Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO PSICOLOGIA
DISCIPLINA PSICOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO N2
INSTRUÇÕES DA PROVA
GABARITO
● Esta é uma prova individual, sem
consulta. QUESTÃO VALOR RESPOSTA PT.
VISTO
RESPOSTA - QUESTÃO 6
RESPOSTA - QUESTÃO 7
AVALIAÇÃO FORMAL - NOME DA DISCIPLINA
Ana Clara (nome fictício), de etnia caucasiana, solteira, 26 anos de idade, sem filhos, morava
sozinha havia 10 anos e residia longe da família de origem. Formara-se jornalista havia três
anos, porém não exercia sua profissão. Cursava duas especializações em sua área, sendo
muito estudiosa e dedicada. Procurou terapia queixando-se de sintomas de tristeza,
desânimo, choro e falta de vontade para finalizar os cursos de pós-graduação. Os motivos
principais de sua tristeza, segundo a paciente, relacionavam-se ao envolvimento em uma
relação amorosa com um homem casado e às dificuldades em conseguir um trabalho no
seu ramo de formação. Ana Clara não se submeteu a nenhum tratamento psiquiátrico e/ou
psicológico anteriormente ao início das sessões e não fazia uso de medicações. Em relação
à área familiar, relatava boa relação com a família (pais, mãe, irmão e cunhada), apesar de
residir em uma cidade diferente da dos pais. Suas atividades de lazer e sociais ficavam
restritas quando se sentia deprimida, além de não praticar atividade física nesses períodos.
Quando se sentia melhor, frequentava a academia. Tinha poucos amigos na cidade,
contribuindo para que desenvolvesse suas atividades de lazer e sociais, quando
aconteciam, sozinha. Na esfera profissional, apresentava bom rendimento acadêmico,
porém procrastinava a elaboração da monografia de conclusão de curso, tendo
abandonado, temporariamente, os estudos para concurso público. Além disso, não
trabalhava devido à dificuldade em encontrar um emprego de que gostasse. Apresentava
boa saúde física e mental, fazia exames regulares, não tinha doenças crônicas importantes
ou histórico de uso ou abuso de substâncias. Na área afetiva, relatou ter sido abandonada
por seus parceiros nas relações amorosas desde a adolescência, não tendo a oportunidade
de assumir um relacionamento. Seus relacionamentos anteriores não foram duradouros.
Tanto nessa área como na social, relatava não saber fazer ou negar pedidos, além
apresentar grande dificuldade em fazer cobranças, pois, em alguns momentos, era passiva
e, em outros, agressiva com as pessoas. Ana Clara foi diagnosticada com:
Luiza é uma jovem, de 28 anos de idade, que como todas, sonha em realizar muitas
conquistas profissionais e viver uma vida permeada de realizações pessoais e
afetivas. Ela nasceu em uma cidade do interior de Santa Catarina. Pertence a uma
família composta pelo pai, mãe e dois irmãos, sendo um deles seu gêmeo. Concluiu
seus estudos em escola pública. Portadora de uma beleza singular, se desenvolveu
saudável, porém sempre teve “uma personalidade forte”. Sua infância foi muito
tranquila, e na adolescência viveu como as demais jovens de sua época (namoros,
festinhas, amizades). Porém, segundo seus familiares, sempre se posicionou
naquilo que acredita estar certa. Foi muito amada pelos pais, pois é a única filha, em
meio a dois meninos. Teve uma vida simples, mas seus pais não mediram esforços
para lhe proporcionar o melhor. Apresentou na adolescência conflitos internos,
normais para uma adolescente. Luiza em meio ao desejo auto realizador, no final da
adolescência, prestou seletivo para um trabalho fora do estado onde vivia.
Conseguiu o cargo, numa empresa no ramo da aviação. Como teve que mudar,
passou a morar sozinha, e conseguiu estabilidade financeira, e passou inclusive a
ajudar financeiramente os pais. O seu trabalho lhe proporcionou conhecer muitos
lugares e diferentes pessoas. Apesar de seu trabalho de ocupar muito tempo, ela
conseguia manter uma vida social intensa. Teve no decorrer do tempo, alguns
relacionamentos, mas nenhum como teria tido anteriormente a sua mudança de
estado. Segundo Luiza, o namoro acabou, devido ao seu temperamento forte. Ela
fez várias tentativas de reaproximação, mas sem sucesso. Depois de certo tempo,
acabou conhecendo um rapaz, que trabalhava na mesma empresa, com função
superior à sua. Eles viveram juntos por um período, segundo Luiza, no começo foi
bom. Mas depois, começou a passar por violência doméstica, sofreu agressão física
e principalmente psicológica. Tentou manter o relacionamento, segundo Luza, ela
tentou mudar sua forma de agir, na tentativa de melhorar a convivência “eu era
boazinha” (sic), mas a situação de violência chegou ao extremo e, com ajuda de
amigos, conseguiu sair de casa. Aproveitou enquanto seu companheiro estava no
trabalho e saiu de casa. Devido a situação estressante, a qual viveu ao lado do
namorado, ela passou a ficar doente. Voltou para a casa dos pais, foi afastada do
trabalho, devido a sua condição emocional. Realizou perícia, foi afastada e perdeu o
direito de exercer a sua profissão. Após seu retorno à casa dos pais, acabou
conhecendo um outro rapaz e iniciou um novo relacionamento. Mas antes de dar
início ao namoro, Luiza, relatou ter medo de se relacionar com pessoas do sexo
oposto. Tornou-se agressiva e impaciente. Nesse novo relacionamento, Luiza
também teve dificuldades, seu comportamento irritadiço e com pouca tolerância lhe
trouxe muita angústia. O rapaz era mitomaníaco, suas mentiras constantes, acabam
por desequilibrar Luiza. O namoro terminou, após um ano de relacionamento. Luiza,
no período em que voltou a morar com os pais, teve problemas de relacionamento
intrafamiliar, principalmente com um de seus irmãos. Neste caso, o mais novo.
Baseado nesse relato, desenvolva um texto dissertativo apresentando qual a
hipótese diagnóstica; apresente quais são as possibilidades de encaminhamento
para um trabalho interdisciplinar e justifique o porquê desses encaminhamentos.