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24/02/2019

SISTEMA LINFÁTICO
 Difícil visualização e
estudo;
 Hipócrates ( séc. V a.
C.) – sangue branco;
SISTEMA LINFÁTICO  1622 – Gaspare Aselli
identificou a existência
dos vasos linfáticos.
 1647 – Jean Pecquet –
descreveu o ducto
torácico – cisterna do
PROFª LEANE RODRIGUES quilo.
leane.rodrigues@hotmail.com

 1652 –Thomas Berthelsen , confirmou a “O Sistema Linfático é uma via acessória pela
existência do sistema linfático; qual o líquido pode fluir dos espaços
 1932- Emil Vodder – inicio técnica de intersticiais para o sangue, realizando o
massagem linfática; transporte de proteínas e material em grandes
partículas, para fora dos espaços teciduais.”
 Na década de 60, médico Dr. Foldi;
 1965 – Brasil;
 Via secundária de acesso. ( Guyton et al, 1997)

SISTEMA CIRCULATÓRIO

CORAÇÃO
Nosso corpo para realizar todas as suas funções,
necessita de nutrientes e principalmente de
oxigênio. Quem se encarrega de transportar
SIST.
oxigênio e nutrientes para todas as células e ARTERIAL
tecidos do corpo é o SISTEMA
CIRCULATÓRIO.
SIST.
VENOSO

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 Por meio de complexos processos físico-químicos,


os nutrientes e o oxigênio passam do sangue para
os tecidos. O resíduos metabólicos e o CO2
passam dos tecidos para o sangue, que os
conduzirá aos órgãos encarregados de sua
eliminação.
 Circulação Arterial;
 Circulação Venosa;
 Circulação Linfática.

LINFA

 Linfa = água límpida, cristalina.


VELOCIDADE DEVOLVIDA AO SIST.
• Em descanso = 5 a 10 VENOSO
cm/min. • Em descanso = 5 a 6
 Duas partes: plasmática (água, eletrólitos, • Em atividade muscular = litros/dias.
pode chegar em 80 • Em atividade física = 20 a
proteínas, lipídeos) e celular (bactérias, células cm/min. 25 litros/dias.

mortas, fragmentos, restos metabólicos,


glóbulos brancos).
Angela Lange(2016)

DISTRIBUIÇÃO DOS VASOS

 Linfáticos Iniciais;
 Pré – coletores;
 Coletores;
 Ducto Torácico / Canal
Linfático Direito.

Fold, M. ; Strobenreuther, R.(2012).

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VASOS LINFÁTICOS
 1653 – Thomas Bartholin

Vasos Linfáticos acima da fáscia muscular


Linfáticos Iniciais Produção de
Superficiais (linfáticos iniciais, pré- Linfa
coletores e coletores
linfáticos).

Vasos Linfáticos abaixo da fáscia muscular Transporte da


(troncos e ductos, órgãos Vasos Linfáticos
Profundos Linfa
linfóides).

LINFÁTICOS INICIAIS
FILAMENTOS DE ANCORAGEM
 Pequeno calibre (finos,
transparente);
 Alta permeabilidade(  Fixam os linfáticos iniciais no tecido
permitindo a absorção
de macro - moléculas); circundante;
 Não contém válvulas;  Impedem que os frágeis capilares venham a se
 Paredes se sobrepõe colabar;
em escamas – cel.  Tracionam as fedas intercelulares ou portas
endoteliais (abre e
fecha) linfáticas para a entrada do líquido.
Filamentos(casley -
smith

VASOS LINFÁTICOS Pré - coletores


 Diâmetro maior;
 São formados por linfangions (porção do
coletor linfático, compreendida entre as duas
 Presença de
válvulas, que exerce atividade pulsátil).
válvulas;

 Pré coletores e coletores linfáticos.


 Possuem fibras
de colágeno,
 Capacidade contrátil e reflexo de estiramento. elástica e
musculares;

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Coletores GÂNGLIOS LINFÁTICOS


 Maior calibre;  Situam-se próximo às grandes articulações. A linfa
passa por um ou vários deles.

3 camadas:  Vasos aferentes e eferentes.


 Túnica íntima
 Córtex – germinativo.
 Túnica média
 Túnica  Composto por células: linfócitos T, linfócitos B,
adventícia macrófagos, plasmócitos.

 Íngua.

GÂNGLIOS LINFÁTICOS

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TRONCOS LINFÁTICOS

São os grandes vasos que recebem a linfa de


grupos de coletores e drenam regiões amplas do
organismo. Suas paredes são semelhantes às
todos os coletores, porém com maior número de
válvulas.

TRONCO REGIÃO

o Intestinal Órgãos Abdominais


o Lombares D/E Pelve + MMII
o JugularesD/E Cabeça + Pescoço
o Broncomediastinais D/E Tórax
o Subclávios D/E Parte do Tórax +
Dorso + MMSS
o Descendentes intercostais Parte profunda
da parede posterior do Tórax.

DUCTOS LINFÁTICOS DUCTOS LINFÁTICOS

 São os principais e maiores condutores de linfa


no corpo humano, levam a linfa dos troncos
para o Sistema Circulatório.
 Dividem em Ducto linfático direito e ducto
torácico.
 Terminam nas junções subclávio - jugular
direita(ducto direito) e esquerda (ducto
torácico).

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ÓRGÃOS LINFÓIDES
 Medula óssea;
 Baço( proliferação de macrófagos);
 Timo( linf. T);
 Tonsilas(amídalas) - Linf. T e B

Apresentam como principal função a produção de


linfócitos, desenvolvendo respostas imunológicas,
produção de anticorpos e reações imunes.

FISIOLOGIA PROCESSOS DA MICROCIRCULAÇÃO


FUNÇÃO – transporte de líquido, nutrientes,  FILTRAÇÃO – é o movimento de saída de H2O, O2 e
macromoléculas, linfócitos, lipídeos, resposta imune e nutrientes do interior dos capilares para o interstício.
eliminação de toxinas.
Vasos linfáticos Iniciais  REABSORÇÃO VENOSA – é o movimento de entrada
Vasos pré-coletores de H2O, CO2, pequenas moléculas e catabólicos do
interstício para o interior dos capilares.
Vasos coletores

Gânglios
PERMEABILIDADE PRESSÃO
PRESSÃO
Troncos DOS CAPILARES HIDROSTÁTICA ONCÓTICA (PO)
(PH)
Ductos

Sistema Circulatório

PRESSÕES INTERTICIAIS FISIOLOGIA DO SISTEMA


LINFÁTICO
PRESSÃO
HIDROSTÁSTICA PRESSÃO
INTERSTICIAL (PHI) ONCÓTICA
INTERSTICIAL (POI)  Circulação linfática - Contratilidade linfangions
(6 a 7 vezes por minuto);
- Pulsação arterial;
- Bombeamento muscular;
EQUILÍBRIO - Respiração diafragmática;
DE STARLING - Peristaltismo intestinal;
- Pressão externa.

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FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA

 EDEMA POR AUMENTO DE APORTE DE LÍQUIDO


 Caracterizada pela formação de edema
O edema de origem vascular pode aparecer em consequência da
 O edema é o resultado entre o aporte líquido retirado
pressão hidrostática, pelo aparecimento da varizes, as flebites, a
dos capilares sanguíneos pela filtragem e a drenagem insuficiência cardíaca, diminuição da pressão oncótica e alteração da
desse líquido. parede vascular.
 O estado fisiológico é obtido quando as vias de
drenagem são suficientes para evacuar o líquido trazido  EDEMA PRODUZIDO POR DEFEITO DE DRENAGEM
pela filtragem, ocorrendo uma constante renovação do Esse defeito leva a formação do linfedema e pode ser por:
líquido intersticial, onde as células do corpo podem agnesia(defeito do desenvolvimento), hipoplasia(diminuição da
retirar os elementos necessários ao seu metabolismo . atividade),de origem hereditária ou adquirida, incontinência valvular
e obstrução linfática.

EDEMA DECORRÊNCIA LOCALIZAÇÃO


EDEMA DECORRÊNCIA LOCALIZAÇÃO
CARDÍACO Elevação de pressão venosa, dificultando a entrada da Parte baixa do
linfa. organismo,
INFLAMATÓRIO Vasodilatação Arteriolar Não definida.
extremidades
inferiores

RENAL Incapacidade de eliminação normal de urina e No rosto, volta dos GRAVÍDICO Aumento da permeabilidade capilar e Mais extremidades inferiores.
aumento da ingestão de água, levando ao aumento de olhos e diminuição da pressão oncótica
liquido intercelular. extremidades plasmática.
PRÉ – Retenção intersticial de água e sódio causada por Extremidades
MESTRUAL alteração hormonal. Inferiores.
NUTRICIONAL Falta de proteína nos capilares Não definida.
VENOSO Varizes com válvulas venosas com problemas. sanguíneos em razão de falta de
ingestão ou má absorção pelo sistema
PÓS – Ruptura de vasos sanguíneos e linfáticos. Não definida.
TRAUMÁTICO digestivo.

PÓS – Sequela de trombose venosa superficial ou profunda. Extremidades


TROMBÓTICO Inferiores. QUEIMADOS Aumento da permeabilidade da Não definida.
membrana capilar.
IATROGÊNICO Ingestão de Fármacos( corticoides, anticoncepcionais, Não definida.
etc...)

DIAGNÓSTICO

EDEMA

LINFEDEMA

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CLASSIFICAÇÃO - SINAL DE CACIFO

www.doutoraenfermeira.com.br/2015

DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL

É uma técnica de massagem


 Efeitos diretos:
que estimula o sistema linfático
em função de recolher o liquido
intersticial que não retornou aos  Melhora da resposta imune;
capilares sanguíneos, a trabalhar  Melhora da velocidade de filtração da linfa;
de forma mais acelerada.
 Melhora da absorção dos capilares sanguíneos;
 Aumento da quantidade de linfa processada nos
gânglios linfáticos;
O objetivo primordial é  Melhora da motricidade intestinal;
aumentar o auxilio de linfa e a  Ativação do sistema nervoso autônomo parassimpático
velocidade de condução dos
vasos e ductos linfáticos, através promovendo relaxamento.
de manobras que copiem o
bombeamento fisiológico.

DRENAGEM LINFÁTICA
 Efeitos indiretos:
 Indicações principais:
 Aumento da quantidade de líquido excretado através
da urina;  Edemas e linfedemas;
 Melhora da nutrição celular;  Celulite (FEG);
 Melhora da oxigenação dos tecidos;  Pós-cirurgia plástica;
 Desintoxicação do interstício;  Insuficiência venosa crônica;
 Obesidade;
 Eliminação de ácido lático da musculatura esquelética;
 Mastodenia;
 Melhora da absorção dos nutrientes pelo trato  Retenção hídrica.
digestivo.

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 Contra - indicações absolutas:


 Contra - indicações relativas:

 Tumores malignos;  Hipertireoidismo;


 Tuberculose;  Insuficiência cardíaca descompensada;
 Infecções e reações alérgicas agudas;  Menstruação com fluxo muito intenso;
 Asma e bronquite;
 Edemas sistêmicos de origem cardíaca ou renal;
 Flebite;
 Insuficiência renal;  Hipotensão arterial;
 Trombose venosa.  Afecções da pele.

COMPONENTES DA DRENAGEM
LINFÁTICA MANUAL

 Pressão
 Direção
 Ritmo
 Frequência
 Repetição
 Produtos

DRENAGEM REVERSA TÉCNICAS DE DRENAGEM LINFÁTICA

 MÉTODO VODDER - Nomeou duas linhas com delimitação


Denominada como uma técnica utilizada para de áreas corporais -Linha do sandwish (divide os membros
procedimentos ,onde são utilizadas outras vias de superiores), Linha de ferradura (membros inferiores), Linha
escoamento da linfa (vias que estejam íntegras),ou seja média e Linha da cintura.
em procedimentos cirúrgicos existem uma Consiste de uma pressão suave, de forma lenta e repetitiva.
interrupção dos vasos linfáticos superficiais
prejudicando a drenagem fisiológica dos  MÉTODO LEDUC - Descreveu manobras específicas para a
execução de sua técnica onde os movimentos sempre se
líquidos,desta forma sendo necessária a utilização de
iniciam na região proximal do segmento a ser drenado.
outras vias.

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Três procedimentos são utilizados para execução da


manobra
 DRENAGEM DOS GÂNGLIOS / BOMBEAMENTO – ativar o fluxo  Fatores que determinam à pressão adequada
linfático dentro do linfonodo. dependem, portanto, do estado em que se encontra o
tecido (mesmo assim sendo de moderada a leve).
 EVACUAÇÃO /CHAMADA – aumentar o fluxo dentro do vaso
linfático.
1-2-3 = 5
rep.
 As manobras só terão influência em alguns linfáticos
 CAPTAÇÃO/REABSORÇÃO - é realizado diretamente sobre o mais profundos por meio da musculatura esquelética e
segmento edemaciado, visando aumentar a captação da linfa caso sejam realizadas com pressão moderada.
pelos linfocapilares( retirar o excesso de liquido e proteínas do
interstício). 3-2-1 = 10
rep.

MANOBRAS DE VODDER MANOBRAS DE LEDUC

 Círculos fixos  Drenagem dos linfonodos

 Movimento de bombeamento  Círculos fixos

 Movimento de doador  Círculos fixos alternados

 Movimento giratório ou de rotação  Pressão em bracelete


 OBS: Cada manobra é realizada sobre o mesmo local de cinco
a sete vezes.
 Fatores que determinam à pressão adequada dependem,
portanto, do estado em que se encontra o tecido (mesmo assim
sendo de moderada a leve).
 As manobras só terão influência em alguns linfáticos mais
profundos por meio da musculatura esquelética e caso sejam
realizadas com pressão moderada.

OUTRAS TÉCNICAS
 MÉTODO GANÂNCIA – drenagem manual com mov. de
alongamento.

 MÉTODO GODOY – utilização de roletes como recurso de


drenagem.

 PRESSOTERAPIA – compressão pneumática.

 DEPRESSODRENAGEM LINFÁTICA – aparelho de vácuo


onde gera pressão negativa.

 DRENAGEM LINFÁTICA SEQUENCIAL


(ELETROESTIMULAÇÃO RUSSA)

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MASTECTOMIA TIPOS
 Retirada total da mama com pele, aréola e mamilo;
 Opção mais segura para tumores extensos;

LINFEDEMA
É o acúmulo de excedente proteico, modificando o
equilíbrio hídrico.

Rezende et al. (2008), menciona que o linfedema é a


complicação mais comum do pós mastectomia, e suas
complicações afetam a qualidade de vida das pacientes,
no qual, cerca de 15 a 20% das sobreviventes do câncer
mamário, convivem com algum desconforto ou
diminuição da capacidade funcional dos membros
superiores.

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SINAIS E SINTOMAS
 Sinal de Steimer positivo (prega cutânea);
 Sensação de peso ou tensão no membro;
 Edema em dorso de mão;
 Dor aguda;
 Alteração de sensibilidade;  Papilomatoses dermatológicas;
 Dor nas articulações;  Alterações cutâneas como eczemas, micoses,
 Aumento da temperatura local com ausência de sinais queratosis, entre outras.
flogísticos;
 Extravasamento de líquido linfático (linfocistos);

(Mortimer, 1999; NLN, 1998).

Edema Inspeção da extremidade Palpação da extremidade Efeito da elevação no Função do


membro membro Edema Inspeção da Palpação da extremidade Efeito da elevação no Função do membro
extremidade membro

Grau 1 Aparência normal. Edema com presença Edema desaparece Normal. Grau 4 Aumento da Espessamento de Edema não diminui. Perda funcional
de cacifo. ou diminui de descoloração pele; presença de importante;
forma acentuada. amarelada; aumento cacifo. movimentos
da pigmentação; significativamente
Grau 2
secreção vesicular; prejudicados.
Descoloração amarelada. Espessamento de pele Edema diminui Mobilidade pápulas queratóticas;
recente; presença de moderadamente. diminuída; dermatose crônica
cacifo. alguma função
diminuída.
Grau 3 Dermatose crônica; Espessamento de pele; Edema diminui Perda funcional
pequenas vesículas sem presença de cacifo. minimamente. importante;
surgem frequentemente; movimentos
mudanças na queratose finos
recente; pequenas prejudicados;
pápulas queratóticas. perda da
flexibilidade
articular. Fonte: Miller; Beninson. Angiology, 50: 189-192, 1999

DRENAGEM LINFÁTICA

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REFERÊNCIAS

 ELWING, Ary; SANCHES,Orlando. Drenagem linfática manual


COMPRESSÃO
PNEUMÁTICA
– Teoria e Prática.1ª ed. São Paulo: Ed. Senac,2010.
 FOLDI, M.; STROBENREUTHER, R. Princípios de drenagem
linfática. 4. ed. São Paulo: Manole, 2012.
 GUIRRO, Elaine Caldeira de Oliveira; GUIRRO, Rinaldo
Roberto de Jesus. Fisioterapia Dermato-Funcional: Fundamentos,
recursos, patologias. 3.ed. São Paulo: Manole, 2002.
 GUYTON, A.C. Tratado de fisiologia Médica.10ª ed. Guanabara
Koogan: Rio de Janeiro,2002.
 LEDUC, A. ;Leduc, O. Drenagem Linfática: teoria e prática. São
Paulo: Manole,2000.

NÃO SEI...

SE A VIDA É CURTA OU LONGA DEMAIS PRA


NÓS, MAS SEI QUE NADA DO QUE VIVEMOS
TEM SENTIDO SE NÃO TOCAMOS O CORAÇÃO
DAS PESSOAS.”

(Cora Coralina)

FIM....

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