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Atividade etapa 1

Exemplos de Texto Dissertativo: Redação Enem 2021

Tema: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no


Brasil.
A palavra “cidadania” desenvolve-se na sociedade desde os períodos clássicos. Hoje, ela está
relacionada à qualidade de ser um cidadão e, consequentemente, sujeito de direitos e deveres,
os quais também são garantidos pela Constituição Federal de 1988, denominada “cidadã”.
Esta defende a participação ativa de um ser humano na sociedade. No entanto, essa garantia
não é plenamente efetivada na sociedade brasileira, uma vez que a falta de registro civil
perpetua uma invisibilidade social que necessita ser amenizada. Sendo assim, a cidadania
ainda é um conceito distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos,
sociais e civis não contempla a todos, uma vez que cerca de 2,5 milhões de indivíduos não
são reconhecidos como brasileiros por não possuírem o registro nacional de pessoa física,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2019.

Diante desse cenário, cabe destacar a importância do registro civil do nascimento para o
início da cidadania no país. No livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, os filhos de
Fabiano são identificados como “mais velho” e “mais novo”, evidenciando a ausência de um
nome pelo qual eles pudessem ser identificados e, principalmente, particularizados. Essa
questão não é vista somente na ficção, uma vez que o Modernismo tinha o propósito de
promover as denúncias sociais por meio da literatura. Assim, nota-se que por mais que seja
um benefício gratuito garantido pela (CF), muitas crianças ainda não são registradas e,
consequentemente, não são cidadãs brasileiras efetivas. Dezenas de milhares de crianças
nascem, mas ficam invisíveis perante as leis no país. Em 2018 77.495 não foram registrados
em cartório, no território nacional.

Além disso, outro aspecto importante a ser destacado é como a ausência de documentos pode
afetar a vida de um cidadão em relação ao recebimento de ações afirmativas. De acordo com
o Mapa da Invisibilidade, divulgado pelo IBGE, quase 4 milhões de brasileiros não possuem
documentos básicos. Essa questão impactou negativamente a população brasileira durante o
período de pandemia, uma vez que para terem acesso ao “Auxílio Emergencial”, benefício
fornecido pelo governo para um enfrentamento mais digno da crise. Ainda assim, caiu o
número de brasileiros que não recebem uma certidão no ano do seu nascimento, nem nos três
meses do ano seguinte, o sub-registro, segundo o estudo Estatísticas do Registro Civil do
IBGE, baseado em documentação dos cartórios. Logo, torna-se necessária a execução de
medidas para diminuir mais a quantidade de cidadãos que ainda não podem usufruir dos seus
direitos.

Em suma cabe ao Ministério da Cidadania, como importante autoridade na garantia dos


direitos dos cidadãos brasileiros, que medidas são necessárias para eliminar a invisibilidade
social provocada pela ausência de registros civis. Nesse sentido, é importante que os
Tribunais de Justiça de todo o território nacional ampliem e fiscalizem o programa chamado
“Justiça Itinerante”, o qual percorre as cidades brasileiras para garantir a documentação de
nascimento da população. Isso pode ser feito por meio da aquisição de mais ônibus e a
circulação em cidades de difícil acesso, que porventura ainda não tinham sido contempladas.
Assim, será possível garantir com que mais cidadãos tenham acesso pleno aos seus direitos e
possam participar ativamente da sociedade. Ademais, fica a cargo do Ministério das
Comunicações estimular o engajamento social, palestras educativas sobre a importância da
cidadania por meio de propagandas televisivas e nas redes sociais, com o intuito de dar
visibilidade à temática e assim assegurar os direitos cidadãos.

Redação Enem 2022


Tema: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no
Brasil

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, são povos e comunidades


tradicionais os grupos culturalmente distintos, os quais têm organização social própria e
utilizam recursos naturais para expressar sua cultura, religião e tradição, por exemplo – como
os povos indígenas e os quilombolas. Embora haja leis como a (6001) de 1973 de proteção na
Constituição Federal, e projetos no Brasil que objetivam garantir a preservação desses
indivíduos e de seus costumes, há desafios no que tange à valorização desses grupos. Desse
modo, visando o reconhecimento dos povos e das comunidades tradicionais, é preciso discutir
tanto a dificuldade no cadastro destes por parte do governo quanto o conflito territorial
existente. Portanto, uma extensa análise defendia que a demarcação de terras indígenas era a
garantia de preservação da identidade, da cultura e das tradições dessas populações. Em “A
vida não é útil”, o autor ambientalista e líder indígena Ailton Krenak, afirma que a sociedade
opera como se uma casta ou um grupo tivesse sido eleito como “a humanidade”, enquanto
todos os outros que estão fora deste grupo compõem uma sub-humanidade não só caiçaras,
quilombolas ou indígenas.
Sob esse viés, destaca-se que há uma defasagem no cadastro e na classificação desses povos
por parte das instituições federais. Tal fato ocorre, pois não são consideradas todas as
categorias existentes em virtude da ausência de (re)conhecimento sobre quem faz parte desse
grupo, o que se dá devido ao pouco interesse do Brasil em reconhecer a sua importância.
Comprova-se isso a partir de um levantamento do Ministério Público Federal (MPF) feito em
2019, no qual 650.234 famílias brasileiras se declararam como povo ou comunidade
tradicional, porém, há nessa listagem a relação de apenas 7 das 29 categorias reconhecidas
pela União, segundo o site G1 Notícias. Logo, entende-se que é preciso haver um devido
reconhecimento para que se tenha uma efetiva valorização desses indivíduos.
Ademais, a disputa territorial também se constitui como um obstáculo para a valorização
desses grupos. Isso ocorre porque muitos povos tradicionais brasileiros, como os
Quilombolas, Ribeirinhos e Indígenas, por exemplo, ocupam áreas cobiçadas por fazendeiros,
madeireiras e mineradoras. Assim, já que não há o reconhecimento da contribuição e da
importância dessas pessoas para a biodiversidade brasileira, esses conflitos resultam em
mortes e em apagamento dessas comunidades. Nesse raciocínio, tal fato pode ser comprovado
pelo documentário “Areias que falam”, da diretora Arilene de Castro, que mostra o
desaparecimento de duas comunidades Ribeirinhas após a construção de usinas hidrelétricas.
Evidencia-se, assim, que o confronto territorial é um entrave que precisa ser solucionado.
Por fim, os desafios envolvidos nessa valorização passam por uma inoperância
governamental, no sentido de não serem pensadas políticas públicas eficientes para garantir o
acesso à cidadania desses grupos, tal cenário revela a necessidade de promover a valorização
dos povos e das comunidades tradicionais. Então, para resolução desse problema, o
Ministério do Desenvolvimento Social responsável pela promoção de políticas de assistência
social – deve organizar projetos de cadastro e de reconhecimento para essas populações, com
a ampliação de centrais de registro. Isso será colocado em prática por meio da mobilização de
profissionais selecionados pelo (MDS), a fim de identificar essas pessoas e de reforçar a sua
importância. Além disso, o governo precisa criar leis de proteção mais eficazes e fiscalização,
para sanar os conflitos causados pela disputa de terras, garantindo o direito à permanência
desses grupos nos locais onde vivem. Dessa forma, será possível intensificar a valorização
dos povos e das comunidades tradicionais no Brasil.

PROPOSTA DA ATIVIDADE:

1) OBS. A atividade será realizada em dupla, folha separada para entrega valendo até
5,0.

2) O cabeçalho será o nome dos temas da redação do Enem de 2021 e 22 com os títulos
atribuídos, conforme questão 5.

3) Identificar em cada divisão em questão (parágrafo ou s) TODOS os elementos


argumentativos utilizados.

4) Reconhecer TODAS as conjunções (articuladores, conectores ou conectivos)


presentes no texto.

5) Identificar a problemática em ambos os textos juntamente com a TESE defendida


pelo autor.

6) E por último elabore um título que seja atrativo e pertinente ao assunto do texto.

7) Caso queiram podem recorrer a pesquisa no celular.

EXCELENTE TRABALHO!

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