Você está na página 1de 3

Técnicas de semeadura

Semeaduras em meios sólidos em tubos

Estria sinuosa: semear com alça ou agulha bacteriológica, em zig-zag, partindo da


base para a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio).
Objetivo: obtenção de intensa massa de micro-organismos.

Estria Reta: semear com agulha bacteriológica, fazendo uma linha reta, com cuidado
de não ferir o Agar, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície inclinada
do meio).
Objetivo: obtenção de pequena massa de micro-organismos.

Picada Central: semear com agulha bacteriológica, no centro do Agar. Dependendo


da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste.
Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em algumas técnicas.

Picada em Profundidade: semear com agulha bacteriológica, no centro do Agar.


Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo
deste.
Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em algumas técnicas.
Semeaduras em meios sólidos em placas de Petri

Pour-plate ou disseminação (método em profundidade): Transferir 1 ml da


cultura para placa de Petri vazia, colocar 10 – 20 ml do meio fundido (e
resfriado a cerca de 45 – 50°C) sobre a cultura e homogeneizar suavemente
com movimentos circulares.
Objetivo: contagem bacteriana. É utilizado também para análise de micro-
organismos anaeróbios, adicionando uma outra camada de meio fundido após
o endurecimento da primeira camada.

Estria simples: transferir uma alçada da cultura para meio sólido em placa e
estriar com a alça bacteriológica sobre o meio. A estria pode ser realizada em
movimento de zig-zag (estria sinuosa) ou como uma linha reta sobre o meio
(estria reta).

Objetivo: Essa técnica é muito utilizada para visualização de determinadas


propriedades metabólicas, como a produção de enzimas hidrolíticas (hidrólise
de substâncias do meio - gema de ovo, sangue...), e produção de pigmentos.

Esgotamento em estrias ou estrias múltiplas: transferir uma alçada da


cultura para meio sólido em placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o
meio. A placa é dividida em 4 quadrantes e a inoculação pode ser feita de 2
tipos:
• 3 estrias: estriar em metade da placa, com movimentos de zig-zag. Quando
atingir a metade, girar a placa 90° e estriar até a metade (1/4 da placa), girar
mais 90° e estriar o meio restante.
• 4 estrias: estriar até 2/3 da metade da placa, girar 90°, estriar 2/3 do próximo
quadrante (1/4 da placa), girar 90°, estriar mais 2/3 do próximo quadrante (1/4
da placa), girar 90° e estriar o restante do meio.

Objetivo: obtenção de colônias isoladas. É importante não cruzar as estrias (não tocar a alça na
estria anterior), para reduzir o inóculo a cada estria e obter as colônias isoladas. Pode-se,
alternativamente, flambar a alça entre as estrias e tocar a ponta da estria anterior, arrastando um
pequeno inóculo para a próxima estria.
Spread-plate ou distensão: Transferir 0,1 ml da cultura para o meio sólido na
placa e espalhar uniformemente com a própria ponta da pipeta, ou alça
bacteriológica / swab / alça Drigalsky.
Objetivo: obtenção de crescimento confluente, ou para contagem bacteriana.
Esta técnica é muito utilizada na realização de antibiogramas.

Semeaduras em meios líquidos

Difusão: uma alçada da colônia (Agar em placa) ou da cultura (de outro meio ou
líquido) é introduzida no meio líquido, com agitação da alça, para maior difusão dos
micro-organismos (da alça para o meio e homogeneização no meio). Pode-se inclinar
o tubo a 30° e esfregar o inóculo na parede do mesmo, quando o tubo retornar à
posição original o inóculo se difundirá no meio.
Objetivo: é um repique genérico para crescimento bacteriano em meio líquido.

Você também pode gostar