Você está na página 1de 43

CANCRO CITRÍCO

(Xanthomonas axonopodis)
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

➢ Uma das doenças mais importantes da citricultura mundial;

➢ Ocorre nos citros e em seus aparentados, tais como laranjas, limões, limas e
pomelos, entre outros;

➢ No Brasil, o cancro cítrico foi constatado pela primeira vez em 1957, na região
de Presidente Prudente, SP.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

➢ Desde a 11ª reunião do Grupo de Trabalho Permanente em Quarentena Vegetal


(Montevidéu, Uruguai, junho de 1995), classifica o cancro cítrico como “Praga
Quarentenária A2”;

➢ O comércio de frutos cítricos, suco e seus derivados é regulamentado por


legislação internacional, havendo restrições ao comércio de produtos
provenientes de países onde existe essa doença.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS EM ÁREA ENDÊMICAS:

● Desfolha de plantas:

Fonte: Fundecitrus, 2014. Fonte: Fundecitrus, 2014. Fonte: Docsity.


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS EM ÁREA ENDÊMICAS:

● Redução da qualidade da produção:

Fonte: Portal Macaúba, 2018. Fonte: Gehnat. Fonte: Tecnologia Horticola.


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS EM ÁREA ENDÊMICAS:

● Queda prematura de frutos:

Fonte: Fundecitrus, 2014. Fonte: Fundecitrus, 2014. Fonte: Docsity.


ETIOLOGIA DA DOENÇA
Características referentes ao agente causal do cancro cítrico:

○ Bactéria (Xanthomonas axonopodis pv. citri)


○ Gram-negativa
○ Baciliformes
○ Aeróbicas
ETIOLOGIA DA DOENÇA
Variações do agente causal:
1 Cancro cítrico asiático ou cancrose A

1.1 Introduzida pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri

1.2 Encontra disseminada em várias regiões da Ásia e Américas

2 Cancro cítrico B ou cancrose B

1.1 Atribuído a estirpe B de Xanthomonas axonopodis pv. aurantifolli

1.2 Sua ocorrência está restrita a alguns países da América do Sul, a saber: Argentina,
Paraguai e Uruguai
ETIOLOGIA DA DOENÇA
3 Cancrose do limoeiro “Galego” ou cancrose C

1.1 Introduzida pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. aurantifolli

1.2 Ocorrência do Brasil, mais especificamente no Estado de São Paulo

4 Mancha bacteriana dos critros

1.1 Atribuído a estirpe B de Xanthomonas axonopodis pv. citrumelo

1.2 Ocorrência nos viveiros de citros da Florida, EUA


SINTOMAS
• Caracterização dos sintomas:
○ A denominação dos sintomas são relativamente fáceis de serem identificados

○ A ocorrência da presença dessa doença podem ocorrer nas folhas, frutos e ramos

○ As lesões apresentam as mesmas características nos diferentes órgãos infectados

○ Os sintomas se tornam visíveis após um período de 2 a 5 semanas após a infecção


do tecido vegetal pela bactéria
SINTOMAS
• Caracterização da presença das lesões das folhas:
○ Pode ser saliente nas duas faces;

○ Apresentam-se como pontos escurecidos, com o amarelecimento ao


redor;

○ As lesões são encontradas na face interior.


SINTOMAS
• Sintomas presentes nas folhas:

Fonte: Fundecitrus, 2014. Fonte: Fundecitrus, 2014.


SINTOMAS
• Caracterização da presença das lesões das frutos:
○ Maior ocorrência na parte voltada para o exterior da copa;

○ Suas lesões são maiores, que apresentam fissuras ou crateras;

○ Suas lesões não afetam as características internas do fruto;

○ A profundidade dos sintomas está restrita ao Flavedo e Albedo.


SINTOMAS
• Sintomas presentes nos frutos:

Fonte: Fundecitrus, 2014.


Fonte: Fundecitrus, 2014.
SINTOMAS
• Caracterização da presença das lesões dos ramos:
○ Sintomas semelhantes aos encontrados nas folhas e frutos;

○ Ocorrência menor;

○ Pode ocasionar a morte dos ramos e, consequentemente, o


desenvolvimento do vegetal.
SINTOMAS
• Sintomas presentes nos ramos:

Fonte: Fundecitrus, 2014.


CICLO DA DOENÇA
Sobrevivência
➢ Mantém- se viável entre os ciclo da
cultura;
➢ Condições adversas ao patógeno;
○ Falta do hospedeiro;
○ Tecido vegetal;
○ Condições meteorológicas
não favoráveis.
CICLO DA DOENÇA
Disseminação
Pode ser transportada por :
➢ Ação do homem
○ Trânsito de mudas
○ Implementos e veículos
➢ Ação da natureza
○ Chuva
○ Vento
CICLO DA DOENÇA
Infecção

➢ Contato da bactéria com a planta cítrica ;


➢ Penetração e estabelecimento nos tecidos
da planta;

Formas de penetração
➢ Abertura de estômatos
➢ Ferimentos mecânicos
CICLO DA DOENÇA
Infecção
CICLO DA DOENÇA
Colonização
➢ Reprodução da doença dentro da planta;
➢ Última fase do processo de
desenvolvimento;
➢ Retirada e utilização de nutrientes da
planta;
➢ Não penetra as células vegetais;
➢ Restrita aos espaços intracelulares.
CICLO DA DOENÇA
CICLO DA DOENÇA
GAMA DE HOSPEDEIRO
➢ Acomete o gênero citrus.

➢ Grau de suscetibilidade:
● Altamente resistentes: Calamondin e Kumquat.

Fonte: Louie’s Nursery. Fonte: Ftoto Community.


GAMA DE HOSPEDEIRO
➢ Grau de suscetibilidade:
● Resistentes: Tangerinas “Pokan”, “Tankan”, “Cleopatra”.

Fonte: Mercado Livre. Fonte: Citrus Variety. Fonte: Meu cantinho verde.
GAMA DE HOSPEDEIRO
➢ Grau de suscetibilidade:
● Moderadamente suscetível: Tangerinas “Cravo”, Laranjas doces
“Lima”, Laranja “azeda”.

Fonte: Odair Plantas. Fonte: As plantas Online. Fonte: Viveiro Zimmer.


GAMA DE HOSPEDEIRO
➢ Grau de suscetibilidade:
● Suscetíveis: Laranjas doces “Ruby”, Tangerina “Clementina”,
Lima Ácida “Tahiti”.

Fonte: Flora Estação Brasil. Fonte: Citrus Variety. Fonte: Blog Rural Pecuária.
GAMA DE HOSPEDEIRO
➢ Grau de suscetibilidade:
● Altamente suscetíveis: Pomelo, Lima Ácida “Galego”, Limões
Verdadeiros “Siciliano”

Fonte: Frutimania. Fonte: Diferença. Fonte: Mercado livre.


CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
➢ Temperatura entre 28ºC e 30ºC;
➢ Umidade Alta;
➢ Inóculo Abundante (bactéria);
➢ Hospedeiro suscetível;
➢ Hospedeiros predispostos;
➢ Chuvas e ventos;
➢ Ferimentos: Minador e atritos.
MEDIDAS DE CONTROLE
● Erradicação

Fonte:Franklin Behlau e José Belasque Jr.


MEDIDAS DE CONTROLE
● Evitar instalação de pomares em locais onde as condições são favoráveis
ao desenvolvimento da doença

Fonte:Embrapa.
MEDIDAS DE CONTROLE
● Plantar variedades resistentes ou moderadamente resistentes
Altamente resistentes Resistentes

Calamondin Tangerinas ‘Ponkan’,


‘Satsuma’,’Tankan,’Cleopatra’ e
‘Sunki’

Kumquats —
MEDIDAS DE CONTROLE
● Utilizar mudas sadias

Fonte:MF Rural
MEDIDAS DE CONTROLE

● Implantar quebra-ventos

Espécies arbóreas utilizadas como quebra-vento na cultura dos citros para o manejo integrado de cancro cítrico: Corymbia torelliana (A), Grevillea robusta (B), Eucalyptus spp. (C) e
Casuarina cunninghamiana (D).
Fonte: Franklin Behlau e José Belasque Jr.
MEDIDAS DE CONTROLE
● Pulverizar previamente as plantas com produtos à base de cobre

Fonte:Duarte Lima
MEDIDAS DE CONTROLE
● Controlar adequadamente a larva minadora dos citros

Galeria de minador dos citros na face inferior da folha (A) e lagarta minadora alimentando-se no
limbo foliar (B).
Fonte: Franklin Behlau e José Belasque Jr.
MEDIDAS DE CONTROLE
● Inspeção dos pomares

Inspeções de cancro cítrico via solo (A) e plataforma (B).


Fonte:Franklin Behlau e José Belasque Jr.
MEDIDAS DE CONTROLE

Metodologias de inspeção para detecção de cancro cítrico quanto à velocidade de caminhamento no pomar (A)
Fonte:Franklin Behlau e José Belasque Jr.
MEDIDAS DE CONTROLE

Frequência em função da presença ou proximidade de plantas com sintomas da doença.


Fonte:Franklin Behlau e José Belasque Jr.
MEDIDAS DE CONTROLE
● Restringir o acesso e fiscalizar circulação (pessoas veículos, máquinas e
implementos)

Fonte:Bruno Novaes Menezes Martins e Letícia Galhardo Jorge


MEDIDAS DE CONTROLE
● Promover lavagem e desinfecção de veículos máquinas, implementos e
materiais de colheita

Desinfestação preventiva de material de colheita (A), barra para aplicação de herbicida (B), veículo (C) e mãos (D).
Fonte:Franklin Behlau e José Belasque Jr.
MEDIDAS DE CONTROLE
● Construir silos na entrada das propriedades

Fonte: https://www.ufrgs.br/alimentus1/feira/prfruta/sucolara/arm.htm
REFERÊNCIAS
Cancro cítrico: a doença e seu controle / Franklin Behlau, José Belasque
Jr. – Fundecitrus, 2014. p. 82.

Manual de fitopatologia / edição de Hiroshi Kimati …(et al.) – 4. ed. –


São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. 2 v:il. p.249-250.

Você também pode gostar