO TÉCNICO

F525a Firmino, Adamis Kaike da Silva


Análise comparativa orçamentária dos sistemas
construtivos alvenaria convencional, alvenaria estrutural e
Light Steel Frame / Adamis Kaike da Silva Firmino – Maceió:
2019.
90 f.: il.

TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro


Universitário CESMAC, Maceió – AL, 2019.

Orientador: Rafael Leandro Costa Silva.


Co-orientador: Anderson Luiz de Lima Santos.

Bibliotecária: Ana Paula de Lima Fragoso Farias – CRB/4 - 2195


AGRADECIMENTO

Agradeço à minha Mãe Rosilene Vicente e minha Tia/Mãe Jacilene Vicente e


meu querido pai Adailton Firmino que batalhou muito para me oferecer uma educação
de qualidade e sempre esteve do meu lado. A minha querida vó Marinete Vicente que
sempre acreditou no meu potencial e nunca negou uma palavra de incentivo.
Aos amigos queridos que estiveram comigo ao decorrer desses cincos anos de
graduação, que me fizeram rir em tempos de puro estresse e sempre estiveram
comigo. A minha noiva Roberta Correia e toda sua família, que foram compreensivos
com os momentos em que permaneci distante mais sempre acreditaram em min.
Aos mestres dessa instituição que durante anos compartilharam seus
conhecimentos comigo, meu muito obrigado. Não posso deixar de agradecer em
especial ao meu amigo Anderson Lima que me ajudou bastante no desenvolvimento
desse trabalho e ao meu orientador, Rafael Costa que nunca negou uma ajuda ao
decorrer do desenvolvimento desse trabalho.
Sou grato a todos que de forma direta ou indiretamente contribuíram para
minha formação acadêmica. Por fim, manifesto aqui a minha gratidão à Deus, que me
deu força e energia para realizar mais um sonho.
ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
ALVENARIA CONVENCIONAL, ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL
FRAME

BUDGET COMPARATIVE CONSTRUCTION SYSTEMS CONVENTIONAL


MASONRY, STRUCTURAL MASONRY AND LIGHT STEEL FRAME

Adamis Kaike da Silva Firmino


Graduado do Curso de Engenharia Civil
kaique_alfi@hotmail.com

Rafael Leandro Costa Silva


Mestre em Estruturas
rafaelleandrocs@hotmail.com

RESUMO

Nos últimos anos o setor da construção civil no brasil vem buscando novas técnicas e tecnologias
capazes de reduzir os grandes prazos de construção, a grande quantidade de resíduos gerados e a
baixa dos custos elevados. Com isso esta pesquisa apresenta um comparativo orçamentário para
construção de uma residência unifamiliar, baseando-se em sistemas construtivos conhecidos, como o
caso da alvenaria convencional, utilizado na maior parte das obras de médio e grande porte e a
alvenaria estrutural, bastante utilizada pelas empresas para construção de residências e conjuntos
habitacionais por todo o país, e também o sistema Light Steel Frame, ainda pouco utilizado, mas que
apresenta grande crescimento. Através de pesquisas foi possível identificar os custos unitários de cada
item e realizar uma análise dos resultados obtidos destacando as principais diferenças. Com conclusão
dessa pesquisa é esperado que o conteúdo demonstrado possa contribuir com o crescimento do Light
Steel Frame no Brasil, e que desperte interesse da população por novos sistemas construtivos.

PALAVRAS-CHAVE: Alvenaria Convencional. Alvenaria Estrutural. Light Steel Frame.


Comparativo.

ABSTRACT

In recent years the construction sector in Brazil has been seeking new techniques and technologies
capable of reducing the long construction times, the large amount of waste generated and the low costs.
With this research presents a budgetary comparison for the construction of a single-family residence,
based on known construction systems, such as conventional masonry, used in most medium and large
works and the structural masonry, widely used by companies to build homes and housing estates
throughout the country, and also the Light Steel Frame system, still little used, but that presents great
growth. Through research it was possible to identify the unit costs of each item and perform an analysis
of the results obtained highlighting the main differences. With the conclusion of this research, it is
expected that the content demonstrated can contribute to the growth of Light Steel Frame in Brazil, and
that it will arouse interest of the population of new construction systems.

KEYWORDS: Conventional Masonry Construction System. Structural Masonry


Construction System. Light Steel Frame. Comparative Analysis.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8
1.1 Considerações iniciais ............................................................................... 8
1.2 Objetivos ..................................................................................................... 9
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................ 9
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................. 9
2 METODOLOGIA ............................................................................................ 10
3 REFERENCIALTEÓRICO .............................................................................. 11
3.1 Alvenaria Convencional ............................................................................ 11
3.2 Componentes da Alvenaria Convencional .............................................. 12
3.2.1 Concreto ................................................................................................... 12
3.2.2 Armaduras ................................................................................................ 12
3.2.3 Fôrmas ..................................................................................................... 13
3.2.4 Blocos Cerâmicos .................................................................................... 13
3.3 Alvenaria Estrutural .................................................................................. 14
3.4 Aspectos Técnicos .................................................................................... 15
3.4.1 Projeto ...................................................................................................... 15
3.4.2 Modulação ................................................................................................ 16
3.5 Materiais Constituintes ............................................................................. 17
3.5.1 Blocos........................................................................................................ 17
3.5.2 Argamassa ............................................................................................... 17
3.5.3 Graute ...................................................................................................... 18
3.5.4 Armadura................................................................................................... 19
3.6 Light Steel Frame ...................................................................................... 19
3.6.1 Tipos de Perfis Utilizados ......................................................................... 20
3.6.2 Fundações ................................................................................................ 21
3.6.3 Painéis ...................................................................................................... 21
3.6.4 Isolamento Termo Acústico ...................................................................... 23
3.7 Orçamento ................................................................................................. 24
4 RESULTADOS E DISCUSÕES ...................................................................... 26
4.1 Apresentação do Projeto .......................................................................... 26
4.1.1 Projeto em Alvenaria Convencional ......................................................... 26
4.1.2 Projeto em Alvenaria Estrutural ................................................................ 27
4.1.3 Projeto em Light Steel Frame ................................................................... 29
4.2 Quantitativos e Composições ................................................................... 30
4.2.1 Quantitativo em Alvenaria Convencional ................................................... 30
4.2.2 Quantitativo em Alvenaria Estrutural ......................................................... 31
4.2.3 Quantitativo em Light Steel Frame ............................................................ 32
4.3 Custo Direto ................................................................................................ 33
4.3.1 Custo Direto em Alvenaria Convencional .................................................. 33
4.3.2 Custo Direto em Alvenaria Estrutural ........................................................ 34
4.3.3 Custo Direto em Light Steel Frame ........................................................... 35
4.4 Análise dos Custos Diretos ....................................................................... 36
5 CONCLUÇÃO ................................................................................................ 42
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 33
ANEXOS ........................................................................................................... 46
ANEXO A .......................................................................................................... 46
ANEXO B .......................................................................................................... 50
ANEXO C .......................................................................................................... 56
APÊNDICES ..................................................................................................... 73
APÊNDICE A .................................................................................................... 73
APÊNDICE B ..................................................................................................... 77
APÊNDICE C .................................................................................................... 80
8

1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

Ao longo dos anos, a indústria da construção civil vem melhorando cada vez
mais seus métodos construtivos, tanto os racionalizados quanto os industrializados
em busca da elevação da qualidade de seus produtos e serviços através de ações
focadas na redução de prazos e custos (BERR; FORMOSO, 2012).
Desta forma, através das vastas opções de sistemas construtivos, a alvenaria
estrutural tem se destacado bastante no merco de habitações populares no Brasil.
Segundo Roman (1999), este sistema oferece grandes vantagens como a facilidade
no detalhamento dos projetos, projeto executivo de fácil compreensão pela mão de
obra e apresentando diversas formas arquitetônicas. Além disso, em comparação com
prédios executados em alvenaria convencional, há economia em fôrmas, concreto e
aço, usados em maior quantidade nessas estruturas.
Já o sistema Light Steel Frame pode ser considerado como uma técnica
construtiva recente no Brasil, contudo seu surgimento vem dos Estados Unidos com
a revolução industrial e após o fim da Segunda Guerra Mundial quando +o processo
de construção dos perfis metálicos passaram a ser usados em divisórias de edifícios
de habitação, acreditando-se que dessa maneira poderia substituir a construção em
madeira, que era o método já utilizado no país, conhecido como Wood Frame.
Também se tornou comum o uso de estrutura em aço no Japão nesta mesma época,
uma vez que, o país necessitava reconstruir quatro milhões de moradias de forma
rápida após a guerra (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
Diante das diversas possibilidades de sistemas construtivos a serem
empregados, será realizado um comparativo orçamentário para uma residência
unifamiliar construída em alvenaria convenciona, alvenaria estrutural e Light Steel
Frame.
9

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Realizar um estudo comparativo orçamentário entre os sistemas construtivos


de Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e Light Steel Frame.

1.2.2 Objetivos específicos

 Apresentar as características dos sistemas construtivos em estudo.


 Levantamento de quantitativos e elaboração dos custos diretos dos três
sistemas construtivos;
 Comparar os sistemas construtivos Alvenaria Convencional, Alvenaria
Estrutural e Light Steel Frame ressaltando as vantagens e desvantagens
de cada sistema, em uma residência unifamiliar.
10

2 METODOLOGIA

A pesquisa busca o interesse para o conhecimento em relação aos sistemas


construtivos Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e Light Steel Frame,
despertando assim, o interesse por novos sistemas construtivos.
Para iniciar esta pesquisa fez-se uma revisão bibliográfica referente ao tema,
sendo utilizado como base a leitura de artigos referentes ao tema, tais como: sites,
monográficas, dissertações, teses e revistas, o que foi possível diferenciar cada
sistema construtivo e suas principais características.
Após toda a revisão teórica, foi feito a escolha dos projetos. A fim de facilitar o
trabalho e fazer uma comparação mais real possível, optou-se por manter a
arquitetura rigorosamente igual, fazendo com que os custos das materiais bases
permanecessem iguais para todos os casos.
Para a diferença de custo da residência estudada, foram feita planilhas de
orçamentos nas quais foram elaboradas a partir do levantamento de dados obtidos
através dos projetos desenvolvidos, para o custo unitário foi utilizado tabelas, tais
como, a Tabela de Composição e Preços para orçamento (TCPO), Tabela do Sistema
Nacional de Pesquisa de Custo e Índice da Construção Civil (SINAPI) e Tabela de
Obras de Sergipe (ORSE).

Revisão Definiçao dos Levantamento


Bibliografica projetos de custo

Analise dos
Conclução
Resultados

Figura 1 - Metodologia.
Fonte: Autor, 2019.

Por fim, de posse das comparações realizadas anteriormente foram


estabelecidas as considerações finais.
11

3 REFERENCIALTEÓRICO

3.1 Alvenaria Convencional

O sistema convencional construtivo é formado por pilares, vigas e lajes de


concreto armado, sendo que os vãos são preenchidos com tijolos cerâmicos para
vedação, e o peso da construção, neste caso, é distribuído nos pilares, vigas, lajes e
fundações. Dessa forma pode-se dizer então que, o concreto armado é constituído
pela associação de concreto e aço, no qual ambos os materiais apresentam
características de boa aderência e coeficiente de dilatação térmica praticamente igual.
Essa união advém do fato que o concreto possui baixa resistência a tração, sendo
função do aço, absorver os esforços de tração e cisalhamento que atuam nos
elementos de concreto (ARAÚJO; RODRIGUES E FREITAS, 2000, p. 90).

Figura 2 - Sistema Construtivo convencional.


Fonte: BLOG BOWIE BODDIES, 2015.

Sendo assim, a estrutura de concreto armado é então constituída por estruturas


isoladas, em que as mesmas têm a função de distribuir e encaminhar os esforços
advindos dos elementos da edificação. No qual, esses elementos em conjunto com
alvenaria de vedação formam o sistema construtivo convencional.
Entretanto, este sistema convencional é bastante caraterizado pela baixa
produtividade e principalmente pelo grande desperdício de materiais. Segundo Hasse
Martins (2011), isso acontece devido a todas as etapas da construção em si serem
executadas in loco tornando a execução do projeto consideravelmente mais demorada
12

e grande parte da mão de obra é despreparada, o que ocasiona excesso de


desperdício de materiais e retrabalho.

3.2 Componentes da Alvenaria Convencional

3.2.1 Concreto

Segundo Basto (2006), o concreto é composto por uma mistura homogênea na


qual é constituído de cimento, água, agregado miúdo, agregado graúdo e ar, onde
pode também conter adições e aditivos químicos com a finalidade de modificar suas
propriedades básicas.
Para Barros e Melhado (1998), o concreto com finalidade estrutural pode ser
produzido, tanto em usinas, quanto em obras. Na execução de obras de médio e
grande porte, utilizam-se geralmente concretos usinados, devido a diversos fatores
como, por exemplo: maior capacidade de produção, maior precisão na dosagem,
diminuição dos locais de estocagem de materiais no canteiro.

3.2.2 Armaduras

Segundo Barros e Melhado (1998), a principal função das armaduras são


absorver as tensões de tração e cisalhamento e aumentar a capacidade resistente
das peças comprimidas. A Figura 3 a seguir está representada o conjunto de
operações necessárias ao processamento da armadura.

Figura 3 - Fluxograma de produção de armaduras.


Fonte: Barros e Melhado (1998, p. 27)
13

3.2.3 Fôrmas

Segundo Barros e Melhado (1998), são atribuídas três funções básicas ao


sistema de fôrmas:
 Moldar o concreto;
 Conter o concreto e sustenta-lo até que tenha resistência suficiente para se
sustentar por si só;
 Proporcionar à superfície do concreto a textura requerida.
O sistema de fôrmas é extremamente significativo do ponto de vista econômico,
uma vez que a participação das fôrmas na composição do custo das estruturas de
concreto pode variar entre 30 e 60% (ARAÚJO E FREIRE, 2004).

3.2.4 Blocos Cerâmicos

Bloco é um componente da alvenaria que possui furos prismáticos e/ou


cilíndricos perpendiculares às faces que os contêm (NBR 8042/1992).
Os blocos cerâmicos podem ser encontrados em diversos tamanhos, para tal
escolhemos os blocos de 8 furos com dimensões 9x19x24 cm, onde pode ser
observado na Figura 4.

Figura 4 - Bloco cerâmico de dimensões 9x19x24 cm


Fonte: Cerâmica felisbino, 2013.
14

3.3 Alvenaria Estrutural

Alvenaria estrutural é o sistema construtivo em que paredes possuem função


de resistir às cargas, substituindo os pilares e vigas como corre em construções
convencionais (ROMAN et al., 1999). Ainda segundo Roman (1999), uma das
principais vantagens da alvenaria estrutural é que as edificações construídas neste
sistema tendem a apresentar menor custo do que em prédios em estrutura
convencional, isso ocorre devido à execução de alvenaria tanto com a função de
vedação e compartimentação quanto a de estrutura portante em uma etapa única, o
que consiste na redução do uso de fôrmas, concreto e armaduras. Segundo Coêlho
(1998), este tem sido um dos métodos mais utilizados na construção de edificações
de diferentes portes, por representar economia e maior velocidade à obra.
Até o século XX, as construções em alvenaria estrutural baseavam-se na
aplicação de métodos empíricos no projeto e construção, e apenas recentemente, o
sistema construtivo passou a ser adotado a partir de critérios científicos mais rígidos.
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), no Brasil o sistema construtivo vem sendo
utilizado desde a chegada dos portugueses, no século XVI.
Segundo Roman (1999) no Brasil, a técnica de cálculo e execução com
alvenaria estrutural é relativamente recente, tendo seu início nos anos 60. Ainda
segundo os autores, o surgimento de novas fábricas de materiais e a evolução das
pesquisas sobre o tema contribuíram para o interesse dos construtores pelo sistema.
Para Ramalho e Corrêa (2003), estima-se que o início da aplicação de alvenaria
estrutural surgiu no ano de 1966, em São Paulo, em edificação com quatro
pavimentos. Já no ano de 1972, também em São Paulo, foram construídos quatro
blocos, com 12 pavimentos cada e com alvenaria estrutural armada de bloco de
concreto, dando início ao desenvolvimento do sistema no Brasil.
15

Figura 5 - Sistema Construtivo Alvenaria Estrutural.


Fonte: Ricci engenharia.

3.4 Aspectos Técnicos

O aspecto mais importante a ser ressaltada na alvenaria estrutural é a


capacidade de transformar a alvenaria, que antes era somente elemento de vedação,
na própria estrutura da edificação. Segundo Silva (2011), para garantir a função de
estrutura, sua resistência deve ser perfeitamente controlada, afim de garantir a
segurança do sistema.
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), por questões de viabilidade econômica, ao
projetar uma estrutura em alvenaria estrutural, deve-se evitar a existência de elevadas
tensões de tração. Ainda segundos os autores o principal conceito ligado à utilização
da alvenaria estrutural é a transmissão de ações através de tensões de compressão.

3.4.1 Projeto

O desenvolvimento do projeto é uma etapa muito importante na alvenaria


estrutural, pois nessa etapa são definidos todos os detalhes do processo construtivo.
Além disso, deve haver compatibilização entre os projetos arquitetônico, elétrico,
estrutural e hidrossanitário. O projeto deve estar adequado de forma que o
posicionamento das paredes seja mantido a cada pavimento para que as cargas
16

sejam transmitidas da parede superior para a inferior. Outro aspecto que necessita de
atenção diz respeito às medidas internas das peças, sendo que devem, sempre que
possível, ter a dimensão múltipla dos blocos para haver coordenação modular
(PRUDÊNCIO JR et al., 2002).

3.4.2 Modulação

Com o intuito de otimizar a utilização de produtos padronizados e reduzir


custos, o projeto deve apresentar modulação (COÊLHO, 1998). A definição de
modulação segundo Ramalho e Corrêa (2003) é:
[...] modular um arranjo arquitetônico, ou pelo menos modular as
paredes portantes deste arranjo, significa acertar suas dimensões em
planta e também o pé-direito da edificação, em função das dimensões
das unidades, e modo a não se necessitar, ou pelo menos se reduzir
drasticamente, cortes ou ajustes necessários à execução das paredes.
Roman (1999), afirma que a coordenação modular pode trazer ganhos de
produtividade com cerca de 10%. A modulação deve ocorrer na horizontal e também
na vertical. Tal modulações é representada através da paginação do projeto, ou seja,
do detalhamento de cada parede, de modo que são representados os vãos de janelas
e portas, como também os eletrodutos e caixas de passagem.
A figura 6 apresenta um exemplo de paginação de uma parede em alvenaria
estrutural.

Figura 6 - Paginação da parede.


Fonte: Portal Comunidade da Construção.
17

3.5 Materiais Constituintes

Para que a alvenaria estrutural se torne um sistema econômico, a


racionalização dos materiais é fator muito importante. Logo, conhecendo os materiais,
eles serão melhor aproveitados a ponto de tornarem o sistema racionalizado, fator
indispensável para ser um sistema construtivo econômico (COÊLHO, 1998). A seguir,
serão apresentados os materiais constituintes da alvenaria estrutural e suas
características.

3.5.1 Blocos

Segundo Roman et al. (1999), “A resistência à compressão do bloco é o mais


importante fator na resistência à compressão da alvenaria”. Ainda para os autores tal
resistência à compressão se dá em função da forma, do tamanho, da matéria-prima e
da forma de fabricação dos blocos. Embora o aumento da resistência à compressão
do bloco resulte no aumento da resistência da alvenaria, a resistência da parede é
sempre menor que a do bloco.
Os tipos de blocos mais utilizados em alvenaria estrutural são: de concreto,
cerâmicos e sílico-calcários. Os blocos cerâmicos e de concreto são normatizados,
respectivamente, NBR 15270-2 (ABNT, 2005) – Blocos Cerâmicos para Alvenaria
Estrutural – e NBR 6136 (ABNT, 2016) – Blocos Vazados de Concreto Simples para
Alvenaria Estrutural. A qualidade dos blocos vem aumentando, o sistema tem
apresentado significativa economia em relação ao revestimento das paredes, que
passam a apresentar menores espessuras (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

3.5.2 Argamassa

A argamassa é o elemento responsável pela ligação entre os blocos da


alvenaria, normalmente sendo uma massa homogênea na qual é constituída de areia,
cimento e cal. Deve ter qualidade para transmitir as solicitações entre as unidades de
alvenaria de modo uniforme. Embora os elementos constituintes da argamassa sejam
semelhantes aos utilizados no concreto, não é correto utilizar os mesmos
procedimentos de produção do concreto para a argamassa, pois seu emprego é
bastante distinto (ROMAN et al., 1999).
18

Ramalho e Corrêa (2003) reforçam que a argamassa de assentamento possui


a função básica de transmitir e uniformizar as tensões entre os blocos da alvenaria,
absorvendo pequenas deformações e prevenindo a entrada de água e de vento nas
edificações. Uma boa argamassa deve deslizar facilmente sobre os blocos no
lançamento, apresentar boa aderência e boa resistência à compressão.
Recena (2008) recomenda o uso de argamassas industrializadas, devido à
homogeneidade apresentada pelas mesmas. É importante ressaltar que tanto aquelas
argamassas produzidas em obras quanto as argamassas industrializadas devem ser
submetidas a um controle de qualidade rigoroso, conforme a NBR 13281/2005 –
Argamassa para Assentamento e Revestimento de Paredes e Tetos – Requisitos.
Nela estão os requisitos de argamassa de assentamento e revestimento de paredes
e tetos, garantindo, assim, as propriedades plásticas e a resistência desejada.
.
3.5.3 Graute

Para Ramalho e Corrêa (2003), graute é definido como:


[...] concreto com agregados de pequena dimensão e relativamente
fluido, eventualmente necessário para o preenchimento do vazio dos
blocos. Sua função é propiciar o aumento da área da seção transversal
das unidades ou promover a solidarização dos blocos com eventuais
armaduras posicionadas nos seus vazios.
O preenchimento do vazio dos blocos aumenta a resistência à compressão da
alvenaria sem que seja necessário aumentar a resistência do bloco. Roman (1999),
complementa que o abatimento recomendado é de 20 a 28 cm, com relação
água/cimento entre 0,8 e 1,1. Dessa forma, o graute apresenta boa trabalhabilidade e
preenche completamente todos os vazios.
Os materiais constituintes do graute são os mesmos do concreto, apenas com
a diferença de que os agregados apresentam granulometria inferior, a dimensão dos
agregados não deve ultrapassar 1/3 da menor dimensão dos furos a preencher
(ROMAN et al., 1999).
19

3.5.4 Armadura

Roman et al. (1999), os aços utilizados em alvenaria estrutural são, em geral,


os mesmos utilizados em concreto armado, devendo-se seguir as recomendações do
projetista e da NBR 7480/2007– Barras e Fios de Aço para Armaduras para Concreto.
As armaduras serão sempre envolvidas por graute, assim garantindo o trabalho
conjunto com o restante dos componentes da alvenaria.

3.6 Light Steel Frame

De acordo com Santiago, Freitas e Crasto (2012), o Light Steel Frame é um


sistema construtivo de concepção racional, que tem como principal característica uma
estrutura constituída por perfis formados a frio de aço galvanizado. Estas estruturas
de aço galvanizado que são pré-fabricadas para a construção civil possuem tempo
reduzido de execução, leveza, facilidade de fabricação, manuseio e transporte, assim
reduzindo custos e tempo.
Ainda para os autores, uma estrutura em Light Steel Frame é compreendida
como um esqueleto estrutural em aço formado por diversos elementos individuais que
são ligados entre si, passando estes a funcionar em conjunto para resistir às cargas
que solicitam a edificação e dando forma a mesma. Os perfis de aço galvanizados são
utilizados para compor os painéis estruturais ou não-estruturais, vigas de piso, vigas
segundarias, tesouras de telhado e demais componentes.
conforme Bertolini (2013), apesar de considerada uma tecnologia nova, a
origem do sistema em LSF remonta nos Estados Unidos na década de 40, apoiado
sobre o grande desenvolvimento da indústria do aço no contexto do pós-guerra. É
originado do sistema “Wood Frame” sendo que a principal mudança do novo método
em relação ao seu antecessor diz respeito à substituição dos perfis estruturais de
madeira por perfis de aço laminados a frio, o que oferece ao Steel Frame algumas
vantagens em relação ao Wood Frame.
Segundo Domarascki e Fagiani (2009), as primeiras obras a utilizar perfis de
aço com o sistema construtivo Light Steel Frame no Brasil começaram a ser
construídas por volta de 1998, principalmente na região sul, sendo inicialmente
aplicado em edificações de padrões de renda média e alta, porém, devido ao baixo
20

custo final da obra, o mesmo, atualmente, também é empregado na construção de


habitações populares.
De acordo com Santiago, Rodrigues e Oliveira (2010), a utilização do sistema
construtivo LSF no Brasil ainda é considerada inovadora e está em fase de aceitação
do público, pois começou a ser utilizado no país há poucos anos, entretanto, em outros
países como a Inglaterra, Canadá e Estados Unidos o mesmo já é utilizado desde a
revolução Industrial, onde a indústria se desenvolveu e começou a conhecer o aço
formado a frio, identificando a sua resistência e constatando o baixo peso.
Pode-se observar na Figura 7 uma residência sendo construída em Light Steel
Frame.

Figura 7 - Sistema Construtivo Light Steel Frame.


Fonte: SITE PLANTAS DE CASAS, 2014.

3.6.1 Tipos de Perfis Utilizados

Segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012), as estruturas de aço são


compostas por dois grupos diferentes de elementos estruturais, os perfis laminados e
soldados, e os perfis formados a frio (PFF). Estes perfis são utilizados para a
construção de painéis que vão constituir as paredes exteriores e interiores do edifício,
como também as lajes de piso e cobertura.
Ainda para os autores, os perfis PFF utilizados no LSF devem ser formados
através de bobinas de aço Zincado de Alta Resistência (ZAR) com resistência ao
escoamento mínima de 230 MPa e espessura mínima de 0,8 mm até 3 mm de acordo
21

com a norma (NBR 15253/2014). Segundo Rodrigues e Caldas (2016), O


revestimento de zinco ou liga alumínio-zinco é realizado através de um processo
contínuo de imersão a quente ou por eletrodeposição, conhecido como processo de
galvanização, visando criar uma proteção contra a corrosão dos perfis
Os perfis mais utilizados no sistema LSF são os que possuem seção
transversal seção do tipo: “C” ou “U” enrijecido (Ue) com alma variável de 90 a 300
mm, e “U” simples com dimensões um pouco maiores para permitir o encaixe dos
perfis Ue, este é comercializado com as dimensões 90, 140 e 200 mm (SANTIAGO;
FREITAS; CRASTO, 2012).

3.6.2 Fundações

Segundo Prudêncio (2013), o LSF por ser um sistema construtivo constituído


por perfis leves de aço galvanizado permite assim a construção de uma estrutura de
baixo peso se comparado as técnicas construtivas mais usuais, com isso as
fundações podem ser mais simples. Como a estrutura distribui as cargas linearmente
ao longo dos painéis estruturais que formam as paredes, as fundações contínuas são
as mais apropriadas para receberem estes carregamentos (SANTIAGO; FREITAS;
CRASTO, 2012).
Para Santiago, Freitas e Crasto (2012), entre as soluções para fundações pode-
se destacar: o radier e a sapata corrida, sendo as melhores opções de fundação para
este sistema construtivo. Para se ter o tipo adequado é necessário ter o estudo do
solo através de sondagens, da topografia do terreno e do nível do lençol freático no
terreno.

3.6.3 Painéis

Conforme Santiago, Freitas e Crasto (2012), os painéis do sistema Light Steel


Frame podem ter função estrutural, além de formarem paredes e elementos de
vedação também funcionam como estrutura da edificação transferindo carga para a
fundação, em outros casos funcionam apenas como divisórias, tendo como função
unicamente de elemento de vedação ou fechamento de áreas.
Para os autores, os painéis estruturais ou autoportantes estão sujeitos a cargas
horizontais provenientes da força do vento ou sismos e cargas verticais oriundas de
22

pisos, telhados e outros painéis, sendo responsáveis por absorver esses esforços e
transmiti-los à fundação. Os painéis são constituídos por perfis de seção “Ue" que
recebem o nome de montantes, dispostos na vertical e são geralmente espaçados de
400mm ou 600mm, sendo função desses que as cargas verticais sejam transmitida
por contato direto entre a alma dos perfis, estando suas seções em coincidência de
um patamar a outro de forma a assentir somente a transferência de esforços axiais
(Figura
8).

Figura 8 - Esquema da Transmissão de Cargas à Fundação.


Fonte: Manual Steel Frame: Arquitetura (2012, p.32).

Os painéis estruturais (Figura 9) utilizados são constituídos pelos montantes e


pelas guias. Os montantes perfis Ue são dispostos na vertical, as guias perfis U são
dispostos horizontalmente na base e no topo dos montantes (inferior e superior)
conformando a estrutura básica do sistema Light Steel frame. A distância e a
modulação entre os montantes, geralmente varia de 400 ou 600 mm, mas
dependendo da solicitação, pode ser de até 200 mm (SANTIAGO; FREITAS;
CRASTO, 2012).
23

Figura 9 - Painel Típico do Sistema Light Steel Framing.


Fonte: Manual Steel Frame: Arquitetura (2012, p.33).

3.6.4 Isolamento Termo Acústico

Segundo Facco (2014) o sistema LSF precisa de isolamento termo acústico


que são realizados através da instalação de lã minerais, lã de vidro ou de rocha
alocados como preenchimento entre as placas de vedação internas e externas.
O uso de mantas termo acústicas de lãs minerais (Figura 10) entre os
fechamentos externo e interno das paredes proporcionam elevado conforto ambiental.
As lãs minerais podem ser aplicadas no forro, na cobertura e no miolo de divisórias, e
são utilizadas para obter conforto termo acústico. As lãs de rocha e de vidro devem
sua capacidade de absorver ruídos à própria porosidade: quando a fibra entra em
contato com uma onda sonora, ocorre uma fricção que converte parte da energia
sonora em calor, reduzindo a intensidade do som.

Figura 10 - Aplicação de lã de vidro em um forro e em um telhado.


Fonte: Placo Center ,2014.
24

3.7 Orçamento

“Independentemente de localização, recursos, prazos, cliente e tipo de projeto,


uma obra é eminentemente uma atividade econômica e, como tal, o aspecto custo
reveste-se de especial importância” (MATTOS, 2006). Em uma construção, a previsão
de custo é obtida por meio do orçamento.
Segundo Avila, Librelotto e Lopes (2003), “orçar é quantificar insumos, mão de
obra, ou equipamentos necessários à realização de uma obra ou serviço bem como
os respectivos custos e o tempo de duração dos mesmos”. Com isso percebe-se que
o orçamento permite assim uma análise quantitativa do custo de insumos e serviços,
dessa forma apresenta-se como uma ferramenta fundamental em estudos
comparativos no setor de construção.
A determinação de um orçamento é obtida pela soma dos custos diretos e dos
indiretos, adicionando-se os impostos e lucro esperado (MATTOS, 2006). Neste
processo se faz necessário o conhecimento de alguns conceitos abordados como
custo, preço e composição.
Para Tisaka (2004), custo é o somatório de todos os gastos provenientes da
execução da obra contemplando os insumos, serviços e infraestrutura utilizados. O
preço é o custo acrescido do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) composto pelas
despesas indiretas, os tributos e o lucro de uma obra.
Para Avila, Librelotto e Lopes (2003) os custos podem ser classificados
diretos e indiretos, sendo:
 Diretos: os custos diretamente apropriados ao produto e que permitem
uma perfeita quantificação e caracterização. Podem ser os insumos, a
mão de obra ou ainda os equipamentos.
 Indiretos: os custos que dependem de algum fator de rateio para sua
apropriação nos serviços. Estão relacionados à custos da administração
do canteiro de obras e despesas de administração da empresa.
Ainda segundo Avila, Librelotto e Lopes (2003), “para realização do orçamento
atuam três variáveis: o quantitativo dos serviços, a composição unitária e o preço dos
insumos, e uma variável fiscal, os encargos sociais”.
Segundo Mattos (2006) “o início da orçamentação de uma obra requer o
conhecimento dos diversos serviços que a compõe. Não basta saber quais os
serviços, é preciso saber também quanto de cada um deve ser feito”.
25

Conforme López (2017), o orçamento apresenta três atributos principais que


devem ser levados em conta quanto sua utilização, são eles:
 Aproximação: por basear-se em previsões e utilizar valores
aproximados.
 Especificidade: uma vez que o orçamento de cada obra é diferente, não
existindo um orçamento padronizado.
 Temporalidade: por envolver valores sujeitos à variação do mercado e
também devido ao desenvolvimento dos métodos construtivos, o
orçamento apresenta um “prazo de validade”.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Apresentação dos Projetos


26

O estudo teve como escolhido uma residência unifamiliar com padrões


populares, tendo fácil adaptação para os três sistemas construtivos estudados:
Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e Light Steel Frame.

4.1.1 Projeto em Alvenaria Convencional

A residência possui área construída de 35,12m² na qual possui uma sala, um


quarto, uma cozinha, um banheiro e uma arena de circulação. O projeto foi encontrado
na internet, onde foi necessário apenas uma compatibilização para o sistema
construtivo Light Steel Frame. A planta baixa junto com o corte AA é apresentada
abaixo nas Figuras 5 e 6.

Figura 5 – Planta baixa.


Fonte: Fornecedor, 2019.
27

CORTE TRANSVERSAL AA

Figura 6 – Corte AA.


Fonte: Fornecedor, 2019.

A planta baixa do projeto assim como os cortes e fachadas estão detalhados


no Anexo A.

4.1.2 Projeto em Alvenaria Estrutural

Com os projetos da alvenaria convencional em mãos, foram elaborados a


modulação da colocação dos blocos em alvenaria estrutural. A planta de uma
estrutura em alvenaria estrutural deve apresentar a paginação dos blocos nas fiadas
de forma que possa demonstrar como vão ser realizada a amarração entre eles, nos
cantos e encontros das paredes. A fundação escolhida foi do tipo radier, pois
apresenta um baixo custo e adequasse a capacidade de carga. Além disso as paredes
foram revestidas com chapisco e reboco.
A planta baixa da primeira fiada e a parede número um pode ser observada
logo abaixo nas Figura 7 e 8.
28

Figura 7 – Primeira fiada em alvenaria estrutural.


Fonte: Fornecedor, 2019.

Figura 8 – Parede 1 em alvenaria estrutural.


Fonte: Fornecedor, 2019.

A planta da fiadas assim como o detalhamento das paredes encontrasse no


Anexo B.
29

4.1.3 Projeto em Light Steel Frame

Novamente utilizando-se da planta baixa da alvenaria convencional, alterou-se


a espessura das paredes para 12 cm, adaptando ao sistema Light Steel Frame. Em
seguida, foi realizada a modulação dos painéis do sistema, dividindo a estrutura em
painéis e os detalhando juntamente com o detalhamento da cobertura.
Na superestrutura utilizou-se para o fechamento externo, placas cimentícias
mais OSB com dimensões 1200x2400mm e para o fechamento interno gesso
acartonado com dimensões de 1200x2400mm. Para as paredes do sistema LSF foram
adotados perfis metálicos tipo montante “Ue” enrijecido 90mm x40mm x12mm com
espessura de 0,95 mm e para a cobertura da residência foram utilizadas telhas
romanas. Na figura 9 é possível observar a planta estrutural do projeto em Light Steel
Frame.

Figura 9 - Planta baixa Light Steel Frame


Fonte: Fornecedor, 2019.
30

A elevações dos painéis e o detalhe da estrutura da cobertura estão


apresentadas no Anexo C deste trabalho.

4.2 Quantitativos e Composições

Nesta etapa apresentamos os quantitativos adquiridos após analisar os


projetos em Alvenaria Convencional, Alvenaria Estrutural e em Light Steel Frame.

4.2.1 Quantitativo em Alvenaria Convencional

A partir dos projetos foram levantados os quantitativos para toda residência em


Alvenaria Convencional, assim como todos os serviços díspares aos sistemas
estudados. As composições para Alvenaria Convencional foram obtidas da tabela do
SINAPI, ORSE e quando preciso preços do mercado.
Na Tabela 1 é apresentado uma parte dos quantitativos levantados.

Tabela 1 – Quantitativos em Alvenaria Convencional

Fonte: Autor, 2019.

O quantitativo completo pode ser encontrado no Apêndice A deste trabalho.


31

4.2.2 Quantitativo em Alvenaria Estrutural

A partir dos projetos foram levantados os quantitativos para toda residência em


alvenaria estrutural. Na Tabela 2 apresentamos uma parte dos quantitativos
levantados, são mostrados a superestrutura e o sistema de vedação/revestimos da
residência em estudo.

Tabela 2 – Quantitativos em Alvenaria Estrutural

Fonte: Autor, 2019.

O quantitativo completo pode ser encontrado junto ao orçamento de custos


diretos no Apêndice B deste trabalho.
32

4.2.3 Quantitativo em Light Steel Frame

Conforme projetos em LSF, podemos levantar seus quantitativos. Na tabela 3


é possível ver o quantitativo da superestrutura em LSF com a descrição de todos os
perfis.

Tabela 3 - Quantitativos em Light Steel Frame

Fonte: Autor, 2019.

O quantitativo completo para esse sistema é apresentado no Apêndice C


33

4.3 Custo Direto

É apresentado nesse item os custos diretos para os três sistemas construtivos


estudados.

4.3.1 Custo Direto em Alvenaria Convencional

Na tabela 4 logo abaixo é apresentado os custos diretos da superestrutura e


revestimento elaborado para alvenaria convencional. O levantamento completo
contendo todos os serviços pode ser encontrado no Apêndice A.

Tabela 4 – Custos Diretos em Alvenaria Convencional

Fonte: Autor, 2019.


34

Os custos diretos para a alvenaria convencional tiveram uma totalidade final de


R$ 32.543,48. Considerando a área total da residência igual a 35,12 m² o valor por m²
de área construída é de R$ 926,64.

4.3.2 Custo Direto em Alvenaria Estrutural

Com os quantitativos da alvenaria estrutural junto com os preços da base de


dados do SINAPI, ORSE e mercado podemos apresentar os custos diretos da
superestrutura e sistema de vedação/revestimento, conforme a Tabela 5 abaixo. O
levantamento completo da residência em alvenaria estrutural detalhado pode ser
encontrado no Apêndice B.

Tabela 5 – Custos Diretos em Alvenaria Estrutural

Fonte: Autor, 2019


35

Os custos diretos totais da residência elaborada em Alvenaria Estrutural


ficaram em R$ 33.043,21. Da mesma maneira que a Alvenaria Convencional, será
considerado um valor por m² de R$ 940,87.

4.3.3 Custo Direto em Light Steel Frame

Com as composições já apresentadas para Light Steel Frame, além dos


serviços cujos preços são encontrados na SINAPI podemos finalizar os custos diretos
da residência em LSF.
Na tabela 6 segue parte dos custos diretos, mostrando valores para
superestrutura. O levantamento completo se encontra no Apêndice C.

Tabela 6 – Custos Diretos em Light Steel Frame

Fonte: Autor, 2019.

Com o levantamento pode-se notar que o valor total da residência em Light


Steel Frame ficou em R$ 30.816,42. Iremos considerar o valor final por m² igual a R$
877,46.
36

4.4 Análise dos Custos Diretos

Com os três levantamentos prontos, podemos assim comparar os preços totais


de cada serviço. Temos no Gráfico 1 a comparação de preços entre as
superestruturas dos três sistemas em estudos.

Gráfico 1 – Comparativo de preço da Superestrutura

Superestrutura
9.000,00
8.178,89
8.000,00

7.000,00
Custo Total (R$)

6.000,00 5.388,98
4.888,66
5.000,00

4.000,00

3.000,00

2.000,00

1.000,00

0,00
Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame
Sistemas Construtivos

Fonte: Autor, 2019.

Analisando o gráfico podemos notar uma diferença de R$ 3.290,23 entre


Alvenaria Convencional e Light Steel Frame, sendo que o LSF se saiu mais custoso
que os outros dois métodos quando se trata de superestrutura.
Este valor mais alto para o Light Steel Frame se deve ao preço do aço
galvanizado ser elevado, onde destaca-se também o elevado custo dos perfis
metálicos e dos materiais de fechamento como a Placa de gesso acartonado e
principalmente da placa cimentícia.
Já a Alvenaria Estrutural é R$ 500,32 mais onerosa que a Alvenaria
Convencional. Apesar do custo elevado com fôrmas e a necessidade maior de aço, a
alvenaria convencional nessa etapa é mais barata devido ao custo elevado dos blocos
de concreto, que encarece a superestrutura da alvenaria estrutural.
37

Com isso podemos concluir, que se tratando da superestrutura, o sistema que


se saiu mais em conta quando analisado é o da alvenaria convencional.
A seguir no gráfico 2, foi feito o comparativo dos preços para o serviço de
revestimento.

Gráfico 2 – Comparativo de preço do Revestimento

Revestimento
11.000,00
10.000,00 9.673,47
8.960,92
9.000,00
8.000,00
Custo Total (R$)

7.000,00
6.000,00
5.000,00
4.027,25
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
0,00
Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame
Sistemas Construtivos

Fonte: Autor, 2019.

Podemos perceber uma grande vantagem de preço para o Light Steel Frame,
ele é R$ 4.933,67 mais barato que a Alvenaria Convencional e R$ 5.646,22 que a
Alvenaria Estrutural se tratando de revestimento.
Podemos explicar essa grande diferença de preço no revestimento devido ao
fato de não executarmos os serviços de chapisco, reboco e emboço no Light Steel
Frame. Suas placas de fechamento, cimentícias e de gesso, já apresentam um melhor
acabamento e após o tratamento das juntas já estão prontas para receber a pintura.
Seguindo, no gráfico 3, podemos fazer o comparativo dos preços para o serviço
de pintura.
38

Gráfico 3 – Comparativo de preço da Pintura

Pintura
2.000,00
1.779,64 1.779,64
1.800,00

1.600,00
1.366,50
Custo Total (R$)

1.400,00

1.200,00

1.000,00

800,00

600,00

400,00

200,00

0,00
Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame
Sistemas Construtivos

Fonte: Autor, 2019.

Mais um serviço que apresentou mais vantagem para Light Steel Frame diante
dos dois outros métodos construtivos que tem valores idênticos,
A diferença encontrada pode ser explicada no projeto em Alvenaria
Convencional e Estrutural onde foi considerado o serviço de emassamento das
paredes antes da aplicação da tinta, já para o Steel Frame a tinta é aplicada
diretamente sobre as placas de fechamento após o tratamento das juntas. Assim, a
pintura no LSF é R$ 413,14 menos custosa que nos sistemas de alvenaria
convencional e estrutural.
O serviço de cobertura também possui diferença de valores entre os três
sistemas, apresentados no gráfico 4.
39

Gráfico 4 – Comparativo de preço da Cobertura

Cobertura
7.000,00

5.885,90
6.000,00

4.893,25 4.893,25
5.000,00
Custo Total (R$)

4.000,00

3.000,00

2.000,00

1.000,00

0,00
Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame
Sistemas Construtivos

Fonte: Autor, 2019.

Como podemos observar a coberta em LSF se mostrou mais oneroso que a


alvenaria convencional e alvenaria estrutural, sendo que estas duas possuindo os
mesmos valores. Pode-se notar então que o LSF é R$ 992,25 mais caro.
A diferença encontrada pode ser explicada pelo fato de o LSF utilizar o seu
próprio sistema para elaboração da estrutura de cobertura, sendo que a alvenaria
convencional e estrutural utiliza estrutura de madeira.
Para finalizar, podemos analisar os valores totais dos orçamentos para os três
sistemas construtivos no gráfico 5.
40

Gráfico 5 – Orçamentos totais para os três sistemas.

Orçamentos Totais
35.000,00 33.043,21
32.543,48
30.816,42
30.000,00
Custo Total (R$)

25.000,00

20.000,00

15.000,00

10.000,00

5.000,00
Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame
Sistemas Construtivos

Fonte: Autor, 2019.

Como apresentado nos itens anteriores, o custo para as etapas estudadas é


diferente para cada sistema. Ao analisar o conjunto, percebemos o valor de orçamento
menor para o sistema Light Steel Frame, este sendo R$ 1.727,06 mais barato que
Alvenaria Convencional e R$ 2.226,79 que Alvenaria Estrutural.
O custo elevado para montagem da superestrutura e da cobertura do Light
Steel Frame é compensado pelo baixo custo para execução dos revestimentos,
tornando o sistema menos custoso que os demais.
A Alvenaria Convencional por sua vez é R$ 499,73 menos onerosa que a
mesma construção em Alvenaria Estrutural.
Através dos resultados obtidos também foi possível fazer um comparativo dos
custos diretos por m² de área construída, mostrado no gráfico 6.
41

Gráfico 6 – Custos diretos por m²

Custo por m²
1.200,00

1.050,00
926,64 940,87
877,46
900,00
Custo Total (R$)

750,00

600,00

450,00

300,00

150,00

0,00
Alvenaria Covencional Alvenaria Estrutural Light Steel Frame
Sistemas Construtivos

Fonte: Autor, 2019.

Nota-se pelo gráfico que o custo por m² da Alvenaria Convencional ficou R$


49,18 mais onerosa quando comparada ao Light Steel Frame. Já a Alvenaria
Estrutural é R$ 14,23 mais onerosa que a Alvenaria Convencional e R$ 63,41 que o
Light Steel Frame.
42

5 CONCLUSÃO

Os sistemas construtivos estudados apresentam características diferentes,


seja ela no método de construção ou devido aos materiais empregados. Através da
revisão bibliográfica foi possível demonstrar as principais diferenças e destacar as
vantagens da aplicação de cada sistema, enquanto que através da pesquisa
desenvolvida na metodologia foi possível analisar a diferença de custo para cada
modelo de construção.
O Light Steel Frame destaca-se em relação a Alvenaria Estrutural por ser uma
construção com alto nível de industrialização, pelo processo de execução mais rápido,
melhor desempenho e principalmente pelos benefícios relacionados ao meio ambiente
como a baixa geração de resíduos e a não utilização de água na etapa construtiva
(com exceção da fundação).
Se compararmos a alvenaria convencional ao Light Steel Frame, não haverá
diferenças significativas entre os dois sistemas, tanto que custo direto ficou em torno
de 7% mais caro para construção em alvenaria convencional, porcentagem essa que
praticamente dobra, quando comparamos o custo final da alvenaria estrutural com o
Light Steel Frame.
Com este trabalho, é esperado que o conteúdo demonstrado possa contribuir
com o crescimento do Light Steel Frame no cenário da construção civil nacional
através da transmissão de informações quanto ao processo construtivo e dos custos
desse sistema, despertando o interesse e incentivando a população a adotar as novas
alternativas construtivas que surgem no mercado.
43

REFERÊNCIAS

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atualização 2009.
46

ANEXO A: PROJETO ARQUITETÔNICO.


47
48
49
50

ANEXO B: PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL


51
52
53
54
55
56

ANEXO C: PROJETO EM LIGHT STEEL FRAME.


57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73

APÊNDICE A: COMPOSIÇÃO DE CUSTO PARA ALVENARIA CONVENCIONAL.


74
75
76
77

APÊNDICE B: COMPOSIÇÃO DE CUSTO PARA ALVENARIA ESTRUTURAL.


78
79
80

APÊNDICE C: COMPOSIÇÃO DE CUSTO PARA LIGHT STEEL FRAME.


81
82
83

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