Índice

Introdução ......................................................................................................................... 3

Mudanças de Variáveis de Integrais Duplas .................................................................... 4

Exercícios propostos ......................................................................................................... 8

Mudança de variável com coordenadas polares ............................................................... 9

Interpretação geométrica ................................................................................................ 10

Exercícios propostos ....................................................................................................... 14

Conclusão ....................................................................................................................... 16

Bibliografia ..................................................................................................................... 17

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Introdução
A teoria das integrais múltiplas é uma ferramenta fundamental no estudo do cálculo,
especialmente quando se trata de análise de funções de várias variáveis. No contexto de
integrais duplas, estamos interessados em calcular a integral de uma função de duas
variáveis sobre uma região bidimensional. No entanto, muitas vezes, a escolha de
coordenadas não é trivial, e é aqui que a técnica da mudança de variáveis desempenha
um papel crucial.

A mudança de variáveis em integrais duplas é uma estratégia poderosa que permite

simplificar a integração, levando a cálculos mais eficientes e compreensíveis. Ela nos
permite transformar uma integral difícil em uma mais gerenciável por meio de uma
transformação coordenada adequada.

Objetivo Geral

 O objetivo deste trabalho é apresentar a técnica de mudança de variáveis aplicada

a integrais duplas em , destacando sua importância e mostrando como ela
pode ser usada para simplificar cálculos e resolver problemas complexos.

Objetivos Específicos

 Explorar as bases teóricas da técnica de mudança de variáveis em integrais

duplas, compreendendo suas motivações e fundamentos matemáticos.
 Demonstrar, por meio de exemplos práticos, como a mudança de variáveis pode
transformar uma integral dupla em uma forma mais simples e fácil de ser
avaliada.
 Analisar situações reais onde a técnica de mudança de variáveis é crucial para
resolver problemas aplicados, destacando a sua relevância em diversas áreas,
como física, engenharia e economia.

Ao abordar esses objetivos específicos, este trabalho busca fornecer uma compreensão
aprofundada da técnica de mudança de variáveis em integrais duplas e sua
aplicabilidade, incentivando sua utilização como uma ferramenta valiosa no estudo e na
resolução de problemas em .

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Mudanças de Variáveis de Integrais Duplas
Na integração de funções de uma variável, a formula de mudança de variável (ou
método de substituição) é utilizada para transformar uma integral dada em outra mais
simples. Temos que:

∫ ( ) ∫ ( ( )) ( )

Onde: a=g(c) e b=g(d)

Quando utilizamos essas fórmulas para calcular uma integral definida, a mudança de
variável vem acompanhada por uma correspondente mudança nos limites de integração.

Exemplo: Achar ∫ √ , onde

Resolução: Usamos a substituição trigonométrica teremos o seguinte:

Assim sendo vamos fazer a mudança dos limites, onde teremos o seguinte:

Para , ou seja, x é igual ao limite inferior temos:

Para , ou seja, x é igual ao limite superior, logo temos:

Assim sendo, temos:

∫ √ ∫ ( ) ∫

∫ , sabe se que:

4
 ( ) ( ) ; logo temos

que: ∫ ∫ ∫

Logo da equação fundamental da trigonometria temos:

∫ ∫ ( ) ( )|

Para as integrais duplas, podemos utilizar um procedimento analógico. Por meio de uma
mudança de variáveis.

( ) ( )

Uma integral dupla sobre uma região R do plano ( ), pode ser transformada em uma
integral dupla sobre uma região R do plano ( ).

Se a transformação leva pontos distintos de R’ á pontos distintos de R, dizemos que ela

é uma aplicação um por um. Neste caso, a correspondência entre regiões R e R’ é
bijectiva e podemos retornar de R para R’ pela transformação inversa.

( ) ( )

Considerando que as funções ( ) ( ) e ( ) ( ) São

contínuas com derivadas parciais contínuas em R’ e R, respectivamente, temos:

( )
∬ ( ) ∬ ( ( ) ( )) | |
( )

( )
Onde: é determinante Jacobiano de e em relação a e , dado por:
( )

5
 ( )
| |
( )

E tem as seguintes condições:

i) f é contínua;
ii) As regiões R e R’ são formadas por um número finito de sub-regiões do tipo
1 e 2;
( )
iii) O Jacobiano 0 em R’ ou se anula em um número finito de pontos
( )

de R’

Exemplo I: Utilize a mudança de variável , para calcular a

integral ∬ , onde R é a região delimitada pelo eixo e pelas parábolas:

e ;

Resolução

O jacobiano é dado por:

( )
| | | | ; portanto:
( )

( )
∬ ∬ | | ∫ ∫ ( ) ( )
( )

∫ ∫ ( ) ∫ ( )| ∫ ( )

( )|

6
Exemplo II: Determine o jacobiano da transformação.

1. ,

Resolução: Sabe-se que para determinar o jacobiano temos que:

( )
| |
( )

Assim sendo temos que achar as derivadas das funções x e y, logo temos que:

, , 1,

Uma vez calculado as derivadas parciais das funções x e y, agora efetuaremos a

substituição na matriz jacobiana, teremos:

( )
| | | | ( )
( )

Exemplo III: calcule a integral efetuando uma mudança de variável apropriada

Onde R é a um paralelogramo limitada pelas rectas:

; ; , .

Resolução:

O paralelogramo é limitado pelas rectas ; ; , .

Assim sendo vamos efetuar a mudança de variável:

Assim sendo podemos concluir que: ,

( )
{ { { {

7
 { { { {
( )

{ { {

Agora vamos achar o jacobiano:

( )
| | | | ( )
( )

( )
∬ ∬ | | ∫ ∫
( )

∫ * +| ∫ ∫ ( )|

[ ( )]

Exercícios propostos
1. Determine o jacobiano da transformação.

a) ,

b) ,

c) , ,

2. Utilize a mudança de variável apropriada para calcular:

∬( )

Onde R é a região delimitada pelas rectas , , , .

8
3. Utilize a mudança de variável apropriada para calcular:

∬( )

Onde R é a região delimitada pelas rectas , , .

4.Utilize a mudança de variável apropriada para calcular:

∬ ( )

Onde R, é a região trapezoidal com vértices ( ) ( ) ( )e( ).

Mudança de variável com coordenadas polares

As equações , que nos dão as coordenadas cartesianas de um
dado ponto em termos de suas coordenadas polares, podem ser vistas como uma
transformação que leva pontos ( ) do plano aos pontos ( ), do plano .

( )
O determinante jacobiano, é dado por: | |
( )

Logo:

( )
∬ ( ) ∬ ( ( ) ( )) | |
( )

∬ ( ) ∬ ( )

Observemos que, para fazer com que a transformação seja

um por um, consideram-se, em geral, apenas as regiões do plano para quais e
satisfazem:

No entanto, para cálculo das integrais, podemos considerar, sem problema,

9
 r

Interpretação geométrica
Vamos considerar duas regiões R e R’ dos planos e , respecctivamente, que se
relaccionam pelas equações:

( ) ( )

Dividindo a região R’ em pequenos rectângulos por meio de rectas r=constante e o

Ɵ=constante, a região R fica dividida em pequenas regiões que usualmente são
chamadas rectângulos polares.

O rectângulo da área , evidenciado na região R’, está em correspondência

com o rectângulo polar de área demarcado na região R. Da geometria elementar,
temos que é dado por:

( )2 2

[( ) ]

( )

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Onde ̅ é o raio médio entre r e r + .

Essa expressão permite visualizar o papel do Jacobiano, que no caso é r, como factor de
ampliação (ou redução) local para áreas.

Numeramos agora os rectângulos polares no interior de R de 1 a n, e tomamos um ponto

arbitrário (xk ,yk ) no k ésimo rectângulo. Esse ponto pode ser escrito como:

( )

Onde ( , ) é um ponto do rectângulo correspondente em R'. Intuitivamente,

podemos perceber que a soma:

∑ ( )

Pode ser interpretada como uma soma de Riemann de f(x,y) sobre R. por outro lado,
usando (6) e (7), vemos que, para pequeno.

∑ ( )

Que é uma soma de Riemann da função ( ) ( ) , sobre a região R'.

Fazendo o limite quando e a diagonal máxima dos triângulos tende a zero.

Exemplos sobre o uso de coordenadas polares e outras transformações no cálculo das

integrais duplas.

Exemplo 1: calcular ∬ √ , sendo R o circulo de centro na origem e

raio 2.

Solução: para resolver a integral I, vamos utilizar as coordenadas polares. Primeiro

temos de identificar a região R’ no plano que esta em correspondência com a região
R, no plano .

Na ilustração a seguir, a fig.(a) visualizamos a região R. O contorno de R é a

circunferência que em coordenadas polares, tem a equação como .

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Para identificar a região R', podemos desenha-lo em plano ou, simplesmente
descreve-la analiticamente a partir da visualização da região R no plano .

Na fig.(b) observamos que a região R' é dada por: {

Nesse caso, é um rectângulo no plano , como mostra a fig. Seguinte

∬√

∫ [∫ ]

∫ .

Exemplo 2: calcular ∬ onde R é a região do plano xy delimitada

por:

Na fig. que se segue, visualizamos a região de integração R.

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Em coordenadas polares, as equações das circunferências que delimitam R são dadas
por e , respectivamente. Temos então:

R’:{ portanto,

∫∫

∫( )|

( ) |

[ ]

Observemos que a utilização das coordenadas polares viabilizou o cálculo da integral

dada, como foi comentado anteriormente, a função f(t)= não possui primitiva entre
as funções elementares do cálculo.

Exemplo 3: calcular∬ [( ) ( ) ] , onde R é a região delimitada pela

circunferência ( ) ( )

Seja e

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 {

∫ ∫[( ) ( ) ]

∫∫ ( )

∫∫

∫ ∫

∫ ( )|

∫ ( )

| ( )

Exercícios propostos

1. Calcule ∬ ( ) , onde R é a região no semiplano superior limitada pelos

círculos e .

2. Uma região R é mostrada. Decida se você deve usar coordenadas polares ou

retangulares, e escreva ∬ ( ) como uma integral iterada, onde é uma função
qualquer continua em R.

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3. Calcule a integral dada, colocando-a em coordenadas polares. ∬ , onde é a
metade superior do disco com centro na origem e raio 5.

4. Calcule a integral dada, colocando-a em coordenadas polares. ∬ , onde D é a

região no primeiro quadrante que se encontra entre os círculos:

e .

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Conclusão
A técnica de mudança de variáveis em integrais duplas se apresenta como uma
ferramenta poderosa e versátil no campo do cálculo integral, com aplicabilidade direta
na resolução de problemas complexos em . Este trabalho teve como objetivo
explorar a importância dessa técnica, tanto na sua base teórica quanto na sua aplicação
prática.

Ao longo deste estudo, examinamos os fundamentos matemáticos que sustentam a

mudança de variáveis, compreendendo a sua essência e motivações. Demonstramos, por
meio de exemplos, como essa abordagem pode simplificar integrais duplas, tornando-as
mais acessíveis e permitindo análises mais eficazes de fenômenos multidimensionais.

Além disso, destacamos a relevância da técnica de mudança de variáveis em cenários do

mundo real, onde a sua aplicação se traduz em soluções viáveis e eficazes para diversos
problemas, desde física e engenharia até economia e ciências ambientais.

É evidente que a técnica de mudança de variáveis é uma habilidade valiosa, ampliando

nosso arsenal de ferramentas matemáticas e fortalecendo nossa capacidade de lidar com
problemas de alta complexidade em . Ao compreender e dominar essa abordagem, os
estudantes e profissionais têm a oportunidade de explorar e inovar em suas respectivas
áreas, proporcionando avanços significativos no conhecimento e nas aplicações práticas
do cálculo integral. Portanto, encorajamos a contínua exploração e aplicação dessa
técnica fundamental para enriquecer nosso entendimento da matemática e suas diversas
aplicações.

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Bibliografia
Goncalvez, M, D & Flemming, D. M. (2007). Calculo B (2.ª ed.). São Paulo, Brasil:
Pearson Prentice Hall.

Stwart,J. (2013). Calculo Volume 2 (7.ª ed.) São Paulo, Brasil: cengage learnimg.

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