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As emoções nunca são nossas.

As emoções são a gente.

Qual das duas frases está correta?

As duas.

As duas, inclusive, podem ajudar a lidar com as emoções que entram, saem, explodem
pelos nossos corpos sem que nos desalinhemos nesse processo.

Se eu disser que todos os pensamentos que passam pela minha cabeça e todas as
emoções que sinto não são eu. Eu vou estar correto se eu estiver falando de uma
perspectiva individual de quem eu sou. Bruno. Um corpo.

Os pensamentos e emoções são frequências que o Bruno está colhendo do mundo ou


plantando no mundo. Apenas isso. Não são a verdade do Bruno. Eles são produzidos por
condicionamentos sociais, culturais, familiares, psicológicos ou por condições do corpo
biológico em específico.

Então eu não preciso me agarrar a um pensamento ou a uma emoção. Se eu acho que ela
é a verdade. Que ela é ruim. Que ela é boa. Eu estou me agarrando a ela. Eu deixo de ser
um mero observador do que entra e sai de mim para me confundir com o que entra e sai de
mim.

É ridículo, mas seria a mesma coisa que eu dissesse “Eu tô meio feijão hoje”. Porque comi
feijão. Ou “Passei a pandemia inteira muito arroz”. Porque comi arroz durante todo o
período da pandemia. “Conheci a Fulana e ela é super cenoura”. Porque ela estava
comendo ou plantando cenouras quando você a conheceu.

Mas se a gente trocar por emoções, a gente faz isso.

“Eu tô muito feliz (feijão) hoje”, porque algo que me nutriu com essa emoção passou pelo
meu corpo hoje.

“Passei a pandemia inteira muito triste (arroz)”, porque as coisas que vivi, vi, absorvi
durante esse periodo me nutriam ou nutriam o meu redor com tristeza.

“Conheci a Fulana e ela é super ansiosa (cenoura)”, porque vi a Fulana e ela estava agindo
dessa maneira.

Bem, a gente é educado a raciocinar e observar a nós e aos outros assim. Nessa lógica.
Não é nossa culpa. Foi assim que a gente aprendeu.
E quando a gente define. Eu estou triste. Eu sou uma pessoa raivosa. A gente agarra um
único componente informacional do que nutre o nosso corpo ou que o nosso corpo produz.
E assim a gente estagna uma energia que fluiria facilmente se apenas observada e não
envolvida em nossas histórias mentais, densificando todos nossos corpos sutis, vida, saúde
etc.

Assim como o arroz não me pertence (porque por mais que eu coma ou plante arroz. Eu
vou digeri-lo e ele vai pertencer aos meus resíduos fecais e depois ao rio da minha cidade
ou eu vou vendê-lo e ele vai pertencer a quem comprar e depois aos respectivos rios de
suas cidades) a tristeza não me pertence. Por mais que eu fique triste de vez em quando ou
deixe pessoas tristes de vez em quando.

Então uma coisa que ajuda a nós e aos nossos clientes quando estão passando por
ondulações emocionais maiores por conta de uma sessão de alinhamento é dizer sempre a
si “isso não me pertence”. Assim como eu tô vendo isso agora, daqui a pouco não vou ver
mais. Que passe. Eu não sou essa emoção. Ela não é minha!

Ela é algo que nosso corpo está produzindo e liberando ou recebendo e integrando com
todas as outras frequências que circulam por ele a cada minuto.

Portanto: as emoções nunca são nossas.

E se eu disser que todos os pensamentos e emoções que passam pela minha cabeça são
apenas EU. Isso está correto usando a lógica do EU. O EU que permeia todas as formas,
que se multiplica em todas as coisas do mundo. O EU que é a base de todos os átomos e o
que cria todos os átomos. O EU que é a origem da força que usamos na sessão do
alinhamento. Dentro do EU só existe o EU. Nada mais existe. Tudo que é diferente vira
apenas EU quando dentro do EU.

Quando estou sentindo medo. Raiva. Tristeza etc, o que posso fazer é apenas fechar os
olhos e olhar com os olhos do coração (do EU) essa emoção.

Sem dar bola para o que o intelecto (com todas suas experiências, saberes e
condicionamentos) vai dizer sobre ela. Eu apenas olho para ela com os olhos do meu
coração. Eu abro um sorriso para fazer isso, se eu quiser, só para abrir mais ainda o meu
coração.

E quando vocês fazem isso vocês percebem que não existe o Medo. A Raiva. A Tristeza
etc. Só existe vocês. O EU absorve aquela força que estava separada de vocês, que tinha
virado objeto ou sujeito de algum objeto. Ele integra essa emoção a si mesmo. E quando a
gente faz isso, o corpo consegue lidar com aquela força sem que nosso intelecto atrapalhe.
Ele absorve essa emoção como matéria-prima para algo dentro de si ou ele descarta essa
emoção para que sirva de matéria-prima fora de si, no mundo.

Portanto esse é outro método para não se agarrar a uma emoção nem sofrer ou perder
energia por conta dela. Fechar os olhos e encarar essa emoção que a mente estava nos
dizendo que estava incomodando. Encarar essa emoção como estivéssemos olhando para
o coração dela, e descobrir assim que ela não tem coração, que só há o nosso coração.
Esses dois jeitos aparentemente distintos de olhar para uma emoção:

Ela não me pertence;

Ela sou EU.

Fazem com que a gente não perca força brigando, fugindo, segurando as emoções que
nossa mente cria ou observa no dia a dia. Faz com que elas se tornem apenas mais um
elemento da força que somos nós e que alinha nossos corpos diariamente com o céu e a
terra diariamente.

Seja entregando a emoção para o EU e para o mundo ao se desidentificar com ela ou


absorvendo a emoção que julgamos ruim para dentro do EU quando observamos que ela é
uma ilusão, a gente ganha vitalidade para seguir vivendo o que esses corpos têm que viver
e abre espaço para trabalhar em barreiras, bloqueios, muito mais profundos que podem
atrapalhar essa jornada.

Uma ou outra maneira irá ajudar vocês. Testem e pratiquem até que seja tão natural que
nem precise mais ser praticado. Em algum momento, o corpo vai saber como proceder. Vai
estar acostumado a isso. A autoaplicação do alinhamento vai ajudar a acelerar esse
processo e vai se aprofundar ainda mais depois que isso acontecer.

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