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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM TERAPIAS


COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS
PUC VIRTUAL

GIOVANNA RODRIGUES SILVA

ESTUDO DE CASO
LADY DIANA

ITABIRITO
2023
SUMÁRIO

1 CONCEITUALIZAÇÃO DE CASO

1.1 História de vida (infância, adolescência, vida adulta, histórico médico e psiquiátrico)
1.1.1 Precipitantes
1.1.2 Estressores na vida
1.2 Descrição da Relação terapêutica
1.3 Fatores de manutenção
1.4 Diagrama de Conceitualização de Beck

2 PLANO DE TRATAMENTO

2.1 Lista de problemas


2.2 Objetivos do tratamento
2.3 Plano geral de tratamento
2.4 Avaliação do tratamento

3 CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA BASEADO NOS PONTOS FORTES

REFERÊNCIAS
1 CONCEITUALIZAÇÃO DE CASO

1.1 HISTÓRIA DE VIDA

A princesa Diana foi uma das mulheres mais famosas que fizeram parte da família real
britânica. Tornou-se princesa ao casar-se com o príncipe Charles, em 1981. Teve dois filhos
durante o seu casamento, e divorciou-se na década de 1990. Faleceu em um acidente de carro
que aconteceu em Paris, em 1997.

Até os nove anos, Diana foi educada em sua própria casa, dando continuidade aos seus estudos
na Suíça. Depois que finalizou seus estudos no país supracitado, Diana retornou à Inglaterra,
procurando viver por conta própria. Ela se mudou para Londres após ganhar um apartamento de
sua família, e então deu início a uma carreira profissional. Na capital inglesa, ela deu aulas de
balé, trabalhou como faxineira e se tornou professora infantil, procurando viver como uma
pessoa “comum”. No final da década de 1970, se aproximou da família real britânica,
pertencendo a monarquia. Durante sua vida lutou contra um quadro depressivo e um transtorno
alimentar: bulimia.

1.1.1 Precipitantes

- Baixa auto estima


- Dificuldade em expressar emoções
- Supervalorização da magreza

1.1.2 Estressores

- Sintomas depressivos
- Sintomas ansiosos
- Impulsividade

1.2 FATORES DE MANUTENÇÃO (do transtorno psiquiátrico ou sintomas)

- Baixa auto-estima
-Vínculo afetivo fragilizado com familiares e amigos
-Conflitos recorrentes no relacionamento conjugal

1.3 DESCRIÇÃO DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA


Considerando que a CCC em tela se refere a uma pessoa póstuma, não é possível descrever
características acerca da relação e processo terapêutico. Contudo, se faz notório salientar que a
exposição pessoal da paciente e assédio constante de canais de mídia poderia se tornar um
dificultador para a permanência da cliente no processo psicoterápico.

1.4 DIAGRAMA DE CONCEITUALIZAÇÃO DE BECK


Dados Relevantes da Infância

Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da(s)


crença(s) nuclear(es)?

- Estudo domiciliar até os 09 anos, o que tese colaborou para uma menor convivência
comunitária e prejuízo no desenvolvimento de habilidades sociais;

-Conflitos recorrentes no ambiente familiar (casamento conflituoso por parte dos pais).

Crenças Nucleares

Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?

- Crenças de desamor e desamparo.

Pressupostos Crenças/Regras/Condicionais

Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) nuclear(es)?


Qual a contraparte negativa desse pressuposto?

“ Eu sou razoavelmente desejada e amada”. Inserção em relacionamentos rasos e


instáveis.

Estratégia(s) Compensatória(s) de Enfrentamento

Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?

- Abuso da ingestão de bebida alcoólica


-Isolamento social
-Uso de medicações de forma indiscriminada
Situação 1 Situação 2 Situação 3
Qual foi a situação
problemática? Telefonar (acionar) o marido Dificuldade (timidez) em falar
em diversos momentos do dia em público
Solicitar pessoas
significativas para
atividades diárias

Significado do P.A.
Pensamento Significado do P.A.
Pensamento SignificadoAutomático
Pensamento do P.A.
O que oAutomático
pensamento Automático
automático significou
O que passou pela cabeça Vão rir e debochar de mim
do paciente?
para ele? Sou carente
Eu preciso saber see fraca Sou burra
Sou fraca e incapaz ele me ama e está
Não sou capaz de resolver disponível
meus problemas sozinha

Emoção Emoção Emoção


Que emoção estava
associada ao Ansiedade e tristeza Ansiedade e sentimento de
pensamento automático? “menor valia”

Solidão e Tristeza

Comportamento Comportamento Comportamento


O que o paciente fez
então? Comportamento de esquiva em
Pede constatemente ajuda para falar em público
Conflitos (brigas) com o solucionar problemas e
marido, familiares comprovar que é amada
próximos e amigos.
2 PLANO DE TRATAMENTO

2.1 LISTA DE PROBLEMAS

-Transtorno depressivo recorrente e transtorno alimentar (bulimia)

2.2 OBJETIVOS DO TRATAMENTO

-Psicoeducação

-Reestruturação Cognitiva de pensamentos automáticos e comportamentos disfuncionais

-Criação e consolidação de estratégias de enfrentamento adaptativas e funcionais

2.3 PLANO GERAL DE TRATAMENTO

O plano geral de tratamento em tela tem como base complementar o “Baralho do


modelo cognitivo para adultos”, instrumento que possibilita tornar a psicoeducação um
processo mais lúdico e coerente. Idealizado para adultos, o instrumento busca, através
da apresentação de situações do cotidiano, facilitar o aprendizado sobre o modelo
cognitivo de forma dinâmica, pretendendo fomentar a compreensão sobre o que são
pensamentos, sentimentos e comportamentos, deixando claro a influência estre estes.

Paralelo ao exposto, o plano geral inclui outras técnicas comportamentais, destacam-


se aqui a técnica de ativação comportamental (em decorrência da depressão), registro
de pensamentos automáticos, autogerenciamento, prevenção de respostas e
psicoeducação.

2.4 AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO

A avaliação do tratamento na condução do processo de Terapia Cognitiva


Comportamental é parte essencial, uma vez que através deste processo se torna
possível reestruturar manejos, técnicas e reavaliar demandas/possibilidades no
contexto clínico.

Dito isso, a principal avaliação do tratamento utilizada neste processo seria a Escala de
Avaliação em Terapia Cognitivo-Comportamental (EATC), paralelo à solicitação de feedback à
cliente após cada sessão, com vistas à otimizar e qualificar o processo terapêutico.
3 CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA BASEADO NOS PONTOS FORTES

HISTÓRIA DE VIDA RELEVANTE (incluindo realizações, pontos fortes, qualidades pessoais e


recursos anteriores às dificuldades atuais):

Situação sócioeconômica familiar favorável. Ensino (educação) de qualidade. Histórico de atividades


esportivas e musicais. Pertencimento de habilidades sociais. Vivências / realizações de viagens.
Beleza estética.

CRENÇAS NUCLEARES ADAPTATIVAS (anteriores ao começo das dificuldades atuais):

Crenças nucleares adaptativas de valor e amabilidade.

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS ADAPTATIVAS: REGRAS, ATITUDES, PRESSUPOSTOS (anteriores ao


começo das dificuldades atuais):

“Sou razoavelmente boa / Sou generosa / Sou razoavelmente atraente, desejada e agradável/
É improvável que eu seja abandonada”
PADRÕES DE COMPORTAMENTO ADAPTATIVOS (anteriores ao começo das dificuldades atuais)
Que estratégias de enfrentamento e comportamentos adaptativos o cliente apresenta?

SITUAÇÃO 1: SITUAÇÃO 2: SITUAÇÃO 3:

Falar em público Demandar as pessoas para Ligar recorrente vezes para o


atividades diárias namorado

PENSAMENTO(S) PENSAMENTO(S) PENSAMENTO(S)


AUTOMÁTICO(S): AUTOMÁTICO(S): AUTOMÁTICO(S):

“Eu tenho capacidade para fazer “Não tenho forças para mudar este
isso, mas acredito que será mais comportamento”
seguro contar com alguém”
“Eu sou razoavelmente capaz para
isso”

EMOÇÕES: EMOÇÕES: EMOÇÕES:

Tristeza
Ansiedade Tristeza

COMPORTAMENTO: COMPORTAMENTO: COMPORTAMENTO:

Falar em público sem manter Demandar menos pessoas Mandar mensagens de texto no
contato visual aparente próximas para atividades diárias lugar das ligações
ou deixá-la de fazer
REFERÊNCIAS

MUNDO EDUCAÇÃO, Princesa Diana. 2023. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/biografias/ > Acesso em: 20 jan . 2023.

BECK, Judith S. Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática. Tradução:


Sandra Mallmann da Rosa; revisão técnica: Paulo Knapp, Elisabeth Meyer. 2 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2014.

BECK, J. Terapia Cognitiva Contemporânea: teoria, pesquisa e


prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.

HAYES, S. C.; HOFMANN, S. G. Terapia cognitivo-comportamental


baseada em processos: ciência e competências clínicas. Porto Alegre:
Artmed, 2020. 354 p.

LEAHY,R. L. Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta. 2.


ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Baralho do modelo cognitivo para adultos: psicoeducação dos pensamentos,
sentimentos e comportamentos. Porto Alegre: Sinopsys. Camila Stor de Aguiar &
Nathália Delle Santa Melo Dantas.(2018).

WENZEL, A. Inovações em terapia cognitivo-


comportamental: intervenções estratégicas para uma prática criativa.
Porto Alegre: Artmed, 2018. 216 p.

WRIGHT, J. H. et al. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental:


um guia ilustrado. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. 234 p.

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