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1. Introdução
Nos artigos lidos, os autores desenvolveram seus temas a fim de compreender as causas
e consequências dos temas representados em cada um, ambos convergindo enfim a responder
questões relacionadas à ressocialização dentro do sistema penitenciário brasileiro, onde
primeiramente culpa-se o estado por ferir os próprios preceitos descritos pelos Direitos
Humanos a fim de punir e criminalizar um indivíduo como aplicação penal.
A violência dentro do cárcere brasileiro tem como consequência a cultura do medo, que
pelas palavras de Christmann e Moura:
“a população, sob influência da mídia e dos meios de comunicação [...] sofre com a
sensação de insegurança e de aumento da criminalidade, a culminar, somado ao
clamor popular, no recrudescimento das leis penais e penalidades impostas àquele
que se desviar da conduta tida como aceitável socialmente.”
O último parágrafo da introdução deve ser uma apresentação da estrutura geral do artigo.
Observem o exemplo:
O artigo científico foi desenvolvido por meio de uma análise qualitativa minuciosa e,
visando facilitar a compreensão e aprofundamento do assunto, foi dividido em três subseções.
A primeira subseção, 3.1, aborda detalhadamente o percurso metodológico adotado na
realização do artigo. A segunda subseção, 3.2, apresenta as análises pesquisadas. Por fim, a
terceira subseção, 3.3, traz uma síntese das análises realizadas.
O trabalho em questão foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, que
envolveu a revisão da literatura referente ao tema de estudo, sendo ele a ressocialização no
sistema prisional do Brasil. Para isso, foram consultados diversos recursos, como livros,
artigos e sites da Internet, entre outras fontes relevantes.
para atender toda a população dos detentos, isso agrava os problemas de saúde e a desordem
dentro dos presídios brasileiros. Sendo assim, a prisão que a princípio foram criadas com a
finalidade de evitar a criminalidade não consegue efetiva ressocialização dos reclusos.
[...] a reforma propriamente dita, tal como ela se formula nas teorias do direito ou se
esquematiza nos projetos, é a retomada política ou filosófica dessa estratégia, com
seus objetivos primeiros: fazer da punição e da repressão das ilegalidades uma
função regular, extensiva à sociedade; não punir menos, mas punir melhor; punir
talvez com uma severidade atenuada, mas para punir com mais universalidade;
inserir mais profundamente no corpo social o poder de punir.
As ofensas à dignidade e aos direitos humanos deveriam ser tratadas como ofensas aos
fundamentos do Estado de Direito, não podendo mais ser tolerado este tipo de
comportamento, de pessoas contra pessoas tendo, portanto, de um ser igual ao outro. Devendo
ressaltar-se ainda que no artigo 40 da LEP “impõe-se todas as autoridades o respeito a
integridade física e moral dos condenados e detentos provisórios”. Isso será responsabilidade
estatal.
Os autores destacam a desestruturação do sistema uma vez que a LEP, por exemplo,
estabelece em seu art. 88 que o cumprimento de pena segregatória se dê e, cela individual
com área mínima de 6 metros quadrados, contudo isso não é a realidade doa presídios
brasileiros que são superlotados e precários, em muitos são inexistentes a higiene e
acompanhamento médico necessário.
Os autores acreditam que é difícil a ressocialização dos presos, quando o sistema prisional não
oferece as condições para a aplicação do que está previsto no art.83 da LEP, “o
estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências com
áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática
esportiva”. Conclui-se então que a realidade do sistema penitenciário brasileiro e o tratamento
aos presos é totalmente indigno, uma vez que eles não são tratados como pessoas detentoras
de direitos e deveres, garantidos no art.5º, XLIX.
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predominantemente cometidos por policiais civis e militares. Essas práticas abusivas seguem
um padrão comum: a polícia civil obtém informações e a polícia militar e os agentes
penitenciários são responsáveis por aplicar punições e castigos. Além disso, as autoras do
artigo apresentam estatísticas de violência que indicam que os homicídios são mais frequentes
em áreas periféricas, afetando principalmente jovens entre 14 e 25 anos, geralmente de origem
negra, baixa escolaridade, do sexo masculino e desempregados.
Entre os anos de 1996 a 2002, a Pastoral Carcerária conduziu uma experiência na qual
assumiu a administração prisional da PJPS em Caruaru, com o objetivo de identificar o perfil
dos detentos e estabelecer um diálogo contínuo com eles, seus familiares e agentes
penitenciários, Além disso, o projeto buscou aproximar-se da comunidade local, de forma a
obter respaldo para o trabalho realizado. Com isso, buscou-se impactar diretamente o
ambiente cultural dentro da prisão, incentivando a participação familiar, promovendo
atividades educacionais, artesanais, entre outras. Como resultado, observou-se uma melhora
na autoestima dos detentos e uma maior tranquilidade no cotidiano da unidade, com a
ausência de rebeliões, por exemplo.
Nessa perspectiva, as autoras chegam à conclusão de que é necessário repensar o
sistema penitenciário atual, que se caracteriza pelo autoritarismo, tortura e desrespeito aos
direitos humanos, e priorizar a cidadania dentro do sistema prisional, mesmo que isso
implique em nadar contra uma maré. A construção de novas prisões pode ajudar a resolver o
problema da superlotação, mas se o sistema de administração permanecer inalterado, a crise
no gerenciamento das unidades persistirá. Além disso, a comunidade desempenha um papel
crucial no controle das ações do Estado e, portanto, deve lutar pelos direitos dos detentos,
mesmo que isso ainda seja estigmatizado. O direito humano de cada indivíduo não deve ser
negado. Portanto, é necessário modificar o sistema de justiça criminal, encarando o sistema
carcerário como um problema que requer vontade política para ser enfrentado.
prisional no qual dividirá espaço com alguns outros na mesma situação e vários que já foram
condenados. Isso contribui com a inaplicabilidade da ressocialização em decorrência do
sistema penitenciário brasileiro ser falho e não ter infraestrutura para comportar a quantidade
de indivíduos reclusos.
Três sistemas têm relação com a execução da pena privativa da liberdade, cada qual
com suas propriedades e importância para a compreensão de como ele chegou e é aplicado no
Brasil. O sistema celular teve como principal característica o regime punitivista com ideais
religiosos, no qual o preso era isolado diante da bíblia para refletir e se arrepender. O sistema
aburniano teve finalidade econômica e permitia que os presos se reunissem para trabalhar,
entretanto, em silêncio absoluto e eram proibidos de receber visitas. O sistema democrático de
direito, o preso tem seus direitos de acordo com a sua penalidade e a fase em que se encontra,
a primeira é o período de prova a segunda é a public work-house, onde é permitido trabalho,
mas em silencio absoluto e com o isolamento noturno.
No Brasil é adotado o sistema progressivo, porém com algumas adaptações. Além de
tudo, possui três espécies de pena, através do art. 32 do CP, as penas são: privativas de
liberdade, restritivas de direito e de multa. Ademais, a pena privativa de possui três regimes
de cumprimento de pena: o aberto, semiaberto e o fechado. Cezar Roberto Bitencourt (1999,
p. 479-480) pontua que a reforma penal adota um sistema progressivo descumprimento da
pena que possibilita ao condenado, através do seu procedimento, da sua conduta carcerária,
direcionar o ritmo de cumprimento de sua sentença, com mais ou menos rigor.
O autor ressalta que nesses ambientes de reclusão muitos direitos humanos não são
levados em questão, isso vai contra inciso III o art. 1º da carta magna da República federativa
do Brasil que tem como um de seus fundamentos o princípio da dignidade humana. Há de ser
garantido pela CF o respeito a integridade física e moral do preso, comunicação imediata da
prisão e local onde se encontra, ser informado sobre seus direitos e a identificação dos
responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial. Afinal, a Lei de Execução Penal
assegura os direitos não garantidos pela sentença ou pela legislação, a sela individual, o
respeito a integridade e a orientação e apoio para a reintegração à vida em liberdade que o
serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção do trabalho e vida
digna.
Segundo as informações estatísticas geradas pelo sistema da informação penitenciárias
(INFOPEN), em junho de 2017 726.354 pessoas estavam privadas de sua liberdade nas
unidades administradas pelas Secretarias Estaduais ou em carceragens de delegacias de
polícia ou outros espaços de custódia administrados pelos Governos Estaduais. A taxa de
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ocupação no ano em que a pesquisa foi realizada era de 171,62% sendo evidente que os
sistemas carcerários não comportam a quantidade de presos. (DEPARTAMENTO
PENITENCIÁRIO NACIONAL, 2017).
Santos ressalta ainda que o conceito de ressocializar surge de forma humanitária para
que a reintegração do indivíduo na sociedade de forma digna afim de que ele não volte mais a
praticar ilicitudes e volte a ser um cidadão responsável, no entanto ao sair do período de
reclusão o egresso ressocializado carrega o estigma imposto pela sociedade pelo fato de ter
sido preso, isso impede que ele volte a ter uma vida normal. O Estado é falho na educação e
pelos altos índices de desemprego, dessa maneira o crime é apresentado a vida do cidadão
como uma forma de sobreviver. Ademais, não há como almejar uma recuperação de um
indivíduo que tem boa parte de sua dignidade negligenciada devido a superlotação dos
sistemas penitenciários brasileiros.
Assim sendo, o autor defende que a crise no sistema penitenciário brasileiro ocorre por conta
da superlotação e excessos de processos na justiça penal e que a ressocialização não ocorre
devido aos problemas advindos de um sistema falho que é resultado da omissão estatal, e uma
sociedade que não está pronta para receber um indivíduo que acabou de sair de uma
penitenciária por consequência da inoperância do sistema carcerário e da estigmatização. Por
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A autora descreve inicialmente a crise do sistema penitenciário, que tem como uma de
suas causas super lotação das penitências e observa através de escolas de pensamento e da
atual legislação meios para desenvolver seu tema de maneira precisa e concisa.
4. Considerações finais
Referências
CALCULAR correção monetária IPC do IGP (FGV). [S.l.], 2020. Disponível em:
https://www.ecalculos.com.br/utilitarios/ipc-do-igp-fgv.php. Acesso em: 13 nov. 2020.
IBGE. Sinopse do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv49230.pdf. Acesso em: 16 nov. 2020.
SIMIONI, Lilian. Biblioteca reabre para atendimentos depois do inventário anual. 2017.
Disponível em: https://www.uffs.edu.br/campi/chapeco/noticias/imagens/biblioteca-reabre-
para-atendimentos-depois-do-inventario-anual-foto-lilian-simioni-arquivo-uffs/@@images/
image. Acesso em: 13 nov. 2020.