Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PERFORMANCES CULTURAIS
DOUTORADO EM PERFORMANCES CULTURAIS
RAIMUNDO VAGNER LEITE DE OLIVEIRA

SÍNTESE
(semana 5)

Goiânia-GO
2023
RAIMUNDO VAGNER LEITE DE OLIVEIRA
SÍNTESE
(semana 5)

Relatório da disciplina “Teorias e


práticas das performances” do curso
de doutoramento do Programa de
Pós-Graduação em Performances
Culturais da Universidade Federal de
Goiás, como requisito parcial para
aprovação na matéria.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
Performances Culturais.

LINHA DE PESQUISA: Teorias e


Práticas das Performances.

Goiânia-GO
2023
3
4

SÍNTESE DO TEXTO1

O texto “Jogos teatrais: Aprendizagem a partir das experiências significativas”


de Ramaldes e Camargo (2017) “[...] analisa os fundamentos da metodologia dos
jogos teatrais desenvolvida por Viola Spolin (1906-1994) sob o ponto de vista de um
aprendizado pela experiência”. Esse conceito, conforme os autores, foi desenvolvido
por William James (1842-1910) e John Dewey (1859-1952). O estudo assim “[...]
busca compreender especificamente os conceitos de experiência na perspectiva [de
James e Dewey], em suas várias formulações, estabelecendo os possíveis diálogos
com a prática dos jogos teatrais” (RAMALDES; CAMARGO, 2017, p. 1).

Ramaldes e Camargo (2017) inicialmente situam o leitor no que diz respeito à


metodologia improvisacional dos jogos teatrais. Segundo consta, essa metodologia,
que fora “[...] definida por Viola Spolin, é fruto de uma longa construção realizada
entre os anos de 1924 a 1990, resultando em uma prática do processo de
conhecimento em ato”. (RAMALDES; CAMARGO, 2017, p. 1).

Sobre essa prática, assim discorrem:

Prática que se configura primordialmente a partir de vivências físicas e


improvisacionais de jogos, pela sua ação continuada no aqui e agora, e pela
correspondente reflexão durante o jogo e posterior a ele. Um conhecimento
obtido fundamentalmente a partir do processo de construção de
experiências significativas. (RAMALDES; CAMARGO, 2017, p. 1).

Numa tentativa de aprofundar o leitor no entendimento dessa prática,


Ramaldes e Camargo (2017) apontam que a prática leva a um aprendizado. Onde
“O resultado deste aprendizado é produto de uma experiência completa e integral,
onde a vivência é estruturadora do processo de conhecimento, o qual é elaborado e
consuma-se, finaliza-se, aprimora-se como vivência e pela vivência”. (RAMALDES;
CAMARGO, 2017, p. 2).

Para Ramaldes e Camargo (2017) “A experiência, como conceito, carrega


uma larga e complexa trajetória reflexiva”. Ela se “[...] inicia em Aristóteles e

1
RAMALDES, Karine; CAMARGO, Robson Corrêa de. Jogos teatrais: Aprendizagem a partir das
experiências significativas. In: REUNIÃO CIENTÍFICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM
ARTES CÊNICAS, 9., 2017, Goiânia-GO. Anais [...]. Goiânia-GO: UFG: Associação Brasileira de
Pesquisas e Pós-Graduação em Artes Cênicas (ABRACE). v. 18 n. 1, p. 1-12 (2017). Disponível em:
https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/962. Acesso em: 22.05.2023.
5

atravessa as principais discussões teóricas da modernidade”. E nesse trabalho –


Jogos teatrais: Aprendizagem a partir das experiências significativas – esses autores
relacionam “[...] a metodologia dos jogos teatrais de Viola Spolin com o conceito de
experiência desenvolvido por William James e John Dewey”. (RAMALDES;
CAMARGO, 2017, p. 2).

Numa perspectiva história, dissertam:

Os jogos teatrais de Spolin foram construídos a partir da intervenção prática


dos jogos recreativos e de grupo desenvolvidos por Neva Leona Boyd
(1876-1963) na Hull House, lugar onde Dewey e Spolin também realizaram
suas atividades pedagógicas, não necessariamente semelhantes. Porém, é
possível perceber que tanto Boyd quanto Spolin carregam claros ecos das
ideias de Dewey. E Dewey nos leva diretamente a William James em suas
semelhanças e diferenças no aprofundamento das discussões do
pragmatismo norte-americano. (RAMALDES; CAMARGO, 2017, p. 2).

Buscando adensar o conceito investigado, Ramaldes e Camargo (2017, p. 2-


3) apresentam alguns dos resultados da metodologia de Spolin, quais sejam:

 “O caráter democrático [da] metodologia [...]: todas as pessoas são capazes


de atuar no palco” (SPOLIN, 2005, p. 3);
 “[Aprendizagem] através da experiência [...]: ninguém ensina nada a ninguém”
(SPOLIN, 2005, p. 3);
 “A experiência [instrução e educação – Ramaldes e Camargo (2017, p. 8)]
nasce do contato direto com o ambiente, por meio de envolvimento orgânico
com ele. Isto significa envolvimento em todos os níveis: intelectual, físico e
intuitivo.” (SPOLIN, 2010, p. 31);
 Envolvimento orgânico: “envolvimento total do sujeito no ato de jogar
(corpo/mente)”;
 A “consciência da experiência: experiência como um conhecimento que se
constrói dentro do processo de vivência, na relação reflexiva, ou seja, na
relação consciente do indivíduo com o seu meio”;
 A experiência [como meio para] uma interação que resulta em uma cadeia de
atividades psíquicas;

 “A única função que uma experiência pode desempenhar é conduzir a outra


experiência...” (JAMES, 1974 [1912], p. 123).
6

Diante disso, Ramaldes e Camargo (2017, p. 4) complementam que “Toda a


metodologia dos jogos teatrais desenvolvida por Viola Spolin [...] gira em torno de
três elementos essenciais, sendo eles: Foco, Instrução e Avaliação”. Para
Ramaldes e Camargo (2017) esses três elementos “[...] permitem levar os jogadores
a experiências significativas, e consequentemente ao aprendizado, durante a
realização dos jogos” (Ibid., p. 4).

 Foco. “Atenção dirigida e concentrada numa pessoa, objeto ou acontecimento


específico dentro da realidade do palco; enquadrar uma pessoa, objeto ou
acontecimento no palco; é a âncora (o estático) que torna o movimento possível.”
(SPOLIN, 2005, p. 340 apud RAMALDES; CAMARGO, 2017, p. 4).
 Instrução. Um auxílio dado pelo professor-diretor ao aluno-ator3 durante a
solução do problema, para ajudá-lo a manter o foco; uma maneira de dar ao
aluno-ator identidade dentro do ambiente teatral; uma mensagem orgânica;
um auxílio para ajudar o aluno-ator a funcionar como um todo orgânico.
(SPOLIN, 2005, p. 341 apud RAMALDES; CAMARGO, 2017, p. 6).

 Avaliação. Avaliação não é julgamento. Não é crítica. A avaliação deve


nascer do foco, da mesma forma que a instrução. As questões para a
avaliação listadas nos jogos são muitas vezes o restabelecimento do foco.
Lidam com o problema que o foco propõe e indagam se o problema foi
solucionado. (SPOLIN, 2010, p. 34 apud RAMALDES; CAMARGO, 2017, p.

10). A avaliação “estimula [...] a reflexão, a percepção, a análise e a


pesquisa, levando ao conhecimento teatral”. (RAMALDES; CAMARGO, 2017,
p. 11).

Ramaldes e Camargo (2017, p. 11) finalizam o texto com duas importantes


afirmações: (i) “Nos jogos teatrais, a formação do conhecimento efetiva-se numa
experiência prática, vivenciada no aqui e agora”; (ii) “A instrução e a avaliação
estão diretamente relacionadas ao foco estabelecido antes de iniciar o jogo, sendo,
portanto, o foco, o fio condutor da teia do jogo teatral e da experiência significativa
da aprendizagem teatral”.
7

REFERÊNCIAS

RAMALDES, Karine; CAMARGO, Robson Corrêa de. Jogos teatrais: Aprendizagem


a partir das experiências significativas. In: REUNIÃO CIENTÍFICA DE PESQUISA E
PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS, 9., 2017, Goiânia-GO. Anais [...].
Goiânia-GO: UFG: Associação Brasileira de Pesquisas e Pós-Graduação em Artes
Cênicas (ABRACE). v. 18 n. 1, p. 1-12 (2017). Disponível em:
https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/962. Acesso em:
22.05.2023.

PRINCIPAL CONCEITO: EXPERIENCIA SIGNIFICATIVA


Xxxxxxx

Contar e mostrar.
Dewey: ação, reflexão (), ação.
Na avaliação deve-se priorizar a apropriação dos elementos
A metodologia tem início pela observação da autora aos jogos tradicionais.
Vem do lugar do não verbal.
Aprender pela experiência, pela prática.
Palco – Platéia (não interfere).

JOGOS TEATRAS/PERFORMANCES: MOSTRA (FISICALIZAR; INTERAÇÃO


ORGANICA) E CONTAR (SIMBOLIZAÇÃO DO OBJETO; MÍMICA,
REPRESENTAÇÃO)

Contar história
Mostrar a história
Mostrar com objeto
Mostrar sem objeto
A cozinha, fazendo alimento
A orquestra
O supermercado

Pensar as aulas a partir das aulas/experiência de hj.

Começar o jogo tradicional, que o pessoal já conhece: isso desperta memórias (da
infância; memória coletiva, de pontencial)

Experiência provoca sensações, percepções, memórias, simbolização e expressão


(concretização da experiência).

Conversar sobre é avaliação.


Não se pode avaliar perguntando se gosta ou não.
xxxxx
Dinâmica da bola. Ensaiar uma melodia e canta quem estiver com a bola.
Corrida em câmera lenta: quem chegar primeiro perde.
Experimentar novos lugares.

Você também pode gostar