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RESUMO: Em nossos dias tem sido notório o empenho dos governantes de todo
mundo em encontrar meios alternativos e adequadas de resolução de conflitos de
interesses para intensificar e implantar uma harmonia social mais eficiente e eficaz,
bem como instaurar e difundir cultura de paz dentre os cidadãos da sociedade.
Contudo, este processo não tem sido fácil tendo em vista a falta de politicas pública
efetivas, sólidas e válidas, com relação a divulgação desses meio no seio da
sociedade, bem como pela de interesse, bem como, em alguns casos, falta de
qualificação técnica profissional, principalmente daqueles que atuam como
administradores da justiça. Por tais razões, este estudo visa abordar, de maneira
pragmática, de que forma o estado pode contribuir para pacificação social. Revisam-
se, também, as doutrinas já apresentadas, demonstração de técnicas de retórica e
neurolinguística, legislação pertinente ao tema, em específico a Resolução n. 125/
2010, do Conselho Nacional de Justiça.
Palavras: chave: Mediação, políticas públicas, meios alternativos e politicas
públicas
1. Introdução
eficiente e eficaz por meio de formas persuasivas, também eficientes e eficazes para
que, com isso, as pessoas se estimulem a pensar em resolução não adversarial de
seus conflitos de interesses..
Na afirmação de Ken Binmore (2007)1 "Assim como os atletas têm o prazer
de treinar seus corpos, também há imensa satisfação em treinar a mente para
pensar de uma forma que é simultaneamente racional e criativa[...]."
O objetivo desse artigo é, fundamentalmente, trazer à baila as questões
relevantes aduzidas pelos diplomas legais existentes no campo do meios
alternativos de resolução de disputas no âmbito público, revelando como podem ser
aplicados de forma efetiva pelo Estados em parceria com a sociedade. O trabalho
pretende, assim, fazer uma reflexão em torno do papel do Estado como agente
transformador de costumes e conduta das relações humanas, bem como agente
responsável de transformação do confronto em cooperação. Por fim, faz algumas
considerações concernentes as possiblidades e os meios de divulgação desses
métodos de pacificação.
2. Mediação de conflitos
1
BINMORE, Ken. Game Theory: A Very Short Introduction. Oxford University Press, 2007, p. 45. 132 p.
V.1 / N.1-1 – SUPLEMENTO JURIDICO - 2014
REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO RECIFE
2
Worchel,
Stephen
y
Lundgren,
Sharon.
La
Natureza
y
la
Resolución
Del
Conflicto.
In:
La
mediación
y
sus
contextos
de
aplicación.
Una
introducción
para
profesionales
e
investigadores.
Buenos
Aires:
Paidós,
1996,
p.
46,
413
p.
3
Duffy,
Karen
Grover.
Introducción
a
los
programas
de
Medicación
Comunitaria:
Pasado,
presente
y
futuro.
In:
La
mediación
y
sus
contextos
de
aplicación.
Una
introducción
para
profesionales
e
investigadores.
Buenos
Aires:
Paidós,
1996,
p.
52
,
413
4
Malhadas
Junior,
Marcos
Julio
Olivé.
Psicologia
na
Mediação.
Inovando
a
gestão
de
conflitos
interpessoais
Marcas
Registradas
de
um
Profissional
Transformador.
In:
Novos
Paradigmas
em
Mediação.
Porto
Alegre:
Artmed,
1999,
p.
86,
414
9
Diz-‐se
multidisciplinar
por
que
mediação
abrange
todas
as
áreas
da
educação,
envolvendo
a
2. O Papel do mediador
10
KOLB,
Debora
M.
Otro
modo
de
zanjar
disputas.
La
práctica
de
La
Mediación.
In:
Cuando
hablar
de
resultado.
Perfiles
de
mediadores.
Barcelona:
Paidós,
1996,
p.
11,
416
p.
11
SHAILOR,
Jonathan
G.
Desenvolvendo
uma
abordagem
Transformacional
à
Prática
da
Mediação:
Considerações
teóricas
e
Práticas.
In:
Novos
Paradigmas
da
Mediação.
Porto
Alegre:
Artmed,
1999,
p.
72,
414
p
12
Conforme
afirmação
de
Shailor
a
habilidade
de
cada
indivíduo
entender
os
outros,
de
respeitá-‐los
e
de
Ressalte-se que ser mediador vai além de analisar meros papeis, ou leis
escritas de forma fria e sem emoção. Ser mediador é separar a observação do
julgamento e separar a pessoa do problema.
Quando se fala que o mediador é uma terceira pessoa neutra, alguns
doutrinadores discordam desta prerrogativa, pois entendem que o mediador,
algumas vezes, não deve ser neutro, e não o é, quando faz intervenções.
Cumpre salientar que a neutralidade não é, e nem deve estar associada aos
meios persuasivos usados pelo mediador, pois esses fazem parte do processo de
facilitação da comunicação entre os mediandos e a chegada de uma solução para
os conflitos.
Quanto ao papel do mediador, o professor William Ury da Universidade de
Harvard entende que:
O mediador não tenta decidir quem está certo e quem está errado,
mas tenta chegar ao cerne da questão e resolvê-la. O cerne da
questão são os interesses de cada parte – em outras palavras, suas
necessidades, preocupações, desejos, temores e aspirações. Expor a
diferença entre duas opiniões contrárias não basta; o Mediador
precisa ajudar as partes a satisfazer os interesses subjacentes a
essas opiniões. 14
14
URY,
William.
Getting
to
peace.
Transforming
conflict
at
home,
at
work,
and
in
the
world.
New
York,
3. Política Pública
15
MALHADAS,
Junior,
MARCOS,
Júlio
Olivé.
Op.
Cit.
p.
55
16
KARAMBAYYA,
Rekha,
BRETT,
Jeanne
M.
El
tercero
Gerente.
Estrategias,
processo
y
consecuencias
de
la
Importa lembrar que o poder é uma relação social que envolve diversos agentes
com projetos e interesses diferenciados, em algumas vezes contrários.
17
Política pública e a norma pública, in Políticas Públicas – Reflexões sobre o conceito jurídico, org.
MARIA PAULA DALLARI BUCCI, Saraiva, 2006, pg. 135.
18
Dewey, John. The Public and its Problems. 1988. Ohio University Press, p. 39
“Não pergunte o que o seu país pode fazer por você, mas o
que você pode fazer pelo seu país.” (John F. Kennedy)
19
BUCCI,
Maria Paula Dallari. O conceito de política pública em direito. In: BUCCI, Maria Paula Dallari (org.)
Políticas Públicas: Reflexões Sobre o Conceito Jurídico. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 11.
V.1 / N.1-1 – SUPLEMENTO JURIDICO - 2014
REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO RECIFE
9. Considerações finais
Referências
BINMORE, Ken. Game Theory: A Very Short Introduction. Oxford University Press,
2007. 132 p.
BRINKMAN, Rick, KIRSCHNER, Rick. Dealing with difficult people. 24 Lessons for
Bringing Out The Best in Everyone. Ontario: McGraw Hill Professional, 1999. 128 p.
HANNA, Frank. Conflict Resolution and Mediation in The Real World. Arizona: Merge
Consultants, 2003. 216 p.
LIEBERMAN, David J. Get anyone to do anything. New York: San Martin Press. 212
p.
URSINY, Tim. The coward´s guide to conflict. The Coward's Guide to Conflict:
Empowering Solutions for Those Who Would Rather Run Than Fight. Illinois:
Sourcerbooks, inc, 2003. 287 p.
URY, William. Getting to peace. Transforming conflict at home, at work, and in the
world. New York, 1999