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Feira de Santana – BA
Outubro/2018
ADILSON SOUZA ARGOLO NETO
ALAN SILVA DE SOUZA
EVANDRO MATTOS ROCHA
GABRYELLE DE LIMA PEREIRA
JAILTON BISPO DE JESUS FILHO
PAULO ROBERTO SIMÕES TORRES
SILMARA DA SILVA CARNEIRO
Feira de Santana – BA
Outubro/2018
4. INTRODUÇÃO
2. O LÓCUS DA OBSERVAÇÃO
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Levantamento referente ao quesito cor, na ficha de matrícula, segundo a direção da escola.
Em um primeiro momento, fomos convidados a participar de uma reunião de AC –
Atividade Complementar, com todos os professores da Unidade Escolar a fim de saber sobre
o projeto em celebração ao Dia da Consciência Negra e qual seria a nossa contribuição ao
projeto. Embora parecessem um pouco soltas as ideias trazidas pelos docentes e o
desconhecimento de alguns sobre o projeto, ficou acordado que seríamos responsáveis por
ensaiar os alunos para uma apresentação musical, às terças-feiras, no turno vespertino. Como
seguiríamos diretamente para a UE após as aulas na Graduação, a UE assumiu a
responsabilidade de nos oferecer almoço – o mesmo dos alunos da instituição, para que
pudéssemos estar na escola cedo e sem “chocar” com as demais atividades desenvolvidas.
Nos encontros que se seguiram após tal reunião, percebemos certa desorganização e
desarticulação da equipe gestora, dos docentes idealizadores do projeto e dos discentes quanto
ao que seria desenvolvido/feito no projeto. Íamos à escola e, embora muito bem acolhidos,
ficávamos perdidos sem saber como iniciar os ensaios e quem eram os alunos que
participariam da apresentação.
Por não haver uma rotina de aulas durante à tarde, por vezes, os alunos estavam
espalhados pela escola, sem a supervisão de um professor, realizando atividades outras que
não-pedagógicas; isso nos dificultava mobilizá-los para os ensaios. Faltava também “firmeza”
da direção para encontrá-los e/ou reuni-los. Além disso, outra dificuldade encontrada refere-se
ao cansaço demonstrado por eles por estarem o dia todo na escola, já que se trata de uma
escola de educação integral.
De qualquer sorte, com a intervenção da nossa supervisora ante essa situação na UE,
como estratégia para resolver as dificuldades encontradas, após observar o “poder de
liderança” de um dos meninos, aproximamo-nos dele e delegamos a ele algumas
responsabilidades. Essa atitude nos ajudou a nos aproximar da turma e não só conseguir o
respeito e a atenção deles, mas também propor o nosso trabalho.
Como o assunto abordado era a Consciência Negra, para os ensaios, providenciamos
uma música de capoeira que fala sobre os negros que foram trazidos da África para o Brasil
“Arrastados de lá” com cópia impressa e utilizamos alguns instrumentos da escola (pandeiros,
caxixis, bongô e timbau) para acompanhar e marcar o tempo da música. Nessa perspectiva, foi
ensinada aos alunos a forma de tocar (tempo forte e fraco), a entrada certa dos instrumentos e
o melhor modo de cantar a música. Assim, íamos nos revezando nas orientações. Enquanto
alguns acompanhavam os meninos no pandeiro, mostrando o modo de tocar e os momentos
de mudar o toque; outros mostravam no bongô o modo adequado de tocar a música,
orientando os meninos que estavam tocando.
Ainda no tocante à atividade diagnóstica, ficou estabelecido que todas as informações
coletadas deveriam ser sobre a escola parceira da escola-campo. Infelizmente, por conta do
horário e do dia em que aconteciam as aulas, não pudemos acompanhar o trabalho da
professora de Artes da UE, bem como não conseguimos nos encontrar com ela em outro
momento, exceto na primeira reunião de AC que participamos, a fim de fazer as observações
e entrevistas sugeridas na Avaliação Diagnóstica, perfazendo um retrato do ensino de Artes na
escola observada.