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Electrodinâmica

Clássica
Aula 2 e 3
2020
1
1. Análise Vectorial
1.1. Álgebra Vectorial
1.2. Cálculo diferencial
1.3. Cálculo integral
1.4. Coordenadas curvilíneas
1.5. A função Delta de Dirac
1.6. A teoria dos campos vectoriais

2
O Cálculo Integral
• Em Electrodinâmica Clássica, trabalharemos
basicamente com 03 tipos de integrais:

• DE LINHA – que mostram um caminho

• DE SUPERFÍCIE – que mostram um fluxo

• DE VOLUME

3
Integral de Linha
• Em matemática, integral de linha é
uma integral em que a função a ser integrada é
calculada ao longo de uma curva. Tal função
pode ser um campo escalar ou um campo vetorial.
O valor do integral de linha é a soma dos valores
do campo em todos os pontos na curva,
ponderado por uma função escalar na curva
(geralmente de comprimento de arco ou, para um
campo de vetores, o produto escalar do campo
de vetores com um vetor diferencial na curva).
𝑏
• 𝑎𝐶
𝑉 ∙ 𝑑𝑙, ou 𝑉 ∙ 𝑑𝑙

4
Exercício
• Calcule a integral de linha da função
𝑉 = 𝑦 2 𝑖 + 2𝑥 𝑦 + 1 𝑗 do ponto a=(1,1,0) ao
ponto b=(2,2,0), ao longo dos caminhos (1) e (2) da
figura abaixo. Qual é a 𝑉 ∙ 𝑑𝑙 para o caminho
fechado que vai de a a b ao longo de (1) e volta a a
ao longo de (2)?

5
• 𝑑𝑙 = 𝑑𝑥𝑖 + 𝑑𝑦𝑗 + 𝑑𝑧𝑘
• O caminho 1 consiste em duas partes: uma horizontal
(dx apenas) e outra vertical (dy apenas).
2
• (i) 𝑑𝑙 = 𝑑𝑥𝑖, y=1, 𝑉 ∙ 𝑑𝑙 = 𝑦 2 𝑑𝑥, então 𝑉 ∙ 𝑑𝑙 = 1
𝑑𝑥 = 1.
• (ii) 𝑑𝑙 = 𝑑𝑦𝑗, x=2, 𝑉 ∙ 𝑑𝑙 = 2𝑥 𝑦 + 1 𝑑𝑦 = 4 𝑦 + 1 𝑑𝑦,
2
então 𝑉 ∙ 𝑑𝑙 = 4 1 𝑦 + 1 𝑑𝑦 = 10.
𝑏
• LOGO, PELO CAMINHO 1: 𝑎
𝑉 ∙ 𝑑𝑙 = 1 + 10 = 11

6
• Para o caminho 2:
• 𝑥 = 𝑦, 𝑑𝑥 = 𝑑𝑦 e 𝑑𝑧 = 0, logo
• 𝑑𝑙 = 𝑑𝑥𝑖 + 𝑑𝑦𝑗, 𝑉 ∙ 𝑑𝑙 = 𝑥 2 𝑑𝑥 + 2𝑥 𝑥 + 1 𝑑𝑥 = 3𝑥 2 +

7
Integral de superfície
• Uma integral de superfície é uma integral
definida de uma função sobre uma superfície.
Aplicações de integrais de superfícies aparecem
em vários ramos da ciência e das engenharias. Por
exemplo, ao integrarmos uma função densidade
de massa sobre uma superfície, obteremos
a massa aplicada sobre a superfície. Em
uma superfície orientável, a integral de superfície
do produto interno de um campo
vetorial pelo campo normal à superfície fornece
o fluxo desse campo.
• 𝑆
𝑉 ∙ 𝑑𝐴 ou na superfície fechada 𝑉 ∙ 𝑑𝐴

8
Exercício
• Calcule a integral de superfície de 𝑉 = 2𝑥𝑧𝑖 +
𝑥 + 2 𝑗 + 𝑦 𝑧 2 − 3 𝑘 sobre cinco lados (excepto o
fundo) de uma caixa cúbica de lado igual a 2
conforme a figura abaixo. Considere que “para
cima e para fora” é a direcção positiva, como
indicam as setas.

9
• Considerando um lado de cada vez:
• (i) 𝑥 = 2, 𝑑𝐴 = 𝑑𝑦𝑑𝑧𝑖, 𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 2𝑥𝑧𝑑𝑦𝑑𝑧 = 4𝑧𝑑𝑦𝑑𝑧, portanto
2 2
𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 4 0 𝑑𝑦 0 𝑧𝑑𝑧 = 16
• (ii) 𝑥 = 0, 𝑑𝐴 = −𝑑𝑦𝑑𝑧𝑖, 𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = −2𝑥𝑧𝑑𝑦𝑑𝑧 = 0, portanto
𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 0
• (iii) 𝑦 = 2, 𝑑𝐴 = 𝑑𝑥𝑑𝑧𝑗, 𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 𝑥 + 2 𝑑𝑥𝑑𝑧, portanto
2 2
𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 0 𝑥 + 2 𝑑𝑥 0 𝑑𝑧 = 12
• (iv) 𝑦 = 0, 𝑑𝐴 = −𝑑𝑥𝑑𝑧𝑗, 𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = − 𝑥 + 2 𝑑𝑥𝑑𝑧, portanto
2 2
𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = − 0 𝑥 + 2 𝑑𝑥 0 𝑑𝑧 = −12
• (v) 𝑧 = 2, 𝑑𝐴 = 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑘, 𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 𝑦 𝑧 2 − 3 𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝑦𝑑𝑥𝑑𝑦,
2 2
portanto 𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 0 𝑑𝑥 0 𝑦𝑑𝑦 = 4
• Somando os fluxos de cada uma das superfícies:
• 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒
𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 16 + 0 + 12 − 12 + 4 = 20

10
Integral de volume
• O integral de volume, refere-se ao integral triplo de
uma função.
• 𝑣
𝑇𝑑𝑣 onde 𝑑𝑣 = 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
• 𝑉𝑑𝑣 = 𝑉𝑥 𝑖 + 𝑉𝑦 𝑗 + 𝑉𝑧 𝑘 𝑑𝑣 = 𝑖 𝑉𝑥 𝑑𝑣 + 𝑗 𝑉𝑦 𝑑𝑣 + 𝑘 𝑉𝑧 𝑑𝑣

11
Exercício
• Calcule a integral de volume de 𝑉 = 𝑥𝑦𝑧 2 para o
prisma da figura abaixo.

12
• Pode se calcular as três integrais em qualquer
ordem.
• X vai de 0 a (1-y)
• Y vai de 0 a 1
• Z vai de 0 a 3
3 1 1−𝑦
𝑉𝑑𝑣 = 𝑧2 𝑦 𝑥𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
0 0 0
3 1
1
= 𝑧 2 𝑑𝑧 1 − 𝑦 2 𝑦𝑑𝑦
2 0 0
1 1 3
= 9 =
2 12 8
13
Problemas
1. Calcule a integral de linha da função 𝑉 = 𝑥 2 𝑖 + 2𝑦𝑧𝑗 + 𝑦 2 𝑘 da
origem ao ponto (1,1,1) através de três rotas diferentes:
a) (0,0,0)(1,0,0) (1,1,0) (1,1,1);
b) (0,0,0)(0,0,1) (0,1,1) (1,1,1);
c) A linha recta, directa;
d) Qual é a integral de linha em torno do caminho fechado que
parte ao longo do caminho (a) e volta do longo do caminho
(b)?
2. Calcule a integral de superfície da função 𝑉 = 2𝑥𝑧𝑖 + 𝑥 + 2 𝑗 +
𝑦 𝑧 2 − 3 𝑘 para o fundo da caixa. Por coerência, adopte “para
cima” como sendo a direcção positiva. A integral de superfícied
depende somente da linha limite para esta função? Qual é o fluxo
total sobre a superfície fechada da caixa (inclusive o fundo)
3. Calcule o integral de volume da função 𝑇 = 𝑧 2 para o tetraedro
com cantos em (0,0,0), (1,0,0), (0,1,0) e (0,0,1).

14
Teorema fundamental do
cálculo para gradientes
• O teorema fundamental para gradientes diz
que a integral de linha de uma derivada (o
gradiente) é dada pelo valor da função nos
extremos a e b.

𝑏
• 𝑎𝐶
𝛻𝑇 ∙ 𝑑𝑙 = 𝑇 𝑏 − 𝑇 𝑎

15
• Interpretação geométrica: Se quisessemos
determinar a altura da Torre Eiffel poderíamos subir
as escadas e, com uma régua medir a altura de
cada degrau e somar tudo ou então colocar
altímetros na base e no topo e fazer a diferença
das duas leituras. De qualquer das maneiras o
resultado seria o mesmo.

16
Exemplo
• Seja 𝑇 = 𝑥𝑦 2 , tome o ponto a como a origem (0,0,0)
e b como o ponto (2,1,0).
• Verifique o teorema fundamental para gradientes.
SOL:
Embora a integral seja independente do caminho, é
necessáario escolher um caminho para poder
calculá-la.

17
• Partindo do eixo x e depois subindo.
• 𝑑𝑙 = 𝑑𝑥𝑖 + 𝑑𝑦𝑗 + 𝑑𝑧𝑘 e 𝛻𝑇 = 𝑦 2 𝑖 + 2𝑥𝑦𝑗
• (i) 𝑦 = 0; 𝑑𝑙 = 𝑑𝑥𝑖, 𝛻𝑇 ∙ 𝑑𝑙 = 𝑦 2 𝑑𝑥 = 0, portanto
𝛻𝑇 ∙ 𝑑𝑙 = 0

• (ii) x= 2; 𝑑𝑙 = 𝑑𝑦𝑗, 𝛻𝑇 ∙ 𝑑𝑙 = 2𝑥𝑦𝑑𝑦 = 4𝑦𝑑𝑦, portanto


1
1
𝛻𝑇 ∙ 𝑑𝑙 = 4𝑦𝑑𝑦 = 2𝑦 2 = 2
0 0
𝑇 𝑏 −𝑇 𝑎 =2−0=2
ESTE RESULTADO É CONSISTENTE COM O TEOREMA.
18
• Para verificar que este resultado é independente
do caminho, determinemos o integral ao longo do
caminho (iii).
1 1 3 2
• (iii) y =
𝑥;𝑑𝑦 = 𝑑𝑥, 𝛻𝑇 ∙ 𝑑𝑙 = 𝑦 2 𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦𝑑𝑦 = 𝑥 𝑑𝑥,
2 2 4
portanto
2
3 2 1 3 2
𝛻𝑇 ∙ 𝑑𝑙 = 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 =2
0 4 4 0
CQD

19
Exercícios
• Verifique o teorema fundamental para gradientes,
usando 𝑇 = 𝑥 2 + 4𝑥𝑦 + 2𝑦𝑧 3 , os pontos a=(0,0,0),
b=(1,1,1) e os três caminhos da figura abaixo:
a) (0,0,0)(1,0,0) (1,1,0) (1,1,1);
b) (0,0,0)(0,0,1) (0,1,1) (1,1,1);
c) O caminho parabólico 𝑧 = 𝑥 2 ; 𝑦 = 𝑥.

20
Teorema fundamental
para divergentes
𝛻 ∙ 𝑉 𝑑𝜏 = 𝑉 ∙ 𝑑𝐴
𝜈 𝑆
Este teorema recebe 3 diferentes nomes:
• TEOREMA DE GAUSS
• TEOREMA DE GREEN
• TEOREMA DO DIVERGENTE
• A integral de uma derivada (o divergente) sobre
uma região (um volume) é igual ao valor da
função no contorno (na superfície que limita o
volume).

21
• INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA: se V representa o
fluxo de um fluido incompressível, então o fluxo de
V é a quantidade total de líquido de passa pela
superfície por unidade de tempo.

22
Exemplo
• Verifique o teorema do divergente utilizando a
função 𝑉 = 𝑦 2 𝑖 + 2𝑥𝑦 + 𝑧 2 𝑗 + 2𝑦𝑧 𝑘 e o cubo
unitário na origem conforme a figura.

23
∇∙𝑣 =2 𝑥+𝑦 ,
1 1 1
𝑣
2 𝑥 + 𝑦 𝑑𝜏 = 2 0 0 0
𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧,
1 1 1 1 1
0
𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥 = + 𝑦, 0 2
+ 𝑦 𝑑𝑦 = 1, 0
1𝑑𝑧 =1
2

𝑣
∇ ∙ 𝑣𝑑𝜏 = 2

Para o lado direito do teorema resolvendo por faces:


1 1 2 1
i. 𝑣 ∙ 𝑑𝑎 = 0 0
𝑦 𝑑𝑦𝑑𝑧 =
3
1 1 1
ii. 𝑣 ∙ 𝑑𝑎 = − 0 0 𝑦 2 𝑑𝑦𝑑𝑧 = −
3

24
1 1 2 4
iii. 𝑣 ∙ 𝑑𝑎 = 0 0
2𝑥 + 𝑧 𝑑𝑥𝑑𝑧 =
3
1 1 1
iv. 𝑣 ∙ 𝑑𝑎 = − 0 0 𝑧 2 𝑑𝑥𝑑𝑧 = −
3
1 1
v. 𝑣 ∙ 𝑑𝑎 = 0 0
2𝑦𝑑𝑥𝑑𝑦 = 1
1 1
vi. 𝑣 ∙ 𝑑𝑎 = − 0 0 0𝑑𝑥𝑑𝑦 = 0

• fluxo total:
1 1 4 1
𝑣 ∙ 𝑑𝑎 = − + − + 1 + 0 = 2
3 3 3 3
𝑆

25
Exercício
• Teste o teorema do divergente para a função
𝑉 = 𝑥𝑦𝑖 + 2𝑦𝑧 𝑗 + 3𝑧𝑥 𝑘. Use como volume o cubo
mostrado na figura abaixo, com lados de
cumprimento 2.

26
Teorema fundamental
para rotacionais
• Este teorema é também conhecido como TEOREMA DE
STOKES e diz que a integral de uma derivada (o
rotacional) sobre uma região é igual ao valor da função
no contorno.

𝛻 × 𝑉 ∙ 𝑑𝐴 = 𝑉 ∙ 𝑑𝑙
𝑆 𝑃
• INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA: Lembrando que o
rotacional mostra a “rotação” dos vectores; uma região
com alto rotacional é um redemoinho, onde se for
colocada uma roda de pás ela irá girar. Então, o
integral do rotacional sobre uma superfície representa a
quantidade total de “giro ou rotação” e esse mesmo
giro pode ser determinado percorrendo a borda e
descobrir quanto fluxo está a atingir o contorno.

27
Exemplo
• Suponha que 𝑉 = 2𝑥𝑧 + 3𝑦 2 𝑖 + 4𝑦𝑧 2 𝑗. Verifique o
teorema de stokes para a superfície quadrada
mostrada abaixo.

28
• 𝛻 × 𝑉 = 4𝑧 2 − 2𝑥 𝑖 + 2𝑧𝑗 e 𝑑𝑎 = 𝑑𝑦𝑑𝑧𝑖
• Nesta definição assumimos o sentido anti-horário.
Se assumíssemos o sentido horário, deveria ser
colocado o sinal negativo na expressão.
• Dado que para esta superfície x=0,
1 1 2 𝑑𝑦𝑑𝑧 4
• 𝛻 × 𝑉 ∙ 𝑑𝑎 = 0 0
4𝑧 =
3
• Esta é a verificação da parte esquerda do
teorema.

29
• Para a parte direita, do integral de linha, a
decomposição deve continuar por segmentos:
1
i. 𝑥 = 0, 2
z = 0, v ∙ 𝑑𝑙 = 3𝑦 𝑑𝑦, v ∙ 𝑑𝑙 = 0 3𝑦 2 𝑑𝑦 = 1 ,
1 4
ii. 𝑥 = 0, y = 1, v ∙ 𝑑𝑙 = 4𝑧 2 𝑑𝑧, v ∙ 𝑑𝑙 = 0 4𝑧 2 𝑑𝑦 = ,
3
0
iii. 𝑥 = 0, z = 1, v ∙ 𝑑𝑙 = 3𝑦 2 𝑑𝑦, v ∙ 𝑑𝑙 = 1 3𝑦 2 𝑑𝑦 = −1,
0
iv. 𝑥 = 0, y = 0, v ∙ 𝑑𝑙 = 0, v ∙ 𝑑𝑙 = 1 0𝑑𝑧 = 0,

• Logo
4 4
𝑣 ∙ 𝑑𝑙 = 1 + − 1 + 0 =
3 3

30
Exercício
1. Verifique o teorema de Stokes para a função 𝑉 =
𝑥𝑦 𝑖 + 2𝑦𝑧 𝑗 + 3𝑧𝑥 𝑘 usando a área triangular
sombreada.

31
Operações em
coordenadas esféricas
• Gradiente
𝜕𝑇 1 𝜕𝑇 1 𝜕𝑇
𝛻𝑇 = 𝑟+ 𝜃+ 𝜑
𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝑟 sin 𝜃 𝜕𝜑
• Divergente
1 𝜕 2 1 𝜕 1 𝜕𝑣𝜑
𝛻∙𝑇 = 2 𝑟 𝑣𝑟 + sin 𝜃 𝑣𝜃 +
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 sin 𝜃 𝜕𝜃 𝑟 sin 𝜃 𝜕𝜑
• Rotacional
𝛻×𝑉
1 𝜕 𝜕𝑣𝜃 1 1 𝜕𝑣𝑟 𝜕 1 𝜕 𝜕𝑣𝑟
= sin 𝜃 𝑣𝜑 − 𝑟+ − 𝑟𝑣𝜑 𝜃 + 𝑟𝑣𝜃 − 𝜑
𝑟 sin 𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜑 𝑟 sin 𝜃 𝜕𝜑 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝜃
• Laplaciano
2
1 𝜕 2
𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕𝑇 1 𝜕2𝑇
𝛻 𝑇= 2 𝑟 + 2 sin 𝜃 + 2
𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 sin 𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜃 𝑟 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝜕𝜑2

32
Exercício
• Calcule o gradiente e o laplaciano da função 𝑇 =
𝑟 cos 𝜃 + sin 𝜃 cos 𝜑

33
Operações em
coordenadas cilíndricas
• Gradiente
𝜕𝑇 1 𝜕𝑇 𝜕𝑇
𝛻𝑇 = 𝑠+ 𝜑+ 𝑧
𝜕𝑠 𝑠 𝜕𝜑 𝜕𝑧
• Divergente
1𝜕 1 𝜕𝑣𝜑 𝜕𝑣𝑧
𝛻∙𝑣 = 𝑠𝑣𝑠 + +
𝑠 𝜕𝑠 𝑠 𝜕𝜑 𝜕𝑧
• Rotacional
1 𝜕𝑣𝑧 𝜕𝑣𝜃 𝜕𝑣𝑠 𝜕𝑣𝑧 1 𝜕 𝜕𝑣𝑠
𝛻×𝑣 = − 𝑠+ − 𝜑+ 𝑠𝑣𝜑 − 𝑧
𝑠 𝜕𝜑 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑠 𝑠 𝜕𝑠 𝜕𝜑
• Laplaciano
2𝑇 2𝑇
1 𝜕 𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕
𝛻2𝑇 = 2 𝑠 + 2 2+ 2
𝑠 𝜕𝑠 𝜕𝑠 𝑠 𝜕𝜑 𝜕𝑧

34
Exercício
• Encontre o divergente da função:
𝑣 = 𝑠 2 + 𝑠𝑒𝑛2 𝜑 𝑠 + 𝑠 sin 𝜑 cos 𝜑 𝜑 + 3𝑧𝑧

35
A função Delta de Dirac

Entrega no dia 02/12/2020


Por email até as 23:59h
fismod.elclassica.up@gmail.com 36
Teoria dos campos
vectoriais
Sobre a teoria dos campos vectorias importa referir

1. O teorema de Helmholtz

2. Potenciais

37
O teorema de Helmholtz
• Desde Faraday, as lei da electricidade e
magnetismo são expressas em termos de campo
eléctrico E e campo magnético B, e na forma mais
compacta na forma de equações diferenciais.

1. Divergente de F é uma função escalar definida D


𝛻∙𝐹 =𝐷
2. Rotacional de F é uma função vectorial definida C
𝛻×𝐹 =𝐶
3. Por coerência, o divergente de C deve ser nulo
𝛻∙𝐶 =0

38
• Este teorema não define por sí só a função F. para
resolver a equação diferencial, é necessário
conhecer as condições de contorno adequadas,
que em electrodinâmica normalmente é o infinito.

• O Teorema de Helmholtz garante que o campo


seja univocamente determinado pelo divergente e
pelo rotacional.

39
Potenciais
• Se o rotacional de um campo vectorial F se anula em
toda a parte, então F pode ser escrito como o
gradiente de um potencial escalar V:
𝛻 × 𝐹 = 0 ⇔ 𝐹 = −𝛻𝑉

TEOREMA 1 Campos de rotacional nulo ou irrotacionais (F


satisfaz a 1 das condições se satisfizer a todas):
a) 𝛻 × 𝐹 = 0 em todo o espaço
𝑏
b) 𝑎
𝐹∙ 𝑑𝑙 é independente do caminho para quaisquer
extremos
c) 𝐹 ∙ 𝑑𝑙 = 0 para qualquer caminho fechado
d) F é o gradiente de uma função escalar, 𝐹 = −𝛻𝑉

40
• Se o divergente de um campo vectorial F se anula em
toda a parte, então F pode ser expresso como o
rotacional de um potencial vectorial A
𝛻∙𝐹 =0⇔𝐹 =𝛻×𝐴

TEOREMA 2 Campos sem divergentes ou solenoidais, as


condições são equivalentes:
a) 𝛻 ∙ 𝐹 = 0 em toda a parte
b) 𝐹 ∙ 𝑑𝑎 é independente da superfície para qualquer
linha limite dada
c) 𝐹 ∙ 𝑑𝑎 = 0 para qualquer superfície fechada
d) F é o rotacional de algum vector, 𝐹 = 𝛻 × 𝐴

41
• EM SUMA
• Um campo vectorial F pode ser escrito como o
gradiente de um escalar somado ao rotacional de
um vector.
𝐹 = −𝛻𝑉 + 𝛻 × 𝐴

42
Exercício
a) Considere que 𝐹1 = 𝑥 2 𝑘 e 𝐹2 = 𝑥𝑖 + 𝑦𝑗 + 𝑧𝑘. Calcule
o divergente e o rotacional de F1 e F2. Qual deles
pode ser escrito como o gradiente de um escalar?
Qual pode ser escrito como o rotacional de um
vector?
b) Mostre que 𝐹3 = 𝑦𝑧𝑖 + 𝑧𝑥𝑗 + 𝑥𝑦𝑘 pode ser escrito
tanto como gradiente de um escalar como o
rotacional de um vector. Encontre os potenciais e
vectorial para esta função.

43

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