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educação dos 4 aos 17 anos, estão estabelecidos na organização da educação para viabilizar o direito à
Constituição Federal (CF) de 1988, ratificada por meio da educação a toda e qualquer pessoa, independentemente
Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de do seu lugar de nascimento ou moradia, em sintonia com
2009, e nos comandos do Plano Nacional de Educação o estatuto constitucional. Este Sistema deve ser
(PNE). democrático e inclusivo, em sua essência e estruturação
e, deste modo, deverá assegurar a todas as pessoas,
3. Por sua vez, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação acesso e permanência nas instituições educacionais.
Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, reafirma a garantia do direito social à educação de 7. Este SNE não existirá sem efetivo fortalecimento das
qualidade. No entanto, a despeito dos avanços legais, o capacidades de Estado no planejamento público e no
panorama brasileiro continua apresentando cumprimento de suas obrigações no que se refere à
desigualdades e assimetrias no acesso, qualidade e regulação e avaliação, bem como à organização, ao
permanência de estudantes, em todos os níveis, etapas e monitoramento e à avaliação dos planos decenais de
modalidades da educação. Para a efetiva garantia desse educação, na perspectiva de uma efetiva política perene,
direito, fazem-se necessárias políticas e gestões que tomando o PNE como epicentro e espinha dorsal das
4. Os debates sobre a organização da educação nacional normas de cooperação entre os entes federativos para o
na forma de um SNE têm reminiscências no processo do exercício de competências comuns, abrangendo áreas
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, na década de setoriais tão diferentes, e com desenhos institucionais
1930, e também alimenta o debate dos educadores ao complexos e diversos, como saúde e assistência,
longo do processo de redemocratização do país e da nova proteção de documentos, cultura, educação, ciência,
pobreza.
26
a amento ao SNE, à cooperação e à colaboração em
tr t instrumentos instáveis e infrequentes, próprias de
vários de seus dispositivos, com evidência no art. 13[2] e decisões dos governos de turno, redunda em evidentes
na estratégia 20.9[3] . limites à estabilidade da ação do Est : são
ado
congêneres). Não há dúvida que coordenar, organizar, na delimitados nos marcos da regulamentação do SNE, com
experiência concreta, exige forte liderança e disposição preservação dos recursos públicos da educação
política, no caso educacional brasileiro. Tal como tem-se destinados à educação.
percebido, ainda que com avanços, esta liderança pontual
e episódica, repercutida por meio de 13. A partir de leis e normas de cooperação vinculantes é
qu e as variadas formas de colaboração (e coordenação)
são possíveis para encaminhar soluções aos desafios
2
[ ] A rt. 13. O poder público v r
de e á in stituir, em lei e specífica, t
con ado s2 s
(doi ) ano s da
publicação desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre educacionais em face das diversidades de situações e
s sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e
formas distintas e cabíveis de trabalho comum, inclusive
o
con i s stente com caráter abrangente e vinculante. de acordo com as novas regras nacionais vigentes, visto
que as normas de cooperação devem ser vinculantes e
16. A cooperação federativa em educação, coração do 19. Tais diferenciações são estratégicas para
SNE, se apresenta no texto constitucional (art. 23, art. 24 compreender qual deve ser a “chave” da agenda
e art. 214) exigindo o fortalecimento das capacidades de instituinte do SNE e seu horizonte estratégico na
Estado e o relacionamento duradouro, solidário e afirmação de um projeto de Estado para a educação do
complementar, técnico e financeiro, entre os poderes país. Nesta direção, não há como, por exemplo, confundir
públicos, por meio de robusta legislação. Um dos ou reduzir a regulamentação da cooperação federativa
elementos fundantes de um SNE e da cooperação em educação e a instituição do SNE a instrumentos
federativa que o dinamiza será justamente o exercício frágeis sob denominações tais quais acordos de
articulado, integrado, de competências legislativas colaboração ou arranjos de desenvolvimento da
concorrentes (art. 24), s t endo a s s omada de deci õe e o
educação.
exercício das competências realizada de maneira
conjunta e não isolada, com decisões vinculantes
20. Alerta-se para a potencial b i ição do horizonte
su st tu
tomadas a partir de arenas federativas próprias. de instituição do SNE por uma discussão sob a lógica de
mercado e com uma perspectiva empresarial de
17. Quando as regras de cooperação estiverem dispostas territorialidade e assessoria pontual. A ação articulada
em Lei Complementar, com caráter vinculante (aprovada para prestação de “serviços educacionais”, nestas
com quórum qualificado, a partir da equilibrada relação experiências, se serve da inserção de empresas e
entre as representações setoriais de educação dos entes organizações não-governamentais, cuja relação é
federativos), restará colocá-las em prática, pela via do baseada na adesão, em uma espécie de associativismo
caminho alinhavado na Constituição e na LDB, a saber, o local voluntário, característica que não se coaduna com a
Regime de Colaboração. Como mencionado no artigo necessária cooperação que, flagrantemente, exige níveis
In stituir um Sistema Nacional de Educação: agenda
elevados de ação do p r pú
ode ,r r
blico su s
efo ço de a
r
ob iga ó iat r para o país, s
Sa e/ MEC (j unho de 2015), o
ca p acidade s e estabilidade na implementação de
Regime de Colaboração, portanto, “é a e xpressão e a
políticas públicas.
r r
fo ma de o gani ação do z s sistemas de ensino por meio de
relações de colabo ação r , r t
ga an indo o c umprimento da s 21. No contexto de ma agenda sistêmica para a
u
responsabilidades definidas nas normas de cooperação e educação no país é imperioso consolidar novas r s a ena
28
públicas de deliberação e decisão, estáveis, que 24. Nesta direção, a Constituição e o nosso ordenamento
abarquem as distintas esferas federativas, bem como legal avançaram nas bases para a organização e
qu e sejam consolidados mecanismos e instrumentos de regulação da educação nacional. Anunciam e enumeram,
cooperação e colaboração para muito além de ainda, grandes desafios civilizatórios para o país no
instrumentos precários, episódicos e temporários de contexto de um SNE:
parceria ou associativismo nos territórios, fortemente
caracterizados e impulsionados pela cobiça de acesso 25. a) a educação, direito de todos e dever do Estado e
aos recursos públicos da educação por setores da da família, será promovida e incentivada com a
iniciativa privada. colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
22. Inúmeros municípios, de fato, sobretudo os pequenos da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205
e médios, têm enormes limitações técnicas e de recursos da CF);
financeiros para execução de políticas de maneira
isolada. Nesta direção, necessidades comuns de 26. b) o dever do Estado com a educação será efetivado
organização de rede física, de transporte escolar, de mediante a garantia de: educação básica obrigatória e
alimentação escolar, as políticas de formação dos gratuita; progressiva universalização do ensino médio
profissionais da educação e a mitigação de ações gratuito; atendimento educacional especializado às
superpostas deverão ser mais bem tratadas nas pessoas com deficiência, transtornos globais do
diferentes instâncias de negociação, cooperação e desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação na
pactuação, fortalecendo a regionalização das políticas rede regular de ensino; educação infantil, em creche e
educacionais e as possibilidades de ações intersetoriais, pré-escola; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da
inclusive materializadas pela via de consórcios públicos, pesquisa e da criação artística; oferta de ensino noturno
compartimentalizado ou, ainda, uma contraposição à aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais;
ideia de “municipalização predatória”. A ensino ministrado em língua portuguesa, assegurada às
“descentralização qualificada” trata do entrelaçamento comunidades indígenas também a utilização de suas
equilibrado entre os diferentes níveis de governo como línguas maternas e processos próprios de aprendizagem;
elemento condutor das políticas públicas educacionais, equidade, respeito às diversidades e gestão democrática
cuja finalidade última é a oferta educacional com da educação; definição de percentuais mínimos para a
qualidade, com equidade, identidade nacional e local, e educação e progressiva expansão dos recursos como
fortalecimento das capacidades públicas do Estado. Em proporção da riqueza nacional.
28. Uma das agendas mais fundantes do relacionamento qualidade, da educação básica e superior; da
entre educação básica e superior diz respeito aos consolidação da graduação, pós-graduação e da pesquisa
esforços comuns para assegurar formação inicial e científica e tecnológica; da educação inclusiva, com
continuada específica aos profissionais da educação, de reconhecimento e valorização da diversidade; do
acordo com as diretrizes nacionais[4] e nos termos da atendimento em escola integral e de tempo integral,
Política Nacional de Formação dos Profissionais da assegurando a formação específica do profissional da
Educação, que devem ser construídas com efetiva oitiva educação, bem como a garantia de acessibilidade, e
da sociedade. avaliação educacional emancipatória; da definição de
parâmetros e diretrizes para a valorização dos(as)
Educação deve cumprir seus objetivos por meio da instalações, equipamentos e infraestrutura adequados e
criação e funcionamento dos Fóruns Estaduais outros recursos como laboratórios, bibliotecas, quadras
Permanentes de Apoio à Formação, em regime de poliesportivas cobertas, materiais didáticos, entre outros;
colaboração entre União, estados, Distrito Federal e de todas dimensões que devem ser mobilizadas para
municípios, e por meio de ações e programas específicos assegurar o cumprimento do marco legal brasileiro, na
das diferentes esferas de gestão. O regime de Constituição e na LDB.
colaboração na formação será concretizado por meio de
planos estratégicos formulados pelos Fóruns, a serem 32. O SNE, a partir dos princípios da educação nacional
instituídos em cada estado e no Distrito Federal. g a ados na Constituição e na LDB), deve expressar a
( r v
Nacionais para r
a Fo mação Inicial em Ní el S v uperior (cursos de licencia tura, cursos de
r
fo mação pedagógica para r uados
g ad e cursos de segunda licencia tura) e para a
r
Fo mação Con in t uada.
30
2014[5]) e diálogo social, r
ab angendo a s s r s
e fe a de e a s eleições para o Poder Executivo são quadrienais); 2.
ge stão e de normativas, de participação e controle social, definição de di er trizes, obje i ot v s, me a t s e e stratégias
de e ecx ução e v
a aliação , sendo sempre a ssegurada perpassando toda a educação (e não só a ed ucação
tv
efe i a tv
oi i a da sociedade, com participação, no s s
bá ica); 3. nece ssidade de ações integradas dos
processos de deci ãos . Pa a r tanto, de e v con ide as r r, poderes públicos das diferentes esferas federativas
sempre, a cen tralidade do Fó rum Nacional de Ed ucação (o plano é nacional e sua r tz
conc e i ação se expressa no s
(FNE) , expressão x
má ima de participação da sociedade planos estaduais, distrital e municipais, visando à garantia
dian e da t s políticas públicas educacionais. de ed ucação ao cidadão/ã); 4. nece ssidade de
e a t pas e modalidade s de s
en ino , em quais ca o s da ed ucação s
bá ica , na t r z
ma e iali ação do C usto
condicionalidade s o fa z, com quais r
o gani mo s s e Al uno Qualidade (CAQ) no , s termos do parágrafo 7º, art.
mecani mo s s de coordenação, processos de negociação e 211, da Constituição Federal de 1988.
delibe ação r . Há nece ssidade de maio r coe ão s , coe ênciar
e funcionalidade para o c umprimento do de e v r de 36. Assim, o SNE a ser instituído como expressão
r t
ga an ia do di ei o à ed r t ucação pública, democrática, com institucional do esforço organizado, autônomo e
qualidade social, ancorada na igualdade e equidade. permanente do Estado e da sociedade brasileira,
com preende os distintos sistemas de s
en ino , incl uindo
34. É preciso reafirmar que s
a con olidação de um SNE in stituições públicas e privadas em cada um deles.
que articule os di ev rsos v s
ní ei e s r s
e fe a da ed ucação
nacional não pode ser realizada sem s
con ide a r r o s 37. Para garantir o direito à educação, em sintonia com
princípios assinalados, bem como a urgente nece ssidade di e r trizes nacionai s, a con strução de um SNE requer,
de ed ucação para a proteção ambien al t , as mudanças portanto, o redimensionamento da ação do s en et s
climá ica t s e a salvaguarda do s bioma s e, de ig ual modo , fede ado r s, garantindo diretrizes educacionais comuns em
para o s im perativos de superação da s s ualdades
de ig todo o território nacional , com ca á e r t r vinculante, tendo
sociais, étnico-raciais, de gênero e relativas à diversidade como perspectiva a superação de todas as fo mar s de
penais, no s
ca o de de c s umprimento do s di spositivos
5
[ ] A in stância permanente foi instituída pela Portaria nº 619, de 24 de junho de 2015. legai s t r
de e minado s, x
dei ando reluzentes a s
Di sponível em: com petências, os recursos e a s responsabilidades de
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/Noticias/portaria_619_2015_instancia_permanente.pdf
cada en e fede adot r .
s r s
e fe a fede a i ar t v s são fo m r ulados de manei a r a 44. O fortalecimento da ação dos fóruns permanentes de
a ssegurar a con ignação s de t
do açõe s r
o çamen á ia t r s ed ucação, bem como a in stituição periódica de
com patíveis com tais planos de educação. São instâncias confe ência r s de ed ucação, são passos nece ssários à
41. Como ó gão r s do s sistemas, os con elho s s nacional , toda sua com pletude, em regime de co rresponsabilidade
e staduais, di strital e m unicipais r
o gani ado z s com a e utilizando mecani mo s s democ á ico r t s e de participação
r t
ga an ia de ge stão democ á ica r t são outros organismos s
do (da ) s trabalhadores(as)/ profissionais da educação
fundamentais para a regulação, supervisão e manutenção no s projetos político-pedagógicos da s in stituições de
42. Os estados, o Di strito Fede al e o r s m unicípios têm 46. Pa a r a e i x stência do SNE , é f undamental o
como r
ó gão r
no ma i o tv de seus sistemas o Con elho s e stabelecimento de políticas educacionais e intersetoriais
E stadual, Di strital ou M unicipal de Ed ucação, do ado t s de com vistas à r t
ga an ia do r t .
di ei o A ideia de
am plas funções delibe a i a r t v s, con sultivas e propositivas, in et rsetorialidade articula conhecimen o t s, experiências e
s
fi cali ado az r s e de con trole social, e com tv
efe i a in stitucionalidades de r t s
dife en e setores públicos,
participação da sociedade v , estabelecidos
ci il na fo ma r somando esforços conj untos na con strução x ução
e e ec
da lei de o gani ação do r z respectivo sistema. de açõe s que fo rtaleçam a ed ucação e o di ei o r t público
subjetivo em cada território. A s açõe s articuladas do s
43. O s fó runs permanentes de ed ucação, nacional , di e v rsos setores, para alcançar os objetivos da educação
e staduais, di strital e m unicipais, estabelecidos em lei e nacional , v
de em sempre reconhecer e valorizar as
em a rticulação com o s respectivos sistemas de en ino s , di e v rsidades como princípios nece ssários para assegurar
são imprescindíveis no acompanhamento, monitoramento a incl usão, qualidade e equidade na educação
32
e na sociedade. populares de ed ucação, as que s v v
de en ol em açõe s de
r
fo mação técnico-profissional e a s que r
ofe ecem c ursos
47. A in stitucionalização do SNE , fundamentalmente livres.
democ á ico r t em sua conce pção e funcionamento,
propiciará organicidade e a rticulação à proposição e à 51. O SNE da á efe i idade ao r tv regime de colabo ação r
t r
ma e iali ação z da s políticas ed ucacionais, por meio de pautado por uma política referenciada na unidade
s r
e fo ço t r
in eg ado e colabo a i o r tv , a fim de con olidas r nacional , s
con ide ando r o respeito e a valorização da s
no a v s ba e s s na relação en tre os t s
en e r
fede ado s na di e v rsidades. De ig ual modo , con tribuirá para a
r t
ga an ia do r t
di ei o à ed ucação com qualidade social. superação da lógica competitiva entre os entes federados
Dian e do t pacto fede a i o r tv , a in stituição do SNE de e v , e do modelo de responsabilidades admini strativas
v
ob iamen e t , respeitar a autonomia do s sistemas de restritivas às redes de ensino.
s
en ino .
52. O planejamento articulado para a ed ucação do país
48. As in stituições do s setores privado e com unitário de e v ratificar que a s di sposições do PNE con stituem
fa emz parte do Sistema Nacional de Ed ucação (SNE) , r
no ma i ação tz vinculante do s planos estaduais, di strital e
assim como dos sistemas estaduais, distrital e municipais, m unicipais a ele con e s quentes. Ou seja, con stituem uma
segundo a com petência de cada âmbi o t , subordinam-se da s r
ob igaçõe s mai s fundamentais do poder público,
ao conj unto de no ma r s ge ai r s de ed ucação e de em v se incl usive ensejadora de responsabilização na forma da lei.
r
ha moni a z r com as políticas públicas, que têm como eixo O s planos não podem ser me o r s in strumentos r
fo mai s,
r t
o di ei o à ed ucação, e acatar/ submeter a autorização e p
“ eça s de ficção o u v t ,
ga e a” “ca rtas t
de in ençõe ” s. Ao
v
a aliação de en ol ida s v v s pelo poder público. Dessa forma, con trário, devem ser os instrumentos efetivos de gestão e
no que di z respeito ao s setores privado e com unitário, o de mobili ação da z sociedade, fundamentais na ação do
E stado v
de e no ma i a r t z r, con trolar s
e fi cali a z r todas as E stado para a r t
ga an ia do s r t s
di ei o ed ucacionais. O s
in stituições de Educação Básica Superior, sob os mesmos planos de ed ucação, em todos os seus âmbi o t s, de em v
parâmetros e exigências aplicados ao setor público. con e t r di e r trizes, me a t s e estratégias de ação que
ga an am r t o ace sso à ed ucação de qualidade e, como
49. A consolidação do SNE deve assegurar as políticas e previsto con stitucionalmente, que cumpram a f unção de
indicado e r s de ace sso e permanência com qualidade, in stituição do SNE , essas in stâncias, en tre outras,
pelo s v v
de en ol imen o da ed t ucação em todos os v s,
ní ei resultarão em no a v s ba es s r
de o gani ação e ge z stão do s
t pas
e a e modalidade s e em todos o s sistemas de sistemas de en ino s , que exigem alterações das leis
ed ucação. atuais (ou outras formas de institucionalização) que
organizam os sistemas subnacionais. Isso s
en eja á r
50. A in stituição de um SNE terá, portanto, como sólida política de a ssessoria técnica, financiamen o t , bem
na s in stituições ed ucacionais públicas e privadas, bem recursos e aprimoramento da gestão, por meio da
tecnológica, as culturais, as que realizam experiências melho ia da ed r ucação básica e superior, dirigidos pelo
rz t s
ho i on e e stratégicos a urgente nece ssidade de modalidade s da ed ucação nacional , bem como regular o
superação da s de ig s ualdades sociais, étnico-raciais, de en ino s privado. Os planos de educação, em todos os seus
gêne o e r relativas à di e v rsidade sexual, a pessoas com âmbi o t s u
(m nici al p , estadual, di strital e fede al) r , de emv
deficiência , transtornos globai s de s v v
de en ol imen o t e con e t r obrigatoriamente diretrizes, metas e estratégias de
al at s habilidade s ou superdotação, den tre outras, ainda ação que r t
ga an am o ace sso à ed ucação de qualidade
presentes na sociedade e na s in stituições ed ucacionais. s
de de a c eche a é a r t pós-graduação.
Po r isso, sua im plantação - a ssim como o c umprimento
da s normas constitucionais que orientam essa tarefa – só 58. Além da con strução e pactuação de um texto legal ,
será possível por meio do debate público e da articulação robusto, t
a inen e t à regulamentação da coo peração
en tre Estado, instituições de educação básica e superior e fede a i a r tv em ed ucação e instituição do SNE e seus
v
mo imen o t s sociais, em prol de uma sociedade r
o gani mo s s, há açõe s que de em v ser viabilizadas no
democ á ica r t , r
di ecionada à participação e à con strução con e t xto de uma agenda instituinte, visando a:
de uma cultura de paz, à promoção da justiça social e do
s v v
de en ol imen o t socioambiental sustentável. 59. a) ampliar e fiscalizar o atendimento dos programas
de renda mínima a ssociados à ed ucação, a fim de
vulnerabilidade social e ed ucacional. O SNE de e v se 60. b) estabelecer política nacional de gestão e avaliação
voltar ao obje i o e tv stratégico nacional de c umprimento ed ucacional, r t
ga an indo mecani mo s s e in strumentos que
da s me a t s pactuadas no Plano Nacional de Educação con tribuam para a democ a i açãor tz do s sistemas, da s
para o decênio 2024/ 2034 e demais planos decenais de in stituições educativas e dos processos formativos;
ed ucação subsequentes, com olha r para as r
dife ença s
regionais e intrarregionais. 61. c) a rticular a con strução de projetos político-
pedagógicos e planos s v v
de de en ol imen o in t stitucionais,
56. v s
De e- e com preender, portanto, a nece ssidade de sintonizados com a realidade e as necessidades locais;
im plementação do SNE , por meio de uma s
legi lação
v
de idamen e com t partilhados e pautados por uma política autonomia (pedagógica, admini strativa e financei a) do r s
referenciada na unidade nacional , den tro da di e v rsidade. sistemas e da s in stituições de ed ucação s
bá ica e plena
E ssa política, anco ada na r perspectiva do C usto Al uno autonomia às instituições de ed ucação superior,
Q ualidade (CAQ) de e fo , v rtalecer o relacionamento en tre aprimoramento processos de r
o gani ação z , ge stão e
da valorização do s profissionais como pilar fundamental ge stão democrática em toda a sua abrangência;
em todos os níveis e modalidades de ensino.
63. e) apoiar e r tr
ga an i a r
c iação e s
con olidação de
não com petitiva, União, estados, Distrito Federal e autônomos, com funções deliberativa, normativa
34
e s
fi cali ado a z r , com postos, de fo ma r paritária, por 68. Outra função primordial do MEC, em parceria com o
representantes do (da )s s trabalhadores(as) da ed ucação, FNE e o CNE , no con e t xto do SNE (in stituído por lei
con elho s s e r
ó gão s de delibe ação r tv s
cole i o na s planejamento (Plano s Pl urianual, Plano de Açõe s
in stituições ed ucativas, com di e r trizes com uns e A rticuladas, planos estaduais, distrital e m unicipais de
con onância s com a política nacional , respeitando as colabo ação r . Tai s órgãos de E stado em hi pótese alguma
di e v rsidades regionais e, de ig ual modo , apoiando sua secundarizariam o papel e as funções do MEC, na medida
r
c iação e f uncionamento, t
com do ação o çamen á ia e r t r em que este é o r
coo denado r da política nacional de
64. f) orientar os conselhos municipais de educação, para 69. O Si stema Nacional de Ed ucação DEVE PROVER,
que se tornem órgãos de normatização complementar do ademai : s
en ino s público m unicipal e da s in stituições privadas de
ed ucação infan il t , no con e t xto do SNE , dando suporte 70. a) a nece ssária r t
ga an ia da ed ucação r t r
ob iga ó ia
técnico e j urídico tv
efe i o ao s m unicípios que ainda não r t
como di ei o do indi íd v uo e dever do Estado;
con stituíram seus conselhos;
71. b) a definição e a garantia de padrão de qualidade na
65. g) e stimular r
a o gani ação do z s sistemas m unicipais ed ucação s
bá ica e superior, a ssim como processo
de en ino s , por meio de lei , referenciada na Con stituição específico que r t
ga an a a ig ualdade e a e quidade de
r ,
Fede al na LDB e na lei in stituinte do SNE; condiçõe s para acesso e permanência nas instituições de
ed ucação básica e superior;
66. h) e stabelecer ba e coms um nacional , de manei a a r
a ssegurar r
fo mação bá ica com s um e di e v rsificada, com 72. c) a im plementação de dinâmica s v
de a aliação com
como in stância tv
de efe i a in e loc t r ução, diálogo social e região e as diversidades, rompendo com a visão centrada
delibe ação r , com posto por am pla representação do s somente em testes e standardizados e na lógica de
setores sociais v v
en ol ido s com a ed ucação. O FNE , hoje v
a aliação de resultados;
ratificado como um dos responsáveis pelo monitoramento
e v
a aliação na Lei n º 13.005, de 2014, precisa ter 73. d) a e i x stência de programas suplementares, de
elevada e estabilizada sua condição jurídico- a poio pedagógico, bem como políticas de a ssistência
normativa, de modo a ser fo rtalecido como in stância estudantil, de aco do r com a s especificidades de cada
E stado no x r
e e cício da função de planejamento
r u
(fo m lação , de t r
moni o amen o t , de con trole e de 74. r t
e) a ga an ia de in stalações r s
ge ai ade quadas, na
v
a aliação) da s políticas públicas assegure a nece ssária ed ucação bá ica s e superior, em con onâncias com a
participação da sociedade. v
a aliação do (a ) s s usuários/as, cujo projeto arquitetônico
36
diferentes níveis, etapas e modalidades, construídas com independentemente do lugar de nascimento ou moradia
ampla participação; do cidadão/ cidadã.
88. s) processos avaliativos voltados para a identificação, 96. O PNE, deste modo, deve ser expressão, epicentro,
monitoramento e solução dos problemas de ensino- espinha dorsal de uma política de Estado que garanta a
aprendizagem e para o desenvolvimento da instituição continuidade da execução e da avaliação de suas metas
educativa; frente às alternâncias governamentais. Nesse sentido,
este plano de Estado, deve constituir-se na definição
89. t) tecnologias educacionais, tecnologias assistivas, e nítida do papel dos entes federados quanto às suas
recursos pedagógicos com acessibilidade, apropriados ao competências e responsabilidades.
processo de ensino-aprendizagem;
97. Deste modo, a construção do PNE e correspondentes
90. u) gestão democrática e garantia de mecanismos de planos de educação para o próximo decênio devem ser
participação e decisão envolvendo os diferentes resultado de ampla participação e deliberação coletiva da
segmentos na instituição educativa, bem como sociedade brasileira, por meio do envolvimento dos
planejamento e gestão coletiva do trabalho pedagógico; movimentos sociais e demais segmentos da sociedade
civil e da sociedade política em diversos processos de
91. v) jornada escolar ampliada e integrada, na educação mobilização e de discussão, tais como: audiências
básica, com a garantia de espaços e tempos apropriados públicas, encontros e seminários, debates e, sobretudo,
às atividades educativas, assegurando a estrutura física deliberações das conferências de educação.
em condições adequadas e profissionais habilitados(as);
98. Importa ratificar, na agenda instituinte do SNE e de
92. w) valoração adequada dos serviços prestados pela confirmação do PNE como epicentro das políticas
instituição, por parte dos diferentes segmentos que educacionais, marcos recentes importantes que
compõem a comunidade educativa; representam avanços e r
confo mam ativos políticos
Mo aer s r
– PT/MT); P oje o de Lei Com lemen a t p t r nº 448/ 2017 (De p. Gi useppe Vecci -
z
Re ende – DEM/TO; P oje o de Lei Com r t plementar nº 47/2019 (Dep. r
Ped o C unha Lima -
r
PT/MT); P oje o de Lei Com t plementar nº 267/2020 (Dep. Rose Modesto - PSDB/MS, Dep.
novas formas de organização e planejamento Ma a r Rocha - PSDB/AC); P oje o de Lei Com lemen a r t p t r nº 109/2023 (De putados/a.
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106. Como se observa, pode-se afirmar que os esforços Distrito Federal e os municípios devem elaborar seus
mobilizadores das conferências e a agenda de instituição correspondentes planos de educação, ou adequar os
do SNE, notadamente a partir da criação da Sase/ MEC, planos, em consonância com as diretrizes, metas e
redundaram em uma maior e salutar pluralidade de estratégias previstas no PNE, dentro de um curto prazo
iniciativa e autoria, com a apresentação de determinado.
proposições de projetos que representam ativos
políticos importantes para apreciação na atual 110. De igual modo, não existirá Estado capaz de prover
conjuntura. Atualmente o tema é debatido no Congresso direitos à educação sem que a gestão democrática se
Nacional, no FNE e no Ministério da Educação, entre efetiva em todos os níveis, etapas e modalidades
outros, com o horizonte estratégico de aprovação de um educacionais. Portanto, a aprovação de leis específicas
texto legal robusto e que considere estes processos e s plinando a gestão democrática da educação e de
di ci
acúmulos mais recentes. seus sistemas é dimensão fundante para que tais
capacidades institucionais se materializem, tal como
107. Ao prever uma mobilização nacional, na sequência previsto em nossa legislação.
do processo de construção da Conae, faz-se necessário
que o PNE esteja organicamente articulado com os 111. Outro dispositivo também afirmativo do reforço do
acordos e consensos firmados. Importante, também, é papel do poder público para consolidar capacidades
assegurar que sejam elaborados e implementados os estáveis do Estado brasileiro é a afirmação de que
planos de educação estaduais, distrital e municipais. instrumentos de planejamento - plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da
108. No cenário educacional brasileiro, marcado pela União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios –
edição de planos e projetos educacionais, torna-se devem ser formulados de maneira a assegurar a
necessário empreender ações articuladas entre a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com
proposição e a materialização de políticas, bem como as diretrizes, metas e estratégias do PNE e dos
ações de planejamento sistemático. Por sua vez, todas respectivos planos de educação, a fim de viabilizar plena
precisam se articular com uma política nacional para a execução.
educação, com vistas ao seu acompanhamento,
monitoramento e avaliação. Para isso, torna-se pertinente 112. Em suma, é imprescindível que se reconheça que
a criação de meios de controle e de execução obrigatória legislações vêm ratificando a necessidade de vinculação
pelos responsáveis na gestão e no financiamento da entre a gestão democrática, financiamento público (PPA)
educação, nos âmbitos federal, estadual, distrital e e os instrumentos de planejamento, nas diversas esferas
municipal, a cumprir o estabelecido nas constituições federativas, como elementos organizativos da agenda
federal, estaduais, nas leis orgânicas municipais e distrital instituinte do SNE.
e na legislação pertinente e estabeleça sanções
administrativas, cíveis e penais no caso de 113. Será importante, ademais, nos passos que se
descumprimento dos dispositivos legais determinados, pretenda dar no reforço do PNE como picentro
e de
da sociedade civil e da sociedade política. SNE, por lei complementar. As disposições de tal Lei
tecnológicas e com órgãos de participação e controle sistema federal, os sistemas estaduais, distrital e
social, certamente, e de igual modo, fortalecerão o efetivo municipais de educação, e as instituições de ensino de
cumprimento do PNE e correspondentes planos de que trata o inciso III do art. 206, da Constituição Federal,
educação. dos níveis básico e superior, públicas e privadas.
115. Outros ambientes estratégicos de monitoramento e 120. A cooperação entre os entes fede a i r t vos e a
decisivamente para a maior organicidade das políticas de municípios, e entre os estados e os municípios,
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nacional e nas responsabilidades do poder público. A de prioridades, alocação de recursos e definição de
cooperação alcança todas a s e struturas do poder políticas, da educação básica à educação superior;
público e pressupõe a ação articulada, planejada e
transparente entre os entes da federação, para a garantia 129. d) o padrão de qualidade social, na educação básica
dos meios de acesso à educação básica e superior, e na educação superior, que contribua para a redução
considerando todos os níveis, etapas e modalidades de das desigualdades educacionais, para a promoção da
ensino. cidadania e para o reconhecimento e valorização das
diversidades;
122. A cooperação federativa prioriza a tomada de
s
deci ão com um, que deve ser executada de maneira 130. e) a interdependência dos sistemas no
conjunta, e reforça os papéis de coordenação política, desenvolvimento da educação, tendo em vista a
suplementação e redistribuição da União com relação aos integralidade e a intersetorialidade que toca a política
estados e municípios e, também, dos estados com educacional;
relação aos seus próprios municípios, restando
secundarizadas medidas de coordenação ou políticas 131. f) a gestão democrática baseada na autonomia dos
125. O SNE se organizará, como assinalado, com base 133. h) o provimento em cargo ou função de direção de
nos princípios estabelecidos no art. 206 da estabelecimento de ensino por titular de cargo efetivo
Con stituição e na LDB, devendo considerar, ainda: constante de carreira própria dos profissionais da
educação básica, mediante escolha uninominal junto à
126. a) a educação como direito social, com garantia de comunidade escolar consoante às normas, diretrizes e
acesso à educação de qualidade social, inclusive para parâmetros nacionais para gestão democrática da
aqueles que não tiveram acesso à escola na idade educação, definidas em lei federal;
recomendada;
134. i) o direito à informação, com garantia de
137. l) o fortalecimento do relacionamento solidário e de 145. b) a identificação dos fatores que influenciam de
confiança entre profissionais da educação, estudantes e maneira relevante a melhoria da qualidade da educação,
toda a comunidade; a democratização e a universalização da oferta, com base
nas metas definidas nos planos decenais e nos
138. m) o planejamento nacional articulado, por meio de indicadores nacionais produzidos para esta finalidade
planos decenais de educação dos estados, Distrito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Federal e municípios, elaborados em consonância com o Educacionais Anísio Teixeira (Inep);
PNE em vigor;
146. c) a vinculação efetiva das políticas, programas,
139. n) a simplificação das estruturas burocráticas, a projetos e ações com as necessidades dos estudantes e
descentralização dos processos de decisão e de da comunidade;
execução e o fortalecimento dos estabelecimentos de
ensino e demais órgãos educacionais; 147. d) a observância dos aspectos relevantes para o
financiamento e a sustentabilidade de políticas,
140. o) a articulação intersetorial entre processos programas e ações educacionais;
formativos promovidos no âmbito da saúde, trabalho,
economia, cultura, esporte e assistência social; 148. e) a coordenação, planejamento e administração
democrática da política educacional.
141. p) o reconhecimento das identidades e
especificidades socioculturais, territoriais e linguísticas 149.Do(s) r s r
ó gão( ) de coo denação e in stância(s) no
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decisões pactuadas e vinculantes para assegurar a e regulamentos próprios dos respectivos entes
implementação de diretrizes no âmbito nacional, federativos, que devem ratificar os fóruns.
estadual, regional e interestadual voltadas à integração e
ações referenciadas no PNE e correspondentes planos de 154. Da ge stão r t
democ á ica e o papel s
de con elho s,
151. No SNE, é essencial a instituição e funcionamento, 155. Será fundamental ratificar, em lei federal, os
no estado, da Instância Bipartite Permanente de Parâmetros e Diretrizes para a regulamentação da gestão
Negociação, Cooperação e Pactuação Federativa, de democrática no país, dispondo sobre um conjunto de
competência correlata à Instância Nacional, de princípios, processos, instrumentos e mecanismos
composição paritária entre a representação da esfera voltados a estimular a participação e a constituição e
estadual e a representação da esfera municipal no âmbito fortalecimento de instâncias colegiadas e instrumentos de
da unidade federativa. participação e fiscalização na gestão educacional. O FNE,
uma das mais vigorosas expressões da gestão
152. Deve ser constituído, no SNE, o Fórum r
Pe manen e t democrática e de participação social, hoje ratificado
de rz
Valo i ação do s r
P ofi ssionais da Educação, de como uma instância de monitoramento e avaliação na Lei
composição paritária entre gestores governamentais, nº 13.005, de 2014, precisa ter ele vada e estabilizada
garantida a representação sindical nacional dos sua condição j urídico-normativa, já que hoje ele é
e transparentes, pactuados, o que deve ser ratificado ao meno s, por: conselheiros indicados por
em lei . representações oficiais de dirigentes de educação, básica
e superior, de trabalhadores(as)/ profissionais em
157. As Conferências Nacionais de Educação – Conaes, educação vinculados à educação básica e superior, das
têm caráter mobilizador e propositivo, canalizando entidades nacionais com atuação na política de gestão e
aspirações e expectativas da sociedade brasileira. As formação dos(as) trabalhadores(as)/ profissionais da
conferências devem ser estáveis e realizadas educação, das entidades nacionais de estudos e
periodicamente (no mínimo de quatro em quatro anos), pesquisas em educação, dos conselhos estaduais e
precedidas de conferências municipais, estaduais e municipais de educação, das entidades representativas
distrital de educação, articuladas e coordenadas pelo de estudantes e de movimentos sociais em defesa da
FNE, em parceria com os fóruns estaduais, distrital e educação, sem prejuízo de outras institucionalidades.
municipais de educação, de caráter permanente. Ao FNE,
devem ser assegurados progressivos graus de autonomia 161. Os sistemas estaduais e Distrital de Educação têm
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necessariamente, com a participação das esferas de observarão as Normas Operacionais aprovadas pela
gestão, dos conselhos, e das representações da Instância Nacional Permanente de Negociação,
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação Cooperação e Pactuação Federativa (tripartite).
(CNTE), da Associação Nacional pela Formação dos
Profissionais da Educação (Anfope), da Associação 167. Entre os instrumentos integrados de planejamento
Nacional de Política e Administração da Educação educacional no SNE devem ser destacados: os planos
(Anpae), entre outras. decenais de educação, de caráter vinculante; as
pactuações nas instâncias de negociação, cooperação e
163. Do PNE e do s planos decenai s correspondentes. pactuação federativas (tripartite e bipartite); os planos
A a valiação e a modelagem do financiamento plurianuais – PPAs, as diretrizes orçamentárias e os
orçamentos anuais da União, dos estados, do Distrito
164. O planejamento articulado, a ser definido e Federal e dos municípios que devem ser formulados de
reforçado na lei do SNE, constitui-se em instrumento de maneira a assegurar a consignação de dotações
efetivação da assistência técnica e financeira orçamentárias anuais compatíveis com as diretrizes,
suplementar da União em regime de colaboração com as metas, estratégias e ações inscritas no PNE e
demais esferas federativas, e dos estados com os correspondentes planos de educação; os territórios
municípios. O planejamento articulado, inclusive etnoeducacionais, que precisam de maior exercício de
materializado pela via do instrumento jurídico de pactuação e institucionalidade; a rede de assistência
cooperação federativa que é o consórcio público, técnica para elaboração, monitoramento e avaliação dos
assegurará prioridade ao atendimento das necessidades planos de educação; o Plano de Ações Articuladas (PAR) ;
da educação obrigatória no que se refere à os consórcios públicos já regulados em lei, entre outros.
universalização e à garantia de padrão de qualidade e de
equidade, além de contemplar os demais níveis, etapas e 168. O Sistema Nacional de Avaliação, parte integrante
modalidades de ensino, conforme as prioridades do SNE, com dimensão diagnóstica e formativa, se
constitucionais e legais, notadamente aquelas fixadas no constitui por meio dos processos e mecanismos de
PNE. Nesta direção, é premente, de igual modo, que os avaliação da Educação Básica e Superior. Em articulação
órgãos gestores da educação sejam dotados de com o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), ele
condições muito superiores para lidar com as deve induzir a melhoria da qualidade da oferta
diversidades e desigualdades educacionais. educacional nas diferentes instâncias e instituições
educativas, a melhoria dos processos educativos e a
165. A ação de assistência técnica da União poderá se redução das desigualdades e assimetrias educacionais.
organizar por meio de dimensões estratégicas como: a)
diagnóstico, planejamento e gestão das redes e sistemas 169. A institucionalização do Sistema Nacional de
de ensino; b) valorização dos profissionais da educação, Avaliação da Educação Básica (Sinaeb[7]), coordenado
incluindo, entre outros, formação inicial e continuada, pela União, em colaboração com os estados, o Distrito
concurso público, estabelecimento de diretrizes e Federal e os municípios deverá ser fonte de informação
organização das carreiras de profissionais de educação; para a avaliação da qualidade e equidade da educação
c) diretrizes e práticas pedagógicas; d) avaliação. básica e para a orientação das políticas públicas desse
r elações entre dimensão do corpo docente, do corpo informações no âmbito de cada ente federativo quanto ao
técnico e do corpo discente, a infraestrutura das escolas, pr ogresso das metas, estratégias, ações, programas e
os recursos pedagógicos disponíveis e os pr ocessos da pr ojetos implementados no âmbito dos planos de
gestão, entre outras relevantes. educação aprovados em lei.
170. A consolidação do Sistema Nacional de Avaliação da 174. No SNE, a União exerce função redistributiva e
Educação Superior (Sinaes), coordenado pela União, em sup letiva, de forma a garantir equalização de
colaboração com os estados e o Distrito Federal, nos oportunidades educacionais e parâmetros de qualidade
termos de lei específica, deve assegurar processo mediante assistência técnica e financeira aos estados, ao
nacional de avaliação das instituições de educação Distrito Federal e aos municípios. De igual modo, Estados
sup erior, dos cursos de graduação e do desempenho e municípios devem cooperar reciprocamente e com a
acadêmico de seus estudantes. União na definição e destinação de recursos pú blicos
destinados à cooperação federativa e à garantia da
171. Tal como definido em lei, o Sinaes deve ter por qu alidade.
finalidades a melhoria da qu alidade da educação
sup erior, a orientação da expansão da su a oferta, o 175. São recursos destinados à cooperação federativa
aumento permanente da su a eficácia institucional e em educação para financiar o direito, entre outros: receita
efetividade acadêmica e social e, especialmente, a de impostos pr óprios da União; receita de impostos e
pr omoção do aprofundamento dos compromissos e tr ansferências dos estados, do Distrito Federal e dos
r esponsabilidades sociais das instituições de educação municípios; receita do Salário-Educação; r eceita de
sup erior, por meio da valorização de su a missão pú blica, incentivos fiscais; recursos dos royalties e participação
da promoção dos valores democráticos, do respeito à especial sobre exploração de recursos naturais e recursos
diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e do Fundo Social do Pré-Sal; recursos de outras fontes
da identidade institucional, visando à garantia do direito destinados à compensação financeira de desonerações
educacional, à melhoria dos processos educativos e à de impostos e auxílio financeiro aos estados, ao Distrito
r edução das desigualdades e assimetrias educacionais. Federal e aos municípios; outras contribuições sociais e
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outros recursos pr evistos em lei. Defende-se qu e, dos
casos de anistia fiscal ou incentivos fiscais de qu alquer
natureza, fica o poder público pr oibido de incluir nessas
medidas os p ercentuais constitucionais destinados à
educação.
176. Do c umprimento da s t s
me a do PNE e o papel da
181.1.1. Assegurar a instituição e materialização do SNE, 188.1.8. Fortalecer, no SNE, a institucionalidade dos
no prazo previsto de até um ano, estabelecendo, em territórios etnoeducacionais ( TEEs), garantindo a
consonância com o art. 23 da CF, de1988, as normas de incorporação desses espaços interinstitucionais no
cooperação entre a União, estados, Distrito Federal e r eforço das p olíticas pú blicas da educação escolar
municípios, em matéria educacional. indígena, com su a pactuação e funcionamento
articulados às instâncias federativas de cada estado e
182.1.2. Consolidar as bases da política de financiamento, municípios.
acompanhamento e controle social da educação, por
meio da ampliação dos atuais percentuais do PIB para a 189.1.9. Envidar os esforços, em regime de colaboração,
educação, no mínimo 10% do PIB, como elemento p ara aprovar, em lei, p lanos estaduais, distrital e
estruturante do SNE. municipais de educação até um ano após a aprovação do
PNE decênio 2024-2034.
183.1.3. Regulamentar, no SNE, as bases para a
responsabilidade educacional. 190.1.10. Definir padrão de qualidade no SNE
r eferenciado, na educação básica, no CAQi e no CAQ,
184.1.4. Instituir a instância permanente de negociação e conforme definido pela Emenda Constitucional nº 108, de
cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e 26 de agosto de 2020, e financiamento adequado e
os Municípios, assegurando seu funcionamento estável na educação sup erior, observada a igualdade de
p ermanente e periódico. condições para acesso e permanência nas instituições
educativas.
185.1.5. Instituir instâncias permanentes de negociação,
cooperação e pactuação em cada estado, assegurando o 191.1.11. Consolidar o FNE e o Conselho Nacional de
funcionamento permanente e periódico. Educação (CNE) além de fomentar e fortalecer a
organização e o funcionamento dos conselhos e fóruns
186.1.6. Assegurar, sob a liderança do Ministério da p ermanentes de educação p ara garantir o pleno
Educação em cooperação com os entes federativos, funcionamento do Sistema Nacional de Educação.
p lanejamento decenal articulado na elaboração ou
adequação dos planos estaduais, distrital e municipais de 192.1.12. Consolidar, na lei do SNE e, em consequência,
educação à luz do PNE, assegurando o acompanhamento, nas leis e regulamentos pr óprios dos respectivos
monitoramento e avaliação, com ampla, efetiva e s sti emas, os conselhos nacional, estaduais, distrital e
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municipais, p url ais e autônomos, com funções para a implementação do conjunto das diretrizes
deliberativas, consultivas e propositivas, fiscalizadoras e nacionais, especialmente as que se referem à
de controle social, dispondo de dotações orçamentárias diversidade, educação ambiental e inclusão,
específicas nos orçamentos públicos de cada esfera considerando a autonomia dos entes federados, as
administrativa, asseguradas em su a composição, especificidades regionais e locais.
necessariamente, as representações de dirigentes da
educação, básica e sup erior, dos(as) trabalhadores(as)/ 197.1.17. Desenvolver ações conjuntas e articuladas
pr ofissionais da educação vinculados à educação básica i ando ao fortalecimento do FNE, definindo
v s suas
e superior (pú blica e pr v i ada), conselhos de educação, atribuições e composição gerais na lei do SNE.
das entidades nacionais representativas com atuação na
p olítica de gestão e formação de trabalhadores/ 198.1.18. Regulamentar a educação superior privada.
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203. PROPOSIÇÃO 3: INSTITUIR E MATERIALIZAR, NO pr ofessores no atendimento educacional especializado
SNE, DIRETRIZES E POLÍTICAS NACIONAIS, VISANDO À (AEE), de pr ofissionais de apoio ou auxiliares, tradutores
GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO, COM PROMOÇÃO intérpretes de libras, guias intérpretes para sur docegos,
DE POLÍTICAS DE EQUIDADE GUIADAS PELOS pr ofessores de libras e professores bilíngues (libras e
PRINCÍPIOS DE RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS E À língua portuguesa).
DIVERSIDADE COM VISTAS À GARANTIA DO DIREITO À
EDUCAÇÃO DE TODAS AS PESSOAS
209.3.5. Assegurar, no SNE, o reconhecimento das
204. ESTRATÉGIAS: escolas indígenas como escolas com normas pr óprias e
diretrizes curriculares específicas, voltadas ao ensino
institucionais qu e assegurem uma educação qu e pr errogativas especiais para organização das atividades
contemple o r espeito aos direitos humanos como escolares, respeitado o fluxo das atividades econômicas,
pr emissa de formação cidadã, tendo como perspectiva o s ociais, culturais e religiosas e as especificidades de cada
discriminação social, cultural, religiosa, à prática de garantindo a incorporação desses novos espaços
v iolências no cotidiano educacional, para o debate, o escolar indígena, com a pactuação e o funcionamento
207.3.3. Assegurar o princípio de laicidade nos sistemas 213.4.1. Assegurar, na r egulamentação da gestão
educacionais por meio das políticas públicas de ensino de democrática, em cada esfera federativa, a existência de
acordo com a Constituição Federal de 1988. leis específicas, conforme diretrizes e parâmetros
nacionais, dispondo sobre instâncias colegiadas, sobre a
208.3.4. Garantir condições para a materialização de p articipação dos profissionais da educação e comunidade
p olíticas específicas de formação, financiamento e escolar e local nos processos de planejamento e gestão
v alorização dos sujeitos atendidos p elas etapas e educacional e escolar, sobre o provimento em cargo ou
modalidades da educação, envolvendo a educação de função de gestor escolar qu e pr iorize profissionais da
crianças, jovens, adultos e idosos, com ampliação das educação e comunidade escolar e local nos processos de
equipes de pr ofissionais da educação para atender a p lanejamento e gestão educacional e escolar, sobre o
demanda do pr ocesso de escolarização dos estudantes pr ovimento em cargo ou função de gestor escolar que
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, pr iorize profissionais da educação e a escolha nominal
altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de com a participação direta da comunidade escolar,
para a ge stão r t
democ á ica na ed ucação, assegurando todos os sistemas de ensino, inclusive com reestruturação
princípios, processos, instrumentos e mecani mo s s de rede de a ssistência técnica e financei a r para o
215.4.3. r P omo ver e ga an i r tr a ge stão democ á ica em r t modalidade s da ed ucação, atendendo às especificidades
todos os sistemas de s
en ino , a ssegurando, incl usive, de cada região.
a utonomia (pedagógica, admini strativa e financei a) da r s
in stituições de ed ucação s
bá ica , profissional e 222.5.5. Pac tuar di e r trizes nacionai s para a política de
tecnológica e superior. r
fo mação inicial e con in t uada de professores(as) e demais
profissionais da educação
216. PROPOSIÇÃO 5: ASSEGURAR, NO PRAZO DE DOIS
ANOS APÓS A APROVAÇÃO DO PNE, A VALORIZAÇÃO 223. PROPOSIÇÃO 6: INSTITUIR, NO ÂMBITO DO SNE, O
DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, INCLUINDO A SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO, QUE ENGLOBA O
EXISTÊNCIA DE DIRETRIZES NACIONAIS DE CARREIRA SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
PARA OS(AS) TRABALHADORES(AS)/ PROFISSIONAIS BÁSICA (SINAEB) E O SISTEMA NACIONAL DE
DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA EM TODOS OS AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR (SINAES), EM
SISTEMAS DE ENSINO, TENDO COMO REFERÊNCIA O DIÁLOGO COM O SISTEMA NACIONAL DE PÓS-
PISO SALARIAL NACIONAL, ESTABELECIDO EM LEI. GRADUAÇÃO (SNPG)
218.5.1. r t r,
Ga an i em regime de colabo ação r en tre a 225.6.1. C iar r o Si stema Nacional de A valiação da
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EIXO II