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1 INTRODUÇÃO

Quando analisado sob diferentes perspectivas, o racismo pode ser entendido como
uma ideologia e uma prática social baseada na ideia da existência de uma suposta hierarquia
entre as raças. Os traços ou características fenotípicas são usados para atribuir diferenças
morais a determinadas populações. O objetivo do racismo é criar diferenças no status cultural
e material dos grupos raciais. O racismo é um comportamento social que existe ao longo da
história da humanidade e se manifesta de duas formas inter-relacionadas: individual e
institucional.
Por se tratar não apenas de uma prática individual nos campos de futebol, mas também
de uma prática coletiva, o racismo nos campos de futebol é uma questão complexa e, por isso,
por vezes é visto como episódios isolados e não como um problema social/cultural. Apesar
dos esforços das principais instituições futebolísticas e instrumentos normativos de combate
ao racismo, como a FIFA (Federação Internacional de Futebol), o Código Desportivo
Brasileiro, a Ordem do Torcedor (Lei nº 10.671, de 15 de Maio de 2003), que proíbe o
torcedor de portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais contendo
mensagens ofensivas, incluindo as de natureza racista ou xenófoba, e cantando canções
discriminatórias, racistas ou xenófobas, tais medidas são ineficazes.
Oliveira (2022) mostra que o racismo é a dominação sistemática de outro grupo
étnico, acompanhada de representações humilhantes de inferiores e ideologias que justificam
a exploração ou a exclusão material. O racismo nasce da ideia de que existem raças, e que elas
podem ser classificadas em grupos superiores e inferiores. No entanto, Oliveira (2022) explica
que o racismo é estrutural, institucional e cotidiano. No estudo de Pauli, Comin, Ruffatto e
Oltramari (2021), os imigrantes enfrentam uma série de desafios quando saem de seu país de
origem, principalmente aqueles relacionados à identidade, socialização e integração de
diferentes culturas. Através do processo de acolhimento no país de destino, os imigrantes
integram-se em diferentes grupos sociais, mas sobretudo através dos grupos de trabalho em
que estes imigrantes se integram.
No estudo de Bujato e Souza (2020) podemos entender que a racialização como um
processo discursivo pelo qual a raça ganha significado, controlando e categorizando os
indivíduos a partir de categorias hierárquicas raciais, requer uma compreensão da relação
entre as estruturas sociais que reproduzem o comportamento racista. Essa percepção é
importante, pois as distinções advindas da racialização dos sujeitos podem criar
desigualdades de oportunidades e interferir na sua subjetividade.
O principal objetivo deste trabalho é fornecer parâmetros para combater práticas
racistas em estádios de futebol. Desta forma, pretende-se fornecer elementos que expliquem
como as autoridades judiciárias e administrativas lidam com tais práticas de forma a
aprimorá-las. Para tanto, temos como objetivos específicos: a) compreender como o racismo
se manifesta nos campos de futebol; b) como as autoridades judiciárias e administrativas
entendem o racismo nessas situações e, c) que medidas podem ser tomadas para combater
efetivamente tais práticas.
O estudo de Oliveira (2022) salienta que a necessidade de mais pesquisas futuras, para
que se possa compreender com maior abrangência e profundidade qual a representação do
negro e uma melhor compreensão a relação entre a comunicação. No estudo de Pauli, Comin,
Ruffatto e Oltramari (2021) podemos observar que estudos futuros podem estender a analise a
outros contextos e setores econômicos, até outras etnias, a relação entre o motivo da
migração, a inserção no trabalho precário e a percepção da discriminação racial e étnica.
Assim analisando o papel das organizações que apoiam os migrantes para uma inserção e
socialização adequada, garantindo o acesso aos direitos constitucionais.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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2.1 Negros e valores éticos nas organizações

De acordo com Maio (2015), a UNESCO visa financiar pesquisas sobre as relações
raciais no Brasil que serviriam de apoio a uma ampla campanha de educação antirracismo.
Guerreiro apoiou as experiências de ativismo negro e a sociologia muito prática em que
esteve envolvida desde o início de sua carreira profissional, realizando pesquisas sobre
cuidado infantil, mortalidade infantil, padrões de vida e pobreza. Ele acreditava que a
pesquisa sociológica e a ação prática devem andar de mãos dadas, de modo que a formulação
da pesquisa exigia uma definição clara de seus objetivos políticos. Guerreiro Ramos criticou
severamente os estudos produzidos por cientistas sociais envolvidos no projeto de relações
raciais da UNESCO. Ambas as propostas tinham opiniões políticas, mas diferiam entre si.
Desta forma, Maio (2015) mostra que Guerreiro Ramos desenvolveu uma nova
interpretação do pensamento social brasileiro através das polêmicas em torno do "problema
negro" e do "negro como objeto de estudo", inspirado nos intelectuais que a partir da segunda
metade do século XIX consideravam o "negro" problema" a inclusão de camadas sociais
marginalizadas no país.
No estudo de Rosa (2018), podemos ver que nos Estados Unidos, a luta contra o
racismo foi fortalecida por um movimento popular que incluiu várias comunidades negras de
diferentes segmentos sociais e religiosos, enfatizando formas de ação não institucionais. No
Brasil, essa luta assume uma forma diferente, pois se baseia em uma luta de vanguarda
estruturada por organizações negras com poucos membros da comunidade e principalmente
por meio de formas de atuação intrainstitucionais.
Podemos ver no estudo de Rosa (2018) que os grandes sucessos do movimento negro
brasileiro se basearam em um concurso ideologicamente alinhado ao ativismo internacional,
mas que desenvolveu uma forma própria de organização por meio de alianças partidárias e
burocráticas, tornando-o mais ou menos politizado de cultura de fato, o movimento pode ter
maior impacto no campo ideológico, pois o paroquialismo é seu maior obstáculo no processo
de ajustamento local.
Conforme Rosa (2018) embora o movimento negro no Brasil tenha superado o
discurso da “democracia racial”, ele ainda existe em vários setores da sociedade. Embora
muitos analistas atribuam esse fenômeno à suposta excepcionalidade do caso brasileiro, há
confusão em países como Venezuela e Colômbia, onde "mestiço" é chamado de Caféconleche
(café com leite), em Porto Rico trigueño (marrom), em Santo Domingo índioquemado (índio
queimado) e no Haiti prietos (de pele escura). Assim, podemos dizer que na sociedade
brasileira os processos de ajustamento local do enquadramento racial podem encontrar
dificuldades quando se deparam com um enquadramento não racial.
No seu estudo Cherman e Tomei (2005) buscou-se responder se as decisões éticas nos
diferentes níveis da organização são pautadas pelos valores éticos expressos nas normas
éticas. Os valores éticos orientam a realidade prática e criam decisões éticas apenas naquelas
organizações onde os valores do código foram construídos coletivamente.
De acordo Cherman e Tomei (2005) percebemos que a construção da ética tem um
forte aspecto relacional; é uma construção coletiva de sentido que dialoga com o outro. Sem
valores éticos coletivos entre a organização e seus membros, não é possível legitimar o
comportamento ético almejado. Um documento ético sozinho, como instrumento à parte, não
pode moldar o comportamento em relação aos valores almejados pela organização, pois a
construção ética é um processo contínuo.
Portanto, Cherman e Tomei (2005) mostra as recomendações práticas são a
implantação de um código de ética contido em um amplo programa ético, utilizando
instrumentos de gestão que avaliem e sustentem a discussão aberta dos dilemas éticos em
todos os níveis da organização. Uma organização cujo verdadeiro objetivo é o
comprometimento de seus membros com valores éticos deve ser capaz de aprender e mudar a
si mesma por meio desse diálogo.
De acordo com Salmon (2007) libertada da ética transcendente, que até agora parecia
fornecer os verdadeiros motivos que orientam as ações e disciplinam os indivíduos tal como
formulada na ordem mundial, a economia fortalece sobremaneira a tendência de autonomizar-
se de qualquer outra finalidade humana ou social.
Diante disso, no estudo de Salmon (2007) a ética econômica não é de forma alguma
um sinal do reposicionamento do mercado no social, mas, ao contrário, segue o caminho da
instrumentalização social apenas em favor das formas capitalistas. De fato, para a ordem
econômica, a ética “imanente” ameaça tornar-se pura mística social, cuja tarefa seria
preservar a atividade humana, que não tem sentido (direção) e nem valores (fundamento), mas
que. , mesmo que não seja mais uma agitação sem fim para o homem, mas seja considerada a
gestão da economia, para organizar e coordenar.

2.2 Valores sociais, ação e corrupção

Para Salmon (2007) a ética ao serviço da economia nada mais tem a dizer ao homem,
senãoum valor independente e divorciado da atividade real/concreta em que os indivíduos
estão envolvidos; valores que ainda precisam ser acreditados para continuar a corrida
desenfreada para sobreviver até que a sobrevivência não tenha mais nenhum significado real,
a ética do fundamento da ação, depois de ser a meta da ação, tornar-se-ia uma "ferramenta
reguladora" da ação humana sem horizonte: uma imaginação ilusória que sustenta a dor de
sentir os efeitos de um processo sem fim.
No estudo de Bujato e Souza (2020) podemos entender que a racialização como um
processo discursivo pelo qual a raça ganha significado e significado, controlando e
categorizando os indivíduos a partir de categorias hierárquicas raciais, requer uma
compreensão da relação entre as estruturas sociais que reproduzem o comportamento
racista.
No caso da pesquisa administrativa e mais precisamente na pesquisa organizacional,
essa percepção também é importante, pois as distinções advindas da racialização dos
sujeitos podem criar desigualdades de oportunidades e interferir na sua subjetividade. Há
estudos que discutem essa questão desde os campos das relações raciais, das organizações
(BUJATO e SOUZA, 2020).
A corrupção é um fato social com consequências extremamente prejudiciais para a
sociedade, pois afeta diretamente as instituições democráticas e visa o ganho privado em
detrimento de ações que atendem ao interesse público. De acordo com Gonçalves e Andrade
(2019) conclui-se que a corrupção descoberta pela maior operação investigativa do Brasil
envolve vagamente atores públicos e privados. Assim, a ocorrência da corrupção pode ser
reconhecida pela visão durkheimiana, segundo a qual a corrupção é um fato social
patológico, fruto de um estado de anomia social, encontrado na estrutura das instituições
sociais e na forma como os indivíduos se reproduzem. Isso, por sua vez, propaga esse
desrespeito às normas sociais.
Diante o estudo de Souza e Dias (2018) as desigualdades raciais observadas no
mercado de trabalho brasileiro, percebe-se que ele marca claramente diferentes situações e
condições quando se trata de inserção, construção de trajetórias de carreira e possibilidades
de mobilidade para brancos Ruim para negros. No entanto, esta situação não é considerada
uma manifestação de discriminação racial.
Dessa forma, Souza e Dias (2018) enfatiza que o racismo manifestado em suas falas
foi, na maioria das vezes, relativizado ou suprimido para reforçar a noção de que seu
sucesso estava enraizado no mérito pessoal, rejeitando assim a base social da discriminação .
A maioria deles disse se opor a políticas de ação afirmativa que, a seu ver, aviltavam todo o
esforço de alguns homens negros que haviam conseguido alcançar os cargos mais altos do
mercado de trabalho.
Além de enfraquecer a mobilização política dos negros em sua luta por status social,
a ideologia do mérito também consegue mascarar a violência sutil que grande parte desse
grupo vivencia cotidianamente (SOUZA e DIAS, 2018). Além disso, distancia aqueles que
"chegam lá" de sua identidade racial, rompendo possíveis laços de solidariedade que
poderiam ajudar a mudar as desigualdades raciais e sociais. Os negros, especialmente
aqueles que ascenderam na estrutura social, são forçados a compartilhar uma ordem racial
idealizada, e sua aceitação pragmática pode levar a uma forma menos dolorosa de lidar com
o estigma associado à sua cor de pele.
No estudo de Braga, Kubo e Oliva (2017) podemos observar que os profissionais
enfrentam diferentes questões éticas que exigem um compromisso diferente com a reflexão e
a busca de possíveis cursos de ação. Nesse processo, fatores como a complexidade e
intensidade do dilema, o poder de decisão, práticas e cultura organizacional, e os valores
pessoais do profissional afetam de forma diferenciada a escolha da ação.
Assim, Braga, Kubo e Oliva (2017) mostra que tendo em conta que geralmente
acreditam que o seu principal papel é o de parceiro de negócios, o que implica assegurar um
comportamento ético dentro da organização, existe uma forte tendência para agir no seu
interesse. Mas pelo fato de suas ações serem tão importantes para a entrada e continuidade das
pessoas nas organizações, a complexidade e a intensidade moral das situações podem ser
altas, o que pode atrapalhar suas crenças e valores estabelecidos e levar à reflexão e outras
formas de agir.

2.3 Imigração, desigualdade e racismo

No estudo de Pauli, Comin, Ruffatto e Oltramari (2021) podemos observar que os


imigrantes enfrentam uma série de desafios em seu novo país quando saem de seu país de
origem, principalmente aqueles relacionados à identidade, socialização e integração de
diferentes culturas. Através de laços entre grupos e famílias, idealizam poder regressar aos
seus países em melhores condições, pois para eles a imigração está associada a sonhos de
mobilidade, vontade de mudar valores e condições de vida. Através do processo de
acolhimento no país de destino, os imigrantes integram-se em diferentes grupos sociais, mas
sobretudo através dos grupos de trabalho em que estes imigrantes se integram. Compreender
a integração dos migrantes no ambiente de trabalho é, portanto, crucial para as
organizações, pois pode revelar a finalidade, os aspectos formais, as competências e os
mecanismos de apoio dos trabalhadores migrantes.
Nesse cenário, o interesse pelo estudo dos fluxos de imigrantes existe há décadas,
mas ainda faltam melhores abordagens, seja por parte da academia, pesquisadores que
trabalham com questões de migração, reguladores ou grupos de defesa dos imigrantes. Para
contribuir com o debate sobre os fluxos de imigrantes e sua relação com o racismo nos
processos de trabalho e nas relações de trabalho, este artigo tem como objetivo descrever a
relação entre trabalho precário, discriminação no trabalho e percepções de racismo dos
trabalhadores (PAULI, COMIN, RUFFATTO e OLTRAMARI, 2021).
Oliveira (2022) explica que há uma ideia de incongruência entre os temas raça,
racismo, lazer. A sexualidade se refere ao número de ocorrências dos negros e à análise da
representação de como eles são retratados, lembrando que os negros serão analisados
conforme a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –
colocando-os como somas e pardos dos negros.
Oliveira (2022) enfatiza que a democracia racial é um mito que ainda existe na
cultura brasileira e não pode ser explicada simplesmente pela classe social, mas apontando
que o preconceito racial é um elemento que existe em nossa cultura.
Os dados do estudo de Machado Junior, Bazanini e Mantovani (2018) demonstra a
necessidade de enfrentar a desigualdade racial e não mascará-la como um problema
decorrente apenas da desigualdade socioeconômica. A razão é que se o problema da
desigualdade no Brasil é simplesmente a diferença entre ricos e pobres, então logicamente
os negros estão igualmente representados tanto na classe trabalhadora quanto na classe
dominante.
Desta forma, há necessidade de uma política social que minimize as desigualdades
em questão, pois o modelo clássico de política social não reverte a desigualdade entre
negros e brancos. Há uma necessidade urgente de se concentrar neste segmento da
população, porque a produção e os processos reprodutivos racistas continuam privando essa
população de seus direitos mais básicos. Assim, é nessa questão que a discussão da política
de ação afirmativa é trazida para o contexto profissional, e a pesquisa permitiu determinar
que o apoio gerencial é fundamental para implementar a diversidade e, assim, fortalecer
ambientes organizacionais racialmente diversos (MACHADO JUNIOR, BAZANINI e
MANTOVANI, 2018).
Conforme Machado Junior, Bazanini e Mantovani (2018) a democracia racial no
Brasil é um mito. Especificamente, no mercado de trabalho, a participação de
afrodescendentes nas empresas brasileiras tem diminuído, havendo preconceitos e
estereótipos presentes até mesmo para os poucos que conseguem cargos de destaque. Diante
das mudanças gerais, recomenda-se analisem o impacto e as características das políticas
públicas de combate ao mito da democracia racial, que continua sendo uma barreira para a
compreensão do problema do racismo no Brasil.
Conforme o estudo de Borges e Medeiros (2007) mostra uma literatura sobre
comprometimento, que enfatiza a necessidade de estudar o tema em novas culturas e
contextos, fazendo com que os múltiplos componentes do comprometimento organizacional
sejam combinados com o comprometimento profissional. Também colaborando com o estudo
dos princípios éticos adotados pelos profissionais no seu trabalho.
Do ponto de vista ético, Borges e Medeiros (2007) mostra que o fornecimento de
orientações agudas se mostrou válido e observável sem diferenças significativas de um fator
para outro. Essa constatação pode ser decorrente da perspectiva normativa contida nas regras
de ética profissional, que influenciam o comportamento desses profissionais diante
depossíveis sanções éticas e disciplinares, que vão desde multas até suspensão profissional.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O ambiente de estudo deste trabalho e referente aos clubes/times de futebol. Conforme


Silva e Paula (2021) mostra que ex-jogadores de futebol seguem carreiras em clubes de
futebol, geralmente como treinadores administrativos ou técnicos. Porém, no cenário dos
grandes clubes brasileiros, são poucos os negros nessas posições. Com a popularidade do
futebol e o crescimento de ligas e times, os clubes têm elencos que inclui negros e mulatos.
Em 1933, o futebol tornou-se oficialmente uma profissão quando um grande número
de jogadores brasileiros, incluindo jogadores negros e de origem popular, tiveram a
oportunidade de ganhar salários substanciais e uma renda extra. De acordo com Farias (2021),
a dificuldade de estabelecer penalidades adequadas em casos de racismo parece ser um
problema global. Novas estratégias precisam ser pensadas para aumentar o número de negros
em cargos de prestígio no esporte. A etnia profissional parece ter um impacto direto na
contratação para posições de prestígio. Experiência negativa no ambiente de trabalho e
escolha da equipe para contratar especialistas conhecidos ao invés de considerar todos os
candidatos é um fator que afeta as carreiras de minorias étnicas.
Ao realizar uma pesquisa documental, há três fases envolvidas na sua elaboração. A
primeira consiste em coletar uma variedade de obras relevantes, a segunda etapa envolve o
estudo da biografia de todos os autores selecionados e a identificação de obras potenciais
relacionadas ao tema definido, e a terceira etapa envolve uma análise minuciosa de cada obra,
seguindo um roteiro de leitura. (GRAZZIOTIN, KLAUS e PEREIRA, 2022)
Conforme Flick (2009), os documentos não se limitam apenas a uma mera
representação dos fatos ou da realidade. Eles são produzidos por alguém com o intuito de
alcançar um objetivo específico e para serem utilizados de alguma forma, isso também inclui
a definição de quem terá acesso a esses dados. Ao optar por incorporar documentos em um
estudo, é fundamental enxergá-los como instrumentos de comunicação. O pesquisador
também deve questionar quem foi o responsável por produzir esse documento, com qual
objetivo e para qual público-alvo. É importante compreender quais eram as intenções pessoais
ou institucionais por trás da criação e disponibilização desse documento, ou desse tipo de
documento.
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A análise crítica do discurso (ACD) emerge como uma abordagem teórico-
metodológica que se mostra relevante para os estudos críticos organizacionais, uma vez que
visa investigar questões sociais presentes no mundo contemporâneo e desafiar as crenças que
sustentam estruturas de dominação. Essa abordagem oferece uma perspectiva analítica que
permite desnaturalizar discursos e revelar as relações de poder e ideologias subjacentes,
contribuindo para uma compreensão mais crítica e reflexiva das dinâmicas sociais (SALES e
DELLAGNELO, 2019).
Na abordagem de ACD, se oferece recursos metodológicos para estudar e consiste em
etapas. Na 1º etapa é a compreensão do fluxo das informações, na 2º etapa é a participação
dos eventos e a 3º etapa é a composição do Corpus (SALES e DELLAGNELO, 2019). Essa
abordagem estuda o significado representacional, demonstrando como ela permite a
compreensão das construções simbólicas e ideológicas presentes nos discursos
organizacionais. E enfatiza a relevância da análise crítica do discurso para aprofundar a
análise das dinâmicas de poder e significado nas organizações (SALES e DELLAGNELO,
2019). xxx

Noutro pensar, o objetivo é investigar a forma como a gramática de uma língua se


manifesta em discursos específicos e produzidos dentro de um contexto determinado. Para
alcançar esse propósito, o autor apresenta tanto uma abordagem metodológica para o estudo
da linguagem quanto uma teoria social sobre seus diversos usos. Portanto, consideramos sua
contribuição como teórico-metodológica (ONUMA, 2020).
Ao analisar criticamente a linguagem utilizada nos contextos organizacionais, é
possível identificar como os discursos contribuem para a construção de significados, a
legitimação de práticas e a manutenção de estruturas de poder. é necessário examinar cada
evento comunicativo em três perspectivas interdependentes: o conteúdo textual, com o
objetivo de descrevê-lo; as práticas linguísticas, com o intuito de interpretá-lo; e as práticas
sociais, que abrangem a sua explicação (ONUMA, 2020).

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os tópicos a seguir abordarão acerca da interseção de questões fundamentais como a


presença de negros e valores éticos nas organizações, além de explorar a relação entre valores
sociais, ação e corrupção. Também serão examinados tópicos relacionados à imigração,
desigualdade e racismo, fornecendo insights sobre essas complexas dinâmicas sociais e suas
implicações.

4.1 Negros e valores éticos nas organizações

Em recente caso, o jogador de futebol Vinicius júnior, foi vítima de racismo pela
torcida espanhola durante uma partida de futebol. Em comunicado oficial o clube de futebol
Real Madrid falou assim: “O Real Madrid C.F. manifesta o seu mais veemente repúdio e
condena os acontecimentos ocorridos ontem contra o nosso jogador Vinicius Júnior. Esses
fatos constituem um ataque direto ao modelo de convivência de nosso Estado social e
democrático de direito.” Esse ato racista ressalta a importância de uma abordagem decidida e
inflexível por parte das organizações na luta contra esse comportamento prejudicial. É notório
no comunicado oficial do Clube de futebol Real Madrid que houve a repreensão e o repudio
de tais práticas de racismo, bem como a valoração da diversidade e ao respeito ao Estado
democrático de Direito.
A valorização dos princípios éticos dentro das organizações em relação à comunidade
negra envolve o reconhecimento e estímulo da contribuição e habilidades dos profissionais
afrodescendentes. É fundamental que as empresas invistam em iniciativas de conscientização,
capacitação e medidas afirmativas que promovam a igualdade de oportunidades e a equidade
racial. Adicionalmente, é necessário estabelecer canais de denúncia eficazes para que os casos
de racismo sejam prontamente identificados e tratados de maneira apropriada, garantindo que
os agressores sejam devidamente punidos.
Portanto, as instituições devem assumir um papel central na batalha contra o racismo
estrutural que permeia a sociedade. É crucial que elas se posicionem publicamente contra
qualquer forma de discriminação racial, oferecendo apoio a movimentos antirracistas e
estabelecendo parcerias com organizações e ativistas engajados na promoção da igualdade
racial. Ao adotar uma postura proativa e comprometida, as organizações têm a oportunidade
de efetuar uma mudança genuína na cultura empresarial e contribuir para a construção de uma
sociedade mais justa e inclusiva para todos os indivíduos.
Conforme Rosa (2018) o sucesso do movimento negro brasileiro se deu a partir de
grandes repercussões em alinhamento com ideologias internacionais. A visibilidade trazida
por meio do caso de Vinicius júnior, e a pauta levanta tanto no brasil, pelo governo federal e a
pressão popular, reforça o pensar de Rosa, que é necessário um conjunto de pensar e
repercussões para que se gere a visibilidade necessária para o fim necessário que é o fim de
tais práticas criminosas.
Noutro momento, durante o jogo de futebol entre o Fluminense e o River Plate, o
Fluminense foi alvo de um lamentável episódio de racismo por parte de alguns torcedores
adversários. Durante a partida, foram proferidos insultos racistas direcionados aos jogadores e
à torcida do Fluminense.
O caso de racismo sofrido pelo Fluminense e seus jogadores traz à tona a
necessidade de promover valores éticos e combater a discriminação racial dentro das
organizações esportivas. O racismo é uma violação dos direitos humanos e vai de encontro
aos princípios de igualdade, respeito e inclusão que devem ser defendidos em todas as esferas
da sociedade.
É fundamental que as organizações esportivas assumam um compromisso firme no
combate ao racismo, adotando políticas e práticas que promovam a diversidade, a igualdade
de oportunidades e a eliminação de qualquer forma de discriminação. Somente por meio de
uma postura ética e engajada será possível criar um ambiente inclusivo e justo, onde todos os
indivíduos sejam respeitados e valorizados, independentemente de sua origem étnica.
O texto de Cherman e Tomei (2005) enfatiza a importância da construção coletiva da
ética. Isso significa que a ética não é algo que pode ser imposto de cima para baixo, mas sim
algo que deve ser desenvolvido por todos os membros de uma organização. Quando todos
compartilham os mesmos valores éticos, é mais provável que se comportem de forma ética.
A nota oficial do Fluminense sobre o jogo do River Plate é um exemplo de como uma
organização pode construir a ética de forma coletiva. Na nota, o Fluminense repudiou o
racismo e afirmou que está comprometido com a luta contra qualquer tipo de preconceito. O
clube também prometeu tomar medidas para garantir que os torcedores sejam tratados com
respeito, independentemente de sua raça, religião ou origem.

4.2 Valores sociais, ação e corrupção

O ato de racismo perpetrado contra o jogador de futebol Vinicius suscita reflexões


acerca da interligação entre valores sociais, conduta e corrupção. O racismo constitui uma
manifestação evidente de corrupção moral e social, uma vez que nega os princípios essenciais
de igualdade, respeito e dignidade humana. No comunicado oficial do clube de futebol Real
Madrid ainda foi ressaltado que: “tais ataques também constituem um crime de ódio, razão
pela qual apresentou a denúncia correspondente à Procuradoria-Geral do Estado,
especificamente à Procuradoria contra crimes de ódio e discriminação, para que os fatos
sejam investigados e apuradas as responsabilidades.”
Os princípios sociais desempenham um papel crucial na prevenção da corrupção e na
construção de uma sociedade mais equitativa. Além disso, é vital fortalecer as instituições
responsáveis pela aplicação da lei e pela proteção dos direitos humanos, a fim de garantir que
casos de racismo sejam investigados e punidos de maneira eficiente.
O combate à corrupção do racismo exige o envolvimento de todos os segmentos da
sociedade, desde o governo e as autoridades competentes até as organizações da sociedade
civil e os cidadãos em geral. Além disso, é essencial promover a inclusão e a
representatividade da comunidade negra em todos os âmbitos, inclusive no esporte, para que o
talento e o potencial de cada indivíduo sejam reconhecidos e valorizados, independentemente
da cor de sua pele.
No comunicado oficial do fluminense, ele aduz que ‘Alguns desses atos foram
gravados, publicados e estão disponíveis para que as autoridades possam identificar e punir os
responsáveis”. Ou seja, diante de desse fato, o racismo sofrido pelo Fluminense foi um
momento de confronto com valores sociais fundamentais, como igualdade, respeito e justiça.
Através de sua nota oficial de repúdio, o clube manifestou uma ação firme contra a
discriminação racial, reafirmando seu compromisso em combater atos de racismo e garantir
um ambiente inclusivo e igualitário no futebol.
Ao se posicionar contra o racismo em seu comunicado oficial, o Fluminense mostrou
sua integridade e repudiou qualquer forma de corrupção de valores sociais que são essenciais
para uma convivência harmoniosa e equitativa. Através dessa postura, o clube demonstra sua
determinação em combater a discriminação e contribuir para uma sociedade mais justa e
igualitária.
Conforme visto anteriormente, Mantovani (2018) A situação em questão evidencia a
urgência de confrontar a desigualdade racial de forma direta, sem mascará-la como uma
mera consequência da disparidade socioeconômica.
O texto de Souza e Dias (2018) enfatiza que o racismo manifestado nas falas contra
os jogadores de futebol é muitas vezes relativizado ou suprimido para reforçar a noção de
que seu sucesso está enraizado no mérito pessoal. Isso significa que o racismo é muitas
vezes visto como um problema individual, e não como um problema estrutural. Isso é
problemático porque ignora os fatores sociais que contribuem para o racismo, como a
desigualdade racial e a discriminação.
A nota oficial do Fluminense sobre o jogo do River Plate é um exemplo de como o
racismo no futebol pode ser abordado de forma coletiva. Na nota, o Fluminense repudiou o
racismo e afirmou que está comprometido com a luta contra qualquer tipo de preconceito. O
clube também prometeu tomar medidas para garantir que os torcedores sejam tratados com
respeito, independentemente de sua raça, religião ou origem.
A nota do Fluminense é um passo importante na luta contra o racismo no futebol. Ao
repudiar o racismo e se comprometer com a luta contra qualquer tipo de preconceito, o
clube está enviando uma mensagem clara de que não tolerará nenhum tipo de discriminação.
Isso é importante porque o futebol é um esporte que é seguido por pessoas de todo o mundo.
Quando um clube como o Fluminense se posiciona contra o racismo, ele está ajudando a
criar um mundo mais justo e igualitário.
A luta contra o racismo no futebol é uma tarefa complexa, mas é uma tarefa que vale
a pena. A nota do Fluminense é um passo na direção certa. Espero que outras organizações
sigam o exemplo do Fluminense e se comprometam com a luta contra qualquer tipo de
preconceito.

4.3 Imigração, desigualdade e racismo

O crime de racismo cometido contra o jogador de futebol Vinicius traz à tona a


interseção entre igualdade, desigualdade e racismo. A imigração é um fenômeno global que,
muitas vezes, leva ao aumento da desigualdade social e econômica. Nesse contexto, é
essencial reconhecer que a xenofobia e o racismo têm origens comuns, pois refletem uma
postura discriminatória em relação a grupos étnicos minoritários, como é o caso de muitos
imigrantes.
A discriminação racial direcionada a Vinicius evidencia a abrangência do racismo não
apenas no contexto esportivo, mas também em toda a sociedade. A desigualdade de
oportunidades e a falta de reconhecimento e valorização dos talentos de indivíduos negros são
problemas sistêmicos que demandam abordagem. É essencial promover a educação, o diálogo
intercultural e a conscientização para desconstruir estereótipos e preconceitos enraizados na
sociedade, buscando estabelecer uma convivência mais inclusiva e respeitosa.
O Estudo de Machado Junior, Bazanini e Mantovani (2018), restou demonstrado
que não se pode mascarar a desigualdade social e sim enfrenta-la, pois não é apenas uma
situação decorrente somente da desigualdade econômica. Portanto para combater de forma
eficaz o racismo, tanto em níveis individuais quanto nas esferas mais amplas, é necessário
fortalecer as políticas de inclusão e igualdade, incentivando a integração social e econômica
dos imigrantes, assim como a proteção de seus direitos. Ademais, é de grande importância
estabelecer espaços de diálogo e intercâmbio cultural, nos quais as diversas origens e
experiências sejam valorizadas.
Ao reconhecer a diversidade como um valioso enriquecimento para a sociedade, é
possível combater o racismo e construir uma sociedade mais justa, equitativa e acolhedora
para todos. Na sua nota oficial, o Clube de futebol fluminense, relatou “O Fluminense FC, fiel
ao seu lema de Time de Todos, repudia qualquer tipo de preconceito e espera que medidas
sejam tomadas para que o racismo, crime grave segundo as leis brasileiras e condenável
segundo a opinião pública mundial”. Portanto, nesse contexto só enfantiza o que Mantovani
(2018) diz, O suporte da liderança é de extrema importância para a implementação da
diversidade e, consequentemente, para fortalecer ambientes de trabalho que sejam racialmente
diversos.
O caso de racismo sofrido pelo Fluminense no jogo de futebol evidencia a triste
realidade da persistência do racismo em nossa sociedade. Ao abordar esse incidente, é
necessário também refletir sobre a relação entre imigração, desigualdade e racismo.
Historicamente, a imigração trouxe diferentes grupos étnicos para o Brasil, resultando em
uma sociedade multicultural. No entanto, a desigualdade social e econômica persistente cria
um terreno fértil para a manifestação do racismo, pois as disparidades de oportunidades e
privilégios são frequentemente vinculadas à cor da pele. É fundamental abordar essas
questões de forma holística, promovendo a igualdade de direitos, o respeito à diversidade e a
conscientização sobre o impacto negativo do racismo na sociedade.
O texto de Machado Junior, Bazanini e Mantovani (2018) mostra que a democracia
racial no Brasil é um mito. Especificamente, no mercado de trabalho, a participação de
afrodescendentes nas empresas brasileiras tem diminuído, havendo preconceitos e
estereótipos presentes até mesmo para os poucos que conseguem cargos de destaque. Como
na sua nota de repudio, o próprio clube fala que: "O Fluminense FC, fiel ao seu lema de Time
de Todos, repudia qualquer tipo de preconceito e espera que medidas sejam tomadas para que
o racismo, crime grave segundo as leis brasileiras e condenável segundo a opinião pública
mundial".
A nota oficial do Fluminense sobre o jogo do River Plate é um exemplo de como o
clube está comprometido com a luta contra o racismo e a discriminação. Na nota, o
Fluminense repudiou o racismo e afirmou que está comprometido com a luta contra qualquer
tipo de preconceito. O clube também prometeu tomar medidas para garantir que os torcedores
sejam tratados com respeito, independentemente de sua raça, religião ou origem.
O apoio do Fluminense ao combate ao racismo é um sinal de que o clube está ciente
dos desafios que os afrodescendentes enfrentam no mercado de trabalho e está disposto a
ajudá-los a enfrentá-los. Também é um sinal de que o clube está comprometido com a criação
de um ambiente mais inclusivo e justo para todos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O racismo no futebol é um problema antigo que tem se intensificado nos últimos


anos. Os casos de racismo envolvendo jogadores e torcedores têm sido cada vez mais comuns,
criando um ambiente hostil e intimidante para todos. Existem vários fatores que contribuem
para o racismo no futebol. Um deles é a falta de educação sobre o racismo. Muitas pessoas
não sabem o que é o racismo e como ele pode ser prejudicial. Outro fator é a falta de
tolerância. Muitas pessoas não estão dispostas a aceitar pessoas de diferentes raças e etnias. É
importante lembrar que o racismo é um problema que afeta toda a sociedade, e não apenas o
futebol. O futebol é um esporte global que une pessoas de todos os cantos do mundo, e é
importante que todos se sintam bem-vindos e respeitados nos estádios.
Existem vários parâmetros específicos que podem ser usados para combater práticas
racistas em estádios de futebol. Estes parâmetros incluem:
1- Educação: É importante educar as pessoas sobre o racismo e seus efeitos
negativos. Isso pode ser feito através de campanhas de conscientização, palestras
e workshops.
2- Tolerância: É importante promover a tolerância e o respeito entre pessoas de
diferentes raças e etnias.
3- Punição: É importante punir os casos de racismo em estádios de futebol. Isso
pode ser feito através de multas, suspensão de jogos ou até mesmo expulsão de
estádios.
Além desses parâmetros, também é importante que os clubes de futebol, as
federações e as autoridades governamentais trabalhem juntos para combater o racismo no
futebol. Eles podem fazer isso desenvolvendo políticas e programas específicos, bem como
trabalhando para educar e conscientizar o público sobre o problema. Ao trabalharem juntos,
todos podem fazer a sua parte para criar um ambiente mais inclusivo e agradável para todos
no futebol.
Os resultados deste estudo têm implicações importantes para a prática de combate ao
racismo em estádios de futebol. O estudo identificou fatores que contribuem para o racismo
em estádios, incluindo a falta de educação sobre o racismo, a falta de tolerância e a falta de
punição para os casos de racismo. Os resultados deste estudo são importantes porque
fornecem uma base para o desenvolvimento de políticas e programas eficazes de combate ao
racismo em estádios. As políticas e programas de combate ao racismo devem ser
desenvolvidas em consulta com os diversos stakeholders, incluindo clubes de futebol,
federações, autoridades governamentais e torcedores.
No geral, a pesquisa documental é uma metodologia de pesquisa eficaz que pode ser
usada para estudar diversos temas. No entanto, é importante estar ciente dos desafios que esta
metodologia apresenta. A pesquisa documental é uma forma eficaz de obter informações
sobre diversos temas, pois permite ao pesquisador acessar uma grande quantidade de
informações em um curto espaço de tempo. No entanto, a pesquisa documental também
apresenta alguns desafios. Um dos desafios é a dificuldade de encontrar documentos
relevantes para o tema de pesquisa. Outro desafio é a dificuldade de interpretar os dados
obtidos a partir dos documentos.
Durante a etapa de pesquisa de documentos, é necessário realizar uma busca
cuidadosa, selecionar e avaliar fontes que sejam pertinentes para respaldar o artigo. Durante a
escolha de documento pra o presente artigo, encontrar documentos adequados tounou-se um
pouco complicado devido à falta de disponibilidade e de material disponível, o que demandou
uma abordagem abrangente e perseverante na procura por conteúdo relevante.
O racismo é um problema complexo que tem sido estudado por pesquisadores de
todo o mundo. No entanto, ainda há muito a ser aprendido sobre esse tema. Um dos desafios
das pesquisas sobre racismo no futebol é que elas geralmente se concentram em casos de
racismo explícito, como insultos e agressões verbais ou físicas. No entanto, o racismo também
pode ser expresso de forma mais sutil, como através de estereótipos, microagressões e
discriminação institucional. Esses tipos de racismo são mais difíceis de identificar e
documentar, mas podem ter um impacto tão prejudicial quanto o racismo explícito.
Outro desafio das pesquisas sobre racismo no futebol é que elas geralmente se
concentram em casos de racismo que ocorrem em estádios de futebol. No entanto, o racismo
também pode ocorrer em outros contextos relacionados ao futebol, como nos clubes de
futebol, nas federações de futebol e nas mídias esportivas. É importante estudar o racismo em
todos esses contextos para compreender a sua magnitude e os seus impactos. Para superar
esses desafios, é importante que os pesquisadores continuem a estudar o racismo no futebol de
forma abrangente e aprofundada.

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