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Atividade acadêmica: Fundamentos da Psicologia Clínica

Nome: Taís Messinger Ribeiro

1. Levando-se em conta de que é preciso que o paciente associe e fale tudo


que lhe vem à mente, sem julgamentos ou auto-criticas e essa mesma postura
é esperada pelo terapeuta (sem julgamento), você acredita que é possível
atingir um estado ideal de "neutralidade" nessa fala e nessa escuta? Como é
possível falar TUDO que nos vem à mente?

Não acredito que exista 100% de neutralidade, podemos atingir 98%, nas
nunca uma totalidade.

Como terapeutas, algum tema trazido pode acionar questões pessoais nossas,
e mesmo que tentemos afastar aquilo da sessão, elas estão ali, pois elas
fazem parte de nós. Um exemplo que trago, se um homem, sendo meu
paciente a anos, resolve me contar que cometeu um abuso sexual, não sei
como iria manter a neutralidade. Além de ser um crime, como mulher, não sei
como não iria julgar, analisar, e até colocar numa balança todo o processo de
tratamento, não com o intuito de jogar tudo o que foi construído para o alto,
mas de questionar se serei capaz de seguir com isso, sem mudar a forma que
trato ele.

Como pacientes, trago meu exemplo pessoal, onde nas vezes que conto meus erros,
por vezes já me peguei tentando aliviar minha culpa, me colocando como errada, mas
com medo de ser julgada, com medo de ouvir palavras duras de volta, mesmo que
confie em minha terapeuta.

Acredito que alguns fatores necessários aqui são, aliança terapêutica bem
estabelecida, setting acolhedor, onde o paciente fique a vontade e sinta-se
seguro.

2. Como você imagina que aconteça a associação livre em uma sessão? De


que forma ela surge e o que o terapeuta faz com ela?
No momento que o paciente está entregue, sem pensar em coisas “fora” da
sessão, estando focado naquele momento, conectado ao terapeuta somente.

Surge quando refletimos sobre algum tema, refletir em voz alta, analisar e dizer
como vê aquilo.

O terapeuta deve estar conectado, concentrado e focado em captar algum


termo, algum movimento corporal, alguma esquiva de assunto, alguma
mudança no tom de voz, algo que possa ter muito significado para o processo
terapêutico.

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