Banco Imobiliario - PE

OFICINAS DE
MATEMÁTICA PARA A
EDUCAÇÃO INTEGRAL
OFICINA DE MATEMÁTICA
O jogo Banco Imobiliário como uma proposta de
trabalho interdisciplinar e sugestões de outras oficinas
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OFICÍNA DE MATEMÁTICA
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Me. Luan Martins de Oliveira
Prof. Dr. Edmilson Minoru Torisu
OFICINA DE MATEMÁTICA:
A OFICINA DO BANCO
IMOBILIÁRIO/SUGESTÕES PARA TRABALHAR DE
FORMA INTERDISCIPLINAR
Ouro Preto | 2018
3|P ági na
© 2018
Universidade Federal de Ouro Preto
Instituto de Ciências Exatas e Biológicas | Departamento de Matemática
Programa de Pós-Graduação | Mestrado Profissional em Educação Matemática
Reitor da UFOP | Prof(a). Dr(a). Cláudia Aparecida Marliére de Lima

Vice-Reitor | Prof(a). Dr(a). Hermínio Arias Nalini Júnior
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLOGIAS

Diretor (a) | Prof(a). Dr(a). André Talvani Pedrosa da Silva
Vice-Diretor (a) | Prof(a). Dr(a). Rodrigo Fernando Bianchi
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Pró-Reitor(a) | Prof. Dr. Sérgio Francisco de Aquino
Drietor(a)-Adjunto | Prof(a). Dr(a).Vanessa Carla Furtado Mosqueira
Coordenação | Prof. Dr. Edmilson Minoru Torisu
MEMBROS
Profa. Dra. Ana Cristina Ferreira

Profa. Dra. Célia Maria Fernandes Nunes
Prof. Dr. Daniel Clark Orey
Prof. Dr. Dilhermando Ferreira Campos
Prof. Dr. Edmilson Minoru Torisu
Prof. Dr. Frederico da Silva Reis

Profa. Dra. Marger da Conceição Ventura Viana
Prof. Dr. Milton Rosa
Prof. Dr. Plinio Cavalcanti Moreira
4|P ági na
Reprodução proibida Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de

1998. Todos os direitos reservados
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Tudo é possível àquele que crê

(Marcos, 9:23)
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Expediente Técnico
________________________
Organização | Luan Martins de Oliveira
Pesquisa e Redação | Luan Martins de Oliveira
Revisão| Prof. Dr. Edmilson Minoru Torisu e Me. Luan Martins de Oliveira
Projeto Gráfico e Capa | Editora UFOP
Fotos | Luan Martins de Oliveira
Ilustração | Luan Martins de Oliveira
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Índice
________________________
Sumári
APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 9
AS OFICINAS COMO METODOLOGIA DE ENSINO ................................ 12
A OFICINA ...................................................................................................... 16
AS DISCIPLINAS TRABALHADAS NA OFICINA ............................. 16
MATEMÁTICA ....................................................................................... 16
GEOGRAFIA ........................................................................................... 17
PORTUGUÊS .......................................................................................... 20
AS REGRAS DO JOGO .......................................................................... 24
AS CARTAS DO JOGO BANCO IMOBILIÁRIO ................................. 31
OS SLIDES .............................................................................................. 36
AVALIAÇÃO – PROPOSTA E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS ... 43

DICAS: COMO ADAPTAR A OFICINA PARA SUA REALIDADE .. 46
UM BREVE COMENTÁRIO: A OFICINA DO MERCADINHO E SUA
AMPLIAÇÃO .............................................................................................................. 81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 92
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Apresentação
_____________________________
Aos professores que queiram trabalhar com a

metodologia de oficinas envolvendo o ensino de Matemática
Caro (a) colega Professor (a),
O presente trabalho é fruto de uma dissertação de mestrado do programa de Pós-
Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP,
intitulada “Desenvolvimento profissional docente na Educação Integral: contribuições
de uma parceria entre professora e pesquisador na produção e realização de oficinas
de matemática”, sob a orientação do Prof. Dr. Edmilson Minoru Torisu.
Este material, além de conter as oficinas do Mercadinho e do sistema Monetário
contadas de forma sucinta, terá a oficina do Banco Imobiliário como foco central,
contada de forma detalhada, ademais, conterá sugestões para a sua adaptação voltadas
para um ensino interdisciplinar e principalmente para o ensino da Matemática, que pode
ser desenvolvida, a critério do professor, em qualquer etapa da Educação Básica e,
principalmente, no projeto de Educação Integral. É desejável que o professor (a) adapte
a proposta que será apresentada para a realidade da sua escola, principalmente, se for
trabalhar na Educação Integral. É bom lembrar que na Educação Integral, além de
formar os estudantes em suas dimensões cognitivas, físicas e estéticas, é necessário
ainda que a formação contemple o contexto social e cultural. Assim, como os contextos
educacionais no Brasil são heterogêneos, visto que, esse país é multirracial e
multiétnico, e ainda, respeitando as especificidades dos estudantes com deficiência, faz-
se necessário que o professor adeque a oficina para sua realidade. Fazendo isso, o
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professor respeitará as diretrizes educacionais voltadas para Educação do Campo,
Quilombola, Indígena e Especial que tanto pedem considerações enquanto suas
especificidades (BRASIL, 1996).
Como dito, a Oficina do Banco Imobiliário é o principal foco deste material.
Algumas das sugestões que serão apresentadas foram embasadas na atividade
elaborada, por mim e pela professora, durante o processo empírico de pesquisa da minha
dissertação na escola A da rede pública Estadual de Minas Gerais localizada na cidade
de Ponte Nova/MG. Dessa forma, este material abordará descrições sobre: As
disciplinas trabalhadas na Oficina; A Matemática; A Geografia; O Português; As regras
do jogo; A Tábula do Banco Imobiliário de Ponte Nova/MG; As cartas do jogo; Os
slides utilizados na Oficina; A avalição da Proposta e avaliação da aprendizagem do
aluno.
O produto, também, opinará sobre: Como adaptar a Oficina para a realidade de
sua escola? Assim, nele terão dicas para o trabalho coletivo, bem como sugestões de
adaptações da Oficina para contemplar outros conteúdos de Matemática. Ademais, para
estimular ainda mais você professor (a) a elaborar essa belíssima proposta, este material
ensinará a construir o seu próprio jogo utilizando o programa paint e outros softwares
do Windows.
Inicialmente, será apresentada uma breve discussão sobre o papel das oficinas
como metodologia de ensino para a Educação Básica e, principalmente, como didática
na Educação Integral. A seguir, serão exibidas propostas de oficinas elaboradas e
embasadas na pesquisa de campo – Oficina do Banco Imobiliário; Oficina do
Mercadinho escolar; Oficina do Sistema Monetário – que não serão detalhadas como a
Oficina do Banco Imobiliário.
A finalidade deste produto educacional é oferecer a você, Professor (a) da
Educação Básica, um material que será suporte para seus planejamentos
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interdisciplinares na Educação Básica e principalmente na Educação Integral, quando
forem trabalhar com a disciplina de Matemática para alunos do Ensino Fundamental II.
Espero que esse produto possa contribuir para sua prática pedagógica!
Um abraço,
Prof. Me. Luan Martins de Oliveira
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As Oficinas como metodologia
de ensino
________________________
Segundo o dicionário Aurélio (2005, p. 627), a palavra oficina remete ao “lugar

onde se exerce um ofício; lugar onde se conserta veículos automóveis”, ou ainda, se
relaciona ao termo workshop, que é definido como “Reunião de trabalho, ou de
treinamento, em que os participantes discutem ou exercitam determinadas técnicas”
(FERREIRA, 2005, p. 908). Pode-se notar uma enormidade de atribuições destinadas à
palavra oficina, principalmente quando está entrelaçada ao trabalho. Atualmente a
palavra oficina se agregou às perspectivas de ensino, em especial no Brasil, onde se
relacionou às concepções de Educação Integral (EI) (UNICEF, 2011). Emergiram
indagações sobre o uso de oficina no campo educacional e no contexto da EI, tais como:
O que é uma oficina de ensino? Que vantagens oferece à EI? Como o professor deve se
comportar nas oficinas pedagógicas? De que forma a oficina pode ser trabalhada no
ensino de Matemática? Em relação à presente pesquisa, como essas oficinas serão
construídas em parceria com o professor participante?
Segundo Volquind e Vieira (2002) oficina de ensino é um tempo e um espaço

destinados a oferecer situações de aprendizagem ligadas ao dia a dia, em que o processo
pedagógico, a reflexão teoria-prática e a relação interdisciplinar se integralizam. Essa
proposta, considerada inovadora, permite a criação de espaços destinados à vivência, à
reflexão e à construção dos saberes pelos alunos. A aprendizagem aqui não se remete
somente ao fazer e sim, ao pensar, sentir, intercâmbio de ideias, jogo, a descoberta e a
cooperação. Nesse contexto, o aluno idealiza significados e o professor intercederá na
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aprendizagem do aluno através do conteúdo problematizado e contextualizado
(VOLQUIND; VIERA, 2002).
Nesse sentido, a utilização de oficinas como proposta pedagógica deve fomentar
interação entre os alunos e suas respectivas realidades sociais, de forma que os
conteúdos a serem estudados sejam visualizados no cotidiano, afim de favorecer o
desenvolvimento integral dos seres humanos (VOLQUIND; VIERA, 2002).
Logo, para que a oficina seja uma prática de ensino eficiente, o trabalho feito
pelo professor é primordial, principalmente nas oficinas que envolvem o trabalho
coletivo. Ele deverá sempre informar aos participantes sobre o que será feito para que
eles conheçam as ações dessas atividades. Dessa forma, o professor poderá desafiar
sempre os alunos por meio de perguntas, observações de um fato, criando condições
para que os alunos e o próprio docente expressem ideias sobre o assunto tratado
(UNICEF, 2011). Nesse sentido pode-se dizer que
O desafio tem a função de mobilizar o grupo para a realização de

tarefas planejadas com o objetivo de ampliar os conhecimentos e saberes das
crianças e jovens. Nas oficinas sempre se propõe que essa ampliação ocorra
sob a mediação do educador. Elas podem envolver: vivências, pesquisas,
leituras, experiências práticas, jogos e brincadeiras, atividades de caráter
reflexivo, expressão corporal e artística entre muitas outras possibilidades. É
sempre válido que essas atividades, além de variadas, se utilizem de
múltiplas linguagens (visual, sonora, corporal e verbal, entre outras) e sejam
desenvolvidas em contextos próximos do mundo real, para que promovam
atos significativos e favoreçam o aprender fazendo (UNICEF, 2011, p. 61).
Volquind e Viera (2002) destacam a importância do professor possuir um diário

com a finalidade de acompanhar o aluno no processo de construção do conhecimento,
além de poder registrar as ações e os resultados obtidos, podendo ainda, inferir como
fará uso dos materiais pedagógicos.
Para o ensino da Matemática, as oficinas se tornam uma alternativa
metodológica de grande valia. O professor de matemática poderá usar matérias
manipuláveis e atividades criativas que levem ao aluno a se interessar pelos conteúdos
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matemáticos. Assim, o cenário tradicional tende a sair de cena, ou seja, as aulas
enrijecidas e provas cheias de regras perdem espaço, e um novo ambiente dinâmico
cheio de atividades dinâmicas se afloram (LIMA, 2007).
Acredito, então, que deve ser bastante profícua uma parceria entre Educação
Integral e Educação Matemática (EM), para auxiliar professor de Matemática na
organização dessas oficinas. O que os estudos em EM pretendem? De forma
simplificada, apresentar novas tendências para possibilitar aos estudantes uma
experiência de aprendizagem na qual ele não seja coadjuvante e, em certa medida,
integrando à dimensão cognitiva, outras dimensões como afetiva, cultural, política. Essa
sintonia pode permitir que as tendências em Educação Matemática auxiliem as escolas
e professores na elaboração de oficinas pedagógicas voltadas para a promoção de uma
EI, pelo menos no que se refere à Matemática. Como são várias as tendências, também
são várias as possibilidades. Dentre elas estão oficinas de jogos, oficinas de Resolução
de Problemas, Oficinas de Modelagem Matemática, etc.
Entretanto, oficina, tanto como metodologia de ensino na EI quanto como
metodologia para fomentar a interdisciplinaridade, não deve ser compreendida de forma
simplista. Faz-se necessário uma parceria entre os docentes. Assim, de acordo com
Candau (1995), a oficina deve ser vista como um espaço de construção coletiva do
conhecimento, de análise da realidade, de confronto e troca de experiências. A meu ver,

tais experiências podem ser de vários tipos: cognitivas, afetivas e culturais.
Todavia, recomendo a você Professor (a), que as oficinas elaboradas/aplicadas
pelo senhor (a) não se transformem em aulas descontextualizadas, ou seja, uma cópia
das oficinas de outros professores que vivem em realidades distintas da sua, ou ainda
que vise o ensino tradicional e desprovida de significado (MANSUTTI e PIRES, 2002).
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A OFICINA DO BANCO
IMOBILIÁRIO
________________________
Nesta seção irei descrever a Oficina do Banco Imobiliário trabalhada com os

alunos, da escola A, dos sextos anos que frequentavam o projeto de Educação Integral.
É importante ressaltar que na sua elaboração houvera contribuições da professora
participante (Matemática), do pesquisador, do professor de Geografia e da Professora
de Português. Assim, além de elencar toda Oficina, como um produto a ser trabalhado
em sala de aula, também enumerarei algumas sugestões de adaptação para a atividade.
Desta forma, a seção estará dividida em várias subseções que irão desde o material da
Oficina do Banco Imobiliário aplicada, durante o processo de pesquisa, até sugestões
de como adaptá-la.
Mas, antes de começar a discorrer aconselho aos leitores que queiram produzir
essa oficina em sua realidade: façam uma parceria com outros professores da escola a
que pertencem. A Educação Integral busca essa interação (parceria), de forma
interdisciplinar, entre as áreas do conhecimento, para que a aprendizagem/aquisição de
conhecimentos por parte do aluno possa ir além de um currículo multidisciplinar, que
mostra pouca relação entre as disciplinas. Além disso, é ideal associar o conhecimento
contido nas matérias com o conhecimento de mundo do educando. Nesse sentido, a
oficina que você irá conhecer e as possíveis sugestões que verificará, irão ao encontro
de uma Educação Integral que integra as disciplinas, além de se relacionarem
diretamente com o cotidiano do aluno com a finalidade de atingir uma aprendizagem
que aviste outros horizontes para além das visões engessadas em apenas um segmento.
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A Oficina
________________________
AS DISCIPLINAS TRABALHADAS NA OFICINA
A atividade foi composta por algumas matérias das disciplinas de Matemática,

Português e Geografia. A seguir apresentarei, por disciplina, quais foram os conteúdos,
bem como suas respectivas relações com os descritores e habilidades para cada matéria.
MATEMÁTICA
O tópico de matemática abordado durante a oficina e as respectivas habilidades

que esse assunto contemplou são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1: Tópicos e Habilidades de Matemática

Tópicos de Matemática Habilidades
Operar com os números naturais: adicionar,

multiplicar, subtrair, calcular potências,

calcular a raiz quadrada de quadrados
Conjunto dos números naturais – Operações perfeitos;
com Números Naturais Resolver problemas que envolvam técnicas
simples de contagem;
Resolver problemas envolvendo operações
com números naturais.
Fonte: CARNEIRO, SPIRA, SABATUCCI: Conteúdo Básico Comum (CBC) de Matemática, p. 8

Também foi trabalhado outro assunto relacionado à matemática, que fora a
identificação dos sentidos de uma circunferência, horário e anti-horário. Esses assuntos,
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normalmente são trabalhados na trigonometria, mais precisamente no conteúdo de ciclo
trigonométrico. No entanto, não aprofundamos (a professora participante e eu) muito
em relação a esses conceitos geométricos e sim nos debruçamos em explicar esses
sentidos e seus usos no dia a dia do aluno, e também, com a finalidade de que eles
utilizassem no jogo, pois o sentido do movimento das peças na tábula se caracterizava
pelos movimentos no sentido horário.
GEOGRAFIA
Para os conteúdos de Geografia, não elencarei o tópico ou os tópicos e as

respectivas habilidades que cada um desses itens comtemplou na atividade, como na
seção retroativa. Aqui, irei expor os saberes de Geografia explorados pelo professor que
nos ajudou na elaboração dessa oficina. Cabe ressaltar que a realidade em que este
produto educacional permeou foi a da cidade de Ponte Nova/MG, mais precisamente o
contexto social e cultural dos alunos da escola A. Neste sentido, os conhecimentos de
Geografia adquiridos pelos alunos e os propósitos que foram alcançados dentro de cada
um dos saberes são apresentados na Tabela 2.
Tabela 2: Tópicos e Habilidades de Geografia
(continua)
Saberes de Geografia Propósitos
Exemplificar os conceitos Geográficos a
partir da realidade da cidade de Ponte
Nova/MG, sob perspectiva dos alunos
inseridos nos Bairros dessa cidade.
Centro, Periferia, Bairros Mostrar a diferença entre centro e periferia
através de imagens da cidade que possam
exemplificar que no centro de uma cidade há
uma extensa oferta de serviços, como:
Bancários, de supermercados, entre outros.
Tabela 2: Tópicos e Habilidades de Geografia
17 | P á g i n a
(conclusão)
Por outro lado, deve-se evidenciar que os
bairros periféricos são bairros que se formam
ao entorno do centro de uma cidade, que
visam “a formação de um crescimento
polinucleado, cuja dinâmica de estruturação
ocorre através das vias de circulação
regional, facilitando a mobilidade
Centro, Periferia, Bairros demográfica e o acesso às novas
(continuação) centralidades, resultando na redefinição das
hierarquias no conjunto da rede urbana”
(TASSARI, 2013, p. 39). Trabalhar a
valorização dos bairros a partir dos usos.
Através de imagens dos bairros dos alunos,
pode-se evidenciar a diferença entre os
conceitos de bairros residenciais e
comerciais.
Na Geografia o conceito de paisagem é muito

importante (SILVEIRA, 2009). Dessa forma,
a partir do conceito anterior é possível
explorar o conceito de paisagem dos bairros
dos alunos, por exemplo. É possível
Paisagem
evidenciar a partir da paisagem a diferença
entre uma favela e um bairro periférico.
Também é cabível evidenciar como a
paisagem do centro de uma cidade é moldado
em ralação às periferias.
Fonte: dados da pesquisa

Os conceitos de geografia apresentados foram sugestões do professor de

Geografia que ajudou na elaboração/aplicação da proposta.
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Caro (a) Professor (a) de Geografia – ou
até mesmo outros professores que queiram
aplicar a atividade sozinhos, não é recomendáve,
já que a rotina escolar muitas das vezes não
permite uma efetivação do trabalho coletivo
entre os professores – tentem adaptar, os
conceitos de Geografia, que você irá ensinar para
a realidade de seu aluno. Uma réplica dos
conceitos descritos anteriormente pode fazer
com que os alunos desestimulem no momento da
aprendizagem. “O professor deve acolher as
diferenças e as considerar no processo de ensino-
aprendizagem, reconhecendo que cada estudante
aprende de uma forma diferente, tem um
contexto próprio e precisa ser reconhecido como
indivíduo.
Ele deve aprender a conhecer a rea-
lidade do aluno, da sua família e
da comunidade em que a escola e estes es-
tudantes estão inseridos. O professor deve trazer
a comunidade para a sala de aula, buscando
aproximar os conhecimentos comunitários dos
conhecimentos acadêmicos”. (Fon-
te:http://educacaointegral.org.br/metodologias/p
apel-dos-professores-e-participacao-dos-
estudantes-nas-escolas-de-educacao-integral/).
Figura 1: Pensando a adaptação da Geografia, adaptação: Próprio autor.

Fonte: http://portugese.fansshare.com/gallery/photos/14459605/papel-de-parede-meme-
pensativo/?displaying.
19 | P á g i n a
PORTUGUÊS
Como feito para a disciplina de Geografia, as competências de Português serão

enunciadas em uma tabela (Tabela 3) de duas colunas, na qual a primeira coluna
enunciará os saberes de Português e a outra elencará, respectivamente, os propósitos.
Cabe ressaltar que, nos documentos oficiais da Educação Integral de Minas Gerais um
dos objetivos destacados por esse projeto é que haja uma diminuição da desigualdade
educacional entendida aqui tanto no âmbito sociocultural como, também, na esfera do
domínio dos conteúdos e conhecimento de mundo por parte dos alunos. Nesse sentido,
os saberes interpelados na tabela a seguir tiveram como objetivo reforçar alguns
conhecimentos que eles já haviam apreendidos no ciclo complementar, que abarca o 4º
e 5º ano do ensino fundamental. Vejamos:
Tabela 3: Tópicos e Habilidades de Português

Saberes de Português Propósitos
Interpretar e compreender as regras do jogo;
Interpretar as regras e os conteúdos
Interpretação e Compreensão de texto abordados na oficina através da interpretação
visual que podem estimular a leitura em sala
de aula (SANTOS, 2011)
Trabalhar os significados das palavras e
Seleção lexical e efeitos de sentido expressões visualizados ao longo das regras

do jogo e da explicação da Oficina
Fonte: dados da pesquisa
Como descrito os conteúdos de português abordados foram sugestões da

professora de Português.
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Caro (a) Professor (a) de Português – ou
até mesmo outros professores que queiram aplicar a
atividade sozinhos, isso não é recomendável, já que
a rotina escolar muitas das vezes não permite uma
efetivação do trabalho coletivo entre os professores
– tentem adaptar, os conceitos de Português que
você irá ensinar para a realidade de seu aluno. Como
dito anteriormente, para os conteúdos de Geografia,
é recomendável, também, uma adaptação para os
conceitos de Português.
Como as regras do jogo são extensas e,
além disso, o jogo trabalha com uma variedade de
palavras que podem ser novas para os alunos, o
Professor (a) poderá trabalhar gramática com os
alunos. Por exemplo: Fonologia, Processos de
formação de palavras, divisão silábica, ortografia,
entre outros conteúdos.
Agora é com você Professor (a), reflita,
imagine o cenário que você pode encontrar em sala.
E sobre tudo isso, sei que você é capaz. Segundo
Paulo Coelho, no site do G1, “A imaginação é o que
existe de mais poderoso no ser humano”. Mas sem
o esforço ela será apenas uma ideologia que poderia
dar certo. Esforce, pois sua recompensa chegará
através do aprendizado de seu aluno.
Figura 2: Pensando a adaptação da Geografia, adaptação: Próprio autor.
21 | P á g i n a
Tudo muito lindo.
Porém, como ocorreu a
dinâmica de apresentação da
Oficina?
Figura 3: Pensando sobre a aplicação da Oficina, adaptação: Próprio autor.

Fique tranquilo (a) professor (a), antes de você ficar criando expectativas do
desenvolvimento da oficina – que não será exposto, no entanto sugeriremos um modo
de apresentação em sala – irei evidenciar as regras do jogo, bem como suas cartas e seu
tabuleiro (formato do jogo).
As regras foram adaptações feitas a partir do jogo Banco Imobiliário tradicional.
Esse consenso, de moldar as regras dessa atividade em relação à brincadeira original,
partiu do pesquisador, que no caso sou eu, e da professora Julia (Professora

participante). Professor (a), nada o (a) impede de criar as próprias regras para a
atividade.
Em relação aos outros itens do jogo, as cartas do jogo e ao formato da tábula,
também foram adaptações da brincadeira original. No entanto, suas produções ficaram,
particularmente, elaboradas pelo pesquisador no programa paint do sistema operacional
Windows 10. Nas páginas seguintes mostrarei o modelo utilizado para a elaboração da
tábula e das cartas. O ideal é que você adapte o jogo para a sua realidade, pois nem
22 | P á g i n a
todos os leitores interessados a replicarem o material são da cidade de Ponte Nova/MG.
E mesmo sendo morador, é aconselhável que você respeite a realidade do seu educando,
pois nem todos os bairros elencados nesse tabuleiro fazem parte da realidade de sua
escola. Ademais, neste mesmo material, ensinarei como trabalhar com paint e outras
ferramentas para produzir sua própria adaptação dessa brincadeira.
23 | P á g i n a
AS REGRAS DO JOGO
Aprenda como jogar o Banco Imobiliário Ponte Nova. Verifique aqui todas as
regras1.
 29 TÍTULOS DE PROPRIEDADES
 2 ESPAÇOS DESTINADOS A SERVIÇOS BANCÁRIOS
 4 LOCALIDADADES ESCOLARES
 2 LOCALIDADES HOSPITALERES
 NOTAS 9000 REAIS EM DINHEIRO FALSO
 4 PEÕES
 1 TABULEIRO
Objetivo para um jogador: Tornar-se o mais rico jogador, por meio de compras que
aumente seu patrimônio, lucros com aluguéis e vendas de propriedades, como lotes,
empresas, casas, hotéis, estabelecimentos, etc.
Funcionamento do jogo: o jogo pode ter de dois a quatro participantes que
escolhem, cada um, seu peão. O início do jogo deve ocorrer com todos os peões
1
As regras do jogo Banco Imobiliário foram adaptadas das regras originais da brincadeira disponível em:
<https://www.estrela.com.br/central-de-manuais>;
24 | P á g i n a
dispostos sobre um espaço do tabuleiro, na qual está grafada com a palavra PARTIDA,
que contém o desenho de uma seta azul. Em seguida, as cartas dos serviços Bancários,
Escolares e Hospitalares são embaralhadas e colocadas de ´cabeça para baixo` em um
local indicado no tabuleiro. Cada jogador receberá de herança R$ 1500,00 em dinheiro
falso. O resto do montante vai para o banco que é administrado por um dos jogadores:
o banqueiro. É aconselhável que uma pessoa jogue somente como banqueiro para evitar
que, assumindo dois papeis, ela se confunda, misturando o dinheiro do banco com o seu
próprio. Contudo, isso não é obrigatório.
Uma disputa inicial no lançamento dos dados determinará a ordem das jogadas.
Jogará primeiro o participante que obtiver maior soma dos valores nos dados. Em
seguida, jogará o participante cuja soma dos valores nos dados seja a segunda maior e
assim por diante. Após essa etapa, o primeiro jogador lança os dois dados de uma só
vez e realiza a soma dos valores neles obtidos. Isso representa seus pontos na jogada. O
número de pontos indicará o número de campos que o jogador deve avançar com o seu
peão, no sentido horário.
As próximas ações do jogador estarão vinculadas às informações contidas nos
campos onde seu peão poderá estar. Se for uma empresa, ou lote em um determinado
bairro, por exemplo, ele poderá comprá-lo pelo valor que estará estipulado, pagando ao
banqueiro. Pode ocorrer, também, de a informação estar relacionada aos serviços
Bancários, hospitalares e escolares. Outra possibilidade é a informação ser ´vá a suas
férias` ou comunicado de Férias (maiores esclarecimentos sobre estas cartas serão dados
abaixo).
Banqueiro: A função do banqueiro é bem específica. Ele deverá ser responsável
por todas as transações financeiras que envolvam recebimento ou pagamento de
dinheiro. Por exemplo: receber valores pagos por um jogador na compra de uma
empresa ou lote, ou ainda pagar aos jogadores valores estabelecidos nas cartas escolares
ou bancárias.
25 | P á g i n a
Cartas Bancárias, Escolares e Hospitalares: O aluno alcançando o campo da
Escola, Serviços Bancários ou Hospital, terá o direito de retirar uma carta. Caso seja
contemplado para receber algum prêmio ou dinheiro, terá que acertar o exercício
contido nesse cartão para ganhar o prêmio proposto. O prêmio proposto é o resultado
do exercício convertido em dinheiro e caberá ao banqueiro pagá-lo. Por outro lado, se
a carta desse campo obrigue o jogador a pagar, o banqueiro fará o exercício contido no
cartão para receber do jogador o resultado do exercício convertido em dinheiro.
Observação: Todas as atribuições destinadas aos serviços hospitalares se
reservaram ao ato de pagar.
Figura 1 – Exemplos das cartas
Figura 4 – Exemplos de títulos de posse - Fonte: Elaborado pelo autor

Férias: Se o jogador cair no campo “vá a suas férias” irá para férias e ficará
parado por três rodadas e automaticamente curtirá as férias pagando o preço que estará
na carta retirada destinada a esse evento. Se, porém, alcançar o campo férias, que existe
no tabuleiro, será considerado somente visitante e poderá continuar normalmente o
jogo, isto é, as férias do jogador foram curtidas em casa e isso não resultará em nenhum
ônus financeiro para ele.
Honorários: Cada vez que o jogador alcançar o campo Ponto de partida (seta),
ou por ele passar, receberá do banqueiro R$200 como Gratificação.
26 | P á g i n a
Lote ou estabelecimento com dono: Se o jogador alcançar um lote ou
estabelecimento que já tenha sido adquirido, pagará aluguel ou taxa correspondente ao
respectivo proprietário, conforme as seguintes instruções:
 Para o proprietário do lote ou companhia receber o aluguel ou taxa
correspondente, deverá fazer um exercício fixado no título da propriedade. Acertando
o exercício, receberá como quantia o resultado da operação. Caso tenha dúvida, poderá
pedir explicações ao professor sobre o exercício. O aluno fará o exercício da maneira
que achar mais conveniente, mas não poderá utilizar meios eletrônicos para resolvê-lo.
Assim, por exemplo: Se um aluno A alcançou o lote que está no bairro Palmeiras, já
adquirido, então o proprietário se reportará ao título dessa propriedade, mais
precisamente na opção aluguel e fará o exercício designado. Caso consiga, receberá do
aluno como quantia o resultado encontrado nesse exercício. Se errar, o aluno A ficará
isento do aluguel e o jogo continuará seu curso. Se o mesmo jogador A, em outro
momento do jogo alcançar novamente a mesma localidade, seu dono, caso tenha
acertado o resultado do exercício, receberá o valor anteriormente pago, sem que precise
resolver qualquer novo exercício. Caso tenha errado, deverá resolvê-lo.
 Construção de casas, Hotéis e estabelecimentos comerciais: Caso o
jogador adquira pelo menos um lote em algum bairro, poderá construir uma edificação,
por cada vez que for jogar, conforme se encontram distribuídas em cada título de posse.
Tal construção poderá ser feita após o praticante ter, pelo menos uma vez, passado pelo
ponto de partida. O jogador escolherá um dos imóveis para construir em cada vez. Feito
isso, consequentemente quando um adversário parar nessa localidade, o valor do aluguel
será aumentado, de tal forma que o adversário pague o valor de aluguel do lote somado
ao valor do aluguel do estabelecimento. Se o imóvel for uma casa, ou um hotel, o
jogador receberá como aluguel desse imóvel a metade do valor pago pela construção
dele. Caso a edificação seja um estabelecimento comercial, o jogador escolherá uma
empresa que estará gravada no título de posse para estabelecimento comercial por lote,
27 | P á g i n a
e receberá como aluguel o valor marcado como sentença nesse cartão. O valor será
recebido se o proprietário acertar o exercício destinado a sentença no título do
estabelecimento.
 Título de posse para estabelecimento comercial por lote: Caso o
jogador queira construir um estabelecimento comercial. Ele deverá escolher um título
de posse para esse empreendimento. Cada um dos bairros terá suas oportunidades
comerciais e dentre elas o participante deverá escolher a que lhe agradar, sempre
pagando por essa construção um valor que estará em forma de operação e marcada ao
lado do símbolo “R$”. Caberá ao banqueiro realizar essa operação para receber o valor
da construção do estabelecimento.
Trocas e vendas entre jogadores: É permitido aos jogadores vender/trocar,
entre si, lotes, lotes com imóveis ou estabelecimentos comerciais estão marcados no
tabuleiro. Os preços devem ser combinados entre as partes interessadas. Caso algum
jogador deseje vender ao banco seus imóveis juntamente com a lote, deverá receber a
metade do valor pago por ele anteriormente.
Observação: O Participante não poderá vender o lote separado do imóvel, ou
vice-versa, em determinada localidade. Isto é, se for vender um imóvel deverá negociar
também o lote.
Pagamentos: Os pagamentos devem ser efetuados sempre em dinheiro. Se o

jogador não tiver dinheiro para pagar ao banco ou a um jogador, ele deverá vender para
quitar a dívida uma, duas, ou todas as suas propriedades. No caso de vendas, ele poderá
vender a outros jogadores as propriedades, visando maior lucro ou um menor prejuízo.
Caso ninguém queira comprá-las o banco pagará metade do valor de cada imóvel.
Falência: Se mesmo após vender suas propriedades o jogador não conseguir
pagar suas dívidas, ele irá à falência, retirando-se do jogo. O dinheiro obtido por ele
será entregue ao jogador credor, como compensação.
28 | P á g i n a
Observação: Durante o jogo nenhum jogador poderá emprestar dinheiro a outro.
Término do jogo: Vencerá o jogador que no final de duas horas de jogo estiver
com o maior montante de dinheiro, isto é, for o mais rico. Para isso, deverão somar
todos os valores de seus imóveis juntamente com o dinheiro em caixa.
29 | P á g i n a
A TÁBULA DO BANCO IMOBILIÁRIO DE PONTE NOVA/MG
Figura 5 – Tabuleiro do Banco Imobiliário de Ponte Nova

Fonte: Arquivo Pessoal do próprio autor
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AS CARTAS DO JOGO BANCO IMOBILIÁRIO
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Figura 6 – Títulos de posse – Fonte: arquivo pessoal do próprio autor
OBS: Professor (a), as cartas acima que não possuem informação

alguma, foram colocadas com a intenção de servirem como reposição caso
algum papel desses seja danificado ou esteja perdido.
36 | P á g i n a
OS SLIDES
As apresentações em Power point, foram feitas pela professora de Português.

Suas visões de como trabalharia a interpretação e compreensão e outros conceitos de
Português foram elencadas em cada parte dos slides. Posteriormente foram adicionadas
algumas fotos da cidade de Ponte Nova para que pudessem ser utilizadas nas
explicações do Professor de Geografia. A seguir apresentaremos este material em Power
Point que você professor (a) poderá adaptá-lo, que é o mais recomendável.
APRESENTAÇÃO DA OFICINA DO BANCO IMOBILIÁRIO PONTE

NOVA – MG
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Figura 7 – Slides
Fonte: arquivo pessoal do próprio autor
Meu querido Professor (a), os slides acima serviram também para a

organização da aplicação do primeiro momento da oficina, antes de
jogarmos. Essa dinâmica envolveu todos os professores, de Geografia,
Português e Matemática. O intuito dessa parte era fazer que os alunos
também participassem ativamente do processo de aprendizagem, na qual
os professores foram contextualizando os conteúdos a partir de suas
realidades. A participação dos alunos durante a proposta gerou importantes
construções de saberes, tanto que, quando o professor de Geografia
trabalhava expondo as justificativas que levavam a um aluguel de um
estabelecimento ser, mais ou menos, barato do que outro, em relação às
suas localidades, grande parte dos alunos com seu conhecimento de mundo
inferiram que nos supermercados que se localizam perto dos centros os
preços de determinados produtos, como arroz, margarina, entre outros, são
mais baratos que esses mesmo produtos encontrados nas mercearias dos
seus bairros (que ficam longe do centro). O interessante é que o professor
de Geografia não perdeu a oportunidade e exemplificou, ainda mais, os
conceitos através dos conhecimentos de mundo dos alunos. Mas, o que
pretendo aqui, é chamar atenção de você professor, pois o assunto que
surgiu através dos alunos não foi elencado no planejamento inicial, nesse
sentido, quando vocês tiverem experiências parecidas o ideal é reformular
o plano de trabalho da oficina, para que ela possa contemplar mais

assuntos. Então, não se esqueça de avaliar o desenvolvimento da atividade
para que a reformulação da atividade contemple suas reflexões-na-ação e
as próprias ideias que o conhecimento de mundo do aluno lhe dará.
42 | P á g i n a
AVALIAÇÃO – PROPOSTA E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
Caro Professor (a), nesta parte elencarei algumas dicas de como avaliar a
proposta elaborada e aplicada em parceria, bem como algumas dicas de como avaliar
os alunos durante o processo de aplicação da proposta.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
.
Professor (a), a avaliação da
proposta pedagógica é de suma
importância. É interessante que você a faça
individualmente e, principalmente, cole-
tivamente com os outros professores que
contribuíram para a construção/aplicação
da oficina. É neste momento que você irá
rever todas as etapas do planejamento, bem
como o processo de aplicação. Sendo as-
sim, você e os outros professores devem
responder algumas das seguintes
perguntas: O que deu certo? O que não deu
certo? Por que deu errado? Como posso
melhorar esta proposta de ensino? Quais
outros conteúdos podem ser abordados
aqui? As perguntas elaboradas, anterior-
mente, são apenas exemplos, para que na
reunião entre os professores inseridos na
proposta seja possível pensar em propostas
de reformulação. Aliás, é importante que
outros questionamentos surjam durante a
reunião.
Figura 8 – Imagem de uma reunião entre professores, adaptação: próprio autor.

Fonte: Google
43 | P á g i n a
AVALIAÇÃO DOS ALUNOS
Professor (a), outra avaliação que deve ser
considerada é a avaliação de
aprendizagem dos alunos, pois
independentemente de eles participarem
de uma proposta pedagógica como a de
uma oficina, eles estão inseridos numa
perspectiva da Educação Integral. Nesse
sentido, pensando em uma formação que
contemple as dimensões estética, física,
social, cultural, oriento que o processo
avaliativo deve ser muito mais processual,
e que sirva para orientar os próximos
passos dos professores.
Meu querido docente, este processo não
precisa acontecer de forma que haja
mensuração dos saberes dos alunos, uma
vez que, isso medirá a quantidade de saber
que o educando consegue fixar. Nesse
modelo o educando é entendido como um
depositório de informações. Recomendo
que a avaliação seja dinâmica com função
diagnóstica e inserida em um processo na
qual norteará os próximos objetivos que
irão embasar a busca pela aprendizagem
Figura 8 – Aluno fazendo prova, adaptação: dele. Outra dica professor é aproximar o
Próprio autor. turno regular ao contraturno escolar, assim
Fonte: https://claudiododt.wordpress.com/tag/carreira/ a avaliação “deve analisar, afinal, quão
“Integral” e “integrada” está sendo a
Educação, de que forma os diversos
saberes compõem um currículo único”
(CENTRO DE REFERÊNCIA EM
EDUCAÇÃO INTEGRAL, 2014).
Nota de rodapé: Centro de referência em
educação integral – Avaliação na
Professor (a), para saber mais sobre os processos
Educação Integral – Acesso em 17 de
de avaliação na EI e outros assuntos acesse o site:
julho de 2018. Disponível em: <
<http://educacaointegral.org.br> http://educacaointegral.org.br/glossario/a
valiacao-na-educacao-integral/>
44 | P á g i n a
Vale ressaltar, a você Professor (a) que me acompanha, que na Oficina do Banco
Imobiliário houve a avaliação em parceria (Professora-pesquisador) após sua aplicação.
Talvez uma justificativa para isso seja que a pesquisa realizada se encontrara com foco
sobre a docente. Ademais, também, elencarei outros fatores que prejudicaram essa
avaliação final coletiva, como: a carga horária extensa dos professores; problemas
particulares; o horário de aula dos professores; entre outros motivos. Tudo isso são
percalços inerentes ao contexto escolar que podem, sem sombra de dúvida, serem
minimizadas caso os professores estejam engajados com a proposta de ensino. Não se
esqueça Professor (a), tente documentar todos os assuntos levantados durante a reunião,
pois no próximo encontro você e os outros professores não precisarão ficar buscando
na memória o que havia sido discutido na reunião anterior. Organização é importante
no processo do planejamento escolar.
Professor (a) a avaliação que, a professora e eu, propusemos fazer voltou-se para
uma avaliação processual, que norteou os planejamentos das outras oficinas realizadas
na pesquisa, além disso, ela respeitou bem mais os aspectos qualitativos dos saberes
adquiridos pelos alunos dos que os quantitativos. Nota-se, que isso está em consonância
com as propostas elencadas pelos documentos orientadores do estado de Minas Gerias,
bem como se liga às orientações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB – Lei
nº 9394, de 20 de dezembro de 1996).
Professor (a), passadas essas dicas para a avaliação das propostas pedagógicas e
dos alunos, pretendo nas próximas páginas informar algumas dicas de adaptações para
essa brincadeira. Não perca o foco, acompanhe-me!
45 | P á g i n a
DICAS: COMO ADAPTAR A OFICINA PARA SUA
REALIDADE
________________________
Como anunciado, irei discorrer como você professor (a) poderá adaptar a oficina
para a sua realidade. Os verbos que estão contidos em cada uma das orações a seguir
serão colocados no modo imperativo, com a finalidade de serem feitos pedidos
(orientações) e não ordens. Dessa forma, as sugestões contidas aqui, serão apenas para
nortearem você a criar a sua Oficina do Banco Imobiliário relacionada à realidade de
sua escola. A seguir, seguirão sugestões que estão relacionadas ao trabalho coletivo, à
matemática e as adaptações do tabuleiro e das cartas do jogo. Em relação às outras
disciplinas, você professor, poderá utilizar as ideias trabalhadas na oficina do Banco
Imobiliário da cidade de Ponte Nova/MG como referência para a elaboração em
parceria com os professores da sua escola.
46 | P á g i n a
TRABALHO COLETIVO
________________________
Figura 10 – Trabalho coletivo
Fonte: https://cardapiopedagogico.blogspot.com.br/2017/01/trabalho-coletivo-htpc_4.html
Professor, nesta parte irei fazer um paralelo com a oficina apresentada (Banco
Imobiliário) para explicar a proposta desta seção. É bom destacar, que para essa
atividade houve um planejamento coletivo entre os professores de Matemática,
Português e Geografia.
No plano de trabalho da oficina os conteúdos se conectaram e foram envolvidos
em uma mesma situação problema. Porém, admito que faltaram outras disciplinas, que
poderiam estar presentes nessa atividade. Como, por exemplo, as disciplinas: História
e Artes.
Nesse sentido, a dica professor (a) é tentar convidar os professores de História e
de Artes a se inserirem no grupo da produção dessa Oficina. A proposta é fazer com
que o professor de História trabalhe a história da cidade, ou ainda, a história dos bairros
que englobam a comunidade escolar. A ligação do currículo escolar da disciplina de
História com o contexto histórico da cidade ou do contexto escolar dependerá do próprio
docente, uma vez que, ele é conhecedor dessa ciência.
De forma análoga, podemos pensar a inserção do professor de Artes na
elaboração dessa atividade. Assim, ele poderá trabalhar com os aspectos ligados a
expressividade da disciplina de Artes ligada à música, à cultura, ao desenho, e outros.
Cabe ao professor analisar e, também, conhecer a cultura escolar para que possa adequar
essa disciplina na proposta dessa atividade.
Professor, é importante lembrá-lo que tudo isso são apenas sugestões que podem
levar a Oficina ter um caráter “maior” que uma interdisciplinaridade, podendo, assim,
chegar na transdisciplinaridade. Por isso, defendo que a proposta educativa seja
apresentada a todos os professores e profissionais da escola, e também aos alunos e
47 | P á g i n a
respectivos pais ou responsáveis. Pois, a participação coletiva de um maior número de
pessoas pode ajudar a atividade ficar mais significativa, dando assim, um aspecto de
uma formação completa para o aluno. Não significa que, poucas pessoas agindo em
favor da atividade irá deixá-la menos significativa para o aluno. Entenda atividade
significativa como sendo uma proposta educativa que irá entrelaçar várias disciplinas
em torno de uma situação problema. A ideia é mostrar aos alunos como as disciplinas
se conectam.
A seguir segue uma notícia da Revista Nova Escola, que talvez possa inspirar
você professor (a), sobre o trabalho coletivo. Ela versa sobre a realização de um trabalho
coletivo concretizado em torno de um bom planejamento.
Foi Notícia!
Proposta pedagógica e planejamento: as bases do sucesso escolar
Para oferecer um ensino adequado às necessidades de seus alunos, a escola precisa saber o que
quer, envolvendo a equipe e a comunidade na definição das metas.
Por: Lucita Briza
O que faz uma escola ser bem-sucedida? Como uma escola estadual do interior de Santa
Catarina conseguiu dobrar de um ano para o outro a jornada de todos os alunos de 2ª, 3ª e 4ª séries
com sucesso? Qual a receita de uma escola particular criada há 40 anos na capital de São Paulo para
permanecer atual a ponto de ser considerada um centro de referência? Embora atuando em regiões
diferentes e seguindo modelos educacionais distintos, ambas atribuem os bons resultados à mesma
razão: a proposta pedagógica, construída coletivamente e concretizada num bom planejamento.
48 | P á g i n a
A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes básicas e a linha de
ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um compromisso assumido por professores,
funcionários, representantes de pais e alunos e líderes comunitários em torno do mesmo projeto
educacional. O planejamento é o plano de ação que, em um determinado período, vai levar a escola
a atingir suas metas. Do planejamento, depois, sairão os planos de aula, adaptados ao cotidiano em
classe.
PEQUENA CONSTITUIÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 diz que a proposta
pedagógica é um documento de referência. Por meio dela, a comunidade escolar exerce sua
autonomia financeira, administrativa e pedagógica. Também chamada de projeto pedagógico, projeto
político-pedagógico ou projeto educativo, a proposta pedagógica pode ser comparada ao que o
educador espanhol Manuel Álvarez chama de "uma pequena Constituição". Nem por isso ela deve
ser encarada como um conjunto de normas rígidas. Elaborar esse documento é uma oportunidade
para a escola escolher o currículo e organizar o espaço e o tempo de acordo com as necessidades de
ensino. Além da LDB, a proposta pedagógica deve considerar as orientações contidas nas diretrizes
curriculares elaboradas pelo Conselho Nacional da Educação e nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN). Para Álvarez, o ideal é que o documento seja o resultado de reflexão coletiva.
E como chegar ao consenso? "Proporcionando espaços para que cada uma das partes
exponha seus objetivos e interesses com base nos princípios educativos com os quais todos
concordam", diz o educador. Esse esforço conjunto harmoniza as diferenças entre os grupos que
compõem a escola. Um dos desafios para chegar a bom termo nessa elaboração, observa o educador
francês Bernard Charlot, é manter a coerência entre a teoria e a prática. "De que vale um discurso
pedagógico do tipo construtivista e práticas que o contradizem?", questiona Charlot. Manter a
proposta pedagógica e o planejamento escolar atualizados é a recomendação feita pela educadora
Madalena Freire, de São Paulo.
49 | P á g i n a
"Tanto a proposta como o planejamento são processuais e devem correr em paralelo com a
construção do conhecimento", diz ela. Isso impede que os dois documentos se transformem em
instrumentos engavetados, só revistos no fim do ano. Essa burocratização leva muitos professores a
considerar ambos como desnecessários e inviáveis.
"O planejamento serve como roteiro para os professores, permitindo aplicar no dia-a-dia a
linha de pensamento e ação da proposta pedagógica", afirma Ilza Martins Sant'Anna, professora da
Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras. O que não significa determinar uma
forma única de planejar todas as disciplinas: a avaliação dos erros e acertos é que vai permitir a
melhor escolha. Para planejar, observa Madalena, é importante cada professor dominar o conteúdo
de sua matéria - mas isso de nada valerá se ele não escutar os alunos e não valorizar o que já
conhecem. O professor deve sempre se perguntar: o que meus alunos já sabem? O que ainda não
conhecem? O que, como e quando ensinar? Onde ensinar? Com base nas respostas, ele propõe
atividades que façam sentido para os estudantes daquela comunidade. Se for uma aula de literatura,
por exemplo, lembre-se de que os alunos de uma escola da periferia não têm o mesmo contato com
livros que os de uma escola de classe média. Você precisa valorizar o saber do grupo e, após cada
atividade, refletir sobre sua prática. Em vez de atribuir aos alunos incapacidade de aprender, o ideal
é que você analise as próprias inadequações ao ensinar.
REVISÃO PERIÓDICA
Geralmente feito no início do ano ou do semestre para abranger todo o período, o
planejamento pede acompanhamento constante, na opinião de Madalena. O trabalho deve ser
reavaliado em reuniões quinzenais com a participação de toda equipe e sob a liderança do

coordenador. Uma primeira avaliação geral pode ser feita no final do primeiro bimestre para corrigir
desvios e lançar bases para o resto do período. Nesse momento, os professores checam se os
conteúdos são fundamentais para o aprendizado; se há articulação entre os segmentos (Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Médio); se as reuniões pedagógicas estão sendo bem aproveitadas e
se o planejamento favorece o envolvimento da família e da comunidade na escola. Veja, abaixo, as
experiências de duas escolas bem-sucedidas.
50 | P á g i n a
ESCOLA FREI NICODEMOS
"Uma das vantagens do planejamento coletivo é a maior integração do trabalho dos docentes;
o difícil é fazer uma idéia obter a aprovação da maioria"
A Escola Estadual de Educação Básica Frei Nicodemos, em Lages (SC), foi aberta para receber
filhos de trabalhadores que vivem num conjunto habitacional e em casas precárias que surgiram nos
arredores. Mesmo com classes superlotadas, era preciso oferecer educação de qualidade para combater
a repetência e a evasão.
Quando Marilú Maldaner Ghiozi assumiu a direção, em 2003, havia apenas uma proposta
pedagógica montada sem a participação da comunidade. A primeira providência de Marilú foi convocar
professores, funcionários, representantes de pais, de alunos e da comunidade para uma ampla discussão
em pequenos grupos. Em uma semana de reuniões, o grupo formulou uma proposta de fácil
compreensão, entregue a todos.
A próxima tarefa era planejar o ano letivo com base no questionário respondido pelos pais.
Eles queriam que a escola oferecesse ensino mais amplo - como língua estrangeira - já que não podiam
pagar cursos extras. Por isso e pela baixa escolaridade da comunidade, a escola foi uma das escolhidas
pelo governo para a implantação do projeto Escola Pública Integral (EPI). Decidiu-se em reuniões que
a experiência começaria com classes de 2a, 3a e 4a séries.
Enquanto eram realizadas obras para adaptar o prédio, a equipe pedagógica participava das
reuniões de planejamento, conta a professora da 4a série, Rosires Duarte Chaves. Todos os professores
levaram sugestões de projetos e decidiram como integrar o currículo às atividades extras. De comum
acordo com os pais, foram escolhidas para compor o período integral aulas de Inglês, Informática e
Dança. A escola ganhou laboratório de Ciências, brinquedoteca e salas para estudo orientado em
Matemática e Língua Portuguesa.
Em reuniões periódicas, novas sugestões apareceram para melhorar ou alterar as anteriormente
aprovadas. Assim, ficou decidido que as atividades extras seriam alternadas com as curriculares e que
o professor de classe deveria assumir todas as matérias do currículo básico, só deixando as novas
atividades por conta de especialistas. As reuniões trimestrais passaram a ser quinzenais.
51 | P á g i n a
No final do ano, a avaliação dos pais mostrou que as mudanças foram positivas. A média dos
alunos em Matemática, leitura e escrita melhorou e houve muita procura pelas aulas de Inglês e
Informática. "Conseguimos atender as crianças que estavam em defasagem idade-série", diz a professora
Eliane Sari Coelho, uma das responsáveis pelas horas de estudo orientado. Para a diretora, a Frei
Nicodemos está cumprindo sua proposta de inclusão social. "Garantimos os resultados porque todos
vestiram a camisa do projeto."
Sobre a Escola Lourenço Castanho veja o texto na íntegra disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/453/proposta-pedagogica-planejamento-bases-sucesso-escolar.
Acesso em: 12/04/2018
52 | P á g i n a
DICAS PARA A MATEMÁTICA
________________________
Figura 11 – Desenho à mão livre
Fonte: arquivo pessoal do autor
Professor (a), nesta parte as sugestões estão relacionadas ao ensino de

Matemática. Não serão muitas dicas, a ideia é aguçar sua mente afim de estimulá-lo a
adaptar a atividade para o ensino de outros conteúdos. É importante salientar que a
adaptação versará sobre conteúdos matemáticos. Esse ajuste, também, não apontará a
série que esse conteúdo pode vir a ser trabalhado. Cabe a você, quando for adaptar a
oficina, destacar os conteúdos que serão ensinados e a série que você leciona. Sendo
assim, vamos paras as dicas.
DICA NÚMERO 1
Professor (a) a primeira adaptação que poderá fazer é relacionada à dois
conteúdos: módulo de um número inteiro e operações com números inteiros. Veja a
figura a seguir que contém uma carta do jogo que contempla essas duas matérias.
Figura 12 – Sugestão de adaptação para os títulos de posse

Fonte: Elaborado pelo autor
53 | P á g i n a
Professor (a) é importante trabalhar os
Orientação: conceitos desses conteúdos antes de utilizar o
jogo como uma metodologia de ensino. Além
disso, o valor de aluguel sugerido para o bairro A deverá ser um valor que ao ser
comparado com outros bairros inseridos no jogo represente aproximadamente à
realidade da cidade em torno dos valores dos alugueis, bem como os preços de lotes e
estabelecimentos. Por exemplo: Quando colocamos (eu e Júlia) no jogo que no bairro
Palmeiras o valor de aluguel é mais caro que no bairro Vila Oliveira, foi necessário
exemplificar a realidade desses bairros, guardadas as devidas proporções. O primeiro é
um centro comercial e que abriga famílias de classe média alta. É nele que se localizam
as agências bancárias, os centros de saúde (Hospital, por exemplo) e vários outros
comércios cujos os valores de alugueis giram em torno de pelo menos 2 salários
mínimos, enquanto o outro se localiza em um bairro residencial de classe média baixa,
e possui poucos comércios. É importante salientar ao leitor que não estou inferiorizando
o bairro Vila Oliveira e seus moradores, mas, infelizmente nossa realidade se constituiu
em valorar os bairros como o de Palmeiras. Lamentavelmente, grande parte das pessoas
não olham para as especificidades que o bairro da Vila Oliveira oferece em detrimento
ao bairro Palmeiras e a outros da cidade, como por exemplo: mais tranquilidade para se
viver, menos poluição sonora, visual entre outros aspectos. Assim, é importante que os
professores, além de trabalharem a Matemática, possam dar a ela significado em um
contexto social, que, no caso, será feito na região de sua cidade.
Professor (a), durante o jogo é importante rememorar as explicações do
professor de Geografia, caso ele tenha exemplificado a variação dos preços das casas,
ou lotes, ou estabelecimentos e seus respectivos alugueis. Esses preços variam de
acordo com a localidade do bairro – se é perto ou não do centro da cidade ou de algum
centro comercial, ou ainda se é, ou não, um bairro residencial de classe média alta. Isso
54 | P á g i n a
será importante quando estiver aplicando o jogo aos seus alunos. As explicações
lembradas por você farão sentindo durante a dinâmica dele, além disso, o aluno poderá
prever em qual localidade seu dinheiro irá valorizar mais ou menos, uma vez que o
objetivo do jogo é se tornar o mais rico, através do acúmulo de dinheiro e propriedades.
DICA NÚMERO 2
Outra adaptação é para o ensino de porcentagem. Veja a figura a seguir que
contém uma carta do jogo que contempla esse conteúdo.
Figura 13: Sugestão de adaptação para os títulos de posse
55 | P á g i n a
Como a dica anterior, oriento que
Orientação: introduza os conceitos de porcentagem antes da
utilização do jogo como ferramenta de ensino e
aprendizagem. Ressalto novamente a importância de deixar o jogo parecido com a
realidade do educando.
DICAS GERAIS
Caro professor (a), as sugestões de adaptações são apenas para embasar seu
plano de aula, cabe ao senhor (a), analisar qual conteúdo poderá ser utilizado nesta
Oficina.
Note que, mostrei apenas sugestões para as atividades relacionadas às cartas do
jogo. Os ajustes, também, podem ser feitos na apresentação em Power Point, caso
queira utilizá-la na oficina. A modificação do slide dependerá, além de outros fatores,
de como você e os outros professores organizarão a Oficina e como os conteúdos serão
explicados e entrelaçados. Ademais, as adaptações também podem ser feitas no
tabuleiro do jogo, que podem respeitar os conteúdos que você estiver trabalhando em
sala de aula. Um exemplo disso, seria trocar o valor do lote ou estabelecimento contido
na tábula por uma operação que dê o valor do lote ou estabelecimento. Caso você esteja
trabalhando com a dica número 2, que versa sobre o conteúdo de porcentagem, a

adaptação poderia ser:
56 | P á g i n a
Figura 14: Sugestão de adaptação para os campos da tábula.
Observe que as dicas são ilustrativas, fica a critério do senhor (a) a forma como
irá conduzí-la. Assim, é sempre válido, caso queira, colocar vários conteúdos de
Matemática nessa Oficina. No entanto, ressalvo mais uma vez a importância de tê-los
trabalhado antes da utilização do jogo.
Agora é com você

Professor (a)! Quais conteúdos
de Matemática podem ser
trabalhados nessa Oficina, além
dos já citados?
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Figura 15 – Professor. Adaptação: próprio autor – Fonte:
_________________________
http://galeria.colorir.com/colegio/professor-no-quadro-negro-pintado-por-asd-116432.html
_________________________
57 | P á g i n a
________
Agora é com você Professor (a)!
Quais séries que os conteúdos que você
elencou anteriormente contemplariam?
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Figura 16 – Professor. Adaptação: próprio autor – Fonte:
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http://galeria.colorir.com/colegio/professor-no-quadro-negro-pintado-por-asd-116432.html
_______________________________
_
Agora é com você Professor (a)!
Em sua opinião essa Oficina poderia
contemplar quais disciplinas do
currículo? Por quê?
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Figura 17 – Professor. Adaptação: próprio autor – Fonte: http://galeria.colorir.com/colegio/professor-
_______________________________
no-quadro-negro-pintado-por-asd-116432.html
_______________________________
58 | P á g i n a
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_______________________________
_______________________________
_______________________________
F
É, como farei essas

adaptações no computador?
Figura 18 – Pensando a adaptação. Adaptação: próprio autor

Fonte:https://minilua.com/o-que-mais-irrita-no-computador-18/
Fique calmo professor (a), a seguir mostrarei como você poderá fazer essas
adaptações. Além disso, falarei sobre os programas que você deverá ter, em seu
computador, para que as adaptações possam ocorrer.
59 | P á g i n a
DICAS PARA A CONSTRUÇÃO DO SEU BANCO IMOBILIÁRIO
UTILIZANDO O COMPUTADOR
________________________
Olá professor (a), depois de debruçar-me sobre algumas possíveis adaptações da

Oficina, peço a vocês que me acompanham desde o início desta leitura e que fiquem
atentos com as próximas dicas, pois aprenderão como proceder com as elaboraçãoões
da tábula (tabuleiro) e das cartas do jogo no computador. Isso acontecerá depois de
vocês pensarem o (s) conteúdo (s) a ser (em) trabalhado (s) com os alunos e os
respectivos bairros.
Nesta parte, irei apenas mostrar como a matriz do jogo (tabuleiro) foi elaborada
para que depois ele pudesse ser impresso. Vale lembrar, que não falarei sobre a
elaboração dos slides, isso ficará a cargo de vocês e dos outros professores que
colaborarão com esse trabalho interdisciplinar.
Para a impressão do material recomendamos que ele seja estampado em folhas
A3, A2 ou A1, e posteriormente colados em um papel paraná (Papelão mais grosso).
Outra forma de imprimir o tabuleiro seria a impressão no formato de pôster, na qual o
material utilizado será a lona. Essas dicas são para aumentar a vida útil do tabuleiro.
Assim posto, vamos às transformações.
60 | P á g i n a
TÁBULA DO JOGO
________________________
Antes de elaborar a tábula do jogo, eu e a professora, fizemos um levantamento
dos bairros que fazem parte do contexto escolar, bem como os estabelecimentos
comerciais que cada bairro dispõe. Isso, foi para deixar o jogo parecido com a realidade
dos alunos. Além disso, mesmo não fazendo parte do contexto em que viviam os alunos,
mas pertencendo a cidade onde moram, os bairros Centro Histórico (centro da cidade)
e Palmeiras foram adicionados ao jogo para ajudar no entendimento dos conceitos de
Geografia, trabalhados na oficina.
Antes de mostrar como ela (Tábula do jogo) foi elaborada, irei exemplificar
como ficou a tábula do jogo da cidade de Ponte Nova/MG e as respectivas distribuições
das localidades nesse tabuleiro. Veja a figura a seguir:
Figura 19 – Tabuleiro do jogo

Fonte: Arquivo pessoal do próprio autor
Vocês podem perceber que o tabuleiro é um retângulo que em cada lado há uma
distribuição de lotes que se localizam em um determinado bairro. Então, qual foi o
61 | P á g i n a
critério estabelecido para que os bairros ficassem organizados como da forma da Figura
19? Após muita conversa decidimos que em cada lado do retângulo ficariam bairros que
eram próximos uns dos outros na realidade, e entre esses bairros ficariam alguns
estabelecimentos comerciais que são comuns a esses bairros, ou estabelecimentos
comerciais que ficam em um dos bairros, mas que é próximo do outro, como por
exemplo a farmácia que está na figura anterior, ela está entre o bairros Guarapiranga e
Vale Verde que são próximos, mas o estabelecimento destacado não é comum aos dois
bairros, e sim pertence ao bairro do Guarapiranga. O bairro Vale Verde é um bairro
residencial, e dificilmente há comércios nessa localidade, porém como os dois bairros
são vizinhos colocamos o referido estabelecimento entre os dois bairros.
Sendo assim, explicado o contexto da distribuição dos bairros vamos para a
adaptação da tábula.
62 | P á g i n a
COMO FAZER O TABULEIRO DO BANCO IMOBILIÁRIO
UTILIZANDO O PROGRAMA PAINT
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Professor (a) nessa seção você apreenderá como construir a tábula do jogo
Banco Imobiliário no programa Paint do sistema operacional Windows 10, 8 e 7. Como
suporte a esse programa você utilizará, também, o Microsoft Power Point. Dessa forma,
vamos para o passo a passo dessa elaboração, me acompanhe.
Windows 10
Com o computador ligado, na
área de trabalho do Windows 10 leve o
cursor do mouse até o
botão______destacado em vermelho na
imagem ao lado (botão pesquisar).
Clique, e digite paint, como mostra a
figura ao lado. Como destacado pela
seta, vá com o curso do mouse até o
ícone do programa Paint e dê um clique
para abri-lo.
Figura 20 – tela de um computador
63 | P á g i n a
Windows 8
Com o computador ligado, na
tela inicial do Windows 8, leve o cursor
do mouse até o canto direito da tela,
como mostra a figura, espere a barra
lateral abrir e clique em pesquisar. Na
caixa de diálogo dessa opção, escreva
paint e dê um clique sobre o ícone do
programa que deseja abrir, observe a
figura a seguir.


Windows 7
Com o computador ligado, na área de trabalho do Windows 7, leve o cursor do mouse até
o menu iniciar, grifado em vermelho (Figura 23). Clique nesse botão, automaticamente abrirá o
menu iniciar, você verá a barra de pesquisar como mostra a seta que aponta para baixo. Nessa barra
digite paint e, por conseguinte clique no programa.
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Figura 23 – tela de um computador –
Professor (a), conseguiu abrir o programa paint? Aposto que sim! Então vamos
para a parte principal dessa construção, a elaboração da tábula do Banco Imobiliário.
Como exemplo, vou utilizar a cidade de Ponte Nova MG e os próprios bairros da cidade.
Dessa forma, no anexo 1 deste material você encontrará um modelo de tabuleiro em
branco. Caso o arquivo deste produto educacional se encontre em PDF, você ajustará o
zoom da tela do computador de forma que o tabuleiro caiba em toda tela do computador,
como mostra a figura a seguir:
65 | P á g i n a
Figura 24 – Iniciando: ensinando como manusear o Paint para fazer o tabuleiro do Banco
Imobiliário
Agora faça um Print Screen (botão do teclado Prt Sc sys Rq), veja seguir onde
se localiza essa tecla:
Figura 25 – Iniciando: ensinando como manusear o Paint para fazer o tabuleiro do Banco Imobiliário
66 | P á g i n a
Conseguiu executar a função pedida Professor (a)? Aposto que sim. Há teclados
como os de notebooks que exigem que você segure a tecla Fn e aperte e tecla Print
Screen ao mesmo tempo. Mas o que essa tecla faz? Ela captura a tela de seu computador.
Posteriormente, você irá ao programa Paint que você abriu. Na tela em branco desse
aplicativo você irá apertar ao mesmo tempo “Control + V” ou “Ctrl +V”. A imagem
ficará assim:
Figura 26 – Ensinando como manusear o Paint para fazer o tabuleiro do Banco Imobiliário
Note que você colou no Paint a captura feita pelo passo anterior. Agora observe
o zoom marcado no canto inferior direito da tela, que marca 50%. Deixei assim para
exemplificar como ficará a tela, quando você fizer “Control + V” ou “Ctrl +V” (colar)
da captura já realizada. Posteriormente, com o zoom em 100% você apertará no teclado
do computador as teclas “Control + A” ou “Ctrl +A”. Isso selecionará toda a imagem
contida no programa. Em seguida, professor (a), você clicará no centro da imagem com
67 | P á g i n a
o botão direito do mouse, abrirá uma caixa de diálogo com algumas opções e você
escolherá a opção “Girar”. Note que, aqui você não clicará nessa opção, basta apenas
posicionar o cursor do mouse sobre a opção “Girar”. Isso abrirá outra caixa de diálogo
ao lado. Nesta, você escolherá e clicará na opção girar 90º para a direita. Veja a figura
a seguir:
Feito isso, a figura ficará assim no paint:

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Nesse momento professor (a), você irá utilizar a ferramenta “Selecionar” do
Paint, destacada na barra de ferramentas do programa, como mostra a figura a seguir:
Clique nessa opção e selecione apenas o tabuleiro. Mas como isso será feito?
Caro Professor (a) você fará um retângulo em volta do tabuleiro selecionando-o,
observe:
Selecionado, você irá apertar ao mesmo tempo as teclas “Control + C” ou “Ctrl

+C”. Isso copiará a imagem selecionada.
Agora, abra o programa Power Point e cole (Control + V” ou “Ctrl +V) a
imagem na primeira apresentação desse programa, veja a seguir:
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Figura 31 – Utilizando o Power Point: Ensinando como manusear o Paint para fazer o tabuleiro do
Banco Imobiliário
Nesse aplicativo, você irá expandir o tabuleiro. Para isso, clique com o botão
direito sobre a imagem colocada no programa e selecione a opção “Tamanho e Posição”,
observe:
Banco Imobiliário
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Nessa opção, você escolherá o tamanho que deseje expandir. Tente colocar um
tamanho que que cubra toda a página de apresentação do Power point, como por
exemplo o tamanho:
Banco Imobiliário
Feito isso, clique sobre a imagem, selecionando-a, e faça “Control + C” ou “Ctrl

+C”, copiando-a, vá ao arquivo Paint e faça “Control + N” ou “Ctrl +N”, para abrir um
novo arquivo, salve se quiser a imagem destacada no Paint. Assim, teremos novamente
o programa em branco. Agora, com a imagem copiada do Power Point, faça um
“Control + V” ou “Ctrl +V”, colando-a no Paint, ficando assim:
Figura 34 – Ensinando como manusear o Paint para fazer o tabuleiro do Banco Imobiliário –
71 | P á g i n a
Figura 35 – Indagando o processo de construção, adaptação: Próprio autor. Fonte:
http://portugese.fansshare.com/gallery/photos/14459605/papel-de-parede-meme-pensativo/?displaying.
Professor (a), não utilizei o programa, pois ele distorce a imagem, deixando
assim, a impressão do material comprometida.
No Paint, Professor (a), como mostra a Figura 34, deixe o zoom de visualização
da figura em 25%. Para isso, vá ao canto inferior direito da janela desse programa. Lá
você visualizará a seguinte situação:
Clique no sinal de menos, diminuindo assim o zoom. A imagem do programa

ficará como a Figura 34, você expandirá a janela de trabalho do Paint, que é a janela
em branco, aquela que você faz os desenhos.
Para isso, você levará o cursor do mouse no círculo em vermelho, conforme
mostra Figura 37, veja a seguir.
72 | P á g i n a
Nesse círculo, você posicionará o cursor do mouse sobre o ponto em branco, e

quando aparecer uma seta dupla você irá clicar e segurar. Assim, o ideal é que você
expanda a área do desenho deixando da seguinte forma:
73 | P á g i n a
Conseguiu Professor (a)? Aposto que sim. Agora, você irá posicionar o tabuleiro
do jogo no centro do programa. Para isso utilize a ferramenta selecionar, já utilizada e
destacada na Figura 29. Selecione a tábula do jogo, e com o tabuleiro selecionado
posicione o cursor do mouse sobre a tábula (aparecerá uma seta de quatro pontas),
clique, segure e arreste até o centro. Observe a figura a seguir:
Depois de tudo isso, chegou o momento esperado. O momento que você irá
redigir os preços e as localidades no tabuleiro. Vamos lá professor (a), não desanime!
Nesse momento, você aumentará o zoom do programa paint, como já
exemplificado, para 300%. Observe:
74 | P á g i n a
Note que, quando você aproximar a imagem, irá posicionar o mouse sobre a base
do retângulo. Observe:
Figura 41: Ensinando como manusear o Paint para fazer o tabuleiro do Banco Imobiliário
Agora, você começará a preencher suas localidades. Utilizará para isso a

ferramenta texto.
Figura 42: Ensinando como manusear o Paint para fazer o tabuleiro do Banco Imobiliário
Clique sobre essa ferramenta e escolha um uma localidade sobre a base que você
está querendo. Observe a ilustração:
75 | P á g i n a
Professor (a), não fique desesperado por conta da imagem se apresentar borrada,
pois você está utilizando um zoom com 300% de aproximação. Quando você retornar a
imagem para 100%, e posteriormente, quando selecionar o tabuleiro pronto e jogar no
programa Word para impressão, esses borrões serão minorados como o jogo que
elaborei (Ver anexo 2). Agora preencha o tabuleiro conforme seu desejo. Para ter acesso
aos outros lados do retângulo da tábula, uma vez que, no Paint não é possível digitar na
vertical, você terá que redimensionar o zoom para 25%. Observe:
Feito isso, você selecionará o tabuleiro, como já realizado anteriormente. Com

ele selecionado posicione o cursor do mouse sobre a tábula e clique com o botão direito,
vá na opção “Girar”, já apreendida, e clique em girar 90º para a direita. O tabuleiro
ficará conforme disposto na Figura 45.
76 | P á g i n a
Repita o processo anterior para a nova base do retângulo, aproxime o zoom para
300% e preencha a parte debaixo do tabuleiro.
Professor, esse processo se repetirá sucessivamente, sempre que você terminar
um lado do tabuleiro. No final termos a seguinte arte:
77 | P á g i n a
Professor (a), a arte de cada uma das localidades fica a seu critério, a finalidade
é ensiná-lo a fazer a tábula. Aliás, o senhor (a), poderá utilizar outro programa para
realizar a tarefa, que é criar o tabuleiro do Banco Imobiliário para seu contexto escolar.
Agora, voltando na figura 46, e com o zoom em 50%, você selecionará o
tabuleiro, conforme já ensinado, copiando-o (“Control + C” ou “Ctrl +C”) e colando-o
(“Control + V” ou “Ctrl +V”) no Word. Nesse programa, você irá expandir a figura até
o máximo que a página do Word permitir, não se esqueça de diminuir a margens da
folha no Word, pois quando você for imprimir, pode ser que a impressão produza apenas
a figura que esteja na margem e deixe de imprimir a parte que excedeu as margens.
Observe a figura a seguir, que mostra o tabuleiro na página do Word.
Agora é só imprimir em uma folha A3, ou A2 ou A1. Acredito que na folha A3

fique bem melhor. Nos anexos (Anexo 3) deste produto irá conter tabuleiro da figura
47.
78 | P á g i n a
COMO FAZER AS CARTAS DO JOGO UTILIZANDO O PROGRAMA
PAINT
________________________
Professor (a), passado a parte complexa da construção da tábula, vamos para o
momento mais fácil. Agora, irei construir os títulos de posse. Abra o novamente o Paint.
Para criar as cartas é bem simples, pois é só utilizar as formas de desenho: retângulo ou
retângulo arredondado. Veja a figura:
Professor (a), é necessário que você desenhe essas formas utilizando o zoom do
programa em 200% no mínimo, para que a imagem não distorça quando colada no Word
para impressão. Outra dica, é que as formas fiquem com medidas iguais. Para isso, basta
você selecionar a carta criada, e como já apreendido – copiar e colar novamente no
Paint. Conforme já mencionado, a arte das cartas ficará a critério do senhor (a).
79 | P á g i n a
Professor (a), na próxima seção, discorrerei sobre as outras oficinas aplicadas.

No entanto, o exercício que foi realizado para a Oficina do Banco Imobiliário não será
aplicado para as outras. Nesse sentido, irei deixar como atividade a adaptação das
oficinas do Mercadinho e do Sistema Monetário.
Professor (a), agradeço pela paciência e espero que esse produto possa lhe dar
ânimo para criar outros materiais, além desse. Qualquer dúvida você pode entrar em
contato pelo e-mail: luanmartinsyou@gmail.com
80 | P á g i n a
UM BREVE COMENTÁRIO: A
OFICINA DO MERCADINHO E
SUA AMPLIAÇÃO
________________________
Nesta parte, professor (a) falarei de forma sucinta sobre a Oficina do Mercadinho
e as outras Oficinas que surgiram a partir dela. A ideia que será apresentada poderá
nortear seu planejamento caso queira replicar as atividades para sua realidade. É
importante ressaltar novamente que as elaborações/aplicações dessas práticas devem
respeitar a realidade dos seus educandos, além de serem feitas, preferencialmente, em
parceria com outros professores para que seja um produto educacional interdisciplinar.
Professor (a), o trabalho em conjunto com outros professores pode também
alavancar seu Desenvolvimento Profissional como docente, caso ele seja uma parceria
crítica (DAY, 1999). É lógico que o senhor (a) Desenvolve Profissionalmente
individualmente, ainda mais quando está engajado para determinado fim.
A ideia dos parceiros críticos na construção das atividades é fazer com que a
partir das discussões, durante os planejamentos e avaliações das propostas, possam
surgir outras ideias que contemplem a proposta pedagógica com a finalidade de
melhorá-la, além disso o trabalho em conjunto poderá incentivar a reflexão da prática
pedagógica de todos os envolvidos, na qual pode potencializar uma avaliação da prática
anterior para com a atual, que possibilite o professor (a), talvez, a mudar a forma de
como ministrar suas aulas.
81 | P á g i n a
A OFICINA DO MERCADINHO
Professor (a), inicialmente a Oficina do Mercadinho da escola A seria apenas

uma atividade voltada para a realidade dos supermercados da cidade de Ponte Nova-
MG, que teriam a participação dos professores de Economia Solidária do Macrocampo
Educação Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária e
Criativa/Educação Econômica (Educação Financeira e Fiscal) da Educação integral do
Estado de Minas Gerais, e da Professora do Macrocampo Acompanhamento
Pedagógico.
Após algumas reuniões, a professora de Matemática e eu, decidimos que a
Oficina do Mercadinho ficaria dividia em cinco Oficinas que são: Oficina 1 –
Introdutória do mercadinho, Oficina 2 – O sistema monetário; Oficina 3 – Organização
dos setores do nosso supermercado; Oficina 4 – Orçamento; Oficina 5 – Indo às
compras.
Professor (a), a seguir caracterizaremos como as duas primeiras oficinas foram
elaboradas, a fim de que possam lhe dar uma base para a elaboração da sua proposta
pedagógica voltada para seu contexto social. As outras oficinas serão mencionadas
rapidamente na seção: Outras Oficinas.
82 | P á g i n a
OFICINA 1 – INTRODUTÓRIA DO MERCADINHO
Professor (a) essa oficina teve como objetivo apresentar a ideia geral de
um supermercado, desde a organização dos produtos nas prateleiras até a
apresentação das informações contidas nas embalagens de cada produto. Além
disso, outro intuito fora abordar as disciplinas de Matemática e Ciências e o
Macrocampo de Economia solidária. Abaixo segue os conceitos/objetivos por
área organizados na elaboração da Oficina 1.
83 | P á g i n a
Professor (a), além disso foi esquematizado, antes da abordagem dessas
disciplinas, uma introdução explicando o conceito literal de supermercado, as
diferenças existentes entre um supermercado e uma mercearia e a jogada de marketing
que a maioria dos supermercados fazem para que os clientes comprem itens a mais do
que pensariam em adquirir antes de entrarem no estabelecimento. Essas ideias foram
organizadas e exemplificadas fazendo um paralelo com a realidade da cidade de Ponte
Nova. Para isso foram mostradas fotos para os alunos de alguns supermercados e suas
organizações dos produtos nas prateleiras.
Para ajudar na sua pesquisa sobre essa organização dos produtos de um
supermercado o senhor (a) poderá acessar os sites: <
http://helioprint.com.br/blog/organizar-prateleiras-supermercado/> ou <
http://marketingestgf.blogspot.com.br/2013/05/a-organizacao-de-um-
supermercado_3.html>.
84 | P á g i n a
Agora é com você Professor (a)! Como
essa primeira oficina poderia ser
trabalhada por você e seus colegas de
trabalho? Quais disciplinas poderiam
organizar essa proposta? Quais
conteúdos do currículo, de cada
disciplina, poderiam ser
implementados aqui? Sua cidade
possui supermercados? Se não, como
você poderia trabalhar essa atividade
através da realidade que vivem seus
alunos? Como essa forma de trabalhar
pode influenciar sua prática
pedagógica?
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Figura 50 – Professor. Adaptação: próprio autor
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Fonte: http://galeria.colorir.com/colegio/professor-no-quadro-negro-pintado-por-asd-
116432.html
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Fonte: http://galeria.colorir.com/colegio/professor-no-quadro-negro-pintado-por-asd-116432.html
86 | P á g i n a
OFICINA 2 – OFICINA DO SISTEMA
Professor (a) essa oficina teve como objetivo apresentar a ideia geral do
sistema monetário brasileiro, uma vez que nas atividades posteriores os alunos
iriam manuseá-lo. A ideia também foi apresentar o conjunto dos números
racionais e fazer um paralelo com a moeda nacional para contextualizar a
utilização desses números. Outra ideia foi a decolocar a disciplina de história
para contextualizar o surgimento do dinheiro no mundo e exemplificar o
contexto histórico das moedas que já foram dinheiro no Brasil. Abaixo segue os
conceitos/objetivos por área organizados na elaboração da Oficina 2.
87 | P á g i n a
Professor (a), sei que está faltando mais conceitos a serem trabalhados na
disciplina de História. Os conceitos que se encontram no quadro acima são para dar uma
ideia ao professor de História para que ele contextualize o momento de circulação de
cada moeda. Como ele é conhecedor dessa disciplina ele poderá perfeitamente melhorar
as ideais apresentadas.
Agora é com você Professor (a)! Como

essa oficina poderia ser trabalhada por
você e seus colegas de trabalho? Quais
disciplinas poderiam organizar essa
proposta, além das apresentadas?
Quais conteúdos do currículo, de cada
disciplina, poderiam ser
implementados aqui? Sua cidade
possui já possuiu moeda própria? Se
sim, como você poderia trabalhar essa
informação com seus alunos? Como
essa forma de trabalhar pode
influenciar sua prática pedagógica?

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Figura 52 – Professor.
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Adaptação: próprio autor
Fonte: http://galeria.colorir.com/colegio/professor-no-quadro-negro-pintado-por-asd-116432.html
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Fonte: http://galeria.colorir.com/colegio/professor-no-quadro-negro-pintado-por-asd-
116432.html
89 | P á g i n a
AS OUTRAS OFICINAS
Professor (a), conforme já mencionado, exemplificaremos aqui as outras

Oficinas elaboradas.
A Oficina 3 – Organização dos setores do nosso supermercado – foi elaborada
com o intuito dos alunos aplicarem os conhecimentos adquiridos da Oficina 1, que
versava, além de outras coisas, sobre o marketing dos supermercados. Assim, para que
ela ocorresse precisaria que os alunos e professores arrecadassem embalagens de
produtos, para que depois de escolherem o local do supermercado, montassem os
produtos nas “prateleiras” conforme já visto.
O professor como mediador deverá lembrar os alunos os conceitos apreendidos
na Oficina 1. Além disso, o professor de Matemática poderá, também, lembrar os alunos
os nomes de alguns sólidos geométricos que parecem com algumas embalagens.
A Oficina 4 – Orçamento – foi elaborada com o intuito dos alunos apreenderem
a fazer um orçamento antes de irem ás compras, para isso os alunos deveriam trazer de
casa uma lista de compras básicas que utilizavam em suas respectivas residências. Feito
isso, o professor pode levá-los ao computador ou disponibilizar panfletos de
supermercados para serem explorados em sala para que eles pesquisassem os preços de
cada item. A última parte desta atividade é montar uma tabela com os alunos, que pode
ser feita à mão ou no computador no programa Excel, caso o professor tenha habilidade
de trabalhar com esse software e também tenha domínio para ensinar aos alunos a
mexerem nele. O ideal nessa parte é o professor de matemática trabalhar as operações
com os números racionais.
A Oficina 5 – Indo às compras – organizada seria mais para fazer uma espécie
de teatro em sala, como se fosse um supermercado mesmo. Uma vez, que a Oficina 3
os alunos haviam montado o supermercado e na Oficina eles tinham feito o orçamento,
90 | P á g i n a
então bastava aplicar os conceitos apreendidos nas outras nessa. Porém, para que esse
tipo de oficina ocorra os professores devem criar um roteiro e discuti-lo com os alunos.
Pois, se não tiver uma organização a atividade ficará sem sentido e não reproduzirá a
realidade de um supermercado. Aqui, dá para revisar a maioria dos conceitos
apreendidos nas outras práticas, bem como trabalhar o texto teatral com os alunos.
Professor (a) que nos acompanhou até aqui, agradeço pela paciência e espero
que esse produto possa lhe dar ânimo a criar outros materiais, além desses destacados.
Qualquer dúvida você pode entrar em contato comigo pelo e-mail:
luanmartinsyou@gmail.com
91 | P á g i n a
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_______________________
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BRASIL. [Estatuto da criança e do adolescente (1990)]. Estatuto da criança e do

adolescente [recurso eletrônico]: Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, e legislação

correlata. – 11. ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014. 237 p. –
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97 | P á g i n a
ANEXOS
98 | P á g i n a
99 | P á g i n a
100 | P á g i n a
Este trabalho foi composto na fonte Myriad Pro e Ottawa.
Impresso na Coordenadoria de Imprensa e Editora | CIED
da Universidade Federal de Ouro Preto,
em julho de 2018
sobre papel 100% reciclato (miolo) 90g/m2 e (capa) 300 g/m2
101 | P á g i n a

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Organização | Luan Martins de Oliveira

Pesquisa e Redação | Luan Martins de Oliveira

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AS OFICINAS COMO METODOLOGIA DE ENSINO ................................ 12

AS DISCIPLINAS TRABALHADAS NA OFICINA ............................. 16

AS REGRAS DO JOGO .......................................................................... 24

AS CARTAS DO JOGO BANCO IMOBILIÁRIO ................................. 31

AVALIAÇÃO – PROPOSTA E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS ... 43

DICAS: COMO ADAPTAR A OFICINA PARA SUA REALIDADE .. 46

UM BREVE COMENTÁRIO: A OFICINA DO MERCADINHO E SUA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 92

Aos professores que queiram trabalhar com a

Segundo o dicionário Aurélio (2005, p. 627), a palavra oficina remete ao “lugar

Segundo Volquind e Vieira (2002) oficina de ensino é um tempo e um espaço

O desafio tem a função de mobilizar o grupo para a realização de

Volquind e Viera (2002) destacam a importância do professor possuir um diário

conhecimento, de análise da realidade, de confronto e troca de experiências. A meu ver,

Nesta seção irei descrever a Oficina do Banco Imobiliário trabalhada com os

AS DISCIPLINAS TRABALHADAS NA OFICINA

A atividade foi composta por algumas matérias das disciplinas de Matemática,

O tópico de matemática abordado durante a oficina e as respectivas habilidades

Tabela 1: Tópicos e Habilidades de Matemática

Operar com os números naturais: adicionar,

multiplicar, subtrair, calcular potências,

Fonte: CARNEIRO, SPIRA, SABATUCCI: Conteúdo Básico Comum (CBC) de Matemática, p. 8

Para os conteúdos de Geografia, não elencarei o tópico ou os tópicos e as

Na Geografia o conceito de paisagem é muito

Fonte: dados da pesquisa

Os conceitos de geografia apresentados foram sugestões do professor de

Figura 1: Pensando a adaptação da Geografia, adaptação: Próprio autor.

Como feito para a disciplina de Geografia, as competências de Português serão

Tabela 3: Tópicos e Habilidades de Português

Seleção lexical e efeitos de sentido expressões visualizados ao longo das regras

Como descrito os conteúdos de português abordados foram sugestões da

Figura 2: Pensando a adaptação da Geografia, adaptação: Próprio autor.

Figura 3: Pensando sobre a aplicação da Oficina, adaptação: Próprio autor.

partiu do pesquisador, que no caso sou eu, e da professora Julia (Professora

Figura 1 – Exemplos das cartas

Figura 4 – Exemplos de títulos de posse - Fonte: Elaborado pelo autor

Pagamentos: Os pagamentos devem ser efetuados sempre em dinheiro. Se o

Figura 5 – Tabuleiro do Banco Imobiliário de Ponte Nova

Figura 6 – Títulos de posse – Fonte: arquivo pessoal do próprio autor

OBS: Professor (a), as cartas acima que não possuem informação

As apresentações em Power point, foram feitas pela professora de Português.

APRESENTAÇÃO DA OFICINA DO BANCO IMOBILIÁRIO PONTE

Meu querido Professor (a), os slides acima serviram também para a

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Figura 8 – Imagem de uma reunião entre professores, adaptação: próprio autor.

reavaliado em reuniões quinzenais com a participação de toda equipe e sob a liderança do

Sobre a Escola Lourenço Castanho veja o texto na íntegra disponível em:

Professor (a), nesta parte as sugestões estão relacionadas ao ensino de

Figura 12 – Sugestão de adaptação para os títulos de posse