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pontos de

atenÇÃo no
controle de
Tripes em
milho

1. IDENTIFICAÇÃO
No Brasil, temos o predomínio de duas espécies: Frankliniella williamsi e
Caliothrips spp. As diferentes espécies assemelham-se em termos de
características morfológicas. Os adultos medem 1 mm a 3 mm de comprimento
e são mais escuros. Possuem quatro asas longas e franjadas.
As ninfas (ou larvas) medem cerca 0,5 mm, possuem coloração mais clara e são
encontradas na face inferior das folhas. Os danos são mais comuns em
períodos de estiagens e que prevalecem condições de baixa umidade relativa
e temperatura elevada.

Frankliniella schultzei
(tripes-marrom, à esquerda)
e Caliothrips phaseoli
(tripes-carijó, à direita).

Fonte: thysanoptera.com

2. CICLO
Ocorrem três fases (ínstares) ninfais, atingindo a fase adulta entre oito e nove
dias. As fêmeas depositam os ovos dentro dos tecidos foliares. Após alguns
dias, nascem as ninfas, que são mais claras e permanecem nas colônias,
geralmente nas folhas e na base delas.

Nível de dano Nível de dano


econômico econômico

Fonte: PROMIP

3. DANOS
Os adultos e as ninfas raspam a superfície foliar e sugam a seiva que vaza
nesses ferimentos, ocasionando a morte das células vegetais, causando
manchas de coloração esbranquiçada na superfície da folha que tornam-se
bronzeadas em pouco tempo e bordas enroladas, devido a perda da eficiência
fotossintética das folhas, perdendo água quando ainda encontram-se
enroladas.

4. O QUE FAZER
Primeiro, utilizar tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos (exemplo,
clotianidina) proporcionam boa proteção inicial contra o ataque dessa praga
no milho. Segundo, no período vegetativo do milho, realizar o controle químico
por meio do uso de inseticidas registrados para o controle de tripes, que são em
sua maioria compostos por i.a. do grupo dos neonicotinóides e associação de
neonicotinóides+piretróide. A maior dificuldade do controle químico está
associada à alta capacidade de reinfestação da praga após a pulverização.

5. MONITORAMENTO
O monitoramento deve iniciar nas bordas das lavouras, onde o solo é mais
compactado pela passagem de maquinário. Geralmente, os tripes são
detectados primeiro em manchas de solo com menor fertilidade. Período crítico
da emergência até oito folhas (V8), sendo o de maior potencial de dano entre
emergência e V5.

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