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CENTRO EDUCACIONAL FLÁVIA RITA

PREPARAÇÃO
PERMANENTE FCC
Teoria, Exercícios e Redação

Mauro Henrique Lauria Zuim Pereira

Material organizado pelo aluno Mauro Henrique Lauria Zuim Pereira, com base no
curso Preparação Permanente FCC, ofertado pelo centro de ensino Flávia Rita. Procura
abordar a matéria de português cobrada pelos concursos da organizadora FCC, de
modo a capacitar o aluno para qualquer certame da banca.
Preparação Permanente FCC

SUMÁRIO

VERBO ......................................................................................................................................... 4
1. CONJUNÇÃO VERBAL .............................................................................................. 4
2. VOZES VERBAIS........................................................................................................ 13
PENSANDO... Qual a voz? ............................................................................................ 14
A) VOZ ATIVA: ........................................................................................................ 15
B) VOZ PASSIVA:.................................................................................................... 16
C) VOZ REFLEXIVA ................................................................................................ 16
D) TRANSPOSIÇÃO (passa-se a voz ativa para a passiva) .............................. 17
3. CARGA SEMÂNTICA DE VERBO ......................................................................... 19
PENSANDO... .................................................................................................................. 19
A) TEMPOS COMPOSTOS .................................................................................... 22
B) EQUIVALÊNCIA ENTRE TEMPO COMPOSTO E TEMPO SIMPLES... 23
C) CLASSIFICAÇÃO DE VERBOS ...................................................................... 24
D) CONCORDÂNCIA VERBAL ........................................................................... 27
E) CASOS MAIS COMUNS (FCC) ........................................................................... 29
F) CASOS DE CONCORDÂNCIA (3ª Pessoa do Singular sempre) .................. 29
4. CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS E MODOS VERBAIS................................... 37
FATORES DE RISCO: .................................................................................................... 39
5. FLEXÃO DE INFINITIVO ............................................................................................. 42
PENSANDO... ....................................................................................................................... 43
Flexão obrigatória: ocorre nos casos em que o infinitivo vier antecipado ao seu
sujeito plural. Exemplo: Por amarem mais, as mulheres sofrem mais.  Nesse caso,
o referente é “as mulheres”, logo, a flexão é obrigatória. ............................................... 44
Flexão proibida: ........................................................................................................... 44
Flexão facultativa: ........................................................................................................ 45
6. CONCORDÂNCIA NOMINAL ................................................................................... 45
PENSANDO... ....................................................................................................................... 46
CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL (15 CASOS): ......................................... 47
7. COLOCAÇÃO PRONOMINAL ................................................................................... 50
PENSANDO... ....................................................................................................................... 50
PENSANDO MELHOR... .................................................................................................... 51
Preparação Permanente FCC

A) CASOS PROIBIDOS: ................................................................................................ 51


B) CONSIDERAÇÃO: ................................................................................................. 51
C) CASOS DE PRÓCLISE: ......................................................................................... 52
D) CASOS DE MESÓCLISE: ...................................................................................... 53
E) CASOS DE ÊNCLISE: ................................................................................................ 53
F) COLOCAÇÃO EM LOCUÇÕES VERBAIS ........................................................... 54
8. EMPREGO DE PRONOMES RELATIVOS (cheguei atrasado 30min). ................ 55
REGRAS: ................................................................................................................................ 56
EXEMPLOS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL: ........................................................... 58
9. ANÁLISE SINTÁTICA .................................................................................................. 59
A) TERMOS DO PREDICADO. ................................................................................ 60
PENSANDO... ................................................................................................................... 62
RESUMINDO... ................................................................................................................. 62
DICAS GERAIS:................................................................................................................ 63
CONCEITOS COMPLEMENTARES – COMPLEMENTOS VERBAIS ..................... 68
B) TERMOS LIGADOS AO NOME ......................................................................... 70
C) FUNÇÕES SINTÁTICAS DE PRONOMES OBLÍQUOS ............................... 72
D) SUJEITO/PREDICADO ......................................................................................... 73
(a) TIPOS DE SUJEITO (O QUÊ?/QUEM?) ........................................................... 74
PENSANDO... ................................................................................................................... 74
(b) TIPOS DE PREDICADO ...................................................................................... 75
PENSANDO... ................................................................................................................... 75
E) DO QUE E SE ............................................................................................................... 76
(a) TIPOS DE QUE .................................................................................................... 76
RESUMINDO: ................................................................................................................... 79
FUNÇÕES SINTÁTICAS DE PRONOME RELATIVO. .............................................. 80
(b) PARTÍCULA SE: .................................................................................................. 80
ANÁLISE DE ITEM: ........................................................................................................ 82
F) PERÍODO COMPOSTO............................................................................................... 83
(a) PERÍODO COMPOSTO .................................................................................... 87
(b) PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO. ....................................... 88
(c) PONTUAÇÃO NAS ORAÇÕES COORDENADAS. ................................... 90
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(d) PERÍODO COMPOSTO – ORAÇÕES SUBORDINADAS ........................ 91


(e) ORAÇÕES REDUZIDAS................................................................................... 91
(f) ORAÇÕES SUBSTANTIVAS ........................................................................... 92
(g) ORAÇÕES ADJETIVAS .................................................................................... 93
(h) ORAÇÕES ADVERBIAIS ................................................................................. 94
10. PONTUAÇÃO.............................................................................................................. 94
A) USO DA VÍRGULA ................................................................................................ 95
B) CASOS PROIBIDOS .............................................................................................. 96
C) OUTROS SINAIS DE PONTUAÇÃO ............................................................... 101
11. REGÊNCIA ................................................................................................................. 102
A) CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS ........................................................................... 102
PENSANDO... .................................................................................................................... 104
B) CASOS DE REGÊNCIA ............................................................................................. 104
REVISÃO PONTUAL........................................................................................................... 108
1. ORTOGRAFIA .......................................................................................................... 108
2. USO DO HÍFEN ........................................................................................................ 110
3. EQUIVALÊNCIA ENTRE ORAÇÕES E CLASSES GRAMÁTICAIS ............ 110
4. EMPREGO DO PORQUE ........................................................................................ 111
5. PLURAL DE COMPOSTOS .................................................................................... 112
6. ACENTUAÇÃO GRÁFICA ..................................................................................... 113
3ª PARTE – REDAÇÃO – TEORIA ...................................................................................... 113
Conteúdo – 40/100...................................................................................................... 113
Estrutura – 30/100 ....................................................................................................... 115
ORGANIZADOR DE IDEIAS (1h a 1h30) ...................................................................... 118
Preparação Permanente FCC

1ª PARTE – GRAMÁTICA - TEORIA

VERBO

1) CONJUGAÇÃO. DICA: Questões de aplicação, ou seja, de regra.


2) VOZES VERBAIS. DICA: Questões de aplicação ou análise.
3) CARGA SEMÂNTICA DO VERBO. DICA: Questões de aplicação e análise
(Qual o efeito de sentido do verbo).
4) CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS E MODOS. DICA: Questões de aplicação e
análise (paralelismo/coesão).

1. CONJUNÇÃO VERBAL

PENSANDO...
1) Se ele requisesse requeresse o recibo, seria melhor. E.
 Requerer  não deriva de querer.
2) O rapaz que (PR) intervir intervier no caso terá benefícios. E.
 Intervir  deriva de vir  “vie”/vier.
3) O governo não media medeia situações de conflito. E.
 Mediar  conjugado como o verbo odiar  medeia.
4) Se isso me aprazesse aprouvesse, eu faria.
 Aprazer  ouve  aprouver.
5) O rapaz não conviu conveio com as orientações do setor. E.
 Convir  vir  veio  conveio.

 Q? “Não foram avaliadas as orientações do setor”. Marque verdadeiro ou falso.


a) De acordo com a norma culta, seria possível substituir a passiva analítica
“foram avaliadas” pela forma sintética “avaliaram-se”. R: F. O adverbio de negação
“não” exerce atração na colocação pronominal obrigando a próclise. Desse modo, a
substituição somente seria possível se resultasse na forma “não se avaliaram [...]”.
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b) Na voz ativa, a construção acima ficaria: “Não avaliaram as orientações do


setor”. R: V. Não havendo agente da passiva expresso, a conversão para a voz ativa
implicará a indeterminação do sujeito com o verbo na terceira pessoa do plural,
respeitando-se o mesmo tempo e modo do verbo original.
c) A substituição de “foram” por “eram” não implica erro gramatical, mas altera o
aspecto pontual do enunciado original. R: V. Foram = pretérito perfeito do indicativo
(ação totalmente concluída no passado). Eram = pretérito imperfeito do indicativo
(ação iniciada no passado, mas ainda inconclusa). A substituição é possível, mantendo
a correção, mas implica alteração de sentido.
 Q? “No Brasil, discutem sobre política sem que, no entanto, se (PA) tenha
(VTD) embasamento (sujeito paciente) sobre tal conceito. Questiona-se o governo sem
conhecer nada de economia ou de infraestrutura. Buscam igualdade sem que, de fato, a
pratiquem no cotidiano minimalista dos indivíduos. Votam sem que se cobre
representação, sem que se exija ser representado”. De acordo com a norma culta, é
possível afirmar:
a) O conector, no entanto, pode ser substituído por “mas”, “contudo” ou “porém”.
R: O “mas” é o único conector adversativo que somente vem no início de oração, não
podendo ser deslocado. E.
b) A palavra “embasamento” funciona como complemento verbal do verbo ter. R:
E. “Embasamento” funciona como sujeito paciente do verbo ter.
c) O contexto permite inferir que as formas verbais “questiona-se” e “conhecer”
estão em dissonância com as demais formas do texto. R: C. As formas verbais
encontram em dissonância em razão da quebra de paralelismo.
d) A supressão da preposição “de” após o conector “ou” não provoca alteração de
sentido. R: C.
e) O conector “ou” une termos sem que haja acréscimo significativo de ideias. R:
E. Os termos “economia” e “infraestrutura” são diferentes, logo, o conector traz
acréscimo de ideias.
f) O pronome “a” tem função anafórica1 e retoma o substantivo “igualdade”. R: C.
g) Os verbos “pratiquem”, “votam” e “cobre” estão no mesmo tempo e modo. R:
E. Pratiquem = presente do subjuntivo./Votam = presente do indicativo./Cobre =
Presente do subjuntivo.
h) A construção “se cobre” pode ser substituída por seja cobrada, mas seria
desejável que a construção “se exija” fosse substituída por “seja exigida”, a fim de se
manter o paralelismo. R: E. Ocorre erro de concordância nas formas apresentadas. De
modo a evita-lo, é necessário optar pela forma masculina: seja exigido.

1
Anafórico, genericamente, pode ser definido como uma palavra ou expressão que serve para
retomar um termo já expresso no texto, ou também para antecipar termos que virão
depois. São anafóricos: (i) pronomes demonstrativos: este, esse, aquele; (ii) pronomes relativos:
que, o qual, onde, cujo; (iii) advérbios e expressões adverbiais: então, dessa feita, acima, atrás.
A função anafórica é em que um pronome demonstrativo é usado para lembrar ao leitor algum
termo que já foi mencionado. (http://www.dicionarioinformal.com.br/anaf%C3%B3rico/)
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i) As expressões “no entanto” e “no Brasil” estão isoladas por vírgulas pelo
mesmo motivo. R: E. A vírgula depois de “No Brasil” se justifica por ser adj. adverbial
deslocado; “no entanto”, por sua vez, por ser uma conjunção coordenada deslocada.
j) A expressão “tal conceito” retoma, de forma específica, a palavra política. R: C.

CONJUGAÇÃO VERBAL – TABELA Nº1


TEMPOS PRIMITIVOS TEMPOS DERIVADOS/REGRAS
GERAIS
Presente do indicativo Presente do subjuntivo  Base + vogal
Base: 1ª do singular menos a letra “o” contrária.
Imperativo Afirmativo  Presente do
subjuntivo (exceto “tu” e “vós” do
presente do imperativo afirmativo)
Imperativo negativo  Presente do
subjuntivo (exceto “tu” e “vós” do
presente do imperativo afirmativo)

Pretérito perfeito do indicativo. Pretérito mais que perfeito do indicativo


Base: 3ª do plural menos a desinência  Base + RA (todas)/vós  RE.
“ram” Pretérito imperfeito do subjuntivo 
Base + SSE
Futuro do Subjuntivo  Base + R2
Infinitivo Pretérito imperfeito do indicativo 
Base: Verbo menos “r” ou verbo menos Base + VA/IA/NHA (vos  e) + era
vogal mais “r” (verbo ser)
Futuro do presente do indicativo  Base
+ REI/RÁS/RÁ/REMOS/REI/RÃO
Futuro do pretérito do indicativo  Base
+ RIA/RIAS/RIA/RÍAMOS/RÍEIS

 Q? Todas as formas estão no mesmo tempo e modo, exceto: R: a.


a) Seria  Futuro do pretérito.
b) Preferiria  Pretérito Imperfeito do Indicativo (X Preferiria  Futuro do
pretérito).
c) Tinha  Pretérito Imperfeito do Indicativo.
d) Amava  Pretérito Imperfeito do indicativo.
e) Podia  Pretérito Imperfeito do Indicativo.

2Futuro do Subjuntivo X Infinitivo impessoal. O futuro do subjuntivo tem conector, ao passo


que o infinitivo impessoal não.
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TABELA Nº 2 - DESINÊNCIAS Eu/tu/ele/nós/vós/eles


Presente do Indicativo --- -o/-as/-a/-amos/-
ais/-am
Presente do Subjuntivo Vogal Contrária -e/-es/-e/-emos/-
eis/-em
Imperativo3 Afirmativo Vogal Contrária -/-a/-e/-emos/-ai/-
em
Imperativo Negativo Vogal Contrária -/-e/-e/-emos/-eis/-
em

Pretérito Perfeito do --- -ei/-ste/-ou/-amos/-


Indicativo astes/-aram
Pretérito mais que Perfeito do Desinência – RA -ra/-ras/-ra/-
Indicativo ramos/-reis/-ram
Pretérito Imperfeito do Desinência – SSE -sse/-sses/-sse/-
Subjuntivo (Conector) ssemos/-sseis/-ssem
Futuro do Subjuntivo Desinência - R -r/-res/-r/-rmos/-
(Conector) rdes/-rem

Pretérito Imperfeito do Desinência – -va/-vas/-va/-


Indicativo VA/IA/NHA/ERA vamos/-veis/-
Futuro do Presente do Desinência – RE/RÁ -rei/-rás/-rá/-
Indicativo remos/-reis/-rão
Futuro do Pretérito do Desinência – RIA -ria/-rias/-ria/-
Indicativo riamos/-ríeis/-riam

OBS: Há formas verbais que são irregulares, podendo mudar de acordo com a
conjugação. Exemplo: Eu sei. Eu quis. Etc.

G1 – DREIVADOS DO PRESENTE DO INDICATIVO – TABELA Nº3


Verbos PRESENTE DO PRESENTE DO IMPERATIVO IMPERATIVO
INDICATIVO SUBJUNTIVO AFIRMATIVO NEGATIVO

3
No modo imperativo não há primeira pessoa.
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Ver Eu vejo Que eu veja --- ---


Tu vês Que tu vejas Vê tu Não vejas tu
Ele/ela vê Que ele veja Veja você Não veja você
Nós vimos Que nós vejamos Vejamos nós Não vejamos nós
Vós vedes Que vós vejais Vede vós Não vejais vós
Eles/Elas veem Que eles/elas vejam Vejam vocês Não vejam vocês
Vir Eu venho Que eu venha --- ---
Tu vens Que tu venhas Vem tu Não venhas tu
Ele/Ela vem Que ele/ela venha Venha você Não venha você
Nós vimos Que nós venhamos Venhamos nós Não venhamos nós
Vós vindes Que vós venhais Vindes vós Não venhais vós
Eles/Elas vêm Que eles/elas venham Venham vocês Não venham vocês

 COMO CAI? “Não partas, não me deixes, não me esqueças”. Passando-se a


frase para o imperativo afirmativo, teríamos:
a) Parta – deixe – esquece
b) Parte – deixa – esquece
c) Partas – deixas – esqueças
R: Letra B.
OBS: O imperativo afirmativo do tu deriva do presente do indicativo, deduzindo-se o
“s”. O imperativo negativo, por sua vez, corresponde ao presente do subjuntivo, o qual
é todo feito com vogal contrária. Exemplo: Que eu venda, que tu vendas...
 Q? Assinale a alternativa correta de acordo com a norma culta. “Não se venda
por qualquer preço, valorize-se”. Se o enunciador optasse pela segunda pessoa
gramatical, a frase seria escrita assim: “Não te vendas, valorize-te”. R: E. A frase está
correta na primeira oração, pois segue as regras do imperativo negativo (semelhança
com o presente do subjuntivo); já a segunda oração está errada, uma vez que em
desacordo com as regras do imperativo afirmativo (semelhança com o presente do
indicativo com a dedução do “s”), o que implicaria “valoriza-te”.

G2 – DREIVADOS DO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO – TABELA Nº 4


Verbos PRETÉRITO PRETÉRITO FUTURO DO
MAIS QUE IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
PERFEITO DO SUBJUNTIVO
INDICATIVO
Cantar Eu cantara Se eu canta.sse Se cata.r
Tu cantaras Se tu canta.sses Se tu canta.res
Ele/ela cantara Se ele canta.sse Se ele canta.r
Nós cantáramos Se nós cantá.ssemos Se nós canta.rmos
Vós cantareis Se vós cantá.sseis Se vós canta.rdes
Eles/Elas cantaram Se eles/elas canta.ssem Se eles canta.rem
Vir Eu venho Se eu vie.sse Se/Quando eu vie.r
Preparação Permanente FCC

Tu vens Se tu vie.sses Se/Quando tu vie.res


Ele/Ela vem Se ele/ela vie.sse Se/Quando ele/ela vie.r
Nós vimos Se nós vié.ssemos Se/Quando nós vie.rmos
Vós vindes Se vós vié.sseis Se/Quando vós vie.rdes
Eles/Elas vêm Se eles/elas vie.ssem Se/Quando eles/elas vie.rem
Ver Eu vira Se eu vi.sse Se/Quando eu vir
(prever) Tu viras Se tu vi.sses Se/Quando tu vires
Ele/ela vira Se ele vi.sse Se/Quando ele vir
Nós viramos Se nós ví.ssemos Se/Quando nós virmos
Vós vereis Se vós ví.sseis Se/Quando vós virdes
Eles/Elas viram Se eles/elas vi.ssem Se/Quando eles/elas virem

PREFIXOS VERBO 3ª PESSOA BASE (3ª CERTO X ERRADO


DO PLURAL pessoa
menos o
“-ram”)
Re-, ante-, Ver Viram Vi
pre-, entre-
Inter-, con-, Vir Vieram Vie
ad-, sobre-,
pro-
Ob-, de-, Ter Tiveram Tive
con-, re-,
man-, entre-
, abs-...
Ante-, com-, Pôr Puseram Puse Suposse/Supusesse
pro-, de-,
su-, dis-, re-
...
Per-, re-, Fazer Fizeram Fize
dis-,
--- Querer Quiseram Quise Quisesse/Queresse
--- Requerer Requereram Requere Requeresse/Requisesse
--- Precaver Precaveram Precave Precavesse/Precavisse
--- Prover Proveram Prove
--- Reaver Reouveram Reouve Reavisse/Reavesse/Reouvesse
--- Aprazer Aprouveram Aprouve Aprouvesse
--- Caber Couberam Coube
--- Saber Souberam Soube
TABELA Nº 5
Preparação Permanente FCC

 COMO CAI? Não há erro quanto à concordância e/ou flexão da forma verbal
em:
a) Se fazer as tarefas na data (sujeito oracional) não for de todo possível, ele terá
mais prazo.
b) O que contém contêm (flexão de número – acento circunflexo) estes frascos (sujeito
plural deslocado) que todos observam como se neles contivesse ouro?
c) Não era capaz de previr prever o futuro da humanidade, mas desejava fazê-lo.
d) O rapaz proviu proveio (provir  derivado do verbo vir  ele veio/ele proveio) de
um lugar frio, portanto foi necessário abriga-lo ali.
R: Letra A.

G3 – DERIVADOS DO INFINITIVO - TABELA Nº 6


VERBO PRETÉRITO PÔR SER
IMPERFEITO DO TER
INDICATIVO VIR E DERIVADOS
-ar -er/-ir
-va -ia -nha Era
Estar Estava Via Vinha Era
Ver Estavas Vias Vinhas Eras
Vir Estava Via Vinha Era
Ser Estávamos Víamos Vínhamos Éramos
Estáveis Víeis Vínheis Éreis
Estavam Viam Vinham Eram

G4 - FUTUROS DO INDICATIVO - TABELA Nº 7


FUTURO DO PRESENTE (ideia de FUTURO DO PRETÉRITO (ideia de
certeza) possibilidade)
-rei -ria
-rás -rias
-rá -ria
-remos -ríamos
-reis -ríeis
-rão -riam

 COMO CAI? “O governo, nesse cenário, podia investir mais em educação. Com
essa ação, o país estaria mais próximo de um futuro próspero”. A forma verbal “podia”
está empregada inadequadamente, considerando-se o contexto. R: V. A forma correta
deveria ser “poderia”.
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DICAS DE CONJUGAÇÃO:

1) Grupo do MARIO: todos se conjugam como o verbo odiar.

GRUPO Mediar Ansiar Remediar Incendiar Intermediar Odiar (verbo


MARIO referência)
Presente do Eu medeio Eu anseio Eu Eu Eu Eu odeio
Indicativo Tu medeias Tu anseias remedeio incendeio intermedeio Tu odeias
Ele medeia Ele anseia Tu Tu Tu Ele odeia
Nós Nós remedeias incendeias intermedeias Nós odiamos
mediamos ansiamos Ele Ele Ele Vós odiais
Vós Vós ansiais remedeia incendeia intermedeia Eles odeiam
mediais Eles Nós Nós Nós
Eles anseiam remediamos incendiamos intermediamos
medeiam Vós Vós Vós
remediais incendiais intermediais
Eles Eles Eles
remedeiam incendeiam intermedeiam
Presente do Eu medeie Eu anseie Eu Eu Eu Eu odeie
Subjuntivo Tu medeies Tu anseies remedeie incendeie intermedeie Tu odeies
(+ que) Ele medeie Ele anseie Tu Tu Tu Ele odeie
Nós Nós remedeies incendeies intermedeies Nós odiemos
mediemos ansiemos Ele Ele Ele Vós odieis
Vós medieis Vós ansieis remedeie incendeie intermedeie Eles odeiem
Eles Eles Nós Nós Nós
medeiem anseiem remediemos incendiemos intermediemos
Vós Vós Vós
remedieis incendieis intermedieis
Eles Eles Eles
remedeiem incendeiem intermedeiem

2) Grupo do SACIP.

GRUPO Verbo de Sobrevir Advir Convir Intervir Provir


SACIP referência –
Vir
Presente do Eu venho Eu sobrevenho Eu Eu Eu Eu
Indicativo Tu vens Tu sobrevéns Tu Tu Tu Tu
Ele vem Ele sobrevém Ele Ele Ele Ele
Nós vimos Nós sobrevimos Nós Nós Nós Nós
Vós vindes Vós sobrevindes Vós Vós Vós Vós
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Eles vêm Eles sobrevêm Eles Eles Eles Eles


Pretérito Eu vim Eu sobrevim Eu Eu Eu intervim Eu
perfeito do Tu vieste Tu sobrevieste Tu Tu Tu Tu
indicativo Ele veio Ele sobreveio Ele Ele Ele interveio Ele
Nós viemos Nós sobreviemos Nós Nós Nós Nós
Vós viestes Vós sobreviestes Vós Vós Vós Vós
Eles vieram Eles sobrevieram Eles Eles Eles intervieram Eles
Pretérito Eu viesse Eu sobreviesse Eu Eu Eu Eu
imperfeito Tu viesses Tu sobreviesses Tu Tu Tu Tu
do Ele viesse Ele sobreviesse Ele Ele Ele Ele
subjuntivo Nós Nós Nós Nós Nós Nós
viéssemos sobreviéssemos Vós Vós Vós Vós
Vós viésseis Vós sobreviésseis Eles Eles Eles Eles
Eles viessem Eles sobreviessem
Futuro do Eu vier Eu Eu Eu Eu Eu
subjuntivo Tu vieres Tu Tu Tu Tu Tu
Ele vier Ele Ele Ele Ele Ele
Nós viermos Nós Nós Nós Nós Nós
Vós vierdes Vós Vós Vós Vós Vós
Eles vierem Eles Eles Eles Eles Eles

3) Viemos/vimos aqui hoje falar da importância do português.  Vimos é


presente do indicativo do verbo “vir” e pretérito perfeito do indicativo do verbo “ver”.
4) Gerúndio e particípio iguais  vindo.
Exemplo: ele tem intervido/intervindo em questões
importantes.
Exemplo: Ela está intervindo no caso.

5) Vir e derivados conjugados apresentam como base “vie”.


Exemplo: Se ele intervisse/interviesse no caso.
Exemplo: A pessoa que convir/convier comigo.

6) Verbos terminados em –uir são grafados com “i”./Verbos grafados com –uar
são grafados com “e”.
Exemplo: Possuir  Possui; Constituir  Constitui; Efetuar 
Efetue; Conceituar  Conceitue.

7) Querer, pôr, analisar, pesquisar, alisar, paralisar  grafia com “s”  quisesse;
pusesse; analisasse; pesquisasse; alisasse; paralisasse.
8) O verbo adivinhar não apresenta “d” mudo, como em advir.  Ele adveio/Ele
adivinhou.
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9) Reaver e precaver (ambos verbos defectivos4) não apresentam formas com –nh
ou –j. Deve-se sempre buscar por sinônimos.
Exemplo: Espera-se que ele se precaveja/precavenha
Exemplo: Espera-se que ele reaveja/reavenha.

10) Prover (sentido de suprir) x Provir (originar-se).

Verbos Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do


Indicativo
Prover Eu provejo Eu provi
Tu provês Tu proveste
Ele provê Ele proveu
Nós provemos Nós provemos
Vós provedes Vós provestes
Eles proveem Eles proveram
Provir Eu provenho Eu provim
Tu provéns Tu provieste
Ele provém Ele proveio
Nós provimos Nós provemos
Vós provindes Vós proviestes
Eles provêm Eles provieram

11) Requerer não é derivado de querer.


12) Ver e derivados conjugados: vi.
13) Ter e derivados conjugados  base: -tive.
14) Pôr e derivados  base: -puse.
15) Reaver e aprazer  base: -ouve (conj.).
16) Precaver/prover  não derivam de ver! Mantém a letra “e”.

2. VOZES VERBAIS

4 “[...] Os verbos defectivos são aqueles que possuem um “defeito” no que se refere à sua
conjugação, pois esta é incompleta, não se conjugam em todos os modos, tempos e pessoas. Eles
podem ser conjugados apenas nas formas em que a vogal tônica permanece fora do radical.
Podemos dizer que os verbos defectivos apresentam comportamento contrário ao dos verbos
abundantes, pois estes têm mais de uma forma verbal para representar um mesmo modo,
tempo e pessoa” (http://www.estudopratico.com.br/verbos-defectivos-definicao-e-
exemplos/).
Preparação Permanente FCC

Há três vozes:

(i) Voz ativa: em que o sujeito pratica a ação  sujeito agente.


Exemplo: O lenhador derrubou (VTD) a árvore (OD).

(ii) Voz passiva: em que o sujeito sofre a ação  sujeito paciente.


Exemplo: A árvore foi derrubada (locução de passiva) pelo
lenhador (agente da passiva).

OBS: Na voz passiva não há objeto, pois esse tornou-se sujeito paciente.

(iii) Voz reflexiva: em que o sujeito pratica e sofre a ação  sujeito agente e
paciente.
Exemplo: Derrubou-se (voz passiva sintética) a árvore.
Exemplo: Ela (sujeito) se (OD com valor de “a si mesma”)
considerava (VTD) boa pessoa.

CONCEITO DE VOZES: Trata-se da relação existente entre o sujeito e o verbo de uma


mesma oração.

PENSANDO... Qual a voz?


1) O Brasil (sujeito) se (parte integrante do verbo - PIV) tornou (verbo de ligação) uma
referência (predicativo do sujeito) no setor. (Voz ativa).

OBS: Havendo verbo de ligação, é certo que a voz será ativa, pois a voz passiva ou
reflexiva exige objeto direto.

2) (OSS) Havia (VTD) varias pessoas no local do evento. (Não há voz!).

OBS: Haver com valor existencial implica oração sem sujeito, o que impossibilita a
determinação da voz. Na voz reflexiva, o OD ou o OI sofrem a ação expressa pelo
verbo.

3) Acontece (VI), no Brasil (adj. adverbial de lugar), toda sorte de crimes (sujeito).
(Voz ativa).
4) O governo (sujeito) tinha debatido (VTD) a questão do uso de drogas (OD).
(Voz ativa).
5) O rapaz (sujeito) assistiu (OI) ao evento no mesmo dia (adj. adv. de tempo). (Voz
ativa).
Preparação Permanente FCC

6) Não (adj. adv. de negação) se (índice de indeterminação do sujeito - IIS) obedece (VTI)
a regras desse tipo (OI). (Voz ativa).
OBS: Sempre que o se for IIS, a voz será ativa.
7) Deu (VTDI) -se (OI) uma nova oportunidade na vida (OD).  Sentido do se:
Deu uma nova oportunidade a si mesmo.  Voz reflexiva.
8) Deu (VTDI) -se (PA) uma nova oportunidade (sujeito) ao rapaz (OI). Voz
passiva sintética.
9) A decisão (sujeito) se (PA) justifica (VTD).  Q? (FCC) A forma analítica de “a
decisão se justifica” é “a decisão é justificável”. R: F. A forma analítica é: “A decisão é
justificada”.  Voz passiva sintética.
10) (FCC) Salvaram (VTD) -se (OD) todos (sujeito) nadando.  Voz reflexiva.
11) ATENÇÃO! O rapaz (sujeito) pode ter sido (Verbo de ligação) vítima (predicativo
do sujeito) desse fato.  Voz ativa.
12) ATENÇÃO! O rapaz pode ter sido observado (ser + particípio) nos últimos
meses.  Voz passiva.

OBSERVAÇÕES:
1) Nem todo “se” é caso de voz passiva.
2) Verbo de ligação ou verbo intransitivo somente faz voz ativa.
3) Se o “se” for índice de indeterminação do sujeito (IIS), a voz será ativa.
4) Se o caso for de oração sem sujeito (OSS), não haverá voz.
5) “Tinha” ou “havia” + particípio = -ra. Exemplo: Tinha feito = fizera; Tinha
estudado = estudara.

A) VOZ ATIVA:
 O sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal.
 Pode ser formada a partir de qualquer verbo.
 Verbo de ligação e verbo intransitivo somente fazem voz ativa.
 Pode apresentar os auxiliares “ter” e “haver” e pode ser formado a partir de
qualquer tipo de verbo (VTD, VTI, VTDI...).

Exemplo: Não (adj. adv. de negação) se (IIS) pensa (VTI) em um


futuro sem a avaliação do presente (adj. adv. de modo).  Voz
ativa.
Exemplo: As pessoas (sujeito) são (Verbo de ligação) reflexos da
sociedade (predicativo do sujeito).  Voz ativa.
Exemplo: Ela tem enfrentado (VTD - locução de voz ativa – tempo
composto) problemas (OD).  Voz ativa. Exemplo: O governo
(sujeito) pode mesmo ter investido (VTI) no setor (OI).

ATENÇÃO! Quando se for definir a transitividade de uma locução, deve sempre se


ater ao último verbo.
Preparação Permanente FCC

B) VOZ PASSIVA:
 Sujeito paciente, ou seja, sofre a ação expressa pelo verbo.
 O objeto direto da voz ativa vira sujeito (paciente) da passiva. Logo, na voz
passiva, sintética ou analítica, não há OD.
 A passiva somente pode ser formada a partir de: VTD ou VTDI.
 O sujeito da voz ativa corresponderá ao agente da passiva (termo opcional).

Espécies de vozes passivas:

a) Voz passiva analítica  ser/estar + particípio do verbo principal. Usa-


se, nessa espécie, a locução de passiva. O agente da passiva somente pode ser
introduzido pelas preposições: de, por e pelas variações de pelo (pelos, pela,
pelas).

Exemplo: O tema (sujeito) seria5 debatido (locução da passiva) no


local (adj. adv. de lugar).
Exemplo: A casa (sujeito) estava lotada (locução da passiva) de
estranhos (agente da passiva).

b) Voz passiva sintética ou pronominal  VTD/VTDI + se (PA). Haverá


concordância entre verbo e sujeito. Usa-se, nessa espécie, partícula
apassivadora (PA).

Exemplo: Debater-se (PA) -ia o tema no local.


Exemplo: Lotou-se a casa de estranhos. F. Há equivoco no
tempo verbal.  C: Lotava-se a casa de estranhos.
Exemplo: Assaltou-se o rapaz./Assaltou-se ele.

C) VOZ REFLEXIVA
 O sujeito pratica e sofre a ação, ou seja, é agente e paciente ao mesmo tempo.
 O sujeito pratica a ação sobre o objeto; e o objeto pratica a ação sobre o sujeito.
 É uma voz formada por VTD, VTI ou VTDI (em geral com pronome reflexivo).

Exemplo: Ela (sujeito) se (OD) via (VTD) mais velha a cada ano.
 Ela via a si mesmo.  Ideia de reflexão.
Exemplo: Os alunos (sujeito) se (OD) cumprimentaram (VTD)
no dia da prova.  Ideia de reciprocidade.

5
O anterior define o tempo do posterior quando ocorrer supressão da locução verbal por um
tempo simples. Exemplo: E tema seria debatido.  Debater-se-ia o tema. Exemplo: A casa
estava lotada de estranhos.  Lotava-se a casa de estranhos.
Preparação Permanente FCC

OBS: Há frases em que a partícula “se” apresenta ambiguidade, podendo ser PA ou


pronome reflexivo.

Exemplo: Salvaram (VTD) -se (PA) as lembranças (sujeito)


naquela ocasião (adj. adv. de tempo).  Sem ambiguidade.
Exemplo: Salvaram (VTD) -se (PA) as pessoas (sujeito paciente)
naquela ocasião (adj. adv. de tempo).  Há ambiguidade com
relação à partícula “se”, pois pode ser tanto pronome reflexivo,
como partícula apassivadora.

 Q? “Salvaram-se as pessoas naquela ocasião”. A frase acima apresenta


ambiguidade decorrente da interpretação da partícula “se”, incapaz de modificar a
função do termo “pessoas”. R: C. a ambiguidade é igualmente incapaz de alterar a
transitividade do verbo.
 Q? De acordo com a interpretação dada à partícula “se”, o sujeito da frase
deverá ser interpretado de maneira diferente. R: Correto.

D) TRANSPOSIÇÃO (passa-se a voz ativa para a passiva)

“O governo (sujeito) resolveu (VTD) as pendências (OD) na ocasião (adj. adv. de tempo)”.
(Voz ativa)

VPA (voz passiva analítica): Sujeito torna-se agente da passiva; o OD vira sujeito
paciente.  As pendências (sujeito paciente) foram (acréscimo de auxiliar de passiva)
resolvidas pelo governo (agente da passiva) na ocasião.

VPS (voz passiva sintética): Acrescenta-se a partícula “se” como partícula


apassivadora; o OD torna-se agente da passiva e é omitido o agente da passiva. 
Resolveram (VTD) -se (PA) as pendências (sujeito paciente) na ocasião.

1) Transposição consiste em passar da voz ativa para a passiva, ou vise versa.


2) Para que a transposição seja possível, o verbo deve apresentar OD e ter sujeito
(OSS não faz passiva).
3) Voz passiva analítica e voz passiva sintética são formas equivalentes, ou seja,
não ocorre transposição.
4) Apenas o OD da voz ativa formará o sujeito da passiva.
5) Podem ser feitos ajustes na concordância em função do novo sujeito.
6) Devem ser mantidos o tempo e o modo do verbo.
7) Da voz ativa para a passiva, sempre se acrescenta um verbo (ser/estar) ou
partícula “se” (PA).
Preparação Permanente FCC

8) O sujeito da voz ativa sempre corresponderá ao agente da passiva, o qual é


introduzido pelas preposições de, por e pelo (a/os/as).
9) Se o agente da passiva não está expresso na frase, indetermina-se o sujeito,
usando-se a 3ª pessoa do plural. Exemplo: O rapaz foi observado (VPA)./Observaram
o rapaz (VA).
10) Na passiva sintética, é comum a omissão do agente.
11) Outros termos sintáticos, como OI e adjuntos adverbiais, não sofrem alteração.

 Q? “A notícia foi divulgada em toda mídia nacional”. Transpondo-se a frase


para a voz ativa, teríamos: R: Tem-se uma oração na voz passiva analítica. Com isso,
eliminam-se as letras “a” e “c”. A letra “e” é eliminada em razão do tempo e da
partícula “se”. Quanto à letra “d”, será ela considerada incorreta em razão do agente
da passiva implícito (não se sabe quem praticou a ação), o que impõe a indeterminação
do sujeito com a sua flexão para a terceira pessoa do plural6, uma vez que a utilização
da partícula “se” levaria à formação da voz passiva sintética. Assim, resposta correta é
letra “b”.
a) Divulgou-se
b) Divulgaram
c) Divulgaram-se
d) Divulgou
e) Havia-se divulgado

 Q? “Não se (PA) informa (VTDI) o endereço (sujeito) de alguém a estranhos”. O


termo destacado exerce a mesma função do termo destacado em: R: Letra “d”.
a) Procurava (VTD) quem o apoiasse (OD oracional).
b) Assiste (VTI) -se (IIS), no Brasil (adj. adv. de lugar), ao descaso do governo (OI).
c) (OSS) Gente inteligente (OD) sempre haverá (VTD) no mundo (adj. adv de lugar).
d) Não (adj. adv. de negação) se (PA) sabe (VTD) até hoje (adj. adv. de tempo) o
resultado (sujeito paciente) dessa ação.
e) Isso implica certos problemas no setor (adj. adv. de lugar).

 Q? A transposição foi feita adequadamente em: R: Letra “e”.


a) Solucionou (VTD) -se (PA) o problema do rapaz (sujeito).  VPS/O problema
do rapaz foi solucionado.  VPA.
b) O governo tratou (VTI – tratar de) do fato (OI) com cautela./O fato foi tratado
pelo governo com cautela.  VTI não aceita passiva.
c) A secretaria tinha debatido o tema./O tema foi debatido pela secretaria. 
VPA: tinha sido (auxiliar de passiva – verbo ser) debatido.
d) O jornal (sujeito) informou (VTDI) o povo (OD) do ocorrido (OI)./O ocorrido foi
informado ao povo pelo jornal.  Apenas o OD vira sujeito paciente. Na segunda
6
Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito: adição da partícula “se” como IIS ou a
utilização da terceira pessoa do plural.
Preparação Permanente FCC

assertiva, o OI foi transformado em sujeito paciente, o que é impossível.  Assertiva


correta: O povo foi informado do ocorrido pelo jornal.
e) Isso (sujeito) é fácil de resolver. (VA)/Isso (sujeito) é fácil de ser resolvido (VPA).

3. CARGA SEMÂNTICA DE VERBO

CONCEITO: Trata-se do sentido que o verbo pode dar.

 Q? “O governo não lutava (Verbo no PPI) por melhorias”. A forma verbal


destacada sugere. R: Letra D.
a) Ação pontual no passado (= ação que ocorreu uma única vez).
b) Ação hipotética no passado (= corresponde ao futuro do pretérito, por exemplo).
c) Passado incondicionado (= trata-se de um passado que não depende de condição e
indica uma ação totalmente concluída).
d) Passado habitual (= indica uma ação recorrente no passado).
e) Passado anterior a outro passado (normalmente é o pretérito mais que perfeito).

 Q? “O governo gastaria melhor o dinheiro público de outro modo, por isso ele
não devia investir em setores econômicos. Na opinião do articulista, que teria
conhecimento na área, nenhum investimento é, de todo, sem sentido quando
planejado. A ideia que o governo acaba de apresentar reforça apenas o pensamento da
atual administração pública frente aos problemas sociais”. Assinale a alternativa
correta: R: Letra B.
a) A forma verbal “devia” compromete a compreensão do texto por estar
conjugada de modo inadequado.  E. A conjugação está incorreta, sendo o certo o
verbo “quereria”. Contudo, não há comprometimento do entendimento do enunciado.
b) A forma verbal “teria” indica que a informação apresentada vem de outra fonte
explorada pelo autor do texto.  C. Discurso polifônico. Usa-se o futuro do pretérito
para indicar que a informação vem de outra fonte (argumento de autoridade).
c) Como a forma verbal “planejado” está no particípio, é impossível atribuir a ela
uma noção temporal dentro do texto.
d) A forma verbal “acaba”, que indica ação presente, está em consonância com a
noção temporal do enunciado de que faz parte.  E. O verbo “acaba” indica ação
presente, contudo, está em dissonância com o enunciado.
e) A carga semântica do verbo “ser” é a mesma que se observa no verbo “estar" na
frase: “ela está bonita hoje”. E.

PENSANDO...
1) A mulher, que teria matado o marido, foi presa.
Preparação Permanente FCC

 A forma verbal “teria” indica afastamento do enunciador em relação ao


fato (natureza polifônica – isenta o autor da responsabilidade pela informação).
Correto.
 Indica dúvida do enunciador em relação à informação apresentada.
Correto.
 Indica que ele trás certeza parcial em relação ao fato enunciado.
 A forma verbal “teria” imprime caráter hipotético à forma verbal
“matado”. Correto.

2) Plantou os frutos que colheu.


 Considerando os aspectos semânticos embutidos na frase pelo
vocabulário usado, seria mais adequado imprimir aqui o pretérito mais que
perfeito. Correto. Considerando o sentido, o pretérito mais que perfeito seria
mais adequado, uma vez que colher os frutos é uma ação, necessariamente,
posterior a plantar.

3) Você poderia me ajudar nas tarefas?


 Poderia, nesse caso, tem uma carga semântica de presente, indicando
polidez (forma de cortesia).
 Afastamento do locutor.

4) O governo solucionaria a questão com investimentos.


 Futuro do pretérito com caráter hipotético.

5) O governo vai ao evento no próximo mês.


 Há uma incompatibilidade entre o tempo da forma verbal (presente) e o
tempo da ação (futuro).
 A opção pelo tempo presente indica que o fato futuro está próximo ao
enunciador. É usado em passado e em futuro próximos. O tempo verbal, então,
não indica o tempo da ação.
 A forma verbal escolhida indica certeza e poderá ser substituída por
“irá”.

6) Na cidade, todas as pessoas se parecem.


 O enunciado expressa uma ação de aspecto atemporal/genérico.
 O tempo empregado no verbo faz projeção tanto para o passado quanto
para o futuro.

7) Em 1808, a família real chega ao Brasil.


 Trata-se de um presente com efeito histórico.
 É usado como estratégia de aproximação do fato histórico com o
momento atual.
Preparação Permanente FCC

8) Morrera o pai, morreu o filho, morria a mãe.


 A expressão “morrera o pai”, no enunciado, indica uma ação que ocorre
antes das outras.
 A expressão “morreu o filho” indica uma ação que foi totalmente
realizada no passado.
 A expressão “morria a mãe” indica uma ação inacabada, ainda em
processo. ATENÇÃO! Nem todo pretérito imperfeito dá ideia de ação
inacabada.

9) Era uma vez...


 O verbo ser no enunciado encontra-se no pretérito imperfeito, indicando
um tempo vago, impreciso, um passado remoto.

10) Os escravos viviam todo tipo de [...].


 O verbo “viviam” indica uma ação frequente, a qual se repetia no
passado. A troca pelo pretérito perfeito não importa em prejuízo para a
correção gramatical, entretanto, gera prejuízo para o sentido.

MODO INDICATIVO (indica MODO SUBJUNTIVO7 MODO


certeza) (indica dúvida, IMPERATIVO
possibilidade) (exprime ordem,
pedido, comando)
Presente Indica valor de: Presente Pode
(momento Passado próximo. indicar:
da fala) Passado histórico. Dúvida;
Futuro próximo. Desejo;
Ação pontual. Hipótese
Ação habitual (plausível).
Ação atemporal
Presente
axiomático/absoluto8
Possibilidade (verbo
poder)
Presente
modalizado9

Pretérito Perfeito (ação Pretérito (verificar o


(antes da fala) concluída) conector)
Mais que
perfeito (ação
anterior à outra

7
A carga semântica do modo subjuntivo está condicionada ao conector.
8
Presente dos conceitos, das definições. Exemplo: Por um ponto passam infinitas retas.
9
Presente com carga semântica definida pelo verbo. Exemplo: Acho.../Deve...
Preparação Permanente FCC

ação passada).
Imperfeito:
Passado
habitual, ação
inacabada,
tempo vago...
Futuro Futuro do Futuro (verificar o
(posterior à fala) pretérito conector
(possibilidade
no passado,
hipótese,
polidez,
argumento de
autoridade,
distanciamento
enunciativo...)
Futuro do
presente (certeza
no futuro).

OBS: Os tempos mais recalcitrantes em provas são: presente, pretérito do imperfeito e


futuro do pretérito.

A) TEMPOS COMPOSTOS

Estrutura do tempo composto: Ter/Haver + Particípio do verbo principal.

 Q? (Lacuna) Espera-se que eles ____ cumprindo as tarefas delegadas. (haver) R:


Hajam (= tenham). O verbo haver não se encontra no sentido existencial, não sendo,
pois, o verbo principal. Assim, poderá variar.
 Q? (Norma culta) Em uma sociedade em que hajam encontrado um propósito
político, as coisas são mais simples. R: C. Haver como verbo auxiliar, sem sentido
existencial, pode variar, construindo o tempo composto no lugar do verbo ter.
 Q? “Ela tinha estudado (VI) muito (adj. adv. de intensidade)”. Assinale a
alternativa que apresenta uma forma verbal equivalente. R: O verbo in casu não aceita
passiva, logo, todas as opções com a partícula “se” estão incorretas.  Havia/Tinha +
particípio = -ra. A letra C, por sua vez, é incorreta em razão do tempo, sendo, em
verdade, futuro do pretérito. A letra A também está equivocada, pois altera o tempo,
passando a frase para o pretérito perfeito do indicativo. Assim, é correta apenas a letra
B.
a) Ela estudou
b) Ela estudara
c) Ela estudaria
d) Se estudou
Preparação Permanente FCC

e) Havia se estudado

 Q? “Eles haviam encontrado o rapaz”. É possível substituir, sem nenhum


prejuízo para o sentido, o período composto pelo simples - “encontraram”? R: A
desinência de “encontraram” corresponde a dois tempos: a terceira pessoa do plural do
pretérito perfeito do indicativo e a terceira pessoa do plural do pretérito mais que
perfeito do indicativo. Por essa razão, a substituição da forma composta pela simples
gera prejuízo para o sentido, pois torna ambígua a frase. Assim, a substituição, no caso,
é incorreta.

Pretérito mais que perfeito Pretérito mais que perfeito Pretérito perfeito do
do Indicativo – Período do Indicativo – Período indicativo – Período
Simples Composto simples
(eu) Tinha feito (eu) fizera (eu) fiz
(tu) tinhas feito (tu) fizeras (tu) fizeste
(ele/ela) tinha feito (ele/ela) fizera (ele/ela) fez
(nós) tínhamos feito (nós) fizéramos (nós) fizemos
(vós) tínheis feito (vós) fizéreis (vós) fizeste
(eles) tinham feito (eles) fizeram (eles) fizeram

 Q? (Correlação Entre Tempos e Modos): O rapaz tinha feito a tarefa antes de o


chefe chegar. R: Tinha feito = fizera. Dá ideia de ação realizada antes de outra.
 Q? (Correlação Entre Tempos e Modos): O governo terá discutido a pauta na
reunião que acontecerá nas próximas semanas. R: Terá discutido = discutirá.
 Q? (análise de item): “O governo tem investido em diversos setores”. A forma
verbal destaca é típica do pretérito, embora sugira ideia de continuidade. R: C.
Presente + particípio = pretérito perfeito do indicativo composto. A forma é típica do
pretérito, embora sugira a ideia de continuidade.
 Q? (Construções que dão ideia de continuidade) (TRF 1ª Região) “[...] onde
andei anotando minhas reflexões”. É possível trocar a expressão “andei anotando” por
“onde estava a anotar”? R: C. Ambas as expressões transmitem a ideia de continuidade
(ver tabela).

Construções que dão ideia de continuidade Exemplo


Haver/ter + particípio Tem investido
Vir + gerúndio Vem investindo
Estar + preposição (a) + infinitivo Está a investir

B) EQUIVALÊNCIA ENTRE TEMPO COMPOSTO E TEMPO SIMPLES


Preparação Permanente FCC

Para a conversão equivalente entre tempos compostos e simples é necessário seguir a


regra seguinte para facilitar o entendimento:

 Presente  Pretérito Perfeito


 Pretérito Imperfeito  Pretérito mais que perfeito
 Futuro  Futuro

O tempo presente composto converte-se em pretérito perfeito simples, ocorrendo uma


pequena alteração de sentido. Já o pretérito imperfeito composto passa para pretérito
mais que perfeito simples. Por fim, o futuro permanece no futuro, alterando apenas a
forma composta para a simples. OBS: Os modos se mantêm na conversão.

Forma Composta Tempo Composto Exemplo Tempo Simples


Presente do Pretérito Perfeito Tenho estudado. Estudei
indicativo + composto do (continuidade) (passado
Particípio indicativo concluído)
Pretérito Pretérito mais que Tinha estudado Estudara
imperfeito do perfeito composto ATENÇÃO! ATENÇÃO!
indicativo + do indicativo Correlação comum Correlação comum
Particípio em provas. em provas.
Futuro do presente Futuro do presente Terei/haverei Estudarei
do indicativo + composto do estudado
Particípio indicativo
Futuro do pretérito Futuro pretérito Teria/heveria Estudaria
do indicativo + composto do estudado
Particípio indicativo
Presente do Pretérito Perfeito Que eu tenha
subjuntivo + composto do estudado –––
Particípio subjuntivo
Pretérito Pretérito Perfeito Se eu tivesse
imperfeito do composto do estudado –––
subjuntivo + subjuntivo
Particípio
Futuro do Futuro composto Quando eu tiver Que estudar
subjuntivo + do subjuntivo estudado
Particípio

C) CLASSIFICAÇÃO DE VERBOS

TTIPOS DE VERBO CONCEITO


1) Regular Não apresenta alterações nem no radical, nem no
paradigma10

10
Também chamado de desinência de conjugação.
Preparação Permanente FCC

2) Irregular Apresenta pequenas11 alterações no radical e/ou no


paradigma
3) Anômalo Apresenta profundas12 alterações no radical e no
paradigma. A anomalia pode ser observada a partir da
comparação do radical do presente do indicativo com o
presente do subjuntivo.
4) Defectivo1314 É aquele em que faltam formas verbais. Identifica-se pelo
presente do indicativo.
5) Abundante (vide Trata-se de um verbo que apresenta mais de uma forma
tabela abaixo) para um mesmo uso. Existem apenas dois tipos na
abundância: no particípio (mais comum) e no imperativo
(apenas com verbo terminado com “z”).
6) Pronominal No verbo pronominal, a partícula “se” não tem qualquer
função sintática (não é nem OD nem OI). Assim, apresenta
pronome integrante (sem função sintática).
Exemplo: Ela (suj.) se (parte integrante do verbo - PIV) tornou
(VL) uma referência (pred. do suj.).
Exemplo: (Ele) Queixou (VTI) -se (PIV) do ocorrido (OI).
Exemplo: (Ele) Não (adj. adv. de neg.) se (PIV) lembrava
(VTI) de muita coisa (OI).
7) Reflexivo O verbo é reflexivo apresenta pronome com função
sintática obrigatória. A diferença de um verbo pronominal
para um reflexivo é, então, a função sintática
desempenhada pelo pronome.
Exemplo: Ela (suj.) se (OD) considerava (VTD) uma pessoa
justa (predicativo do objeto).
Exemplo: Ela (suj.) se (OD) viu (VTD) no espelho e notou a
mudança.
8) Impessoal Forma oração sem sujeito (OSS). Em geral, fica na terceira
pessoa do singular (verbo “ser” concorda com o numeral,
sendo a exceção).
Verbos impessoais:
 Haver (valor existencial). Exemplo: Havia pessoas
legais no local;
 Haver/fazer (indicando tempo decorrido).
Exemplo: Já faz anos que estou aqui.;
 Fenômenos da natureza,

11
Alterações pequenas são aquelas que impactam os tempos primitivos e, consequentemente,
carregam as alterações para os derivados.
12
Alterações profundas são aquelas que oscilam entre o primitivo e o derivado. O derivado
deve ser igual ao primitivo, contudo, quando não o é, será considerado anômalo, não irregular.
13
Principais verbos defectivos cobrados em prova: precaver, reaver, colorir, adequar-se, falir,
demolir, abolir.
14
Outros exemplos de verbos defectivos: adequar, falir, doer, reaver, abolir, banir, brandir,
carpir, colorir, delir, explodir, ruir, exaurir, demolir, puir, delinqüir, fulgir (resplandecer), feder,
aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer (costumar: ter costume de) etc.
(http://escreverbem.com.br/verbos-defectivos/)
Preparação Permanente FCC

 Verbo ser (indicando data, hora e distância);


 Chega de, basta de, passa de.
9) Unipessoal Trata-se de verbos que, normalmente, são usados na
terceira pessoa com sujeito não-pessoal (aceita sujeito ≠
verbo impessoal). Em geral, então, ficam na terceira pessoa
com sujeito não-pessoal.
Exemplo: Acontecer. É possível a conjugação “eu
aconteço”, mas pouco usual. É mais comum a forma
“acontece”.
10) Pessoal Aceita sujeito pessoal ou não-pessoal, e pode ser conjugado
com todas as pessoas.
Exemplo: Eu falo/Tu falas/Ele fala/Nós falamos/Vós
falais/Eles falam.

(5) VERBOS ABUNDANTES


Particípio Regular Particípio Irregular
Voz ativa (ter/haver) Voz passiva (ser/estar)
Imprimido Impresso
Aceitado Aceito
Entregado Entregue
Expressado Expresso
Acendido Aceso
Prendido Preso
Matado Morto
... ...
OBS: Quando existem duas formas, o uso não é arbitrário. Somente é possível usar na
voz ativa os auxiliares ter/haver a forma mais longa e na voz passiva, com os
auxiliares ser/estar a forma mais curta. Exemplo: Eu tinha imprimido./O trabalho
está impresso.

ATENÇÃO! O verbo “trazer” tem apenas um particípio: “trazido”. O verbo “tragar”,


igualmente, apresenta apenas um particípio: “tragado”. Apor sua vez a forma “trago”
corresponde ao presente do indicativo de ambos os verbos, não ao particípio.

OBS: Locução verbal: dois ou mais verbos que apresentam sentido único. Toda
locução verbal é composta por um verbo auxiliar + verbo principal. O verbo auxiliar é
responsável pela concordância; o verbo principal pela regência e pelo sentido. O verbo
auxiliar, não obstante não ser responsável pelo sentido, pode modalizá-lo (FCC: verbo
auxiliar é um modalizador de sentido). Exemplo: Ela vai tomar remédio./= Ela tomará
remédio.  Ela pode/deve/tem que/de tomar remédio. Os verbos auxiliares, aqui,
modalizam o sentido. Exemplo: (OSS) Há de existir novidades (OD)./Hão de existir
novidades (suj.). ATENÇÃO! Todo tempo composto é uma locução verbal, mas nem
toda locução verbal é um tempo composto. Assim, nem sempre é possível transformar
uma locução verbal em verbo simples, pois o principal pode estar modalizado,
sofrendo alteração em seu sentido.
Preparação Permanente FCC

OBS: Principais verbos auxiliares. Ter/haver; ser/estar; poder/dever;


chegar/ir/voltar; continuar; começar; e costumar. MNEMÔNICO: TSEH PD
CIVCCC.

D) CONCORDÂNCIA VERBAL

CONCEITO: Trata-se da relação existente entre o sujeito e o verbo de uma mesma


oração. Exemplo: Falta (VI) investimento (suj.) no setor./Faltam (VI) investimentos
(suj.) no setor.

Regra Geral: O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

 COMO CAI?
a) Clara, correta, coesa.  Concordância e nomenclatura.
Q? Qual frase encontra-se de acordo com a norma culta?
(i) Novidades precisam haver (OSS - verbo impessoal  contamina o
auxiliar) no Brasil, para que o país saia da crise. Errada.  Correto:
Novidades precisa haver no Brasil, para que o país saia da crise.
(ii) Cada um de nós temos interesses que em algum momento da
vida, por razões diversas, confundem-se. Errada.  A expressão cada
um impõe ao verbo a 3ª pessoa singular, não aceitando concordância
atrativa.  Correto: Cada um de nós tem interesses [...].
(iii) Ficou clara a decisão e os argumentos do juiz (sujeito composto
posposto ao verbo). Correto. É possível a concordância por atração ou
lógica, concordando ou com o termo mais próximo, ou com ambos.
(iv) Não se (PA) espera de uma pessoa como ele atitudes (sujeito) que
sejam adequadas ao convívio humano. Errada.  Correta. Oração na
forma passiva, tendo como sujeito atitudes. O verbo esperar deve, então,
concordar em número, indo para o plural.
(v) Cabem aos homens de cidades grandes (OI) criar ações de defesa
social (sujeito oracional). Errado.  Sujeito oracional exige o verbo na 3ª
pessoa do singular. Correto: Cabe aos homens de cidades grandes criar
ações de defesa social.

b) Lacuna com verbo no infinitivo.


Q? Assinale a alternativa em que a lacuna pode ser preenchida pela
forma plural do verbo.
(i) Não se (IIS) _trata_ (VTI) de assuntos que mereçam atenção.
(tratar)
Preparação Permanente FCC

(ii) As mulheres que _conheceu_ o homem naquele dia não lhe


despertaram interesse. (conhecer)
(iii) As novas tentativas que _pode_ haver (verbo impessoal – contamina
o auxiliar) no setor não têm sentido específico. (poder)
(iv) A nenhum de nós _cabem_ tais obrigações. (cabe).
Resposta: iv.

c) Análise de item.
“O Brasil possui inúmeros recursos naturais que não são explorados ou
que são mal utilizados”.
Q? Caso o sujeito da oração inicial do período assumisse o papel de
adjunto adverbial, a forma “possui”, ficaria no plural se fosse
substituída pela forma existe. R: V.  No Brasil, inúmeros recursos
existem [...].

“A maioria da população tem problemas financeiros”.


Q? A formal verbal “tem” poderia vir também no plural uma vez que
o sujeito está representado por expressão partitiva. R: F. Ambas as
expressões, “maioria” e “população”, exigem o verbo no singular,
impossibilitando, no caso, a forma plural. Diferente seria se se
substituísse “população” por “pessoas”, o que autorizaria a
concordância atrativa e levaria o verbo para o plural.

d) Reescrita da frase/junção de frases.


Q? “Assiste (VTI) -se (IIS), no Brasil, a inúmeros casos de violência”. A
frase pode ser reescrita, sem prejuízo para o sentido e para a correção,
conforma a opção:
(i) Vê (VTD) –se (PA), no Brasil, inúmeros casos (sujeito)[...].
(ii) Presencia (VTD) –se (PA), no Brasil, inúmeros casos [...].
(iii) É visto, no Brasil, inúmeros casos [...].  São vistos, no Brasil,
inúmeros casos [...].
(iv) No Brasil, veem-se (PA) inúmeros casos [...].
(v) No Brasil, presenciavam-se inúmeros casos [...].
R: iv.

e) Sublinhar termo e perguntar referente.


Q? O termo destacado é responsável pela flexão no verbo.
(i) Não se (PA) pode afirmar que (CI) o homem agiu em benefício
próprio (sujeito oracional).  “pode” está concordando com o sujeito
oracional.
(ii) Grande parte das invenções humanas (sujeito oracional) estão a
serviço do homem.  “estão” está concordando com “invenções”.
Preparação Permanente FCC

(iii) A implicação que (OD) havia (VTD) contra ele foi avaliada.  O
verbo “haver” concorda com o pronome relativo “que” e implicação
concorda com o verbo “ir” no pretérito perfeito do indicativo.
(iv) A sua vida eram escolhas.
R: iv.

E) CASOS MAIS COMUNS (FCC)


 Se (IIS/PA)
 Que (com ou sem inversão do sujeito)
 Cada um/nenhum
 Haver (existencial ou não)
 Oração sem sujeito
 Ser (verbo de ligação)
 Expressão partitiva
 Pronome de tratamento

F) CASOS DE CONCORDÂNCIA (3ª Pessoa do Singular sempre)


1) Haver (com valor existencial)  3ª pessoa do singular/Formam oração sem
sujeito/Verbo impessoal.

Exemplo: Mudanças houve naquele lugar.


Exemplo: Espera-se que, no Brasil, hajam/haja pessoas
honestas.
Exemplo: Houveram-na por louca.
Exemplo (FCC): Hão de se dar a conhecer pessoas assim. (=
Pessoas assim devem ser conhecidas).  “Haver” com sentido
de “dever”.

OBS1: Os verbos “existir”, “ocorrer” e “acontecer” são sinônimos do verbo haver,


contudo, são verbos pessoais e variam normalmente, concordando com o sujeito.

OBS2: No caso do terceiro exemplo (“houveram-na”), o verbo “haver” não está com
valor existencial, logo, flexiona-se normalmente. Assim, com outros sentidos, o verbo
“haver” flexiona-se normalmente.

OBS3: O verbo “ter” não pode ser usado com valor existencial (ocorrer, existir,
acontecer). Exemplo: No governo, tem/houve/existiu quem questionasse o programa.

2) Fazer e haver (indicando tempo decorrido)  3ª pessoa do singular/formam


Oração sem sujeito/verbos impessoais.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: Fazem dois anos que estou aqui.


Exemplo: Haviam semanas que não se falavam.
Exemplo: Ana e João fazem dez anos de casado.  Sentido não
existencial.
Exemplo: Faz dez anos que Ana e João se casaram.

3) Fenômenos naturais  Oração sem sujeito/3ª pessoa do singular/Verbo


impessoal

Exemplo: Ventava/Ventavam folhas (sujeito) para todos os


lados.  Sentido figurado: as folhas movimentavam-se com o
vento.
Exemplo: Choveu/Choveram pedras de granizo (sujeito)
naquele lugar.  Sentido figurado.
Exemplo: Choveu em várias cidades do Brasil.

OBS: Em sentido figurado, o verbo flexionar-se-á normalmente, concordando com o


sujeito.

4) Auxiliares de verbos impessoais (casos 1, 2 e 3).


A impessoalidade é transmitida ao verbo auxiliar. Assim, quando isso ocorrer, ter-se-á
3ª pessoa do singular e oração sem sujeito.

Exemplo: Novidades começaram/começou a haver naquele


local.
Exemplo: Deve/Devem haver pessoas especiais aqui.
Exemplo: Há de haver soluções (OD) para o caso./Hão de
existir soluções (sujeito).

5) Sujeito oracional  Verbo da oração principal fica sempre na 3ª pessoa do


singular.

Exemplo: Procuram (VTD) -se (PA) resolver conflitos que


possam causar problemas aos envolvidos (sujeito oracional). 
Quando o sujeito é oracional, o verbo fica na 3ª pessoa do
singular. Assim, é correto: Procura-se [...].
Exemplo: Não cabem (VTI – 3ª pessoa do singular) aos cidadãos
resolver problemas de ordem macroeconômica (sujeito
oracional).
Exemplo: É (verbo de ligação) importante (predicativo do sujeito)
que se diga a verdade (sujeito oracional).
Preparação Permanente FCC

Exemplo: É importante os filhos serem (VL) independentes


(sujeito oracional).  Período composto (sempre).

6) Cada um(a) de/dos/das

Exemplo: Cada uma das meninas disseram/disse uma coisa.


Exemplo: Cada um de nós fazem/faz suas escolhas.

7) Nenhum(a) de/dos/das funcionando como sujeito  3ª pessoa do singular

Exemplo: A nenhum de nós (OI) competem (VTI) tais


atividades (sujeito).  Correto.

8) Aposto resumitivo  verbo na 3ª pessoa do singular.


Aposto resumitivo é composto de uma enumeração + pronome no singular.

Exemplo: Ana, Marcos, Marcela, ninguém poderia ajuda-la.


Exemplo: Amor, dinheiro, amizade, nada lhe agradava.

 Q? FCC (CNMP): Se o termo resumitivo fosse suprimido da estrutura


oracional, seriam necessários dois ajustes para que a frase ficasse correta: um de
concordância e outro de pontuação. R: C. A frase permaneceria correta, mas com
alteração de sentido: “Amor, dinheiro amizade , nada lhe agradavam”.

9) Partícula “se” – Índice de indeterminação do sujeito  3ª pessoa do singular.


Para ser IIS, é necessário que o verbo seja transitivo indireto (VTI), intransitivo
(VI) ou de ligação (VL).
Será caso de sujeito indeterminado, não de OSS.

Exemplo: Não se (IIS) obedece (VTI) a leis desonestas (OI).

10) Partícula “se” – Partícula apassivadora  O verbo concordará com o sujeito.


Para ser partícula apassivadora, o verbo deve ser verbo transitivo direto (VTD)
ou verbo transitivo direto e indireto (VTDI).
Não haverá OD, pois ele vira sujeito paciente.

Exemplo: Não (adj. adv. de negação) se (PA) questiona (VTD) leis


desonestas (sujeito paciente).

PENSANDO... (partícula “se” – partícula apassivadora)


 Ainda se (PA) discutem (VTD – deve concordar com o sujeito “série”, logo,
deve ficar no singular) no Brasil uma série de ações políticas (sujeito paciente). E.
Preparação Permanente FCC

 No Brasil, avaliam (VTD – deve concordar com o sujeito “as ações”, logo,
ficará no plural) -se (PA) a partir de um fato as ações do governo (sujeito paciente).
E.
 Diante de políticas públicas, não se (PA) pode questionar (VTD - deve
concordar com o sujeito “ações”, logo, ficará no plural) ações do governo (sujeito
paciente). A frase pode ser considerada correta, caso entenda se tratar de um
sujeito oracional; será, entretanto, errada, se se considerar como sujeito nominal
(não representado por verbo – ver regra 11).
 Não se (IIS) tratam (VTI) de esclarecimentos que demandam algum tipo
de ação. E.  Sendo o “se” IIS, o verbo sempre estará na 3ª pessoa do singular:
“não se trata [...]”.
 Ainda se (PA) costumam (VTD – deve concordar com os efeitos, logo, plural)
avaliar os efeitos de certas palavras (sujeito paciente) na vida das pessoas. E.

11) Verbos “poder” ou “dever” seguidos de PA e infinitivos.  Poder e dever


podem ser verbos (i) auxiliares ou (ii) principais. Sendo verbo auxiliar, o sujeito será
nominal, e, por isso, haverá concordância/flexão do verbo; por outro lado, sendo
verbos principais, o sujeito será oracional, ficando sempre na 3ª pessoa do singular.

Exemplo (como verbo auxiliar): Podem (verbo auxiliar) -se (PA)


resolver (verbo principal – VTD) situações desse tipo (sujeito
paciente).  Deve concordar com o sujeito
Exemplo (como verbo principal): Pode (verbo principal - VTD) -
se (PA) resolver situações desse tipo (sujeito paciente oracional).
 Deve permanecer na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Não se (PA) devem discutir (VTD) temas polêmicos
(sujeito paciente).
Exemplo: Não se deve (verbo auxiliar) discutir (VTD) temas
polêmicos (sujeito paciente oracional).

OBS: Ambas as construções são consideradas corretas pela norma culta, mas
considera-se a primeira (como verbos auxiliares) como mais correta.

12) Concordância com pronome – “que” (pronome relativo na função de sujeito) 


O verbo concordará com o antecedente.

Exemplo (que se inversão15): Os livros [que (função de sujeito)


foram (concorda com o antecedente “os livros” - plural) adotados]
eram bons.

15
O sujeito encontra-se antes do “que”, logo, o verbo concorda com o antecedente.
Preparação Permanente FCC

Exemplo (que com inversão16): Os livros [que (função de OD)


escreveu o rapaz (sujeito que escreveu os livros)] tinham boa
aceitação.

13) Concordância com pronome – “quem” (pronome relativo na função de sujeito)


 O verbo concordará com o antecedente ou com o próprio “quem” na 3ª do singular.

Exemplo: Fomos nós quem resolveu/resolvemos o caso.


Exemplo: Fui eu quem discutiu/discuti o caso.

14) Concordância com pronome – pronome de tratamento (sujeito).  Concordam


sempre na 3ª pessoa, tanto do singular quanto do plural.

Exemplo: Vossa Excelência está/estás/estais ciente de


suas/tuas/vossas obrigações.
Exemplo: Esperava que vossa Senhoria se/vos dignasse a
resolver o caso.
Exemplo: Preciso dizer a você que o/a/te amo.  Você é
pronome de tratamento, o que exige pronome oblíquo na
terceira pessoa.

OBS: Os pronomes de tratamento não admitem, para efeito de terminação do verbo, -


is, -s, -ste, -stes, -des; pois tratam-se de terminações de segunda pessoa. Para efeito de
terminação de pronome, não admitem te, ti, teu, tuas, vos, vós, vosso(a),

15) Concordância com o numeral – ser (hora, data, distância)  verbo impessoal,
forma OSS.

Exemplo: São duas horas.


Exemplo: Agora é meio dia e meia.
Exemplo: Hoje são 20 de novembro./≠ Hoje é dia 20 de
novembro.  Se a palavra dia estiver escrita, então a
concordância se dará entre ela e o numeral. Caso contrário, dar-
se-á apenas com o numeral.
Exemplo: São dois quilômetros até minha casa.

16) Concordância com o numeral – bater, soar, tocar, dar, faltar, restar... + sujeito
numérico.  Concorda com o numeral.

Exemplo: Bateram duas horas no relógio da matriz.

16
O sujeito não se encontra antes do “que”. Assim, o verbo não está ligado ao antecedente.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: O relógio da matriz bateu às duas horas. (sujeito não


numérico, logo não há concordância com o numeral).
Exemplo: Estão faltando cinco reais.

17) Concordância com o numeral – Expressões de quantidade aproximada sem


determinante (cerca de, perto de, menos de, mais de...).  Deve concordar com o
numeral.
Exemplo: Menos de dois alunos foram ao funeral.  Concorda
com o numeral dois.
Exemplo: Cerca de um milhão foi gasto.
Exemplo: Cerca de um milhão de pessoas esteve/estiveram no
local.  Oração com determinante (sublinhado), logo, a
concordância é facultativa.

OBS: Se houver determinante, a concordância será facultativa.

18) Concordância com o numeral - Mais de um(a)  Em geral será singular.


Entretanto, o plural será obrigatório em duas situações: (i) se houver ideia de
reciprocidade; ou (ii) se a expressão estiver duplicada.

Exemplo: Mais de um homem esteve no local.


Exemplo (Expressão duplicada): Mais de um homem, mais de
uma mulher estiveram no local.
Exemplo (Ideia de reciprocidade): Mais de um aluno se
cumprimentaram no dia da prova.

19) Dupla concordância – expressão partitiva (a maioria, a minoria, a grande


parte...) + determinante plural  Concordância lógica ou atrativa.

Exemplo: Grande parte dos alunos estuda/estudam pouco.


Exemplo: A maioria do eleitorado vota mal.  Apenas
singular, pois ambas as expressões (“a maioria” e “do
eleitorado”) estão no singular.

20) Dupla concordância – numeral + determinante  Concordância lógica ou


atrativa.

Exemplo: 15% dos produtos apresentam defeito.  Ambos os


termos (Lógico e atrativo) estão no plural.
Exemplo: 15% da produção apresentam/apresenta defeito.
Preparação Permanente FCC

OBS: Se não houver determinante (exemplo: este, esse, os, as...) , a concordância se
dará com o numeral.

OBS: Se o numeral sem determinante, o verbo irá concordar com o próprio numeral.

21) Dupla concordância – sujeito composto posposto ao verbo  Concordância


lógica ou atrativa.

Exemplo: Existe/Existem alternativa e solução para tudo.


22) Pronome interrogativo ou indefinido no plural + nós/vós  Concordância
lógica ou atrativa.

Exemplo: Qual de nós sabe/sabemos o que aconteceu. 


Sequer está na regra. Logo, deve ficar no singular.
Exemplo: Quais de nós sabem/sabemos o que aconteceu. 
Regra da concordância lógica ou atrativa.

23) Um(a) dos/das (...) que

Exemplo: Ele foi um dos que ajudou/ajudaram nas tarefas.


Exemplo: A mulher foi uma das pessoas que
participou/participaram.

24) Verbo ser (de ligação)  Concorda ora com o sujeito, ora com o predicativo do
sujeito. ATENÇÃO! Há a seguinte ordem de preferência: pronome reto prevalece >
pessoa > plural > outro caso. Assim, a concordância é dupla, mas segue-se a
preferência.

Exemplo: A vida (substantivo) é/são escolhas (substantivo no


plural).  Atrativamente, “são escolhas” é melhor pela questão
da preferência.
Exemplo: Ela (pronome reto) é/são meus sonhos.  Sendo
“meus sonhos” plural, pela ordem de preferência, seria melhor
a concordância “ela é”.

OBS: Para efeitos da FCC, a ordem de preferência é indiferente.

25) Sujeitos unidos por ou  Se a ideia for de (i) inclusão, concorda-se com o
plural; caso seja de (ii) exclusão, concorda-se com o singular.

Exemplo: A ciência ou a biologia predomina/predominam na


formação do indivíduo. (ideia de exclusão)
Preparação Permanente FCC

Exemplo: A ciência e a biologia influenciam na formação do


indivíduo. (ideia de inclusão)
Exemplo: Cigarro ou álcool fazem mal à saúde. (ideia de inclusão
- um ou outro).
Exemplo: Atlético ou Grêmio será campeão brasileiro. (ideia de
exclusão).

26) Sujeitos unidos por “com”  Em regra, usa-se o plural. Admite-se o singular
para dar-se ênfase ao primeiro elemento (se for singular).

Exemplo: A professora com os alunos (sujeito composto) votaram


sobre a greve.
Exemplo: A professora com os alunos (adj. adv. de cia – pode vir
entre vírgulas) votou sobre a greve.
Exemplo17: Os deputados com os assessores (sujeito composto)
votaram o caso./Os deputados (sujeito simples), com os
assessores (adj. adv. de cia), votaram o caso.
Exemplo18: A família com os agregados viajaram./A família
com os agregados viajou.

27) Nomes próprios plurais  O determinante ditará a regra. Quando houver


determinante, o plural será obrigatório; quando inexistir determinante, usar-se-á
singular.

Exemplo: Os (determinante) EUA assinaram o acordo./EUA


assinou o acordo.
Exemplo: As Minas Gerais são um estado promissor./Minas
Gerais é um estado promissor.

OBS: Os nomes próprios plurais apenas admitem determinantes plurais.

28) Verbo parecer


(a) Parecer flexionado + infinitivo sem flexão.

Exemplo: Eles pareciam compreender (locução verbal  período


simples) o caso.

17 ATENÇÃO! A colocação de vírgulas altera o sentido da oração, pois é impossível identificar


o sujeito pela flexão do verbo, uma vez que, em todo o caso, esse estará no plural.
18
ATENÇÃO! Nesse caso, as vírgulas são facultativas, pois sua supressão não promove
qualquer alteração de sentido, uma vez que a flexão do verbo (singular) indica qual o termo
referente (sujeito simples).
Preparação Permanente FCC

Exemplo: Pareciam saber (locução verbal) a verdade.

(b) Parecer sem flexão + infinitivo flexionado

Exemplo: Eles parecia compreenderem (período composto 


oração reduzida) o caso. = Parecia que eles compreendiam o caso
(oração subordinada substantiva subjetiva).
Exemplo: Parecia saberem a verdade. = Parecia que eles sabiam
a verdade (sujeito oracional  oração subordinada substantiva
subjetiva).

29) Verbo “ser” + adjetivo de uso corrente  É (será/foi) proibido/É permitido/É


necessário. Com determinante, a locução varia, flexionando normalmente; sem
determinante, permanece no masculino singular. OBS: O verbo ser pode variar no
tempo e modo.

Exemplo: A água é boa./Água é bom.


Exemplo: É proibida a entrada de estranhos./É proibido
entrada de estranhos.

30) Locuções um(a) e outro(a); nem um(a), nem outro(a).  A primeira locução
(um e outro) fica preferencialmente no plural; a segunda (nem um, nem outro), no
singular.

Exemplo: Um e outro estiveram aqui.


Exemplo: Nem um nem outro esteve aqui.
Exemplo: Um e outro aluno estiveram aqui.
Exemplo: Um e outro rapaz atentos fizeram o trabalho.
Exemplo: Concordaram que um e outro servidores poderiam,
de fato, não fazer o tempo de serviço determinado [...]. E. O
substantivo deveria vir no singular.

OBS: Se a locução “um e outro” vier seguida de um substantivo, o verbo deverá ser
obrigatoriamente plural e o nome singular. Já, se esse vier também acompanhado de
um adjetivo, ele deverá ir para o plural.

4. CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS E MODOS VERBAIS

CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS E MODOS VERBAIS


TEMPO E MODO TEMPO E MODO EXEMPLO
(PRIMÁRIO) (CORRELATO)
Preparação Permanente FCC

Presente do Indicativo Presente do indicativo. Quando vou à sua casa,


sou bem recebido.
Pretérito Perfeito do Pretérito Perfeito do Quando fui à sua casa,
Indicativo Indicativo fui bem recebido.
Pretérito imperfeito do Pretérito Imperfeito do Quando ia à sua casa,
Indicativo Indicativo. era bem recebido.
Presente do Subjuntivo Futuro do Presente do Caso haja aula, eu irei.
Indicativo.
Pretérito Imperfeito do Futuro do Pretérito do Se houvesse aula, eu
Subjuntivo Indicativo. iria.

Se eu fosse à sua casa,


seria bem recebido.
Futuro do Subjuntivo Futuro do Presente do Se eu for à sua casa,
Indicativo. serei bem recebido.
Se houver aula, eu irei.

ESQUEMA DE TEMPOS E MODOS


TEMPOS E MODOS DESINÊNCIAS
Presente do Indicativo -o/-s/-vt/-mos/-is/-ão/-m
Pretérito Perfeito do Indicativo -v/-ste/-l/-mos/-stes/-ram
Pretérito mais que perfeito do Indicativo -va/-ia/-nha; era
Pretérito imperfeito do Indicativo -ra; vós (re)
Futuro do presente do indicativo -rei/-rás/-rá/-remos/-reis/-rão
Futuro do pretérito do indicativo -ria
Presente do Subjuntivo Vogal contrária com o conector
 ar  E
 -or/-er/-ir  A
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo -sse
Futuro do Subjuntivo -R com conector

IMPERATIVO
IMPERATIVO AFIRMATIVO IMPERATIVO NEGATIVO
Vem do presente do subjuntivo, salvo o Vem do presente do subjuntivo (sem
tu e vós, que vêm do presente do exceção).
indicativo sem –s.
Não espere que o mundo resolva seus Não espere que o mundo resolva seus
problemas.  Na forma afirmativa: problemas.  Na forma afirmativa:

“Espere (3ª PS) que o mundo resolva seus “Não esperes (2ª PS) que o mundo resolva
problemas”. teus problemas”.

Planta os frutos que colheu.


Plantara os frutos que colheu.
Ela chegou/chegara antes de o trem partir.
Descobriu que o amor acabara/acabou.
Preparação Permanente FCC

Prefere clientes que hajam/tenham estudado. (ter/haver + particípio  verbo auxiliar


+ principal).
Ela é/está feliz, porque teve/tem/será/era uma infância alegre. (O presente do
indicativo pode combinar tanto com o presente, com o passado como o futuro).
Ela seria (fut. do pret. do indicativo) feliz se tivesse (fut. imp. do subj.) oportunidade.
Se (conj. integrante) ela teria ou não filhos, ninguém sabia/soube/saberia (modo
indicativo  consequência da conjunção “se”) dizer.
Não poderia afirmar que isso, de fato, daria /dava/deu certo.
Se isso desse certo, eu poderia afirmar que o projeto seria/será concluído. ATENÇÃO!
Por uma questão de paralelismo, é mais recomendável optar pelo futuro do pretérito
do indicativo (poderia  seria).

FATORES DE RISCO:

a) Tempo composto
Presente  Pretérito Perfeito
Pretérito Imperfeito  Pretérito mais que perfeito.
Futuro  Futuro.

Exemplo1: Ela havia resolvido (E) a questão depois que o problema foi
discutido pelos presentes./ Ela resolveu a questão depois que o problema havia
sido discutido pelos presentes.

 Q? Eles haviam discutido o contrato antes de assiná-lo. A locução “haviam


discutido” pode ser substituída, sem prejuízo, por “discutiram”? R: Não, pois ocorre
prejuízo na clareza do texto, pois torna ambíguo o verbo, ao passo que não é mais
possível identificar se se trata da forma pretérita perfeita ou da mais que perfeita.

OBS: Recomenda-se, a fim de evitar ambiguidade, usar nos verbos do pretérito mais
que perfeito a forma composta.

Exemplo2: Espera-se que se haja (ter/haver + particípio) discutido a questão


política de muitos cidadãos.

b) Se (futuro do subjuntivo/pretérito imperfeito do subjuntivo)/Caso (presente


do subjuntivo/pretérito imperfeito do subjuntivo) ATENÇÃO! “Caso” não admite o
futuro do subjuntivo.

 Q? Se não houvesse lei, o mundo seria mais desigual”. Seria possível,


mantendo-se o sentido e a correção gramatical, a substituição do conector se por caso
(caso não houvesse lei, o mundo seria mais desigual)? R: Sim, é possível a substituição.
Preparação Permanente FCC

 Q? Se não houver lei, o mundo será mais desigual. É possível, mantendo-se o


sentido e a correção gramatical, a substituição do conector se por caso? R: Não. O
correto seria a seguinte alteração: Caso não haja lei, o mundo será mais desigual.

c) Uso do pretérito mais que perfeito.

Exemplo1: A pessoa estivera/esteve no local depois que eu saí. (A ação de estar


no local é, na realidade, posterior à saída).
Exemplo2: A pessoa estivera no local antes de eu sair. (A ação de estar no local
é anterior à saída).

d) Decorar combinações. A avaliação do contexto oracional é mais segura!

MODO INDICATIVO MODO SUBJUNTIVO


Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Pretérito imperfeito do indicativo Futuro do subjuntivo
Pretérito mais que perfeito do indicativo
Futuro do presente
Futuro do pretérito
Vermelho combina com vermelho/Azul combina com azul.

OBS: Todos os pretéritos combinam entre si.


OBS: Dentro do modo indicativo, todos os tempos do indicativo combinam entre si.
OBS: O futuro do presente pode combinar tanto com o presente do subjuntivo quanto
com o futuro do subjuntivo.
OBS: O pretérito perfeito do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo, pretérito
mais que perfeito do indicativo e o futuro do pretérito sempre combinará com o
pretérito imperfeito do subjuntivo.
OBS: Todos os tempos combinam com seus respectivos, mesmo que de modos
diferentes. Em uma relação de coordenação, então, os tempos e os modos devem ficar
iguais.

Exemplo: Esperava (PII) que ele dissesse a verdade e que se


arrependesse.
Exemplo: A mulher sabia que ele tinha praticado o crime e que
o tinha escondido (escondeu) por motivos óbvios.
Exemplo: A mulher sabia que ele chegara e arrumara
(arrumou) o quarto.
Exemplo: Ainda que ele tenha (PS) tentado (PS + particípio =
pretérito perfeito) resolver o caso, eu não o perdoaria (FPI).
Preparação Permanente FCC

 Q? Correta do ponto de vista correlação entre tempos e modos verbais.


Grifar: verbos  ter/haver + particípio  que/se/caso

a) É preciso que um governante haja (tenha) investido em educação para


que se obtenha um resultado adequado em um setor que é primordial ao país.
b) O governo esperava que houvesse uma medida para conter gastos que
poderão (poderão) vir a trazer problemas para o país ainda que se tomem
(tomassem) medidas preventivas.

 Q? “Se o governo tivesse investido no setor e avaliado os riscos dos projetos


propostos, estaria mais seguro para tomar decisões (oração reduzida)”. Afirma-se com
correção:
a) Antes da forma verbal “avaliado” subentende-se a forma “tivesse” em
função do articulador “e”. C.
b) Não seria possível, sem alteração de sentido, inserir a forma “que
foram” antes de “propostos”. E.
c) A supressão da vírgula não implicaria erro gramatical. E.
d) É viável substituir a expressão “para tomar decisões” por “para que se
tome decisões”. E.

OBS: Para se desenvolver uma oração reduzida, recomenda-se passar para a passiva
para visualizar com mais facilidade.

OBS: Locução verbal X Carga semântica. Tempos compostos  ter/haver + particípio.

Exemplo: Ela tinha resolvido/resolvera o caso.


Exemplo: Tenho estudado (pretérito perfeito composto do
indicativo) muito. X estudei (pretérito perfeito simples do
indicativo - ação concluído no passado).

Locuções de passiva: ser/estar + particípio. Voz passiva analítica = voz passiva


sintética.

Exemplo: Foi avaliada a decisão do rapaz./Avaliou-se a decisão


do rapaz.

Locuções modalizadas: o auxiliar imprime variações de sentido ao verbo principal.


Assim, mudando-se ou suprimindo-se o auxiliar, alterar-se-á o sentido da oração.

Exemplo: Começou a estudar português. (início)/Pode estudar.


(possibilidade)/Deve estudar. (recomendação)/Tem que
Preparação Permanente FCC

estudar (obrigatoriedade)/O que fará é estudar português


(exclusão)/Vai estudar português. (ação certa no futuro).

OBS: Formas de coesão: trata-se da coesão feita por termos remissivos.


a) Lexical: pode ser feita por:
(i) Sinônimo;
(ii) Hipônimo: parte-se de um termo mais geral, indo para outro
mais específico. G  E.
(iii) Hiperônimo: Parte-se de um termo mais específico, indo para
outro mais geral. E  G;
(iv) Perífrase.

Exemplo (sinônimo): O medo paralisa as pessoas. Nosso pavor


tem origens variadas. (coesão lexical por sinônimo –
medo/pavor).
Exemplo (sinônimo): Amo fulano. Apaixonei-me por ele na
adolescência. (coesão lexical por sinônimo).
Exemplo (hipônimo): Nosso país precisa de apoio. O Brasil
pode melhorar. (coesão lexical por hipônimo)
Exemplo (hiperônimo): Adorava escutar os passarinhos. Os
bem-te-vis eram lindos. (coesão lexical por hiperônimo).
Exemplo (perífrase) Fazia fofocas sobre o rapaz. As coisas que
ela dizia não tinham fundamento.

b) Referencial: trata-se da coesão que se dá por pronomes ou advérbios.


Pode ser feita por:
(i) Anafórico: ocorre quando a referência encontra-se anterior ao
termo;
(ii) Catafórica: ocorre quando a referência encontra-se posterior ao
termo ou fora do texto.

Exemplo: Portugal pode não ser melhor que aqui. Lá as pessoas


são tristes.

c) Sequencial: trata-se da coesão feita por conectores (conjunções


coordenadas ou subordinadas). Pode ser feita por antecipação, que se dá
quando se organiza a frase antecipando o termo da coesão:

Exemplo: Quando isso aconteceu, eu não morava no Brasil.


Exemplo: Para resolverem a questão, os rapazes fizeram [...].

5. FLEXÃO DE INFINITIVO
Preparação Permanente FCC

PENSANDO...
1) Por trabalharem em excesso, alguns brasileiros (sujeito) desenvolvem sintomas
de pânico.  E. Sempre que o infinitivo vier antes do sujeito, sua flexão é obrigatória.

2) Para resolver o caso, os funcionários solicitaram ajuda de outros setores. C.


 Construção de voz passiva. Quando a estrutura do infinitivo puder ser
substituída por passiva, não ocorrerá flexão do infinitivo.

3) Isso leva cidadãos honestos a criarem/a criar expectativas sobre o fato.  C.


Quando for período composto e o infinitivo estiver precedido de preposição, a flexão
será facultativa.

4) (CNMP) As pessoas têm que, em algum momento, reconhecerem suas


limitações.  F. Em uma locução verbal, apenas ocorre flexão do verbo auxiliar,
mantendo-se inalterado o infinitivo.

Lista de (principais) verbos auxiliares: Ter, haver, ser, estar, continuar... ATENÇÃO!
Os verbos poder e dever são, por vezes, considerados também como verbos principais
por alguns autores; para outros, ambos podem ser tanto principais como auxiliares.
MNEMÔNICO. THSE PD CIV CCC – Ter, haver, ser, estar, poder, dever, chegar, ir,
voltar, começar, continuar, costumar.

5) (CNMP) Deixou os meninos avaliar/avaliarem o caso.  Ambos corretos.


Verbo “deixar” seguido de infinitivo. Caso DEFAMA VOS [deixar, fazer,
mandar, ver, ouvir, sentir] com sujeito nominal seguido de infinitivo, flexão do
infinitivo será facultativa.

ATENÇÃO! Deve-se analisar como o sujeito está representado. O sujeito pode estar
representado por nome (substantivo) ou por pronome. Quando se encontra
representado por sujeito pronominal, a flexão do substantivo é proibida; quando a
representação se dá com sujeito nominal a flexão será facultativa.

6) Naquele dia, mandei-os (sujeito oculto) discutirem a situação.  E.


Quando, no caso DEFAMA VOS, o sujeito vier representado por um pronome,
a flexão do infinitivo será proibida.

7) Cabe aos brasileiros discutirem as ações do governo. E.


 Trata-se de período composto em que o infinitivo não está precedido por
preposição, logo, não deve ser flexionado.
Preparação Permanente FCC

 Flexão obrigatória: ocorre nos casos em que o infinitivo vier antecipado ao seu
sujeito plural. Exemplo: Por amarem mais, as mulheres sofrem mais.  Nesse caso, o
referente é “as mulheres”, logo, a flexão é obrigatória.

ATENÇÃO! Se o infinitivo aceitar passiva, não será esse caso.

 Flexão proibida:
(i) Em locuções verbais – THSE PD CIV CCC (ter, haver, ser, estar, poder,
dever, chegar (a), ir, voltar (a), começar (a), continuar (a), costumar).

Exemplo: As pessoas começam (verbo auxiliar), em algum


momento, a avaliar (verbo principal  locução verbal) suas
escolhas.

ATENÇÃO! Há infinitivo precedido de preposição, o qual não será caso de período


composto. Isso ocorre porque certos verbos auxiliares exigem preposição.

(ii) Em caso DEFAMA-VOS com sujeito pronominal. São os verbos: deixar,


fazer, mandar, ver, ouvir, sentir (e sinônimos, como enxergar, escutar...) +
infinitivo (pode ocorrer com as outras formas nominais – particípio e gerúndio,
mas o com o infinitivo é mais comum em provas).

Exemplo: Deixei-o discutir o caso.


Q? Mandou-os questionar a decisão./Mandou-os questionarem
a decisão. R: A primeira está correta, pois a flexão do infinitivo
é proibida.
Q? Deixou-nos sermos avaliados pelo rapaz. R: Errado, pois
não pode ocorrer a flexão do infinitivo. Correto: Deixou-nos ser
avaliados pelo rapaz.
Q? Não os vi entrar na sala./ Não os vi entrarem na sala. R:
Ambos os casos são corretos, pois o pronome oblíquo os é
sujeito do verbo entrar.

ATENÇÃO! Caso DEFAMA-VOS sempre forma período composto (oração


subordinada substantiva objetiva direta ou oração reduzida), tendo um pronome ou
um nome sempre como sujeito do infinitivo.

(iii) Em períodos compostos sem referência explícita ao sujeito – uso de


infinitivo impessoal. ATENÇÃO! A flexão será obrigatória quando o sujeito for
explícito.

Exemplo: Procura-se resolver conflitos.


Preparação Permanente FCC

Exemplo: Cabe aos cidadãos acompanhar o governo (sujeito).


Q? A maneira de eles (sujeito) conduzirem o caso é interessante.
R: Nesse caso, a flexão do infinitivo é obrigatória, pois o sujeito
se encontra explícito na oração.

ATENÇÃO! Na norma culta, não se admite a fusão da preposição “de” com artigos ou
pronomes antes de verbos no infinitivo. Exemplo: Apesar de os representantes
votarem também, (...). C./ Apesar dos representantes votarem também, (...). F.

Q? A forma dele conduzir o caso me agradou. F. Sendo vedada


a fusão da preposição “de”, a frase se encontra errada.
Q? Além do de o governo, na atual situação do país, não ter
noção de suas propostas, ainda ignora o fato da de a maioria da
população ser pobre. F.

 Flexão facultativa:
(i) Caso DEFAMA-VOS com sujeito nominal plural.
Exemplo: Deixou os rapazes conhecer/conhecerem o local.

(ii) Em períodos compostos, sempre que o infinitivo estiver precedido de


preposição (com referente plural).

Exemplo: A vontade dos homens de vencer./A vontade dos


homens de vencerem.
Exemplo: O amor leva os indivíduos a cometer/cometerem atos
de loucura.

OBS: Ordem de prevalência: 1ª pessoa > 2ª pessoa/3ª pessoa (em Portugal a


prevalência se dá também entre a 2ª e a 3ª pessoa). Não há, então, uma prevalência
entre a segunda e terceira pessoa. Assim, a primeira pessoa prevalece sobre a
primeira e sobre a terceira. Entre a segunda e a terceira, não há prevalência, mas a
segunda tem preferência sobre a terceira, embora a terceira seja mais usual.

Exemplo: Eu, José e tu vamos (1ª pessoa do plural) ao local.


Exemplo: José e tu vão/ides ao local.

6. CONCORDÂNCIA NOMINAL
Preparação Permanente FCC

 Q? Se o trecho “Grande parte dos cidadãos resolver por si só seus problemas


[...]” realizasse concordância com “cidadãos” apenas o verbo seria modificado. R: E.
Grande parte dos cidadãos resolvem por si sós. ATENÇÃO! Caso se substitua o “só”
por mesmo: “Grande parte dos cidadãos resolvem por si mesmos”. ATENÇÃO!
Grande parte dos cidadãos está preocupada./Grande parte dos cidadãos estão
preocupados.

PENSANDO...
1) Os governantes são tais quais o povo que eles governam. E.  Os governantes
são tais qual o povo que eles governam. REGRA: O “tal” sempre concorda com o
antecedente, enquanto o “qual” concorda com o consequente.
2) Ficou (verbo de ligação) clara (predicativo do sujeito) a decisão e o argumento do
juiz (sujeito composto posposto ao verbo). C.  Ou também estaria correto: “Ficaram claros
[...]”.
3) Eram cidadãos o mais conscientes possíveis. E.  REGRA: O adjetivo
“possível” concorda com o artigo que o precede. Assim: Eram cidadãos o mais
consciente possível.
4) Dado os problemas ocorridos no setor, pediram ajuda a pessoas da área. E. 
REGRA: O particípio concorda com o termo a que ele se refere, logo: “Dados os
problemas ocorridos no setor, pediram ajuda a pessoas da área”.
5) Havia bastante argumentos para convencê-lo do contrário. E.  Bastante:
pronome indefinido. Assim: Havia bastantes argumentos para convencê-lo do
contrário.

 CASOS QUE DEMANDAM ATENÇÃO.


A situação da mulher é ainda hoje precária, embora elas tenham conquistado alguns
direitos antes restritos ao sexo oposto. Errado. O termo referente é circular.
É possível corrigir mantendo “da mulher” e passando o pronome “elas” para o
singular: “A situação da mulher é ainda hoje precária, embora ela tenha conquistado
[...]”. Contudo, por regras de coerência, é mais recomendável optar pelo plural em
ambos os casos: “A situação das mulheres é ainda hoje precária, embora elas tenham
conquistado alguns direitos antes [...]”.

As mulheres conquistaram vários direitos na última década, (a) o que as tornou (C)/(b)
o que a tornou (E)/(c) o que as tornaram mais próximas da realidade masculina (E). 
(a) supressão do “o” direitos às tornaram mais próximas.

Uso de expressões: Os rapazes foram aprovados no concurso, haja visto o esforço que
fizeram. (E).  A expressão correta é “Haja vista”, o que torna a frase equivocada.
Preparação Permanente FCC

Outras expressões: em anexo (ATENÇÃO! A palavra “anexo” varia!) , haja vista, em


que pese, em aberta, a sós, a olhos nus, a olhos vistos.

CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL (15 CASOS):


1) Dois ou mais substantivos qualificados por um único adjetivo em função de
adjunto adnominal.
O Adjetivo, na função de adjunto adnominal, pode estar anteposto, caso em que a
concordância deverá se dar com o termo mais próximo; ou posposto, hipótese que
poderá ocorrer concordância entre o termo mais próximo ou com o conjunto.

Exemplo: Escolheu hora e local ruim (concorda com local)/ruins


(concorda com o conjunto “hora e local” ou com o mais próximo) para
o teste .

Exemplo: Comprou nova casa e carro. Comprou casa e carro.

2) Dois ou mais substantivos qualificados por um único adjetivo em função


predicativa. Adjetivo (predicativo): anteposto  concorda com o mais próximo ou com
o conjunto; posposto  só com o conjunto.

Exemplo: Ficou satisfeita (adjetivo preposto) mãe e filha /Mãe e


filha ficaram satisfeitas (adjetiva posposto ao verbo).

3) Dois ou mais adjetivos qualificando um único substantivo: Artigo plural +


substantivo plural + adjetivos no singular./ Artigo antes de todos os termos,
subentendendo o substantivo. ATENÇÃO! Essa regra somente se aplica a adjetivos de
natureza excludente.

Exemplo: As (artigo plural) polícias civil e militar trabalham


juntas.
A polícia civil e a militar trabalham juntas. 
As polícias e militares trabalham [...].
As polícias civil e as militares trabalham [...].

Exemplo: Acreditava nos poderes legislativos e judiciário. E. 


Acreditava no poderes legislativo e no judiciário. (???)

4) Adjetivo “possível”  Concorda com o artigo que o precede.

Exemplo: Eram alunos o mais esforçados possível/os mais


esforçados possíveis.
Preparação Permanente FCC

5) Partitivo passado  Concorda com o substantivo a que se refere.

Exemplo: Feitas as tarefas, foi embora...


Exemplo: Resolvidos os problemas, voltou ao trabalho.

6) Tal qual  Tal concorda com o termo antecedente; qual concorda com o termo
consequente.
Exemplo: As meninas eram tais qual o pai.
Exemplo: O rapaz era tal quais os amigos.

7) Em mão; em anexo; em alerta; a sós; a olhos vistos  São expressões


invariáveis.
Exemplo: Seguem em anexo os documentos solicitados.
/Seguem anexos os documentos solicitados.

a) Haja(m) vista, em que pese(m). A regra é manter-se no singular.


O plural na forma verbal será, entretanto, facultativo se vierem seguidas
de palavra plural.

OBS: Haja vista: tem sentido de por causa, tendo em vista. Em que pese: tem sentido
de embora.

Exemplo: Haja vista as explicações dadas, ele nada questionou.


Hajam vista as explicações [...].
Exemplo: Em que pese a situação do rapaz, ele continuou a
trabalhar.
Exemplo: Haja visto o ocorrido, ele não compareceu à reunião.
E.  A expressão correta é “haja vista”, pois trata-se de uma
expressão invariável.

ATENÇÃO! A expressão “Ele não questionou nada” é considerada errada pela FCC
por tratar-se de dupla negativa.

8) Obrigado, anexo, incluso, leso, próprio, vário, quite.  Todas essas palavras são
variáveis e concordam com o substantivo a que se referem.

Exemplo: Vária vez, ouvi aquela mulher chorar. MACHADO


DE ASSIS. Também seria correto: várias vezes, ouvi [...].
Exemplo: Havia muita mulher no local./Havia muitas
mulheres no local.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: Eu estou quite com o banco. Nós estamos quites.


Exemplo: Ela própria resolve seus problemas.
Exemplo: Muito obrigada, disse a moça ao rapaz.
Exemplo: Os documentos seguem inclusos/anexos à nota.
Exemplo: Cometeu um crime de lesa-pátria/leso-patriotismo.

9) Menos, abaixo, alerta, pseudo  São termos sempre invariáveis. ATENÇÃO!


Alguns autores (corrente minoritária) admitem flexão do termo “alerta”.

Exemplo: Havia menos gente no local.


Exemplo: As alternativas abaixo estão corretas.
Exemplo: Usou pseudo-argumentos.
Exemplo: Os soldados se mantiveram alerta/alertas(!!!).

10) Meio  (1) Meio com valor de “um pouco”, “mais ou menos” é sempre
invariável (adv.). (2) Meio, com valor de metade, varia em gênero. (3) Meio com valor
de poucas/pouco, varia em gênero e número. (4) Meio com valor de modo, maneira ou
forma vária em número.

Exemplo1: Ela parecia meio confusa diante do fato.


Exemplo2: Comeu meia maçã.
Exemplo3: Usou meias palavras para se referir ao fato.
Exemplo4: Não encontrou meios de ajudá-la.

11) Só  “Só” com valor de “somente”, “apenas”, é invariável. Só com valor de


sozinho(a) é variável em número (adj.) (recorrente em provas).

Exemplo: Elas só dizem a verdade.


Exemplo: Elas moravam sós. Muitas moças vivem sós por
opção.

12) Bastante  Bastante é variável com valor de muitos, muitas ou suficientes.

Exemplo: Já tenho problemas bastantes.

13) Mesmo  É variável com valor de “próprio”, “própria”. Mesmo com valor de
“realmente” é invariável (adv.).

Exemplo: Ela mesma cuidou do assunto.


Exemplo: Ela falou isso mesmo (realmente).

OBS: Mesmo não pode ser usado para retomar termo substantivo.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: O direito é importante, pois o mesmo regulamenta as


relações pessoais. O mesmo, aqui, deve ser retirado para
assegurar a correção da frase.

14) Caro/barato  Variam junto do nome ou com verbo de ligação. Caro e barato
não variam com os verbos vender, pagar, comprar e custar, indicando modo.

Exemplo: Não compro roupas caras.


Exemplo: Aqueles livros pareciam caros.
Exemplo: As roupas custam caro.

15) Todo  “Todo” com valor de inteiramente, completamente, é advérbio, por


isso deve ficar invariável. Todo com artigo é adjetivo e equivale a “inteiro”. Todo sem
artigo, por sua vez, equivale a “qualquer” e é um pronome indefinido.

Exemplo: A casa estava todo suja.


Exemplo: Todo o país vota. = O país inteiro vota.
Exemplo: Todo país vota. = Qualquer país.

OBS: Alguns autores (corrente minoritária) admitem a flexão de gênero, como: “a casa
estava toda suja”.

7. COLOCAÇÃO PRONOMINAL

PENSANDO...
1) O governo se manifestaria de outro modo. Correto.  Caso facultativo.
Colocação mesoclítica.
2) Tinha, na ocasião, expressado-se com clareza. Errado.  Particípio não aceita
ênclise.
3) Daria-me outra chance se pudesse. Errado.  Colocação mesoclítica obrigatória
em razão do futuro do pretérito (ênclise proibida) e do início de frase.
4) Tudo modifica-se com o tempo. Errado.  Colocação enclítica obrigatória.
5) O rapaz a cujos projetos refiro-me esteve aqui. Errado.  Cujo, sendo pronome
relativo, atrai o pronome oblíquo.
6) O rapaz manifesta-se sobre o fato para não expor-se publicamente. Correto. 
ATENÇÃO! Quando o verbo se encontra no infinitivo, a colocação pronominal será
facultativa, o que torna a ênclise após a partícula negativa correta.
Preparação Permanente FCC

PENSANDO MELHOR...
 Q? “Seriam avaliados os comprovantes entregues à direção”. Substitui-se com
correção “seriam avaliados” por “Avaliariam-se”? R: Não, pois a passagem da voz
passiva analítica para a sintética imporia, no início de frase, forma mesoclítica, o que
tornaria correta a colocação “Avaliar-se-iam”.
 Q? “O rapaz não se entregou no ato”. O pronome “se” poderia ser deslocado
para antes da partícula atrativa? R: Sim, é possível o deslocamento, deixando a frase na
seguinte forma: O rapaz se não entregou no ato. Trata-se de um caso de apossínclese,
o qual é sempre facultativo.
 Q? “Quando o governo se lembrar do fato, será tarde”. O pronome pode vir
também após o verbo, pois a forma infinitiva constitui caso facultativo de colocação
pronominal. R: Errado, porque o verbo, nesse caso, encontra-se no futuro do
subjuntivo, sendo caso de próclise.
 Q? “O rapaz tinha se mostrado capaz de muitas coisas”. É possível colocar um
hífen entre a forma verbal tinha e o pronome “se”. R: Correto, o que torna a próclise do
verbo principal ênclise do verbo auxiliar.

ATENÇÃO! Grau de atratividade: Casos proibidos > Considerações > Próclise >
Mesóclise > Ênclise.

A) CASOS PROIBIDOS:
a) Início de frase;
b) Após; !!!!!!!!!!!!!
c) Após particípio;
d) Após futuro do indicativo.

Exemplos: Se dedicou ao trabalho e aos filhos. F./Dedicou-se


ao trabalho e aos filhos. C.
Exemplo: Lembrou-se do fato; se esqueceu apenas de comentá-
lo. F./Lembrou-se do fato; esqueceu-se apenas de comentá-lo.
C.
Exemplo: (Após particípio) Havia expressado-se de modo
arrogante. F./ Havia se expressado de modo arrogante. C.
Exemplo: (futuros de indicativo) Faria-me alguns favores. F./
Far-me-ia alguns favores. C.

B) CONSIDERAÇÃO:
a) Infinitivo  sempre facultativa

Exemplo: Era importante ajudá-lo nas tarefas./Era importante


o ajudar nas tarefas.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: Ela começou a o ajudar nas tarefas/Ela começou a


ajuda-lo nas tarefas./ Começou a ajudar-me./Começou a me
ajudar.
Exemplo: Se o ajudar nas tarefas será premiado. C./Se ajudá-lo
nas tarefas será premiada. F. Porque trata-se de futuro do
subjuntivo, não do infinitivo.

b) Vírgula  evita-se a próclise

Exemplo: Hoje, fala-se em reforma política.

c) Apossínclise (facultativa)  colocação antes da atrativa.

Exemplo: O governo se não dispôs a resolver o caso.

C) CASOS DE PRÓCLISE:
a) Palavra negativa;

Exemplo: O governo não se dedica aos pobres.

b) Advérbio curto sem vírgula;

Exemplo: Hoje se fala em reforma política.

c) Conjunção subordinativas;

Exemplo: Se o rapaz se arrepender do fato, ficará chateado.


Exemplo: Se se lembrasse do fato, seria melhor.

d) Gerúndio precedido de “em”;

Exemplo: Em se tratando de português, tudo é lindo. 


Tratando-se de português, tudo é lindo.

e) Pronomes relativos;

Exemplo: Os propósitos a que o rapaz se referiu serão


avaliados.

f) Pronome indefinido;
Preparação Permanente FCC

Exemplo: Tudo me irrita em alguma ocasião.


Exemplo: Todos os alunos se sentem bem/sentem-se bem nessa
situação.

g) Pronome demonstrativo;

Exemplo: Isso me agradaria em algum momento.

h) Frase optativa;

Exemplo: Que deus nos abençoe.

i) Frase interrogativa;

Exemplo: O rapaz se manifestou sobre o ocorrido?

j) Frase exclamativa;

Exemplo: Ele se casou!

D) CASOS DE MESÓCLISE:
a) Se houver caso de próclise; !!!!!!!!!!!

Exemplo: Ninguém contar-me-á a verdade. F./Ninguém me


contará a verdade. Correto.

b) Só com futuro do indicativo;


c) Obrigatória  Apenas no início de frase;

Exemplo: Expressar-se-ia de outro modo.

d) Facultativa nos demais casos.

Exemplo: O povo se expressaria de outro modo. O povo


expressar-se-ia de outro modo.

E) CASOS DE ÊNCLISE:
a) Só será obrigatória se a próclise for proibida.
b) Proibida com particípios e com futuro do indicativo;
c) Facultativa nos demais casos.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: O rapaz me ajudou nas tarefas./O rapaz ajudou-me


nas tarefas.

CASOS CASOS DE CASOS DE CASOS


PROIBIDOS PRÓCLISE (NASG MESÓCLISE ENCLISE
RID DIE)
a) Início de Palavra negativa Só se não houver Só será
frase; caso de próclise obrigatória se
a próclise for
proibida.
b) Após; Advérbio curto Só com futuro do Proibida com
indicativo particípios e
futuro do
indicativo.
c) Após Conjunção Obrigatória  Facultativa
particípio; subordinativas Apenas no início de nos demais
frase. casos.
d) Após futuro Gerúndio precedido Facultativa nos
do indicativo. de “em” demais casos.
CONSIDERAÇÕES Pronome relativos
a) Infinitivo  Pronome indefinido
Sempre facultativa
b) Vírgula  Pronome
Evita-se a próclise. demonstrativo
c) Apossínclise Frase optativa
 Colocação antes
da atrativa.
Frase interrogativa
Frase exclamativa

F) COLOCAÇÃO EM LOCUÇÕES VERBAIS

As colocações marcadas de azul são possíveis; as de vermelho são vedadas.

1) O governo (se) pode (-se) (se) dedicar (-se) ao trabalho.


Preparação Permanente FCC

2) O governo (se) não (se) pode (-se)19 (se)20 dedicar (-se) ao trabalho.
3) O governo (se) tinha (-se) (se) dedicado (-se)21 ao trabalho.
4) O governo (se) teria (-se)22 (se) dedicado (-se) ao trabalho.

8. EMPREGO DE PRONOMES RELATIVOS (cheguei atrasado


30min).

Unem orações
Termos conectores
Mecanismos de coesão
Termos anafóricos
Termos remissivos
Evitam a repetição de palavras.

Variáveis Invariáveis
o/a qual...; cujo(a)...; quanto(s)... que, quem, onde, como

Análise de Item: A sociedade do consumo a que à qual/ao qual (i)(viii)(ix) estamos


expostos é representativa de ações que (x)(ix) vão (ii) de encontro à sobrevivência do
homem. Países desenvolvidos e nações que (iii)(iv) buscam a autonomia devem
compreender princípios básicos de ajuda e cooperação. A criação de mecanismos legais
cuja (v) validade seja real torna-se imprescindível para conter o consumo e minimizar
as desigualdades entre os estados. Leis (vi) que permitam a construção de um futuro
digno são indispensáveis para o desenvolvimento humano.

(i) Que – ambiguidade (dois referentes  sociedade/do consumo) (F)


(ii) Vão – ações  Ações não é o sujeito, sendo esse o vocábulo “que”. (F)
(iii) Países desenvolvidos e nações (F)
(iv) Que  Os quais (F)
(v) Cuja  criação. (F) Cujo, no caso, retoma “mecanismos legais”, não “criação”.
(vi) Leis  que (F)
(vii) Para  Para que (F)
(viii) É possível a substituição do a “que” por “a qual”? (F). Faltou a crase para
autorizar a substituição.

19
Não é possível a ênclise do verbo auxiliar por razão da partícula negativa.
20
Próclise do verbo principal.
21
Verbo no particípio e particípio não aceita ênclise.
22
Colocação mesoclítica obrigatória  ter-se-ia.
Preparação Permanente FCC

(ix) O que exerce a mesma função nas duas ocorrências. (F)


(x) “a certeza de que somos feitos para consumir sujeita o homem a paixões
extremas”. (F)

 Q? CORREÇÃO GRAMATICAL
1. Devido à não devolução de documentos a que ele tinha direito, o
processo foi suspenso. R: C, pois tanto a crase quanto a preposição estão
corretamente empregadas.
2. Na ocasião, houve uma situação onde os conflitos renderam criticas a
policiais e civis. R: O vocábulo “onde” foi empregado erroneamente, pois não
faz referência à lugar, o que torna recomendável sua substituição por “em que”.

 Q? LACUNA. “A mulher em que pensávamos era linda”. Pode ser preenchida


com em que?
a) As coisas _que_ cabiam a nós eram feitas. (F)
b) Tinha esperança _de que_ tudo fosse feito. (F)
c) No livro _em que_ isso foi relatado, não havia referências a outros
detalhes. (C)

REGRAS:
1) Usa-se preposição antes do pronome relativo sempre que o termo posposto a
ele exigir ou sempre que o pronome desempenhar função adverbial.
Exemplo: A informação a que tive acesso era relevante. (C).
Será possível a substituição do “a que” por “à qual”.
Exemplo: O fato (com) que concordamos virou motivo de
critica. (E). Regência: concordar com alguma coisa.
Exemplo: A reunião em que o governo compareceu tinha
motivos políticos. (E). Regência: comparecer a.
Exemplo: Há lições na vida _em que_ tudo é possível.

2) Antes do vocábulo que, a preposição pode ocorrer por:


(i) Regência do consequente (pronome relativo);
Exemplo: As coisas de que somos capazes nos colocam em
xeque.

(ii) Ocorrência de adjunto adverbial (pronome relativo) – valor de onde? ou


quando?;
Exemplo: Em uma cultura em que há a valorização da arte,
todos ganham.
Exemplo: Houve um tempo em que tudo era permitido.
Preparação Permanente FCC

(iii) Regência do termo antecedente (conjunção integrante);


Exemplo: O medo de que o mundo se torne refém do consumo
é real.  O “de” se relaciona com o “medo”.

(iv) Fator semântico (conjunção subordinativa)  finalidade, causa,


comparação...
Exemplo: O governo implementou medidas para que o
problema fosse resolvido.

3) Os pronomes relativos “que” e “quem” somente admitem preposição


monossilábica.
 Q? As pessoas contra quem protestávamos lideravam movimentos antissociais.
C/F? R: As pessoas contra as quais protestávamos.
 Q? A vaga para que me candidatei foi preenchida. R: A vaga para a qual/a
que/para a qual me candidatei foi preenchida.
 Q? A pessoa sobre quem falava estava no local. R: A pessoa de que/sobre a
qual/de quem/da qual falava estava no local.
 Q? Ela estava aqui para que tudo fosse resolvido. R: para que = conjunção de
finalidade.

OBS: O pronome relativo “que” não admite a preposição “sem”. Exemplo: As pessoas
sem as quais eu não vivo, me são importante.

4) O pronome relativo “quem”, quando seguido de verbo transitivo direto, exigirá


a preposição “a” para efeito de ajuste fonético.

Exemplo: A mulher quem conheci era bonita.  Ajuste fonético


 A mulher a quem conheci era bonita.
Exemplo: As pessoas a quem amamos merecem respeito./As
pessoas que amamos merecem respeito./A pessoa a quem/a
que/à qual me refiro é especial.

5) Todo pronome relativo substitui um termo antecedente com o qual mantém


relações de sentido.
Exemplo: A casa de Pedro, que (=Pedro) é empresário, será
demolida.
Exemplo: A casa de Pedro, que (=casa de Pedro) foi construída
em 1945, será demolida.
Exemplo: A casa de Pedro, que (ambíguo) é referência em arte
moderna, será demolida.  Duplo referente (Pedro e A casa de
Pedro) sem marcas internas e/ou externas.  A opção pelo “a
qual” ou “o qual” evita a ambiguidade.
Preparação Permanente FCC

EXEMPLOS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL:


(i) Homens e mulheres, que historicamente foram vítimas de preconceito, hoje
têm oportunidades mais próximas.  “que” refere-se a mulheres, o que impossibilita
sua substituição por “os quais”. Assim, não há ambiguidade.
(ii) Jovens escolarizados (recurso lexical) e crianças que não tiveram acesso à
educação formal têm os mesmo direitos.
(iii) O pau-brasil é árvore que deu nome ao país.  Cadeia anafórica (sucessivas
retomadas): o “que” retoma o termo árvore.
(iv) As pessoas, em geral, querem o que não podem ter.  “que”
(v) A validação do imposto cuja criação se encontra em debate demanda apoio
popular.  Cujo = do imposto/de quem.
(vi) A maioria das pessoas que apresentam tais sintomas não volta a consumir o
produto.  O vocábulo “que” remete a pessoas. Desse modo, o verbo “apresentar” não
pode se flexionado para o singular.
(vii) Cada um de nós, que somos filhos de Deus, tem suas diferenças.  O pronome
relativo “que” remete a nós, não obstante o verbo “ter” referir-se ao singular “cada um
de nós”.

OBS: A relação de sentido do pronome relativo pode ser estabelecida por meio de
elementos gramaticais (concordância de gênero, número...), lexicais (vocabular) ou
pragmáticos (externos ao texto, o conhecimento prévio/de mundo).

6) Ocasionalmente, o pronome relativo poderá gerar ambiguidade ao discurso.


Isso ocorrerá sempre que existirem dois referentes possíveis para o termo. Elementos
gramaticais, lexicais ou pragmáticos podem desfazer a ambiguidade.

Exemplo: A mãe do rapaz que conheci era bonita. (“que” isolado


 frase ambígua).  A flexão de gênero em a qual/o qual
permite elidir a ambiguidade do pronome relativo.
Exemplo: A mãe do rapaz que foi avaliado era bonita.
Exemplo: A mãe do rapaz, que tem traços comuns a todas as
mulheres, era bonita.  Elemento lexical evita a ambiguidade.

7) Onde e aonde somente podem ser usados para se referir a lugar. O “onde” é
usado quando a regência é “em” e “aonde” quando é “a”.
Exemplo: O local onde ele foi encontrado parecia deserto.
Exemplo: Houve uma época na qual/em que as pessoas tinham
menos problemas.
Exemplo: O local aonde ele foi estava cercado pela polícia.
Preparação Permanente FCC

OBS: É possível, com prejuízo de sentido, substituir “aonde” por “para onde”.
“Aonde” indica um destino temporário; “para onde” um destino permanente.
OBS: De onde = donde (está contemplada na norma culta).

8) Cujo e variações.
 Indicam posse.
 Vêm entre dois substantivos.
 Não admitem posposição de artigo.
 Não admitem combinação com outro possessivo.
 Não apresentam sinônimo perfeito.
 Concordam sempre com o consequente.

Exemplo: É um cidadão cujos princípios confio. (F)  Regência


de confiar: “em”. Assim: “É um cidadão em cujos princípios
confio”.
Exemplo: A pessoa a cujo histórico me refiro esteve no local.
Exemplo: O rapaz a cujo os propósitos diz alusão esteve aqui.
(F)  Não se usa “cujo os”.
Exemplo: A ideia a cujos autores dela aludimos é perfeita. (F) 
Posse duplicada: desnecessário o uso do dela.
Exemplo: Os propósitos em cujos confiamos nos fortalecem. (F)
 Não é caso de posse, logo, é impossível o uso do cujo. Deve-
se usar “que”.

9) O qual e variações
 O artigo integra o pronome.
 O pronome concorda com o termo antecedente.
 Admite-se a contração e/ou combinação do artigo com preposição.
 Não há restrições no referente.

Exemplo: O local no qual estávamos era adequado.


Exemplo: As pessoas às (a preposição + a que acompanha o
pronome) quais me refiro são especiais.

10) Não há restrições quanto ao referente para o pronome “que” (pode se referir a
coisas, lugares, pessoas...), ao passo que o pronome “quem” somente pode ser usado
para pessoas ou termos personificados (exemplo: a justiça, a lealdade, o belo...).

ATENÇÃO! Antes de quem ou cujo nunca ocorre crase!

9. ANÁLISE SINTÁTICA
Preparação Permanente FCC

Termos do predicado:
 Predicação verbal (VI, VTD, VTDI, VTI, Verbo de ligação).
 OI, OD, Predicativo, Adj. Adverbial.

Termos ligados ao nome


 Adjunto Adnominal;
 Complemento nominal;
 Aposto;
 Vocativo.

Sujeito e predicado.  Período composto (tipo de orações): Oração reduzida; oração


desenvolvida; conectores.
Que/Se

A) TERMOS DO PREDICADO.

Predicação verbal.

1) Verbo Intransitivo (VI)  Não apresenta OD nem OI. Pode não ter sentido
completo. Pode ser seguido de adjuntos adverbiais e/ou predicativos.
2) Verbo Transitivo Direto (VTD)  Apresenta objeto direto. (Complemento sem
preposição. Pode vir seguido de adjuntos adverbiais e/ou predicativos (algo?, ou
alguém?  perguntas).
3) Verbo Transitivo Indireto (VTI)  Apresenta Objeto Indireto (Complemento
com preposição). Pode vir seguido de adjuntos adverbiais e/ou predicativos (Pergunta
preposicionada – a preposição pode vir subentendida).
4) Verbo de ligação  une sujeito a um predicativo do sujeito. Pode vir seguido
de adjuntos adverbiais. Não apresenta OD nem OI. Lista: Ser, estar, permanecer, ficar,
continuar, tornar-se, parecer, viver (=estar), andar (=estar), virar (= tornar-se)...

Referências de questão.
 (ele) Obedeceu (VTI) ao regulamento local (OI).
a) Chegamos ao local.
b) Pensei em coisas idênticas.
c) Informaram o fato ao rapaz.

 Q? “Ele chegou perto (advérbio) do local (complemento nominal)”. Termo com a


mesma função: R: C.
a) Não se preocupava (VTI) com o futuro (OI).
b) O apoio (sujeito abstrato) do diretor (agente  adj. adn) era necessário.
Preparação Permanente FCC

c) Todos seriam fiéis a ele (complemento nominal).

 Q? “As opiniões (sujeito simples) de jovens (adj. adn) e de adultos (adj. adn)
parecem irrelevantes para certas decisões do governo. Não se compreende a
necessidade que um representante tem de ignorar a vontade do povo. Espera-se que
essa realidade mude nos próximos anos, pois nesse cenário, o país não poderá se
desenvolver”. R:
a) O verbo parecer (linha 1) está no plural porque apresenta sujeito composto
anteposto. R: E.
b) A inversão do vocábulo “certas”, em relação ao substantivo a que se refere,
implica exclusivamente mudança de sentido. R: E. Certas decisões = algumas decisões
(pronome indefinido)/Decisões certas = decisões definidas (adjetivo).
c) O vocábulo “que” evita, no contexto discursivo, a repetição de palavras. R: C.
Pronome relativo que une orações, evitando a repetição de palavras.
d) A expressão “um representante” retoma a forma “o governo”, atribuindo-lhe
efeito generalizante. R: C. Caso de hiperonímia.
e) A oração introduzida pelo articulador “que” funciona como complemento do
verbo anteposto a ela. R: E. Introduz uma oração com função de sujeito, não de
complemento.
f) As formas “mude” e “tem” apresentam o mesmo tipo de complemento verbal.
R: E. Mude: verbo intransitivo; tem: verbo transitivo direto. Logo, não possuem a
mesma forma de complemento.
g) A vírgula empregada antes do articulador “pois” poderia ser substituída por
ponto e vírgula. R: C. Conjunção explicativa  orações coordenadas entre si.
h) A expressão “ignorar a vontade do povo” poderia ser substituída por “que seja
ignorada a vontade do povo” sem prejuízo do sentido e da correção. R: C.
Desenvolvimento da oração reduzida  formação da passiva e inclusão do conector.

Explicações básicas acerca da sintaxe.


1) Inicie a análise sintática pelo sujeito: sujeito expresso, subentendido, inexistente
(noções do verbo haver/fazer, fenômenos naturais, ser – data, hora, distância -, chega
de, basta de, passa de...); se (é indeterminado?).
2) Circunstâncias  Adjuntos adverbiais (advérbios – invariáveis – e locuções
adverbiais – variáveis): onde?, quando?, como?, por quê?, para quê?, quanto?, entre
outras...
3) Predicativos  qualidade, característica ou estado. São variáveis e referem-se
ao sujeito ou ao objeto (qualquer verbo).
4) Pronome  algo; alguém  proposições (a, de, em, por, para, sem, sob, sobre,
com, contra...).
Preparação Permanente FCC

PENSANDO...

1) (ele) Buscava (VTD) uma alternativa para o problema (OD).


2) Faltava (VI) uma alternativa para o problema (sujeito).
3) No Brasil (adjunto adverbial de lugar), não (adjunto adverbial de negação) existe (VI)
lei desse tipo (sujeito).
4) No Brasil (adjunto adverbial de lugar), não (adjunto adverbial de negação) há (VTD)
lei desse tipo (OD).  Verbo haver no sentido existencial forma oração sem sujeito.
5) São (VI) quase duas horas (adjunto adverbial de tempo).  Oração sem sujeito.
6) (eles/elas) São (Verbo de ligação) pessoas dignas de admiração (predicativo do
sujeito).
7) Ele (sujeito) se tornou (verbo de ligação) referência em sua área (predicativo do
sujeito).
8) Ele (sujeito) me (OD) tornou (VTD) referência em sua área (predicativo do objeto).
9) (nós) Chegamos (VTI) a uma conclusão (Complemento Preposicionado - OI).
10) (Nós) Chegamos (VI) ao local do evento (Complemento Preposicionado – adjunto
adverbial de lugar).
11) Ela (sujeito) obedeceria (VTI) a regras (Complemento Preposicionado - OI).
12) Ela (sujeito) acordou (VI) nervosa (predicativo do sujeito) naquele dia (adjunto
adverbial de tempo).
13) O rapaz (sujeito) permaneceu (verbo de ligação23) nervoso (predicativo do sujeito).
14) O juiz (sujeito) julgou (VTD) o réu (OD) culpado (predicativo do objeto).

RESUMINDO...
TERMOS ADJ. OBJETO OBJETO PREDICATIVO
ADVERBIAL DIRETO INDIRETO
VI Proibido Impossível Impossível Proibido
VTD Proibido Obrigatório Impossível Proibido
(Observar se há
predicativo)
VTI Proibido Impossível Obrigatório Proibido
(Observar se há
predicativo)
VTDI Proibido Obrigatório Obrigatório Proibido
(Observar se há
predicativo)
Verbo de Proibido Impossível Impossível Obrigatório
Ligação (lista)
O termo pode ser: (i) possível (P); (ii) impossível (I); (iii) obrigatório.

23 Verbo presente na lista (verbo de ligação) + predicativo do sujeito.


Preparação Permanente FCC

DICAS GERAIS:
1) Se o período iniciar com verbo, verifique se o sujeito está subentendido ou é
inexistente.
Exemplo: (ele) Ocorreu (VI) um problema (sujeito) no setor.
Exemplo: (ele) Faltou (VI) critério (sujeito) na avaliação do texto
(adjunto adverbial).
Exemplo: (ele/ela) Encontrou (VTD) critério (OD) na avaliação
do texto (adj. adv).

OBS: Esse procedimento favorece a identificação de frases invertidas e evita que se


confunda sujeito com objeto direto.

2) Se o verbo vier seguido apenas de adjuntos adverbiais, ele será intransitivo.


Exemplo: O governo (sujeito) esteve (VI) no local do evento (adj.
adv. de lugar).
Exemplo: O rapaz (sujeito) permaneceu (VI) em casa (adj. adv. de
lugar).

3) Nem todo verbo intransitivo apresentará sentido completo. Há verbos


intransitivos que exigem adjuntos adverbiais para terem sentido (verbos intransitivos
adverbiais).
Exemplo: Ela (sujeito) mora (VI) em Belo Horizonte (adj. adv. de
lugar).
Exemplo: A ideia (sujeito) estava (VI) na cabeça de todos os
jovens (adj. adv. de lugar).

4) Para um verbo ser de ligação, é necessário que ele esteja na lista e tenha
predicativo do sujeito.
Exemplo: Ela (sujeito) estava (VI) bem (adj. adv. de modo).
Exemplo: Ela (sujeito) estava (verbo de ligação) boa (predicativo do
sujeito).
Exemplo: Ela (sujeito) mora (VI – pois não está na lista) só
(predicativo do sujeito).

5) Em sentido figurado, outros verbos com valor de estado podem funcionar como
verbos de ligação.
Exemplo: Ela (sujeito) deu (verbo de ligação – sentido figurado de
estar) uma bela noiva (predicativo do sujeito).

6) O predicativo não é exclusivo de verbo de ligação e pode referir-se tanto ao


sujeito quanto ao objeto.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: A menina (sujeito) encontrou (VTD) os pais (OD)


nervosa (predicativo do sujeito).
Exemplo: A menina (sujeito) encontrou (VTD) os pais (OD)
nervosos (predicativo do objeto).

7) O predicativo nem sempre é representado por um adjetivo. Ele pode ser


representado por pronomes, numerais, locuções, orações, substantivos ou adjetivos.
Exemplo: A vida (sujeito) é (verbo de ligação) isso (predicativo do
sujeito – classe: pronome demonstrativo).

8) Para diferenciar ideia de estado da ideia de modo, é necessário observar a


capacidade de flexão da palavra.
Exemplo: Um rapaz (sujeito) permaneceu (verbo de ligação)
sentado (predicativo do sujeito) durante o evento (adj. adv. de
tempo).
Exemplo: Ele (sujeito) fala (VI) rápido (adj. adv. de modo).

ATENÇÃO! Essa dica vale apenas para uma palavra, não se aplicando, assim, em
locuções.

9) Nem todo termo preposicionado será classificado como objeto indireto.


Exemplo: (eles/elas) Chamaram (verbo transitivo predicativo) o
rapaz de corrupto (predicativo do objeto).
Exemplo: (eu) Sou (verbo de ligação) favorável (adjetivo –
predicativo do sujeito) ao evento (complemento nominal).
Exemplo: (ele/ela) Saiu (VI) de casa (adj. adv. de lugar) cedo (adj.
adv. de tempo).

10) A transitividade de um verbo varia em função do contexto.


Exemplo: Ela (sujeito) fala (VI) muito (adj. adv. de intensidade).
Exemplo: Ela (sujeito) fala (VTD) coisas interessantes (OD).
Exemplo: Ela (sujeito) fala (VTI) a pessoas inteligentes (OI).
Exemplo: Ela (sujeito) fala (VTDI) coisas interessantes (OD) a
pessoas inteligentes (OI).
Exemplo: Ela (sujeito) ficou (VTI) com o dinheiro (OI)./Ela
(sujeito) ficou bem (adj. adv. de modo)./Ela (sujeito) ficou (verbo de
ligação) parada (predicativo do sujeito).

11) Ocasionalmente, a FCC associará verbo transitivo indireto a verbo intransitivo


adverbiado regido de preposição.
Preparação Permanente FCC

 Q? Gostava (VTI) de coisas bonitas (OI). Marque a alternativa que apresenta a


mesma regência ou a mesma complementação. R: D.
a) Informaram (VTDI) o setor (OD) dos erros encontrados (OI).
b) Pediram (VTD) ajuda (OD) naquele dia (adj. adv. de tempo).
c) Voltaram (VI) ao escritório (adj. adv. de lugar) mais tarde (adj. adv. de tempo).
d) Precisava (VTI) de ajuda (OI).

12) Se o verbo transitivo apresentar predicativo, deve-se procurar resposta também


com objeto mais predicativo. Na falta de estrutura idêntica, marca-se a de mesmo
objeto.

 Q? “Ela (sujeito) se (OD) considerava (VTD) uma boa pessoa (predicativo do


objeto)”. Marque a alternativa que apresenta a mesma regência ou a mesma
complementação. R: C.
a) (eu/ele/ela) Não (adj. adv. de negação) confiava (VTDI) seus sonhos (OD) a ele (OI).
b) (ele/ela) Jamais (adj. adv. de tempo/negação) julgou (VTD) a aparência do rapaz
(OD).
c) Ela (sujeito) viu (VTD) os dois (OD) sozinhos (predicativo do objeto) naquela noite
(adj. adv. de tempo).

13) Se há partícula apassivadora (PA), não há OD, pois o objeto direto vira sujeito
paciente (construção atípica).
Exemplo: Regularizou (VTD) -se (PA) o trabalho (sujeito
paciente).
Exemplo: Informou (VTDI) -se (PA) ao rapaz (OI) a data da
prova (sujeito paciente).

14) Os verbos VTD e VTDI admitem voz passiva, desde que tenham sujeito
existente. ATENÇÃO! Oração sem sujeito não apresenta voz, nem passiva, nem ativa.
Exemplo: Havia (VTD) um plano para isso (OD).  Oração sem
sujeito. Não é possível a construção de passiva.

15) Nem todo adjunto adverbial pode ser subcategorizado. São exemplo de adjunto
adverbial: modo, tempo, lugar, finalidade, causa, dúvida, afirmação, negação,
intensidade...
Exemplo: Eles (sujeito) estavam (VI) com os amigos (adjunto
adverbial de companhia).
Exemplo: Eles (sujeito) estavam (VI) entre amigos (adj. adv.) 
Situação de informalidade não categorizada.
Exemplo: Eles (sujeito) estavam (VI) no bar (adj. adv. de lugar).

ANALISE SINTÁTICA (CONTINUAÇÃO)


Preparação Permanente FCC

1) Sujeito  O quê/quem? X referente (termo que rege a concordância verbal)


1.1) Expresso (escrito na frase): simples ou composto
1.2) Oracional (oração subordinada substantiva subjetiva)
1.3) Subentendido (ele, eles, nós...)
1.4) Se  transitividade:
2) [...] COMPLETAR!!!!
3) Predicativos
 Palavras ou expressões que indicam qualidade, característica ou estado.
 Variáveis/ocasionalmente podem apresentar preposição.
 Referem-se ao sujeito ou ao objeto.
 Podem acompanhar qualquer tipo de verbo.
 Nem sempre são representados por adjetivos (podem ser substantivos,
pronomes, numerais, locuções...).

4) Verificação de transitividade
Verbo Intransitivo:
 Sozinho;
 Com adjunto adverbial e/ou predicativo
Verbo de ligação  predicativo do sujeito; lista; pode ter adjunto adverbial.
Verbo transitivo (algo?; alguém?) pergunta sem preposição (VTD  OD);
Verbo com preposição (VTI  OI); duas perguntas (VTDI  OD + OI).

PENSANDO...
(i) Considere a possibilidade de inversão entre sujeito e predicado.
Exemplo: Buscava uma informação.
Exemplo: Faltava uma informação.

(ii) Nem todo verbo intransitivo tem sentido completo. Predicativo do sujeito não é
exclusivo de verbo de ligação.
Exemplo (i): Ela mora (VI) em Belo Horizonte (adj. adv. de
lugar).
Exemplo (ii): Ela mora (VI) sozinha (variável  predicativo do
sujeito).

(iii) Os verbos ser, estar, permanecer... nem sempre são de ligação. Para tanto, é
necessário que haja predicativo do sujeito e estejam na lista.
Exemplo: Ela mora (VI) só (predicativo do sujeito)  Só: variável:
sós.
Exemplo: Ela (sujeito) estava (verbo de ligação) só (predicativo do
sujeito).
Exemplo: Ela (sujeito) fala (VI) rápido (adj. adv. de modo).
Preparação Permanente FCC

Exemplo: Ela (sujeito) estava (VI) em casa (adj. adv. de lugar).

OBS: Adverbio de modo (invariável) X Adjetivo (variável)  Aplicável a palavras.

(iv) O predicativo pode se referir tanto ao sujeito quanto ao objeto.


Exemplo: Ela (sujeito) considerou (VTD) injusta (predicativo do
objeto) a decisão (OD).
Exemplo: Ela (sujeito) saiu (VI) nervosa (predicativo do sujeito)
pelas ruas da cidade (adj. adv. de lugar).
Exemplo: Nós (sujeito) somos (verbo de ligação) quatro
(predicativo do sujeito).
Exemplo: A vida (sujeito) é (verbo de ligação) só (adj. adv. de
“limitação”) isso (predicativo do sujeito).

OBS: Predicativo não é só adjetivo. E o predicativo pode ser tanto do sujeito quanto do
objeto. Dependendo da classe da palavra, o predicativo pode ser invariável.
Exemplo: Ele (sujeito) era (verbo de ligação) simples (predicativo do
sujeito).

(v) A transitividade do verbo varia em função do contexto. Nem todo termo


preposicionado é objeto indireto.
Exemplo: Ela (suj.) me (OD) ajudou (VTD).  Ajudar
algo/alguém.
Exemplo: Ela (suj.) me (OI) obedeceu (VTI).  obedecer a
alguém.
Exemplo: (Ele) Informou (VTDI) -me (OI) o ocorrido (OD). 
informar algo a alguém.
Exemplo: Informou (VTDI) -me sobre o ocorrido (OI). 
alguém.
Exemplo: Chamou (VTD) -me (adj. adn.) a atenção (OD).
Exemplo: (ele) Chegou ao local (adj. adn. de lugar). 
ocasionalmente, há associação de VI com VTI.
Exemplo: (ele) Chegou (VTI) a uma conclusão.
Exemplo: Ela (sujeito) a (OD) chamou (VTD) de louca
(predicativo do objeto).  Verbo transitivo predicativo.
Exemplo: (ela) Estava (VI) perto de nós (predicativo do objeto). 
Sintagma: termo com sentido. Dentro do sintagma há
subtermos, como é o caso do “de” em “de nós”.  Adjuntos
adnominais e complementos nominais integram sintagmas.

OBS: Pronomes podem ter funções variadas conforme o contexto.


OBS: Nem todo termo preposicionado é objeto indireto.
Preparação Permanente FCC

PENSANDO...

 Q? “Não procurava outra direção”. O verbo que exige o mesmo tipo de


complemento (mesma regência) é: R: D.
a) Não (adj. adv. de negação) se (PA) dá (VTDI) ao mundo (OI) o direito de resposta
(sujeito).
b) A vida (sujeito) o (OD) tornou (VTD) uma pessoa mais forte.
c) (ele) Ocorreu (VI) uma enorme confusão (sujeito) ali (adj. adv. de lugar).
d) O que (OD) queremos (VTD) afinal (adj. adv)?
 Q? Todos os termos destacados exercem funções sintáticas distintas, exceto: R:
D.
a) Cabe (VTI) aos homens (OI) obedecer a quem os orienta. (sujeito oracional).
b) Nenhum de nós pode esperar que o poder público tenha força irrestrita (objeto
direto oracional).
c) Na maioria das vezes (adj. adv.), os homens de regiões distantes (adj. adn.) têm
postura mais inflexível.
d) Quem ama o outro (oração subordinada substantiva subjetiva = sujeito oracional)
não agride; falta amor onde sobra (VI) agressão (sujeito).

CONCEITOS COMPLEMENTARES – COMPLEMENTOS VERBAIS


1) Objetos diretos.
 Respondem às perguntas “algo?” ou “alguém?”.
 Não exigem preposição.
 Completam VTD ou VTDI.
 Correspondem ao sujeito na voz passiva.
 Podem ser representados por nomes (substantivo), pronomes (o, a, os, as,
e variações, me, te, se, nos, vos) ou orações (verbo).

Exemplo: (ele) Esperava (VTD) sua filha (OD) no local


combinado (adj. adv. de lugar).
Exemplo: (ele) Procurou (VTD) -me (OD) por toda parte (adj.
adv. de lugar).
Exemplo: (ele) Notou que o local estava melhor (objeto direto
oracional/oração subordinada substantiva objetiva direta).
Exemplo: (eu) Procurava (VTD) a (preposição expletiva) todos
(OD preposicionado).
Exemplo: A carta (OD), encontrei (VTD) -a (OD pleonástico)
perto daqui (adj. adv. de lugar).
Exemplo: (ela) Viveu (VTD) uma vida de aventuras (OD
cognato/interno).
Preparação Permanente FCC

ATENÇÃO! Objeto direto preposicionado aceita passiva.

2) Objetos indiretos:
 Respondem às perguntas “algo?” ou “alguém?”, mas, diferentemente do
OD, exigem preposição (a, de, por, em, para, sem, sobre, com, contra...).
 Completam verbo transitivo indireto ou verbo transitivo direto e
indireto.
 Ocasionalmente, a preposição ficará implícita.
 Não formam passiva.
 Podem ser representados por nomes, pronomes (lhe, lhes, a ele(s), a
ela(s), me, te, se, nos, vos) ou oração.

Exemplo: Jamais (adj. adv. de negação) perdoaria24 (VTI) ao


amigo (OI).
Exemplo: Isso (sujeito) não (adj. adv. de negação) me (OI)
interessa (VTI).
Exemplo: (ele) Necessitava (VTI) de que o apoiasse (OI
oracional).
Exemplo: A mim (OI), nada (sujeito) me (OI) interessa (VTI).
Exemplo: (eu) Aspirava (VTI) ao sucesso profissional (OI).
Exemplo: (eu) Aspirava (VTI) a vencer na vida (OI oracional).

OBS: Se o objeto indireto tiver natureza oracional, a preposição poderá ser suprimida,
desde que não haja prejuízo para a eufonia da frase. Exemplo: (ele) Duvidava de (pode
ser suprimido) que isso fosse verdade (OI oracional).

Exemplo: Pensava (VTI) em Deus (OI).


Exemplo: Creio (VTI) em coisas boas (OI).  Creio em que
coisas boas. (X)
Exemplo: Pensava que Deus existia.  Pensava em que Deus
existia.

OBS: VTI (em)  Se seguido de complemento oracional  perderá a preposição


(VTD).

24 O verbo “perdoar” rege a preposição “a” se o complemento é pessoa: “Se o Grêmio ganhasse,
a torcida gremista não perdoaria aos jogadores de seu
clube”. http://www.portuguesnarede.com/2009/12/regencia-verbal-
perdoar.html#sthash.paBRjkEN.dpuf
Preparação Permanente FCC

B) TERMOS LIGADOS AO NOME

1) Sem pontuação
a) Complemento nominal: refere-se a substantivo abstrato, adjetivo ou
advérbio. É obrigatoriamente preposicionado.
b) Adjunto adnominal: refere-se a substantivo abstrato ou concreto e pode
ser preposicionado.

OBS: O único caso em que haverá dúvida se o termo corresponde a um adjunto


adnominal ou a um complemento nominal é quando ocorrer substantivo abstrato.

Exemplo: Sou favorável (adj.) à lei (CN).


Exemplo: A critica (substantivo abstrato) do diretor (agente 
adjunto adnominal) foi justa.
Exemplo: A critica (substantivo abstrato) ao diretor (paciente 
complemento nominal) foi justa.
Exemplo: Agiu contrariamente (adv.) ao projeto (CN).
Exemplo: O homem (substantivo concreto) de hoje (adjunto
adnominal) é critico.
Exemplo: O homem (substantivo concreto) moderno (adjunto
adnominal) age (...).

DICA: Há preposição?
 Sim. Qual é a classe do termo antecedente? Adj., adv., substantivo
concreto, substantivo abstrato (SAQE25), pronome/expressão partitiva.
 Agente  Adjunto adnominal.
 Paciente  Complemento Nominal.

 Não. Adjunto adnominal.

PENSANDO...
 Q?(FCC) “A busca (substantivo abstrato) por respostas (CN) existe...”. A mesma
relação de complementação/regência observada na frase acima se verifica em: R: C.
a) A obra (substantivo concreto) do rapaz (adj. adnominal) foi...
b) A crise (substantivo abstrato) do Brasil (adj. adnominal) se deve...
c) O fato era compatível (adj.) com outros (CN).
d) Nenhum de nós (adj. adnominal) esteve (VI) no local (adj. adv.).
e) O fato (sujeito) foi retratado (locução de passiva) por um amador (agente da
passiva).

25
SAQE  Sentimento, Ação, Qualidade, Estado.
Preparação Permanente FCC

PENSANDO...
(i) Amor às pessoas (sujeito) é (verbo de ligação) essencial (predicativo do sujeito) nos
dias de hoje (adjunto adverbial de tempo).
(ii) Caberia (VTI) aos responsáveis pelo fato (OI) corrigi-lo (sujeito oracional).
(iii) Não (adjunto adverbial de negação) se (PA) informou (VTDI) à população do país
(OI) a gravidade do ocorrido (sujeito paciente).  do ocorrido = adjunto adnominal.
(iv) Espera (VTD) -se (PA) que os governantes do país liberem o uso de certos
produtos (OD).  Sujeito oracional.
(v) (OSS) Havia (VTD) uma série de informações (adj. adn.) na seção (substantivo
concreto) de esporte do jornal (adj. adn.).  de esporte do jornal = adj. adv.
(vi) A criação do homem (CN) é obra (obra = substantivo concreto) de Deus (“obra de
deus” = predicativo do sujeito), por isso a aceitação (substantivo abstrato) de nossas
limitações (CN) é positiva, mesmo que exista algum tipo de receio.

ATENÇÃO! Todo complemento nominal tem potencial para virar complemento verbal
(CN  CV).
Exemplo: Busca de soluções.
Exemplo: Prejudicial à saúde.  Prejudicar a saúde. (nome e verbo prescindem da
mesma regência).
Exemplo: Uso de remédios.  Usar remédios.
Exemplo: Aceitação da realidade.  Aceitar (VTD) a realidade (OD).
Exemplo: Criação do homem.  Criar o homem.
Exemplo: Amor à mãe.  Amar (VTD) a mãe (OD).
Exemplo: Necessidade (CN) de amor.  Necessitar (VTI) de amor (OI).

2) Com pontuação26
a) Aposto: trata-se de uma explicação do termo antecedente.
b) Vocativo: trata-se de um chamamento.

Exemplos:
Os pais, responsáveis pelos filhos (aposto explicativo), educam com amor.
Caros eleitores (vocativo), estudem (verbo no modo imperativo) para as provas.
O jornalista, José Freire (!frase ambígua27), esteve no local.
O menino, de 14 anos (aposto), foi apreendido.  A supressão das vírgulas
transformaria a frase em uma “oração subordinativa adjetiva restritiva”.

ATENÇÃO! No primeiro exemplo, é corriqueira a questão que pergunta a respeito da


possibilidade de substituição das vírgulas por travessões.

26
Entre vírgulas ou pausas equivalentes.
27
A supressão das vírgulas não suprimiria a ambiguidade. Uma solução seria o deslocamento de
determinado termo.
Preparação Permanente FCC

OBS: O aposto virá sem vírgula quando se tratar de adjunto adnominal (oração
restritiva).

C) FUNÇÕES SINTÁTICAS DE PRONOMES OBLÍQUOS

Pronomes Sujeito (função Objeto Direto Objeto Indireto Complemento Adjunto


oblíquos tipicamente não (função (função Nominal Adnominal.
átonos preposicionada) tipicamente não tipicamente (função (função
preposicionada) preposicionada) tipicamente tipicamente
preposicionada) preposicionad
a)
o, a, os, as
(e
variações)
lhe, lhes, a
ele, a ela(s)
me, te, se,
nos, vos
(com/sem
preposição)
Característi Caso DEFAMA VTD (VTDI) VTI (VTDI) Nome Posse (meu,
cas VOS seu...)

PENSANDO...
(i) A decisão (sujeito) não (adj. adv. de negação) lhe (complemento nominal) foi
favorável (predicativo do sujeito  nome  adjetivo), por isso me (OI) pediu ajuda (OD).
(ii) Não o (sujeito do infinitivo) deixei discutir o tema, mas lhe (OI) dei (VTDI)
oportunidade (OD) de falar.
(iii) Jamais o (OD) deixaria (VTD), a menos que me (OI) não perdoasse (VTDI) a
traição (OD).
(iv) Alguém (sujeito) lhe (adj. adn.) seguia os passos (OD), mas isso (suj.) não (adj.
adv. de negação) o (OD) assustava (VTD).
(v) Na ocasião, informei (VTDI) -lhe (OI) a data (OD) para lhe (OI) permitir (VTDI)
se programar (OD).

PARA CASA: Fazer a análise sintática dos termos destacados (ou da frase toda)
(sujeito; OD; OI; CN; Adj. adn.; predicativo; aposto...).
1) O local (sujeito) estava (verbo de ligação) lotado (predicativo do sujeito) de pessoas
estranhas (complemento nominal).
2) A menos de duas horas do evento, (ele/ela) dedicou (VTI) -se (pronome reflexivo) a
tarefas (OI/substantivo concreto) sem sentido (adjunto adnominal).
Preparação Permanente FCC

3) O consumo de produtos com agrotóxico (sujeito oracional/oração subordinada


substantiva subjetiva) é (verbo de ligação) prejudicial (adjetivo/predicativo do sujeito) à saúde
(complemento nominal).
4) A crítica (substantivo abstrato) da oposição (adjunto adnominal) ao governo
(complemento nominal) (sujeito oracional) ganhou (VTD) força (substantivo abstrato/OD)
por razões variadas (complemento nominal).
5) A utilização (substantivo abstrato) do dinheiro público (adjunto adnominal) deve
ser avaliada (locução verbal/VI) pelo governo (agente da passiva/complemento nominal).!!!
6) (ele/ela/sujeito oculto) Ajeitou (VTDI) -lhe (OI) as cobertas (OD) e (conjunção
coordenada aditiva) não (adj. adv. de negação) o (OD) deixou (VTD) dormir sozinho
(predicativo do objeto) naquele dia (adj. adv. de tempo).

D) SUJEITO/PREDICADO

PENSANDO...
“As coisas que aconteceram tinham um propósito maior, por isso não era necessário
alterar certas aflições”.
a) Todos os verbos do período estão no mesmo tempo e modo. (F)
b) O verbo acontecer está no plural para concordar com seu sujeito. (F) Sujeito
sintático é “o que”.
c) A colocação de uma vírgula após “coisas” não implicaria erro, mas alteraria o
sentido do trecho. (F). Tinha que ser duas vírgulas.
d) O deslocamento do termo “certas” para depois do substantivo implicaria
alteração morfossintática. (V).

“Que” na função de sujeito: verbo concordará com o termo antecedente.


(eu) Conhecia (VTD) as mulheres (OD) que (sujeito) chegaram (VI).
(eu) Gostava (VTI) das coisas (OI) que (predicativo do sujeito) eram (verbo de ligação)
importantes (predicativo do sujeito).

Verbo está no plural para concordar com palavra antecedente ao “que”.


Que  classe/natureza  predicativo.
Que  função  sujeito.

OBS: há palavras que mudam de sentido em função da posição e/ou contexto. Pode
haver mudança de classe gramatical:
Certos homens/homens certos
Algum homem/homem algum
Qualquer homem (qualquer um)/homem qualquer (valor pejorativo)
Todo o país (adj. = inteiro)/todo país (qualquer país)
Novo homem (renovado)/homem novo (jovem)
Preparação Permanente FCC

Grande homem (nobre)/homem grande (físico)


Pobre homem (coitado)/homem pobre (sem dinheiro)
Simples homem (valor pejorativo)/homem simples (humilde)

(a) TIPOS DE SUJEITO (O QUÊ?/QUEM?)

Existente:
a) Determinado (agente paciente)
(i) Simples (expresso/desinencial/oculto)
(ii) Composto
(iii) Oracional (oração subordinada substantiva subjetiva)
b) Indeterminado
(i) Se (IIS)  VI, VTI, Verbo de ligação
(ii) 3º do plural sem referente
(iii) Infinitivo impessoal.

Inexistente (oração subordinada subjetiva) verbo impessoal (3ª pessoa do singular)


a) Haver (existencial)
b) Haver (fazer/tempo)
c) Fenômeno natural
d) Ser (hora/data/distância)  exceção: o verbo concorda com o numeral.
e) Chega de/basta de/passa de

PENSANDO...
1) As posições de jovens e de adultos (sujeito simples expresso agente) tendem a um
conflito permanente.
2) Novidade precisa haver no país.  Haver com valor existencial = OSS. Assim, o
verbo não concorda com ninguém, não sofrendo qualquer flexão com a alteração do
substantivo novidade.
3) Nenhum de nós (sujeito simples expresso e agente) pode determinar o futuro do
mundo.  O sujeito “nenhum de nós” não promove a flexão do verbo principal
“determinar” em razão da locução verbal, a qual apenas influencia o verbo auxiliar
“poder”.
4) Amanheceu mais (adj. adn.) um dia sem que nada fosse feito. C. OBS:
“Amanhecer” pode ser considerado um fenômeno da natureza, desde que não tenha
sujeito explícito.
5) Não se (PA) compreende o fato (sujeito simples expresso paciente) exposto. C.
6) Não se (IIS) trata de um fato relevante.  Sendo o sujeito indeterminado, a
variação do substantivo trata não “promove” qualquer flexão no verbo “tratar”.
Preparação Permanente FCC

(b) TIPOS DE PREDICADO

 Retirando-se o sujeito da frase, o restante será predicado. Existem três tipos de


predicados:
a) Predicado verbal;
b) Predicado nominal;
c) Predicado verbo-nominal.

TIPOS VERBOS PREDICATIVO


1) PREDICADO VI, VTD, VTI, VTDI NÃO
VERBAL
2) PREDICADO Verbo de Ligação Predicativo do sujeito.
NOMINAL
3) PREDICADO VI, VTD, VTI, VTDI Predicativo do sujeito ou
VERBO-NOMINAL predicativo do objeto.

1) O predicado verbal é o único que não apresenta predicativo.


2) O predicado nominal é o único que apresenta verbo de ligação.
3) O predicado verbo-nominal apresenta predicativo mas não apresenta verbo de
ligação.
Exemplo: O juiz (sujeito) julgou (VTD) o réu (OD).  PV. OBS:
Há predicativo? Não. Logo, predicado verbal./ Sim; então há
verbo de ligação? Sim, logo predicado nominal./Não, então
predicado verbo-nominal.
Exemplo: O juiz (sujeito) julgou (VTD) o réu (OD) culpado
(predicado do objeto).  PVN.

PENSANDO...
Classifique os seguintes predicados:
1) A ideia (sujeito) estava (VI) na cabeça de muitos jovens (adj. adv. de lugar). 
PV.
2) O rapaz (sujeito) andava (VI) apressado (predicativo do sujeito) pelas ruas da
cidade (adj. adv. de lugar).  PVN.
3) Isso (sujeito) a (OD) tornou (VTD) mais segura (predicativo do objeto).  PVN.
ATENÇÃO! Toda vez que o adverbio de intensidade estiver se referindo ao adjetivo,
ele estará compondo o próprio adjetivo. Assim, no exemplo o mais é considerado como
parte do predicativo do objeto.
4) O governo (sujeito) continua (verbo de ligação) imóvel (predicativo do sujeito)
diante da crise (adj. adv.).  PN.
5) A noticia (sujeito paciente) foi divulgada (VTD – locução de passiva) em vários
jornais (adj. adv. de lugar).  PV.
Preparação Permanente FCC

E) DO QUE E SE

 Q? (FCC) Assinale a alternativa em que o vocábulo que não é pronome: R: C.


a) Não disse o que (pronome relativo) aconteceu no loca.
b) Que (pronome interrogativo) ele queria aqui?
c) A ideia de que (conjunção integrante) (nós) somos ineficientes é mal vista.
d) Não conhecia as regras a que (pronome relativo) aludimos.
e) Encontrou as respostas que (pronome relativo) procurava.

(a) TIPOS DE QUE


1) Conjunção consecutiva  tão, tal, tamanho, tanto... (antes). Une oração
adverbial consecutiva/estabelece relação de causa e consequência.
Exemplo: Somos tão presos ao passado (causa) que (conjunção
consecutiva) ignoramos o presente (oração adverbial consequente).
ATENÇÃO! Quando a oração adverbial estiver depois da
principal, a vírgula será facultativa.

2) Conjunção comparativa  mais, menos, maior, menor, melhor, pior... sempre


antes. O uso do “de” (do, dos, da, das) é facultativo! Introduz oração subordinada
comparativa, logo, estabelece relação de comparação.
Exemplo: Isso é mais importante do que/que outras coisas.
OBS: quando se usa um conector comparativo, o mais comum é
que o verbo da oração subordinada venha subentendido.
Assim, os termos destacados exercem a mesma função sintática
(sujeito).
Exemplo: Ela é mais bonita do que eu (sou)... OBS: Os
pronomes “ela” e “eu” exercem a mesma função, ambos sendo
sujeitos, pois o verbo da oração subordinada é subentendido.

3) Conjunção explicativa (=pois)  Normalmente vem precedida de imperativo,


logo, introduz oração coordenada explicativa, dando uma ideia de explicação. As
vírgulas que separam orações são obrigatórias.
Exemplo: Votem com consciência, que o Brasil precisa
melhorar. = Votem com consciência, pois/já que o Brasil precisa
melhorar.

 Q? (FCC) “Votem com consciência, que o Brasil precisa melhorar”.


a) É possível substituir a “,” por “:”. (F). “Que” ou qualquer outro conector não
pode ser usado com : (dois pontos). Seria correta a frase: “votem com consciência: o
Brasil precisa melhorar”. Assim, conclui-se que dois pontos não aceita conector!
Preparação Permanente FCC

b) O articulador “que” poderia ser substituído por “por que” sem prejuízo do
sentido e/ou da correção. (F). Somente poderia ser substituído por “porque”.

4) Conjunção aditiva  aparece entre verbos repetidos. Introduz oração


coordenada aditiva (ênfase).
Exemplo: Os políticos brasileiros prometem que (= e)
prometem.

5) Outras locuções conjuntivas  para que, visto que, desde de que, contanto
que, uma vez que, a medida que, ne medida em que, a fim de que... No caso das
locuções conjuntivas, a carga semântica é variável e depende do contexto.
Exemplo: Visto que (locução conjuntiva subordinativa causal) não
houve aula, fomos ao clube.
Exemplo: Ainda que (locução conjuntiva subordinativa concessiva)
haja aula, irei ao clube.

6) Preposição acidental  em locuções formadas por ter/haver + infinitivo.


Exemplo: Temos, em algum momento, que avaliar nossos
projetos.

 Q? “O governo tem que (preposição acidental) resolver o caso”. A oração


destacada funciona como complemento verbal de ter. R: (F). Não há sequer período
composto. Trata-se de uma locução verbal.

7) Substantivo  acentuado (quê); equivale a “um pouco” e admite determinante.


Exemplo: Ela tem um quê de mistério.
Exemplo: Você tem medo de quê (pronome interrogativo)?

8) Advérbio de intensidade  Advérbio não modifica substantivo. Equivale à


“quão”, que se refere a adjetivo, advérbio ou verbo.
Exemplo: Que (muito = adv. de intensidade) interessante sua
atitude.
Exemplo: Que (partícula expletiva) atitude (substantiva) mais
interessante (adjetivo).

9) Pronome interrogativo  usado em perguntas diretas.


Exemplo: (o) Que aconteceu com a moça?/Ela tem receio de
quê?

 Q? “É (verbo ser) em curvas (adj. adv.) que (partícula expletiva) encontramos/ a


forma da mulher amada”. O vocábulo “que” retoma, no contexto, o termo “curvas”. R:
Preparação Permanente FCC

F. Somente seria verdadeiro se o que fosse pronome relativo. Contudo, trata-se de


partícula expletiva.
 Q? “É (verbo ser) em curvas (adj. adv.) que (partícula expletiva) encontramos/ a
forma da mulher amada”. O vocábulo “que” empresta ao enunciado carga semântica
enfática. R: V.

10) Pronome relativo:


(i) Une orações a partir de uma palavra comum entre elas.
(ii) Retoma, no contexto, um termo antecedente com o qual mantém
relações de sentido.
(iii) Pode ter como antecedente a redução “o”.
(iv) Introduz oração subordinada adjetiva, cujo sentido é definido por sinais
de pontuação.
(v) Todo pronome relativo exerce uma função sintática na oração de que faz
parte.
Exemplo: As experiências [a que (pronome relativo/complemento
nominal) fiz referência (nome)] foram importantes.  Fiz
referência às experiências (complemento nominal).
Exemplo: Pensou no [que (no que = naquilo/pronome relativo/OD)
haviam lhe proposto].  “Haviam lhe proposto aquilo (OD)”.
Exemplo: Não encontrou os documentos [a que me referi]. 
Referi (VTI) –me (parte integrante do verbo) aos documentos (OI).

11) Partícula expletiva:


(i) Não apresenta função sintática, nem função semântica.
(ii) Objetiva melhorar a sonoridade da frase.
(iii) Tem caráter enfático, logo pode ser suprimida.

 Modelos mais comuns:


Ser + Adj. Adv. + que + resto da frase.
Exemplo: Foi em Londres que (partícula expletiva) se descobriu a
vacina.
Exemplo: A cidade de Londres, em que (pronome relativo) estive
no último ano, guarda belezas.

Sujeito + é que + resto da frase.


Exemplo: As crianças [é que (partícula expletiva)] sabem de tudo.

Que + substantivo. OBS: A FCC não cobra esse modelo.


Exemplo: Que (partícula expletiva) coisa mais estranha.
Exemplo: Faz dois anos que (partícula expletiva) estou aqui.
Preparação Permanente FCC

12) Conjunção integrante:


(i) Apenas une orações sem estabelecer relação de sentido entre elas.
(ii) Introduz oração subordinada substantiva, ou seja, oração com função
sintática na principal.
(iii) (ATENÇÃO!) Não retoma termos.

Exemplo: A certeza de que a vida passa muito rápido (oração


subordinada substantiva completiva nominal) nos faz ousar e
sonhar28.
Exemplo: Estava ciente de que nada seria mudado no local
(oração subordinada substantiva completiva nominal).
Exemplo: É importante que o governo estabeleça padrões de
consumo (oração subordinada substantiva subjetiva).

RESUMINDO:
Conjunção consecutiva  tal, tanto, tamanho...
Conjunção comparativa  mais, menos maior...
Conjunção explicativa  imperativo/=pois
Conjunção aditiva  verbos repetidos
Preposição acidental (x conjunção integrante)  ter/haver + infinitivo (=de)
Substantivo  acentuado/com determinante.
Pronome interrogativo  ?
Advérbio de intensidade  não se refere a substantivo (x partícula expletiva).
Outras locuções conjuntivas  expressão (ainda que, mesmo que...).
Partícula expletiva  modelos/tentar suprimir (pode estar combinada com o verbo).
Pronome relativo  Caso DR (o que); retoma o antecedente.
Conjunção integrante (só une orações)
(pode ser combinada com o verbo ser)

 Q? (FCC) “No Brasil e em outros países, estamos tão desestimulados a


participar da vida política que se afigura, por motivos diversos, como opção única que
nos esquecemos de tentar mudá-la”. Marque a alternativa certa:
a) Seria possível, sem que nenhum outro ajuste fosse feito, suprimir a forma “nos”
(L2). R: F. Esqueceu-se de tudo./Esqueceu tudo. A frase é incorreta por questões de
regência.
b) O vocábulo “que” (L2) introduz uma consequência do que foi mencionado
antes. R: F.
c) O pronome “la” (L3) retoma a palavra “política”. R: E. Retoma a expressão
“vida política”.

28
(FCC) A colocação de vírgulas depois de certeza e antes de nos não implicaria erro nem alteração de
sentido. F.
Preparação Permanente FCC

d) Seria possível inserir uma vírgula logo após o vocábulo “única” sem prejuízo
para o sentido e/ou correção. R: C.

FUNÇÕES SINTÁTICAS DE PRONOME RELATIVO.


Exemplo: As moças (OD) que (eu) encontrei (VTD) eram bonitas.
Exemplo: As moças que chegaram eram bonitas.  que chegaram  que = sujeito.
Exemplo: O motorista que prejudicam as iluminações públicas durante a condução do
veículo terá direito à indenização em caso de acidente.
Exemplo: As crianças que reproduz a imagem produzida na televisão, não podem ser
vistas como seres autônomos.

PASSOS:
1) Isolar a oração adjetiva de modo que a outra oração tenha sentido completo.
2) Identificar o termo antecedente.
3) Reescrever a oração do pronome relativo substituindo-o pelo termo
antecedente.
4) A função sintática do pronome relativo será a mesma do termo que ele substitui
na oração construída em 3.
5) As coisas a que fiz alusão podem acontecer em breve.
6) O rapaz que havia no local não estava disponível.
7) A lei que faltava será elaborada em breve

(b) PARTÍCULA SE:


1) Conjunção (une orações)
a. Conjunção integrante
b. Conjunção condicional.
c. Conjunção causa-efeito
2) Pronome (associado a um verbo)
a. Pronome apassivador
b. Índice de indeterminação do sujeito.
c. Pronome reflexivo
d. Parte integrante do verbo
e. Partícula expletiva.

SE – CONJUNÇÃO
 Q? (1) “Se o Brasil vai mal, é porque faltam recursos”. A supressão do conector
“se” não implicaria erro gramatical nem comprometeria o sentido da frase, assegurado
pelo conector “porque”. R: F. seria também necessário suprimir o verbo ser na terceira
pessoa, caso contrário, restaria equivocada a frase.
Preparação Permanente FCC

 Q? (2) “Se (conjunção integrante – oração subordinada substantiva objetiva direta)


haverá outro evento no país, ninguém (sujeito)soube dizer (VTD)”. A vírgula no
período se justifica por isolar oração adverbial antecipada à principal. R: F. Trata-se de
oração subordinada substantiva, logo, a pergunta está errada.
 Q? (3) “Ela só voltará ao Brasil (condicional necessária) se (conjunção condicional)
houver uma solicitação formal”. Seria possível inserir uma vírgula logo após a palavra
“Brasil” mantendo-se o sentido e a correção gramatical. R: V. tratando-se de uma
oração condicional, a inserção da vírgula é possível.
 Q? (4) “Se ela quisesse resolver o caso, já o teria feito”. A substituição do
conector “se” por “caso” não prejudica o sentido nem a correção gramatical. R: V.
 Q? Em três (3), a substituição do conector se, por caso, não implica erro nem
incorreção gramatical. R: V. O conector caso somente não aceita
 Q? (5) “Ela não respondeu (VTD) se isso ajudaria em tais quais (OD)”. Em
cinco, a oração introduzida pelo conector se funciona como complemento do verbo
responder. R: V.
 Q? (6) “Se (conjunção causa-efeito) tudo é difícil, temos apenas que nos esforçar
mais”. A supressão do conector “se” não implica erro e favorece a colocação de por isso
logo após a vírgula para se reforçar a relação de sentido. R: V.

O se, conjunção integrante:


a) Introduz oração subordinada substantiva (objetiva direta/subjetiva);
b) Não apresenta carga semântica.

O se, conjunção condicional (modo subjuntivo):


a) Introduz oração subordinada adverbial condicional;
b) Pode ser substituído por caso (desde que se observe a relação com o tempo
verbal).

OBS: Pretérito imperfeito do subjuntivo – se/caso; presente do subjuntivo – caso;


futuro do subjuntivo – se.

O se, conjunção causa-efeito (modo indicativo):


a) Se (= já que/como isso é justo, [...]) isso é justo, é o que deve ser feito.

O se, pronome:
Qual é a transitividade?
a) VTD/VTDI  sujeito paciente?
(i) Sim.
(ii) Não.  Sujeito indeterminado? Escrito ou subentendido?
b) VI/VTI/V. Lig.  Sujeito indeterminado? Escrito ou subentendido?
(i) Sujeito indeterminado.
(ii) Não.
Preparação Permanente FCC

 A ação recai sobre o próprio sujeito?  Não.  O verbo pode ser


conjugado com pronome?  Sim (partícula integrante)/Não (partícula
expletiva).
 A ação recai sobre o próprio sujeito? Sim.  Pronome reflexivo
(OD/OI).

Verbo  Sujeito  OD/OI (a si mesmo/a)  conjugar verbo com pronome 


partícula expletiva.

1) Não (adj. adv. de negação) se (PA) pode vender (locução verbal) o mal com o bem
(adj. adverbial de modo), é (verbo de ligação) preciso (predicativo do sujeito) ser também um
pouco mal (sujeito oracional).
2) Aqui (Adj. adv. de local) não (adj. adv. de negação) se (IIS) obedece (VTI) a regras
sem fundamento (OI).
3) O rapaz (sujeito) se (OD) considerava (VTD) mais inteligente (predicativo do
objeto) do que (conjunção comparativa), de fato (adj. adv. de afirmação), era (verbo de
ligação).
4) “Vão (VI) -se (partícula expletiva) os anéis (sujeito), ficam (VI) -se (partícula
expletiva) os dedos (sujeito)”.
5) Procuram (VTD) -se (PA) alternativas (sujeito) que (sujeito) se (parte integrante)
tornem (verbo de ligação) viáveis (predicativo do sujeito) a curto prazo (adj. adv.).
6) Aqui (adj. adv.) se (PA) compreende (VTD) que (conjunção integrante) a vida
(sujeito) se (PA) modifica (VTD) com o tempo (adj. adv.).

ATENÇÃO! A FCC irá cobrar esse tipo de questão envolvendo concordância.

ANÁLISE DE ITEM:
1) Não se (PA) discute (VTD), no Brasil, a validade de contratos que pode (singular
– pode – concorda com validade; plural – podem – concorda com contratos) chegar a cerca de
(a aproximadamente) dois anos. C.
2) Não (adj. adv. de negação) foi feito nenhum (dupla negação) reparo na algum via,
desde que se (PA) aprovaram (VTD) medidas para recuperação da malha viária em
comento. F.
3) Ainda, apesar dos (de os – regra: não se pode juntar de com artigo antes de verbos no
infinitivo) governantes, para certos assuntos, julgarem-se incólumes à eficácia de leis,
tudo pode ser avaliado a despeito do juízo equivocado sobre o tema.
4) Afim (afinidade) ao esforço do governo, a medida prevê também que a lei se
(parte integrante) torne mais ampla e tenha efetividade social, o que reflete a vontade do
povo. C.
5) Juristas de todo o país disseram que não se (IIS) tratavam (VTI) de medidas (OI)
isoladas e sem engajamento. F.
Preparação Permanente FCC

6) Na medida que (À medida que estudou (proporção)/Na medida em que


estudou (causa)) estudou, logrou êxito em seus propósitos ainda que nem sempre
tivesse recebido o apoio de terceiros. F.
7) Depois de melhor mais bem (depois de particípio, usa-se sempre mais bem, nunca
melhor) avaliada a situação, chegaram à conclusão de (complemento nominal) que não se
(PA) dão (VTD) punições (sujeito) sem justificativas. F.
8) O governo, a população – soberana em relação ao primeiro – (travessão
necessário), as leis e os regulamentos se diferenciam e se associam. F.
9) No Brasil, teve (houve) quem questionasse o interesse do governo no setor. F.
10) Isso fará que (com que) avaliemos a situação com mais cautela antes de uma
opinião apaixonada. C.

F) PERÍODO COMPOSTO

PENSANDO...
1) Equivalência entre oração reduzida e oração desenvolvida.
Exemplo: Espera-se resolver tais problemas no prazo. 
Espera-se que tais problemas sejam resolvidos no
prazo./Espera que se resolvam tais problemas.
Exemplo: O governo esteve no local para avaliar os prejuízos da
tragédia.  O governo esteve no local para que pudessem ser
avaliados os prejuízos da tragédia.
Exemplo: Ela faria isso para resolver suas pendências.  Ela
faria isso para que suas pendências fossem resolvidas./Ela faria
isso a fim de que/para que se resolvessem suas pendências. 
Ela faria isso a fim de que/para que se resolvessem suas
pendências.

Correlação (voltar ao texto)  Para que suas pendências sejam resolvidas/se resolvam
suas pendências.
Concordância  para que se resolvesse/suas pendências (sujeito plural).
Acréscimo de modalizador  para que suas pendências pudessem ser resolvidas.
Continuar reduzida  A fim de serem resolvidas suas pendências./A fim de se
resolverem suas pendências.

2) Carga semântica de infinitivo.


Exemplo: A persistirem os sintomas, consulte o médico. É
possível mudar a frase, sem que nenhum traço de sentido seja
alterado, para: quando persistirem os sintomas, (...). F. O
correto seria: se persistirem os sintomas.
Exemplo: Ela percebeu o ocorrido ao voltar ao local. É possível
a substituição de “ao voltar” por quando voltar? Sim, é
Preparação Permanente FCC

possível, desde que se ajuste o verbo (correlação entre tempos e


modos) – “quando voltou” – e se verifique o sentido.

A + infinitivo = Condição/se.
Ao + infinitivo = tempo/quando.
Para/a fim de + inf. = finalidade/para que/a fim de que.
Por + infinitivo = causa/porque.
Apesar de + infinitivo = concessão/embora, ainda que...

Exemplo: A considerarem a atitude do rapaz, não o teriam


contratado.  Se considerassem a atitude do rapaz a atitude do
rapaz, não o teriam contratado./Quando considerassem.../Se
considerarem a atitude...

Exemplo: Ao solicitarem recibo, terão direito./Se solicitarem


recibo, [...].
Exemplo: Ao solicitarem recibo, terão [...]./Quando solicitarem
recibo, [...].

Exemplo: Para que os colaboradores avaliassem a questão,


pediram um prazo de 30 dias.

Exemplo: Por questionarem o governo, muitos cidadãos foram


perseguidos.  Porque questionaram/Visto que.

Exemplo: Conquanto o político tivesse direito a esse


tratamento, nada deveria ser feito para isso ocorrer.  Apesar
do de o político ter direito a esse tratamento, nada deveria ser
feito para que isso ocorresse.

3) Carga semântica de gerúndio (mais comuns).


Exemplo: Resolvendo os problemas do setor, ele seria
promovido. Se resolvesse os problemas do setor, ele seria
promovido./Quando resolvesse os problemas do setor, ele seria
promovido.
Exemplo: Ressalta-se o sentido mais específico, considerando-se
o contexto.

a) Adição
Exemplo: Ela discutiu o tema debatendo (e debateu) conceitos
específicos.
Preparação Permanente FCC

b) Causa
Exemplo: Estudando (porque estudou), ele conseguiu ser
aprovado.
c) Consequência
Exemplo: O interesse no setor era tão grande impedindo (que
impedia) análises adversas ao tema.
d) Concessão
Exemplo: Mesmo estudando (Embora tivesse estudado) pouco,
conseguiu ser aprovado.
e) Tempo
Exemplo: Chegando (quando chegou ao local/ao chegar ao local) ao
local, percebeu o ocorrido.
f) Condição
Exemplo: Estudando (se estudassem), as pessoas seriam mais
cultas.
g) Modo/conformidade
Exemplo: Ela saiu chorando do local (e estava chorando).

4) A incoerência no uso de articulador, por si só, é erro gramatical.


Exemplo: Contanto que (condição) (mais correto:
embora/conquanto/malgrado) o governo tenha investido em
educação, os resultados ainda não são visíveis.
Exemplo: Porquanto (Causa) (mais correto:
Conquanto/embora/posto que) não haja interesse no setor de
turismo, ele evoluiu consideravelmente nos últimos anos.
Exemplo: À medida em que À medida que o governo investe
no setor, terá retorno de modo satisfatório.

5) Conjunção subordinativa pede modo subjuntivo.


Exemplo: Embora, por razões diversas, em função de
problemas tanto políticos quanto econômicos, o governo
encontra dificuldades em representar o povo, muito valor tem o
processo democrático.
Exemplo: Caso houver aula, eu irei. F. Caso haja aula, eu irei. 
Se houver aula, eu irei.
Exemplo: Ainda que se consume o proposito democrático, será
necessário modifica-lo em países de governo autoritário. V.
Consume do verbo consumar (X consumir  consuma).

6) A frase é incoerente por ausência de oração principal.


Exemplo: Apesar de os brasileiros serem mais bem avaliados
em inúmeras pesquisas acerca de temas relacionados à
Preparação Permanente FCC

convivência, ainda que se tenha uma visão contrária em termos


populares. FALTA ORAÇÃO PRINCIPAL.

7) Ajuste verbal, posição do conector e sentido.


Exemplo: Os homens deixam problemas pendentes ao longo da
vida e desenvolvem conflitos existenciais. O conector “e”, no
período, tem valor conclusivo e pode ser substituído por
“pois”. Falso. Nessa hipótese, o “pois” será considerado
explicativo e não conclusivo.
Exemplo: Embora existam problemas operacionais, eles podem
[...]. O conector “embora” pode ser substituído por “apesar de”.
Falso.
Exemplo: O Brasil, no entanto, merece outro tratamento. O
conector intercalado, no entanto, pode ser substituído por
“mas”, “contudo” ou “entretanto”? Não, pois o “mas” não pode
ser colocado como termo intercalando. Ocupa, necessariamente,
lugar no início da oração.

8) ???????
Exemplo: O Brasil é um país rico, mas as pessoas são pobres.

 Q? Começando com “as pessoas são pobres...”, a sequência correta seria: R: C.


a) No entanto o Brasil é rico.
b) Embora o Brasil fosse rico.
c) Ainda que o Brasil seja rico.

OBS: Quando se inverte a ordem de uma oração coordenada


assindética/conjunção/oração coordenada sindética adversativa, a oração principal
tornar-se-á subordinada concessiva e a coordenada sindética principal assindética. A
orientação semântica predominante.

Exemplo: Ela é bonita, mas ronca./Ela ronca, embora seja


bonita.
Exemplo: Embora fosse gentil (oração subordinada concessiva),
falava alto (oração principal)./Era gentil (oração coordenada
assindética), mas falava alto (oração coordenada sindética
adversativa).

Oração principal = oração coordenada sindética adversativa.


Oração subordinada concessiva = oração coordenada assindética.
Preparação Permanente FCC

(a) PERÍODO COMPOSTO


1) Socorro! (frase nominal – não apresenta verbo)
2) Espero que o Brasil melhore nos próximos anos. (período composto - frase
verbal).
3) Não sabia se isso seria feito. (frase verbal)
4) Apesar do medo, temos de buscar nossas realizações. (frase verbal)
5) Não existe forma de vencer o mal que não seja de fato, boa. (Período composto
– 3 orações - frase verbal).

Conceitos básicos:
1) Frase: qualquer enunciado com sentido completo.
a) Frase nominal (não apresenta verbo)
b) Frase verbal (apresenta pelo menos um verbo)

2) Oração (verbo + locução verbal): estrutura construída em torno de um verbo ou


de uma locução verbal. Não necessariamente possui sentido completo.
Exemplo: ela disse que isso seria resolvido.
O governo tem problemas; o provo, também.

3) Período: enunciado constituído de uma ou mais orações que apresentam


sentido completo.
a) Período simples: constituído de uma única oração denominada oração
absoluta.
b) Período composto: constituído de duas ou mais orações.

PENSANDO...

1) No Brasil, há inúmeras atitudes que comprometem o desenvolvimento do país.


 Q? Há uma oração, no trecho, que explica o tipo de atitude a que se refere o
locutor. R: F. Há uma oração que delimita, não que explica a atitude referida (oração
subordinada adjetiva restritiva). Para o trecho explicar é preciso, necessariamente, que
haja vírgula.

2) Amar (sujeito) é se permitir conhecer o outro.


 Q? Sujeito e predicativo são representados por orações. R: C. Período composto
por quatro orações (quatro verbos).

3) Não interessa ao homem a velha forma de organização social.


 Q? O verbo está no singular em função de apresentar sujeito oracional. R: F. O
sujeito não é oracional, mas simples. Sempre que o período for simples, tem-se oração
absoluta.
Preparação Permanente FCC

4) Para a maioria das pessoas, pode, em função de situações específicas, existir problema de
natureza emocional.
 Q? A expressão entre vírgulas interrompe a locução modalizada pelo verbo
poder. R: C.

5) Ela resolveu a questão como uma pessoa madura.


 Q? O período é composto, embora apresente apenas um verbo. R: C. “Como” =
conjunção comparativa. Segundo verbo subentendido: “[...] como uma pessoa madura
resolveria”.

(b) PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO.

1) Brigam muito (oração coordenada29 assindética): querem o divórcio (oração


coordenada assindética).
2) Ele estuda demais (oração coordenada assindética) e (=mas; oração coordenada
sindética adversativa) não progride.
3) O governo é leito pelo povo (oração coordenada assindética); deve, pois (conjunção
conclusiva), representa-lo (oração coordenada sindética conclusiva).
4) O governo é eleito pelo povo (oração coordenada assindética), pois (conjunção
explicativa) deve representa-lo (oração coordenada sindética explicativa).
5) Todos trabalhavam (oração coordenada assindética), mas (conjunção adversativa)
alguns enrolavam (oração coordenada sindética adversativa) ou não faziam as tarefas
(oração coordenada sindética alternativa).

 Nos períodos compostos por coordenação, as orações são independentes do


ponto de vista sintático.
 Do ponto de vista semântico, elas guardam relação de sentido mesmo se não
houver conector.
 Em um período composto exclusivamente por coordenação, não há oração
principal.
 A prevalência de sentido é das orações coordenadas sindéticas, ou seja, a
orientação semântica é dada pela oração introduzida por conector.
 Há dois tipos de oração coordenada: (a) assindéticas: aquelas que não são
introduzidas por conector; (b) sindéticas: aquelas que são introduzidas por conector.
o Tipos de coordenadas sindéticas:
(i) Aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda30, não
apenas... como, etc.
Exemplo: Ela não só resolveu o problema como propôs
algumas ações para o futuro. ATENÇÃO! É impossível trocar o

29 Orações independentes entre si.


30
Correlato: é impossível a supressão de uma parte sem a igual supressão da outra.
Preparação Permanente FCC

“como” por “e”, pois o primeiro é um correlato (não só... como).


Assim, seria necessário a supressão da primeira parte para a
supressão da segunda. É possível, contudo, a troca do “como”
por “mas ainda”.
Exemplo: (1) As pessoas trabalham e nem se divertem./(2) Não
resolveu as tarefas e nem se posicionou sobre elas. Na frase (1),
o nem é considerado advérbio. Na frase (2), há uma incorreção
com o “e” anterior ao “nem”.

OBS: A conjunção “nem” somente é possível quando a oração anterior for negativa.

(ii) Adversativas: mas, não obstante, entretanto, no entanto, porém,


contudo, todavia...
Exemplo: O povo precisa de apoio, contudo há (oração
coordenada assindética), contudo, há poucos voluntários (oração
coordenada sindética adversativa).

(iii) Alternativas: ou, ou... ou, quer... quer, seja... seja, ora... ora.
Exemplo: Ora bebia (oração coordenada sindética alternativa), ora
fumavam (oração coordenada sindética alternativa), e a vida ia
passando devagar (oração coordenada sindética aditiva).

(iv) Conclusivos: desse modo, dessa forma, assim, logo, por isso, então, por
conseguinte, portanto, pois (depois do verbo).
Exemplo: O setor é de nossa responsabilidade, portanto
devemos nos esforçar/devemos, pois, nos esforçar/devemos,
pois, esforçar-nos31 (oração coordenada sindética conclusiva).

(v) Explicativos: que (após imp.), porque, porquanto, uma vez que, visto
que, pois (antes do verbo).
Exemplo: Estudem, que as provas podem estar difíceis.
Exemplo: O mundo é desigual, pois prevalece a ordem
individual.

OBS:
1) e/mas  Os conectores “e” e “mas” podem ter seus sentidos alterados.
Exemplo: Deixei a porta aberta, e (= por isso; conclusivo) o ladrão
entrou.
Exemplo: “Não nos deixeis cair em tentação, mas (=e; aditivo)
livrai-nos do mal”.

31
Melhor construção.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: As pessoas trabalham e (=mas) ganham pouco.

2) Ou  Ocasionalmente, o conector “ou” é usado com valor aditivo.


Exemplo: Cigarro ou (=e) álcool fazem mal à saúde.
Exemplo: Contratou um seguro contra furto ou (=e) roubo.
Exemplo: O presidente ou o vice – em caso de ausência daquele
– assinará o acordo.

3) Pois  O conector “pois” pode ter seu sentido alterado em função da posição
que ocupar no período. Antes do verbo, tem natureza explicativa; depois do verbo, tem
natureza conclusiva.
Exemplo: O mundo não se conscientiza de questões
importantes, pois (=porque; explicativo) prefere a ignorância à
reflexão.
Exemplo: As pessoas preferem a ignorância à reflexão; devem,
pois (=por isso, logo; conclusivo), arcar com os ônus de tal escolha.
Exemplo: Ele é meu pai; respeito-o, pois (=por isso, logo).

4) Assindéticas  Mesmo as orações assindéticas guardam entre si, relações de


sentido.
Exemplo: Ouviu um barulho, (por isso/logo) levantou-se,
(mas/no entanto) não era nada32.

5) Causa x explicação  Os conectores de causa e de explicação são idênticos. Para


diferenciá-los, lembre-se de que causa é motivo e que explicação é evidência.
Exemplo: Ela chorou, porque (explicação) seus olhos estão
vermelhos.
Exemplo: Ela chorou, porque (causa) seu pai foi embora.

(c) PONTUAÇÃO NAS ORAÇÕES COORDENADAS.

As orações coordenadas, sindéticas e assindéticas, são separadas por vírgulas ou outros


sinais de pontuação.
Exemplo: O Brasil é um país rico, no entanto o povo passa
fome. ATENÇÃO! Sempre que um conector iniciar a segunda
oração, existirá apenas a vírgula antecedente, sendo
desnecessária a vírgula posterior.

32
Há, entre as duas primeiras orações do período, relação de conclusão e, entre as duas últimas,
relação de oposição.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: O Brasil é um país rico, o povo, no entanto, passa


fome. ATENÇÃO! Se o conector estiver no interior da segunda
oração, ele deverá vir entre vírgulas.
Exemplo: O Brasil é um país rico. No entanto, o povo passa
fome. ATENÇÃO! Se o conector vier precedido de pausa forte,
será facultativo o uso de uma vírgula após o conector.
Exemplo: O Brasil é um país rico; no entanto, o povo passa
fome. ATENÇÃO! Se o conector vier precedido de pausa forte,
será facultativo o uso de uma vírgula após o conector.

(d) PERÍODO COMPOSTO – ORAÇÕES SUBORDINADAS

OBS: Duas orações subordinadas podem ser coordenadas entre si, nesse caso,
exercendo a mesma função sintática.

Podem ser:
a) Reduzidas (substantivas, adjetivas, adverbiais):
(i) Não apresentam conector;
(ii) Apresentam verbo em forma nominal (infinitivo, gerúndio, particípio).
Exemplo: Espera (VTD) -se (PA) resolver o caso (oração
subordinada substantiva subjetiva).

b) Desenvolvidas:
(i) Apresentam conector, o qual pode ser: uma conjunção integrante, um
pronome, um advérbio interrogativo ou uma conjunção subordinativa.
(ii) Apresentam verbo conjugado.

Exemplo: Espera (VTD) -se (PA) que o caso seja resolvido


(oração subordinada substantiva subjetiva).
Exemplo: Espera (VTD) -se (PA) resolver o caso (sujeito) e
reaver o dinheiro.

(e) ORAÇÕES REDUZIDAS


1) A moça vestindo roupa preta (oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de
gerúndio = que vestia roupa preta) tinha boas referências.
2) A considerarmos o futuro do país (oração subordinada adverbial condicional
reduzida de infinitivo = se considerássemos o futuro...), estaríamos sem motivação.
3) Ela veio ao Brasil (oração principal) para resolver pendências (oração subordinada
adverbial final reduzida de infinitivo).
4) A vontade dos homens de discutir o tema (de que se discutisse o tema/de que o tema
fosse discutido) era grande.
Preparação Permanente FCC

5) Se (conjunção integrante) não encontrar (verbo no futuro do subjuntivo) a moça


(oração subordinada adverbial condicional), faça outra busca. = Não encontrando a moça,
faça outra busca.

ORAÇÕES SUBSTANTIVAS ADJETIVAS ADVERBIAIS


SUBORDINADAS
O que olhar? O que falta na Pontuação Sentido + conector
principal. (presença de
vírgula)
Característica Exercem função Referem-se a um Exprimem uma
sintática na oração termo da principal circunstância em
principal. (). relação a principal.
Conector Conjunções Pronome relativo Conjunções
integrantes (que, (que, o qual, cujo...). subordinativas (se,
se); pronomes enquanto, caso,
(quem, qual, embora, desde
quanto); advérbio que...)
interrogativo (para
que, onde, como,
por que).
Tipos Subjetiva; Restritiva. Condicional
Objetiva direta; Explicativa. Conformativa.
Objetiva indireta; Comparativa
Predicativa; Concessiva.
Apositiva; Causal
Agente da passiva; Consecutiva.
Completiva Final
nominal. Temporal
Proporcional
modal

(f) ORAÇÕES SUBSTANTIVAS


1) Não se (PA) sabe (VTD) se isso realmente aconteceu (oração subordinada
substantiva subjetiva).
2) O rapaz estava certo de (nome + prep.) que o futuro seria melhor (oração
subordinada substantiva completiva nominal).
3) Não (adj. adv. de negação) desejava (VTD) que isso acontecesse novamente (oração
subordinada substantiva objetiva direta).
4) Duvidava de que algo seria feito em favor do menor (oração subordinada
substantiva objetiva indireta).
Preparação Permanente FCC

5) O fato (sujeito) é (verbo de ligação) que, muitas vezes, não temos alternativa
(oração subordinada substantiva predicativa).
6) Queria apenas uma coisa: que isso fosse feito33 (oração subordinada substantiva
apositiva).

SUBSTANTIVAS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO


PRINCIPAL
Subjetiva (exemplos 1) Verbo de ligação + predicativo do sujeito
VTD/VTDI + se
Verbo Intransitivo
Objetiva direta (exemplo 2) VTD/VTDI (sem se)
Objetiva indireta (exemplo 3) VTI/VTDI (preposição facultativa)
Completiva nominal (exemplo 4) Nome (+ preposição)
Apositiva (exemplo 5) “:” ou “,” mesmo com conector
Predicativa (exemplo 6) Sujeito + Verbo de Ligação
Agente da passiva (exemplo 7) Voz passiva analítica

Exemplo1: É (verbo de ligação) importante (predicativo do sujeito)


que isso seja avaliado (sujeito).
Exemplo1: Nota (VTD) -se (PA) que tudo está resolvido
(sujeito).
Exemplo1: Convém (VI) que isso seja feito (sujeito).
Exemplo2: Notou (VTD) que tudo estava resolvido (OD).
Exemplo3: Necessitava (VI) de que (preposição facultativa) o
ajudassem.
Exemplo4: Tinha necessidade de que o ajudasse.
Exemplo5: Queria ouvir uma coisa: que tudo estava acabado.
Exemplo7: A decisão foi tomada por quem estava no local
(agente da passiva).

(g) ORAÇÕES ADJETIVAS

1) Orações subordinadas adjetivas explicativas  com vírgula (um ou todos:


conjunto unitário ou generalização)
2) Orações subordinadas adjetivas restritivas  sem vírgulas (parte de um
conjunto maior)
Exemplo: O medo, que é protetivo (explicativo; apenas um medo),
faz bem ao indivíduo.  Há apenas um medo e ele é protetivo.

33
Na oração apositiva, existe a previsão de ser facultativo o uso de dois pontos ou vírgula junto
com conector.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: O medo que é protetivo (restritivo; + de um medo) faz


bem ao indivíduo.  Há vários tipos de medo, e o locutor faz
referência ao medo protetivo.

(h) ORAÇÕES ADVERBIAIS


1. Causais: como, porquanto, haja vista, na medida em que, uma vez que, visto
que, já que, porque, pois...
2. Consecutivos: tão, tal, tanto, tamanho... (qualquer intensificador) + conector
(que, de forma que, de modo que, de maneira que, de sorte que...).
3. Concessivos: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, em que
pese, malgrado, conquanto, apesar de...
4. Condicionais: se, caso, desde que, a menos que, somente se...
5. Comparativos: como, igual a, mais (do) que, menos (do) que, tal qual, tanto
quanto...
6. Conformativos: conforme, segundo, de acordo com, consoante, como...
7. Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais... mais, quanto
menos... menos....
8. Finais: para que, a fim de que...
9. Temporais: enquanto, mal, desde que, assim que, logo que, quando...

10. PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação servem para dar sentido aos textos escritos.


Alterações na pontuação de um texto/trecho podem implicar mudança de sentido.

 Justificativa
 Trocas
 Alterações  Implicação semântica
 Norma culta

Texto: As mulheres que buscam resolver conflitos são vistas socialmente como
mediadoras. Essa característica pode ser observada em várias situações cotidianas. Em
casa, no trabalho ou no trânsito, há uma tentativa concreta de evitar discussões e temas
polêmicos. Embora isso seja evidente, existe uma contraposição a ser feita – nem
sempre evitar conflitos ajuda a resolver, de fato, um problema.

 Q? A inserção de vírgula logo após a palavra mulheres não implicaria erro


gramatical, mas alteraria o sentido básico da frase. R: F.
Preparação Permanente FCC

 Q? A substituição do ponto final após cotidianas não implicaria erro gramatical


se feita por dois pontos, desconsiderando-se os ajustes de letras maiúsculas.
 Q? A substituição da vírgula após evidente, poderia ser substituída por “;” não
implicaria erro gramatical. R: F.
 Q? A substituição do travessão (–) por dois pontos, não implicaria erro
gramatical. R: C.
 Q? As duas vírgulas empregas no terceiro período do texto, têm a mesma
justificativa gramatical. R: F.
 Q? A colocação de um par de vírgulas na palavra socialmente não implicaria
erro nem mudança de sentido. R: C.
 Q? Para facilitar a leitura da frase, é aconselhável a colocação de uma vírgula
após a palavra observada. R: F. Trata-se de um adjunto adverbial no final da frase, o
que torna a vírgula facultativa, contudo, sendo desaconselhável em razão de o adjunto
se encontrar em sua posição natural.

Norma Culta
1) No Brasil – país em desenvolvimento, faltam investimentos em setores variados
como, por exemplo, saúde e educação, por isso não há expectativas de melhorias a
curto prazo.
 Errado. O travessão deve, necessariamente, ser fechado, pois
desempenha função diferente da vírgula. Por essa razão, é necessário, também,
que se mantenha a vírgula após o travessão.

2) O governo, de certa forma, impede o crescimento do país, e, por isso, o povo


descredibiliza, em parte, suas atitudes.

 Correto. Há uma vírgula antes do “e” em razão dos sujeitos diferentes.


ATENÇÃO! No caso da FCC, é admissível a vírgula antes do “e” no caso de
sujeitos iguais.

3) Em razão de problemas variados, discutiu-se que o certo é relativo, até certo


ponto, a menos que se defina, em tese o que é certo.
 Errado. Falta a vírgula após o “em tese”.

A) USO DA VÍRGULA
Em que casos ocorrerão alteração de sentido com a supressão das vírgulas dos termos
sublinhados.
1) A mulher, de fato, não quis falar sobre o caso.
 A supressão das vírgulas alterará tanto o sentido quanto a função
sintática (passará de adjunto adverbial para adjunto adnominal).
Preparação Permanente FCC

2) O caso, hoje em dia, renderia pouco debate.


 A supressão das vírgulas não altera o sentido da frase.

3) O local, onde ele foi encontrado, parecia um deserto.


 A supressão das vírgulas causa a alteração de sentido, convertendo a
oração subordinada adjetiva explicativa em oração subordinada adjetiva
restritiva.

4) O medo, que paralisa o homem, é prejudicial à sociedade.


 A supressão das vírgulas causa a alteração de sentido, convertendo a
oração subordinada adjetiva explicativa em oração subordinada adjetiva
restritiva.

5) O assunto, sobre o qual falávamos, não tinha relevância.


 A supressão das vírgulas causa a alteração de sentido, convertendo a
oração subordinada adjetiva explicativa em oração subordinada adjetiva
restritiva.

6) A autora, de cujas obras gostávamos, esteve no local.


 A supressão das vírgulas causa a alteração de sentido, convertendo a
oração subordinada adjetiva explicativa em oração subordinada adjetiva
restritiva.

7) A decisão tomada pelo diretor, agradou a todos.


 A supressão das vírgulas causa a alteração de sentido, convertendo a
oração subordinada adjetiva explicativa em oração subordinada adjetiva
restritiva.

B) CASOS PROIBIDOS

A atual crise política brasileira (sujeito) (1) prejudica (VTD) (2) a imagem (3) do país
(OD) (4) no exterior (adj. adv. de lugar).

1) Não se usa vírgula entre os constituintes diretos de uma mesma oração.


a) Não se usa vírgula entre sujeito e predicado (=sujeito e verbo).
Exemplo: Quem ama não trai.
Exemplo: Quem estuda passa no concurso.

b) Não se separa por vírgula, o verbo do seu complemento (não se separam


por vírgula os complementos de um mesmo verbo nem o predicativo do verbo
ou do objeto).
Preparação Permanente FCC

Exemplo: Informaram ao diretor (OI) do local que o problema


seria resolvido em breve.
Exemplo: Ele (sujeito) se tornou (Verbo de ligação) uma referência
em sua área.

c) Não se separa por vírgula o nome de seus adjuntos ou de seus


complementos.
Exemplo: A crítica (núcleo do sujeito) da oposição (adj. adn.) ao
governo (CN) tem (VTD) fundamentos históricos (OD).

OBS: Vírgula no adjunto adverbial:


Pequena  até três sílabas/ 1 palavra.
Média  4 a 10 sílabas/ até 3 palavras.
Grande  + de 10 sílabas/ + de 3 palavras.

O adjunto adverbial pode estar no início, no meio ou no fim da frase. Se estiver no


início, a vírgula será facultativa se “P” e obrigatória nos demais casos. Quando estiver
no meio da frase, somente será obrigatória se G, sendo facultativa nos demais casos.
Quando vier no fim da frase, será sempre desaconselhável. O último caso é indicado
para dar ênfase.

Hoje, (vírgula facultativa) as coisas são diferentes.


As coisas, hoje, (vírgulas facultativas) são diferentes.
As coisas são diferentes, (vírgula facultativa e desaconselhável) hoje.

Se “P”, as vírgulas serão sempre facultativas:


Exemplo: Hoje em dia, as coisas [...](vírgula facultativa)
Exemplo: As coisas, hoje em dia, são diferentes. (vírgula
facultativa)
Exemplo: As cosias são diferentes, hoje em dia. (vírgula
facultativa e desaconselhável)

Se “N”, a vírgula será obrigatória no início do período e facultativa nos demais


casos.
Exemplo: Em situações como aquelas, as coisas são diferentes.
Exemplo: As coisas, em situação[...], são [...].
Exemplo: As coisas [...]. em situações como aquelas.

Se “G”, a vírgula será obrigatória no início e no interior de oração e facultativa no


fim da oração.
Preparação Permanente FCC

A vírgula antes do conector “e”


a) “O governo investiu em educação e aguarda resultados”.
 Segundo a regra, quando os sujeitos forem iguais, não se deve usar a
vírgula entre o conector “e”, sendo desaconselhável seu uso. ATENÇÃO! A
FCC aceita essa vírgula.

b) O governo investiu em educação e o povo aguarda resultados.


 Vírgula antes do “e” quando os sujeitos forem diferentes é
recomendável.

c) O governo investiu em educação e não obteve resultados.


 Quando o “e” apresenta valor de “mas”, a preferência é pelo uso da
vírgula.

d) Ela chorava, e pedia, e implorava, e chamava pelo rapaz.


 A vírgula antes do conector “e”, quando usado como polissíndeto, é
obrigatória.

OBS: Polissíndeto (figura de linguagem) = consiste na repetição do conector “e” para


efeito de ênfase.

e) O rapaz reconheceu a falha e as mudanças do setor.

Uso da vírgula

1) Isolar aposto (termo explicativo): a vírgula, nesse caso, pode ser substituída por
travessão para dar maior ênfase.

Exemplo: O Brasil, país de clima tropical, tem grande potencial


turístico.
Exemplo: Vivemos no Brasil: país de um clima tropical.

2) Isolar vocativo (chamamento)


Exemplo: Estudem, alunos, para as provas.
Exemplo: O jornalista, Roberto Rocha, esteve no local.  Fora
de contexto, o enunciado que constitui o segundo período do
texto é ambíguo (aposto ou vocativo).

3) Separar itens de enumeração ( = palavras coordenadas entre si, = palavras com


a mesma função, = palavras da mesma classe).
Preparação Permanente FCC

Exemplo: O Brasil, a China – país em abertura –, o Canadá e os


Estados Unidos mantêm relações comerciais. OBS: O “e” dá a
ideia de finalizar a sequência; o que não ocorreria com a
repetição da vírgula, a qual daria a ideia de continuidade.
Exemplo: Sou favorável a lei, regra, regulamento, diretriz,

4) Separar local de data


Exemplo: Belo Horizonte, 5 de dezembro (em letra minúscula) de
2015.

5) Isolar objeto pleonástico (= repetido na frase).


Exemplo: Quanto ao dinheiro, já o devolvi.
Exemplo: “A mim, nada me interessa”.

6) Isolar expressões de natureza explicativa/retificativa (ou seja, isto é, quer dizer,


ou melhor, ou ainda, por exemplo, como se vê...).
Exemplo: O Brasil é um país rico, ou seja (explicativo), dispõe de
muitos recursos naturais.
Exemplo: Leo o livro todo, ou melhor (retificativo), as partes
indicadas pelo professor.
Exemplo: Lia muito, por exemplo (exemplificativo), textos
informativos.

OBS: A FCC costuma entender a maioria das expressões como retificativas. Exceção:
por exemplo.

7) Separar palavras de ênfase ou retificação (inclusive, exceto, menor,


principalmente, senão...).
Exemplo: Todos, inclusive eu, foram aprovados.
Exemplo: Todos gostavam dela, menos eu.

OBS: Em raros casos aparecerá a expressão “de menos”, a qual se dará, normalmente,
por razões de regência. Exemplo: Gostava de menos sal na comida.

8) Indicar elipse (omissão) e zeugma (omissão de um termo com referente) de


termos.
Exemplo: Na minha frente, uma enorme fila.  Tipo de elipse.
Exemplo: Uns querem paz; outros, guerra.  Tipo de zeugma
(há referente).

9) Indicar deslocamento de adjunto adverbial (sobretudo os de grande extensão).


Preparação Permanente FCC

Exemplo: Na opinião de especialistas (adj. adv. de conformidade),


o mundo não sobreviveria sem recursos tecnológicos.

10) Indicar o deslocamento da conjunção coordenada.


Exemplo: O Brasil é um país com futuro (vírgula – para separar
orações coordenadas entre si) por isso devemos ter esperança.
a) O Brasil [...] futuro. Devemos (vírgula) por isso (vírgula –
locução verbal) ter esperança. REGRA: Se o conector estiver no
início da segunda oração, use apenas uma vírgula para separar
as duas orações do período. Se o conector estiver no interior da
segunda oração, coloque-o entre vírgulas para indicar seu
deslocamento.
b) O Brasil [...] futuro; por isso devemos ter esperança.
REGRA: Se o conector estiver depois de ponto e vírgula ou de
ponto final, será facultativa a colocação de uma vírgula após o
conector.
c) O Brasil [...] futuro. Por isso devemos ter esperança.
REGRA: Se o conector estiver depois de ponto e vírgula ou de
ponto final, será facultativa a colocação de uma vírgula após o
conector.

11) Separar orações coordenadas (sindéticas ou assindéticas) entre si.


Exemplo: “Penso (OCA), logo existo” (oração coordenada sindética
conclusiva).
Exemplo: Ouviu um barulho (OCA), levantou-se (OCA), não
era nada (OCA).

OBS: Oração coordenada admite vírgula, ponto e vírgula, dois pontos (desde que sem
conector) e ponto final.
Exemplo: Brigam muito: (sem conector) querem o divórcio.
Exemplo: Brigam muito, por isso querem o divórcio.

12) Isolar oração subordinada substantiva apositiva (: ou , + conector).


Exemplo: Queria apenas uma coisa: que tudo desse certo.

ATENÇÃO! O conector, nesse caso, será uma conjunção integrante.

13) Isolar uma oração subordinada adjetiva explicativa (o conector, aqui, será um
pronome relativo).
Exemplo: O homem, que é mortal, valoriza a vida.  A
supressão da vírgula promove mudança no sentido.
Preparação Permanente FCC

Exemplo: O Canadá, que é um país frio, tem atrativos turísticos.


 A supressão da vírgula, nesse caso, não altera o sentido da
frase, pois implica erro de incoerência, uma vez que existe
apenas um Canadá.

ATENÇÃO! É impossível ocorrer oração adjetiva explicativa após pronome


demonstrativo, pois o pronome, por si só, pede a restrição (ideia de restrição).

14) Isolar oração subordinada adverbial anteposta ou intercalada à principal.


Exemplo: Se houvesse investimento no setor (oração subordinada
adverbial condicional), o desemprego seria menor (oração
principal).
Exemplo: O desemprego, se houvesse investimento no setor
(oração subordinada adverbial condicional), seria menor (oração
principal - partida).
Exemplo: O desemprego seria menor se houvesse investimento
no setor (oração subordinada adverbial condicional).  Vírgula
facultativa.

ATENÇÃO! Se a oração adverbial estiver opôs a principal, a vírgula será facultativa na


prova objetiva.

15) Isolar oração interferente


Exemplo: O pai, dizia a mãe, não era boa pessoa.
Exemplo: A mãe dizia que o pai não era uma boa pessoa
(oração subordinada substantiva objetiva direta).

C) OUTROS SINAIS DE PONTUAÇÃO

(a) Uso de aspas


Indicar que há expressões ou palavras no texto fora do padrão adotado no
texto. Assim, indica: ênfase, gíria, estrangeirismo, arcaísmo, neologismo, ironia,
citação (argumento de autoridade), fala de personagem, coloquialismo,
conotação, título de obra, ditado popular, etc.

(b) Uso de dois pontos (ocasionalmente pode-se trocar os dois pontos por
travessão, parênteses e vírgula).
Tem a função de explicar, concluir, desenvolver, introduzir fala, citação ou
enumeração.

(c) Ponto e vírgula.


Preparação Permanente FCC

Nunca usado em período simples e nem em oração subordinada.


Somente usado em oração coordenada (longa, com vírgula no interior, opostas,
agrupadas, simétricas, em enumeração translinear), pois as orações devem,
necessariamente, ser independentes entre si.
Exemplo: Pedro me ama; José, não.
Exemplo: Os homens só pensam em sexo; as mulheres só em
amor.

(d) Travessões
O travessão simples indica mudança de discurso, já o travessão duplo equivale
a um par de vírgulas e isola termos de natureza explicativa.

(e) Parênteses
Isolam informação acessória, marginal ao texto.
(sigla, explicação, detalhamento, descrição...).

(f) Reticências
Tem a função de hesitar, suspender, continuar o pensamento.
Exemplo: (Hesitar) Ela queria... que eu... que eu... que eu fizesse
isso. (letra minúscula)
Exemplo: (Suspender) Ele foi levado ao hospital com vida,
mas...
Exemplo: (Continuação) Comprei maçã, abacaxi, laranja,
melão...

OBS: Etecetera (etc.): a vírgula antes do etc. é facultativa e o ponto posterior


obrigatório. Antes do etc. não se coloca “e” (conjunção aditiva). A frase seguinte inicia-
se com letra maiúscula. É proibido usar três pontos depois do etc. ADVERTÊNCIA!
Não se usa etc. nas provas dissertativas.

11. REGÊNCIA

A) CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
1) O governo não só concordou (VTI – com) como assinou o contrato proposto
(com o contrato proposto como o assinou).

2) Isso fez com que ela estudasse mais (complemento oracional).


A verdade fará com que o rapaz avalie o caso.

3) Em uma situação como essa, tudo é possível.


Estavam em um lugar deserto.
Preparação Permanente FCC

4) Jamais o desobedeceria (VTI).


Amava o amigo, mas não foi capaz de perdoá-lo.

5) A maneira de ele resolver o caso agradou a todos.


Apenas de os meninos serem amigos, havia problemas.

Regra: Na norma culta não se admite a contração da preposição “de” a artigo ou


pronome antes de verbos no infinitivo.

6) Isso é mais importante que outras coisas.


O Brasil investe mais em educação que outros países.

Regra: Nas orações comparativas, pode usar “que” ou “do que” para se articular o eixo
comparativo.

7) Temos que avaliar nossas metas.


Isso terá que ser feito em algum momento.
Regra: Nas locuções formadas por “ter” ou “haver” + inf., pode-se usar “que” ou “de”.

8) A reunião em a que (pron. rel.) compareci (regência – a) foi produtiva.


As pessoas a cujos sonhos me refiro são especiais.

Regra: Usa-se preposição antes do pronome relativo sempre que o termo posposto a
ele exigir.

9) O rapaz visava (VTI; sentido de desejar – regência: a) ao sucesso profissional.  O


rapaz visava a ele.
Isso assiste ao diretor.  Isso lhe assiste.
O diretor assistiu (VTI; sentido de ver, presenciar – regência: a) ao espetáculo.  O
diretor assistiu a ele.

Regra: Assistir no sentido de ver e aspirar e visar no sentido de desejar não admitem o
“lhe”. Usa-se, então, “a ele(s)” ou “a ela(s)”.

10) Falavam (VI) muito (adj. adv. de intensidade).


(eles) Falavam (VTD) coisas importantes (OD).
(eles) Falavam (VTDI) coisas (OD) importantes ao rapaz (OI).

Regra: A transitividade varia em função do contexto.


Preparação Permanente FCC

PENSANDO...

1) Preferia a vida do campo que à agitação da cidade.  Prefere uma coisa à outra.
2) As mudanças na política implicarão (VTD) em problemas graves.
3) Presenciamos (VTD), a vida toda, ao o esquecimento do poder público.
4) Todos procederam (VTI – a) a à reunião na hora marcada.

B) CASOS DE REGÊNCIA

 Assistir
(i) = Ver/presenciar – VTI (a) – lhe (não aceita). Ela assistia a cenas variadas
(OI).
(ii) = caber – VTI (a). Exemplo: A tarefa assiste (VTI) ao professor (OI).
(iii) = socorrer - VTD. Exemplo: O governo não assiste (VTI) os pobres (OD).
(iv) = morar – VI (regência: em). Muitos brasileiros assistem (VI) em zonas
de risco.

 Querer
(i) = desejar (VTI). Exemplo: Queria (VTD) uma oportunidade (OD).
(ii) = estimar (VTI). Exemplo: Queria (VTI) aos colegas de cursinho (OI).

 Agradar
(i) = fazer agrado (VTD). Exemplo: Mãe agrada (VTD) filho (OD).
Exemplo: O governo não agradou (VTD) o povo (OD).
(ii) = satisfazer (VTI; regência: a). Exemplo: O preço da gasolina não agradou
aos consumidores (OI). Exemplo: O governo não agradou (VTI) ao povo (OI).

 Visar
(i) = por visto (VTD). Exemplo: Ela visou os cheques.
(ii) = mirar (VTD). Exemplo: Visou o alvo e atirou.
(iii) = desejar (VTI; regência: a – não aceita “lhe”). Exemplo: Ela visava (VTI) ao
sucesso profissional (OI).

 Aspirar
(i) = cheirar (VTD). Exemplo: Aspirou um gás tóxico.
(ii) = desejar (VTI; regência: a – não aceita “lhe”). Exemplo: Aspirava a um
cargo público.

 Proceder
(i) = dar início (VTI; regência: a). Exemplo: Procederam (VTI) ao evento
(OI) naquela hora.
Preparação Permanente FCC

(ii) = originar-se (VI/VTI; regência: de). Exemplo: Ele procede (VI) de um


país frio (adj. adv. de lugar). Exemplo: A língua portuguesa procede (VTI) do
latim (OI).
(iii) = ter fundamento (VI). Exemplo: A informação não procede (VI).
(iv) = comportar-se (VI + adj. adv. de modo). Exemplo: Ela procedeu (VI)
educadamente (adj. adv. de modo).

 Responder
(i) = dar resposta (VTI; regência: a). Exemplo: Responda às questões abaixo.
(ii) = falar (VTD). Exemplo: Ela respondeu (VTD) a verdade (OD).
(iii) =algo a alguém. Exemplo: Ela respondeu (VTDI) a verdade (OD) ao
delegado (OI).
(iv) = ser responsável por (VTI; regência: por). Exemplo: Ela respondia pelos
filhos mais jovens.

 Obedecer (desobedecer) (VTI; regência: a). Exemplo: Ele desobedeceu (VTI) às


ordens da irmã (OI)./ Obedeceu (VTI) às regras do setor (OI).

 Preferir (VTDI; regência: a). Exemplo: Preferimos mais (pron. indefinido)


dinheiro a mais (pron. indefinido) felicidade. Exemplo: Preferimos o amor ao ódio.
Exemplo: Preferimos trabalhar e não a estudar. Exemplo: Prefiro mais (adv.) o esforço
(OD) que o ao resultado de certas ações (OI).

 Chegar, ir, voltar, retornar, comparecer (CVC IR – não admitem preposição ir;
as proposições “de” e “para” podem ser usadas, mas alteram o sentido). (VI + adj. adv.
de lugar indicando destino; regência: a). Exemplo: Compareceu na a delegacia para
depor. Exemplo: Foram no ao local do crime. Exemplo: Foram a (destino temporário)
Londres. Foram para (destino permanente) Londres.

 Morar, residir, domiciliar, estar, ficar, permanecer, entregar, continuar...


(Transitividade variável + adj. adv. de lugar; regência: em). Exemplo: Fulano,
residente e domiciliado na rua xx, deve comparecer à delegacia. Exemplo: Entrega-se
em domicílio. Exemplo: A informação está na página 22.

 Acarretar (VTD; ATENÇÃO! Não há preposição em!). Exemplo: Isso acarretará


prejuízos (OD). Exemplo: Isso acarretou perdas humanas.

 Implicar
(i) = acarretar (VTD). Exemplo: Mudança implica progresso. Exemplo: Isso
implicou (VTD) prejuízos (OD).
(ii) = ser implicante (VTI; regência: com). Exemplo: Ela implicava (VTI) com a
vizinha (OI).
Preparação Permanente FCC

(iii) = envolver-se (VTI – pronome -; regência: em). Exemplo: Ela se (parte


Integrante do verbo) implicou (VTI) em escândalos.

 Constar (VTI; regência: de/em). Exemplo: Isso consta no/do documento.


Exemplo: A informação constou de/em ata.

 Simpatizar, antipatizar, empatizar (VTI; regência: com). Exemplo: Eu


simpatizo com você. Exemplo: Simpatizava com o governo.

 Deparar:
(i) VTI; regência: com. Exemplo: Ela deparou com um fato novo.
(ii) VTI (pronome); regência: com. Exemplo: Ela se deparou com um fato
novo.

 Esquecer/lembrar
(i) VTD (sem pronome/sem proposição). Exemplo: Esqueceu (VTD) a data
da prova (OD).
(ii) VTI (com pronome/com preposição; regência de). Exemplo: Esqueceu
(VTI) -se (parte integrante do verbo) da data da prova (OI).
(iii) VTI (sem pronome/com preposição; regência a) – ATENÇÃO! Pode
aparecer pronome com função de OI. Exemplo: Esqueceu (3ª pessoa) -me (1ª
pessoa) a data da prova (sujeito). Exemplo: Lembrou (3ª pessoa) -nos (1ª pessoa) o
ocorrido (sujeito de natureza passiva). Exemplo: Lembrou (VTI) ao rapaz (OI) sua
tarefa (sujeito).

OBS: A preposição de nunca poderá vir sozinho quando reger o verbo


esquecer/lembrar. Exemplo: Esqueci do ocorrido (F). Esqueci o ocorrido (C). Esqueci-
me do ocorrido (C).

 Custar
(i) = ser custoso/ser difícil (VTI + OI + sujeito oracional34; regência: a).
Exemplo: O governo (suj.) custou (VTI) a resolver tais questões (OI Oracional) 
Oração errada, pois ausente sujeito oracional.  Resolver tais questões custou
ao governo (C).
Exemplo: Custamos a entender as diferenças do outro. Errado.  Custa (VTI) -
nos (OI) entender as diferenças do outro (suj. oracional). (C)

(ii) = acarretar (VTDI; regência: a). Exemplo: O casamento custou (VTDI)


sacrifícios (OD) aos noivos (OI).
(iii) = ônus, gastos (VTD/VI). Exemplo: Isso custa (VTD) dinheiro (OD).
Exemplo: Isso custa (VI) caro (adj. adv. de modo).

34
Sujeito oracional impõe ao verbo a terceira pessoa do singular.
Preparação Permanente FCC

 Chamar. = Denominar/cognominar/apelidar (VTD ou VTI com regência a +


predicativo do objeto com de – facultativo). Exemplo: Chamaram-lhe de corrupto.
Exemplo: Chamaram-no corrupto. Exemplo: Chamaram-me de corrupto. Exemplo:
Chamaram-lhe de corrupto.

 Informar, comunicar, cientificar, certificar, notificar, avisar... (VTDI; regência:


a, de, sobre). OBS: Exigem sempre complementos distintos. Exemplo: Informou ao
rapaz (OI) do ocorrido (OI) - Errado./Informou ao rapaz (OI) o ocorrido
(OD)./Informou o rapaz (OD) do/sobre o ocorrido (OI).

 Perdoar, pagar, agradecer (VTD – com coisas – ou VTI – com pessoas – ou


VTDI, desde que respeite as regras de preferência; regência: a). Exemplo: Agradeceu
os amigos pelo apoio (Errado). Agradeceu aos amigos (OI) o apoio (OD) (Correto).
Exemplo (VTD com coisas): Pagou (VTD) suas dívidas (OD). Exemplo (VTI com
pessoas): Pagou (VTI) aos funcionários (OI). Exemplo (VTDI): Pagou (VTDI) suas
dívidas (OD) aos funcionários (OI).

 Atender  Preferencialmente:
(i) VTD (pessoas). Exemplo: Atendeu o pai/ao pai.
(ii) VTI (coisas); regência: a. Exemplo: Atendeu o telefone/ao telefone.

 Namorar (VTD). ATENÇÃO! Não aceita a preposição com. Exemplo: Ela


namorava com um rapaz mais jovem.

 Chamar, convocar, convidar... (VTD). OBS: Em geral, apresentam adj. adv. de


finalidade. Exemplo: Chamou (VTD) o rapaz para a festa (adj. adv. de finalidade).

 Pisar... (VTD) OBS: Há autores que já admitem também o verbo como


intransitivo regido pela preposição “em”.

 Olhar, ver, observar, presenciar... OBS: São VTD, em oposição ao sinônimo


assistir (VTI). Exemplo: Presenciou o acidente. Exemplo: Viu o céu.

 Amar, odiar, adorar, auxiliar... OBS: São VTD e não pedem preposição.
Exemplo: Amava a Deus (VTD preposicionado). Exemplo: Adorava música clássica.

 Procurar, esperar, buscar, receber... (VTD). Exemplo: Recebeu o dinheiro da


herança. Exemplo: Procurou por (preposição usada para ênfase) ajuda./Procurou
ajuda.
Preparação Permanente FCC

 Desejar (VTD ou VTDI; regência: a). Exemplo: Desejava uma vida tranquila.
Exemplo: Desejava felicidade aos noivos.

 Alguns verbos pronominais com suas regências respectivas:


Casar-se com
Apaixonar-se por
Dedicar-se a
Preocupar-se com
Queixar-se de/com
Referir-se a
Tornar-se (V. de ligação)
Suicidar-se
Usar-se de (VTI)/usar (VTD)
Utilizar-se de (VTI)/utilizar (VTD)
Esquecer-se de (VTI)/esquecer (VTD)
Lembrar-se de (VTI)/lembrar (VTD)
Ligar-se a (VTI)/ligar (VTD)
Abraçar-se a (VTI)/abraçar (VTD)

REVISÃO PONTUAL
APOSTILA DE EXERCÍCIOS FCC

1. ORTOGRAFIA

LISTA DE PALAVRAS MAIS COMUNS EM PROVAS


Empecilho Excessivo
Privilégio Espúrio
Reivindicar Revés/Reveses
Achincalhar Deslizar
Soçobrar Rixa
Octogenária Picho
Meteorológico/meteorologia Gazeteiro
Azia Exumar

MAIS COMUNS EM PROVA


PALAVRAS COM - S
Abrasar Gasoso
Preparação Permanente FCC

Ansioso Freguesia
Pretensioso Paralisar
Quis (querer) Alisar
Pus (pôr) Analisar
Guisado Pesquisar
Compreensão Exceções
PALAVRAS COM - SS
Asso... Impressão
Abscesso Concessão
Intercessão (interceder) Cessar
Escassez Empossar
Expressão
PALAVRAS COM - H
Honestidade Harém
Hombridade Hexágono
Hangar Hebraizar
Hindu

GERAIS
Disenteria Seguir
Contracheque Beneficente
Usufruto Digladiar
Sucinto Viger
Suscitar Prazeroso
Obcecado ≠ Obsessão Cuscuz
Obcecação ≠ Obsessivo Incenso

OXÍTONAS PROPAROXÍTONA
Ruim Ímprobo
Mister Ínterim
Cateter Bávaro
Nobel Aeródromo
Recém
Harém
PROPAROXÍTONA
Avaro Rubrica
Ibero Recorde
Maquinaria Filantropo
Gratuito Misantropo
Pudico Fortuito

OBS: -uir  Possuir  Possui/ -uar Conceituar  Conceitue.


Preparação Permanente FCC

2. USO DO HÍFEN

1) Prefixo + vogal idêntica  Hífen


2) Prefixo + vogal distinta  Junto
3) Prefixo + vogal (igual/distinta)  Junto
4) Super, Hiper, Inter  H ou R. Exemplo: Supermercado, superdesconto; super-
homem, inter-racial.
5) Contra seguido de H ou A  com hífen. Exemplo: Contrafilé, contrassenso;
contra-ataque, contra-homenagem.
6) Sub e Sob seguido de H, B, R  com hífen. Exemplo: Sob-bancada; sub-reino;
subsolo.
7) Recém, além, aquém, bem  sempre com hífen. Exemplo: Recém-casado, além-
mar...
8) Prefixo + radical iniciado por R  duplica-se o R. Exemplo: Antirrábica, corréu,
contrarrazão...
9) Prefixo + radical iniciado por S  duplica-se o S. Exemplo: ultrassom,
antessala, minissaia.
10) Circum/pan  com hífen com vogal ou M ou N. Exemplo: Pan-americano,
circum-navegação, pangeia.
11) Dias da semana, espécies de animais e plantas  Mantiveram o hífen. Exemplo:
segunda-feira, bem-me-quer, bem-te-vi...
12) Palavras com elemento de ligação (preposição ou conjunção)  Perderam o
hífen. Exemplo: ponto e vírgula, pão de ló, pé de moleque...

3. EQUIVALÊNCIA ENTRE ORAÇÕES E CLASSES GRAMÁTICAIS

ESPÉCIES DE ORAÇÕES FUNÇÃO REFERÊNCIA


Completa verbos ou
nomes.
Oração substantiva Substantivo Referência da outra oração.
Valor qualificativo.
Explicar.
Refere-se a um termo da
oração principal
Oração adjetiva Adjetivo explicando–o ou
restringindo-o (sem
vírgula).
Oração adverbial Advérbio Delimita as circunstâncias
da oração principal.

PENSANDO...
Preparação Permanente FCC

1. O fato (sujeito) é (VL) que o governo não tem argumentos (oração subordinada
substantiva predicativa).
a) Substantivo e qualifica o sujeito da outra oração.

Exemplo: Ela voltou ao local do evento para avaliar os danos (oração subordinada
adverbial final).  Advérbio e exprime a finalidade do retorno ao local/exprime a
finalidade da oração anterior/principal.
2. Q? “Referiu-se a homens e mulheres, que historicamente são vítimas de
preconceito, de modo igualitário, sem distingui-los pelo sexo”. R: Letra C.
a) Adjetivo e refere-se à expressão “homens e mulheres”, delimitando-os no
contexto enunciativo.
b) Adjetivo e refere-se a “mulheres”, especificando o sentido do termo.
c) Adjetivo e refere-se a “mulheres”, apresentando informação contextual
acessória ao contexto.

3. Q? “(ele) Estava (verbo de ligação) ciente (adjetivo/nome) de que as mudanças


aconteceriam (oração subordinada substantiva completiva nominal)”. Funciona como
substantivo e completa o verbo, funcionando como objeto indireto. R: Errado. Funciona
como um substantivo e, na verdade, completa um adjetivo, funcionando como
complemento nominal.

OBS: Emprego do mal. Mal ≠ Bom (adjetivo).

Exemplo: O mal da
Substanttivo
humanidade é esse.

Exemplo: Ela se
Mal Advérbio ≠ bem
sentiu mal.

Exemplo: Mal entrou


Conjunção temporal na sala, percebeu o
ocorrido.

4. EMPREGO DO PORQUE

REGRA FORMA
Causa e efeito Junto sem acento Porque
Substantivo (=motivo) Junto com acento Porquê
Pergunta no fim da frase Separado e com acento Por quê
Por qual motivo/pelo Separado e sem acento no Por que
Preparação Permanente FCC

qual/pela qual início ou meio de frase

Ela foi embora _porque_ estava doente.


_Por que_ isso aconteceu?
Quero saber o _porquê_ de isso ter acontecido.
Quero saber o _por que_ isso aconteceu.
Se isso deu errado é _porque_ você não me ouviu.

5. PLURAL DE COMPOSTOS

SINGULAR PLURAL
Olho verde-claro (adjetivo + adjetivo) Olhos verde-claros
Situação sócio-econômica Situações sócio-econômicas
Salário-família (substantivo + substantivo) Salários-família(s)
Obra-prima (substantivo + adjetivo) Obras-primas
Primeiro-ministro (numeral + substantivo) Primeiros-ministros
Guarda-chuva (verbo + substantivo) Guarda-chuvas
Hora-aula (substantivo + substantivo) Horas-aula(s)
Guarda-florestal (substantivo + adjetivo) Guardas-florestais
Couve-flor (substantivo + substantivo) Couves-flores
Banana-maçã (substantivo + substantivo) Bananas-maçã(s)

Regras:
ADJETIVO COMPOSTO
Regra Geral Apenas o último elemento Exemplo: Blusas azul-
varia. escuras, costumes luso-
brasileiros.
Cor + Substantivo Nenhum dos elementos. Exemplo: Blusas azul-
piscina, olhos verde-
mar.
Azul marinho, Azul Sempre invariáveis. Exemplo: Meninas
celeste, azul ferrete surdas-mudas.
Surdo mudo Os dois elementos variam. Exemplo: Meninas
surdas-mudas.

SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Regra Geral (SAN) Substantivos, adjetivos e Exemplo: Beija-flores,
numerais variam. Couves-flores, meios-
flores.
Palavra com elemento de Somente o elemento inicial Exemplo: Pães de ló, pés
ligação varia. de moleque...
Preparação Permanente FCC

Dois substantivos, sendo Plural preferencialmente Exemplo: Salários-


o segundo finalidade ou só no primeiro elemento família(s), navios-escola(s)
tipo do primeiro. (mas pode ser dado em
ambos).
Palavras Somente o último Exemplo: Tique-taques,
imitativas/onomatopeias elemento varia. reco-recos...
Se o primeiro elemento O último será flexionado. Exemplo: Abaixo-
for invariável assinados, vice-reis...

6. ACENTUAÇÃO GRÁFICA

REGRAS GERAIS:
1) Monossílabos tônicos  a/e/o (seguidos ou não de –s no fim da palavra)
2) Oxítonas  a/e/o (seguidos ou não de –s no fim da palavra), em, ens.
3) Paroxítonas  L.R.N.X./Ã, ÃO/PS/Ditongo/U, UM, US
4) Paroxítona com Ditongo Crescente  Proparoxítonas eventuais
5) Proparoxítonas  Todas acentuadas.

CASOS ESPECÍAIS
1) Hiato  Hiatos tônicos ou sozinhos com –s, longe de –nh (quando ocorrer
nasalização, não será possível acentuar).
2) Ditongos abertos  oi/eu/ei (seguidos ou não de –s no fim da palavra)
3) Acentos diferenciais  pôr, pôde, têm, vêm, fôrma (facultativo).

OBS: Não se acentuam as paroxítonas terminadas em –a,-e,-o (seguidos ou não de –s


no fim da palavra), -em e –ens. Exemplo: Hífen, Hifens, álbum, álbuns, ideia, voo,
creem, item, itens, pólen, polens...

PARA CASA: TEXTOS 5, 11 e 15 da apostila da FCC.

3ª PARTE – REDAÇÃO – TEORIA

Grade de correção (FCC) – Varia de acordo com o concurso

 Conteúdo – 40/100
1) A introdução apresenta o tema e o ponto de vista do texto?
2) Há, pelo menos, dois argumentos consistentes na defesa da tese?
Preparação Permanente FCC

3) Há, pelo menos, duas estratégias argumentativas (exemplo: causa e


consequência, exemplificação, alusão, argumento de autoridade, contraste,
comparação...)?
4) Há conectores entre as partes do texto em todos os níveis (entre períodos
e entre parágrafos)?
5) Todos os parágrafos do texto apresentam o tema?
6) A conclusão retoma as ideias do texto sem acréscimos consideráveis?

Dedução de 3 a 5 pontos por erro (pts. total: 100).

Conteúdo específico:
 A seleção de argumentos foi bem feita?  A escolha se deu da maneira mais
adequada?
 Há repetição de argumentos? (defesa de tese comum).
 Há excesso de enumeração desnecessária (= sem desenvolvimento)?
 Há detalhamento desnecessário?
 Há contradição no texto? (i) Contradição interna (fala uma coisa no texto,
mas depois a contradiz no mesmo texto) e (ii) Contradição externa ( - mais
grave).
 Há equivalência na apresentação de argumentos?

Ficha de temas:

Tema: Informação na Internet Data: 26/07/2015


Recorte: Nas sociedades Posição: Depende
contemporâneas
Contra: Causa: Passado: Alusão:
 Volume  Advent  TV/Rádio  OMC;
grande, mas não há o tecnológico;  Dados do IPEA;
como mensurar a  Argumentos de
credibilidade e a autoridade;
qualidade da
informação.
 Uso
inadequado de
informações
pessoais no
ambiente virtual.
Favorável: Consequência: Presente: Exemplo:
 Governo e  Mudan  Internet.  Busca
Mercado tomam ça de condicionada/direcionam
como parâmetros as comportament ento publicitário.
informações não o Expectativa: Comparação estatística:
estruturadas do Imediatismo.  Marco  A internet no
ambiente virtual civil da internet; Brasil, em comparação
Preparação Permanente FCC

(redes virtuais) para  Ampliação com países


a tomada de do acesso. desenvolvidos, é
decisões (Big Data). considerada cara.
 Celeridade  Em certos países a
da informação. internet é mais acessível
 Custos/Aces que no Brasil.
so da informação.
 Acesso à
fonte primária.

Fonte de atualidades:
 Uol Notícias;
 IBGE Países;
 Censo;
 Guia de Atualidades da Editora Abril.

Temas filosóficos:
 Importância da aparência;
 Ser e ter;
 Moral x ética;
 Civilidades e valores;
 Incivilidade e coletividade;
 Consumismo;
 Mudanças no padrão/conceito familiar;
 Motivação;
 Estresse;
 Ódio;
 Importância do riso;
 Etc.

Temas específicos:
 Voz do Brasil
 Leis
 Princípios/Tratados

Temas de área:
 Texto de natureza expositivo

 Estrutura – 30/100
Aspectos específicos da produção de texto que validam a organização das
ideias e a defesa da tese.
Preparação Permanente FCC

1) Paragrafação homogênea;
2) Introdução e conclusão válidas;
3) Desenvolvimento satisfatório;
4) Progressão de ideias.

Período longo  O período ideal tem duas a três linhas. Tendo mais, será
considerado longo.
Período curto  Tendo menos de 2 linhas, será curto.
Período incompleto
Uso excessivo de verbo ser;
Uso excessivo de que  mais de dois “que” na mesma frase;
Uso excessivo de e  o ideal é usar apenas uma vez na frase;
Lacuna semântica  falta um pedaço da frase, prejudicando o sentido;
Lacuna sintática  falta um termo;
Generalização  o mundo todo, sempre, todos, nunca..., são expressões
generalizantes;
Termo vago  Palavras vagas, como coisa, problema, são pejorativos para o
texto;
Clichê;
Jargão;
Linguagem figurada;
Ditado popular;
Analogia  desenvolver um texto por comparação;
Rima ocasional;
Pergunta;
Interação com o leitor;
1ª pessoa do singular;
1ª pessoa do plural;
Uso indevido de gerúndio;
Uso indevido de conector;
Ausência de conector;
Duplicação de conector;
Conclusão fora de contexto;
Enumeração em excesso;
Uso de :
Estrutura injuntiva;
Sequências narrativas ou descritivas longas;
Falta de conexão entre tese e argumentos
Pleonasmo vocabular;
Pleonasmo ideológico;
Pleonasmo argumentativo;
Parágrafo frasal (parágrafo com apenas uma frase)
Preparação Permanente FCC

Inadequação vocabular
Pobreza vocabular
Variante equivocada
Ambiguidade (na parte)
Argumento não concluso
Excesso de exemplos
Estatística sem análise
Citação fora de contexto
Alusão vaga;
Adjetivação;
Advérbios terminados em –mente (modo).

Estrutura (30 linhas)


 Introdução (1/5)  6 linhas  1 parágrafo (mínimo de duas frases).
 Desenvolvimento (3/5)  18 linhas  Mínimo de 2 parágrafos, máximo de
3 parágrafos (mínimo de 2 frases em cada parágrafo).
 Conclusão (1/5)  6 linhas  1 parágrafo (mínimo de 2 frases).

ATENÇÃO! Fazer, pelo menos, 27 linhas.

Contraste Comparação Causa/ Subtema Enfoque


Consequência temporal
F1 Apresentação do tema Subtema 1
F2 Conceito/Explicação/Subtemas/Estatística.
F3 No Brasil, ... Causa Subtema 2 Passado
F4 +
F5
F6 Em países Consequência Alusão Presente
F7 - desenvolvidos, Exemplo/
F8 como x e y, ... Estatísticas
F9 Alusão Alusão, exemplo, Alusão, exemplo, Alusão
F10 Exemplo estatística... estatística... Exemplo
F11
F12 Desse Desse modo, ... Desse modo, ... Desse Dessa
modo,... Embora Br, Pd... Espera-se que... modo, ... forma,...
F13 Embora -,+... Tanto 1 Espera-se
quanto 2 ... que...

 Expressão (aspectos gramaticais) – 30/100

Ortografia;
Acentuação gráfica;
Preparação Permanente FCC

Pontuação;
Crase;
Regência;
Colocação pronominal;
Concordância;
Conjugação de verbos;
Correlação entre tempos e modos;
Emprego de pronomes indefinidos;
Emprego de pronomes demonstrativos;
Emprego de pronomes relativos;
Emprego de pronomes possessivos.

ORGANIZADOR DE IDEIAS (1h a 1h30)

Tema: COP 21. Meio Ambiente.

Mundo
Em especial, no Brasil

Governo (propor, Eventos: COP


Tecnica fiscalizar e acompanhar, 21/França, Protocolo de
avaliar) Kyoto; Rio +20; Rio +10;
Indústria
Filtro Os tratados não tem se
Poluentes mostrado eficientes por
Agrotóxicos Responsabilidade pelo carecerem de uma
Embalagens lixo punição por
descumprimento
Reflorestamento

Ações afirmativas
Clima mais ameno e
sem grandes impactos
ambientais -->
responsabilidade de
todos.
Preparação Permanente FCC

Estrutura:

 Tópico frasal (1ª frase do texto).


Recorte35, tema desenvolvido36 + verbo37 + avaliação38 (= tese) (opinião ou análise do
tema).
O tópico frasal não corresponde com a introdução, pois é necessário, no mínimo, duas
frases introdutórias, de modo a evitar parágrafo frasal.

Introdução: em torno de 5 linhas.

Exemplo:
F1-I) No brasil, tanto a saúde quanto a previdência, em âmbito público (TEMA
DESENVOLVIDO), apresentam problemas que demandam . ações Ações mais efetivas
a curto, médio e longo prazo devem ser pensadas pelo governo.
F2-I) Devem-se propor ações mais efetivas, ..., a fim de que esses setores melhorem.
F3-D1) Ações de curto prazo,... ou Saúde (descritivo)  O que já é feito e o que precisa
melhorar.
F4-D2) Ações de médio prazo... ou Previdência (descritivo)  O que já é feito e o que
precisa melhorar.
F5-D3) Ações de longo prazo... ou Ações de curto, médio e longo prazo. Governo.  O
que já é feito e o que precisa melhorar.
F6-C) Expectativa futura.

35
Onde? Quando? Para quê? Para quem? Contexto espaço-tempo.  Proposta
36
Reescrita autônoma da proposta.
37Não usar o verbo ser. Exemplos de verbos possíveis: mitigar, arrefecer, minimizar, implicar,

visar a, objetivar.
38
Avaliar, discutir  culpa/causa; público alvo/reflexos/análise/causa

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