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ALUNOS: RONEBES CARNEIRO DOS SANTOS

CURSO: PSICOLOGIA TURNO: MATUTINO


TURMA: PSI172A. SEMESTRE: 2020.1 PERÍODO: 6°
DISCIPLINA: PRÁTICAS PSICOTERÁPICAS COMPORTAMENTAIS E
COGNITIVAS
PROFº: THIAGO DO NASCIMENTO RIBEIRO
PESO: 6,0 NOTA: _________

ORIENTAÇÕES GERAIS:

a) A avaliação é individual;
b) A avaliação contém 5 (cinco) questões;
c) Inicialmente leia toda a prova. Comece respondendo as que você julgar mais
fáceis;
d) Boa avaliação!

Questão (1,0 PONTO)

LEIA COM ATENÇÃO O SEGUINTE RELATO DE CASO:

Renata teve uma experiência traumática durante sua infância. Seu pai costumava
beber e ao chegar em casa gritava e batia nela. Hoje ela está na adolescência, mas
não consegue se relacionar com nenhuma pessoa do sexo oposto. Ao conversar
com sua terapeuta, ela disse que os homens são todos maus e agressivos. Assinale
o processo comportamental que está acontecendo com RENATA e que tipo de
procedimento poderia ser utilizado para que ela aprendesse a criticar os seus
próprios pensamentos a respeito dos indivíduos do sexo masculino.

ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.


A) Reforço positivo e Role Play.
B) Generalização e Reestruturação Cognitiva.
C) Generalização e punição.
D) Discriminação e extinção.
E) Modelagem e Inundação ou “Flooding”.
2. Questão (1,0 PONTO)

A terapia cognitivo-comportamental busca produzir mudanças no pensamento e no


sistema de crenças do paciente, com o propósito de promover alterações
emocionais e comportamentais duradouras. As técnicas terapêuticas são projetadas
para identificar, testar a realidade e corrigir as conceituações distorcidas e as
crenças disfuncionais por trás dessas cognições. Embora o processo terapêutico
possa variar de acordo com as necessidades de cada paciente, pode-se destacar
como exemplo de procedimento clínico nessa abordagem:

É CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:


A) a interpretação dos pensamentos visando analisar o conteúdo inconsciente.
B) a modificação de pensamentos automáticos, emoções e comportamentos.
C) a compreensão de cada pessoa como um ser único e singular, potencializando
sua existência.
D) a análise dos relatos do paciente dentro de uma relação figura-fundo ou parte-
todo.
E) a análise dos relatos do paciente dentro de uma perspectiva arquetípica, no
conflito persona x sombra.

3. Questão (1,5 PONTO)

Leia com atenção o trecho da canção Infinito Particular, de Marisa Monte.

Eis o melhor e o pior de mim


O meu termômetro o meu quilate
Vem cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Judite S. Beck, no livro-texto Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e


prática (2013) define a TCC como uma abordagem que agrupa a teoria da
personalidade (a qual é como o Infinito Particular, cheio de cores e de
idiossincrasias) e a teoria da psicopatologia (que tenta normalizar o ser
humano em busca de identidades e homogeneidades). Além disso, necessita
dos conhecimentos técnicos relacionados aos princípios básicos da terapia
cognitiva e, da realização de pesquisas na área clínica. São características da
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), EXCETO.

A. A TCC se fundamenta na racionalidade teórica de que os pensamentos,


sentimentos e comportamentos se encontram estreitamente interligados.
Conforme essa premissa, a maneira como a pessoa se comporta e se sente é
diretamente associada pela sua forma de processar e estruturar a realidade
através de suas cognições.

B. As crenças centrais ou nucleares são ideias e percepções tidas como verdades


absolutas e imutáveis. Elas são caracterizadas como globais, rígidas,
hipergeneralizadas e transituacionais que o indivíduo desenvolve desde a infância
sobre si mesmo, os outros e o futuro.

C. O Modelo Cognitivo postula que os problemas psicológicos e os transtornos


clínicos são uma acentuação do funcionamento adaptativo normal do indivíduo. A
ligação entre funcionamento adaptativo normal e funcionamento desadaptativo
parece ser o resultado do exagero dos vieses encontrados no processamento de
informação típico. O viés negativo normalmente exagera a ameaça ou o desafio
enquanto o viés positivo exagera a recompensa. Quando uma nova informação
que contradiz as crenças tendenciosas é introduzida nos esquemas, estes podem
tornar-se desativados, e os sintomas podem diminuir.

D. No que diz respeito às principais características da TCC ela possui um estilo de


comunicação centrado no paciente e é um tipo de terapia breve e focal, tendo
como princípio norteador a relação terapêutica colaborativa estabelecida pela
dupla terapêutica na qual o terapeuta é o especialista na abordagem psicológica e
científica e o paciente é o especialista de sua própria vida.

E. É uma terapia intensamente vivencial, na qual o paciente é conduzido em


diversas técnicas dramáticas utilizadas durante a representação. Cada uma delas
cumpre uma função que corresponde também a uma etapa do desenvolvimento
psíquico. O diretor do TCC instrumentará, em cada situação, as técnicas que lhe
pareçam mais adequadas e correspondentes ao momento do drama, segundo o
tipo de vinculação que nele se expressa. Mediante a técnica do duplo, um ego-
auxiliar desempenha o papel do protagonista, no palco, ao lado dele. Verbal e
gestualmente complementa aquilo que, a partir desse desempenho, intui que o
protagonista não pode expressar completamente, ou que não se dá conta de que
está expressando.

4. Questão (1,0 PONTO)

Julgue as questões abaixo e faça o somatório somente das questões corretas.

33. Na terapia cognitivo-comportamental, o terapeuta tem um papel diretivo,


buscando mostrar ao paciente o erro de seus pensamentos.
03. A relação terapêutica não é importante na terapia cognitivo comportamental.

02. A psicoterapia cognitivo-comportamental utiliza o método empírico para


examinar e avaliar as cognições do paciente.

01. A terapia cognitivo-comportamental trabalha em conjunto com o psiquiatra e,


normalmente, apoia a adesão ao uso da medicação.

TOTAL DAS ASSERTIVAS CORRETAS: 03

5. Questão (1,5 PONTO) Leia com atenção o CASO PARA ESTUDO abaixo.

Pedro é um estudante universitário, negro, de 21 anos, vivendo em uma quitinete


com um colega de quarto. Pedro procurou tratamento por depressão e ansiedade,
pois meses após começar o ano como calouro na universidade, ele desenvolveu
sintomas de depressão e ansiedade.

Na avaliação, seus sintomas incluíam o seguinte:

Sintomas emocionais: tristeza, ansiedade, culpa, perda do prazer e do interesse,


desânimo, solidão.

Sintomas cognitivos: pessimismo, dificuldade de concentração e para tomar


decisões, catastrofização leve, autocrítica.

Sintomas comportamentais: afastamento social, esquiva de situações percebidas


como desafiadoras (falar com o professor, com o colega de quarto, persistir no
trabalho acadêmico).

Sintomas fisiológicos: perda da energia, fadiga, diminuição da libido, choro,


inquietude, incapacidade de relaxar, diminuição do apetite, distúrbio do sono.

Pedro enfrentava os estressores comuns aos calouros universitários, especialmente


por estar longe de casa pela primeira vez e deparar-se com desafios acadêmicos.
Ele se adaptou bem socialmente, mas depois se tornou sintomático e começou a se
isolar.
Pedro é o caçula de dois filhos de uma família estruturada. Seu irmão é 5 anos mais
velho do que ele e tem melhor desempenho acadêmico. Sua mãe sempre foi
altamente crítica. Seu pai era mais apoiador, mas passava muito tempo longe de
casa devido a exigências do seu trabalho. Seus pais discutiam com uma frequência
considerável, mas ele não acha que isso o tenha afetado muito. Ao crescer, ele
temia os professores ásperos e ficava ansioso com suas notas. Criticava-se muito
por não conseguir se equiparar ao irmão, embora seu relacionamento com ele fosse
bom. Pedro sempre teve muitos amigos próximos e teve namoradas durante o
ensino médio. Ele manteve um bom desempenho escolar. Não teve nenhum
problema médico que tenha influenciado seu funcionamento psicológico ou o
processo de tratamento.

O transtorno depressivo de Pedro foi precipitado pela saída de casa para a


universidade e por ter tido algumas dificuldades iniciais nas disciplinas acadêmicas.
A ansiedade provavelmente interferiu na eficiência do estudo; Pedro, então, tornou-
se autocrítico e disfórico. À medida que foi se afastando das atividades e dos
amigos, a falta de estímulos positivos contribuiu para seu humor deprimido e para
não conseguir resolver as dificuldades acadêmicas.

Uma situação problemática típica atual é que Pedro tem dificuldade para estudar.
Quando tenta estudar, ele tem os pensamentos: “Eu não consigo fazer isso; eu sou
um fracasso; eu nunca vou me sair bem neste curso”. Ele também tem uma imagem
de si mesmo curvado pelo peso de uma mochila, perambulando sem objetivo,
parecendo sobrecarregado. Esses pensamentos e imagem conduzem-no a
sentimentos de tristeza. Em outra situação, enquanto está estudando para uma
prova, ele logo pensa “Isso é muito difícil. E se o professor não quiser me ajudar? E
se eu rodar?” e sente-se ansioso; então, tem dificuldade para se concentrar. Ele
também tem o pensamento: “Eu deveria estar produzindo mais”. Então, sente-se
culpado. Em todas essas situações, ele para de estudar, vai para a cama e, às
vezes, vai beber no bar perto da faculdade. Sempre teve uma leve tendência a se
ver como incompetente. Embora seu desempenho escolar fosse acima da média,
nunca estava entre os alunos mais brilhantes da turma. O sucesso acadêmico era
muito importante para ele, o que o fez desenvolver certos pressupostos: “Se eu
trabalhar com muita dedicação, vou me sair bem, mas se não for assim, vou rodar”,
“Se eu esconder as minhas fraquezas, vou ficar bem, mas se eu pedir ajuda, vou
expor a minha incompetência”. Suas estratégias comportamentais compensatórias
incluíam trabalhar com dedicação excessiva para estar à altura do seu potencial e
ter tendência a evitar pedir ajuda para não expor as suas fraquezas. Depois que
ficou deprimido, frequentemente usou a esquiva (do trabalho acadêmico, de se
defrontar com desafios, de oportunidades sociais). Na maior parte do tempo, suas
crenças sobre as outras pessoas eram positivas e funcionais; tendia a ver os outros
como bem-intencionados, embora às vezes se intimidasse diante de figuras de
autoridade. Ele também acreditava que seu mundo era relativamente seguro, estável
e previsível.

Quando saudável Pedro tinha determinação, objetividade e boa capacidade de


adaptação. Era inteligente e, antes de se instalar a depressão, muito dedicado ao
trabalho. Ele estava motivado para a terapia. Tinha a habilidade de formar
relacionamentos bons e estáveis.

FAÇA A CONCEITUAÇÃO COGNITIVA DE CASO DE PEDRO USANDO O


DIAGRAMA ABAIXO (complete com informações imaginárias o que não for
possível de abstrair do texto).
Nome do paciente: P Idade: 21 anos Data: 20/05/2020.
Diagnostico: Eixo I Alunos: Isadora Rêgo / Ronebes Carneiro
Dados relevantes da infância
Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da(s) crença(s) nuclear (es)?
Compara-se como irmão mais velho e outros alunos, mãe altamente crítica, pai ausente devido às
exigências do trabalho.

Crenças nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
Eu não consigo fazer isso, eu sou um fracasso, eu nunca vou me sair bem neste curso.

Pressupostos/Crenças/Regras condicionais
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) nuclear (es)?
Qual a contraparte negativa desse pressuposto?
Positivo - quando trabalha arduamente consegui fazer as atividades com êxito.
Negativo – se a coisa não sai bem feita, significa que falhou.

Estratégia(s) compensatória(s) de enfrentamento


Que comportamentos o ajudaram com a(s) crença(s)?
desenvolver um padrão alto, procurar falhas e corrigi-las, evitar pedir ajuda, preparar-se bem, trabalhar
arduamente.

Situação I Situação II Situação III


Qual foi a situação problemática?
Fica refletindo sobre as Pensando sobre as exigências do
dificuldades acadêmicas. curso.

Pensamento automático Pensamento automático Pensamento automático


O que passou pela cabeça do
paciente?
Todos são mais inteligentes. Eu não vou conseguir fazer isso. Não serei capaz de terminar o
curso.

Significado do P.A. Significado do P.A. Significado do P.A.


O que o pensamento automático
significa para ela?
Serei um fracasso. Sou incompetente. Eu sou incapaz.

Emoção Emoção Emoção


Que Emoção estava associada ao
pensamento automático?
Tristeza, ansiedade e culpa. Tristeza, ansiedade e culpa. Tristeza, ansiedade e culpa.

Comportamento Comportamento Comportamento


O que o paciente fez então?
Sem contato social, isolou-se. Fecha os livros e para de estudar Sai pra beber, busca um
refugio.

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