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EIXO I

1. O PNE COMO ARTICULADOR DO SISTEMA NACIONAL DE


EDUCAÇÃO (SNE), SUA VINCULAÇÃO AOS PLANOS
DECENAIS ESTADUAIS, DISTRITAL E MUNICIPAIS DE
EDUCAÇÃO, EM PROL DAS AÇÕES INTEGRADAS E
INTERSETORIAIS, EM REGIME DE COLABORAÇÃO
INTERFEDERATIVA
2. A garantia do direito à educação de qualidade social, avanços na consagração de direitos e impulsionaram
pública, gratuita e laica é um princípio fundamental e propostas legislativas atinentes ao SNE e à
basilar para as políticas e gestão da educação básica e regulamentação da cooperação federativa na área da

superior, seus processos de organização e regulação. No educação.


caso brasileiro, o direito à educação básica e superior,
bem como a obrigatoriedade e universalização da 6. É vital e se estabeleça o SNE como forma de
qu

educação dos 4 aos 17 anos, estão estabelecidos na organização da educação para viabilizar o direito à
Constituição Federal (CF) de 1988, ratificada por meio da educação a toda e qualquer pessoa, independentemente
Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de do seu lugar de nascimento ou moradia, em sintonia com
2009, e nos comandos do Plano Nacional de Educação o estatuto constitucional. Este Sistema deve ser
(PNE). democrático e inclusivo, em sua essência e estruturação
e, deste modo, deverá assegurar a todas as pessoas,
3. Por sua vez, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação acesso e permanência nas instituições educacionais.
Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, reafirma a garantia do direito social à educação de 7. Este SNE não existirá sem efetivo fortalecimento das
qualidade. No entanto, a despeito dos avanços legais, o capacidades de Estado no planejamento público e no
panorama brasileiro continua apresentando cumprimento de suas obrigações no que se refere à
desigualdades e assimetrias no acesso, qualidade e regulação e avaliação, bem como à organização, ao

permanência de estudantes, em todos os níveis, etapas e monitoramento e à avaliação dos planos decenais de
modalidades da educação. Para a efetiva garantia desse educação, na perspectiva de uma efetiva política perene,
direito, fazem-se necessárias políticas e gestões que tomando o PNE como epicentro e espinha dorsal das

visem à superação do cenário, requerendo a consolidação políticas.

do Sistema Nacional de Educação (SNE) e do PNE como


elementos fundantes para uma efetiva política de Estado. 8. A nova redação dada pela Emenda Constitucional nº
Esta política deve ser consolidada na organicidade entre 53, de 19 de dezembro de 2006, ao parágrafo único do
os processos de formulação, implementação, art. 23 da Constituição Federal – de “Lei Complementar”
monitoramento e avaliação de políticas públicas, com para “leis complementares”-, foi central para
amplos processos de participação, deliberação e decisão. regulamentação da cooperação federativa em educação.

Apenas u Lei Complementar não seria capaz de fixar


ma

4. Os debates sobre a organização da educação nacional normas de cooperação entre os entes federativos para o
na forma de um SNE têm reminiscências no processo do exercício de competências comuns, abrangendo áreas
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, na década de setoriais tão diferentes, e com desenhos institucionais

1930, e também alimenta o debate dos educadores ao complexos e diversos, como saúde e assistência,
longo do processo de redemocratização do país e da nova proteção de documentos, cultura, educação, ciência,

Constituinte de 1988. preservação das florestas, fauna e flora, eliminação da

pobreza.

5. O resultado do período de embates sobre o capítulo da


educação na Constituição e sobre a nova LDB, entre os 9. Com a entrada em vigor da Lei nº 13.005, de 25 de
anos 1980 e 1990, bem como as conferências, mais junho de 2014, há, de igual modo, novos delimitadores
recentemente (Coneb 2008, Conaes 2010, 2014, 2018 e legais sobre o SNE e a referida regulamentação da
2022 e Conapes 2018 e 2018 e 2022), produziram cooperação federativa. Ou seja: a lei que institui o PNE dá

26
a amento ao SNE, à cooperação e à colaboração em
tr t instrumentos instáveis e infrequentes, próprias de
vários de seus dispositivos, com evidência no art. 13[2] e decisões dos governos de turno, redunda em evidentes
na estratégia 20.9[3] . limites à estabilidade da ação do Est : são
ado

desdobradas políticas efetivadas por adesão e de forma


10. Em razão deste “fio” histórico, contextual e legal, é individualizada pelos entes federativos com programas e
imperativo sustentar e ratificar, portanto, algumas ações interrompidas, devido a alternâncias de governo ou
distinções que devem orientar, no atual momento, as mesmo de dirigentes setoriais, por meio de parcerias e
discussões sobre as tentativas de aperfeiçoamentos ações precárias, com pouca institucionalidade e com
normativos e institucionais na organização da nossa limitada parcela de corresponsabilidade de outras esferas
educação nacional, dentro deste marco de federalismo de poder. Em muitos casos, como resultante destes
cooperativo. A primeira ideia é a de coordenação, que processos, tem ocorrido, inclusive, processos de
pode ser compreendida como a busca de resultados, apropriação privada dos fundos públicos para sua
objetivos e metas comuns, levada a efeito a partir de um operacionalização.
governo central (notadamente o governo federal), a
despeito da maneira autônoma de formulação e 12. O conceito de colaboração (art. 211, CF), por sua vez,
implementação. É algo que pode ser nominado como uma se articula ao de coordenação e, no caso brasileiro,
espécie de colaboração “que vem do centro” ou “de cima abrange a relação entre os sistemas de educação nos
para baixo” ou, ainda, uma forma de trabalho própria de dispositivos legais em que se apresenta (nas disposições
um “federalismo compartimentalizado e hierarquizado”. legais e nas relações institucionais das mais variadas
naturezas). A colaboração deve, a partir das regras
11. Esta ideia preponderante de coordenação que parece nacionais vinculantes, encaminhar em cada território,
e idir, em regra, a gestão de políticas educacionais em
pr s esta complexa relação entre sistemas de educação e
nosso país e em nossas experiências concretas, abranger formas distintas de relação institucional, ora por
corporifica-se por meio de t s r tv s a o no ma i o e convênios, ora por adesão a programas, ora por pactos
admini strativos ordinários, de escopo limitado e/ ou ou acordos, ora por determinação legal. Esta dinâmica
juridicamente frágeis (Decretos, Portarias, Resoluções, entre sistemas abrange tanto as relações público-público
Pareceres, Circulares, Termos de Adesão e Parceria e quanto público-privada, dentro dos limites expressamente

congêneres). Não há dúvida que coordenar, organizar, na delimitados nos marcos da regulamentação do SNE, com
experiência concreta, exige forte liderança e disposição preservação dos recursos públicos da educação
política, no caso educacional brasileiro. Tal como tem-se destinados à educação.
percebido, ainda que com avanços, esta liderança pontual

e episódica, repercutida por meio de 13. A partir de leis e normas de cooperação vinculantes é
qu e as variadas formas de colaboração (e coordenação)
são possíveis para encaminhar soluções aos desafios
2
[ ] A rt. 13. O poder público v r
de e á in stituir, em lei e specífica, t
con ado s2 s
(doi ) ano s da

publicação desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre educacionais em face das diversidades de situações e
s sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e
formas distintas e cabíveis de trabalho comum, inclusive
o

estratégias do Plano Nacional de Educação.


3 20.9) regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da Constituição Federal, no
[ ]
de formas jurídicas expressamente admitidas, em lei,
prazo 2 s
(doi ) ano s, por plementar, r stabelecer as r s
para tal.
de lei com de fo ma a e no ma de

coo peração en tre a União , os Estados, o Di strito r


Fede al e o s M unicípios, t r
em ma é ia
É onde s s r t
e de dob a o deba e mai s tr
cen al

ed ucacional, e a articulação do sistema nacional de educação em regime de colaboração,


sobre o SNE e a cooperação federativa em educação.
com e quilíbrio na repartição das responsabilidades e do s recursos tv
e efe i o c umprimento
da s funções redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais
regionais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
27
14. A coo peração, do ponto de vista semântico e, nas no a v s regras de financiamen o t , todas r
di ecionada s

principalmente, constitucional e legal, se diferencia da pelos referenciais nacionais de qualidade expressos na

coordenação (e da colaboração). A cooperação se refere LDB” .

à relação interfederativa, portanto entre os entes


federados, em sentido estrito, e alcança todas as 18. Em consequência, cada esfera federativa precisará
estruturas do p r pú . Exige r
ode u blico t eg lamen ação
(re)organizar a legislação de seus sistemas de ensino,

con i s stente com caráter abrangente e vinculante. de acordo com as novas regras nacionais vigentes, visto
que as normas de cooperação devem ser vinculantes e

15. Ou eja, há expressa necessidade de que a


s orientar a ação dos entes federados. Nesta direção, é
regulamentação do SNE deve ser avalizada pelo Poder fundamental ações de fomento e apoio técnico para a
Legislativo, tal como expressamente delimitado no criação de Conselhos Municipais de Educação, bem como
referido parágrafo único do art. 23 da Constituição para consolidação dos Conselhos existentes, à luz da

Federal. instituição do SNE.

16. A cooperação federativa em educação, coração do 19. Tais diferenciações são estratégicas para
SNE, se apresenta no texto constitucional (art. 23, art. 24 compreender qual deve ser a “chave” da agenda
e art. 214) exigindo o fortalecimento das capacidades de instituinte do SNE e seu horizonte estratégico na
Estado e o relacionamento duradouro, solidário e afirmação de um projeto de Estado para a educação do
complementar, técnico e financeiro, entre os poderes país. Nesta direção, não há como, por exemplo, confundir

públicos, por meio de robusta legislação. Um dos ou reduzir a regulamentação da cooperação federativa
elementos fundantes de um SNE e da cooperação em educação e a instituição do SNE a instrumentos
federativa que o dinamiza será justamente o exercício frágeis sob denominações tais quais acordos de
articulado, integrado, de competências legislativas colaboração ou arranjos de desenvolvimento da
concorrentes (art. 24), s t endo a s s omada de deci õe e o
educação.
exercício das competências realizada de maneira
conjunta e não isolada, com decisões vinculantes
20. Alerta-se para a potencial b i ição do horizonte
su st tu

tomadas a partir de arenas federativas próprias. de instituição do SNE por uma discussão sob a lógica de
mercado e com uma perspectiva empresarial de
17. Quando as regras de cooperação estiverem dispostas territorialidade e assessoria pontual. A ação articulada

em Lei Complementar, com caráter vinculante (aprovada para prestação de “serviços educacionais”, nestas

com quórum qualificado, a partir da equilibrada relação experiências, se serve da inserção de empresas e
entre as representações setoriais de educação dos entes organizações não-governamentais, cuja relação é
federativos), restará colocá-las em prática, pela via do baseada na adesão, em uma espécie de associativismo
caminho alinhavado na Constituição e na LDB, a saber, o local voluntário, característica que não se coaduna com a
Regime de Colaboração. Como mencionado no artigo necessária cooperação que, flagrantemente, exige níveis
In stituir um Sistema Nacional de Educação: agenda
elevados de ação do p r pú
ode ,r r
blico su s
efo ço de a

r
ob iga ó iat r para o país, s
Sa e/ MEC (j unho de 2015), o
ca p acidade s e estabilidade na implementação de
Regime de Colaboração, portanto, “é a e xpressão e a
políticas públicas.

r r
fo ma de o gani ação do z s sistemas de ensino por meio de
relações de colabo ação r , r t
ga an indo o c umprimento da s 21. No contexto de ma agenda sistêmica para a
u

responsabilidades definidas nas normas de cooperação e educação no país é imperioso consolidar novas r s a ena

28
públicas de deliberação e decisão, estáveis, que 24. Nesta direção, a Constituição e o nosso ordenamento
abarquem as distintas esferas federativas, bem como legal avançaram nas bases para a organização e
qu e sejam consolidados mecanismos e instrumentos de regulação da educação nacional. Anunciam e enumeram,

cooperação e colaboração para muito além de ainda, grandes desafios civilizatórios para o país no
instrumentos precários, episódicos e temporários de contexto de um SNE:
parceria ou associativismo nos territórios, fortemente

caracterizados e impulsionados pela cobiça de acesso 25. a) a educação, direito de todos e dever do Estado e
aos recursos públicos da educação por setores da da família, será promovida e incentivada com a
iniciativa privada. colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
22. Inúmeros municípios, de fato, sobretudo os pequenos da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205
e médios, têm enormes limitações técnicas e de recursos da CF);
financeiros para execução de políticas de maneira
isolada. Nesta direção, necessidades comuns de 26. b) o dever do Estado com a educação será efetivado
organização de rede física, de transporte escolar, de mediante a garantia de: educação básica obrigatória e
alimentação escolar, as políticas de formação dos gratuita; progressiva universalização do ensino médio
profissionais da educação e a mitigação de ações gratuito; atendimento educacional especializado às
superpostas deverão ser mais bem tratadas nas pessoas com deficiência, transtornos globais do
diferentes instâncias de negociação, cooperação e desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação na
pactuação, fortalecendo a regionalização das políticas rede regular de ensino; educação infantil, em creche e

educacionais e as possibilidades de ações intersetoriais, pré-escola; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da

inclusive materializadas pela via de consórcios públicos, pesquisa e da criação artística; oferta de ensino noturno

já disciplinados por normas existentes. regular, adequado às condições do(a) estudante;


atendimento ao(à) educando(a), em todas as etapas da
23. O ordenamento constitucional e legal do aís, p educação básica, por meio de programas suplementares
marcado pelo federalismo de cooperação, reivindica, de material didático escolar, transporte, alimentação,
outrossim, uma “descentralização qualificada” que deve assistência e saúde; ensino livre, cumpridas as normas
orientar o funcionamento do SNE. Ou seja, uma efetiva gerais da educação nacional e requisitos de qualidade
contraposição à ideia de federalismo pelo poder público; formação básica comum e o respeito

compartimentalizado ou, ainda, uma contraposição à aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais;
ideia de “municipalização predatória”. A ensino ministrado em língua portuguesa, assegurada às
“descentralização qualificada” trata do entrelaçamento comunidades indígenas também a utilização de suas
equilibrado entre os diferentes níveis de governo como línguas maternas e processos próprios de aprendizagem;
elemento condutor das políticas públicas educacionais, equidade, respeito às diversidades e gestão democrática
cuja finalidade última é a oferta educacional com da educação; definição de percentuais mínimos para a
qualidade, com equidade, identidade nacional e local, e educação e progressiva expansão dos recursos como
fortalecimento das capacidades públicas do Estado. Em proporção da riqueza nacional.

resumo: trata da repartição de competências


acompanhadas das condições necessárias para sua 27. Observado o corpo constitucional, importa destacar
efetivação. qu e as universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e

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com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
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a imonial, e obedecem ao princípio de
p tr ensino-aprendizagem e conclusão com sucesso pelo
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão (art. estudante), valorização dos profissionais, gestão
207, da CF). Tanto Universidades quanto Institutos democrática, padrão de qualidade, piso salarial
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia devem profissional, conforme os princípios estabelecidos na

orientar suas ações de ensino, pesquisa e extensão ao LDB.


enfrentamento de enormes desafios na educação básica,
inclusive reforçando as possibilidades de intercâmbio e 31. É preciso garantir, outrossim, condições para que as
trabalho comum, entre as instituições de educação p olíticas educacionais, concebidas e implementadas de
superior, secretarias de educação e escolas. A mesma maneira articulada entre os sistemas de ensino,
orientação incide sobre as instituições de ensino superior, promovam formação integral, incluindo a formação para o

profissional e tecnológico vinculadas aos estados, Distrito desenvolvimento socioambiental sustentável, e em


Federal e municípios. direitos humanos e diversidades; por meio da garantia da
universalização, da expansão e da democratização, com

28. Uma das agendas mais fundantes do relacionamento qualidade, da educação básica e superior; da
entre educação básica e superior diz respeito aos consolidação da graduação, pós-graduação e da pesquisa
esforços comuns para assegurar formação inicial e científica e tecnológica; da educação inclusiva, com
continuada específica aos profissionais da educação, de reconhecimento e valorização da diversidade; do
acordo com as diretrizes nacionais[4] e nos termos da atendimento em escola integral e de tempo integral,
Política Nacional de Formação dos Profissionais da assegurando a formação específica do profissional da
Educação, que devem ser construídas com efetiva oitiva educação, bem como a garantia de acessibilidade, e
da sociedade. avaliação educacional emancipatória; da definição de
parâmetros e diretrizes para a valorização dos(as)

29. A Política Nacional de Formação de Profissionais da profissionais da educação; da gestão democrática,

Educação deve cumprir seus objetivos por meio da instalações, equipamentos e infraestrutura adequados e
criação e funcionamento dos Fóruns Estaduais outros recursos como laboratórios, bibliotecas, quadras
Permanentes de Apoio à Formação, em regime de poliesportivas cobertas, materiais didáticos, entre outros;

colaboração entre União, estados, Distrito Federal e de todas dimensões que devem ser mobilizadas para
municípios, e por meio de ações e programas específicos assegurar o cumprimento do marco legal brasileiro, na
das diferentes esferas de gestão. O regime de Constituição e na LDB.
colaboração na formação será concretizado por meio de
planos estratégicos formulados pelos Fóruns, a serem 32. O SNE, a partir dos princípios da educação nacional
instituídos em cada estado e no Distrito Federal. g a ados na Constituição e na LDB), deve expressar a
( r v

atribuição específica de cada ente federado, a


30. A organização e regulação da educação nacional, na condicionalidade objetiva do exercício da ação
forma de um SNE, deve garantir a articulação entre distributiva e supletiva, de assistência técnica e financeira
acesso, permanência (permanência entendida em uma da União em relação aos estados e municípios, e dos
acepção ampla, envolvendo a garantia de estados em relação aos municípios. Deve estabilizar
instâncias de negociação, cooperação, pactuação
4
[ ] Uma da s referências para esta construção assumida pelo FNE é a retomada da
interfederativa (tripartite e bipartite, previstas nos
parágrafos 5º e 6º do art. 7º da Lei nº 13.005, de
s ução
Re ol CNE/ CP n º 2, de 1º de julho de 2015, que define as r trizes Curriculares
Di e

Nacionais para r
a Fo mação Inicial em Ní el S v uperior (cursos de licencia tura, cursos de

r
fo mação pedagógica para r uados
g ad e cursos de segunda licencia tura) e para a

r
Fo mação Con in t uada.

30
2014[5]) e diálogo social, r
ab angendo a s s r s
e fe a de e a s eleições para o Poder Executivo são quadrienais); 2.
ge stão e de normativas, de participação e controle social, definição de di er trizes, obje i ot v s, me a t s e e stratégias
de e ecx ução e v
a aliação , sendo sempre a ssegurada perpassando toda a educação (e não só a ed ucação
tv
efe i a tv
oi i a da sociedade, com participação, no s s
bá ica); 3. nece ssidade de ações integradas dos
processos de deci ãos . Pa a r tanto, de e v con ide as r r, poderes públicos das diferentes esferas federativas
sempre, a cen tralidade do Fó rum Nacional de Ed ucação (o plano é nacional e sua r tz
conc e i ação se expressa no s
(FNE) , expressão x
má ima de participação da sociedade planos estaduais, distrital e municipais, visando à garantia
dian e da t s políticas públicas educacionais. de ed ucação ao cidadão/ã); 4. nece ssidade de

vinculação de recursos públicos correspondentes à


33. Ainda que haja im portante ní elv de t
de alhamen o t garantia dos direitos (metas progressivas e sustentáveis
legal e institucional z
bali ando a ação do s en e t s de recursos públicos que permitam a e xpansão dos
fede a i or t v s, há, ainda , ba stante e spaço para melho r r t s
di ei o à ed ucação pública, incl usive o rz t
ho i on e do s
di stinção sobre quem fa z o quê no s dife en er t s v s,
ní ei 10% do PIB para a ed ucação nacional) , referenciada, no

e a t pas e modalidade s de s
en ino , em quais ca o s da ed ucação s
bá ica , na t r z
ma e iali ação do C usto
condicionalidade s o fa z, com quais r
o gani mo s s e Al uno Qualidade (CAQ) no , s termos do parágrafo 7º, art.
mecani mo s s de coordenação, processos de negociação e 211, da Constituição Federal de 1988.
delibe ação r . Há nece ssidade de maio r coe ão s , coe ênciar
e funcionalidade para o c umprimento do de e v r de 36. Assim, o SNE a ser instituído como expressão
r t
ga an ia do di ei o à ed r t ucação pública, democrática, com institucional do esforço organizado, autônomo e
qualidade social, ancorada na igualdade e equidade. permanente do Estado e da sociedade brasileira,
com preende os distintos sistemas de s
en ino , incl uindo
34. É preciso reafirmar que s
a con olidação de um SNE in stituições públicas e privadas em cada um deles.
que articule os di ev rsos v s
ní ei e s r s
e fe a da ed ucação
nacional não pode ser realizada sem s
con ide a r r o s 37. Para garantir o direito à educação, em sintonia com
princípios assinalados, bem como a urgente nece ssidade di e r trizes nacionai s, a con strução de um SNE requer,
de ed ucação para a proteção ambien al t , as mudanças portanto, o redimensionamento da ação do s en et s
climá ica t s e a salvaguarda do s bioma s e, de ig ual modo , fede ado r s, garantindo diretrizes educacionais comuns em
para o s im perativos de superação da s s ualdades
de ig todo o território nacional , com ca á e r t r vinculante, tendo
sociais, étnico-raciais, de gênero e relativas à diversidade como perspectiva a superação de todas as fo mar s de

sexual que perpassam a sociedade e a s in stituições de igs ualdades, a b usca da e quidade e a r t


ga an ia do

ed ucacionais. Trata-se da promoção da justiça social. r t


di ei o à ed ucação de qualidade social, pública, gratuita e
laica .
35. A Emenda Con stitucional nº 59, de 11 de no emb o v r
de 2009, é r
afi ma i a tv na defe a s de uma política de 39. Ao processo de s
con olidação do SNE de emv se
E stado que considere quatro pilares: 1. afirmação de uma articular processos de responsabilização (que não se
agenda de política ed ucacional que de e v perpassar três conf undem com responsabilização em razão de metas de
períodos de governos (já que o plano é decenal de ems penho) com sanções admini strativas, v s
cí ei e

penais, no s
ca o de de c s umprimento do s di spositivos
5
[ ] A in stância permanente foi instituída pela Portaria nº 619, de 24 de junho de 2015. legai s t r
de e minado s, x
dei ando reluzentes a s
Di sponível em: com petências, os recursos e a s responsabilidades de
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/Noticias/portaria_619_2015_instancia_permanente.pdf
cada en e fede adot r .

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
31
39. A instituição do SNE, em essência, requer v
e a aliação da s políticas ed ucacionais do país. De ig ual
redimensionamento da ação dos entes federados e fo mar , são im portantes as confe ência r s, instâncias e

das formas e mecanismos de diálogo e pactuação colegiado s de participação e diálogo com

político-social, como decorrência desse processo. trabalhadores(as)/ profissionais da ed ucação e com o s


mai s variados setores e segmentos da ed ucação. Maio r
40. Com pete às in stâncias do SNE defini r e r tr
ga an i participação das instâncias colegiadas (fóruns, conselhos
finalidade s, diretrizes e estratégias educacionais comuns, e o utros) na elabo ação r , acom panhamento v
e a aliação

ba eada s s em um Plano Nacional de Ed ucação, decenal , do s planos de ed ucação e políticas e programas


com co rrespondentes planos m unicipais, e staduais e ed ucacionais serão impulsionadores do c umprimento do

di strital e no planejamento articulado para a educação do PNE , do s co rrespondentes planos de ed ucação e do

país, em que o plano plurianual, a s di er trizes funcionamento do SNE.


r
o çamen á ia t r s e o s orçamentos an uais da s r t s
dife en e

s r s
e fe a fede a i ar t v s são fo m r ulados de manei a r a 44. O fortalecimento da ação dos fóruns permanentes de
a ssegurar a con ignação s de t
do açõe s r
o çamen á ia t r s ed ucação, bem como a in stituição periódica de

com patíveis com tais planos de educação. São instâncias confe ência r s de ed ucação, são passos nece ssários à

fundamentais no SNE , o FNE , s


o Con elho Nacional de proposição e deliberação coletiva na área educacional e à
Ed ucação (CNE) e a s in stâncias de negociação e maio r organicidade dos sistemas de ensino.
pactuação fede a i ar t v s, no s dife en er t s v s
ní ei de go e no v r .
De ig ual modo , são im portantes o Fó rum r
Pe manen e de t 45. A con strução do SNE r
o ien a á t r o regime de

Valo i ação rz os Fó runs r


Pe manen e t s de A poio à colabo ação r e r
ofe ece á r a s ba e s s para con strução e

Fo maçãor , bem como a s confe ência r s de ed ucação, em tv


efe i ação de um PNE como política de Estado, epicentro
todos os níveis. e e spinha do rsal da s políticas ed ucacionais, v v
en ol endo

todas as esferas de go e no v r para ga an i r tr r t


o di ei o em

41. Como ó gão r s do s sistemas, os con elho s s nacional , toda sua com pletude, em regime de co rresponsabilidade
e staduais, di strital e m unicipais r
o gani ado z s com a e utilizando mecani mo s s democ á ico r t s e de participação
r t
ga an ia de ge stão democ á ica r t são outros organismos s
do (da ) s trabalhadores(as)/ profissionais da educação
fundamentais para a regulação, supervisão e manutenção no s projetos político-pedagógicos da s in stituições de

da s finalidades, diretrizes e estratégias comuns. s


en ino .

42. Os estados, o Di strito Fede al e o r s m unicípios têm 46. Pa a r a e i x stência do SNE , é f undamental o

como r
ó gão r
no ma i o tv de seus sistemas o Con elho s e stabelecimento de políticas educacionais e intersetoriais
E stadual, Di strital ou M unicipal de Ed ucação, do ado t s de com vistas à r t
ga an ia do r t .
di ei o A ideia de

am plas funções delibe a i a r t v s, con sultivas e propositivas, in et rsetorialidade articula conhecimen o t s, experiências e

s
fi cali ado az r s e de con trole social, e com tv
efe i a in stitucionalidades de r t s
dife en e setores públicos,
participação da sociedade v , estabelecidos
ci il na fo ma r somando esforços conj untos na con strução x ução
e e ec

da lei de o gani ação do r z respectivo sistema. de açõe s que fo rtaleçam a ed ucação e o di ei o r t público
subjetivo em cada território. A s açõe s articuladas do s
43. O s fó runs permanentes de ed ucação, nacional , di e v rsos setores, para alcançar os objetivos da educação
e staduais, di strital e m unicipais, estabelecidos em lei e nacional , v
de em sempre reconhecer e valorizar as
em a rticulação com o s respectivos sistemas de en ino s , di e v rsidades como princípios nece ssários para assegurar
são imprescindíveis no acompanhamento, monitoramento a incl usão, qualidade e equidade na educação

32
e na sociedade. populares de ed ucação, as que s v v
de en ol em açõe s de

r
fo mação técnico-profissional e a s que r
ofe ecem c ursos
47. A in stitucionalização do SNE , fundamentalmente livres.
democ á ico r t em sua conce pção e funcionamento,
propiciará organicidade e a rticulação à proposição e à 51. O SNE da á efe i idade ao r tv regime de colabo ação r
t r
ma e iali ação z da s políticas ed ucacionais, por meio de pautado por uma política referenciada na unidade
s r
e fo ço t r
in eg ado e colabo a i o r tv , a fim de con olidas r nacional , s
con ide ando r o respeito e a valorização da s
no a v s ba e s s na relação en tre os t s
en e r
fede ado s na di e v rsidades. De ig ual modo , con tribuirá para a

r t
ga an ia do r t
di ei o à ed ucação com qualidade social. superação da lógica competitiva entre os entes federados
Dian e do t pacto fede a i o r tv , a in stituição do SNE de e v , e do modelo de responsabilidades admini strativas
v
ob iamen e t , respeitar a autonomia do s sistemas de restritivas às redes de ensino.
s
en ino .
52. O planejamento articulado para a ed ucação do país
48. As in stituições do s setores privado e com unitário de e v ratificar que a s di sposições do PNE con stituem
fa emz parte do Sistema Nacional de Ed ucação (SNE) , r
no ma i ação tz vinculante do s planos estaduais, di strital e

assim como dos sistemas estaduais, distrital e municipais, m unicipais a ele con e s quentes. Ou seja, con stituem uma
segundo a com petência de cada âmbi o t , subordinam-se da s r
ob igaçõe s mai s fundamentais do poder público,
ao conj unto de no ma r s ge ai r s de ed ucação e de em v se incl usive ensejadora de responsabilização na forma da lei.
r
ha moni a z r com as políticas públicas, que têm como eixo O s planos não podem ser me o r s in strumentos r
fo mai s,
r t
o di ei o à ed ucação, e acatar/ submeter a autorização e p
“ eça s de ficção o u v t ,
ga e a” “ca rtas t
de in ençõe ” s. Ao

v
a aliação de en ol ida s v v s pelo poder público. Dessa forma, con trário, devem ser os instrumentos efetivos de gestão e
no que di z respeito ao s setores privado e com unitário, o de mobili ação da z sociedade, fundamentais na ação do

E stado v
de e no ma i a r t z r, con trolar s
e fi cali a z r todas as E stado para a r t
ga an ia do s r t s
di ei o ed ucacionais. O s
in stituições de Educação Básica Superior, sob os mesmos planos de ed ucação, em todos os seus âmbi o t s, de em v
parâmetros e exigências aplicados ao setor público. con e t r di e r trizes, me a t s e estratégias de ação que
ga an am r t o ace sso à ed ucação de qualidade e, como

49. A consolidação do SNE deve assegurar as políticas e previsto con stitucionalmente, que cumpram a f unção de

mecani mo s s necessários à garantia de recursos públicos, a rticular o SNE.


x usivamente para
e cl a ed ucação pública, em todos os
v s, etapas
ní ei e modalidade s com vistas à melho ia do r s 53. A rticuladas com o s r
e fo ço nacional em prol da

indicado e r s de ace sso e permanência com qualidade, in stituição do SNE , essas in stâncias, en tre outras,
pelo s v v
de en ol imen o da ed t ucação em todos os v s,
ní ei resultarão em no a v s ba es s r
de o gani ação e ge z stão do s
t pas
e a e modalidade s e em todos o s sistemas de sistemas de en ino s , que exigem alterações das leis
ed ucação. atuais (ou outras formas de institucionalização) que
organizam os sistemas subnacionais. Isso s
en eja á r
50. A in stituição de um SNE terá, portanto, como sólida política de a ssessoria técnica, financiamen o t , bem

finalidade precípua a ga an ia de r t padrão de qualidade como a melho ia r do s processos de transferência de

na s in stituições ed ucacionais públicas e privadas, bem recursos e aprimoramento da gestão, por meio da

como em in stituições que desenvolvam ações de natureza t z


o imi ação de e fo ço s r s e da co rresponsabilização, para
ed ucacional, incl usive a s de pesquisa t
cien ífica e alice ça r r o com promisso en tre os t s
en e r
fede ado s com a

tecnológica, as culturais, as que realizam experiências melho ia da ed r ucação básica e superior, dirigidos pelo

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
33
respectivo plano de educação. m unicípios de em v agi r em conj unto, na tomada de

deci ão e nos s esforços de im plementar políticas e para


54. s
A con olidação de um SNE de e v ter como um dos enf en ar t r os de afio s s ed ucacionais de todas as etapas e

rz t s
ho i on e e stratégicos a urgente nece ssidade de modalidade s da ed ucação nacional , bem como regular o

superação da s de ig s ualdades sociais, étnico-raciais, de en ino s privado. Os planos de educação, em todos os seus
gêne o e r relativas à di e v rsidade sexual, a pessoas com âmbi o t s u
(m nici al p , estadual, di strital e fede al) r , de emv
deficiência , transtornos globai s de s v v
de en ol imen o t e con e t r obrigatoriamente diretrizes, metas e estratégias de
al at s habilidade s ou superdotação, den tre outras, ainda ação que r t
ga an am o ace sso à ed ucação de qualidade
presentes na sociedade e na s in stituições ed ucacionais. s
de de a c eche a é a r t pós-graduação.
Po r isso, sua im plantação - a ssim como o c umprimento
da s normas constitucionais que orientam essa tarefa – só 58. Além da con strução e pactuação de um texto legal ,
será possível por meio do debate público e da articulação robusto, t
a inen e t à regulamentação da coo peração
en tre Estado, instituições de educação básica e superior e fede a i a r tv em ed ucação e instituição do SNE e seus
v
mo imen o t s sociais, em prol de uma sociedade r
o gani mo s s, há açõe s que de em v ser viabilizadas no

democ á ica r t , r
di ecionada à participação e à con strução con e t xto de uma agenda instituinte, visando a:
de uma cultura de paz, à promoção da justiça social e do
s v v
de en ol imen o t socioambiental sustentável. 59. a) ampliar e fiscalizar o atendimento dos programas
de renda mínima a ssociados à ed ucação, a fim de

55. Assim, os esforços prioritários do SNE v


de em se ga an i r tr a toda população o ace sso e a permanência na

voltar para o conj unto da s regiões r s


b a ilei a r s, com s
e cola;

especial atenção para aquelas em maio e r s situações de

vulnerabilidade social e ed ucacional. O SNE de e v se 60. b) estabelecer política nacional de gestão e avaliação
voltar ao obje i o e tv stratégico nacional de c umprimento ed ucacional, r t
ga an indo mecani mo s s e in strumentos que
da s me a t s pactuadas no Plano Nacional de Educação con tribuam para a democ a i açãor tz do s sistemas, da s
para o decênio 2024/ 2034 e demais planos decenais de in stituições educativas e dos processos formativos;
ed ucação subsequentes, com olha r para as r
dife ença s
regionais e intrarregionais. 61. c) a rticular a con strução de projetos político-
pedagógicos e planos s v v
de de en ol imen o in t stitucionais,
56. v s
De e- e com preender, portanto, a nece ssidade de sintonizados com a realidade e as necessidades locais;
im plementação do SNE , por meio de uma s
legi lação

obje i a tv sobre a s regras, em que o s custos sejam 62. d) promover e r tr


ga an i r us progressivos
g a de

v
de idamen e com t partilhados e pautados por uma política autonomia (pedagógica, admini strativa e financei a) do r s
referenciada na unidade nacional , den tro da di e v rsidade. sistemas e da s in stituições de ed ucação s
bá ica e plena
E ssa política, anco ada na r perspectiva do C usto Al uno autonomia às instituições de ed ucação superior,
Q ualidade (CAQ) de e fo , v rtalecer o relacionamento en tre aprimoramento processos de r
o gani ação z , ge stão e

o s órgãos normativos, bem como direcionar-se à garantia financiamen o t da ed ucação, visando à tv


efe i ação da

da valorização do s profissionais como pilar fundamental ge stão democrática em toda a sua abrangência;
em todos os níveis e modalidades de ensino.
63. e) apoiar e r tr
ga an i a r
c iação e s
con olidação de

57. De sse modo , r


de fo ma coo perativa, r tv
colabo a i a e con elho s s e staduais, di strital e m unicipais, plurais e

não com petitiva, União, estados, Distrito Federal e autônomos, com funções deliberativa, normativa

34
e s
fi cali ado a z r , com postos, de fo ma r paritária, por 68. Outra função primordial do MEC, em parceria com o
representantes do (da )s s trabalhadores(as) da ed ucação, FNE e o CNE , no con e t xto do SNE (in stituído por lei

pais, ge stores(as), e studantes, da s r t s


dife en e s r s
e fe a com plementar), será a de ga an i r tr as articulações
admini strativas e v s
ní ei educacionais, bem como de nece ssárias en tre o PNE e o s demai s in strumentos de

con elho s s e r
ó gão s de delibe ação r tv s
cole i o na s planejamento (Plano s Pl urianual, Plano de Açõe s
in stituições ed ucativas, com di e r trizes com uns e A rticuladas, planos estaduais, distrital e m unicipais de

a rticuladas quanto à na tureza de suas atribuições, em ed ucação), como e stratégia tv


de efe i ação do regime de

con onância s com a política nacional , respeitando as colabo ação r . Tai s órgãos de E stado em hi pótese alguma
di e v rsidades regionais e, de ig ual modo , apoiando sua secundarizariam o papel e as funções do MEC, na medida
r
c iação e f uncionamento, t
com do ação o çamen á ia e r t r em que este é o r
coo denado r da política nacional de

a utonomia financeira e de gestão garantidos por lei; ed ucação.

64. f) orientar os conselhos municipais de educação, para 69. O Si stema Nacional de Ed ucação DEVE PROVER,
que se tornem órgãos de normatização complementar do ademai : s
en ino s público m unicipal e da s in stituições privadas de

ed ucação infan il t , no con e t xto do SNE , dando suporte 70. a) a nece ssária r t
ga an ia da ed ucação r t r
ob iga ó ia

técnico e j urídico tv
efe i o ao s m unicípios que ainda não r t
como di ei o do indi íd v uo e dever do Estado;
con stituíram seus conselhos;
71. b) a definição e a garantia de padrão de qualidade na
65. g) e stimular r
a o gani ação do z s sistemas m unicipais ed ucação s
bá ica e superior, a ssim como processo
de en ino s , por meio de lei , referenciada na Con stituição específico que r t
ga an a a ig ualdade e a e quidade de

r ,
Fede al na LDB e na lei in stituinte do SNE; condiçõe s para acesso e permanência nas instituições de
ed ucação básica e superior;
66. h) e stabelecer ba e coms um nacional , de manei a a r
a ssegurar r
fo mação bá ica com s um e di e v rsificada, com 72. c) a im plementação de dinâmica s v
de a aliação com

respeito ao s valores culturais e a rtísticos, nacionai s e r t r sticas processuais


ca ac e í e r
fo ma i a t v s voltadas para
regionais. subsidiar o processo de ge stão educativa e ga an i r tr a

melho ia r da a prendizagem e da s condiçõe s de ofe rta,


67. O SNE terá o FNE, constituído na forma da lei, respeitando a singularidade, as especificidades de cada

como in stância tv
de efe i a in e loc t r ução, diálogo social e região e as diversidades, rompendo com a visão centrada
delibe ação r , com posto por am pla representação do s somente em testes e standardizados e na lógica de

setores sociais v v
en ol ido s com a ed ucação. O FNE , hoje v
a aliação de resultados;
ratificado como um dos responsáveis pelo monitoramento
e v
a aliação na Lei n º 13.005, de 2014, precisa ter 73. d) a e i x stência de programas suplementares, de

elevada e estabilizada sua condição jurídico- a poio pedagógico, bem como políticas de a ssistência
normativa, de modo a ser fo rtalecido como in stância estudantil, de aco do r com a s especificidades de cada

permanente de participação e pactuação social, em que o v , t pa e modalidade de educação;


ní el e a

E stado no x r
e e cício da função de planejamento
r u
(fo m lação , de t r
moni o amen o t , de con trole e de 74. r t
e) a ga an ia de in stalações r s
ge ai ade quadas, na

v
a aliação) da s políticas públicas assegure a nece ssária ed ucação bá ica s e superior, em con onâncias com a

participação da sociedade. v
a aliação do (a ) s s usuários/as, cujo projeto arquitetônico

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
35
deve ser discutido e aprovado por colegiados, nos casos 81. l) ambiente institucional dotado de condições de
de escolas já construídas, pelos órgãos superiores das segurança e bem-estar para estudantes, professores(as),
Universidades e demais instituições de ensino superior funcionários(as), pais/ mães e comunidade em geral,
(IES) e ouvida a comunidade; distinto de medidas violentas ou policialescas e de falsa
paz;
75. f) um ambiente adequado à realização de atividades
de ensino, pesquisa, extensão, lazer e recreação, práticas 82. m) programas que contribuam para uma cultura de
desportivas e culturais, e para reuniões com a não violência, e que combatam o trabalho infantil, o
comunidade; racismo, o capacitismo e o sexismo e outras formas
correlatas de discriminação na instituição de educação
76. g) equipamentos em quantidade, qualidade e básica e superior;
condições de uso adequadas e acessibilidade às
atividades educativas, que devem estar disponíveis e 83. n) programas e ações voltadas à educação para a
acessíveis em todas as modalidades de ensino, inclusive proteção ambiental e à sustentabilidade, bem como de
nos espaços educacionais de unidades prisionais e apoio e treinamento para planos de contingência, visando
centros de atendimento socioeducativo; ao enfrentamento de situações de emergências em crises
e catástrofes ambientais;
77. h) biblioteca com profissional qualificado(a)
(bibliotecário/a), espaço físico apropriado para leitura, 84. o) definição e implementação de Custo Aluno
consulta ao acervo, estudo individual e/ ou em grupo, Qualidade, na educação básica, a cada ano, adequado e
pesquisa on-line; acervo com quantidade e qualidade, que assegure condições de oferta de educação de
bem como política de acessibilidade, para atender o qualidade, considerando as especificidades, incluindo
trabalho pedagógico e o número de estudantes existentes todas as etapas e modalidades. De igual modo, deve-se
na instituição educativa de educação básica e superior; garantir financiamento adequado e estável para a
educação superior, consideradas suas especificidades;
78. i) laboratórios de ensino, informática, brinquedoteca,
garantindo sua utilização adequada com garantia de 85. p) projeto político-pedagógico (educação básica) e
acessibilidade plena, com suporte técnico fornecido por plano de desenvolvimento institucional (educação
profissionais qualificados(as), bem como em termos das superior) construídos coletivamente e que contemplem os
atividades didático/ pedagógicas neles desenvolvidos por fins sociais e pedagógicos da instituição, a atuação e
docentes; autonomia institucional, as atividades pedagógicas e
curriculares, os tempos e espaços de formação, a
79. j) serviços de apoio e orientação aos estudantes - pesquisa e a extensão;
com o fortalecimento de políticas intersetoriais de saúde,
assistência e outras, para que, de maneira articulada, 86. q) disponibilidade de docentes para todas as
assegurem direitos e serviços da rede de proteção; atividades curriculares e de formação, incluindo a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão na
80. k) condições de acessibilidade e atendimento para educação superior e o atendimento educacional
pessoas com deficiência, transtornos globais de especializado na perspectiva inclusiva;
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
87. r) definição de diretrizes curriculares relevantes nos

36
diferentes níveis, etapas e modalidades, construídas com independentemente do lugar de nascimento ou moradia
ampla participação; do cidadão/ cidadã.

88. s) processos avaliativos voltados para a identificação, 96. O PNE, deste modo, deve ser expressão, epicentro,
monitoramento e solução dos problemas de ensino- espinha dorsal de uma política de Estado que garanta a
aprendizagem e para o desenvolvimento da instituição continuidade da execução e da avaliação de suas metas
educativa; frente às alternâncias governamentais. Nesse sentido,
este plano de Estado, deve constituir-se na definição
89. t) tecnologias educacionais, tecnologias assistivas, e nítida do papel dos entes federados quanto às suas
recursos pedagógicos com acessibilidade, apropriados ao competências e responsabilidades.
processo de ensino-aprendizagem;
97. Deste modo, a construção do PNE e correspondentes
90. u) gestão democrática e garantia de mecanismos de planos de educação para o próximo decênio devem ser
participação e decisão envolvendo os diferentes resultado de ampla participação e deliberação coletiva da
segmentos na instituição educativa, bem como sociedade brasileira, por meio do envolvimento dos
planejamento e gestão coletiva do trabalho pedagógico; movimentos sociais e demais segmentos da sociedade
civil e da sociedade política em diversos processos de
91. v) jornada escolar ampliada e integrada, na educação mobilização e de discussão, tais como: audiências
básica, com a garantia de espaços e tempos apropriados públicas, encontros e seminários, debates e, sobretudo,
às atividades educativas, assegurando a estrutura física deliberações das conferências de educação.
em condições adequadas e profissionais habilitados(as);
98. Importa ratificar, na agenda instituinte do SNE e de
92. w) valoração adequada dos serviços prestados pela confirmação do PNE como epicentro das políticas
instituição, por parte dos diferentes segmentos que educacionais, marcos recentes importantes que
compõem a comunidade educativa; representam avanços e r
confo mam ativos políticos

para o que vem a seguir.


93. x) intercâmbio científico e tecnológico, nacional e
internacional, entre as instituições de ensino, pesquisa e 99. A realização das conferências nacionais de educação
extensão; e (Coneb 2008, Conaes 2010, 2014, 2018 e 2022 e
Conapes 2018 e 2022) emprestam contribuições desde a
94. y) condições institucionais que permitam o debate e a indicação de diretrizes, metas e estratégias atinentes ao
promoção da diversidade étnico-racial, de gênero e PNE até o processo de monitoramento e avaliação do
orientação sexual, por meio de políticas de formação e de PNE aprovado por meio da Lei nº 13.005, de 2014 com
infraestrutura específicas para este fim. suas 20 metas e estratégias. Além de se estabelecerem
como espaços mobilizadores e democráticos de diálogo e
95. Assim, um SNE estável precisa decisivamente proposição, estratégicos para fundamentar e atualizar a
contribuir, fundamentalmente, para: a). o exercício da concepção de educação, as conferências têm sido
negociação e da cooperação entre os entes federativos espaços privilegiados para conformação de decisões
para o efetivo cumprimento de metas do PNE e b) coletivas no movimento de construção do novo Plano e,
assegurar, em toda a sua abrangência – da creche à pós- portanto, de garantia do direito social à educação.
graduação - o direito à educação, a todos e a cada um,

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
37
100. Outro movimento impulsionador relevante foi a escolar indígena, à educação em áreas remanescentes de
criação, em 2011, da Secretaria de Articulação com os quilombos, à educação em direitos humanos, à educação
Sistemas de Ensino (Sase), pelo MEC, bem como a ambiental e à educação especial.
organização, sob sua coordenação, de uma Rede Técnica
Nacional de Assistência dedicada ao planejamento 104. Neste contexto, tal como se almeja no bojo do SNE,
decenal articulado, estabelecendo novas redes de relação outro avanço está expresso na formalização dos
interfederativa e ao fortalecimento de capacidades chamados territórios etnoeducacionais ( TEEs),
técnicas de planejamento. compreendidos como espaços institucionais em que os
entes federados, tendo como referência a diversidade de
101. A Sase foi criada com a estratégica função de povos indígenas, suas organizações e instituições
estimular a ampliação da cooperação entre os entes próprias de ensino, pactuam ações de promoção da
federativos, apoiando inúmeras ações para a criação do educação escolar indígena. Esta organização territorial da
SNE. De igual modo, foi bastante estratégica suas ações educação escolar indígena, independente da divisão
nos esforços atinentes à elaboração ou adequação de político-administrativa do país, dá visibilidade às reais
planos de educação referenciados no PNE, no necessidades educacionais, aos processos e tempos
aperfeiçoamento dos processos de gestão e formativos a serem considerados e percorridos no sentido
monitoramento na área educacional, com participação da de garantir políticas específicas a serem implantadas nas
sociedade. áreas de educação, saúde e etnodesenvolvimento, entre
outras. Deste modo, o SNE e suas instâncias devem
102. Foram promovidos movimentos de discussão e considerar esta conformação em seu bojo, já que são
proposição de atividades, seminários e documentos, marcadas por relações intersocietárias caracterizadas por
mobilizando fortemente o país, culminando na raízes sociais e históricas, relações políticas e
apresentação de um anteprojeto que regulamenta o econômicas, filiações linguísticas, valores e práticas
parágrafo único do art. 23 da Constituição, institui o culturais compartilhados.
Sistema Nacional de Educação e fixa normas da
cooperação federativa entre a União, os estados, o 105. Além das conferências, dos avanços normativos e
Distrito Federal e os municípios, entre os estados e os institucionais, como a criação de estruturas destacam-se,
seus municípios e entre os municípios. também, a proposição do FNE (2015-2016) e do MEC/
Sase (2016) e demais iniciativas legislativas[6]
103. Outro movimento institucional relevante foi a criação
da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade (Secadi), inovação que acolhe as
perspectivas de uma educação inclusiva e democrática
6 r t
[ ] P oje o de Lei n º 8.035/2010 (Pode r Executivo); Projeto de Lei Com plementar nº
no SNE, direcionada à garantia do direito à educação, 15/2011 (Deputado Felipe Bornier - PHS-RJ); Projeto de Lei nº 5.519/2013 (Deputado Paulo
ubem Santiago - PDT-PE); Projeto de Lei Complementar nº 413/2014 (Deputado Ságuas
pautada pelo respeito e valorização da diversidade e a
R

Mo aer s r
– PT/MT); P oje o de Lei Com lemen a t p t r nº 448/ 2017 (De p. Gi useppe Vecci -

busca equidade. Esta nova realidade institucional r


PSDB-GO); P oje o de Lei Com t plementar nº 235/2019 (Senado Federal (Sen. Flávio Arns –
Rede/PR; r t plementar nº 25/2019 (De p. professora r r
contribuiu na reorganização dos processos de gestão e
P oje o de Lei Com Do inha Seab a

z
Re ende – DEM/TO; P oje o de Lei Com r t plementar nº 47/2019 (Dep. r
Ped o C unha Lima -

formação no campo educacional, inclusive introduzindo PSDB-PB); r


P oje o t de Lei Com plementar nº 216/2019 (De p. Professora Ro as Neide –

r
PT/MT); P oje o de Lei Com t plementar nº 267/2020 (Dep. Rose Modesto - PSDB/MS, Dep.
novas formas de organização e planejamento Ma a r Rocha - PSDB/AC); P oje o de Lei Com lemen a r t p t r nº 109/2023 (De putados/a.

direcionadas especialmente à alfabetização e educação r


Ad iana Ven tura - NOVO/SP , Evair r
Viei a de Melo - PP/ES , Kim Ka agt uiri - UNIÃO/SP ,
r
P ofe ssor Alcide s - PL/GO , Ale x t
Manen e - CIDADANIA/SP , Átila r
Li a - PP/PI , r
Rica do

de jovens e adultos, à educação do campo, à educação A yres - REPUBLIC/TO).

38
106. Como se observa, pode-se afirmar que os esforços Distrito Federal e os municípios devem elaborar seus
mobilizadores das conferências e a agenda de instituição correspondentes planos de educação, ou adequar os
do SNE, notadamente a partir da criação da Sase/ MEC, planos, em consonância com as diretrizes, metas e
redundaram em uma maior e salutar pluralidade de estratégias previstas no PNE, dentro de um curto prazo
iniciativa e autoria, com a apresentação de determinado.
proposições de projetos que representam ativos
políticos importantes para apreciação na atual 110. De igual modo, não existirá Estado capaz de prover
conjuntura. Atualmente o tema é debatido no Congresso direitos à educação sem que a gestão democrática se
Nacional, no FNE e no Ministério da Educação, entre efetiva em todos os níveis, etapas e modalidades
outros, com o horizonte estratégico de aprovação de um educacionais. Portanto, a aprovação de leis específicas
texto legal robusto e que considere estes processos e s plinando a gestão democrática da educação e de
di ci

acúmulos mais recentes. seus sistemas é dimensão fundante para que tais
capacidades institucionais se materializem, tal como
107. Ao prever uma mobilização nacional, na sequência previsto em nossa legislação.
do processo de construção da Conae, faz-se necessário
que o PNE esteja organicamente articulado com os 111. Outro dispositivo também afirmativo do reforço do
acordos e consensos firmados. Importante, também, é papel do poder público para consolidar capacidades
assegurar que sejam elaborados e implementados os estáveis do Estado brasileiro é a afirmação de que
planos de educação estaduais, distrital e municipais. instrumentos de planejamento - plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da
108. No cenário educacional brasileiro, marcado pela União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios –
edição de planos e projetos educacionais, torna-se devem ser formulados de maneira a assegurar a
necessário empreender ações articuladas entre a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com
proposição e a materialização de políticas, bem como as diretrizes, metas e estratégias do PNE e dos
ações de planejamento sistemático. Por sua vez, todas respectivos planos de educação, a fim de viabilizar plena
precisam se articular com uma política nacional para a execução.
educação, com vistas ao seu acompanhamento,
monitoramento e avaliação. Para isso, torna-se pertinente 112. Em suma, é imprescindível que se reconheça que
a criação de meios de controle e de execução obrigatória legislações vêm ratificando a necessidade de vinculação
pelos responsáveis na gestão e no financiamento da entre a gestão democrática, financiamento público (PPA)
educação, nos âmbitos federal, estadual, distrital e e os instrumentos de planejamento, nas diversas esferas
municipal, a cumprir o estabelecido nas constituições federativas, como elementos organizativos da agenda
federal, estaduais, nas leis orgânicas municipais e distrital instituinte do SNE.
e na legislação pertinente e estabeleça sanções
administrativas, cíveis e penais no caso de 113. Será importante, ademais, nos passos que se
descumprimento dos dispositivos legais determinados, pretenda dar no reforço do PNE como picentro
e de

deixando explícitas as competências, os recursos e as políticas educacionais e do SNE como forma de

responsabilidades de cada ente federado. organização da educação nacional , que sejam


fortalecidas capacidade de articulação entre as instâncias
109. Será necessário retomar, em todo o país, o responsáveis pelo Monitoramento e Avaliação do próximo
planejamento decenal articulado. Ou seja, os estados, o Plano. Nesse sentido é premente a instituição, pela União,

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
39
de uma Sistemática Nacional de Monitoramento e 117. Em face dos movimentos do FNE e de recentes
Avaliação do PNE. É importante definir as diretrizes e processos de construção, inclusive com a publicização da
bases do processo de monitoramento e avaliação e, proposta “O Sistema Nacional de Educação - Documento
consequentemente, estabelecer diretrizes e orientações, Propositivo para o Debate Ampliado”, aprovado pelo
para que o Inep institua uma sistemática de coleta de Pleno do FNE, em abril de 2016, bem como em razão das
informações e indicadores educacionais que possa concepções e proposições formuladas ao longo das
reforçar os papéis das diferentes esferas de conferências e do debate concreto sobre proposições
monitoramento e avaliação e controle social. Essa legislativas que vêm se adensando no Congresso
sistemática não prescinde (ao contrário exige) da Nacional, spomos de ativos fundamentais para
di

participação de movimentos sociais e demais segmentos encaminhar consensos em torno da instituição do

da sociedade civil e da sociedade política. SNE, por lei complementar. As disposições de tal Lei

Complementar devem, em essência, obrigar a União, os


114. Concretamente, os órgãos legalmente incumbidos do estados, o Distrito Federal e os municípios a garantir o
monitoramento e avaliação do PNE (FNE, CNE, Câmara direito à educação e cumprir as metas do PNE.
dos Deputados e Senado Federal) devem institucionalizar
subcomissões, comissões, grupos de trabalho ou 118. r
Dema cado e r s e t
de alhamen o t s t
t s à
a inen e

correlatos para ssegurar


a foco e estabilidade nas definição de SNE e da coo peração federativa em

apreciações relativas ao PNE em cada âmbito. A educação:


criação de dinâmica articulada de acompanhamento e de
avaliação desses planos certamente fortalecerá o PNE 119. O SNE, deve ser concebido como expressão do
como epicentro das políticas educacionais. Plataformas esforço organizado, autônomo e permanente do
públicas que se articulem com outras ferramentas Estado e da sociedade brasileira, compreendendo o

tecnológicas e com órgãos de participação e controle sistema federal, os sistemas estaduais, distrital e
social, certamente, e de igual modo, fortalecerão o efetivo municipais de educação, e as instituições de ensino de
cumprimento do PNE e correspondentes planos de que trata o inciso III do art. 206, da Constituição Federal,
educação. dos níveis básico e superior, públicas e privadas.

115. Outros ambientes estratégicos de monitoramento e 120. A cooperação entre os entes fede a i r t vos e a

avaliação são as conferências municipais, colaboração entre os sistemas são elementos


intermunicipais, estaduais, distrital e as nacionais de fundantes para a institucionalização e efetiva
educação que devem ser extremadamente consideradas materialização do SNE, com ampla participação dos
como espaços de participação da sociedade na setores da sociedade civil e política, e assegurará a
construção de novos marcos para as políticas universalização da educação com qualidade em toda a
educacionais, espaços estratégicos de discussão e sua abrangência.
formulação.
121. A cooperação federativa é a relação estabelecida
116. O PNE para o decênio 2024/ 2034 deve contribuir entre a União, os estados, o Distrito Federal e os

decisivamente para a maior organicidade das políticas de municípios, e entre os estados e os municípios,

Estado e, consequentemente, para a superação da destinada à execução de políticas, programas, ações e


fragmentação que tem marcado a organização e a gestão iniciativas para garantir o direito à educação,
da educação nacional. fundamentadas sempre nos princípios da educação

40
nacional e nas responsabilidades do poder público. A de prioridades, alocação de recursos e definição de
cooperação alcança todas a s e struturas do poder políticas, da educação básica à educação superior;
público e pressupõe a ação articulada, planejada e
transparente entre os entes da federação, para a garantia 129. d) o padrão de qualidade social, na educação básica
dos meios de acesso à educação básica e superior, e na educação superior, que contribua para a redução
considerando todos os níveis, etapas e modalidades de das desigualdades educacionais, para a promoção da
ensino. cidadania e para o reconhecimento e valorização das
diversidades;
122. A cooperação federativa prioriza a tomada de

s
deci ão com um, que deve ser executada de maneira 130. e) a interdependência dos sistemas no
conjunta, e reforça os papéis de coordenação política, desenvolvimento da educação, tendo em vista a
suplementação e redistribuição da União com relação aos integralidade e a intersetorialidade que toca a política
estados e municípios e, também, dos estados com educacional;
relação aos seus próprios municípios, restando
secundarizadas medidas de coordenação ou políticas 131. f) a gestão democrática baseada na autonomia dos

adotadas de maneira verticalizada. sistemas, estabelecimentos de ensino e órgãos


educacionais, e na participação da sociedade civil, dos
123. A r
colabo ação é a relação que se estabelece profissionais da educação, estudantes, pais, mães ou
entre sistemas s
de en ino , em que instituições públicas responsáveis legais;
são partes, e que visa a um conjunto mais orgânico de
ações integradas e relações intergovernamentais comuns 132. g) a escolha de dirigentes de instituições públicas de
voltadas à universalização da educação obrigatória, com ensino superior por meio de escolha uninominal junto à
qualidade. comunidade acadêmica, organizada por colegiado
instituído especificamente para este fim, como expressão
124. Da s r trizes
di e e princípios do SNE e da da autonomia universitária inscrita no art. 207 da
coo peração federativa em educação: Constituição Federal;

125. O SNE se organizará, como assinalado, com base 133. h) o provimento em cargo ou função de direção de
nos princípios estabelecidos no art. 206 da estabelecimento de ensino por titular de cargo efetivo
Con stituição e na LDB, devendo considerar, ainda: constante de carreira própria dos profissionais da
educação básica, mediante escolha uninominal junto à
126. a) a educação como direito social, com garantia de comunidade escolar consoante às normas, diretrizes e
acesso à educação de qualidade social, inclusive para parâmetros nacionais para gestão democrática da
aqueles que não tiveram acesso à escola na idade educação, definidas em lei federal;
recomendada;
134. i) o direito à informação, com garantia de

127. b) a justiça e a igualdade de direitos, com a transparência e de mecanismos de controle social;


promoção dos direitos humanos, da diversidade
sociocultural e da sustentabilidade socioambiental; 135. j) a articulação do estabelecimento de ensino com a

sociedade, a família, o trabalho e as práticas sociais;


128. c) a equidade como critério para o estabelecimento

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
41
136. k) a valorização e o desenvolvimento permanente 144. a) a garantia de equalização de oportunidades

dos profissionais da educação, resguardadas, em educacionais e padrão de qualidade do ensino mediante


qualquer hipótese, a autonomia, a liberdade de atuação assistência técnica, pedagógica e financeira da União aos
do docente e a contextualização histórica, política, estados, ao Distrito Federal e aos municípios, e dos
cultural e social do conhecimento; estados com relação aos seus municípios;

137. l) o fortalecimento do relacionamento solidário e de 145. b) a identificação dos fatores que influenciam de
confiança entre profissionais da educação, estudantes e maneira relevante a melhoria da qualidade da educação,
toda a comunidade; a democratização e a universalização da oferta, com base
nas metas definidas nos planos decenais e nos
138. m) o planejamento nacional articulado, por meio de indicadores nacionais produzidos para esta finalidade
planos decenais de educação dos estados, Distrito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Federal e municípios, elaborados em consonância com o Educacionais Anísio Teixeira (Inep);
PNE em vigor;
146. c) a vinculação efetiva das políticas, programas,
139. n) a simplificação das estruturas burocráticas, a projetos e ações com as necessidades dos estudantes e
descentralização dos processos de decisão e de da comunidade;
execução e o fortalecimento dos estabelecimentos de
ensino e demais órgãos educacionais; 147. d) a observância dos aspectos relevantes para o
financiamento e a sustentabilidade de políticas,
140. o) a articulação intersetorial entre processos programas e ações educacionais;
formativos promovidos no âmbito da saúde, trabalho,
economia, cultura, esporte e assistência social; 148. e) a coordenação, planejamento e administração
democrática da política educacional.
141. p) o reconhecimento das identidades e
especificidades socioculturais, territoriais e linguísticas 149.Do(s) r s r
ó gão( ) de coo denação e in stância(s) no

das populações do campo e das comunidades indígenas e SNE

quilombolas, no que couber, asseguradas a equidade


educacional e a diversidade cultural dos povos e 150. O SNE tem como órgão articulador a Instância
comunidades, observando, em quaisquer processos, a Nacional de Negociação, Cooperação e Pactuação na
consulta prévia e informada à respectiva comunidade e a Educação (tripartite) de caráter colegiado, permanente e
sua autonomia de escolha. deliberativo, garantindo ampla representação das esferas
de gestão e da sociedade. A esta instância, que deve ter
142. Dos obje it vos da cooperação r
e da colabo ação , atribuições expressamente delimitadas (em normativa
definição de papéis dos entes federativos própria), compete definir os mecanismos de articulação,
de caráter vinculante, com os demais órgãos do SNE e as
143. A cooperação federativa abrange ações instâncias permanentes de negociação (bipartites)
intencionais, planejadas, articuladas e transparentes instituídas em cada estado. A atuação robusta das
entre os entes da federação, que materializarão a instâncias de negociação e pactuação são fundamentais
instituição efetiva do SNE, tendo como objetivos gerais: para o funcionamento do SNE. São estas instâncias
(tripartite e bipartite) que levarão a efeito,

42
decisões pactuadas e vinculantes para assegurar a e regulamentos próprios dos respectivos entes
implementação de diretrizes no âmbito nacional, federativos, que devem ratificar os fóruns.
estadual, regional e interestadual voltadas à integração e
ações referenciadas no PNE e correspondentes planos de 154. Da ge stão r t
democ á ica e o papel s
de con elho s,

educação, potencializando iniciativas e investimentos. fó runs e conferências de educação no SNE

151. No SNE, é essencial a instituição e funcionamento, 155. Será fundamental ratificar, em lei federal, os
no estado, da Instância Bipartite Permanente de Parâmetros e Diretrizes para a regulamentação da gestão
Negociação, Cooperação e Pactuação Federativa, de democrática no país, dispondo sobre um conjunto de
competência correlata à Instância Nacional, de princípios, processos, instrumentos e mecanismos
composição paritária entre a representação da esfera voltados a estimular a participação e a constituição e
estadual e a representação da esfera municipal no âmbito fortalecimento de instâncias colegiadas e instrumentos de
da unidade federativa. participação e fiscalização na gestão educacional. O FNE,
uma das mais vigorosas expressões da gestão
152. Deve ser constituído, no SNE, o Fórum r
Pe manen e t democrática e de participação social, hoje ratificado
de rz
Valo i ação do s r
P ofi ssionais da Educação, de como uma instância de monitoramento e avaliação na Lei
composição paritária entre gestores governamentais, nº 13.005, de 2014, precisa ter ele vada e estabilizada

garantida a representação sindical nacional dos sua condição j urídico-normativa, já que hoje ele é

trabalhadores em educação pública e das esferas de r


o gani adoz por Portaria, instrumento jurídico bastante
gestão, visando ao acompanhamento da atualização frágil. Fundamentalmente, ao FNE compete: a)
progressiva do valor do piso salarial nacional para os(as) acompanhar a execução do PNE e avaliar o cumprimento
profissionais da educação básica e ao diálogo social de suas metas e estratégias; b) promover a articulação
sobre demais políticas de valorização, incluindo o das Conaes com as Conferências Municipais, Estaduais e
financiamento pela via do Fundeb, para atender a todas Distrital que as precederem; c) acompanhar a definição
as demandas da educação básica. Entre os objetivos do do CAQ e seu ajuste contínuo; d) avaliar políticas
Fórum destacam-se a proposição de mecanismos para educacionais implementados no país; e) incentivar os
obtenção e organização de informações sobre o estados, o Distrito Federal e os municípios a constituírem
cumprimento do piso salarial nacional profissional pelos seus fóruns permanentes de educação.
entes federativos, bem como sobre os planos de cargos,
carreira e remuneração implementados; além do 156. O FNE deverá ser composto ao menos, por
acompanhamento da evolução salarial dos profissionais representações oficiais de dirigentes de educação, básica
da educação. e superior, dos(as) trabalhadores(as)/ profissionais em
educação vinculados à educação básica e superior
153. O FNE deve ser ratificado, em lei, como órgão de (pública e privada), conselhos de educação, das
proposição, mobilização, articulação e avaliação da entidades nacionais representativas com atuação na
política nacional de educação. Os sistemas estaduais, política de gestão e formação dos(as) trabalhadores(as)/
distrital e municipais de educação têm os fóruns profissionais da educação, das entidades nacionais
permanentes de educação, estaduais, distrital e representativas de estudos e pesquisas em educação, dos
municipais, respectivamente, como órgãos de consulta, conselhos estaduais e municipais de educação, das
mobilização e de articulação com a sociedade civil, entidades representativas de estudantes e de
constituído na forma da lei do SNE e das leis movimentos sociais em defesa da educação, sem prejuízo

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
43
de outras institucionalidades. A configuração do FNE 160. A escolha e nomeação dos conselheiros do CNE

(inclusive sua ampliação) deve ser objeto de s


deci ão deve considerar a consulta a entidades representativas
privativa do seu pleno s
com ba e em c i é io r t r s públicos da sociedade civil, e nece ssariamente ser com posto,

e transparentes, pactuados, o que deve ser ratificado ao meno s, por: conselheiros indicados por
em lei . representações oficiais de dirigentes de educação, básica
e superior, de trabalhadores(as)/ profissionais em
157. As Conferências Nacionais de Educação – Conaes, educação vinculados à educação básica e superior, das
têm caráter mobilizador e propositivo, canalizando entidades nacionais com atuação na política de gestão e
aspirações e expectativas da sociedade brasileira. As formação dos(as) trabalhadores(as)/ profissionais da
conferências devem ser estáveis e realizadas educação, das entidades nacionais de estudos e
periodicamente (no mínimo de quatro em quatro anos), pesquisas em educação, dos conselhos estaduais e
precedidas de conferências municipais, estaduais e municipais de educação, das entidades representativas
distrital de educação, articuladas e coordenadas pelo de estudantes e de movimentos sociais em defesa da
FNE, em parceria com os fóruns estaduais, distrital e educação, sem prejuízo de outras institucionalidades.
municipais de educação, de caráter permanente. Ao FNE,
devem ser assegurados progressivos graus de autonomia 161. Os sistemas estaduais e Distrital de Educação têm

técnica, administrativa e financeira. como órgão normativo o Conselho Estadual e Distrital de


Educação, respectivamente, com funções deliberativas,
158. O SNE tem como órgão normativo o Conselho consultivas, propositivas, fiscalizadoras e de controle
Nacional de Educação (CNE), de composição federativa e social, de composição interfederativa e plural, com
com efetiva participação da sociedade civil. O CNE efetiva participação da sociedade civil, constituídos na
exerce também a função de órgão normativo do Sistema forma da lei. Os sistemas municipais de educação têm
Federal de Educação, na forma da lei. Na estrutura como órgão normativo o Conselho Municipal de
educacional, o CNE, disporá de funções normativas e de Educação, com funções deliberativas, consultivas,
supervisão e atividade permanente, devendo ser afirmado propositivas, fiscalizadoras e de controle social, de
como órgão de Estado e, nesta condição, precisa composição intrafederativa e plural, com efetiva
expressar a diversidade dos setores e segmentos que participação da sociedade civil, na forma da lei.
conformam a educação no país. Conselhos estaduais, distrital e municipais devem ser
organizados sob as mesmas bases representativas
159. Há necessidade, ademais, de que haja um esforço básicas do CNE, no que couber.
crescente de maior coordenação normativa no país, de
modo que Diretrizes exaradas pelo CNE (Gerais, 162. A valorização de trabalhadores(as) profissionais da
Curriculares, Operacionais etc.) sejam construídas de educação abrange as condições de trabalho (instalações
maneira dialogada e articulada com os conselhos de físicas, materiais e insumos disponíveis, equipamentos e
educação pelo país e, de igual modo, tenham efetiva meios de realização das atividades, além das relações de
repercussão e regulamentação pelos estados, Distrito trabalho e de emprego), saúde, remuneração, salário,
Federal e municípios. Neste sentido, um fórum ou formação inicial e continuada. No caso da formação, esta
instância de coordenação normativa capitaneada pelo deve ser concretizada por meio de planos estratégicos
CNE pode representar uma importante resposta para formulados pelos fóruns e staduais permanentes de

cumprimento de tais finalidades. apoio r


à fo mação em cada estado e no Distrito Federal,
que devem garantir ampla representação contando,

44
necessariamente, com a participação das esferas de observarão as Normas Operacionais aprovadas pela
gestão, dos conselhos, e das representações da Instância Nacional Permanente de Negociação,
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação Cooperação e Pactuação Federativa (tripartite).
(CNTE), da Associação Nacional pela Formação dos
Profissionais da Educação (Anfope), da Associação 167. Entre os instrumentos integrados de planejamento
Nacional de Política e Administração da Educação educacional no SNE devem ser destacados: os planos
(Anpae), entre outras. decenais de educação, de caráter vinculante; as
pactuações nas instâncias de negociação, cooperação e
163. Do PNE e do s planos decenai s correspondentes. pactuação federativas (tripartite e bipartite); os planos
A a valiação e a modelagem do financiamento plurianuais – PPAs, as diretrizes orçamentárias e os
orçamentos anuais da União, dos estados, do Distrito
164. O planejamento articulado, a ser definido e Federal e dos municípios que devem ser formulados de
reforçado na lei do SNE, constitui-se em instrumento de maneira a assegurar a consignação de dotações
efetivação da assistência técnica e financeira orçamentárias anuais compatíveis com as diretrizes,
suplementar da União em regime de colaboração com as metas, estratégias e ações inscritas no PNE e
demais esferas federativas, e dos estados com os correspondentes planos de educação; os territórios
municípios. O planejamento articulado, inclusive etnoeducacionais, que precisam de maior exercício de
materializado pela via do instrumento jurídico de pactuação e institucionalidade; a rede de assistência
cooperação federativa que é o consórcio público, técnica para elaboração, monitoramento e avaliação dos
assegurará prioridade ao atendimento das necessidades planos de educação; o Plano de Ações Articuladas (PAR) ;
da educação obrigatória no que se refere à os consórcios públicos já regulados em lei, entre outros.
universalização e à garantia de padrão de qualidade e de
equidade, além de contemplar os demais níveis, etapas e 168. O Sistema Nacional de Avaliação, parte integrante
modalidades de ensino, conforme as prioridades do SNE, com dimensão diagnóstica e formativa, se
constitucionais e legais, notadamente aquelas fixadas no constitui por meio dos processos e mecanismos de
PNE. Nesta direção, é premente, de igual modo, que os avaliação da Educação Básica e Superior. Em articulação
órgãos gestores da educação sejam dotados de com o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), ele
condições muito superiores para lidar com as deve induzir a melhoria da qualidade da oferta
diversidades e desigualdades educacionais. educacional nas diferentes instâncias e instituições
educativas, a melhoria dos processos educativos e a
165. A ação de assistência técnica da União poderá se redução das desigualdades e assimetrias educacionais.
organizar por meio de dimensões estratégicas como: a)
diagnóstico, planejamento e gestão das redes e sistemas 169. A institucionalização do Sistema Nacional de

de ensino; b) valorização dos profissionais da educação, Avaliação da Educação Básica (Sinaeb[7]), coordenado
incluindo, entre outros, formação inicial e continuada, pela União, em colaboração com os estados, o Distrito
concurso público, estabelecimento de diretrizes e Federal e os municípios deverá ser fonte de informação
organização das carreiras de profissionais de educação; para a avaliação da qualidade e equidade da educação
c) diretrizes e práticas pedagógicas; d) avaliação. básica e para a orientação das políticas públicas desse

7 Portaria MEC no 369, de 5 de maio de 2016. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da


166. A execução dos programas e das ações de [ ]

Educação Básica - Sinaeb. Disponível em:


assistência técnica entre as diferentes esferas federativas https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?
data=06/05/2016&jornal=1&pagina=26&totalArquivos=288

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
45
nível de ensino. Instrumento, portanto, necessário para 172. O financiamento da educação básica, no SNE, será
r eforçar compromissos e responsabilidades sociais das orientado pela Constituição, pela LDB, pelo PNE, por
instituições de educação básica, por meio da valorização p arâmetros nacionais de qualidade de oferta e pela
de su a missão pú blica, da promoção dos v alores definição e implementação do CAQi e CAQ, com o
democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da objetivo de consagrar o direito à educação e corrigir as
afirmação da autonomia. Tal como previsto no PNE, o desigualdades educacionais, devendo ser assegurado nos
Sinaeb, deve pr oduzir: a) indicadores de rendimento r espectivos orçamentos pú blicos, das diferentes esferas
escolar, referentes ao desempenho dos(as) estudantes, federativas.
apurado em exames nacionais de avaliação, com
p articipação de pelo menos 80% de estudantes de cada 173. O financiamento adequado e estável para atender
ano escolar periodicamente avaliado em cada escola, e todas demandas de uma educação de qualidade no SNE
aos dados pertinentes apurados pelo Censo Escolar da s e concretiza quando são considerados os indicadores de
Educação Básica; b) indicadores de avaliação desigualdade, quando se efetiva a inclusão de grupos
institucional, relativos a características como o perfil do historicamente marginalizados e quando há estruturas de
alunado e do corpo dos(as) profissionais da educação, as controle social que coletam e i ematizam as
s st

r elações entre dimensão do corpo docente, do corpo informações no âmbito de cada ente federativo quanto ao
técnico e do corpo discente, a infraestrutura das escolas, pr ogresso das metas, estratégias, ações, programas e
os recursos pedagógicos disponíveis e os pr ocessos da pr ojetos implementados no âmbito dos planos de
gestão, entre outras relevantes. educação aprovados em lei.

170. A consolidação do Sistema Nacional de Avaliação da 174. No SNE, a União exerce função redistributiva e
Educação Superior (Sinaes), coordenado pela União, em sup letiva, de forma a garantir equalização de
colaboração com os estados e o Distrito Federal, nos oportunidades educacionais e parâmetros de qualidade
termos de lei específica, deve assegurar processo mediante assistência técnica e financeira aos estados, ao
nacional de avaliação das instituições de educação Distrito Federal e aos municípios. De igual modo, Estados
sup erior, dos cursos de graduação e do desempenho e municípios devem cooperar reciprocamente e com a
acadêmico de seus estudantes. União na definição e destinação de recursos pú blicos
destinados à cooperação federativa e à garantia da
171. Tal como definido em lei, o Sinaes deve ter por qu alidade.
finalidades a melhoria da qu alidade da educação
sup erior, a orientação da expansão da su a oferta, o 175. São recursos destinados à cooperação federativa
aumento permanente da su a eficácia institucional e em educação para financiar o direito, entre outros: receita
efetividade acadêmica e social e, especialmente, a de impostos pr óprios da União; receita de impostos e
pr omoção do aprofundamento dos compromissos e tr ansferências dos estados, do Distrito Federal e dos
r esponsabilidades sociais das instituições de educação municípios; receita do Salário-Educação; r eceita de
sup erior, por meio da valorização de su a missão pú blica, incentivos fiscais; recursos dos royalties e participação
da promoção dos valores democráticos, do respeito à especial sobre exploração de recursos naturais e recursos
diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e do Fundo Social do Pré-Sal; recursos de outras fontes
da identidade institucional, visando à garantia do direito destinados à compensação financeira de desonerações
educacional, à melhoria dos processos educativos e à de impostos e auxílio financeiro aos estados, ao Distrito
r edução das desigualdades e assimetrias educacionais. Federal e aos municípios; outras contribuições sociais e

46
outros recursos pr evistos em lei. Defende-se qu e, dos
casos de anistia fiscal ou incentivos fiscais de qu alquer
natureza, fica o poder público pr oibido de incluir nessas
medidas os p ercentuais constitucionais destinados à
educação.

176. Do c umprimento da s t s
me a do PNE e o papel da

Lei de Re sponsabilidade Educacional

177. Aliado a esse processo, deve-se regulamentar em lei


específica, no máximo em dois anos, as competências, os
recursos, as condicionalidades e as responsabilidades de
cada ente federado, p or meio de seus gestores,
estabelecendo-se a Responsabilidade Educacional,
v oltada a definir os meios de controle e obrigações dos
chefes dos poderes executivos responsáveis pela gestão
e pelo financiamento da educação, nos âmbitos federal,
estadual, distrital e municipal, p ara cumprir o
estabelecido na Constituição Federal, constituições
estaduais, nas leis orgânicas municipais e distrital e na
legislação p ertinente. Definidas no SNE, as
responsabilidades educacionais ensejarão sanções
administrativas, cíveis e p enais no caso de
descumprimento dos dispositivos legais determinados, já
qu e estarão bem delimitadas e p actuados as
competências, os recursos e as responsabilidades de
cada ente federado na garantia do direito de cada
cidadão e cidadã à educação.

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
47
PROPOSIÇÕES
179. PROPOSIÇÃO 1: INSTITUIR O SISTEMA NACIONAL democrática participação da sociedade, por meio de rede
DE EDUCAÇÃO, EM LEI COMPLEMENTAR NO PRAZO DE técnica de planejamento decenal articulado.
UM ANO, PARA EFETIVAR A COOPERAÇÃO FEDERATIVA
EM EDUCAÇÃO E AS DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS 187.1.7. Prever e garantir mecanismos para o
DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
acompanhamento local da consecução das metas do PNE
e dos respectivos planos decenais, notadamente por meio
180. ESTRATÉGIAS: dos fóruns permanentes de educação.

181.1.1. Assegurar a instituição e materialização do SNE, 188.1.8. Fortalecer, no SNE, a institucionalidade dos
no prazo previsto de até um ano, estabelecendo, em territórios etnoeducacionais ( TEEs), garantindo a
consonância com o art. 23 da CF, de1988, as normas de incorporação desses espaços interinstitucionais no
cooperação entre a União, estados, Distrito Federal e r eforço das p olíticas pú blicas da educação escolar
municípios, em matéria educacional. indígena, com su a pactuação e funcionamento
articulados às instâncias federativas de cada estado e
182.1.2. Consolidar as bases da política de financiamento, municípios.
acompanhamento e controle social da educação, por
meio da ampliação dos atuais percentuais do PIB para a 189.1.9. Envidar os esforços, em regime de colaboração,
educação, no mínimo 10% do PIB, como elemento p ara aprovar, em lei, p lanos estaduais, distrital e
estruturante do SNE. municipais de educação até um ano após a aprovação do
PNE decênio 2024-2034.
183.1.3. Regulamentar, no SNE, as bases para a
responsabilidade educacional. 190.1.10. Definir padrão de qualidade no SNE
r eferenciado, na educação básica, no CAQi e no CAQ,
184.1.4. Instituir a instância permanente de negociação e conforme definido pela Emenda Constitucional nº 108, de
cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e 26 de agosto de 2020, e financiamento adequado e
os Municípios, assegurando seu funcionamento estável na educação sup erior, observada a igualdade de
p ermanente e periódico. condições para acesso e permanência nas instituições
educativas.
185.1.5. Instituir instâncias permanentes de negociação,
cooperação e pactuação em cada estado, assegurando o 191.1.11. Consolidar o FNE e o Conselho Nacional de
funcionamento permanente e periódico. Educação (CNE) além de fomentar e fortalecer a
organização e o funcionamento dos conselhos e fóruns
186.1.6. Assegurar, sob a liderança do Ministério da p ermanentes de educação p ara garantir o pleno
Educação em cooperação com os entes federativos, funcionamento do Sistema Nacional de Educação.
p lanejamento decenal articulado na elaboração ou
adequação dos planos estaduais, distrital e municipais de 192.1.12. Consolidar, na lei do SNE e, em consequência,
educação à luz do PNE, assegurando o acompanhamento, nas leis e regulamentos pr óprios dos respectivos
monitoramento e avaliação, com ampla, efetiva e s sti emas, os conselhos nacional, estaduais, distrital e

48
municipais, p url ais e autônomos, com funções para a implementação do conjunto das diretrizes
deliberativas, consultivas e propositivas, fiscalizadoras e nacionais, especialmente as que se referem à
de controle social, dispondo de dotações orçamentárias diversidade, educação ambiental e inclusão,
específicas nos orçamentos públicos de cada esfera considerando a autonomia dos entes federados, as
administrativa, asseguradas em su a composição, especificidades regionais e locais.
necessariamente, as representações de dirigentes da
educação, básica e sup erior, dos(as) trabalhadores(as)/ 197.1.17. Desenvolver ações conjuntas e articuladas
pr ofissionais da educação vinculados à educação básica i ando ao fortalecimento do FNE, definindo
v s suas
e superior (pú blica e pr v i ada), conselhos de educação, atribuições e composição gerais na lei do SNE.
das entidades nacionais representativas com atuação na
p olítica de gestão e formação de trabalhadores/ 198.1.18. Regulamentar a educação superior privada.

pr ofissionais da educação, das entidades representativas


de estudos e pesquisas em educação, dos conselhos 199. PROPOSIÇÃO 2: ESTABELECER SISTEMÁTICA PARA
estaduais/ distrital e municipais de educação, das QUE A EXECUÇÃO DO PNE E O CUMPRIMENTO DE SUAS
entidades representativas de estudantes e de METAS SEJAM OBJETO DE MONITORAMENTO CONTÍNUO
movimentos sociais em defesa da educação, s em E DE AVALIAÇÕES PERIÓDICAS, NO ÂMBITO DO SNE,
pr ejuízos de outras institucionalidades. REALIZADAS PELAS SEGUINTES INSTÂNCIAS: I -
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC; II - COMISSÃO DE
193.1.13. Assegurar que os estados, o Distrito Federal e EDUCAÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E COMISSÃO
os municípios constituam fóruns permanentes de DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO SENADO FEDERAL; III -
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - CNE; IV - FÓRUM
educação, com o intuito de coordenar as conferências
NACIONAL DE EDUCAÇÃO - FNE.
municipais, estaduais e distrital bem como efetuar o
acompanhamento da execução do PNE e dos planos de
200. ESTRATÉGIAS:
educação estaduais, distrital e municípios.

201.2.1. Estabelecer e materializar competências às


194.1.14. Desenvolver ações conjuntas e articuladas entre instâncias referidas na Proposição 2, v s i ando a:
os organismos do SNE com foco nos direitos humanos, divulgação dos resultados do monitoramento e das
nas diversidades e na inclusão. avaliações nos respectivos í ios institucionais da
s t

internet; análise e pr oposição de políticas pú blicas para


195.1.15. Fomentar a cooperação entre os órgãos assegurar a materialização das estratégias e o
normativos dos sistemas de ensino, fortalecendo a cultura cumprimento das metas; análises e proposições para a
do relacionamento autônomo e articulado entre os garantia de investimento público na educação pú blica,
conselhos nacional, estaduais, distrital e municipais de como proporção do PIB, na ordem de 10%.
educação assegurando maior coordenação normativa no
p aís, de modo qu e Diretrizes exaradas pelo CNE (Gerais, 202.2.2. Criar e aprimorar os indicadores da educação
Curriculares, Operacionais etc.), nacionalmente validadas, básica e sup erior, especialmente em r elação à
tenham efetiva repercussão e regulamentação pelos diversidade e equidade.
estados, Distrito Federal e municípios.

196.1.16. Desenvolver ações entre o MEC, o CNE, os


conselhos estaduais, distrital e municipais de educação

49
203. PROPOSIÇÃO 3: INSTITUIR E MATERIALIZAR, NO pr ofessores no atendimento educacional especializado
SNE, DIRETRIZES E POLÍTICAS NACIONAIS, VISANDO À (AEE), de pr ofissionais de apoio ou auxiliares, tradutores
GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO, COM PROMOÇÃO intérpretes de libras, guias intérpretes para sur docegos,
DE POLÍTICAS DE EQUIDADE GUIADAS PELOS pr ofessores de libras e professores bilíngues (libras e
PRINCÍPIOS DE RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS E À língua portuguesa).
DIVERSIDADE COM VISTAS À GARANTIA DO DIREITO À
EDUCAÇÃO DE TODAS AS PESSOAS
209.3.5. Assegurar, no SNE, o reconhecimento das
204. ESTRATÉGIAS: escolas indígenas como escolas com normas pr óprias e
diretrizes curriculares específicas, voltadas ao ensino

205.3.1. Garantir, na instituição do SNE, condições intercultural e bilíngue ou multilíngue, qu e gozam de

institucionais qu e assegurem uma educação qu e pr errogativas especiais para organização das atividades

contemple o r espeito aos direitos humanos como escolares, respeitado o fluxo das atividades econômicas,

pr emissa de formação cidadã, tendo como perspectiva o s ociais, culturais e religiosas e as especificidades de cada

direito à diversidade e à acessibilidade, e formação para a comunidade, independentemente do ano civil.

educação em direitos humanos, sob orientações


curriculares articuladas de combate ao racismo, ao 210.3.6. Criar mecanismos para a institucionalidade da

s exismo, ao capacitismo, à LGBTQIAPN+fobia, à p olítica dos territórios etnoeducacionais (TEEs),

discriminação social, cultural, religiosa, à prática de garantindo a incorporação desses novos espaços

bullying e a outras formas de discriminação e de interinstitucionais às políticas pú blicas da educação

v iolências no cotidiano educacional, para o debate, o escolar indígena, com a pactuação e o funcionamento

respeito e a valorização da diversidade étnico-racial, de dos 41 territórios etnoeducacionais projetados.

gênero e de orientação sexual, por meio de políticas


211. PROPOSIÇÃO 4: APROVAR, NO CONGRESSO
p edagógicas e de gestão específicas para este fim. NACIONAL, NO PRAZO DE DOIS ANOS, DIRETRIZES E
PARÂMETROS NACIONAIS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
206.3.2. Implementar estruturalmente uma política DA EDUCAÇÃO VÁLIDAS PARA OS SISTEMAS DE ENSINO
educacional antirracista, anti-LGBTQIAPN+fobia e
anticapacistista no SNE. 212. ESTRATÉGIAS:

207.3.3. Assegurar o princípio de laicidade nos sistemas 213.4.1. Assegurar, na r egulamentação da gestão
educacionais por meio das políticas públicas de ensino de democrática, em cada esfera federativa, a existência de
acordo com a Constituição Federal de 1988. leis específicas, conforme diretrizes e parâmetros
nacionais, dispondo sobre instâncias colegiadas, sobre a
208.3.4. Garantir condições para a materialização de p articipação dos profissionais da educação e comunidade
p olíticas específicas de formação, financiamento e escolar e local nos processos de planejamento e gestão
v alorização dos sujeitos atendidos p elas etapas e educacional e escolar, sobre o provimento em cargo ou
modalidades da educação, envolvendo a educação de função de gestor escolar qu e pr iorize profissionais da
crianças, jovens, adultos e idosos, com ampliação das educação e comunidade escolar e local nos processos de
equipes de pr ofissionais da educação para atender a p lanejamento e gestão educacional e escolar, sobre o
demanda do pr ocesso de escolarização dos estudantes pr ovimento em cargo ou função de gestor escolar que
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, pr iorize profissionais da educação e a escolha nominal
altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de com a participação direta da comunidade escolar,

Plano Nacional de Educação 2024-2034:


política de Estado para a garantia da educação como direito humano,
com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável
50
incl uindo professores, funcionários, e studantes, pais, 220.5.3. Assegurar, no prazo de um ano a pós a

mãe s ou responsáveis. a provação do PNE , a e xistência e im plementação de

Plano de Ca gor s, Ca rreira e Rem uneração, para os


214.4.2. pr v r, A o a em lei nacional , diretrizes e parâmetros profissionais da ed ucação superior pública e privada em

para a ge stão r t
democ á ica na ed ucação, assegurando todos os sistemas de ensino, inclusive com reestruturação
princípios, processos, instrumentos e mecani mo s s de rede de a ssistência técnica e financei a r para o

mobili ado z s para estimular a participação e a constituição cumprimento de tais finalidades.


e fortalecimento da s in stâncias colegiada s e os
in strumentos de participação, con trole s
e fi cali ação na z 221.5.4. p r A e feiçoa r as di e r trizes curriculares nacionai s,
ge stão ed ucacional, respeitando a s diversidades de manei a r a a ssegurar a r
fo mação s
bá ica com um, o

regionais e socioculturais. respeito e a valorização da s di versidades e do s valores


culturais e artísticos no s dife en er t s ní veis, e a t pas e

215.4.3. r P omo ver e ga an i r tr a ge stão democ á ica em r t modalidade s da ed ucação, atendendo às especificidades
todos os sistemas de s
en ino , a ssegurando, incl usive, de cada região.
a utonomia (pedagógica, admini strativa e financei a) da r s
in stituições de ed ucação s
bá ica , profissional e 222.5.5. Pac tuar di e r trizes nacionai s para a política de

tecnológica e superior. r
fo mação inicial e con in t uada de professores(as) e demais
profissionais da educação
216. PROPOSIÇÃO 5: ASSEGURAR, NO PRAZO DE DOIS
ANOS APÓS A APROVAÇÃO DO PNE, A VALORIZAÇÃO 223. PROPOSIÇÃO 6: INSTITUIR, NO ÂMBITO DO SNE, O
DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, INCLUINDO A SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO, QUE ENGLOBA O
EXISTÊNCIA DE DIRETRIZES NACIONAIS DE CARREIRA SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
PARA OS(AS) TRABALHADORES(AS)/ PROFISSIONAIS BÁSICA (SINAEB) E O SISTEMA NACIONAL DE
DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA EM TODOS OS AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR (SINAES), EM
SISTEMAS DE ENSINO, TENDO COMO REFERÊNCIA O DIÁLOGO COM O SISTEMA NACIONAL DE PÓS-
PISO SALARIAL NACIONAL, ESTABELECIDO EM LEI. GRADUAÇÃO (SNPG)

217. ESTRATÉGIAS: 224. ESTRATÉGIAS:

218.5.1. r t r,
Ga an i em regime de colabo ação r en tre a 225.6.1. C iar r o Si stema Nacional de A valiação da

União , os estados, o Di strito Fede al e or s m unicípios, no Ed ucação Bá ica s (Sinaeb) e s


con olida r o Si stema
prazo de um ano de vigência do PNE , a política nacional Nacional de A valiação da Educação Superior (Sinaes), em
r
de fo mação e valorização dos profissionais da educação, diálogo com o Sistema Nacional de Pó s-Graduação
a ssegurando que possuam r
fo mação e specífica de ní vel (SNPG) , visando à melho ia r da aprendizagem, do s
superior, t
ob ida em curso de licencia tura na r
á ea de processos r
fo ma i t vos e de ge stão, respeitando a

conhecimen o em t que atuam singularidade e a s especificidades da s t pas


e a e

modalidade s, dos públicos e de cada região.


219.5.2. Valo i a rz r o s profissionais da ed ucação da s
redes, a fim de equiparar o rendimento médio dos demais 226.6.2. Ga an i r t r, por meio da s funções de avaliação,
profissionais com escolaridade equivalente, até o final do regulação e supervisão da educação superior, a qualidade
sexto ano de vigência do PNE. da ed ucação superior pública e privada.

51
EIXO II

227.A GARANTIA DO DIREITO DE TODAS AS PESSOAS À


EDUCAÇÃO DE QUALIDADE SOCIAL, COM ACESSO,
PERMANÊNCIA, E CONCLUSÃO, EM TODOS OS NÍVEIS,
ETAPAS E MODALIDADES, NOS DIFERENTES CONTEXTOS E
TERRITÓRIOS

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