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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Beatriz dos Santos Castro - 9922100578


Cosma Geisa da Silva Santos - 921110074
Fabielle Albuquerque - 922102533
Gabrielle Silva Oliveira - 922106755
Geisa Gomes de Oliveira - 922106449
Ingris Monteiro Crivellari - 922106168
Lais Oliveira Santos - 922106788
Maria de Fatima Paixão - 922113685
Pedrina Nunes Marques - 922107387
Veronica Cassoli da Costa - 922100695
Yasmim Vitoria Flores Sanches - 922106550

PESQUISA APLICADA Á PSICOLOGIA


QUALIDADE DE VIDA DOS JOVENS QUE SAÍRAM DO ORFANATO

SÃO PAULO

2022
Beatriz dos Santos Castro – 9922100578

Cosma Geisa da Silva Santos – 921110074

Fabielle Albuquerque - 922102533

Gabrielle Silva Oliveira - 922106755

Geisa Gomes de Oliveira - 922106449

Ingris Monteiro Crivellari - 922106168

Lais Oliveira Santos - 922106788

Maria de Fatima Paixão - 922113685

Pedrina Nunes Marques - 922107387

Veronica Cassoli da Costa - 922100695

Yasmim Vitoria Flores Sanches - 922106550

PESQUISA APLICADA Á PSICOLOGIA


QUALIDADE DE VIDA DOS JOVENS QUE SAÍRAM DO ORFANATO

Projeto de Pesquisa do Curso de

Psicologia, apresentado a Universidade

Nove de Julho. Prof.ª Me Ocleres

Andrade M Garreta Harkot.

SÃO PAULO

2022

2
RESUMO

O objetivo dessa pesquisa, é trazer resultados precisos se há ou não qualidade


de vida de jovens e adultos que vivem ou já viveram em lares de acolhimento,
para a pesquisa ter uma meta completamente alcançada, ou seja incluindo
pessoas que vivem ainda nos lares, teríamos que ir pessoalmente até uma das
casas de acolhimento, só que não é um processo tão fácil, tem muitas
burocracias, por se tratar de menores, então focamos um pouco mais em
pessoas que viveram, ou que passaram recentemente, para ter um melhor
resultado. Se analisamos os lares de hoje, com lares de anos atras vamos
encontrar algumas diferenças, começando pelo nome, antigamente, era
“orfanato”, hoje em dia são lares de acolhimento, instituições, abrigos. Para
chegarmos a um resultado, fizemos um questionário com perguntas que
achamos relevante e enriquecedora para a pesquisa, os participantes tinham
idades diferentes e anos vividos dentro dos lares diferentes, com 38,5% sendo
do sexo masculino, e 61,5% do sexo feminino, mostrando assim suas
experiências, por meio de perguntas de escolha multiplicam, curta ou
parágrafos. Analisamos os pontos principais das perguntas, entre eles; como
as pessoas eram tratadas no período em que moraram nos lares? quais eram
as expectativas que essas pessoas criavam em relação à quando completasse
18 anos? O que elas consideram como qualidade vida? E qual experiencia de
vida ela levava? Ao finalizar apontamos que boa parte não teve uma boa
experiência, em outras palavras não havia vivenciado qualidade de vida nos
lares de acolhimento onde passaram

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - FAIXA ETÁRIA…………………………………..11

GRÁFICO 2 - SEXO........................................................……12

GRÁFICO 3 - QUALIDADE DE VIDA EM UM ORFANATO..14

GRÁFICO 4 - O QUE LEVA PRA VIDA……………………….15

GRÁFICO 5 - COM QUANTOS ANOS SAIU…………………15

GRÁFICO 6 - EDUCAÇÃO/ENSINO…………………………..16

GRÁFICO 7 - TRATAMENTOS..........................................…16

GRÁFICO 8 - AMIZADES ......................................................17

GRÁFICO 9 - CONTATO COM FUNCIONÁRIO……………..18

GRÁFICO 10 - SUPORTE………………………………………..19

GRÁFICO 11 - EXPECTATIVA MAIORIDADE…………………20

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l

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO 6

2. OBJETIVOS 8

3. JUSTIFICATIVA 9

4. METODOLOGIA 10

5. RESULTADOS 11

6. DISCUSSÃO 21

7. CONCLUSÃO. 23

REFERÊNCIAS. 24

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1.INTRODUÇÃO

Diferentes formas a sociedade qualificam o que seria “Qualidade vida”. Duas


palavras simples, mais com significado tão importante na vida das pessoas,
aliás de todo o mundo, afinal quem não quer ter qualidade de vida. Mas o que
seria essa “Qualidade de Vida” tão sonhada e almejada? Ela não tem um
significado único, pois para cada um ela se encaixa com diferentes aspectos,
talvez o que pode ser qualidade de vida pra você, pode não ser pra mim.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) em pesquisa feita, qualidade
de vida seria basicamente necessidades humanas, mais comuns que cada ser
humano deveria ter.

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2013)


qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na
vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele
vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações”. Envolve o bem estar espiritual, físico, mental,
psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como
família e amigos e, também, saúde, educação, habitação
saneamento básico e outras circunstâncias da vida”

Pois bem, mais quando se trata de qualidade de vida dentro de determinado


tema, será que encontramos ela também? É isso que vamos descobrir aqui.
Entre uma infinidade de temas que poderíamos abordar e estudar se existe
qualidade de vida ou não, embarcamos em um tema pouco discutido, mais
muito importante, “qualidade de vida de jovens e adultos que viveram em
orfanatos, lares de acolhimento” como é pronunciado em tempos atuais.

Segundo Gulassa (2010) o acolhimento de Crianças e Adolescentes é uma


política que tem delineada sua trajetória, seus elementos de origem, desde os
primórdios da colonização brasileira. Ela afirma que durante esse período
começaram a surgir as primeiras demandas relacionadas a crianças e
adolescentes em situação de abandono ou com necessidade de
institucionalização. Gulassa da exemplos reais sobre como ocorria essas

6
situações, ela afirma que as crianças indígenas eram retiradas de sua tribo
levadas aos colégios jesuítas, segundo ele o intuito seria que as crianças
serviam como intérpretes para os colonizadores e também para que, nestes
espaços onde eram criadas, fossem catequizadas e facilitassem a dominação
de seus pais.

O jornal Folha de São Saulo, traz em 15 de fevereiro de 2020, a importância da


adoção, e o quanto a criança terá mais desenvolvimento quando adotada, nele
também traz uma informação muito importante sobre um grupo de
pesquisadores estrangeiros que pretendem fazer em de São Paulo uma
pesquisa sobre o desenvolvimento de crianças acolhidas em famílias, e em
abrigos, segundo a folha a proposta é investigar a dificuldade de formação de
vínculos com adultos em abrigos e suas consequências. Segundo o médico e
professor da USP, Edson Amaro, o objetivo é os estímulos como abraço, colo
ter a mão seguradas ouvir a palavra, isso vai moldando o cérebro, ele concluir
afirmando que a criança que recebe poucos estímulos não desenvolve a
percepção de afeto e, com o tempo, não reage bem ao meio ambiente.

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2.OBJETIVOS

Apresentar como é a qualidade de vida de jovens e crianças que vivem ou já


viveram institucionalizados nos serviços de abrigo do país. Como que o
ambiente ao qual eles estão ou foram submetidos, pode afetar seu
desenvolvimento e também a sua inserção social.

O pressente estudo tem como objetivo analisar os impactos que são causados
na vida dos jovens que vivem em abrigos, e dos jovens que atingem a
maioridade. Os jovens que possuem idade superior a 18 anos, têm que deixar
as instituições de acolhimento. Os jovens que são desatualizados acabam
caindo no vazio, esse abandono acaba contribuindo com a falta de autonomia e
insegurança que os jovens têm em relação a passarem a viver sozinhos por
conta própria em uma sociedade, na qual eles não tiveram oportunidade de
fazer parte antes de saírem da instituição de acolhimento.

A pesquisa abordada no presente trabalho vai identificar os principais


obstáculos e dificuldades que esses jovens enfrentam quando estão nas
instituições de acolhimento, e quando atingem a maioridade e são obrigados a
deixar essas instituições e passam a viver sozinhos em sociedade. A
inexistência de políticas públicas que não oferecem a poio ou acolhimento a
esses jovens que passam a viver na sociedade, sem nenhum amparo dessas
políticas, esses jovens se sentem perdidos sem saber que rumo deve tomar.

Esse estudo vai mostra que sem apoio esses jovens passam a viver em uma
sociedade sem ter autonomia, essa falta de autoconfiança acaba impactando
na inserção deles na sociedade e eles acabam sendo ou se sentindo excluídos
desse convívio social.

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3.JUSTIFICATIVA

O tema foi escolhido após uma discussão entre o grupo, e chegamos à


conclusão que por ser um tema pouco falado ou discutido, mais de extrema
importância, ele ganhou visibilidade recentemente durante a pandemia, isso
também foi um fator primordial para nossa escolha. Gostaríamos de
compartilhar um pequeno trecho de uma reportagem feita pela TV senado, que
foi de grande relevância para chegarmos à conclusão de escolha.

A reportagem retrata a situação atual do Brasil, em relação ao grande número


de crianças e adolescentes que ficaram órfãs, em julho do ano de 2021, o
Brasil registrou 45 mil crianças e jovens que ficaram em situação de
vulnerabilidade, com a morte dos pais, ou dos responsáveis, por conta da
covid19, afirmando que quando não emocional, mais também econômica,
fatores que inclui como qualidade de vida, para a OMS (Organização Mundial
da Saúde). Dentro dessa reportagem vários nomes importantes que defendem
o direito da criança e do adolescente, manifestaram suas opiniões e
preocupações, entre elas a fala do advogado Ariel de Castro Alves ganha
destaque em defesa do acolhimento de crianças e jovens.

“Nós temos que também pensar como é que vamos acolher essas
crianças órfãs da pandemia, com assistência psicologia e com
assistência social, atenta a própria questão social e econômica”.
(ALVES,2021)

Notamos nessa reportagem que não se trata apenas de noticiar um tema tão
delicado, mais de como vai ser o futuro dessas crianças e jovens, se irá se
enquadrar no conceito de qualidade de vida para a OMS.

9
4.METODOLOGIA

Como método de pesquisa foi usado o exploratório e descritivo com a


finalidade de entender se existia qualidade de vida de jovens e adultos que
vivem ou viveram em lares de acolhimento, as dificuldades que as pessoas
encontram ao completar a maioridade e ao ter que sair de lares e abrigos onde
viviam.

Fizemos várias pesquisas embasadas em artigos científicos artigos científicos


e jornalísticos, sites, livro em pdf. Exemplos: folha de São Paulo, o livro Novos
rumos do acolhimento institucional, artigo da OMS, artigo da USP, tivemos
algumas dificuldades de encontrar artigos sobre a vida dos jovens após a
passagem por lares ou abrigos, e de achar pessoas para responderem o
questionário, já que muitos não gostam de falar sobre o assunto. Então, como
forma de coleta de dados e informações, utilizamos o Google Formas, foi
necessário e primordial a leitura sobre tema, que falavam de lares de
acolhimento em dias atuais.

Os dados obtidos foram as experiências de cada jovem durante o tempo vivido,


nos lares, a grande maioria se sentiam sozinho, sentiam o peso do abandono
parental e a luta contra o tempo para adoção, gerando problemas emocionais e
dificuldades no convívio social.

O estudo tem caráter essencialmente qualitativo dando destaques às e


experiências relatadas durante nossa pesquisa, ao mesmo tempo que será
necessário o cruzamento dos levantamentos com toda a pesquisa bibliográfica
já feita.

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5.RESULTADO

Chegamos a uma das partes mais importantes desse trabalho, o resultado da


nossa pesquisa sobre “Qualidade de vida de jovens e adultos que vivem ou já
viveram em lares de acolhimento”. Em pesquisas feitas notamos a importância
dos lares que acolhem crianças e adolescentes, são muitas as
responsabilidades, cuidados, pois são instituições como essas que formam
adultos, já que quando não são adotados, vivem até seus 18 anos.

Gráfico 1: Faixa Etária

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Nosso público alvo para a pesquisa foi de jovens partir de 18 anos a adultos
sem restrição de idade, de ambos sexos, logo de início pedimos para que o
entrevistado contasse um pouco da sua vida, claro se sentisse à vontade,
porque pedimos? para saber mais sobre o perfil dela, logo em seguida demos
início as perguntas dentro da nossa pesquisa.

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Gráfico 2: Sexo

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Algumas perguntas inseridas, não foram de multiplicas escolhas, para obter um


resultado preciso.

Na primeira, perguntamos se a pessoa poderia contar um pouco de sua


história. Alguns falam como chegaram até o orfanato, como estão em dias
atuais, e um ou dois não quiseram comentar. A pergunta seria sobre a
experiencia em viver, ou ter vivido em um lar de acolhimento, tivemos as
seguintes respostas:

Resposta 1: Fui para um orfanato com mês 3 meses de vida, minha mãe foi
internada quando nasci, então meu pai internou eu mas as outras três irmãs sendo
que meu irmão foi criado com meu tio que já tinha 9filhos , não tenho do que
reclamar porque nesta vida só conheci o orfanato como minha casa minha mãe até
tentou nos tirar de lá mas a direção havia dito pra ela que nos iriamos estudar
teríamos o que comer enfim convenceram ela de nos continuarmos no orfanato
enfim sai com meus 19 pra 20 anos em 1977 quando fui morar com minha mãe e
meu irmão que já estava com ela.

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Resposta 2: Foi intensa, rica e muito segura. Era um orfanato cristão e tinha
freiras. A coisa chata era ser obrigado a participar de todas as atividades
religiosas.

Resposta 3: Bom no meu caso foi muito difícil, passei por muitos abrigos, cada
qual com o seu jeito de ensinar, mais de todos os que passei o pior foi orfanato de
freiras, elas são muito rigorosas, e nos castigavam, não entendo muito da vida
mais freiras não são boas pra cuidar de crianças, por motivos eu tenho trauma de
freiras, e é claros viver sem os pais era muito complicado, quando chegava o dia
dos pais ou mães era muito difícil pra nós, mais assim como eu as outras crianças
se apegavam a outros interesses, com o tempo para nós dia dos pais e mães era
um dia comum pra nós. Mais depois de passar por muitos abrigos encontrei um no
qual tive educação, pude conhecer pessoas e hoje graças a esse orfanato em que
cresci me tornei uma pessoa de bom caráter.

Resposta 4: Pra mim foi a pior experiência ficar longe da minha família ficar longe
de tudo

Resposta 5: Morei por alguns meses em um abrigo, a vida era muito difícil, os
cuidadores muito impacientes e agressivos, não considero uma boa experiência.

Resposta 6: Perfeita, maravilhosa.

Resposta 7: Minha experiência foi bem sofrida pois fiquei em um orfanato no


bairro da Aclimação em SP até os seis anos de idade. Era mal cuidada e
alimentada. Minha mãe biológica passava as vezes para me visitar. Dos seis anos
aos 10 fui morar em Aparecida do Norte lá dormia no chão, passava muita fome e
era mal tratada.

Resposta 8: Foi período muito turbulento, sentia muita falta de uma família.

Resposta 9: Foi muito triste e solitário.

Resposta 10: Difícil alguns abrigos que passei eram religiosos e eles nós
maltratávamos muito, era obrigado a seguir a religião desses abrigos.

Resposta 11: Triste, sofrido, difícil e solitário.

Resposta 12: Era razoável, não tenho muito que falar, tinha muitas regras

Todas os participantes da pesquisa, não moravam mais e orfanatos, a pergunta


seguinte é sobre o ponto de vista do participante, com relação ao que seria
qualidade de vida, as respostas apontam que para se ter qualidade de vida, é

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ter bem estar, viver com a família e amigos, ter um emprego, carinho, conforto,
estabilidade financeira. A pergunta seguinte está relacionada a pergunta
anterior e o ponto chave para nosso resultado.

Gráfico 3: Qualidade de vida em um orfanato

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Tivemos uma porcentagem negativa, maior quando perguntado se tinha


qualidade de vida baseado nas experiencias vividas por cada um. Quando
perguntado qual experiencia de vida que foi levada, tivemos uma surpresa que
mesmo a perguntada anterior tenha sido negativa, notamos que a experiencia
levada não teve o mesmo resultado, como esperávamos.

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Gráfico 4: O que leva pra vida

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

O tempo que elas ficaram e com quantos anos saíram, varia, alguns ficaram
até completar a maioridade, adotados ou foi retirado pela mãe ou algum
familiar, pois os motivos variam muito, e como foi a saída, 80% afirmou que foi
difícil, em diversos sentidos por não saber como era a vida fora.

Gráfico 5: com quantos anos saiu

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

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Como citado sabemos a importância que os orfanatos e as casas acolhedoras
tem, então inserimos a seguinte pergunta.

Gráfico 6: Educação/ Ensino

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Com relação ao tratamento por parte dos funcionários, com as pessoas que
viveram dentro do orfanato tivemos o seguinte resultado:

Gráfico 7: Tratamentos

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

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Perguntamos sobre sua vivencia com outros pessoas, se teve um vínculo de
amizade, ou se ainda tem, obtivemos os seguintes resultados.

Gráfico 8: Amizades

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Observamos que 53,8% das pessoas que responderam afirma que não tiveram amizades, já
48,2, afirma que teve. Perguntamos sobre uma experiência boa que a pessoa teve, ela nos
respondeu:

“Conheci uma menina que criamos um vínculo de amizade tornando os dias menos difíceis”

Baseado nas pesquisas, acreditamos que o fator da amizade varia muito, de acordo com o
lugar de vivência de cada um, e a situação emocional na qual se encontra.

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Gráfico 9: Contato com funcionário

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Fizemos algumas perguntas para entender mais sobre a vida dessas pessoas,
e saber um pouco sobre os lares de acolhimento, o que elas mudariam para
que outros jovens tenham qualidade de vida dentro e fora. As respostas foram
mistas, exemplos: A uma boa estrutura e melhores condições financeiras, mais
ajuda do poder público em estrutura, menos regras rígidas, a forma como eram
tratados, citado também a falta de afeto, inclusive sugestão de psicólogos,
assistentes sociais, treinamento para os funcionários, nos lares. Perguntamos
sobre uma experiencia boa, 30% respondeu que ganhavam brinquedos, outros
das amizades.
Sobre o suporte ao sair, concluímos que infelizmente os jovens ao saírem não
tem suporte necessário, onde relataram insegurança, medo e incertezas.
Perguntamos para onde foram, depois de sair 40% afirma que foi para casa da
mãe, pensão, republica, apenas uma adotada.

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Gráfico 10: Suporte

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Por fim finalizamos perguntando se quando ainda morava no lar, criava muitas
expectativas de como ia ser ao completar 18 anos? Após a saída, e quais
apoios os jovens deveriam ter no ponto de vista deles de acordo com
experiencias vividas, de acordo com os mesmo os jovens deveriam sair de lá
com estrutura para trabalho, apoio psicológico, ajuda governamental, ajuda
financeira.

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Gráfico 11: Expectativa maioridade

Fonte: elaborado pelo autor (2022).

Notamos nesse gráfico que 46,2% afirmar que não tinha nenhuma expectativa para
quando completar os 18 anos, tempo no qual eles podem sair dos lares, os motivo
dessa resultado seria a falta de apoio, financeiro e emocional que não são oferecidos.

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6. DISCUSSÃO

Ao analisarmos todo o conteúdo pesquisado, constatamos que nossa pesquisa


foi de acordo, com os autores pesquisados, claro encontramos algumas
controversas, em alguns aspectos sobre as casas de acolhimento, que
passaram por transformações durante alguns anos, como estrutura,
capacitação profissional, quando perguntado no questionário sobre o que eles
mudariam em um orfanato foi citado coisas que naquela época não tinha, no
caso de mais psicólogos, infraestrutura, assistente social, ajuda do poder
público, e claro capacitação dos funcionários. Isso não quer dizer que todo o
problema foi resolvido, não, mais comparado a anos atrás, notamos grandes
melhoras. Mais isso também não afirma que a qualidade de vida, esta volta
para esses aspectos, notamos que as participantes do questionário,
responderam sobre carinho, empatia, respeito e tolerância religiosa. Quando
finalizamos nossa pesquisa e analisamos os dados, constatamos que não
havia qualidade de vida na instituição de acolhimento.

Por que esses jovens passam por muitas dificuldades como crises e conflito
emocionais, falta de autonomia ,quando precisam sair dos abrigos para morar
sozinhos na sociedade, temem um futuro triste e solitário sem ter nenhum
apoio, eles encontram sem rumo e desamparados. A qualidade de vida na
instituição de acolhimento é realmente deficiente por diversos motivos, esses
jovens não recebem carinho e atenção suficiente das pessoas que trabalham
nos abrigos, e as vezes se sentem contrariados em ter que fazer atividades na
qual eles não se interessam em realizar.

Esses jovens temem por seu futuro e com razão, os mesmos alegam não
recebem nenhuma assistência financeira e psicológica quando saem dos
abrigos. Podemos observar que o descaso que é cometido com esses jovens,
o governo do Estado que cuida desses abrigos não trata esses jovens com
respeito e não da a devida atenção e importância que eles merecem e
precisam. Não fornece subsídios suficientes para quando esses jovens saírem
do abrigo sejam capacitados para que estejam prontos para enfrentar a vida
quando saem dos abrigos.

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Durante a sua permanência no abrigo eles precisam de capacitação
profissional, acompanhamento psicológico e social. Para quando chegar a hora
de ter que deixar o abrigo eles estejam preparados para se integra a
sociedade. Quando deixarem o abrigo eles precisam de uma moradia digna e
segura, um emprego e acompanhamento psicológico e social até se sentirem
seguros para viverem sozinhos em sociedade. Muitos trazem consigo traumas
de experiências ruins que viveram durante sua jornada antes de chegar ao
abrigo. Alguns passaram por lares adotivos e não se adaptaram e retornaram
para os abrigos, outros nunca foram adotados, e outros passaram por diversos
abrigos. Todos eles têm experiências muito traumáticas que levarão consigo
para o resto de suas vidas.

O motivo é a falta de empatia por parte da equipe, a falta de necessidades


básicas das crianças e jovens que viveram ou vivem nesses abrigos. O
descaso com as necessidades desses jovens e do Estado e demais políticas
públicas faz com que sua qualidade de vida diminua por não apresentarem
instabilidade emocional e financeira.

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7.CONCLUSÃO

Concluímos que os autores estão em consonância com a pesquisa, onde


constatamos que não tem qualidade de vida para pessoas que vivem, ou já
viveram em lares de acolhimento.

As pessoas que vivem ou já viveram em orfanato não consideram ter tido


qualidade de vida, por mais que a educação e o método de ensino seja
considerado bom, entre outros aspectos.

Mais concluímos também que por não ter uma qualidade e vida dentro dos
lares os jovens saem sem perceptiva de vida nenhuma. As incertezas de um
futuro, acabam mexendo no emocional, no psicológico, as dúvidas do que iriam
fazer, e o mais importante, onde iriam morar após completar a maior idade, e
como seria seu convívio com outras pessoas, percebemos que as pessoas em
abrigos são acolhidas enquanto crianças, porém não são preparadas para
construir sua vida quando adultas.

Enquanto estavam lá, não apenas pelo fato da falta de infraestrutura,


alimentação, nos tempos que viveram entre, outros fatores que precisa
melhorar. Mas principalmente pela falta de afeto, e o papel primordial de uma
família

Por essa razão é importante trabalhar em frentes distintas como já próximo a


saída dos jovens, para que tenha, garantias de colocação profissional e que
haja uma inserção do mesmo na comunidade através de políticas sociais,
permitindo que os jovens possam ter uma vida adulta com qualidade de vida.

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REFERÊNCIAS

Meio Eletrônico

ASSUNÇÃO, Sheyla e POZZEBOM, Elina Rodrigues, Jovens não adotados


vivem drama quando fazem 18 anos e precisam deixar abrigos Agência
Senado, 2020, Disponível em:
<https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/05/22/jovens-nao-
adotados-vivem-drama-quando-fazem-18-anos-e-precisam-deixar-abrigos
Acesso em: 12/05/2022

BARBOSA, Anna Clara. Jovens institucionalizados e abandonados após os 18


anos. Uma análise do vazio normativo no âmbito da legislação brasileira.
Repositorio.uniceub.br,2021. Disponível em:
<https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/15247/1/Anna%20Barbosa
%2021650116.pdf>. Acesso em: 29 de maio de 2022.

FRAGA, Érica, Manter crianças em abrigos, como faz Brasil, prejudica


desenvolvimento. Folha Online, 2020, Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/02/manter-criancas-em-abrigos-
como-faz-brasil-prejudica-desenvolvimento.shtml> Acesso em: 12/05/2022

GULASSA, M. L. C. R. Novos rumos do acolhimento institucional. São Paulo:


NECA, 2010.

Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades.


Qualidade de vida.
Secretaria de Saúde do Distrito Federal. 5 passos para uma melhor qualidade
de vida: uma meta ao seu alcance. (Fôlder). Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/260_qualidade_de_vida.html
Acesso em 20/05/2022

24
PARLAMENTO, Brasil. Tv senado. Brasília, 07 de abril de 2021. Disponível em:
<https://www12.senado.leg.br/tv/programas/parlamento-brasil/2021/05/orfaos-
da-covid-45-mil-criancas-e-adolescentes-perderam-os-pais-na-pandemia
Acesso em: 31/05/2022

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