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Aluna : Lethycia Medeiros Braga

Matricula : 20202639441
2. Análise dos dados coletados
( Gráfico realizado pela aluna Mariana Viana de Moraes)
A coleta de dados se deu por divisões das quais, a primeira foi a coleta de dados
informativos ( os dados informativos foram colhidos pela aluna Jullyana de Souza
Mascarenhas) sobre documentos legais que a instituição (CAPS Rubens Corrêa)
nos cedeu para analisar a coleta de sinais vitais e história pregressa do paciente, em
segunda instância, foi visto a necessidade de analisar e coletar dados mais
recentes, formulamos questões de ciência simples e quantitativa para analisar os
pacientes que estariam na unidade no dia em que a coleta foi proposta (11/09/2023).
Listaremos em seguir, as seguintes questões propostas aos pacientes ( realizadas e
formuladas pelas alunas Ana Carolina M Moraes, Adriana Camilo da Silva e Lethycia
Medeiros Braga) :
1 - Você sabe me dizer o que é hipertensão arterial ?
2 - Você sabe me dizer o que é diabetes ?
3 - Você possuiu diabetes ?
4 - Você possuiu hipertensão arterial ?
5 - Faz uso de medicação para hipertensão arterial ?
6 - Faz uso de medicação para diabetes ?
7 - Você adota algum estilo de vida para melhora dessa patologia ?
8 - Você tem dificuldade em lidar com essa patologia ?
9 - Gostaria de receber mais informações sobre essa patologia ?
Foi realizada a coleta de 08:00 da manhã a 12:00 horas do dia 11/09/2023, com
diversos pacientes, o qual usam o centro para diversas necessidades psicossociais.
Todos os indivíduos que foram submetidos as questões se mostraram positivos a
resposta e abordagem dos acadêmicos. Foi analisado uma boa interação, e até
mesmo discrição da medicação de uso dos mesmos. Podemos descrever também
que uma grande parte desses indivíduos não tem acesso à informação necessária
para uma promoção dessa patologia, muitos relatam se sentir restritos a alimentação
e que a doença impedem um bem estar alimentício.
Foram coletadas informações de aproximadamente 300 pacientes, homens e
mulheres, com idade entre 30 e 65 anos, classificados pela pressão arterial acima
do normal. A analise nos traz o resultado de 85 pacientes com a P.A elevada e 215
pacientes com a P.A normal.
Apesar de ter sido coletado alguns dados a respeito da DM, não foi possível fazer a
investigação tal como foi para a HAS devido a deficiência de materiais para a coleta
de dados.
O gráfico apresentado ressalta a forma quantitativa dos resultados obtidos no centro
de atendimento psicossocial, onde houve prevalência da Hipertensão arterial
sistêmica na unidade.
3. Demanda sociocomunitária e motivação acadêmica
Segundo a Agência BNDS de Notícias ( 2016, pág. 106-109) “No Brasil, as
principais causas de morte já são as doenças não transmissíveis, com destaque
para as doenças cardiovasculares, os diversos tipos de câncer, diabetes, doenças
respiratórias e do aparelho digestivo.” Doenças cardiovasculares e diabetes ainda
são uma grande realidade em nosso país, dito isto é constitucional o direito de
informação dessa realidade em que o Brasil vive. Quando abordamos o assunto
sobre a assistência psicossocial do Brasil é comum o uso de palavras como :
abandono, precariedade, desprezo, falta de informação e cuidado.
O estudo foi realizado para a reflexão e visualização de patologias que acometem de
igual forma a sociedade de pacientes portadores de distúrbios psicossociais, o não
realizar do mesmo é uma privação da futura assistência e promoção desses
indivíduos.
1. Contextualização teórica (subsídio teórico para propositura de ações da
extensão)
De acordo com o Ministério da Saúde (2023) “A Política Nacional de Saúde Mental é
uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, que
compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a
assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em
saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a
transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo
bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e
dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras
drogas.
O acolhimento dessas pessoas e seus familiares é uma estratégia de atenção
fundamental para a identificação das necessidades assistenciais, alívio do
sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas, se e
quando necessárias, conforme cada caso. Os indivíduos em situações de crise
podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial,
formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita,
pela rede pública de saúde.”
A Politica Nacional de Saúde Mental visa então, a promoção desse individuo com
necessidades atribuídas a sua saúde mental, dito isto, a palavra promoção significa
neste contexto a prevenção e tratamento de outras patologias subjacentes a este
individuo. Todavia, esta não é a realidade assistida em solo brasileiro, a saúde
mental brasileira se tornou um repudio e infortúnio dentro do SUS, onde a promoção
é assistida em pacientes em situação social elevada a grande parte dos usuários
dos CAPS, já que dentro das instituições privadas a promoção da saúde deste
indivíduos é uma realidade. Apresentaremos a seguir a cronologia de eventos que
justificam a precariedade do atendimento em saúde mental, a má gestão e de forma
nítida, que estes indivíduos não estão sendo assistidos com qualidade :
A gênese do cuidado institucionalizado no país é atribuída à criação do Hospício
Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1841 (Messas, 2008). Com a função de retirar do
convívio social as pessoas em desrazão, as primeiras ações institucionais apoiaram-
se nos pressupostos higienista e da privação da liberdade daqueles que
representavam ameaças à ordem pública (Yasui, 2010). Nesse primeiro momento, o
espaço asilar mantinha ênfase no caráter religioso e caritativo. Com a proclamação
da República, o Hospício Pedro II foi desvinculado da Santa Casa de Misericórdia e
passou ao domínio da psiquiatria científica, com intensificação da abordagem
medicalizante (Messas, 2008).
No final na década de 1970, emergiram as primeiras ações em prol da Reforma
Psiquiátrica Brasileira (RPB) e da criação do Movimento dos Trabalhadores de
Saúde Mental. Com a agregação dos diversos atores atravessados pela temática da
saúde mental, o objetivo principal do movimento era propiciar condições para
desconstrução do modelo manicomial vigente (Amarante e Torre, 2017). Para
Amarante (2013), a RPB pressupõe o estabelecimento de uma nova relação entre
sociedade, sofrimento mental e instituições com o intuito de ofertar outro lugar social
para a loucura e promover o aumento das potências de vida das pessoas em
sofrimento mental.
A Saúde Mental no Brasil percorreu um longo caminho até o presente momento,
mas atualmente, nos deparamos com a precariedade de nossas politicas. De acordo
com a Revista Brasileira de Epidemiologia (2013, p. 2,3) O acesso aos serviços de
saúde ainda é precário para uma parcela considerável da população brasileira, com
destaque para a população mais vulnerável. Vários motivos são apontados como
intervenientes do acesso a serviços de saúde, tais como: características do sistema,
nível socioeconômico da população, escolaridade, aspectos culturais, características
geográficas dos usuários e dos serviços, bem como pertencimento a grupos
específicos. Quando esses fatores aumentam ou diminuem o acesso aos serviços
de saúde, estamos diante da desigualdade nesse acesso.
No Brasil, ainda são observados grandes traços de iniquidade, com evidentes
desigualdades que levam a restrições aos serviços de saúde essenciais. Apesar da
robustez do arcabouço legal em saúde, com vistas ao acesso igualitário, a garantia
da equidade à saúde ainda está aquém do desejado. Esse fato impacta,
diretamente, os grupos em vulnerabilidade social, pois observa-se que essas
desvantagens geram consequências no perfil de morbimortalidade quando
comparado ao de outras populações. Apesar dos avanços observados, ainda
permanecem muitos desafios no desenvolvimento de políticas efetivas que priorizem
a equidade no acesso à saúde.
O Sistema Único de Saúde é relevante para milhões de brasileiros usuários, todavia,
se mostra abrupto e muitas vezes ineficaz em múltiplos fatores e serviços prestados,
e dentre eles, ressaltamos a Politica de Saúde Mental, justificando a necessidade de
um olhar apurado para um dos mais serviços utilizados pelos indivíduos portadores
de transtornos mentais, O CAPS (centro de atendimento psicossocial). Onde, foi
observado uma prevalência de indivíduos com média de idade acima de 29 anos,
com má alimentação ou falta de informação sobre dietas, doenças, tratamento e
afins que vão além do território da saúde mental. Notamos novamente a falta de
preparo dos órgãos e entidades na formulação de promoção da vida dos usuários
dos CAPS e a necessidade de um olhar apurado sobre o tema proposto.
Avaliaremos a seguir a quantitativa de elementos com significado relevante nesta
pesquisa, dos quais incluem : índice da população brasileira, índice de prevalência
de transtornos mentais em brasileiros, ranking de causas de mortalidade no brasil,
índice de indivíduos portadores de hipertensão arterial no brasil, índice de indivíduos
portadores de diabetes melliutes no brasil, e como todas as presentes informações e
dados estão diretamente ligados ao dever de proporcionar uma justa informação e
atendimento, no que se refere a promoção de indivíduos portadores dessas
patologias descritas acima.
Índice da população brasileira :
Censo 2022 mostra que a população do Brasil atingiu 203.062.512 pessoas, com
aumento de 12,3 milhões desde a última coleta, feita para o Censo 2010. Os dados
foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
diferença, de 6,5%, significa que o crescimento médio da população nos últimos
anos foi de 0,52%, o menor registrado no país desde 1872, quando foi realizado o
primeiro censo do país. Os dados têm como data de referência o dia 31 de julho de
2022 e fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo
Demográfico 2022.
índice de prevalência de transtornos mentais em brasileiros :
De acordo com o Ministério da Saúde (2022), “Novos dados mostram que 86% dos
brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como a ansiedade e a depressão.”
Ranking de causas de mortalidade no Brasil :
Segundo a Agência BNDS de Noticias (2017) “Atualmente, apenas os países de
baixa renda têm um percentual maior de mortes por doenças transmissíveis que por
doenças não transmissíveis. Estima-se que, até 2030, a maioria dos países já tenha
realizado a transição para um perfil de maior prevalência de doenças não
transmissíveis. No Brasil, as principais causas de morte já são as doenças não
transmissíveis, com destaque para as doenças cardiovasculares, os diversos tipos
de câncer, diabetes, doenças respiratórias e do aparelho digestivo.
As doenças transmissíveis representam 13,5% do total de mortes, sendo relevantes
a Aids, a tuberculose, a doença de Chagas e as doenças diarreicas. Em relação às
causas externas, chama a atenção o fato de o Brasil, apesar de ser um país de
renda média-alta, ter um percentual de mortes acima da média dos países de renda
baixa. Entre as causas externas, as mais significativas são a violência e os
acidentes de trânsito.
A iniciativa Saúde Amanhã, da Fiocruz, aponta as principais mudanças no perfil
epidemiológico brasileiro previstas para ocorrer até 2033, com base nos dados do
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema Nacional de Agravos
de Notificação (Sinan). Dentre os resultados da análise, destaca-se o
aprofundamento da tendência de aumento do peso das doenças crônicas não
transmissíveis (SILVA JR.; RAMALHO, 2015).
Segundo essas estimativas, as doenças do aparelho circulatório continuarão sendo
a principal causa de morte, apesar de sua importância relativa diminuir, seguidas
pelas doenças oncológicas, que tendem a continuar aumentando, em função do
envelhecimento da população. Alzheimer e outras demências também devem
continuar crescendo (SILVA JR.; RAMALHO, 2015). Essas doenças causam alto
impacto ao sistema de saúde e trazem a necessidade de pensar modelos de
atenção diferenciados, complementares ao ambiente hospitalar tradicional,
envolvendo o atendimento domiciliar, cuidadores comunitários e suporte familiar,
entre outros, conforme será explorado na seção seguinte (WHO, 2015).”

Índice de indivíduos portadores de hipertensão arterial no Brasil :


o Ministério da Saúde publicou um relatório apontando que o número de adultos com
diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices
saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021. O relatório mostra ainda um aumento
na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais.
Os dados foram levantados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da pasta
que levou em conta a evolução temporal dos indicadores das últimas 16 edições do
principal inquérito de saúde do Brasil, o Vigitel, Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico.
Adicionalmente, foi observada uma queda nos registros em determinadas faixas
etárias sendo a maior redução observada entre adultos de 45 a 64 anos, variando de
32,3% em 2006 a 30,9% em 2021 para aqueles entre 45 e 54 anos; e variando entre
49,7% em 2006 e 49,4% em 2021 para aqueles entre 55 e 64 anos.
Índice de indivíduos portadores de diabetes melliutes no Brasil :
De acordo com a Biblioteca Virtual de Saúde, “O Brasil é o 5º país em incidência de
diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo
apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da
doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da
Federação Internacional de Diabetes (IDF).”
A ciência é soberana em relatar informações fidedignas e a resolução destas nos
mostram um presente metódico frente ao real cenário da proposta deste projeto
extensionista. Analisamos pilares que tem sustentado uma base de desprezo e falta
de informação, promoção e cuidado com estes indivíduos. Visto que milhões de
brasileiros são portadores de alguma, senão as duas destas doenças metabólicas
citadas acima. Dados também nos revelam que este é um problema de saúde
publica dentro da sociedade brasileira, restringindo a promoção da saúde não
apenas dos brasileiros, mas indivíduos excluídos da sociedade, os usuários de
centro de atendimento psicossocial, é necessário a implementação de recursos
sólidos e abrangentes que modifiquem os dados alarmantes na população estudada
e retratada acima. O projeto de extensão traz consigo um olhar profundo para a
promoção de vida no que diz respeito a doenças metabólicas e a boa informação
proposta pelo profissional de saúde dentro do CAPS.
2. Elaboração do plano de trabalho

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