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UNISULMA- UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO

IESMA - INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO


CURSO DE PSICOLOGIA

ISADORA RÊGO DA SILVA


KELLEN CANELA RIBEIRO
KLEYCIANE SOARES SOUSA
MEIRILENES DA SILVA FEITOSA
RONEBES CARNEIRO DOS SANTOS
VITÓRIA NUNES COSTA

REDES SOCIAIS E A RELAÇÃO COM O COMPORTAMENTO DOS


ADOLESCENTES: Intervenções educativas com alunos do 2º ano B do Ensino
Médio do CEGA - Centro de Ensino Graça Aranha.

Imperatriz
2019
ISADORA RÊGO DA SILVA
KELLEN CANELA RIBEIRO
KLEYCIANE SOARES SOUSA
MEIRILENES DA SILVA FEITOSA
RONEBES CARNEIRO DOS SANTOS
VITÓRIA NUNES COSTA

REDES SOCIAIS E A RELAÇÃO COM O COMPORTAMENTO DOS


ADOLESCENTES: Intervenções educativas com alunos do 2º ano B do Ensino
Médio do CEGA - Centro de Ensino Graça Aranha.

Plano de Ação elaborado como parte das


atividades do Projeto de Extensão ADDA –
Aprender para Desenvolver/ Desenvolver para
Aprender, à disciplina de Psicologia da
Aprendizagem para obtenção de nota referente ao
1º bimestre/2019 do curso de Graduação em
Psicologia da IESMA/UNISULMA.

Orientador (a): Ma. Fany Valentim de Matos

Imperatriz
2019
SUMÁRIO

IMPERATRIZ.................................................................................................................1
1 IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO.................................................................4
1.1 Título...................................................................................................................4
1.2 Equipe Executora..............................................................................................4
1.3 Parcerias Institucionais....................................................................................4
1.4 Local e Período..................................................................................................4
1.5 Beneficiários/Público-Alvo...............................................................................5
2 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................6
3 OBJETIVOS...............................................................................................................8
3.1 Geral.......................................................................................................................8
3.2 Específicos............................................................................................................9
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................9
5 METODOLOGIA......................................................................................................15
6 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS.................................................................21
8 IMPACTOS ESPERADOS.......................................................................................23
9 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO..................................................................23
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................24
ANEXOS.....................................................................................................................29
APÊNDICE I................................................................................................................36
APÊNDICE II...............................................................................................................38
APÊNDICE III..............................................................................................................39
APÊNDICE IV..............................................................................................................50
APÊNDICE V...............................................................................................................57
APÊNDICE VI..............................................................................................................58
1 IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

1.1 Título

REDES SOCIAIS E A RELAÇÃO COM O COMPORTAMENTO DOS


ADOLESCENTES: Intervenções educativas com alunos do 2º ano B do Ensino
Médio do CEGA - Centro de Ensino Graça Aranha.

1.2 Equipe Executora

Isadora Rêgo da Silva


Kellen Canela Ribeiro
Kleyciane Soares Sousa
Meirilenes da Silva Feitosa
Ronebes Carneiro dos Santos
Vitória Nunes Costa
Orientadora: Ma. Fany Valentim de Matos

1.3 Parcerias Institucionais

UNISULMA - Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão


CEGA - Centro de Ensino Graça Aranha

1.4 Local e Período

O desenvolvimento do projeto ADDA, Aprender para desenvolver /


Desenvolver para aprender contemplou o Ensino Graça Aranha (CEGA),
situado na Rua 13 de Maio S/N, Centro, Imperatriz - MA, que contempla o
Ensino Médio nos turnos matutino e vespertino com uma média de 1100
alunos. O Graça Aranha como é o conhecido Centro de Ensino que há
quarentas anos presta serviços educacionais para a população de Imperatriz e
cidades circunvizinhas por ser um centro de ensino de referência onde a
procura é grande, anos atrás o centro fazia uma selecionado do alunos com

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melhores notas para serem aceitos como alunos e os pais dormiam na fila para
consegui vaga para seus filhos, mas no dias atuais o centro disponibiliza de
duzentas (200) vagas e os primeiros que acessam o sistema garante a vaga. A
Graça Aranha está dividido da seguinte forma, contém cinco (5) salas de 1º
ano, cinco (5) salas de 2ª ano e quatro (4) de 3º ano, contém um pátio onde
algumas atividades como; feira de ciência, apresentações de talentos, etc.
acontece, biblioteca que leva o nome de Lorena Salvadori, que só é utilizada
quando o professor direciona alguma atividade e ele professor fica responsável
por abrir, permanecer com os alunos e fechar a biblioteca devido não ter uma
pessoa responsável pela mesma, tem uma sala de vídeo que também é usada
como sala de apoio, quando acontece algo com alguma sala como por exemplo
o ar condicionado para de funcionar os alunos são encaminhado para essa
sala, um laboratório de informática mais está desativado por falta de um técnico
para ministrar as pesquisas, tem um auditório com capacidade para 80
pessoas, possui seis (6) banheiros destinados aos alunos todos em condições
precárias, por não possui aluno com necessidade especial a escola não
disponibiliza de sala para atender esse aluno, a cozinha está fora dos padrões
exigidos.
O CEGA tem um quadro de funcionários todos efetivados sendo 50
professores, 2 zeladoras, 4 seguranças, esses profissionais pertence a uma
empresa terceirizada, 2 gestores. Esses funcionários atendem a uma demanda
de 1.100 alunos estão divididos nos dois turnos.

1.5 Beneficiários/Público-Alvo

O público alvo serão os 43 alunos do 2º ano, sala B do Centro de Ensino


Graça Aranha (CEGA), meninos e meninas na faixa etária de 15 a 19 anos,
juntamente com alguns professores que também se beneficiaram.

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2 JUSTIFICATIVA

Com a popularização da internet a partir dos anos 2000, outro tipo de


serviço de comunicação e entretenimento começou a ganhar força: as redes
sociais. As redes sociais é um ambiente democrático, dinâmico e sem
fronteiras, que disponibiliza um verdadeiro universo de informações e
possibilidades de comunicação ao alcance de alguns cliques. Mas, assim como
o “mundo real”, as redes sociais não estão livres de riscos (D’AQUINO, 2012).

Dessa forma, é necessário entender a dimensão pública desse espaço,


acompanhar e orientar a utilização desses adolescentes, prevenindo a
incidência de violações de direitos humanos e crimes como o abuso sexual on-
line, pornografia infanto-juvenil, entre outras.

Em 2004, chegamos à época em que as redes sociais caíram no gosto


dos internautas e viraram máquinas de dinheiro. Esse ano pode ser
considerado o ano das redes sociais, pois nesse período foram criados o Flickr,
o Orkut e o Facebook, algumas das redes sociais mais populares, essa última
é a maior e mais popular até os dias de hoje. No decorrer do tempo,
percebemos que as redes sociais transformou a maneira como nos
comunicamos e como percebemos o mundo, ampliando o uso e disseminação
da informação em todas as áreas. As tais redes sociais são organizações onde
o indivíduo se apresenta, define seu perfil, e seleciona o grupo e comunidade
da qual quer fazer parte (D’AQUINO, 2012).

Muitos são os motivos que levam os indivíduos a participarem das redes


sociais, como: socialização, entretenimento, negócios, divulgação de
pensamentos, projetos e eventos, visibilidade, etc.

Nesta perspectiva, o mundo empresarial descobriu nas mídias sociais


uma nova e eficaz forma de se relacionar com o público consumidor. A imagem
da organização ganha força na utilização das redes sociais. É incontestável

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como esse tipo de comunicação influencia na decisão de compra dos
internautas. Os negócios são realizados com maior rapidez. Portanto, as redes
sociais trouxeram para as empresas uma alternativa de divulgação dos seus
produtos e comunicação com sua clientela bem mais eficaz e a custo bem
menor do que nas chamadas mídias tradicionais.

Nas redes sociais, as informações circulam em tempo real. A interação


entre as pessoas se faz com muito maior abrangência. Amigos distantes se
reaproximam. A troca de ideias potencializa a importância das redes sociais
nas nossas vidas. Os relacionamentos se multiplicam. Alargam-se os campos
de pesquisas. Não há necessidade de deslocamentos físicos para que se
possam usufruir momentos de lazer. São espaços de debate social.

Todavia, nem só benefício promove esse tipo de ferramenta da


comunicação social, pois, muita gente aproveita-se das redes sociais para fins
ilícitos, ou seja, é necessária muita atenção e cuidado para não ser vítima dos
predadores sociais. Ainda, roubos, pedofilia, difamação, discriminação, são
crimes que se pratica cada vez mais, aproveitando-se da privacidade e da
intimidade expostas nas comunicações pelas redes sociais.

Segundo Dos Passos (2012) cita outro risco, o uso indisciplinado das
redes sociais, o chamado “vício eletrônico”, neste toma-se exageradamente o
tempo útil do adolescente, desmotivando-o a outras atividades consideradas
importantes no convívio social. Assim, as crianças substituem os brinquedos
pelos jogos eletrônicos; o seu desenvolvimento e as obrigações da vida escolar
ficam comprometidas com a permanência por longo período nas redes sociais;
sem falar no isolamento social a que estão condenados os que fazem dessa
rede o seu “mundo”.

Desta forma, a realidade já invade os muros das escolas e os


adolescentes se tornam o publico alvo das redes sociais. Observa-se isso nos
alunos do 2º ano B do Centro de Ensino Graça Aranha (CEGA), que as redes

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sociais ocupam grande parte do dia desses alunos, que interagem e se
reconhecem, comunicam-se e se mantem informado pelas redes, visto que a
prática foi apresentada por quase toda a turma citada acima. O uso do
aparelho celular, e consecutivamente acessando alguma rede social, atitude
praticada de forma constante mesmo com a aula em curso.

As redes sociais são um universo fascinante, porém se não forem


utilizadas com prudência e responsabilidade podem se transformar num grande
problema para o internauta ingênuo e incauto, ou seja, que acaba agindo sem
cautela e impulsivamente, tornando-se uma fonte de riscos para sua própria
vida.

Nesse contexto, é fundamental que se busque estabelecer uma maior


regulação e enquadramento legal na utilização das redes sociais. Os
educadores, e principalmente os pais, devem exercer um controle permanente
do uso, orientando-os quanto aos riscos da comunicação virtual.

Tendo em vista o aumento significativo da presença de crianças e


adolescentes na rede, todos nós precisamos estar atentos e ter alguns
cuidados. Filtros e outros softwares de segurança podem ajudar, mas o
acompanhamento presencial e o diálogo são as formas mais eficazes e,
portanto, indispensáveis de proteção. Dessa forma, o trabalho desenvolvido
prima trabalhar com esses alunos as influências das redes sociais no processo
de aprendizagem e contribuir com essa conscientização.

3 OBJETIVOS
3.1 Geral

Levar os alunos do 2º ano B do Centro de Ensino Graça Aranha (CEGA)


a pensarem e refletirem sobre a influência das redes sociais no processo de
aprendizagem informal e formal de suas vidas, e de que forma estas
contribuem no seu desenvolvimento humano.

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3.2 Específicos

 Conhecer os aspectos conceituais das redes sociais e sua influência na


vida da sociedade bem como, identificar junto aos participantes a
relação com as mesmas.
 Construir cartazes com modelos vivos representativos e simbólicos
influenciados pelas redes sociais dos adolescentes participantes.
 Apresentar os perigos iminentes das redes sociais relacionados aos
aspectos psicossociais.
 Refletir sobre o comportamento das pessoas frente às redes sociais e
analisar os aspectos benéficos e maléficos por meio de uma postura
crítica.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os conceitos e expansão das redes sociais, e o reconhecimento das


suas capacidades descritivas e implicações nos diferentes saberes leva a que
cada vez mais as abordagens a esta temática, seja pertinentes e apelativas.
Nos anos de 60 do século passado, Milgram (1868, citado por Portugal, 2014),
estudou a rede social, chegando a conclusão de que tudo está ligado e que
todos no mundo estão separados por apenas seis pessoas. A inserção na rede
social é importante para qualquer ser humano desde o seu nascimento e ao
longo de toda a sua existência. As pessoas que conhecemos e com quem nós
relacionamos influencia vários aspectos do nosso quotidiano como, por
exemplo, o estilo de vida, os sucessos, e os insucessos, a segurança e a
sensação de bem-estar, assim como a saúde (Portugal, 2007). Para Surra e
Milardo (1991) diz que, uma das características centrais da rede social é o seu
tamanho, ou seja, o número de pessoas com quem um indivíduo considera ter
relações significativas.

...

9
Para Castells (1999) a inclusão/exclusão em redes e a arquitetura das
relações entre redes, possibilitadas por tecnologias rapidíssimas da
informação, "configuram os processos e funções predominantes em nossas
sociedades” (idem). Redes são estruturas abertas que tendem a se expandir,
gerando novos nós, que compartilham os mesmos códigos de comunicação
(valores ou objetivos de desempenho).

“redes são instrumentos para a economia capitalista baseada na


inovação, globalização e concentração descentralizada; para o
trabalho, trabalhadores e empresas voltadas para a flexibilidade e
adaptabilidade; para uma cultura de desconstrução e reconstrução
contínuas; para uma política destinada ao processamento instantâneo
de novos valores e humores públicos; e para uma organização social
que vise à suplantação do espaço e invalidação do tempo. Mas a
morfologia da rede também é uma fonte de drástica reorganização
das relações de poder” (CASTELLS, 1999).

Para Portugal (2014) as redes sociais envolvem, ainda, a orientação, ou


seja, se as reações se orientam perfeitamente para parentes, vizinhos, amigos
ou outro tipo de relação. No que diz respeito à rede de parentesco, as relações
de uma rede social podem organizar-se perfeitamente, num sentido vertical ou
horizontal, privilegiando ou não os parentes em linha reta ou os colaterais.

A razão fundamental desta investigação prende-se com a necessidade


de perceber se as características do adolescente são as suas redes pessoais
tem impacto na autorregulamentação comportamental, cognitiva e afetiva.
Nesse sentido e segundo a literatura a rede pessoal e social será entendida
como
“A soma de todas as relações significativas para um indivíduo,
diferenciadas das massas anônimas da sociedade, correspondendo
ao nicho interpessoal da pessoa que contribui substancialmente para
o seu próprio reconhecimento como indivíduo e para a sua própria
imagem” (SCHUNK, 1998, p. 42).

Os impactos deste processo (O uso da web e seus recursos, como as


redes sociais) na capacidade de aprendizagem social dos sujeitos têm levado
ao reconhecimento de que a sociedade em rede está modificando a maioria
das nossas capacidades cognitivas. Raciocínio, memória, capacidade de

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representação mental e percepção estão sendo constantemente alteradas pelo
contato com os bancos de dados, modelização digital, simulações interativas,
etc.(BRENNAND, 2006, p.202)

Para Moran (1994), a internet também está começando a provocar


mudanças profundamente na educação. As tecnologias permitem um novo
encantamento na escola, possibilitam que os alunos conversem e pesquisem
com outros alunos da mesma cidade, pois ou do exterior, no seu próprio ritmo.
E numa sociedade que se desenvolve de modo célebre, as possibilidades
tecnológicas estão se tornando acessíveis e os alunos de hoje em dia estão
mais “antenados” com essas tecnologias versáteis.

Quando falamos dos impactos das redes sociais, ou seja, a interferência


no comportamento humano, estimulando a necessidade de estar sempre
conectado e fazendo com que essas plataformas faça parte do cotidiano de
todo indivíduo e moldando seu comportamento. Sendo assim, essas mudanças
comportamentais contribuem para o aumento do estresse e para o
aparecimento de novas síndromes, conhecidas como síndromes tecnológicas.
As redes sociais mais do que nunca fazem parte da rotina de muita gente,
chegando mesmo a trazer problemas de relacionamento, comunicação e
administração do tempo. E essa última foi possível identificar em um
questionário aplicado em sala com os alunos do 2º ano B do Centro de Ensino
Graça Aranha, onde dos 41 alunos que responderam ao questionário 37 deles
passam mais de 6 horas por dia, ou seja, 85% ficam nas redes sociais. Não dá
mais para viver sem a comunicação virtual, pois as informações estão nas
mãos de todos de forma instantânea. Todos os dias surgem novos
equipamentos e softwares que transformam a rotina de crianças, adolescentes,
jovens, adultos e também dos idosos, que descobriram a internet como um
meio de terem mais atividades e se comunicarem com seus familiares que
moram em lugares distantes.

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É bem verdade que, o impacto das redes sociais na educação tem
proporcionado integração, comunicação, reconhecimento da sua identidade e
dessa forma proporcionado a informação de um conhecimento tácito. No
entanto, é viável também repensar a escola como premissa básica para o
desenvolvimento das inteligências, primando esta, pela qualidade e pelos
recursos diferenciados do processo de ensinar e aprender, viabilizando e se
adequando ao novo perfil do aluno dos dias de hoje, levando em consideração
que os estímulos e desafios para esse jovem, vão muito além de um conjunto
de informações transmitidas pelos professores aos alunos. Ora, se a educação
consiste em demonstrações transmitidas, então, porque não utilizar as redes
sociais neste processo?

De acordo com Fonseca Nascimento (2014), a educação nunca foi


centro de tantas atenções como nos dias atuais e isso se deve ao grande uso e
consequentemente ao avanço desenfreado das tecnologias. A geração do
século XXI, não está preparada para uma educação tradicional, onde a didática
aplicada se resuma as quatro paredes de uma sala de aula, nem tão pouco as
metodologias ineficazes e obsoletas que não podem concorrer a mega
estrutura das TIC’S- Tecnologias da Informação e da Comunicação- ou seja, a
informação tem hoje uma possibilidade macro, no sentido amplo da
comunicação e consequentemente de um aprender mais dinâmico, que
possibilita uma aprendizagem colaborativa e que tanto estimula essa nova
geração de inteligências múltiplas.

A razão de não ilhar-se e fazendo das redes sociais a única atividade


existente na vida, pois desta forma, poderá desencadear um efeito contrário, ou
seja, fará surgir um ser antissocial, estressado e com a saúde afetada com
distúrbios como depressão, síndrome do pânico, anorexia, entre outras, cujas
causas poderão ser o vício em internet.

Já́ Masetto (2009) reforça a ideia de que o professor precisa assumir


uma nova postura diante das inovações tecnológicas. Embora, vez por outra,

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ainda desempenhe o papel do especialista que possui conhecimento e/ou
experiências a comunicar, no mais das vezes desempenhará o papel de
orientador das atividades do aluno, de consultor, de facilitador da
aprendizagem, de alguém que pode colaborar para dinamizar a aprendizagem
do aluno, desempenhará o papel de quem trabalha em equipe, junto com o
aluno buscando os mesmos objetivos; enfim desenvolverá o papel de mediador
pedagógico.

A partir das observações foi possível destacar que as redes sociais


estão de certa forma modificando o comportamento dos adolescentes, como
defende Bandura (2008 p. 15), que a maioria do comportamento humano é
apreendida por imitação. Estamos cercados por pessoas que falam e agem de
forma diferente, nós percebemos e lembramos essas ações, em seguida
encenamos em nossas mentes e quando apropriado reproduzimos essas
ações, é basicamente ação por observação e imitação, uma aprendizagem da
ação do outro, ou seja, a sua teoria da aprendizagem destaca o aprendizado
por meio da observação e pontua que o estado mental interno daquele que
está aprendendo desempenha um papel fundamental no processo absorção de
conhecimento. Assim, a aprendizagem social acontece a partir da interação
entre a mente do aprendiz e o ambiente ao seu redor.

Bandura (2008, p. 15) afirma que: A teoria social cognitiva adota a


perspectiva da agência para o autodesenvolvimento, adaptação e mudança.
Ser agente significa influenciar o próprio funcionamento e as circunstâncias de
vida de modo intencional. Segundo essa visão, as pessoas são auto-
organizadas, proativas, autorreguladas e auto reflexivas, apenas produtos
dessas condições.

Este teórico centralizou suas pesquisas no estudo do comportamento


humano, quando este está inserido no contexto social, valorizando os
processos cognitivos do indivíduo. Para Bandura (2008), o homem não é
totalmente influenciado pelo meio, pois suas reações e estímulos são auto

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ativadas, na teoria social cognitiva o homem não é visto como um ser passivo
dominado pelas ações ambientais, mas sim como um ser influente em todos os
processos. O comportamento não precisa ser reforçado para ser aprendido ou
adquirido, o homem aprende e adquire experiências observando as
consequências dentro do seu ambiente, assim como as vivências das pessoas
aos quais convive.

De acordo com a aprendizagem social de Bandura (2008), que acontece


a partir da interação entre a mente do aprendiz e o ambiente ao seu redor.
Conclui-se que os desafios relatam que os tempos mudam, não sendo
diferente com as tecnologias que avançam a cada dia, e com essas mudanças,
o ser humana também muda, nos dias atuais passamos mais tempo ligados às
redes sociais. Estabelecer com o estudante uma relação de ensino-
aprendizagem que concilie os interesses deles com os objetivos pedagógicos
se torna um desafio no processo de aprendizagem, mas também podem ser de
grande benefício quando se utiliza aplicativos ou plataformas disponíveis para
ajudar no aprendizado. Nessa perspectiva, as redes sociais podem ser um
grande promovedor de estudo, no qual almejamos alcançar resultados
positivos procedentes às propostas de aprendizagem, tendo em vista a
melhoria dessa aprendizagem de forma extraescolar e a utilização dos
recursos tecnológicos atuais. Precisam ser educados para se engajarem
nessas trocas e contribuírem para a melhoria das vivências escolares, sempre
numa perspectiva de aprendizagem interdisciplinar é necessário levar em
consideração a perspectiva do conectivismo - teoria da aprendizagem da era
digital.

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5 METODOLOGIA

Será utilizada a Metodologia da Problematização, esta dá sua


contribuição à educação, ao possibilitar a aplicação à realidade, pois
desencadeia uma transformação do real, acentuando o caráter pedagógico na
construção de profissionais críticos e participantes.
A intervenção será desenvolvida na rede pública de ensino no Município
de Imperatriz-MA, mas preciso no Centro de Ensino Graça Aranha (CEGA),
será feita a observado a realidade da escola, envolvendo os gestores, os
professores e os alunos através de entrevista semiestruturada. Outra forma
será a de observação em sala de aula, pretendendo penetrar na realidade dos
alunos, e com isso criar vínculos com os mesmos.
Para maior compreensão da realidade da escola em relação às questões
metodológicas, suas bases teóricas, seus fundamentos essenciais. Faz-se
necessário uma consulta ao Projeto Político Pedagógico (PPP). Por fim vem à
elaboração do plano de ação, obedecendo as demandas emergenciais vistas
durante a observação em sala de aula e a partir da intervenção
desenvolveremos um artigo científico com abordagem qualitativa, utilizando-se
do relato de experiência para análise dos dados, no qual será apresentado
para banca de professores da Unisulma.

 1° Dia de Intervenção:

O primeiro dia de intervenção será realizado no dia 31 de outubro de


2019, com duração de 50 minutos pela manhã. De início faremos uma
dinâmica quebra- gelo que será feita da seguinte forma:

 Será entregue balinha a todos os alunos e terão que tirar o conteúdo da


embalagem sem utilizar o próprio corpo.

Objetivo da dinâmica é promover a interação entre os alunos e conscientizá-


los que eles precisam um dos outros no processo de aprendizagem.

15
Próxima atividade será:

 Confeccionaremos uma caixa com algumas palavras chaves (internet,


whatzapp, adolescência, tinder, comportamento e etc.). Para essa atividade
utilizaremos uma caixa, papéis com as frases escritas.

Desenvolvimento da atividade, a caixa passará de mão em mão, enquanto


uma música toca ao fundo, quando a música parar a pessoa que esta com a
caixa na mão deverão falar como se sente em relação à palavra que ela retirar
de dentro da caixa.

O objetivo é oportunizar a discussão sobre as temáticas e o que eles


entendem e como se sentem em relação às palavras.

Logo em seguida, aplicaremos um questionário de acordo com a


temática do projeto. O aluno (a) não precisará se identificar no questionário.

 Materiais que iremos utilizar:

 Papel A4 (questionário)
 Caixa de som
 Celular para reproduzir músicas
 Caixinha de papelão para colocar os nomes dentro
 20 plaquetas contendo os nomes.

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QUESTIONÁRIO

1. Sexo:

( ) Masc ( ) Fem

2. Tem celular:

( ) Sim ( ) Não

3. Qual a sua idade ? _____

4. Você utiliza alguma(s) rede(s) social (is) com frequência?

( ) Sim ( ) Não

5. Quais as redes sociais que você tem acesso:

( ) Instagram ( ) WhatsApp ( ) Facebook


( ) Twitter ( ) Snapchat ( ) Telegram
( ) Outros...____________________

6. Quantas horas por dia você fica nas redes sociais?

( ) 1h a 2 hrs ( ) 3hrs a 4 hrs ( ) 4 hrs a 5hrs ( ) Mais de 6 hrs

7. Quais são seus interesses nas redes sociais

( ) Filmes/ Series ( ) Jogos ( ) Animes


( ) Beleza ( ) Artistas ( ) Esportes
( ) Outro..._____________________________

8. Você acredita que as redes sociais influenciam nas opiniões das pessoas?

( ) Sim ( ) Não ( ) Em partes

9. Você acredita que relacionamentos concretos podem ser formados através das
redes sociais?

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a. ( ) Sim, já construí uma ou mais amizades através de redes sociais

b. ( ) Sim, já namorei através de redes sociais

c. ( ) Sim, mas nunca ocorreu comigo

d. ( ) Não, minha experiência não foi boa

e. ( ) Não acredito

10. Qual você acredita ser o maior risco da utilização de redes sociais?

a. ( ) Divulgação de dados pessoais

b. ( ) Distorção de fotos

c. ( ) Invasão de privacidade

d. ( ) Pedofilia

e. ( ) Sequestro

f. ( ) N.d.a.

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 2° Dia de intervenção:

Ocorrerá no dia 07 de novembro de 2019, terá duração de 50 minutos


pela manhã, realizaremos esta atividade no pátio por ser um lugar amplo. Mais
antes faremos uma roda de conversa para tratar do bom convívio em sala, ou
seja, vamos discutir as regras para que as atividades possam fluir como o
planejado. Feito isso, a sala será dividida em pequenos grupos, receberam as
orientações da proposta das atividades, em seguida, cada grupo receberá uma
cartolina, revistas, cola e tesoura, com o tempo de 20 minutos para produzir o
cartaz. O objetivo é fazer que eles colem imagem ou símbolos que tenham
alguma influência sobre a vida deles.

Após as confecções dos cartazes, realizaremos a apresentação e a


discussão sobre o que foi colado nos cartazes. A proposta é fazer com que
eles se questionem sobre o assunto; Como eles se sentem? Qual a
importância daqueles símbolos e imagem tem para eles? Eu estou fazendo
bom uso desses recursos? E os acadêmicos fazendo contribuição ou, a
intervenção durante as falas dos alunos.

 Materiais que iremos utilizar:

 Cartolinas
 Tesouras
 Cola
 Revistas (variadas)
 Cronometro
 Pincel
 Canetas
 Papel A4

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 3° Dia de intervenção:

Resultado da discussão do questionário aplicado no primeiro dia de


intervenção.

Aula que acontecerá no dia 14 de novembro de 2019 será uma aula


expositiva dialogada sobre “Os perigos das redes sociais e o
comprometimento psicossocial”. Com duração de 50 minutos, acontecerá
em sala de aula. A intenção nesse tema é de fazer com que eles reflitam sobre
o uso dessas tecnologias, tentar levar eles a fazerem uma desconstrução sobre
o que eles acham que é correto sobre o uso dessa tecnologia em sala de aula,
se está favorecendo na sua aprendizagem e nas suas relações com outros
colegas, ou se esta prejudicando o seu relacionamento social com outras
pessoas.

 Materiais que iremos utilizar:

 Note book
 Projetor ou data show
 Pincel de quadro branco
 Extensão elétrica

 4° Dia de intervenção:

A última atividade de intervenção será realizada no dia 21 de novembro


de 2019, a proposta será utilizar dois horários de aula seguida para a
realização da atividade. A ideia sobre orientação da Prof.ª Fany é de realizar
uma “Sessão Pipoca” iremos projetar o filme “MENINA MÁ.COM”, será feito
uma edição e o filme que tem duração de 01h40min, passará a ter 01h20min.
Logo após o filme, iremos discutir sobre o que o filme relata, e se eles se

20
identificam com algum personagem do filme, afim de entender um pouco mais
sobre eles.
Faremos uma distribuição de folders informativos com relação ao tema
trabalhado pelo nosso grupo. Para conscientização dos mesmos sobre o uso
das redes socias e a influência que ela exerce sobre o aprendizado, os folders
serão entregues tanto para os alunos como para os professores.
Ao final da discussão do filme e entrega dos folders, com a orientação
da professora Fany iremos aplicar um questionário com os alunos, para que
estes mesmos avaliem o grupo e o projeto nesses períodos de intervenção,
quais suas críticas positivas e negativas, assim como propostas do que pode
ser melhorado no projeto.

 Materiais que iremos utilizar:

 Note book
 Projetor ou data show
 Caixa de som
 Pincel de quadro branco
 Folders

 Materiais de consumo:

 Refrigerantes
 Pipocas
 Saco para pipoca

6 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Serão utilizados nos dias de intervenção textos, sala de aula, data-show,


multimídia, slides, vídeos, dinâmicas, notas de dinheiro de brinquedo, materiais
de papelaria, computador, barbante. Como recursos humanos temos a

21
coordenadora do projeto, professores e alunos do quinto período de Psicologia,
alunos, professores, gestores e familiares do Centro de Ensino Graça Aranha
no município de Imperatriz – MA.

7 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES D/M/A D/M/A D/M/A D/M/A D/M/A


Fundamentaçã 08/08/2019 15/08/2019 22/08/2019 19/09/2019 17/10/20019
o teórica Unisulma Unisulma Unisulma Unisulma Unisulma
Conhecimento
da realidade / 05/09/2019
Encontro com CEGA
os gestores
Coleta de
26/09/2019
dados para
Aula no
elaboração do
campo
plano
Fundamentaçã
o teórica,
03 e
avaliação
10/10/2019
bimestral e
Unisulma
entrega do
plano.
21/11/2019
31/10/2019 07/11/2019 14/11/2019 Aula no
Atividade de
Aula no Aula no Aula no campo e
intervenção
campo campo campo culminância
do projeto
Fundamentos
31/10/2019
teóricos –
Unisulma
metodologia
Entrega do
artigo científico
28/11/2019
+
Unisulma
fundamentação
teórica
Defesa do
0512/2019
artigo para
Unisulma
banca de
professores

22
8 IMPACTOS ESPERADOS

Esperamos responder os objetivos aqui levantados, fazendo com que os


sujeitos da avaliação, ou seja, os educandos sejam os beneficiados deste
projeto. Com o planejamento de aulas que englobem a utilização de recursos
pedagógicos, jogos e brincadeiras, espera-se despertar o interesse e
motivação do aluno com relação à participação nas aulas, e assim proporcionar
uma maior interação entre os educandos e o professor, que por vezes é visto
como ultrapassado por não possuir habilidade, principalmente com as novas
tecnologias. Sabe-se que esses meios concorrem cotidianamente com várias
instâncias sociais na formação individual.
Também se espera que os alunos consigam construir seu próprio ponto de
vista e levantem argumentos que sustentem seu posicionamento, por meio do
ensino, dê sua opinião ao que pode ajuda-lo a melhorar sua aprendizagem, e
assim ele ganhar vez e voz e a exercer sua autonomia como ser pensante.

9 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Em um primeiro momento a finalidade será conscientizar os


adolescentes sobre os perigos das redes sociais e como ela pode interferir no
aprendizado, nas relações consigo mesmo e com outro, para isso utilizaremos
dinâmicas de autorreflexão onde será trabalhado o “eu” desses alunos, terão
mais conhecimento de si mesmos, facilitando as descobertas daquilo que
possa está contribuindo para um declínio escola ou social, com isso eles
possam observar o que caminhos devem seguir.
Será trabalhada as relações grupais com o foco de que também existe
redes sociais presenciais e que por meio da interação com o outro de uma
forma reciproca viabilizando assim o processo de aprendizagem, a motivação,
característica que se faz de estrema necessidade para o todo, o processo
voltado a participação desses alunos no projeto e proposta de desenvolver as
relações e consecutivamente a parte do princípio da valorização desses

23
alunos, de sua confiança, permitindo abertura para o novo, valorizado suas
conquistas, história, qualidades, competências dentre outros.
No último dia concluímos logo após o filme Menina má.com, faremos
uma roda de conversa, onde abordaremos os benefícios e perigos das redes
sociais e sobre a importância de suas relações e de sua organização quanto
aos seus estudos possibilitando o desenvolvimento estudantil e dando abertura
a novos horizontes quanto ao seu conhecimento. Os métodos que serão
utilizados possibilitarão uma reflexão desses alunos promovendo a sua
interação, aprendizado, confiança, cooperação e possibilidade de uma
compressão melhor quanto a sua relação das redes sociais, relação com seus
colegas e o respeito entre si.
Desta forma, almejamos alcançar através desses métodos e das
observações realizadas, meios que facilitem o aprendizado e reflexão desses
alunos, cooperando para o seu desenvolvimento, integrando-os de forma que
se sintam percussores de seu próprio aprendizado.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino médio, antes vista como assistencialista, tornou-se um


ambiente educacional que almeja ideal de integração e socialização permitindo
através de práticas educativas de qualidade, aprendizagens que auxiliarão os
adolescentes no processo de construção da identidade, interferindo
diretamente para o exercício da cidadania.

O corpo docente, mediador destas aprendizagens, deve favorecer estes


momentos, conduzindo situações que utilizem os métodos que o contexto
necessita, estimulando a troca entre de papéis, ressaltando a importância do
companheirismo e respeito ao outro. Assim, nascem às situações de ajuda
mútua, criam-se vínculos e começam a formarem os valores indispensáveis
para o bom convívio em sala e consecutivamente no meio social.

24
Nossa proposta de trabalho se encaixou a teoria de Albert Bandura.
Segundo sua visão, ‘’a teoria social cognitiva adota a perspectiva da agência
para o autodesenvolvimento, adaptação e mudança. Ser agente significa
influenciar o próprio funcionamento e as circunstâncias de vida de modo
intencional. Ou seja, as pessoas são auto-organizados, proativas,
autorreguladas e auto reflexivas, apenas produtos dessas condições’’ (Bandura
2008).

Nossa proposta é alcançar os objetivos almejados ao longo das


intervenções. Salientamos que este trabalho propôs metodologias de ensino
através de aulas expositivas, dinâmicas, utilizando-o como material de apoio
para o desenvolvimento de atividades para os adolescentes 2º ano “B” do
Graça Aranha. Esta metodologia não teve a intenção de ser definitiva e nem se
classifica como certa e única. Foi apenas um caminho traçado para tentar
alcançar e facilitar a aprendizagem dos alunos.

Após as observações de início concluímos que a aprendizagem dos


adolescentes é mais significativa quando acontece de forma indireta, através
do contato com o lúdico, ou como define La Rosa (2003) a teoria de Bandura
procura proporcionar uma caracterização dos fatores externos e internos que
atuam nos processos humanos de aprendizagem, com um caráter descritivo ao
qual se apresenta em esquema de síntese, que descreve os determinantes do
comportamento. A teoria tem como objetivo apresentar um quadro que faça
justiça a todos os fatores que influenciam em determinado comportamento e,
não prioritariamente explicar os processos implicados.

Ressaltando a importância dos recursos auxiliar para o desenvolvimento


de capacidades, não poderíamos deixar de mencionar jogos e brincadeiras. A
intervenção a ser realizada através das dinâmicas e das atividades aplicadas
em sala proporcionaram momentos de socialização e consequentemente, de
aprendizagens.

25
Por fim, este relato de experiência será uma oportunidade de
vivenciarmos de perto e na prática a docência em sala de aula e fora, que será
de fundamental importância e engrandecimento para nossa formação. A
observação das atitudes dos alunos em sala diante das diversas situações
envolvendo os jogos e brincadeiras, bem como o modo de aplicar os conteúdos
planejados com desprendimento e segurança, significará uma experiência
positiva para nosso aprendizado profissional. Assim nós, enquanto
profissionais, devemos colaborar e traçar objetivos para realização de uma
prática pedagógica que venha atender as necessidades reais de nossos
alunos.

26
REFERÊNCIAS

CASTELLS, M. (1999) A sociedade em rede. São Paulo, Paz e Terra. Artigo de


José Luiz Aidar Prado; A naturalização da rede em Castells. Disponível no link:
http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/8edfdec821e24e074c15484053eb83c8
.pdf

BANDURA, Albert, (1987) “Aprendizagem Social”, Disponível no link


www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/bandura-e-a-
aprendizagem-social-psicologia-da-educacao/37930.

BRENNAND, Edna G. G. Hipermídia e novas engenharias cognitivas nos


espaços de formação. IN: SILVA ET AL (Org.) XIII ENDIPE – Encontro
Nacional de Didática e Prática de Ensino. Políticas educacionais, tecnologias e
formação do educador: repercussões sobre a didática e as práticas de ensino.
Recife: ENDIPE, 2006.

D’AQUINO, F. A história das Redes Sociais: Como tudo começou. Disponível


no link: https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/33036-a-historia-das-redes-
sociais-como-tudo-comecou.htm

DOS PASSOS, Sirlei de F. C. Projeto: Redes Sociais; Riscos e benefícios.


Disponível no link: http://escolaprofessoreuricopinz.blogspot.com/p/projeto-
redes-sociais-riscos-e.html

FONSECA NASCIMENTO, A. K. P. Artigo: O impacto das redes sociais no


processo de ensino e aprendizagem. Disponível no link:
https://www.portaleducacao.com.br/ conteudo/artigos/enem/o-impacto-das-
redes-sociais-no-processo-de-ensino-e-aprendizagem/56056

MASSETO, M. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In Novas


tecnologias e mediação pedagógica. 16. ed. Campinas, SP: Papirus, 2000.

27
MORAN, José Manuel. Ensino e Aprendizagem inovadores com tecnologias e
audiovisuais e telemáticas. IN____; MASETTO, Marcos T. BEHRENS, Marilda
Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas-SP: Papiros,
2000.

MILGRAM, Stanley. Behavioral study of obedience. Journal of Abnormal and


Social Psychology, 6, 245-254 9 (67, 371-378), 1963.

PORTUGAL, S. (2007). Contributos para uma discussão do conceito de rede


na teoria sociológica. Universidade de Coimbra: Oficina do CES.

PORTUGAL, S. (2014). Famílias e Redes Sociais – Ligações fortes na


produção de bem-estar. Coimbra: Almedina.

SCHUNK, D. H. (1985). Participation in Goal Setting: Effects on Self-Efficacy


and Skills of Learning Disabled Children. Journal of Special Education, 19, 307-
317.

SURRA, C., & MILARDO, R. (1991). O contexto psicológico social do


desenvolvimento de relacionamentos: redes interativas e psicológicas. Avanços
nos relacionamentos pessoais, 3, 1-36.

28
ANEXOS

29
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), do Projeto Extensão ADDA –
Aprender para Desenvolver / Desenvolver para Aprender, tendo como professora responsável
Ma. Fany Valentim de Matos com a participação dos acadêmicos do 5º período/2019.1 do
Curso de Bacharelado em Psicologia da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão –
UNISULMA.
Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é
do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma
alguma.
Em caso de dúvida sobre o projeto de pesquisa, você poderá entrar em contato com Prof.
Ma. Fany Valentim de Matos pelo email: fanyvalentim@gmail.com.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

A pesquisa de extensão: Projeto ADDA (Aprender para Desenvolver- Desenvolver para


Aprender) tem por objetivo geral: Verificar as práticas pedagógicas, os protagonistas e os
demais envolvidos nos espaços escolares), e as diversas configurações que as aprendizagens
são efetivadas ou não, com vista a elaboração de uma proposta preventiva e interventiva na
promoção de aprendizagens mais significativas.
A pesquisa qualitativa será desenvolvida no período de março a junho/2019, divididos em 2
etapas e você participará da primeira etapa de coleta de dados por meio de entrevista semi-
estruturada.
A pesquisa não envolve custos a quem dela concorde em participar e não haverá nenhum tipo
de pagamento ou gratificação financeira pela sua participação. Todas as informações
recolhidas são sigilosas, assegurando a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos na pesquisa. Cada participante possui garantia expressa de liberdade
de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.Caso haja algum dano relacionado ao
desconforto de responder as questões ou relatar problemas ou situações pessoais a
pesquisadora garantirá o tratamento que for indicado por profissional da área.

Nome e Assinatura do pesquisador ____________________________________________


Acadêmicos entrevistador____________________________________________________

CONSENTIMENTO DO/A Participante DA PESQUISA


Eu, _____________________________________, RG/ CPF_______________________
abaixo assinado, concordo em participar do Projeto de Extensão ADDA, como participante da
pesquisa. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador(a) e acadêmicos do
5º período de Psicologia /UNISULMA sobre a projeto, os procedimentos nela envolvidos, assim
como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que
posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade
sendo garantido, caso necessário o tratamento/acompanhamento/assistencia relativo a danos
causados por constrangimentos que possam ocorrer durante a realização da pesquisa.
Local e data:______________________________________________________________

Nome e Assinatura do Participante: ____________________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

30
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), do Projeto Extensão ADDA –
Aprender para Desenvolver / Desenvolver para Aprender, tendo como professora responsável
Ma. Fany Valentim de Matos com a participação dos acadêmicos do 5º período/2019.1 do
Curso de Bacharelado em Psicologia da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão –
UNISULMA.
Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é
do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma
alguma.
Em caso de dúvida sobre o projeto de pesquisa, você poderá entrar em contato com Prof.
Ma. Fany Valentim de Matos pelo email: fanyvalentim@gmail.com.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

A pesquisa de extensão: Projeto ADDA (Aprender para Desenvolver- Desenvolver para


Aprender) tem por objetivo geral: Verificar as práticas pedagógicas, os protagonistas e os
demais envolvidos nos espaços escolares), e as diversas configurações que as aprendizagens
são efetivadas ou não, com vista a elaboração de uma proposta preventiva e interventiva na
promoção de aprendizagens mais significativas.
A pesquisa qualitativa será desenvolvida no período de março a junho/2019, divididos em 2
etapas e você participará da primeira etapa de coleta de dados por meio de entrevista semi-
estruturada.
A pesquisa não envolve custos a quem dela concorde em participar e não haverá nenhum tipo
de pagamento ou gratificação financeira pela sua participação. Todas as informações
recolhidas são sigilosas, assegurando a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos na pesquisa. Cada participante possui garantia expressa de liberdade
de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.Caso haja algum dano relacionado ao
desconforto de responder as questões ou relatar problemas ou situações pessoais a
pesquisadora garantirá o tratamento que for indicado por profissional da área.

Nome e Assinatura do pesquisador ____________________________________________


Acadêmicos entrevistador____________________________________________________

CONSENTIMENTO DO/A Participante DA PESQUISA


Eu, _____________________________________, RG/ CPF_______________________
abaixo assinado, concordo em participar do Projeto de Extensão ADDA, como participante da
pesquisa. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador(a) e acadêmicos do
5º período de Psicologia /UNISULMA sobre a projeto, os procedimentos nela envolvidos, assim
como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que
posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade
sendo garantido, caso necessário o tratamento/acompanhamento/assistencia relativo a danos
causados por constrangimentos que possam ocorrer durante a realização da pesquisa.
Local e data:______________________________________________________________

Nome e Assinatura do Participante: ____________________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

31
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), do Projeto Extensão ADDA –
Aprender para Desenvolver / Desenvolver para Aprender, tendo como professora responsável
Ma. Fany Valentim de Matos com a participação dos acadêmicos do 5º período/2019.1 do
Curso de Bacharelado em Psicologia da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão –
UNISULMA.
Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é
do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma
alguma.
Em caso de dúvida sobre o projeto de pesquisa, você poderá entrar em contato com Prof.
Ma. Fany Valentim de Matos pelo email: fanyvalentim@gmail.com.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

A pesquisa de extensão: Projeto ADDA (Aprender para Desenvolver- Desenvolver para


Aprender) tem por objetivo geral: Verificar as práticas pedagógicas, os protagonistas e os
demais envolvidos nos espaços escolares), e as diversas configurações que as aprendizagens
são efetivadas ou não, com vista a elaboração de uma proposta preventiva e interventiva na
promoção de aprendizagens mais significativas.
A pesquisa qualitativa será desenvolvida no período de março a junho/2019, divididos em 2
etapas e você participará da primeira etapa de coleta de dados por meio de entrevista semi-
estruturada.
A pesquisa não envolve custos a quem dela concorde em participar e não haverá nenhum tipo
de pagamento ou gratificação financeira pela sua participação. Todas as informações
recolhidas são sigilosas, assegurando a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos na pesquisa. Cada participante possui garantia expressa de liberdade
de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.Caso haja algum dano relacionado ao
desconforto de responder as questões ou relatar problemas ou situações pessoais a
pesquisadora garantirá o tratamento que for indicado por profissional da área.

Nome e Assinatura do pesquisador ____________________________________________


Acadêmicos entrevistador____________________________________________________

CONSENTIMENTO DO/A Participante DA PESQUISA


Eu, _____________________________________, RG/ CPF_______________________
abaixo assinado, concordo em participar do Projeto de Extensão ADDA, como participante da
pesquisa. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador(a) e acadêmicos do
5º período de Psicologia /UNISULMA sobre a projeto, os procedimentos nela envolvidos, assim
como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que
posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade
sendo garantido, caso necessário o tratamento/acompanhamento/assistencia relativo a danos
causados por constrangimentos que possam ocorrer durante a realização da pesquisa.
Local e data:______________________________________________________________

Nome e Assinatura do Participante: ____________________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

32
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), do Projeto Extensão ADDA –
Aprender para Desenvolver / Desenvolver para Aprender, tendo como professora responsável
Ma. Fany Valentim de Matos com a participação dos acadêmicos do 5º período/2019.1 do
Curso de Bacharelado em Psicologia da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão –
UNISULMA.
Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é
do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma
alguma.
Em caso de dúvida sobre o projeto de pesquisa, você poderá entrar em contato com Prof.
Ma. Fany Valentim de Matos pelo email: fanyvalentim@gmail.com.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

A pesquisa de extensão: Projeto ADDA (Aprender para Desenvolver- Desenvolver para


Aprender) tem por objetivo geral: Verificar as práticas pedagógicas, os protagonistas e os
demais envolvidos nos espaços escolares), e as diversas configurações que as aprendizagens
são efetivadas ou não, com vista a elaboração de uma proposta preventiva e interventiva na
promoção de aprendizagens mais significativas.
A pesquisa qualitativa será desenvolvida no período de março a junho/2019, divididos em 2
etapas e você participará da primeira etapa de coleta de dados por meio de entrevista semi-
estruturada.
A pesquisa não envolve custos a quem dela concorde em participar e não haverá nenhum tipo
de pagamento ou gratificação financeira pela sua participação. Todas as informações
recolhidas são sigilosas, assegurando a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos na pesquisa. Cada participante possui garantia expressa de liberdade
de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.Caso haja algum dano relacionado ao
desconforto de responder as questões ou relatar problemas ou situações pessoais a
pesquisadora garantirá o tratamento que for indicado por profissional da área.

Nome e Assinatura do pesquisador ____________________________________________


Acadêmicos entrevistador____________________________________________________

CONSENTIMENTO DO/A Participante DA PESQUISA


Eu, _____________________________________, RG/ CPF_______________________
abaixo assinado, concordo em participar do Projeto de Extensão ADDA, como participante da
pesquisa. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador(a) e acadêmicos do
5º período de Psicologia /UNISULMA sobre a projeto, os procedimentos nela envolvidos, assim
como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que
posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade
sendo garantido, caso necessário o tratamento/acompanhamento/assistencia relativo a danos
causados por constrangimentos que possam ocorrer durante a realização da pesquisa.
Local e data:______________________________________________________________

Nome e Assinatura do Participante: ____________________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), do Projeto Extensão ADDA –
Aprender para Desenvolver / Desenvolver para Aprender, tendo como professora responsável
Ma. Fany Valentim de Matos com a participação dos acadêmicos do 5º período/2019.1 do
Curso de Bacharelado em Psicologia da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão –
UNISULMA.
Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é
do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma
alguma.
Em caso de dúvida sobre o projeto de pesquisa, você poderá entrar em contato com Prof.
Ma. Fany Valentim de Matos pelo email: fanyvalentim@gmail.com.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

A pesquisa de extensão: Projeto ADDA (Aprender para Desenvolver- Desenvolver para


Aprender) tem por objetivo geral: Verificar as práticas pedagógicas, os protagonistas e os
demais envolvidos nos espaços escolares), e as diversas configurações que as aprendizagens
são efetivadas ou não, com vista a elaboração de uma proposta preventiva e interventiva na
promoção de aprendizagens mais significativas.
A pesquisa qualitativa será desenvolvida no período de março a junho/2019, divididos em 2
etapas e você participará da primeira etapa de coleta de dados por meio de entrevista semi-
estruturada.
A pesquisa não envolve custos a quem dela concorde em participar e não haverá nenhum tipo
de pagamento ou gratificação financeira pela sua participação. Todas as informações
recolhidas são sigilosas, assegurando a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos na pesquisa. Cada participante possui garantia expressa de liberdade
de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.Caso haja algum dano relacionado ao
desconforto de responder as questões ou relatar problemas ou situações pessoais a
pesquisadora garantirá o tratamento que for indicado por profissional da área.

Nome e Assinatura do pesquisador ____________________________________________


Acadêmicos entrevistador____________________________________________________

CONSENTIMENTO DO/A Participante DA PESQUISA


Eu, _____________________________________, RG/ CPF_______________________
abaixo assinado, concordo em participar do Projeto de Extensão ADDA, como participante da
pesquisa. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador(a) e acadêmicos do
5º período de Psicologia /UNISULMA sobre a projeto, os procedimentos nela envolvidos, assim
como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que
posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade
sendo garantido, caso necessário o tratamento/acompanhamento/assistencia relativo a danos
causados por constrangimentos que possam ocorrer durante a realização da pesquisa.
Local e data:______________________________________________________________

Nome e Assinatura do Participante: ____________________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

34
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), do Projeto Extensão ADDA –
Aprender para Desenvolver / Desenvolver para Aprender, tendo como professora responsável
Ma. Fany Valentim de Matos com a participação dos acadêmicos do 5º período/2019.1 do
Curso de Bacharelado em Psicologia da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão –
UNISULMA.
Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é
do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma
alguma.
Em caso de dúvida sobre o projeto de pesquisa, você poderá entrar em contato com Prof.
Ma. Fany Valentim de Matos pelo email: fanyvalentim@gmail.com.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

A pesquisa de extensão: Projeto ADDA (Aprender para Desenvolver- Desenvolver para


Aprender) tem por objetivo geral: Verificar as práticas pedagógicas, os protagonistas e os
demais envolvidos nos espaços escolares), e as diversas configurações que as aprendizagens
são efetivadas ou não, com vista a elaboração de uma proposta preventiva e interventiva na
promoção de aprendizagens mais significativas.
A pesquisa qualitativa será desenvolvida no período de março a junho/2019, divididos em 2
etapas e você participará da primeira etapa de coleta de dados por meio de entrevista semi-
estruturada.
A pesquisa não envolve custos a quem dela concorde em participar e não haverá nenhum tipo
de pagamento ou gratificação financeira pela sua participação. Todas as informações
recolhidas são sigilosas, assegurando a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos na pesquisa. Cada participante possui garantia expressa de liberdade
de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.Caso haja algum dano relacionado ao
desconforto de responder as questões ou relatar problemas ou situações pessoais a
pesquisadora garantirá o tratamento que for indicado por profissional da área.

Nome e Assinatura do pesquisador ____________________________________________


Acadêmicos entrevistador____________________________________________________

CONSENTIMENTO DO/A Participante DA PESQUISA


Eu, _____________________________________, RG/ CPF_______________________
abaixo assinado, concordo em participar do Projeto de Extensão ADDA, como participante da
pesquisa. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador(a) e acadêmicos do
5º período de Psicologia /UNISULMA sobre a projeto, os procedimentos nela envolvidos, assim
como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que
posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade
sendo garantido, caso necessário o tratamento/acompanhamento/assistencia relativo a danos
causados por constrangimentos que possam ocorrer durante a realização da pesquisa.
Local e data:______________________________________________________________

Nome e Assinatura do Participante: ____________________________________________

APÊNDICE I

RELATÓRIO DA PRIMEIRA VISITA À ESCOLA

35
Os alunos do 5º período de Psicologia da IESMA/UNISULMA foram ao
Centro de Ensino Graça Aranha (CEGA) no dia 05 de setembro de 2019,
conduzidos pela profª Fany Valentim. O objetivo desta visita foi apresentar o
Graça Aranha a estes alunos e apresentar o Projeto ADDA as respectivas
salas do Centro de Ensino na qual a turma de Psicologia iria trabalhar, na
intenção de observar sua infraestrutura e dinâmica de trabalho e aprendizagem
Ao chegarmos ao centro a Profª Fany fomos apresentados a
responsável pelo centro naquele momento, que era é a vice-diretora Janice, a
qual nos recebeu muito bem, nos explicou algumas coisas referentes ao centro
de ensino, em seguida nos mostrou as dependências do local. Começamos a
vistoria da estrutura do centro, visitamos a biblioteca, na qual foi falado que só
é acessada pelos alunos quando um professor os acompanha, pois não possui
mais funcionários fixos trabalhando lá. Passamos pelos banheiros, onde foi
notado e citado que se encontravam ambos com danificações e em condições
precárias para o funcionamento.
A vice-diretora durante a visita foi questionada sobre se havia algum tipo
de ensino especializado para alunos com algum tipo de deficiência. Durante o
diálogo com nossa turma ela nos explicou que a escola não possui um ensino
especializado ou salas separadas para alunos com algum tipo de deficiência,
pois até o momento não possuía nenhum aluno com o diagnóstico de alguma
deficiência mental ou de limitação de locomoção, mas falou que os banheiro
possui um espaço para cadeirantes e os corredores davam acesso a todas as
salas, exceto as duas salas que foram feitas depois. A escola possui quarenta
anos de existência e é referência na cidade de Imperatriz-MA, a mesma possui
quatorze salas onde cinco delas são primeiros anos, cinco são os segundos
anos e quatro são os terceiros anos, tendo seu funcionamento no período
matutino e vespertino.
Visitamos também a sala de apoio, na qual se encontrava alguns alunos
do curso de medicina da UFMA que estavam ali para desenvolver alguns
projetos para os alunos. As visitas nas salas foram seguidas por um roteiro
feito pela diretora e vice-diretora, no qual visitamos apenas as cinco salas

36
escolhidas em um concelho de professores para o desenvolvimento do projeto.
A primeira sala foi o 2° ano “E”, onde fomos recebidos muito bem pelos alunos
e notamos que eles ficaram bastante animados com a apresentação do projeto,
na sala se encontrava o professor da matéria de geografia.
A segunda sala visitada foi o 1° ano “C”, na qual nos deparamos com
uma aluna da sala em um momento de uma crise de ansiedade, a professora
que estava ministrando a aula no momento do ocorrido não soube como agir
no momento e foi observado pela turma de psicologia que há alguns sintomas
de ansiedade na própria professora, a professora do horário era a Luciene,
professora da matéria de Geografia, a relatou em sala que tem uma vida muito
atarefada e muitas vezes fica sobrecarregada com acontecimentos como esse,
a mesma relata que em sala de aula ela se encontra como professora,
enfermeira, psicóloga tudo para atender as demandas que seus alunos
apresentam em sala. Na sala do 1° ano C nos deparamos com uma sala muito
barulhenta por conta da central de ar. Percebemos que de início o interesse
dos alunos era saber se a intevenções seria também com os professores, e
quais os horários que ocuparíamos, assim relatamos a nossa Profº Fany como
uma hipótese que os professores também estejam precisando de ajuda.
A terceira turma foi o 1° ano “E”, na qual se encontrava a professora
Regina, professora de língua portuguesa. Nesta sala os alunos se encontravam
organizados em dublas, os alunos eram mais calmos, pareciam estar atentos e
ao mesmo tempo dispersos.
A quarta turma foi o 2° ano “B”, que era uma sala com poucos alunos,
com uma estrutura mais precária, os alunos em sua maioria estavam atentos a
fala da Profº Fany, alguns sussurravam sobre algo, riam e fizeram sinal de
“doido” devido ao fato de sermos alunos do curso de Psicologia.
A última turma a ser visitada foi o 3° ano “D”, que não foi visitada no
mesmo dia, porque se encontravam em um momento de apresentação de
seminário, que só poderia ocorrer naquele momento. Logo no intervalo fomos
apresentados para os professores e também apresentamos a eles o projeto,
explicamos nossas intenções ali no centro e fomos bem recebidos por eles.
Passamos também pelo auditório que fica em frente a sala dos professores e

37
pelo banheiro dos professores. Após esses momentos, realizamos uma
entrevista sobre o histórico do centro de ensino com a vice-diretora e logo
mais, no ambiente da escola mesmo fizemos as divisões das salas para os
grupos do projeto.

APÊNDICE II

RELATÓRIO DA SEGUNDA VISITA À ESCOLA

A Segunda visita ao Centro de Ensino Graça Aranha (CEGA), foi


realizada no dia 26 de setembro do ano de 2019, conduzida pela orientadora
Fany Valentim. O objetivo da visita foi para observação em sala de aula, e para
entrevistas que seriam realizadas com os professores.
Chegamos à escola às 7horas e 30 min da manhã, fomos para as salas
com os alunos, tivemos uma noção de como funciona o processo de entrada
dos mesmos a escola e como cada um se comporta em sala, ao adentrar a
escola fomos para a sala do 2º ano “B” para observarmos as primeiras aulas,
ao termino das aulas nos retiramos da sala e fomos para a sala dos
professores para a conclusão das entrevistas com os professores das quintas
feiras.
Ao termino do intervalo o grupo se direcionou a sala novamente para as
aulas que seriam de artes, cujo objetivo da aula era que os alunos em grupos
fizessem um mapa mental sobre os assuntos das aulas já discutidos em sala
pela professora. Antes que a professora chegasse na sala e a aula iniciasse,
conversamos com os alunos e pedimos para eles nos falar sobre como eles se
sentem em relação a aprendizagem e como é o relacionamento entre professor
e aluno, o que eles achavam que devia melhorar. Em poucas palavras, na
visão deles, alguns professores eram grosseiros com eles, e que as aulas
poderiam ser mais dinâmicas e alguns alunos poderiam colaborar mais.
Estas visitas foram essenciais para que pudéssemos ouvir o que os
professores tinham a dizer em relação aos alunos do 2° ano “B” da escola
Graça Aranha, e até mesmo os próprios alunos relatarem suas queixas. Com

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isso, achamos esta visita muito produtiva e a partir dos relatos que obtivemos,
tivemos a possibilidade de investigar qual seria a demanda da turma, para que
nas próximas visitas pudéssemos fazer intervenções que fossem satisfatórias e
alcançar os objetivos que foram propostos pelo grupo.

APÊNDICE III

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA COM GESTOR

1. A relação que os gestores possuem com os coordenadores,


professores e alunos é uma relação satisfatória? Como funciona esse
processo de relação?

Vice-diretora : Aqui na escola nós temos um diálogo muito interessante com os


professores, onde os mesmos tem abertura para sugerir, criticar e solicitar. Nós
gestores também temos um diálogo muito bom com eles na hora que
precisamos falar sobre alguma metodologia, sobre algo que os alunos estão
pontuando ou alguma insatisfação. Dessa forma não temos dificuldade, é uma
relação que consideramos saudável. Eu entendo que isso é concreto, pois a
rotatividade do Graça Aranha é mínima, eu por exemplo cheguei em 2007 e
estou aqui até hoje, isso também acontece com os professores, onde a maioria
ficam aqui até se aposentarem, caso forem mudar de cidade é que há
necessidade de mudança. Outro fator interessante para essa pouca
rotatividade e que não possuímos professores por seletivo, todos os
professores são efetivos, o que nos dá certa estabilidade comparando com
outras escolas do estado em que há esse problema, pois esperam o governo
fazer o seletivo para que possam ser chamados e isso pode dificultar o
processo de desenvolvimento da escola.

2. Possui algum canal de comunicação estabelecido pela escola? Qual?

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Vice-diretora: Sim temos um canal de comunicação muito satisfatório na
escola, além das reuniões bimestrais, que inclui o conselho de classe, há
também as reuniões extraordinárias quando vemos que é necessário. Esse ano
o olhar do governo está voltado muito para os 3° anos, assim o governo exige
das escolas um empenho maior, pois deseja elevar o índice de
desenvolvimento da educação básica do estado do maranhão. Por conta dessa
demanda as reuniões são mais constantes principalmente com os professores
de língua portuguesa e matemática. Outro tipo de comunicação por meio do
WhatsApp, através do grupo, e como todo grupo há coisas que se aproveitam e
coisas que não se aproveitam, nós como gestoras somos as que menos
falamos, porém quando a informação é importante nos comunicamos no grupo.

3. Quais são as atitudes tomadas por parte da direção, para aquele aluno
que apresenta alguma dificuldade em sala de aula, ou até mesmo no
convívio social?

Vice-diretora: Nós às vezes nos sentimos “solitários ou de mãos atadas”, um


pouco limitadas, porque a escola não dispõe de um serviço de orientação
pedagógica, ou um serviço minimamente voltado para área da semiologia, o
que nós temos é o que se chama de apoio pedagógico, onde há uma figura
que muitas vezes vai ouvir, vai socializar com os professores e convidar a
família para ouvir o nosso parecer, essa é a forma que a gente tem de lidar. A
partir disso ouvimos as sugestões que a família tem a dizer, ou o que ela pode
estar fazendo. Em relação à dificuldade de aprendizagem, no conselho
perguntamos para os professores o que eles sugerem para esse aluno que
apresenta alguma dificuldade. Os professores muitas vezes dão sugestões, se
o aluno for muito tímido, mudar ele de turma, ver possibilidades para que ele
interaja com outros colegas, a partir disso chamamos a família, questionamos
se estão de acordo, e as vezes isso dá certo. Sugerimos também que os pais
procurem reforço, pois aqui na instituição as aulas extras são específicas para
os 3° anos, que são aos sábados, com aulas de língua portuguesa e
matemática, que não são obrigatórias, por isso a frequência desses alunos é

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mínima, sendo esse um dos nossos maiores desafios, que é estimular esses
alunos a participarem. Percebemos aqueles que estão participando já deram
uma melhorada em relação às provas que são aplicadas para verificar o nível
de desenvolvimento. Aqueles que trabalham aos sábados geralmente são
professores mestres e doutores. Fizemos uma reunião com os pais de alunos
dos 3° anos e perguntamos quais os motivos para que os alunos não
comparecerem e alguns pais informaram que não sabiam que havia essas
aulas, que ocorrem desde maio.

4. Em relação a sua graduação de ensino superior, foi um curso


desejado, ou se tivesse oportunidade de fazer outro curso você faria?
Qual?

Vice-diretora: Minha formação é em licenciatura em ciências biológicas, me


formei na Universidade Federal do Piauí em 1995, estou concursada no
maranhão desde 2004, cheguei ao Graça Aranha em 2007, como professora
de biologia. Em 2016 foi feito um convite para me candidatar como gestora,
então aceitei, porém para isso tive que fazer um curso de formação de gestão,
fui capacitada e avaliada ao final do curso, assim pude colocar o nome para
eleição, nessa eleição quem vota são os alunos, pais cadastrados e
funcionários. Não havia outra chapa, mas mesmo assim foi feito o processo de
eleição, então me apossei do cargo em 2017. Já era pra ter acontecido um
novo processo de eleição, mas como não teve ainda estamos aqui a serviço da
comunidade escolar. Provavelmente no final desse ano haverá uma nova
eleição, que é feita apenas para os gestores, os outros cargos são assumidos
sobre indicação, que vem da secretaria de educação.
Atualmente estamos em um momento muito difícil na escola, pois o governo
fez um reordenamento dos secretários para algumas vagas de professores,
isso fez com que ficássemos sem secretários na escola. Isso significa que
professores que estavam fora da sala de aula tiveram que voltar para as salas
devido as escolas estarem precisando de professores na sala de aula.

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5. Quais suas percepções e desafios em ter estado em sala de aula e
agora em estar como gestora?

Vice-diretora: Bom, tive vários apoios principalmente de colegas, para assumir


esse cargo. Mas o fato de já ser professora influenciou muito, pelo fato de estar
a bastante tempo nesse meio e realmente conhecer essas duas posições, tanto
de professores como de gestores. Essa percepção em relação à gestão é
ampliada, não temos noção de uma gestão que os gestores mandam e os
professores obedecem, mas sim uma visão de uma gestão democrática.

6. Quais os pontos positivos e as dificuldades que sua profissão


exigir?

Vice-diretora: Os pontos positivos foram o fato de ter tido essa vivencia como
professora, não tem como você fazer gestão sem entender como funciona esse
sistema, outro ponto positivo é a equipe, hoje temos uma equipe considerada
muito boa aqui na Graça Aranha, temos professores mestres, doutorandos,
temos professores que além de trabalhar aqui são professores universitários,
temos professores historiadores, professores formados em artes visuais. Outro
ponto positivo é o fato de todos os professores serem efetivo diminuindo assim
a rotatividade. Outro ponto positivo é o próprio anulado, hoje os alunos chegam
aqui no primeiro ano e a intenção deles é de ficar até o terceiro ano, ou seja,
não há muita desistência de alunos, só se for por motivos de mudança de
cidade, fora isso o número de evasão é muito baixo. Outro ponto positivo é que
temos o apoio da unidade regional de ensino, qualquer coisa sempre temos
apoio dos técnicos. Pontos negativos eu acredito é seja o fato de que hoje uma
escola no porte do Graça Aranha, trabalha sem recurso de secretário, sem
apoio na biblioteca aos alunos que queiram livros, precisamos de mais apoio
pedagógico, necessitamos de pelo menos três apoios pedagógicos.
Percebemos que em todas as escolas teve o reordenamento, salvo os casos
em que o professor tem alguma debilidade e não pode atuar em sala de aula,
fora isso todos os professores foram para sala de aula.

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7. O que o apoio pedagógico faz?

Vice-diretora: O apoio pedagógico é aquele que está entre o professor e o


aluno, entre o professor e a gestão, entre a gestão e os familiares. Ele é um
elo, um intermediário. Pela demanda emergente da escola ele faz o papel de
psicólogo, terapeuta, assistente social, às vezes até de advogado, advogando
em casos de demanda. Até o começo do ano tínhamos no apoio pedagógico
uma psicóloga a Carla Robéria, porem ficávamos muito tristes, pois ela não
podia atuar como psicóloga, pois ela não tinha sido contratada para psicóloga
escolar. Embora muitas vezes ela dava suporte a alguns pais que muitas vezes
não sabia como lida com seu filho.

8. Como é a participação das famílias no processo de aprendizagem?


Essa participação ajuda ou atrapalha?

Vice-diretora: As reuniões ordinárias acontecem no início de ano e


encerramento de bimestre, a frequência dos pais é sempre muito boa. Essas
reuniões acontecem no pátio devido à grande frequência dos pais. Essa
frequência dos pais é vista com admiração pela grande quantidade de pais que
vem para as reuniões. Fora essas reuniões ordinais fazem as extraordinárias
que são feitas por turma, iniciamos as reuniões pela turma com maior
demanda. Percebemos que a frequência dos pais vai diminuído quando os
filhos chegam ao terceiro ano, para atrair esses pais utilizamos de estratégias
que possam favorecer a vinda desse pai, um exemplo é: se o pai não vim para
reunião o aluno não entra no dia seguinte. Essas reuniões são muito
importantes pelo fato de que os pais nos apoiam, e podem nos ajuda na
melhora do aluno.

9. Quais os problemas que essas famílias mais trazem em relação aos


seus filhos? Quais seriam os problemas mais específicos?

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Vice-diretora: Às vezes eles se surpreendem com as coisas que acontecem
aqui na escola, porque eles relatam que em casa o filho tem um bom
comportamento. Muitas vezes a demanda é uma certa rebeldia, eles não ligam
para os estudos, não prioriza os estudos, muitas vezes só querem saber do
celular, jogos, nas redes sociais. Alguns pais buscam saber da escola se seus
filhos precisam de reforços, as vezes dizemos que sim, que deve haver esse
suporte, pois o que os professores mais relatam é essa falta de base que os
alunos tem, principalmente na língua portuguesa e matemática. Outros fatores
que são trazidos é a separação dos pais, podendo trazer alguns prejuízos,
como que esse filho vá mal na escola, índices de automutilação, uso de droga.
Outro fator é a gravidez na adolescência, temos três casos de gravidez na
escola. Temos caso diagnosticado de síndrome do pânico, casos recentes de
alunos que tentaram suicídio. Então são bem diversificados os problemas
trazidos pelos pais. Esses problemas afetam mais os alunos dos 3° anos, a
causa disso é devido a pressão existente. Porem um fator bem interessante é
que os alunos que estão bem querem ajudar os que não estão bem.

10. Como funciona o processo de acessibilidade que a escola


disponibiliza? Há adaptação que foram feitas por conta dos alunos que
precisam dessa maior assistência?

Vice-diretora O Graça Aranha de modo geral quase não recebe portadores de


deficiência, não porque não acolhemos, mas porque realmente não tem essa
demanda. Tínhamos no ano passado uma cadeirante, ela concluiu o ensino
médio com a gente, a mesma vinha em uma van adaptada. Na gestão anterior
foi feita uma rampa que dá acesso ao interior da escola, porém essa rampa já
possui muitos buracos e o acesso e difícil. As portas já são todas adaptadas
com o tamanho ideal, os banheiros são adaptados, mas confesso que nunca foi
feito algo voltado especificamente para acessibilidade. A escola ser sempre
cedida para concursos, Enem, vestibular, e um dos pontos que é colocado é a
falta de acessibilidade para todos.

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11. Como funciona o processo de elaboração do PPP? Quem participa
desse processo de elaboração e revisão?

Vice-diretora: O plano do PPP é comum a todas as escolas, antes quando não


havia os simulados do Enem nós reuníamos os professores e fazíamos o da
própria escola, para simular os moldes do Enem, nós fazíamos duas vezes no
ano, os professores elaboravam as provas, aplicavam aos alunos e logo depois
corrigiam e nós divulgávamos os resultando. Hoje não é mais a escola que
produz, o governo já encaminha todos os cadernos de provas para cada escola
de ensino médio. Antes disso também por iniciativa do professor Rosenilson foi
idealizado um projeto “agora é a sua vez”, onde junto com seus colegas, dava
aulas de matemática e outras disciplinas a fim de ajudar os alunos dos 3° anos,
era aberto para outras escolas, mas a prioridade era o Graça Aranha. Outra
iniciativa é o “terceirão não tira férias” que acontece no mês de julho, ou seja,
eles tem duas semanas seguidas de aula normal, esse projeto faz parte do
programa mais IDEB que é do governo. É uma prática que não é obrigatória,
mas a frequência de alunos que vem para as aulas é satisfatória, havia
também um lanche para eles, nos intervalos um educador físico fazendo
atividades de relaxamento, e antiestresse. Apesar de ser um ano cansativo,
tentamos mostrar para eles que é um ano diferente. Um dado muito importante
que nos motiva a cada ano é que a maioria das aprovações da UEMA-SUL é
de alunos de escolas públicas. O governo a fim de motivar os alunos oferece
bolsas de mil reais para os alunos que forem ingressar em uma instituição
privada, e de 400 reais se ingressar em uma instituição pública, os 2000
melhores alunos recebem de imediato uma recompensa de 400 reais e a
escola que tira o melhor resultado os professores são bonificados no valor de
2000 reais e os gestores no valor de 2500 reais. Nós já tivemos o melhor
resultado em 2017 e esperamos ter novamente em 2019,

12. Quais as principais demandas relatadas pelos professores em


relação aos alunos?

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Vice-diretora: Bom, sempre que nos reunimos eles reclamam muito da falta de
motivação dos alunos em relação ao conteúdo administrado, para nós como
professores isso é algo que nos deixa triste. A segunda demanda vem que
aparece é a indisciplina, que atrapalha bastante em sala de aula. No período
da manhã isso ocorre com menos frequência, mas no período da tarde a
indisciplina é maior. Eu como gestora, tive essa percepção quando eu comecei
a trabalhar na parte da tarde, havia essa diferença grande. Outro ponto
observado é a busca dos alunos em desabafar com os professores, é uma
demanda muito grande, eles querem ser ouvidos. Muitas das vezes o professor
é aquela figura que o aluno confia, não são todos mas há professores em quem
os alunos confiam para contar seus problemas, desabafar. Dessa forma vendo
todas essas dificuldades a primeira posição da gestão é chama a família, ou
fazer uma reunião de turma, a partir da demanda. Quando é um caso mais
particular, tentamos chama um advogado ou psicólogo há apenas uma
psicóloga para toda a rede de escolas do município, e muitas vezes o máximo
que ela consegue é dar uma palestra.

13. Quem são os alunos do Graça Aranha?

Vice-diretora: De uns anos para cá essa questão mudou muito, antes os alunos
eram apenas de famílias onde os pais não tinham condições de pagar uma
escola particular, porém esse fator vem mudando um pouco, hoje o público do
Graça Aranha abrange tanto egressos da rede pública quanto da rede privada,
temos alunos que vem de municípios vizinhos, como João Lisboa e também
de bairros muitos distantes como estrada do arroz, 1700, aqui temos alunos de
todos os lugares. Então o público do Graça aranha hoje é um público bem
diversificado. Há alunos que vieram de outras cidades por achar que aqui era
melhor, como Açailândia, Dom Elizeu, há alunos que moram sozinhos, no qual
os pais vêm uma vez ao mês.

14. A escola adota algum projeto ou estratégias de orientação


vocacional?

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Vice-diretora: Nós fazíamos no ano passado as chamadas feiras das
profissões, hoje o único projeto grande da escola chama-se mostra de ciência
do Graça Aranha (MOCIGA), que inicia em abril e termina em outubro.
Fazemos em forma de simpósio, para o melhor aproveitamento do trabalho dos
alunos, pois as vezes em uma feira o conteúdo fica reduzido, como se a gente
tivesse minimizando uma coisa de oito meses em alguns minutos de
apresentação. Isso foi até pautado pela secretaria de educação, para que
enxugasse um pouco os projetos, pois isso demanda tempo, recursos e ao
mesmo tempo tira um pouco o foco do aluno da sala de aula. Entendo que o
projeto vocacional, é importante para a escola, mas nós não temos.

15. Em sua opinião a estrutura escolar interfere no processo de ensino e


aprendizagem?

Vice-diretora: Entendo que ela é importante, mas não é determinante para a


formação escolar, nós temos problemas de infraestrutura, principalmente da
climatização da escola, as centrais tem em média dez anos de uso, estão
começando a pedir socorro. Temos turmas que as vezes precisam assistir
aulas na sala de apoio, que são as salas que usamos quando um ar-
condicionado não está funcionando, a tarde também as centrais não funcionam
e muitas vezes os alunos usam isso como pretexto para não assistirem a aula,
muitos professores se rendem aos alunos, outro não. São problemas que não
temos como fechar os olhos, outro problema são os banheiros, mas agora vão
passa por uma reforma. Isso é somente vestígio da depravação dos alunos,
eles entopem os vasos, quebram as pias e vezes só a manutenção não é o
suficiente. Apesar de todos esses problemas e de a escola já possuir quarenta
anos ela não possui nenhuma rachadura, isso porque as construções de
antigamente era mais firmes e mais resistentes, enquanto algumas escolas que
foram construídas há pouco tempo já possuem problemas estruturais. Há
também uma falta de cadeiras nas salas de aula, pelo fato dos próprios alunos
depredarem o bem comum, no início no ano o governo mandou 100 mesas

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com cadeiras e com recursos próprios da escola nós também compramos mais
100 carteiras e a UFMA nos doou 45 cadeiras pelo fato de ela funcionar aqui a
noite, o projeto “agora é sua vez” também trouxe mais 50 cadeiras acolchoadas
e a UEMASUL nos presenteou com 80 carteiras.

16. Em relação às salas lotadas? Qual sua posição?

Vice-diretora: O número máximo de alunos por sala autorizado pelo MEC é de


45 alunos, nas salas aqui do Graça Aranha não tem nenhuma uma sala com
mais de 45 alunos, até mesmo no site onde realizamos as matrículas eles não
aceitam mais de 45 alunos matriculados, na turma da tarde nós tínhamos salas
com menos de 45 alunos e no mês de férias foi fechada uma sala e o restante
dos alunos foram distribuídos para as demais salas, para que cada uma ficasse
com 45 alunos.

17. Fale um pouco sobre a qualidade de ensino do professor em razão


da sala muito lotada?

Vice-diretora: É importante destacar que as salas que estavam com o número


menor de alunos, no caso o período da tarde, não tinham um resultado tão bom
quanto às turmas de 45 alunos, apesar do pouco número de alunos. Foi algo
que observamos logo após que fechou o bimestre.

18. Quantidade de alunos nos dois turnos? Número de professores?


Número de funcionários?

Vice-diretora: há uma média de 1100 alunos, sendo que no período da manhã


temos mais do que do período da tarde, pela manhã quase 600 alunos e a
tarde temos 500 alunos. Ao todo temos 50 professores, 2 seladoras, 2
copeiras, 4 seguranças, 2 gestores, 2 ASGS.

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19. Fale-nos um pouco sobre o contexto histórico do Graça Aranha,
importância da escola para a cidade de Imperatriz?

Vice-diretora: Professor historiador responde: Eu vim para cá em 1991, mas já


tinha vindo aqui em algumas oportunidades, inclusive tinha uma tia que
trabalhava aqui, o modelo do Graça Aranha foi um modelo estabelecido na
década de 80, no qual foi ampliado no governo João Castelo, foi um modelo de
escola que buscava atender a demanda crescente, como educação geral,
cursos técnicos de contabilidade, magistério, inclusive eu trabalhei aqui no
magistério, no início da minha carreira, nos anos 2000. O Graça Aranha foi a
primeira escola de ensino médio aqui de imperatriz, quando eu cheguei quem
estava na gestão era a professora Carmem, depois foi a Zeleide, depois Carlos
Airton e Zilina, depois a Marizete, Mariluzia, e por fim no atual mandato
Terezinha e Janice. Normalmente a gestão permanecia a mesma por muito
tempo, não havia eleições para troca. Um fato interessante, também na década
de 80, era que existia um tipo de feira de ciências, onde as escolas do estado
faziam exposição de amostras, me lembro que os alunos que trabalhavam no
curso técnico em elétrica foram para Caxias, os cursos técnicos existentes
eram elétrica, administração, ciências contábeis. A escola Graça aranha é
muito importante para o desenvolvimento educacional da região. Há também o
retorno de alguns ex-alunos do Graça Aranha, agora como professores.

20. Como é o processo de inserção dos alunos no Graça Aranha?

Vice-diretora: Até o ano passado eles tinham que passar por uma espécie de
seletivo, eles se escreviam no sistema e o mesmo fazia essa seleção, agora já
não é mais assim, democratizou para todos. Quando abre as vagas, são 200
para o turno matutino e 200 para o vespertino, os 200 primeiros que acessarem
o sistema são os selecionados. Para o segundo e terceiro ano é aberto vagas
apenas se sobrar, pois priorizamos os alunos que já estão estudando aqui e só
depois damos oportunidade para os que vêm de fora.

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APÊNDICE IV

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA (Profª N.)

1. Você escolheu a profissão de professor?

Profª N. - Não, foi uma oportunidade que consegui e hoje não me vejo sem
lecionar, com o tempo busquei as graduações. Como o tempo comecei a
gostar de ser professora e o meu forte é a Biologia na qual me formai, o Graça
Aranha hoje é a escola que mudou alguns aspectos da minha vida.

2. Como é o seu relacionamento com os alunos em sala de aula e fora?


possui alguma dificuldade com os alunos?

Profª N. - É muito complicado as salas pela quantidade de alunos, muitas das


vezes tem que ser mais firmes para que o trabalho em sala de aula renda e sei
que se trata de uma idade bem complicada, no entanto não essas dificuldades
consigo contornar, pois utilizo de matérias didáticos promovendo a interação
desses alunos para que não seja uma aula maçante, faço uso de diferentes
dispositivos para que todos possam se encaixar e embarcar no processo de
aprendizagem, pois cada indivíduo aprendem de uma forma diferente, então
procuro sempre está fazendo esse rodízio de acordo com a necessidade de
cada aluno. Quando baixa as notas desses alunos sempre os chamo pra
conversar e tentar compreender o que está acontecendo, os alunos são
bastante abertos comigo, então faço esse processo de escuta para entender o
que se passa com esse aluno.

3. Se tivesse autonomia, o que faria para melhorar o ensino


aprendizagem desses alunos?

Profª N. - Faria uma redistribuição dos alunos, faria uma separação e com isso
tentaria diminuir os grupinhos em sala de aula.

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4. Qual a maior necessidade em relação aos alunos?

Profª N. - A maior demanda vigente desses alunos está mais relacionados à


ansiedade, muitos não conseguem dormir bem, tudo isso se dá mediante as
cobranças e a pressão dos seus próprios pais, cursinhos, ENEM e muitas
vezes até de si mesmo.

5. Para você como deve ser o processo de avaliação de um aluno?

Profª N. - Deve ser de uma forma diversificada, com utilização de vários


instrumentos, escrita, oral, seminários, teatro de uma forma dinâmica, provas
objetivas e subjetivas, ou seja deve haver uma atenção voltada para a
mensuração da habilidade de cada aluno, pois todos, sem exceção, nos
surpreendem em alguma área diversificada, então acho importante que
trabalhemos em cima dessas habilidades.

6. Como deve ser uma aula?

Profª N. - Devemos utilizar de vários artifícios de forma que esses alunos


possam estar sendo inseridos e a sua atenção esteja voltada para as aulas
administradas, fazendo uso de computadores, projetores, vídeos curtas,
apostilhas, atividades organizadas e anotações, aulas práticas, expositiva, uso
de livros como referência elencando com outras fontes, o plano de aula é
elaborado e fica disponível para o acesso. Todos artifícios que se configurem
com a atualidade na qual estão inseridos.

7. Como é a participação das famílias no processo educacional?

Profª N. - Não vejo muita participação por parte doa pais, a maior parte tem
certo preconceito em relação a disciplina e nos dias que é solicitada a presença
dos mesmos nem todos se fazem presentes, porém os professores e
coordenadores descobriram que nem todos os pais de alunos eram
comunicados, então tiveram que fazer interferências com relação a esse

51
problema, os alunos foram comunicados que não entrariam na escola se na
próxima convocação não chegassem com os pais.

8. Possui algum tipo de problema psicológico ou de saúde, por conta


da sala de aula?

Profª N. - O professor se cobra muito, tem que ser sempre bem organizado,
mas além dessa cobrança consigo mesmo existe a cobrança em relação ao
ensino e trabalho dos professores que também é muito grande, em cada sala
temos uma demanda diferente, então temos que trabalhar em cima dessas
questões, além de que sempre temos muito serviço extra classe, então o
trabalho em si suga muito da pessoa.

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA (Profª S.)

1. Você escolheu a profissão de professor?

Profª S. - Sim, Desde o ensino fundamental era meu desejo lecionar, e


consegui trabalhar na área que gosto que é artes.

2. Como é o seu relacionamento com os alunos em sala de aula e fora?


possui alguma dificuldade com os alunos?

Profª S. - Tenho um relacionamento amigável com todos e acredito por ser


simpática, consigo trabalhar com eles de forma fácil e ministrando meu
conteúdo. Quando se fala em dificuldades vejo que eles são muito ansiosos,
por esse motivo podem ter algumas dificuldades em assimilar o conteúdo.

3. Se tivesse autonomia, o que faria para melhorar o ensino


aprendizagem desses alunos?

Profª S. - Diminuiria a quantidade de alunos, por mais que consiga desenvolver


meu conteúdo, a qualquer momento ocioso é a oportunidade para os alunos

52
começarem a conversar e brincar em sala, então uma diminuição na
quantidade poderia amenizar e o ensino seria mais proveitoso.

4. Qual a maior necessidade em relação aos alunos?

Profª S. – No geral são alunos bons, mais essa cobrança por resultados pode
atrapalhar a aprendizagem, algum são muito preocupados e com certeza isso
atrapalha a vida acadêmica.

5. Para você como deve ser o processo de avaliação de um aluno?

Profª S. – gosto da forma que somos orientados a avaliar, mesmo percebendo


que a utilização de provas aplicadas pode travar alguns. Mas também podemos
utilização de vários instrumentos, escrita, oral, seminários, teatro de uma forma
dinâmica, ou seja, deve haver uma atenção voltada para a mensuração da
habilidade de cada aluno, pois todos, sem exceção, nos surpreendem em
alguma área diversificada, então acho importante que trabalhemos em cima
dessas habilidades.

6. Como deve ser uma aula?

Profª S. - Devemos utilizar de vários artifícios de forma que esses alunos


possam estar sendo inseridos e a sua atenção esteja voltada para as aulas
administradas, fazendo uso de computadores, projetores, vídeos curtas,
apostilhas, atividades organizadas e anotações, aulas práticas, expositiva, uso
de livros como referência elencando com outras fontes, o plano de aula é
elaborado e fica disponível para o acesso. Todos artifícios que se configurem
com a atualidade na qual estão inseridos.

7. Como é a participação das famílias no processo educacional?

Profª S. - Não vejo muita participação por parte doa pais, a maior parte tem
certo preconceito em relação a disciplina e nos dias que é solicitada a presença
dos mesmos nem todos se fazem presentes, porém os professores e
coordenadores descobriram que nem todos os pais de alunos eram

53
comunicados, então tiveram que fazer interferências com relação a esse
problema, os alunos foram comunicados que não entrariam na escola se na
próxima convocação não chegassem com os pais.

8. Possui algum tipo de problema psicológico ou de saúde, por conta


da sala de aula?

Profª S. – No inicio foi difícil devido a quantidade de alunos e por falta de


experiência em lidar com certas situações, mais com o passar dos anos, as
cobranças diminuíram, devido a saber organizar os conteúdos e as
adversidades que aparecem.

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA (Profª A.)

1. Você escolheu a profissão de professor?

Profª A. - Sou professora por escolha, foi um acaso, um destino sempre gostei
de Português. Quando eu terminei meu ensino médio. Fiz faculdade e desde
então trabalho com a disciplina de português, aqui no Graça Aranha estou há
10 anos.

2. Como é o seu relacionamento com os alunos em sala de aula e fora?


possui alguma dificuldade com os alunos?

Profª A. - Em relação com os alunos à primeira coisa que eu tento manter é o


respeito, eu gosto também que o aluno veja a importância da disciplina, o valor
dela na vida deles, vendo isso me esforço para colocar isso na cabeça do
aluno, para que eles entendam essa ideia. Mas ademais eu tenho uma ótima
relação com meus alunos, sou amiga, conselheira, tudo que eles precisarem,
quando eles me procuram sempre estou disponível para ajudá-los. Mas
também encontramos muitas adversidades, alunos subordinados, prepotentes,
que não tem educação vinda de casa, querendo desrespeitar, mas isso eu não

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aceito e é onde o confronto começa, porém isso não acontece com as turmas
da manhã, é mais frequente no período da tarde.

3. Se tivesse autonomia, o que faria para melhorar o ensino


aprendizagem desses alunos?

Profª A. - Eu busco muito, procuro sempre inovar e pesquisar, sou uma eterna
pesquisadora, sempre procuro trazer coisas que sejam benéficas para eles,
para que eles busquem mais aprendizado, mas para isso tudo se concretizar
não é fácil, as vezes a gente prepara uma aula comunicativa, mas quando
chega em sala é uma negação, muito barulho e acabamos nos estressando.
Assim, procuro sempre trazer coisas para aula que chamem a atenção dos
alunos, que desperte uma curiosidade neles.

4. Qual a maior necessidade em relação aos alunos?

Profª A. - A maior demanda é as salas lotadas, que demanda uma maior


responsabilidade em relação professor, para que a sala fique em silencio, os
alunos possam participar da aula, o que é quase impossível, porém depende
de os professores terem um posicionamento em sala de aula. Nos primeiros
horários os alunos estão mais calmos, mas quando chega o 6º horário, você
dificilmente consegue dar aula.

5. Para você como deve ser o processo de avaliação de um aluno?

Profª A. - Avaliar o aluno para mim começa desde a sua frequência, a


responsabilidade dele na escola, até no conhecimento do conteúdo, avalio o
aluno vários aspecto, e que essa avaliação possa ser criteriosa.

6. Como você acha que deve ser uma aula?

Profª A. - Deve haver planejamento, desenvolvimento, critério, ação e


verificação se o aluno aprendeu o conteúdo, fazendo anotações sobre o

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desenvolvimento do aluno, participação dele, se está interessado ou não,
envolve também as mudanças do professor, sua postura, a dinâmica. Se não
há isso a aula não decorreu bem. Os alunos da escola é variado, pois pela
manhã temos um e a tarde tem outro, são parecidos, mas não iguais.

7. Como é a participação das famílias no processo educacional?

Profª A. - Para uma aula para ela ser nota mil ela precisa ser aquela em que o
professor apenas orienta o que o aluno deve fazer, dando instruções e o aluno
que será o protagonista em aula, ele irá falar mais do que o professor, quando
a sala participa em conjunto das atividades é muito prazeroso. Então para mim
uma aula boa não é aquela que o professor fica falando e o aluno não é ativo,
isso é sinônimo de uma aula cansativa. Mas para que a aula aconteça
devemos preparar em casa, treinar bastante e ter muita paciência em sala de
aula, deve ser um profissional para poder gerenciar tudo isso.

8. Possui Como é a participação das famílias no processo


educacional?

Profª A. - Quanto a participação dos pais, o que eu percebo é que no turno


matutino os pais são bem presentes, já no turno vespertino, é um pouco
escasso, eles já não participam tanto e isso me fez refletir, pois nas turmas da
manhã os alunos são mais respeitosos, enquanto na turma da tarde os alunos
desrespeitam mais os professores. Então percebemos o quanto a presença da
família é importante para a vida escolar dos alunos.
APÊNDICE V

PRIMEIRO DIA DE OBSERVAÇÃO DA TURMA 2° ANO B

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Na sala ficaram dois observadores, um de um lado e outro de outro,
ambos no fundo da sala. Os alunos da turma tem em média 15 a 19 anos, são
bastante agitados e inquietos, a turma não se posiciona em fileiras, não há uma
ordem, a sala é bastante bagunçada, são divididos, separados por grupos
(panelinhas). A aula era de Inglês, a professora estava recebendo algumas
atividades, chamando os alunos através da frequência, antes de começar a
professora repreendeu alguns alunos que chegaram depois dando socos na
porta, pediu que ficassem fora de sala.
Enquanto a professora corrigia as atividades, os demais alunos estavam
sempre conversando, dispersos, alguns calados, com a mente em outro lugar,
outros realizando a atividade, brincando, sempre em alguns momentos havia
piadinhas de um lado da sala para o outro, muitos alunos estavam sempre
mexendo no celular, alguns falavam sobre a metodologia da professora, outros
sobre nós estarmos os observando, mas no geral todos agiam normalmente
como se não estivéssemos lá. Houve um momento em que a conversa era
tanta que a professora teve que pedir que falassem mais baixo para que ela
pudesse corrigir as atividades.
Havia uma aluna que estava sentada próxima a um grupo que
constantemente conversava, porém ela não interagia, estava distante,
cabisbaixa, parecia triste, depois de um tempo abaixou a cabeça, talvez se
sinta um pouco deslocada. Já um aluno do outro lado da turma parece ser o
engraçadinho da turma, sempre com piadinhas, agitado, sempre levantando,
querendo sair da sala, sempre tentava algo com uma das alunas, passava a
mão no cabelo, pegava em seu braço, a jovem chateada pedia que parasse,
mas em um momento ou outro ele voltava a tentar algo.
Alguns alunos interagiram com um dos observadores, perguntando
como estava, até que horas ficaríamos, segundo algumas alunas a turma é
bem dividida, mas todos se toleram, não chega a haver confusões, mas
sempre há intrigas, provocações e parece que alguns alunos tem problemas
com outros, não se dão muito bem e de acordo com elas um dos grupos é
intolerante quanto a chegada de novas pessoas, não aceitam outros em seu
grupo. Um aluno interagiu com o outro observador e em seguida perguntou se

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fazia atendimento, pois segundo ele seu colega (o engraçadinho da turma) não
era “normal”, falou com tom de brincadeira, talvez com certo preconceito em
relação ao curso de Psicologia e ao que estávamos fazendo lá.

APÊNDICE VI

SEGUNDO DIA DE OBSERVAÇÃO DA TURMA 2° ANO B

Ao adentrar na sala do 2º ano B, todos estavam sentados, em um


primeiro momento o professor A estava sentado, como se estivesse revisando
o conteúdo de aula, uma atividade que foi passada na semana anterior, os
alunos estavam aparentemente entediados e depois de se passar uns 10
minutos de aula o professor deu retorno a atividade, onde em alguns
momentos se trabalhava a atividade, em outros apenas conversas paralelas. O
professor começa a se direcionar para os seus alunos perguntando quem
queria responder uma questão do exercício no quadro, os alunos tinham
dificuldades em ir, no momento em que o professor falou que daria um ponto
para quem fosse independente se acertasse ou não alguns se mostraram
interessados, aos poucos ia um ou outro se candidatando, porém a
empolgação era pouca, nos intervalos de uma questão para outra o professor
sempre tinha algo para falar que não era o assunto de aula, até chega a falar
sobre o seu mestrado, em que teria passado e logo após mencionou algo que
foi motivo de revolta para um de seus alunos, pois o professor indagou
“pessoal vocês deveriam ter estudado o assunto em casa, ou vocês querem
passar só em pedagogia?” então o aluno questionou qual seria o problema em
cursar pedagogia que é uma profissão como qualquer outra e porque ele ficava
desmerecendo a profissão dos outro.
Observamos que apesar de aparentemente o professor A não querer
dizer algo assim e sim tentar mostrar aos alunos que se eles queriam trabalhar
em algo que eles almejavam teriam que estudar em casa e não trazer o
exercício para fazer em sala de aula, então acabou se expressando mal, o
mesmo em questão de minutos mostrou o que realmente queria dizer, no

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entanto o professor estava cobrando algo que ele mesmo reproduzia em sala
que era revisar o conteúdo em horário de aula, o importante é que aquele
constrangimento que surgiu para ambas as partes foi resolvido ali mesmo.
De início achávamos que a falta de atenção dos alunos que tanto os
professores reclamam era pelo o uso de materiais eletrônicos, na verdade esse
era um dos fatores, mas não era algo de maior notoriedade, os alunos eram
muitos dispersos, havia muito grupinhos entre eles e a metodologia dos
professores deixava a desejar, assuntos muito paralelos por parte deles e falta
de posicionamento para manter os alunos em silêncio.
Na sala há muitos alunos com dificuldades de atenção, o professor tinha
domínio da aula administrada, porém não colocava em pratica nenhuma
didática que envolvesse os alunos e consequentemente a participação ativa
dele, é notório que a atenção desses alunos está todo tempo sendo dividida ou
seja ora conversas paralelas, ora prestar atenção na aula que os professores
estavam administrando(caso fosse chamado a atenção), quando o professor
chama a atenção para os alunos pararem de conversar ele diminuem as
conversas, mas não dura 5 minutos voltam a conversar novamente, observei
também que um dos alunos quando quis tirar dúvida com o professor foi
chamado de burro por um colega, o que trouxe uma certa timidez, pois o
mesmo ficou resguardado no seu canto, isso pode ocasionar uma problemática
quanto àqueles alunos que desejam tirar dúvidas em alguma matéria, porém
ficam com receio por medo das críticas e acabam levando essa dúvida para
casa comprometendo o seu aprendizado, o aluno que enfrentou o professor
nota-se que é o que mais conversa em sala de aula, tirando sua atenção e a
dos demais.
No intervalo teve um café da manhã e entrou um professor que não era
professor daquela turma e era nítido a falta de empatia para com o professor,
aliás os alunos são muito espontâneos e sempre tinham algo a dizer de algum
professor tanto negativamente como positivamente. A professora de artes ao
chegar foi bem recebida com aplausos e elogios, alguns alunos que estavam
mais no fundo vieram para frente, o que demonstra uma grande afetividade
para com a professora, ela fez um sorteio e deu alguns presentes, naquele

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momento ela deixou todos tomarem café pois o seu conteúdo estava em dia,
após o café começou a entrega de provas, algo bastante peculiar vista em sala
foi a professora B expondo as notas de todos os alunos em sala, algo que
parecia comum pois não vi nenhum desses alunos reclamarem ou fazer cara
feia ao contrário ficavam sorrindo entre si, se existia constrangimento isso
ficava pra si, na verdade a minoria dos alunos demostravam estar interessado
nas matérias ou se davam conta de que realmente era o último ano do ensino
médio, notamos que a nota dos alunos variava de baixa a média 1 a 3.5, notas
que por sinal se apresenta como preocupante, uma forma de rever essas notas
pela professora foi fazendo um trabalho individual que englobaria o grupo, uma
aluna que tirou a nota mais baixa da sala, a professa resolveu chamá-la e
começou a falar algo baixo só pra ela, mais depois no primeiro momento que
essa aluna deu início a uma conversa paralela em sala a professora fez
questão de dizer que a mesma tirou nota baixa porque não estudou e ainda fica
conversando em sala de aula o que acaba distraindo a sua atenção.
Algo de muita notoriedade é que a professora chama os alunos pelo
nome, nota se uma certa afetividade reciproca aluno-professor, professor-
aluno, algo muito relevante pois hoje em dia isso é muito difícil de se ver em
ensino médio, ela fez uma breve revisão e cobrou que os alunos estudassem
mais, pois as notas se refletia pelo o fato dos mesmo não revisar em casa,
eram poucos os que exerciam essa prática. A professora viu uma aluna que
estava mexendo no celular e chamou a sua atenção, e a aluna deixa bem claro
que não é só ela que mexe no celular, notei que apesar da professora ser a
mais querida não escapa da falta de respeito dos alunos, ela está sempre
chamando a atenção dos alunos em sala de aula, eles são muito brincalhões e
a professora acaba se envolvendo em suas brincadeira e se deixa levar.
Professora C, é visível a mesma dificuldade que os outros professores
tem em manter os alunos quietos, em todo momento chama a atenção dos
alunos, o silêncio dura no máximos 2 minutos depois volta tudo novamente, no
momento da observação foi realizado a apresentação dos alunos quanto a sua
matéria, seria a apresentação de músicas internacionais e eles deveriam falar
um pouco sobre o artista, a letra em português e a pronuncia. Os alunos

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estavam sempre muito desfocados e não levava a apresentação a sério, mas
mesmo assim a professora os aplaudia e dizia muito bem adorei, em nenhum
momento a vi cobrando posição. Ouvi alguns alunos comentando que não
gostavam da metodologia da professora e em especial não gostavam desse
trabalho que ela passava sempre.

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