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FECHAMENTO

1. Definir o campo de saúde do trabalhador


Segundo o Ministério da Saúde a Saúde do Trabalhador é o conjunto de atividades do
campo da saúde coletiva que se destina, por meio das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho. Tem como objetivos:
- Conhecer a realidade de saúde da população trabalhadora, independente da forma
de inserção no mercado de trabalho e do vínculo trabalhista estabelecido;
- Intervir nos fatores determinantes de agravos à saúde da população trabalhadora,
visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los;
- Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, atenuação e controle
dos fatores determinantes e agravos à saúde;
- Subsidiar a tomada de decisões dos órgãos competentes;
- Estabelecer sistemas de informação em saúde do trabalhador.
O processo saúde-doença dos trabalhadores tem relação direta com o seu trabalho; e não
deve ser reduzido a uma relação monocausal entre doença e um agente específico; ou
multicausal, entre a doença e um grupo de fatores de riscos (físicos, químicos, biológicos,
mecânicos), presentes no ambiente de trabalho. Saúde e doença estão condicionados e
determinados pelas condições de vida das pessoas e são expressos entre os trabalhadores
também pelo modo como vivenciam as condições, os processos e os ambientes em que
trabalham.
O campo da saúde do trabalhador tem sua origem em uma conjuntura política de
organização e de lutas pela redemocratização do país – sobretudo a partir da década de
1980 – em que vários atores, situados em espaços e lugares sociais diferentes, confluem no
questionamento das concepções e das políticas públicas de saúde até então vigentes. Entre
os antecedentes suficientemente reconhecidos que exerceram significativa influência na
gênese social desse campo, encontram-se:
- O avanço da produção acadêmica em setores da medicina preventiva e social e da
saúde pública, incluindo-se aí a dimensão de ‘classe’ e a categoria ‘trabalho’ entre
os determinantes sociais
- O movimento pela Reforma Sanitária brasileira, inspirado em várias iniciativas
mundiais voltadas para a universalização e a promoção da saúde
- O fortalecimento do movimento dos trabalhadores pela conquista de direitos
elementares de cidadania e pela consolidação do direito à livre organização,
movimento esse que promoveu uma ampliação das reivindicações trabalhistas,
introduzindo nelas questões relacionadas à saúde e, mais ainda, demandando
serviços de atenção à saúde na rede pública
- A realização da I Conferência Nacional de Saúde dos Trabalhadores, cujas
resoluções contribuíram para o entendimento e a definição das competências do
Sistema Único de Saúde (SUS) em relação à saúde do trabalhador, na Lei Orgânica
de Saúde
- A criação dos Programas de Saúde do Trabalhador e Centros de Referência em
Saúde do Trabalhador, com graus diversos de participação de representantes dos
trabalhadores na formulação e no desenvolvimento das ações
Segundo o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da
Trabalhadora (Portaria GM/MS n° 1.823/ 2012) define princípios diretrizes e as estratégias
nas três esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o desenvolvimento
das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a
promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade
decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.
A saúde do trabalhador no SUS ocorre a partir da articulação de ações individuais de
assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas, de promoção, de
prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de
intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos trabalhadores; ações de
planejamento e avaliação com as práticas de saúde; o conhecimento técnico e os saberes
dos trabalhadores.
FONTE: Ministério da Saúde, Introdução - Campo da saúde do trabalhador trajetória,
configuração e transformações

2. Resgatar o histórico da fonoaudiologia na construção do DVRT


Distúrbio de Voz Relacionado ao Trabalho (DVRT) é qualquer forma de desvio vocal
relacionado à atividade profissional que diminua, comprometa ou impeça a atuação ou a
comunicação do trabalhador, podendo ou não haver alteração orgânica da laringe.
Tendo como premissa o sistema classificatório de Costa, Pontes e Almeida (2013), três
tipos de adoecimento relacionados ao trabalho podem ser definidos em distúrbios relativos
à voz: à inserção do indivíduo no ambiente de trabalho, à constituição individual e ao uso de
voz no ambiente de trabalho.
O DVRT pode ter diversas repercussões na atividade profissional: impacto vocal, que gera
limitações na expressão vocal, impacto emocional, causado por estresse e ansiedade, e
impacto socioeconômico, que coloca em risco a carreira e a sobrevivência do trabalhador.
As pesquisas epidemiológicas conduzidas em diferentes locais no Brasil e a literatura
internacional demonstram consistentemente maior ocorrência de distúrbio vocal entre
trabalhadores que utilizam a voz profissionalmente, com ênfase para professores e
teleoperadores. Aspectos relacionados ao ambiente e à organização de trabalho estão
associados à maior ocorrência de distúrbio vocal.
Os fatores associados ao distúrbio vocal mais encontrados são: relativos ao ambiente
ruidoso, extensas horas de trabalho, exposição a giz e poeira e uso intensivo da voz.
Na busca pelo reconhecimento do distúrbio de voz como DRT, destaca-se o papel pioneiro
do curso de Fonoaudiologia da PUC-SP, no fomento das discussões e na tarefa de agregar
diferentes atores sociais no debate, permitindo o avanço em temas presentes nas agendas
atuais.
Em 1997, a partir de um ofício protocolado no Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa)
com informação de inúmeros casos de professores com alteração vocal no Hospital dos
Servidores de Pernambuco, a PUC-SP promoveu uma discussão sobre disfonia enquanto
doença ocupacional no VII Seminário de Voz, ampliando o debate para um maior número de
atores sociais. A busca persistente e incansável, durante os oito anos subsequentes de
debate nos seminários da PUC-SP, proporcionou diálogos interdisciplinares e intersetoriais
efetivos, com a Medicina do Trabalho, o Direito, a perícia e sindicatos de trabalhadores,
marcando uma aproximação auspiciosa ao campo da Saúde Coletiva.
A compreensão do adoecimento de voz, não com base na culpabilização do indivíduo que
não saberia utilizar a sua voz, traduzido pelo binômio “mau uso/abuso vocal”, e sim como
uma imposição necessária para superar as precárias condições de trabalho às quais estava
submetido, foi um marco que possibilitou ao fonoaudiólogo redimensionar sua prática a fim
de responder à realidade de adoecimento de um elevado número de trabalhadores.
Em 1998, no VIII Seminário de Voz, discutiu-se a elaboração de um instrumento, com a
intenção de aplicação multicêntrica, para estudar o processo saúde-doença no trabalho
docente. Este instrumento, elaborado para investigação da prevalência de alteração vocal,
sinais, sintomas e fatores associados ao ambiente e organização do trabalho, foi uma
iniciativa fundamental para a produção de evidências sobre o distúrbio de voz e sua relação
com o trabalho. Sua versão atualizada conhecida como Protocolo Condições de Produção
Vocal - Professor (CPV-P) e uma parte do questionário foi validada e constitui hoje o Índice
de Triagem para Distúrbio de Voz (ITDV).
No IX Seminário de Voz, realizado em 1999, foram compartilhadas as primeiras evidências
de pesquisas nacionais e internacionais desenvolvidas com professores, envolvendo
licenças e readaptações, assim como legislação nacional/internacional e práticas de outros
profissionais que utilizavam a voz como ferramenta de trabalho: locutores, operadores de
telemarketing, atores e cantores.
Ainda em 1999, foi lançada a I Semana Nacional da Voz8 , uma iniciativa da Sociedade
Brasileira de Laringologia e Voz (SBLV), com apoio da Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia (SBFa) e Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL), atual
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). A
campanha jogava luz nos problemas de voz, mediante a divulgação da elevada prevalência
de câncer de laringe na população brasileira. A iniciativa foi bem-sucedida, sendo abraçada
internacionalmente, criando-se o Dia Mundial da Voz.
Em 2000, no X Seminário de Voz, houve um revés na luta pelo reconhecimento da relação
trabalho-adoecimento vocal, considerando a concepção do distúrbio de voz como doença
multifatorial, dificultando o estabelecimento da relação de doença e trabalho. A partir de
então, houve um direcionamento para a construção de documentos que trouxessem
evidências sobre o DVRT, definissem os fatores de risco ocupacionais, quadro clínico e
diagnóstico, bem como tratamento, prevenção e outras condutas, conforme estabelecido
para doenças reconhecidamente relacionadas ao trabalho.
Em 2003, na 12ª Conferência Nacional de Saúde, foi feita, pela primeira vez, uma indicação
para implementação de ações de prevenção e reabilitação da voz para trabalhadores
submetidos a riscos químicos ou físicos.
Em 2004, num momento de grande efervescência, foram lançados quase que
simultaneamente dois importantes documentos, resultado das discussões até então
realizadas. O primeiro deles foi a “Carta Aberta do Rio”, apresentada pela classe médica no
3º Consenso de Voz Profissional, na qual se definiam procedimentos técnicos e
competências para estabelecimento do nexo causal da doença-trabalho, bem como a
assistência e vigilância à saúde da LRT. Três meses depois, no XIV Seminário da PUC-SP,
o CEREST-SP apresentou o documento DRVT com definições análogas. Para os
fonoaudiólogos, considerar o distúrbio de voz como entidade nosológica implicava ter uma
nomenclatura mais ampla, a qual pudesse também contemplar as alterações vocais sem
lesões estruturais na laringe. Para os médicos, o termo laringopatia era o mais adequado,
sendo a condição sem lesão estrutural denominada “laringopatia funcional”.
Em 2007, na 13ª Conferência Nacional de Saúde, houve nova menção no eixo “Inéditas”
para que as alterações de voz fossem reconhecidas como uma doença ocupacional e sua
avaliação integrasse os protocolos de saúde, estabelecendo uma “Política de Saúde Vocal”
para o trabalhador.
Em 2008 foi instituído o “Dia Nacional da Voz”48 cuja ementa da lei visava “conscientizar a
população brasileira sobre a importância dos cuidados com a voz”. Em termos políticos, os
agravos de voz acabam ganhando maior visibilidade com essas iniciativas, mas ainda sem
o reconhecimento formal como doença ocupacional.
Em 2009, durante o Congresso Mundial de Voz, foi criado o Comitê Brasileiro
Multidisciplinar de Voz Ocupacional (COMVOZ) pela ABORL-CCF, Associação Nacional de
Medicina do Trabalho (ANAMT), Academia Brasileira de Laringologia e voz (ABLV) e SBFa,
numa tentativa de reaproximação entre médicos e fonoaudiólogos. A iniciativa teve como
objetivo definir critérios para embasar a legislação futura com relação ao reconhecimento do
distúrbio de voz como DRT. As negociações foram difíceis e tensas, mas permitiram
elaborar dois boletins. O primeiro tratou da definição da etiologia da disfonia (funcional,
organofuncional e orgânica). O segundo boletim59 sugeriu avaliação vocal admissional ou
na presença de queixa vocal, composta de, no mínimo: avaliação otorrinolaringológica com
exame da laringe, avaliação fonoaudiológica com exame funcional da voz e avaliação
audiométrica.
A partir de 2010 o CEREST- RJ lançou, em parceria com a ENSP/FIOCRUZ, uma série de
boletins trimestrais (Boletim de Fonoaudiologia na Saúde do Trabalhador). Com o intuito de
orientar os profissionais, os boletins também noticiaram a busca pelo reconhecimento do
DVRT e trataram de temas como notificação, vigilância, o Programa de Saúde Vocal do
Professor e reflexões mais conceituais como Medicina do Trabalho, Saúde Ocupacional,
Saúde do Trabalhador e Ergonomia.
Em 2011 ocorreu mais uma frustração. Uma nova edição da lista de doenças de agravo de
notificação compulsória foi publicada por meio da Portaria MS/GM nº 104/1153, sem
contemplar os agravos de voz. Essa negativa contribuiu para a retomada do documento
DVRT, divulgado em 2004.
O engajamento das fonoaudiólogas do CEREST-RJ proporcionou uma reflexão sobre a
prática fonoaudiológica em Saúde do Trabalhador e, em 2012, numa parceria com o
Conselho Regional de Fonoaudiologia 1ª região, elaborou-se um documento tomado como
base para a Portaria nº 26/1165, a qual dispõe sobre a atuação fonoaudiológica na Saúde
do Trabalhador. Posteriormente, a argumentação produzida foi apropriada pelo CFFa por
meio da Resolução nº 428/1366, ampliando a discussão para âmbito nacional. Essas
resoluções proporcionaram aos fonoaudiólogos diretrizes mais claras sobre a atuação
profissional em Saúde do Trabalhador, em termos de competências e ações. Constituem um
importante marco também pela demarcação de posição frente à ameaça do Ato Médico.
Na 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, realizada em 2014, mencionou-se a
criação de um “Programa Nacional de Saúde Vocal” e a implementação de registro único de
notificações de agravos e acidentes de trabalho, incluindo a “disfonia” na lista.
Mesmo com todas as iniciativas realizadas: seminários, consensos, documentos,
protocolos, boletins, notificações, campanhas e programas de saúde vocal, o distúrbio de
voz ainda não foi reconhecido como DRT. As duas últimas iniciativas do Ministério da
Saúde, as quais atualizam a lista de agravos de notificação compulsória (Portaria MS/GM nº
1.984/14)68 e da recém-editada Portaria MS/GM nº 205, de 17 de fevereiro de 201626,
também não contemplaram o DVRT.
A ausência do reconhecimento formal do DVRT gera dificuldades na notificação pelo
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em termos de abrangência,
comprometendo a identificação do adoecimento em trabalhadores, a estimativa de
prevalência e o planejamento de políticas públicas para o seu manejo. Além disso, a
inexistência deste reconhecimento dificulta a tomada de decisões periciais a favor do
trabalhador, podendo comprometer o acesso ao benefício-acidente do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) em casos de problemas de voz, uma vez que não há normativa que
reconheça formalmente o DVRT. Sua inclusão na lista de doenças relacionadas ao trabalho
possibilitaria estabelecer o nexo causal mais facilmente, sem a necessidade de avaliação
caso a caso.
Em 01 de setembro de 2020, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria GM/MS nº
2.309/20 com a nova Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho. Um dia após, a Portaria
GM/MS nº 2.345/20, revogou a anterior, tornando-a sem efeito. Por meio da subsequente
Portaria GM/MS nº 3.384/20, a LDRT de 21 anos atrás (Portaria GM/MS Portaria nº
1.339/99) foi repristinada, voltando a vigorar. Nela, há 187 agravos/doenças e não estão
incluídos nem a COVID-19, nem o distúrbio de voz relacionado ao trabalho (DVRT).
FONTE: ebook do Ministério da Saúde: Distúrbio de Voz Relacionado ao Trabalho – DVRT;
artigo: Em busca do reconhecimento do distúrbio de voz como doença relacionada ao
trabalho: movimento histórico-político; artigo: Distúrbio de voz relacionado ao trabalho:
revisão integrativa.

3. Descrever as formas de organização do trabalho do professor e teleoperador


Uma das características marcantes das atividades docentes é “a mobilização física e
intelectual para o exercício da docência na escola, no domicílio ou em lugares determinados
para preparação de aulas, correções, estudos, reuniões, etc” (SOUZA, 2008, p. 358). Além
das horas em sala de aula, o professor precisa se dedicar a atividades extraclasse, como: a
preparação de aulas, a correção de provas e o horário de trabalho pedagógico coletivo
(HTPC), previsto para planejamento e troca de experiências com os colegas. Dessa forma,
há uma marcante diferença entre o tempo de ensino e o tempo de trabalho.
O professor recebe, além da demanda por qualidade de ensino, expectativas de mudar o
cenário educacional e a vida do público atendido.
Mesmo sem a estrutura necessária, é esperado que ele faça a inclusão de pessoas com
deficiência (PCDs) e que apoie os alunos e seus familiares O professor recebe, além da
demanda por qualidade de ensino, expectativas de mudar o cenário educacional e a vida do
público atendido. Mesmo sem a estrutura necessária, é esperado que ele faça a inclusão de
pessoas com deficiência (PCDs) e que apoie os alunos e seus familiares expostos à
violência. Além disso, os professores enfrentam outras dificuldades na profissão, como
salas lotadas, agressões dos alunos, falta de reconhecimento em termos salariais e longa
jornada de trabalho.
Os vínculos de professores em mais de uma escola pode implicar sobre a jornada de
trabalho do professor em termos de intensidade e extensão e, por conseguinte, pode
influenciar sua saúde e conciliação trabalho-família.
Antes do início da vigência da Lei n. 13.415/2017, conhecida como Reforma Trabalhista, a
redação do artigo 318 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), limitava a jornada do
professor a um máximo quatro aulas consecutivas ou seis intercaladas em uma mesma
instituição de ensino, por dia. Todavia, a supracitada lei trouxe mudanças e, após a reforma,
tal dispositivo passou a determinar que o profissional de ensino pode lecionar em uma
mesma escola por mais de um turno, desde que não ultrapassada as 44 (quarenta e quatro)
horas semanais.
A Hora atividade é o tempo de disposição do professor, fora da sala da aula, cumprido na
Instituição de Ensino, utilizado para preparar aulas, corrigir provas trabalhos, realizar
pesquisas, e qualificação profissional. Esse tempo é indispensável ao direito à educação,
orientado ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
Neste sentido, em maio desse ano, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por
maioria, decidiu que é constitucional a norma geral federal, prevista no § 4º do art. 2º da Lei
11.738/2008, que reserva a fração mínima de 1/3 da carga horária dos professores da
educação básica para dedicação às atividades extraclasse. A tese foi firmada no
julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 936790, com repercussão geral reconhecida
(Tema 958).
A norma geral fixa fração máxima de dois terços (33,33%) a ser atendida para o tempo
dedicado às atividades de docência. Os entes federados, portanto, podem dispor de outra
forma, por exemplo, é possível que o professor dedique 60% (sessenta por cento) de sua
jornada à sala de aula e 40% (quarenta por cento) às atividades de apoio, dentro da
autorização legal. Assim os professores não precisam mais desenvolver essas atividades
no seu tempo livre.
No âmbito privado, algumas convenções coletivas de trabalho também definem um limite
mínimo de horas atividades para algumas categorias de professores da rede privada.
Desse modo, toda a atividade exercida pelo professor, dentro ou fora de classe, em
benefício da Instituição de Ensino, deve ser considerada como de efetivo serviço e
computada na jornada de trabalho, para fins de pagamento de horas extras, inclusive
aquelas não relacionadas diretamente com a preparação de aulas, a exemplo da
participação em bancas de trabalho de conclusão de curso, reuniões de professores,
atendimento a alunos ou fiscalização de provas, realizadas dentro da Instituição de Ensino.
Em 2009 foi aprovada uma lei que instituiu a jornada integral e a jornada reduzida dos
professores do Estado de São Paulo, deixando de existir apenas a sua contratação e o
pagamento como horistas. A jornada integral proposta era de 40 horas semanais, sendo 33
horas com os alunos, três para HTPC na escola e quatro em local de livre escolha. A
jornada reduzida era de 10 horas em atividades com os alunos e duas horas em HTPC. Os
professores podiam escolher a redução, manutenção ou ampliação de sua jornada,
anualmente, durante a atribuição inicial de aulas.
Esse limite de 33 aulas, entretanto, não impedia que o professor também ministrasse aulas
em escolas particulares ou exercesse outra atividade remunerada. Ricardo, o representante
sindical, comentou que “é possível acumular dois cargos públicos”, até mesmo “dois cargos
de professor na mesma escola.
Os professores também precisam desenvolver diversas atividades extraclasse, para as
quais contam com o HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo), cumprido na escola,
e com o HTPI (Horário de Trabalho Pedagógico Individual), tratado como horário em local
de livre escolha, ambos remunerados. Nem sempre, contudo, essas horas pagas cobrem o
tempo realmente gasto com as atividades extraclasse
Além das aulas e do HTPC, 50,6% dos professores pesquisados gastam de uma a seis
horas semanais em outras atividades ligadas à escola, incluindo as horas remuneradas em
local de livre escolha.
Há que se destacar as condições físicas das escolas e as ferramentas de trabalho
existentes, pois grande parte dos estabelecimentos carece de infraestrutura adequada para
o funcionamento pleno das atividades educativas. Podemos destacar 10 algumas
dificuldades materializadas na falta de ou na manutenção dos equipamentos para
reprodução de cópias, aparelho de som adequado ao ambiente, computadores e
manutenção e atualização dos mesmos, sala de informática equipada, etc.
Na sociedade atual, observamos a falta de valorização da profissão docente. Cada vez são
maiores as exigências para com esses profissionais. Funções que antes eram atribuídas às
famílias, agora ficam sob a responsabilidade da escola, que mal consegue dar conta das
questões relacionadas ao próprio ensino. Na contramão, vem também os salários que
comparados a outras profissões com igual qualificação, ainda encontra-se bastante
defasado.
Considerando as condições de saúde derivadas da falta de uma política de atendimento ao
trabalho docente, como meio de prevenção de doenças ou acidentes no trabalho escolar,
reconhecemos que, as mudanças substanciais foram chegando para os docentes nas
escolas e trazendo a ampliação da jornada de trabalho, bem como ambientes muitas vezes,
insalubres, ou mesmo com forte pressão social que tende a repercutir no adoecimento
psicológico.
Vimos muitas queixas sobre mudanças com relação à profissionalização: à precariedade
dos planos de carreira, os baixos salários, salas cheias, a desvalorização do professor,
escolas sem estruturas físicas e ambientais, falta de materiais básicos para melhorar as
aulas, as péssimas condições de trabalho, etc.
Dentre o grupo de profissionais da voz, ressalta-se o operador de telemarketing, categoria
que está em forte ascensão, uma vez que as empresas de telemarketing estão entre os
maiores empregadores do país. Estes profissionais estão expostos, frequentemente, a
fatores de risco ambientais, tais como: aspectos ergonômicos inadequados, mudanças
bruscas de temperatura, salas sem tratamento acústico, poeira, entre outros. E
organizacionais: ritmo de trabalho estressante, necessidade de maior número de intervalos,
dificuldades no relacionamento com chefia.
Segundo o anexo II, item 5.3 da NR-17, os trabalhadores só poderão trabalhar 6 horas por
dia e 36 horas por semana no teleatendimento/telemarketing. Para a lei, o que deve ser
considerado é a atividade efetiva. Por isso, teoricamente são apenas 5h40min de trabalho e
mais 20 min de pausa.
Os operadores de telemarketing têm 3 momentos de descanso: 1 Intervalo intrajornada
(para descanso/alimentação); 2 Pausas para prevenir sobrecarga.
O primeiro intervalo é aquele que todos os trabalhadores têm, para descanso/alimentação.
Ele é de 20 minutos para quem trabalha de 4h a 6h por dia, e 1h para quem trabalha mais
de 6h por dia. Além do intervalo de 20 min ou 1h, os trabalhadores de call centers têm
direito a duas pausas de 10 minutos, cada uma. As pausas devem ser depois dos primeiros
60 min de trabalho e antes dos últimos 60 min de trabalho.
O trabalho no telemarketing exige alguns cuidados pelas empresas, tanto em relação ao
mobiliário, como em relação aos equipamentos. Todos os equipamentos e mobiliário devem
ser fornecidos ao empregado, sem custo adicional e a sua manutenção deve ser garantida
pela empresa. Para isso tem algumas regras que devem ser seguidas:
O monitor tem que estar apoiado em uma superfície com regulagem independente,
proporcionando o correto ângulo de visão. Deve possuir regulagem da tela à iluminação do
ambiente. O teclado deve estar apoiado em uma superfície com regulagem independente e
o mouse na mesma superfície do teclado. O fone de ouvido tem que permitir a alternância
de ouvido. Seguir as medidas corretas que são exigidas para a mesa de trabalho. Se os pes
não encostarem no chão, deve ter um apoio para os pés. A cadeira com 5 pés com rodinhas
que evitem deslocamento involuntário.
Os locais de trabalho devem ter condições acústicas adequadas à comunicação telefônica,
temperatura entre 20 e 23ºC e umidade não inferior a 40%. Essas são regras gerais
previstas na NR-17, podem existir diferenças, de acordo com as necessidades do
funcionário.
As condições do ambiente de trabalho em que esses profissionais estão inseridos podem
favorecer o desenvolvimento de sintomas de DVRT, podendo, inclusive, vir a gerar lesões
teciduais na laringe, o que pode repercutir na vida profissional e social deste trabalhador.
Estas alterações trazem como consequências a não utilização efetiva da voz, a diminuição
do desempenho profissional, e futuros afastamentos(6,12,16) . Vale salientar que tais
aspectos podem causar impacto negativo no funcionamento e crescimento da empresa.
FONTE: artigo: Jornada de trabalho dos professores da rede pública de ensino, artigo: As
condições de trabalho do professor e as implicações sobre a saúde; artigo: Direitos do
operador de telemarketing | Guia completo; artigo: Relação entre as condições de trabalho e
de voz autorreferidas por teleoperadores de uma central de emergência.

4. Entender o que é a autopercepção vocal e os principais protocolos de atuação com


o professor e o teleoperador (IFV, CPV-p, PPAV, IDV)
No que se refere à relação entre voz e qualidade de vida, considera-se necessário avaliar o
espaço que a voz assume na vida do indivíduo e sua percepção referente à utilização vocal
na comunicação diária.
Para isso, é necessário investigar a partir do ponto de vista do sujeito envolvido: o que ele
pensa, sabe, conhece e como percebe sua voz. Nesse sentido, vê-se a necessidade de se
investir em ações que levem em conta a opinião dos sujeitos e que possibilitem a expressão
do seu conhecimento e das formas como percebe a própria voz.
A autopercepção da qualidade vocal é um parâmetro subjetivo e sua comparação com
medidas objetivas durante a avaliação fonoaudiológica é de extrema importância na
obtenção de dados sobre quão relevante é aquele distúrbio vocal para o paciente,
influenciando desde a procura pelo atendimento fonoaudiológico até a aderência ao
processo terapêutico.
IFV
Um grupo de pesquisadores americanos desenvolveu e validou o Vocal Fatigue Index – VFI,
um instrumento de autoavaliação respondido pelo paciente, elaborado a partir de um
conjunto de sintomas que sinalizam a fadiga vocal e que colabora na identificação de
indivíduos com esse problema. O protocolo americano apresenta questões divididas em três
domínios: fadiga e restrição vocal, desconforto físico associado à voz e recuperação dos
sintomas com repouso.
A versão do VFI para o português brasileiro foi intitulada Índice de Fadiga Vocal – IFV. É
respondida pelo próprio paciente, de acordo com a frequência de ocorrência com que
experienciam os sintomas: 0 = nunca, 1 = quase nunca, 2 = às vezes, 3 = quase sempre e 4
= sempre.
CPV-p
Pela necessidade de identificar o uso vocal profissional em diferentes contextos de atuação,
um grupo de fonoaudiólogos e médicos que atua na área começou a construir, em 1998, um
questionário com objetivo de levantar dados epidemiológicos de voz e trabalho(3). A
população escolhida, inicialmente, foi a de professores, por representar um grande
contingente de trabalhadores e constituir a categoria profissional mais afetada por distúrbios
vocais.
O questionário elaborado “Condição de Produção Vocal – Professor” (CPV-P) teve origem
nas queixas de professores em atendimento clínico e constituiu-se como importante
instrumento para caracterizar o perfil vocal de professores, bem como as condições de
trabalho nas escolas.
De sua criação até hoje, passou por várias adaptações e processos de validação.
Especificamente em relação à dimensão de aspectos vocais, foram feitos estudos de
reprodutibilidade e desenvolvido um instrumento de triagem para distúrbio de voz, o Índice
de Triagem de Distúrbio de Voz (ITDV), que possui alto grau de sensibilidade para
mapeamento de distúrbio de voz em professores por meio da autorreferência de presença
de 12 sintomas vocais.
O ITDV foi incorporado ao CPV-P que, em sua versão atual, é composto por 62 perguntas
divididas nas dimensões: aspectos sociodemográficos (identificação do entrevistado,
situação funcional), aspectos do trabalho docente (características do ambiente escolar e da
organização do trabalho docente), aspectos vocais (uso vocal, hábitos e estilo de vida) e
sintomas vocais por meio do ITDV.
O questionário do CPV-p pode ser respondido por meio da escala a Likert de quatro pontos
(nunca, raramente, às vezes, sempre) e em escala analógicovisual em régua de 50 mm
(extremo à esquerda representando “nunca” e o extremo à direita, “sempre,”. Porém, é mais
usada a escala Likert foi ter uma compreensão mais fácil.
PPAV
O protocolo Perfil de Participação e Atividades Vocais – PPAV é um instrumento moderno,
validado para o Português Brasileiro e apresenta 28 questões sobre cinco aspectos:
autopercepção da intensidade do problema vocal, efeitos no trabalho, na comunicação
diária, na comunicação social e na manifestação das emoções. O protocolo ainda oferece
dois escores extras: Limitação de atividades e Restrição de participação.
O protocolo contém 5 sessões: auto-avaliação da severidade do problema vocal, efeito no
trabalho, na comunicação diária, na comunicação social e na expressão das emoções. As
afirmativas são simples e o tempo médio de preenchimento é de oito minutos. O
instrumento usa uma escala analógica visual com 10 centímetros, variando de "nunca" a
"sempre"; a pontuação máxima para uma questão é 10 e o escore total máximo é de 280,
refletindo o maior impacto negativo de um problema vocal.
Além dos escores total e das 5 sessões, pode-se calcular dois escores adicionais: escore
de participação (adicionando-se os valores das primeiras questões das sessões 2, 3 e 4) e
de restrição de atividades (adicionando-se os valores das segundas questões dessas
sessões). A análise desses escores possibilita compreender se o problema de voz produz
uma mudança de participação ou de restrição de atividades.
IDV
O Índice de Desvantagem Vocal é composto por 30 itens que exploram 3 domínios:
funcional , orgânico e emocional, com 10 itens cada, sendo mais direcionado ao conceito de
desvantagem. As afirmativas são simples, porém a similaridade entre algumas faz com que
o respondente pare para refletir sobre certos aspectos e seu tempo médio de
preenchimento é de dez minutos. O protocolo apresenta uma escala de Likert de 5 pontos e
o escore é calculado por soma simples. Quanto maior o resultado final, maior é a
desvantagem. Os escores podem variar de 0 a 120, sendo que o último valor representa a
máxima desvantagem percebida por um problema de voz.
A ferramenta produz um escore total único, calculado por somatória simples das respostas
de seus itens, podendo variar de 0 a 40 pontos, sendo 0 o indicativo de nenhuma
desvantagem e 40, de desvantagem máxima. Cada item deve ser respondido em uma
escala de 5 pontos, sendo 0 nunca e 4 sempre
FONTES: artigo: Questionário Condição de Produção Vocal – Professor: comparação entre
respostas em escala Likert e em escala visual analógica; artigo: Equivalência cultural da
versão brasileira do Vocal Fatigue Index – VFI; artigo: Validação no Brasil de protocolos de
auto-avaliação do impacto de uma disfonia.

5. Compreender as estratégias para lidar com o adoecimento vocal do professor e


teleoperador

No Brasil, o processo de adoecimento vocal gera licenças e, por fim, afastamentos do


professor de seu trabalho. Esse processo decorre da insalubridade das condições de
trabalho como iluminação precária, acústica ruim, poeira e pó de giz, superlotação das salas
de aula e a violência, agressividade e desrespeito dos alunos para com os professores.
Além disso, os hábitos vocais dos professores como falar muito e em forte intensidade ou
gritar com vistas a superar o ruído da sala de aula e a falta de técnica vocal apropriada
geram voz abafada, presa na garganta e incoordenação entre respiração e fonação.
Na maioria das vezes, essas ações fonoaudiológicas são realizadas no próprio âmbito
escolar para que o professor se sinta mais à vontade em frequentar as atividades, bem
como geram possibilidades de discussões sobre fatores ambientais e organizacionais
presentes na instituição de ensino. Nesse sentido, as ações de saúde vocal em grupo são
apontadas na literatura como um tipo de terapia positiva para os participantes.
Dentre algumas contribuições da terapia em grupo com ações de saúde vocal, é possível
verificar que a mesma possibilita a tomada de consciência por parte do professor acerca do
problema, promove reflexão, discussão, troca de experiências e a construção de
conhecimentos compartilhados entre o grupo, criando uma rede de apoio.
Na intervenção, seja individual ou em grupo, pode-se utilizar três tipos de abordagens
terapêuticas diferentes: direta, indireta e eclética. A abordagem direta se caracteriza pela
realização de exercícios e técnicas vocais específicas com foco na respiração, fonação,
ressonância e articulação, para modificar aspectos da produção vocal e permitir um melhor
padrão de fonação. Os aconselhamentos e orientações sobre higiene vocal, com objetivo de
realizar um aprendizado e cuidado com a voz, são característicos da abordagem indireta.
Estas duas formas de abordagens não são excludentes e podem ser associadas,
constituindo-se, assim, uma abordagem eclética.
Estudos de revisão revelam que, nas ações fonoaudiológicas realizadas com professores, a
abordagem eclética é a mais comum, destacando-se os conteúdos: comportamentos
vocais, hábitos e cuidados de higiene e saúde vocal, exercícios e técnicas vocais, e noções
de anátomo-fisiologia da produção vocal.

Os trabalhadores que atuam em call center em prol da melhor utilização de suas vozes,
sem que usem o principal instrumento de trabalho de forma indevida, trazendo como
consequência o surgimento dos mais diversos tipos de disfonias funcionais, ocasionando,
consequentemente, lesões secundárias, principalmente, por trauma da mucosa das pregas
vocais, sendo bastante comum os profissionais de call Center procurarem assistência
médica devido a queixas relacionadas com a questão de ressecamento, de cansaço ao
falar, de intenso esforço, tosse contínua, rouquidão, pigarro, falhas na voz, sensação de
ardência e de corpo estranho na região da garganta.
Por meio da intervenção fonoaudiológica é possível evidenciar uma ampliação no que se
refere a percepção de profissionais que atuam em call center, quanto às suas vozes, em
razão de um treinamento auditivo com a utilização de gravação de áudio e de vídeo
realizadas durantes oficinas realizadas por fonoaudiólogos e posteriormente exibidas ao
grupo para uma maior estimulação da autoavaliação vocal, sendo a conscientização da voz
um excelente instrumento dotado de suma importância para uma comunicação considerada
adequada no ambiente laboral. A presença contínua dos fonoaudiólogos em Call Center é
necessária porque a voz é o principal instrumento de trabalho devendo ser sempre um foco
de preocupação das instituições empresariais.
Assim os fonoaudiólogos devem participar desde o momento da criação de um call center,
como por exemplo no momento em que serão escolhidos os teleoperadores, estando
presentes no treinamento, no monitoramento das equipes, na questão do aperfeiçoamento
da comunicação, assim como, também, em questões atinentes no que se refere a
prevenção de doenças ocupacionais.
Nos dias atuais para que um profissional possa atuar em um trabalho de call center há a
necessidade de focar não somente na questão da voz, mas também na fala, na linguagem e
na audição buscando prevenir alterações vocais, em prol de uma contínua promoção de
saúde e no aprimoramento da habilidade comunicativa proporcionando, dessa forma, a
qualidade do atendimento.
A fonoaudiologia encontra-se cada vez mais voltada para a empresa expandir-se,
trabalhando com o aprimoramento da comunicação oral de representantes de empresas na
área comercial, nas diretorias e entre os executivos. Em telemarketing, o interesse dos
fonoaudiólogos estão direcionados, principalmente, para o que se refere a comunicação
oral, a utilização da voz de forma profissional e, também, questões atinentes com a saúde
vocal dos operadores, desde os processos seletivos dos funcionários, nos programas em
prol da capacitação e no aprimoramento dos operadores, desempenhando, dessa maneira,
um papel de suma importância nas estratégias de boa comunicação às metas de qualidade
de vida de profissionais e do desenvolvimento da instituições empresariais.

FONTE: artigo: Efeitos das ações fonoaudiológicas em grupo voltadas à saúde vocal do
professor: uma revisão integrativa da literatura; artigo: Benefícios da intervenção
fonoaudiológica em call center: revisão de literatura.

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