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Curso de Discipulado

I - A BÍBLIA SAGRADA
1. Definição

Chama-se Bíblia o conjunto de sessenta e seis livros inspirados por Deus, aceitos pelas
Igrejas Evangélicas como única regra de fé e prática do cristão.

2. A Divisão da Bíblia

A Bíblia Sagrada divide-se em duas grandes partes: O Velho e o Novo Testamento. A


Palavra Testamento, relacionada à Bíblia Sagrada, significa Pacto ou Aliança.

3. Classificação dos livros da Bíblia

Classificamos os livros da Bíblia Sagrada da seguinte maneira:

a) Velho Testamento (39 livros)


I. Pentateuco (Os livros da Lei) - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
II. Os Livros Históricos - Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis,
1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
III. Os Livros Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
IV. Os Livros Proféticos - Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel
(Profetas Maiores); Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (Profetas Menores).

Os títulos Profetas Maiores e Profetas Menores não têm relação com a importância do
profeta nem com a sua mensagem, mas sim com a quantidade de
capítulos e versículos, bem como quanto ao tempo de ministério do profeta no meio do povo de
Israel.

b) Novo Testamento (27 livros)

I. Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João.


II. Livro Histórico - Atos dos Apóstolos.
III. Cartas Paulinas - Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios,
Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2
Timóteo, Tito e Filemon.

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IV. Carta aos Hebreus.

V. Epístolas Gerais - Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas.


VI. Livro da Revelação - Apocalipse.

4. A Inspiração da Bíblia

Por inspiração da Bíblia queremos dizer que Deus, na pessoa do Espírito Santo, influenciou
de maneira sobrenatural os autores dos livros das Sagradas Escrituras, fazendo assim com que
os seus relatos se convertessem em autênticos registros da revelação divina. Assim sendo, toda
a Bíblia foi inspirada por Deus tanto verbal (2 Pe 1.20,21) quanto plenariamente (2 Tm 3.16).
Por Inspiração Verbal, queremos dizer que a influência do Espírito Santo foi além da
direção dos pensamentos, chegando até a seleção das palavras usadas para transmitir a mensagem
que foi registrada nos escritos originais.
Por Inspiração Plenária, queremos dizer que todas as palavras da Bíblia, desde a primeira
do livro de Gênesis até a última do livro de Apocalipse, foram inspiradas por Deus.

5. Autoria e Tempo de Preparo da Bíblia

A Bíblia foi escrita por mais ou menos 40 escritores de diversos matizes culturais, num período
de aproximadamente dezesseis séculos. O mais antigo escritor de livro da Bíblia foi Moisés e o
mais recente, o apóstolo João.

6 - As Línguas Originais

O Velho Testamento foi escrito em quase sua totalidade em hebraico, a língua dos judeus,
exceto pequenos trechos (Ed 4.8-6.18; 7.12-26; Dn 2.4-7.28; Jr 10.11) escritos em aramaico, a
língua comercial da época. O Novo Testamento foi escrito em sua totalidade na língua grega,
numa variação chamada de grego koinê, popular.

7 - O Personagem Central da Bíblia

O Senhor Jesus Cristo é o personagem central da Bíblia. Jesus é identificado nos livros
das Sagradas Escrituras através dos tipos, das figuras, dos símbolos, das profecias diretas, de
sua biografia e dos escritos dos seus apóstolos.
Vejamos a identificação de Jesus em cada livro da Bíblia Sagrada:

Gênesis – A Semente da Mulher


Êxodo – O Cordeiro Pascoal

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Levítico – O Sacrifício Expiatório
Números – A Rocha
Deuteronômio – O Profeta Prometido
Josué – O Príncipe do Exército do Senhor
Juizes – O Libertador
Rute – O Parente Remidor
1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas – O Rei de Israel
Esdras e Neemias – O Restaurador
Ester – O Advogado
Jó – O Redentor que Vive
Salmos – Tudo em Todos
Provérbios – A Sabedoria Divina
Eclesiastes – A Razão Suprema do Viver
Cantares – O Amado
Isaías até Malaquias – O Messias
Os Evangelhos (Mateus até João) – O Cristo
Atos dos Apóstolos – O Espírito
As Epístolas (Romanos até Judas) – Cabeça da Igreja
Apocalipse – O Alfa e o Ômega

8 – Como Devemos Ler a Bíblia Sagrada

A Bíblia deve ser lida com reverência, com interesse e com oração, procurando descobrir
nela a vontade de Deus. No estudo da Bíblia, o leitor deve discernir o programa de Deus para
cada época (Dispensação), a fim de evitar a aplicação de mandamentos que foram dados por Deus
para nortear a vida em Dispensações passadas, e que para nós, que vivemos na Dispensação da
Graça, não é obrigatório a sua guarda.

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II - O PECADO
1- Definição

a) “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus, ou a transgressão dessa Lei”.

b) Pecado é tudo aquilo que falamos, pensamos ou praticamos e que vai de encontro à vontade de
Deus revelada em Sua Palavra.

2- Origem do Pecado

a) No Céu - O pecado teve origem no Céu, entre os anjos de Deus, quando Lúcifer, o
querubim ungido, rebelou-se contra o Criador, sendo expulso do Céu juntamente com um
terço dos anjos que o seguiram. (Is 14.12-17; Ez 28.11-19; Ap 12.3,4).

b) Na Terra - O pecado surgiu na terra quando os nossos primeiros pais, Adão e Eva,
desobedeceram à ordem dada por Deus e comeram, por instigação do Diabo, do fruto da
árvore do conhecimento do bem e do mal. (Gn 2.16,17; 3.1-6,17).

3- As Conseqüências do Pecado de Adão

O pecado dos nossos primeiros pais trouxe para eles e seus descendentes a morte,
conforme Deus tinha dito. “... mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque,
no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Gn 2.16,17) "Pelo que, como por um homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, por isso que todos pecaram”.(Rm 5.12).
A morte, que é o salário do pecado (Rm 6.23), tem três dimensões:

a) Morte Física - É a separação da parte espiritual (alma e espírito) da parte material (o


corpo). “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. (Ec 12.7).
Veja ainda Gn 3.19.

b) Morte Espiritual - É a destituição no homem da glória de Deus. É a separação do homem


de Deus. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.(Rm 3.23). Veja
ainda Ef 2.1; Cl 2.13; Jo 5.24.

c) Morte Eterna -É a eterna separação do homem de Deus. Ela acontece quando a pessoa
morre fisicamente, estando morto espiritualmente, isto é, separado de Deus, sem o
perdão de seus pecados e sem a salvação de sua alma, que só pode ser proporcionada por

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nosso Senhor Jesus Cristo. “... quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os
anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a
Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por
castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,” (2 Ts
1.9). Veja ainda Dn 12.2; Mt 10.28; 25.41; Lc 16.22; Ap 20.15.

4- Abrangência do Pecado

a) Corrupção Total da Natureza Humana.


O pecado atingiu o ser humano em sua totalidade - o seu corpo, a sua alma e o seu espírito.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.(1 Ts 5.23).
Veja ainda Is 1.4-6; Rm 7.15-20; Mt 15.18-20; Sl 51.5; Ef 2.3).

b) Propagação Universal
O pecado propagou-se em todos os seres humanos, através de Adão e Eva. Isso quer dizer
que a raça humana é uma raça pecadora; pois trazemos, quando nascemos, o germe do pecado em
nosso coração. “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” (Rm 5.12). Veja
ainda Rm 3.9-19,23; 5.17,18; Sl 51.5.

5- A Hediondez do Pecado

O pecado é hediondo porque provoca as seguintes coisas:

a) Fere a Santidade de Deus


Deus é um Ser Puro, Santo, Imaculado e exige de suas criaturas morais (o homem e a
mulher) santidade de vida. Qualquer pecado do ser humano fere frontalmente a santidade divina.
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de
viver, porquanto escrito está: sede santos, porque eu sou santo”.(1 Pe 1.15,16). Veja ainda Lv 19.2;
20.7; Is 6.3).

b) Escraviza o homem
O homem foi feito por Deus uma criatura livre, mas o pecado se assenhoreou dele e o fez
seu escravo. “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que
comete pecado é servo do pecado”.(Jo 8.34). Veja ainda Rm 6.16; 7.14; Cl 1.13.

c) Destrói no Homem a Imagem de Deus

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O pecado descaracteriza o homem, deformando a imagem de Deus, com a qual foi criado.
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.(Rm 3.23). Veja ainda Gn 1.26,27;
Ef 4.17-19,22.

d) Condena o Homem a Perdição Eterna


O pecado, por causa de suas conseqüências, leva o homem a perdição eterna, caso ele não
receba a salvação através de Jesus Cristo. “O salário do pecado é a morte...” (Rm 6.23). “E, como
aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo”. (Hb 9.27). Veja
ainda Rm 5.12; Ez 18.4,20; Tg 1.15

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III - A SALVAÇÃO
1- Definição

É a manifestação da graça de Deus na vida de uma pessoa, através de Jesus Cristo,


salvando-a da perdição eterna, quando ela, arrependida, num ato voluntário de fé aceita e crê em
Jesus como seu único, suficiente e eterno Salvador.

2- A Concepção da Salvação

A salvação do pecador perdido foi concebida pelo conselho da Santíssima Trindade,


segundo o eterno propósito de Deus em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos. “Como também
nos elegeu nele antes da fundação do mundo para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante
dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácido de sua vontade” (Ef 1.4,5). Veja ainda 1 Pe 1.18-20; Ap 13.8; Ef 3.8-12; At
4.26-28.

3- O Fundamento da Salvação

A salvação do pecador perdido está fundamentada no grandioso amor que Deus tem pelas
suas criaturas morais. Esse amor, que é um dos atributos morais da Deidade, é o amor sacrificial,
desinteressado, não circunstancial. É o amor eterno que Deus nos tem em Cristo Jesus “Mas Deus
prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”.(Rm
5.8). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (Jo 3.16). Veja ainda Gl 2.20; 2 Ts 2.16;
1 Jo 4.8-10, 16,19; Ap 1.5).

4- A Realização do Ato Salvífico

A salvação foi realizada por nosso Senhor Jesus Cristo, Filho Eterno de Deus, que veio a
este mundo em carne e ofereceu a sua preciosa vida em sacrifício na cruz do Calvário, para nos
salvar da perdição eterna, que pesava sobre o homem por causa de seus pecados. “E, sendo ele
consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem”. (Hb 5.9). Para
autenticar o ato redentor feito pela Sua morte, Jesus ressuscitou dentre os mortos pelo poder
de Deus. “... Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que
ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. (1 Co 15.3,4). (Jo 3.16; 1 Tm 1.15; 2.5; Hb
7.25; Ef 1.5-7; Cl 1.13,14; At 4.12).

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5) O Oferecimento Gratuito da Salvação

Deus em Cristo Jesus oferece, gratuitamente, a salvação a todos os pecadores perdidos.


A salvação é um dom gratuito de Deus ao homem “Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.(Rm 6.23). Veja ainda Tt
2.11; Is 55.1-3; Jo 7.37; Mt 11.28-30; Ef 2.8; Ap 22.17).

6) A Apropriação da Salvação

Para se apropriar da salvação dois passos são exigidos por Deus ao ser humano: o primeiro
é o arrependimento e o segundo é a fé. “... Arrependei-vos e crede no evangelho”.(Mc 1.15).

a) O Arrependimento - Deus exige que o ser humano, para receber dEle o perdão, arrependa-
se de seus pecados, isto é, reconheça a sua condição de pecador perdido aos olhos do
Todo-Poderoso e tome a firme decisão de abandonar a vida pecaminosa. “Mas Deus, não
tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar,
que se arrependam,” (At 17.30). Veja ainda: Lc 15.17-20; 18.13; 24.47; Mc 1.15) .

b) A fé (Crer em Jesus e aceitá-Lo como Salvador) - O outro passo que deve ser tomada é
o passo da fé. A salvação oferecida, gratuitamente, por Deus ao pecador perdido, deve
ser recebida ou aceita pela fé. O pecador, arrependido, deve aceitar e crer em Jesus
como seu único, suficiente e eterno Salvador. “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes
o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome”.(Jo 1.12). Veja ainda:
Mc 1.15; Mc 16.15,16; Ef 2.8; At 16.31; Rm 5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11.

7) O Alcance da Salvação

Assim como o pecado atingiu toda a estrutura do ser humano (corpo, alma e espírito),
assim também, a salvação alcança o homem integralmente. Para um grande mal, o maior dos
remédios. A Bíblia diz em 1 Ts 5.23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o
vosso espírito, alma e corpo sejam conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo”.Veja ainda: 1 Co 15.53,54; 5.4,5; Lc 1.46,47.

a) Para o corpo, a salvação garante glorificação (Fp 3.20,21: 1 Co 15.50-54)


b) Para a alma, a salvação proporciona o perdão (Ef 4.32; 1 Jo 2.12).
c) Para o espírito, a salvação proporciona uma vivificação (Ef 2.1, 2, 5; Rm 6.11).

8) A Posse da Salvação

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A salvação é gozada neste mundo, a partir do momento em que a pessoa arrependida crer
em Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um prolongamento por toda a eternidade através da
vida eterna dada por Deus. “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as
arrebatará das minhas mãos”.(Jo 10.28). “Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a
vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus”.(1 Jo 5.13). Veja ainda: Jo 5.24; 3.16;
6.47; Lc 23.43; 1 Jo 5.11,12.

9) As Bênçãos Decorrentes da Salvação

Grandes são as bênçãos decorrentes da salvação:

a) Perdão dos Pecados - No ato da conversão, todos os pecados da pessoa são perdoados
pelo poder do sangue de Jesus. “E ele (Jesus) é a propiciação pelos nossos pecados e não
somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.(1 Jo 2.2). Veja ainda:
Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13; Mt 9.2; 1 Jo 2.12; Sl 32.1.

b) Justificação - No ato da conversão a pessoa é declarada justificada diante de Deus pela


imputação da justiça de Cristo. “Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo
presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.(Rm
3.26). Veja ainda: Rm 3.24,28; 5.1,9; 8.30,33; Tt 3.7.

c) Redenção - Quando da conversão a pessoa é resgatada da escravidão do pecado e do


poder do Diabo e transportada, espiritualmente, para o Reino da Luz, graças ao poder
redentor do sangue de Jesus derramado na cruz do Calvário. “Sabendo que não foi
mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro
sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”, (1 Pe 1.18,19). Veja ainda: Rm 3.24; 1 Co
1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12; 1 Co 6.20; 7.23.

d) Regeneração - No ato da conversão, a pessoa é regenerada, transformada em uma nova


criatura, nascendo de novo pela instrumentalidade do Espírito Santo. “Não por obras de
justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por
meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”.(Tt 3.5,6). Veja ainda: Jo 3.3; 1 Pe 1.3,23; 2 Co
5.17.

e) Adoção - Quando a pessoa se converte ela é adotada por Deus como filho, passando a
gozar, a partir daí, de todos os direitos e privilégios inerentes a nova relação
estabelecida com o Pai Celestial. Isso implica também na responsabilidade que recai

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sobre o crente de viver conforme o Evangelho de Cristo. “Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no
seu nome”.(Jo 1.12). Veja ainda: Rm 8.15; Gl 4.5-7; Ef 1.5; 1 Jo 3.1,2.

f) Reconciliação - No ato da salvação, a pessoa é reconciliada com Deus por intermédio de


Jesus Cristo, desfazendo-se, assim, a inimizade que existia entre Deus e o homem por
causa do pecado. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio
de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos
confiou a palavra da reconciliação”.(2 Co 5.18,19). Veja ainda: 1 Tm 2.5; Rm 5.10,11; Ef
2.12-19; Cl 1.20; Hb 9.15; 12.24.

g) Santificação - No ato da conversão, a pessoa é purificada de seus pecados numa ação


instantânea da graça de Deus. Isto é chamado de Santificação Posicional. A santificação
posicional depende exclusivamente de Deus. . “E o mesmo Deus de paz vos santifique em
tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.(1 Ts 5.23). Daí por diante o
crente tem que se esforçar para manter o seu coração puro diante de Deus. Chama-se
essa fase da santificação, que depende do crente, de Santificação Experimental. “Disse
Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio
de vós”.(Js 3.5). Veja ainda para os dois casos os textos a seguir: 1 Jo 1.9; 1 Co 6.11; Hb
10.10,29; 1 Ts 4.3,7.

h) Glorificação - No programa de Deus, em relação à Igreja, há uma bênção futura para


todo o crente, que é a redenção ou glorificação do corpo. Isso quer dizer que todos os
salvos, quando do arrebatamento da Igreja, terão os seus corpos glorificados,
habilitando-os, assim, a viverem para sempre com o Senhor. “Pois a nossa pátria está nos
Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual
transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo
a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”.(Fp 3.20,21). Veja
ainda: Rm 8.17,30; Cl 3.4; 1 Pe 5.1; 1 Jo 3.2; Ef 5.27; 1 Co 15.53-57.

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V - A SANTIFICAÇÃO
1- Definição

a) “Santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados no homem
interior, segundo a imagem de Deus, e habilitados a morrer cada vez mais para o
pecado e viver para retidão”.”

b) “Santificação é aquela operação graciosa e contínua do Espírito Santo pela qual ele
purifica o pecador da contaminação do pecado, renova toda a sua natureza à imagem
de Deus, e o habilita a praticar boas obras”.

2 - Classificação

a) Posicional (ocorrida no ato da conversão). Todo o salvo é chamado de santo ou de


santificado em Cristo Jesus. “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados
em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome
de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”.(1 Co 1.2). Veja ainda: Rm 1.7;
2 Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.2; 1 Co 6.10,11.

b) Experimental (um processo que nos acompanhará por toda a nossa existência terrena).
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até
ser dia perfeito”.(Pv 4.18). Veja ainda: 1 Ts 5.23; 3.13; Rm 12.1,2; Fp 1.29; Ef 2.21; 1
Pe 2.2; 2 Pe 3.18.

3 - Abrangência da Santificação

a) O Interior da Pessoa - Assim como o pecado tem origem no interior da pessoa, assim
também a obra de santificação deve começar por aí, pois é do coração que procedem
as saídas da vida. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele
procedem as fontes da vida”.(Pv 4.23). Veja ainda: Mt 23.25,26; Mt 7.17-20; Sl 19.14;
1 Ts 5.23.

b) O Exterior da Pessoa - A obra de santificação abrange também a vida exterior da


pessoa, ou seja, os usos e costumes. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos
céus”.(Mt 5.16). Veja ainda: 1 Ts 5.23; 1 Co 6.20; 1 Pe 1.15; Fp 2.15.

4 - Os Agentes da Santificação

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a) O Agente Divino (Deus, através da ação poderosa do Espírito Santo, é quem gera um
viver santificado no salvo). O Senhor Jesus orou ao Pai em favor da Sua Igreja,
dizendo: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”.(Jo 17.17). Veja ainda:
1 Ts 5.23; Rm 1.4; Ef 5.26; 2 Ts 2.13; 1 Jo 1.7.

b) O Agente Humano (o salvo também é responsável pela santificação de sua vida,


colaborando assim na grande obra de um viver que agrade ao Todo-Poderoso). “Segui
a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.(Hb 12.14). Veja
ainda: 1 Ts 4.3,7; Js 3.5; 1 Pe 1.15; Ef 4.17-32.

5 - Os Recursos Usados para a Santificação

Deus, na sua graça, pôs a nossa disposição poderosos recursos para vivermos uma vida
santificada, senão vejamos:

a) A Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada é um dos poderosos instrumentos usados por


Deus para santificar a vida do crente. “De que maneira poderá o jovem guardar puro
o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra”.(Sl 119.9). “Santifica-os na
verdade; a tua palavra é a verdade”.(Jo 17.17). Veja ainda: Hb 4.12; Ef 5.26,27; 2 Tm
3.16,17.

b) O Espírito Santo - A terceira pessoa da Santíssima Trindade, O Espírito Santo, nos


foi dado por Deus também para trabalhar na área de santificação da vida. Ele
habitando no crente, que é parte do plano de Deus na Dispensação da Graça, é o
grande motivador de uma vida de santidade. “Porque os que se inclinam para a carne
cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do
Espírito”.(Rm 8.5). Veja ainda: Rm 8.6; Gl 5.22,23; 5.16,17; Tg 4.4,5.

c) A Oração - A oração sincera, feita em nome de Jesus, é outro poderoso instrumento


que Deus usa para santificar a vida da pessoa salva. “Vigiai e orai, para que não entreis
em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”.(Mt 26.41).
Veja ainda: Ef 6.18; Lc 22.31,32; Tg 5.16; 1 Ts 5.17; Cl 4.2; Ef 3.14-20.

d) O Sangue do Senhor Jesus Cristo - O sangue de nosso Senhor Jesus Cristo foi
derramado na cruz do Calvário para nossa eterna redenção e contínua purificação de
nossos pecados. Há um glorioso poder purificador no sangue de Jesus. “Se, porém,
andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 Jo 1.7). “... Àquele que nos

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ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,...” (Ap 1.7). Veja ainda: 1 Jo 1.7;
Hb 9.14; 13.12; 10.10,14.

6 - A Razão de Ser da Santificação

a) Por Causa da Santidade de Deus - A santificação se faz necessária na vida do crente


devido a um dos atributos morais de Deus, a Sua santidade. “... Como é santo aquele
que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”.(1 Pe
1.15). Veja ainda: 1 Pe 1.16; Lv 11.44; 19.2; 20.7; 1 Jo 3.3: Mt 5.48.

b) Por Causa da Glória de Deus - Nós, o povo de Deus, temos uma grande missão neste
mundo, que é glorificar o nome do Senhor nosso Deus, principalmente, com a nossa
maneira de viver. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.(Mt 5.16).
Veja ainda: 1 Pe 2.12; Jo 15.8; 1 Co 6.20; 10.31; Fp 1.27.

c) Por Causa da Necessidade de Sermos Usados por Deus - Nós fomos salvos para servir
a Deus neste mundo. A Igreja é o instrumento usado por Deus para fazer as virtudes
de nosso Senhor Jesus Cristo conhecidas de todos; e Ele só pode nos usar se vivermos
uma vida de santificação. “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros,
será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para
toda boa obra”.(2 Tm 2.21). Veja ainda: Ez 22.30; Is 52.11; Is 6.5-8; Js 3.5.

7 - A Santificação Plena (Perfeição)

A santificação plena que nós chamamos também de perfeição, no programa de Deus, é um


ato futuro, e ocorrerá quando da segunda vinda de Jesus e o consequente arrebatamento dos
crentes com corpos glorificados. “E, quando este corpo corruptível se revestir de
incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que
está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” (1 Co 15.54). Veja ainda: 1 Co 13.10,12; 15.47-53;
Pv 4.18.

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V - A IGREJA

1 - O Significado da Palavra

A palavra Igreja é de origem grega (ekklesia) e significa grupo de pessoas tiradas para
fora.

2 - Sua Fundação

A Igreja foi fundada, oficialmente, no dia de Pentecostes, quando da descida do Espírito


Santo sobre aqueles quase 120 irmãos que estavam reunidos no Cenáculo, na cidade de Jerusalém.
(At 1.12-15; 2.1). Observemos que Jesus, em Mateus 16.18, tinha dito que sobre aquela pedra (a
afirmativa dita por Pedro - “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!") edificaria a Sua Igreja, o que
aconteceu naquela festividade judaica. (At 2.1-4).

3 - Seu Alicerce

A Igreja tem como alicerce a pessoa gloriosa do Senhor Jesus Cristo. Ele é a pedra angular,
eleita e preciosa, na qual todo o edifício é construído. “Porque ninguém pode lançar outro
fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus Cristo”.(1 Co 3.11). “Por isso, na Escritura se
diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não
será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a
pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina”.(1 Pe 2.6,7). “...
Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo... sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do
hades não prevalecerão contra ela”.(Mt 16.16-18).

4 - Sua Natureza

A Igreja é um organismo vivo e, como organismo, é o corpo imortal do Cristo vivo, sendo
Ele mesmo a cabeça da Igreja. Dele flui a vida espiritual que mantém vivo esse organismo. “Antes,
seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo
inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada
parte, efetua o seu crescimento para a edificação de si mesmo em amor”. (Ef 4.15,16). Veja, ainda,
Ef 1.22,23; 1 Co 12.12-27; Ef 5.23.
Para edificação da Igreja, o Senhor Jesus instituiu ministérios e ofícios dentro dela, para
que ela tivesse um crescimento harmonioso. “E a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos,
em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de

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curar, socorros, governos, variedades de línguas”. (1 Co 12.28). “E Ele deu uns como apóstolos, e
outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em
vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do Corpo de
Cristo”. (Ef 4.11,12). Além dos ministérios acima, foram instituído pelo Senhor, para auxiliar a
administração da Igreja local, os ofícios de Presbítero e de Diácono, cabendo ao primeiro a
atividade de governo e ao último a de beneficência.”Por esta causa te deixei em Creta para que
pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros,
conforme te prescrevi.” (Tt 1.5). “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação,
cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;” (At 6.3).

5 - Sua Dimensão

A Igreja, em sua dimensão, divide-se em Igreja Universal ou Invisível, Igreja Visível ou


Militante e Igreja Local.

a) A Igreja Universal ou Invisível - É aquela que já está formada no plano de Deus desde
a eternidade. Esta Igreja é formada de todos os salvos, em todas as épocas da
Dispensação da Graça, os do passado, os que estão vivos e aqueles que irão ainda ser
salvos no futuro. “Mas tendes chegado... a universal assembléia e igreja dos
primogênitos arrolados nos céus...” (Hb 12.22,23). “E adoraram-na todos os que
habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do
Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.(Ap 13.8).
b) A Igreja Visível ou Militante - É aquela que se encontra espalhada pelo mundo, em
todas as Igrejas Locais e até fora delas, lutando pelo progresso do Evangelho. “Paulo...
à Igreja de Deus que está em Corinto,... com todos os que em todo lugar invocam o
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. (1 Co 1.1,2).
c) A Igreja Local - É aquela Igreja organizada num determinado local, geograficamente
falando, com todas as condições de funcionarem como uma instituição devidamente
organizada, segundo critérios estabelecidos na santa Palavra de Deus. “Dizendo: o que
vês escreve em livro e manda às sete Igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira,
Sardes, Filadélfia e Laodicéia”. (Ap 1.11). Veja ainda: Rm 1.7; 1 Co 1.2; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl
1.1; 1 Ts 1.1.

6 - Sua Administração

Para administrar a Igreja local, o Senhor instituiu os ofícios de Pastor, Presbíteros e


Diáconos, cabendo ao primeiro a superintendência geral do trabalho, ao segundo a coadjuvância
no governo da Igreja e ao terceiro a administração da beneficência. Este é o modelo bíblico
de administração de uma Igreja Local. “E ele mesmo deu uns para... pastores...” (Ef 4.11).
“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a Palavra de Deus; e, considerando

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atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram”. (Hb 13.7). “Por esta causa te deixei em
Creta para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como em cada cidade, constituísses
presbíteros, conforme te prescrevi”. (Tt 1.5). “Os presbíteros que governam bem sejam
estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na
doutrina”. 1 Tm 5.17). “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios
do Espírito e de sabedoria aos quais encarregaremos deste serviço (beneficência). (At 6.3).
“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam irrepreensíveis, de uma só
palavra...” (1 Tm 3.8).

7 - Sua Finalidade

A Igreja foi fundada por Jesus Cristo com finalidades específicas, a saber:
a) Prestar culto a Deus - “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional”.(Rm 12.1). “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre,
sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”.(Hb 13.15).

b) Anunciar o Evangelho e fazer discípulos - “E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo
e pregai o Evangelho a toda criatura”. (Mc 16.15). “Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.(Mt
28.19).

c) Edificar a vida espiritual dos seus membros - “Mas, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado
e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte,
efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”.”(Ef 4.15, 16).

d) Cuidar da Beneficência - “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos,


houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam
sendo esquecidas na distribuição diária. Então os doze convocaram a comunidade dos
discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a Palavra de Deus para
servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.”(At
6.1-3)”.Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também
me esforcei por fazer.” (Gl 2.10).

8 - Seu Futuro

O futuro da Igreja é glorioso. Ela hoje aguarda, pacientemente, o dia em que, segundo o
propósito eterno de Deus, será revestida de glória, como noiva que é do Cordeiro de Deus.

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“Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados
com ele em glória.” (Cl 3.4). “E todos com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho,
a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo
Senhor, o Espírito.” (2 Co 3.18). “O qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual
ao corpo de sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as
coisas”.(Fp 3.21).

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VI - A IGREJA DE DEUS NO BRASIL


1 - Origem

No dia 19 de agosto de 1886, o pastor batista Ricardo G. Spurling com oração e lágrimas marcou
uma reunião nas dependências do moinho do Barney Creek, próximo à junção dos córregos Barney
e Coker na Carolina do Norte. A reunião aconteceu numa quinta-feira à noite. Não há registro de
quantas pessoas participaram da reunião. O pastor Ricardo G. Spurling fez um discurso inflamado
e concluiu com o seguinte convite:

Todos os cristãos, como os que aqui estão presentes, que desejarem ser livres de todos os
credos e tradições feitos pelos homens, e estão dispostos a tomar o Novo Testamento, ou seja
a lei de Cristo, como sua única regra de fé e prática, dando uns aos outros direitos iguais e o
privilégio de ler e interpretar para si mesmos como ditar suas consciências, e estão dispostos a
reunirem-se como a Igreja de Deus para realizar negócios como a mesma, venham à frente.

Oito pessoas foram à frente e deram a destra de confraternidade. A organização que acabava
de nascer deveria chamar-se União Cristã. O pastor Ricardo G. Spurling ficava reconhecido como
o pastor, líder e moderador da União Cristã. Seu filho Ricardo Spurling Jr, que também era
ministro da Igreja Batista, foi da mesma forma recebido como membro do grupo na ocasião.
Esta reunião marca o início do movimento que em 1907 passaria a chamar-se Igreja de Deus. No
início o movimento foi denominado por União Cristã, em maio de 1902 o nome foi mudado para
Igreja da Santidade de Camp Creek e finalmente na Segunda Assembleia Geral, realizada em
Union Grove em janeiro de 1907, por unanimidade o nome foi mudado para Igreja de Deus.
Dez anos após a reunião de organização, um renascimento no Shearer Schoolhouse nas
proximidades Camp Creek, Carolina do Norte, introduziu a doutrina da santificação para a
comunidade. A oposição a essa doutrina levou a severa perseguição, mas um espírito de
avivamento prevaleceu e os crentes da Santidade experimentaram um derramamento do Espírito
Santo, que incluiu o falar em línguas e cura divina.
Tais experiências prepararam o caminho para a explosão do movimento pentecostal no início do
século XX. Sob a liderança do nosso primeiro Superintendente Geral, AJ Tomlinson, a Igreja de
Deus adotou uma forma centralizada de governo da Igreja, com uma Assembleia Geral inclusiva
Internacional (1906), lançou um esforço de evangelização mundial começando nas Bahamas (1909).

2 – Início do trabalho no Brasil

No ano de 1940 0 Reverendo J. H. Ingram missionário da Igreja de Deus nos Estados Unidos,
visitou o Brasil. Ele foi o primeiro emissário da Igreja de Deus a visitar o Brasil, mas não foi
possível o estabelecimento de nenhum missionário no Brasil com os contatos que ele fez.

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3 – Igreja Evangélica Calvário Pentecostal

No dia 26 de agosto de 1934 chegava na cidade do Rio de Janeiro a missionária Caroline


Mathilda Paulsen. Ela fora enviada ao Brasil por uma igreja dos Estados Unidos chamada Igreja
Evangélica Calvário Pentecostal, uma pequena igreja missionária.
A missionária Caroline M. Paulsen sentiu uma profunda convicção de que o Estado de Goiás
era o local que Deus tinha escolhido para ela começar a sua missão. Juntamente com outra moça
chamada Emma Miller, ela mudou para Goiás. Elas chegaram na cidade de Catalão no dia 9 de
fevereiro de 1935. Ela tentou alugar um salão no centro da cidade para dirigir cultos, mas ninguém
quis alugar salão para os pentecostais abrir igreja. A cidade era muito católica e fez grande
oposição a ela e à mensagem pentecostal.

4 – Igreja de Deus no Brasil

A missionária Mathilda Paulsen percebeu que não podia continuar liderando o trabalho aqui
no Brasil, sob a direção da Igreja Calvário Pentecostal. A obra estava crescendo, necessitava de
apoio que sua igreja não tinha como proporcionar. Ela buscou a direção de Deus para uma solução
adequada. Assim enquanto ela estava nos Estados Unidos, escreveu para o superintendente da
Igreja de Deus na América Latina, Vessie Hargrave, em San Antonio, Texas. Na carta ela
mencionava a possibilidade de passar a administração do trabalho missionário que ela iniciou no
Brasil, para a Igreja de Deus. O Superintendente gostou do plano, pois a Igreja de Deus ainda
não tinha firmado o seu trabalho no Brasil, isto podia ser uma boa oportunidade. Em maio de 1954
ela reuniu-se com o Comitê de Missões e foi nomeada missionária da Igreja de Deus para
trabalhar no Brasil.
A reunião que concluiu e oficializou a união do Calvário Pentecostal com a Igreja de Deus
aconteceu no Dia 12 de março de 1955, em Campinas, Goiânia. A maioria dos ministros do Calvário
estava presente nesta reunião. A Igreja de Deus, por meio desta união, estava finalmente
presente no Brasil.

4 – Igreja de Deus no mundo

Hoje a Igreja de Deus tem quase 8 milhões de membros em 185 países e territórios. Cerca
de 40.000 igrejas ao redor do mundo, 580 missionários, 116 seminários, escolas e universidades,
aproximadamente 40.000 estudantes, enquanto os ministérios regionais e internacionais
fornecem recursos e apoio através das nossas divisões de Evangelização Mundial, Cuidado,
Discipulado, Educação e Serviços de Apoio.

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VII - BATISMO

O Senhor Jesus mandou que a Sua Igreja batizasse aquelas pessoas que cressem no Seu
nome. “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo”. (Mt 28.19).

1- Seu Significado

O Batismo “É uma manifestação externa de uma graça interna.” É o testemunho público


da fé que a pessoa tem no Senhor Jesus Cristo.

2. Seu Simbolismo

O Batismo com água simboliza a ação purificadora do sangue de Jesus Cristo na vida do
salvo, ou ainda, o lavar regenerador e renovador produzido pelo Espírito Santo no pecador perdido
no ato da conversão. Veja Hb 9.13,14; Tt 3.5,6; 1 Pe 1.2; Ez 36.25.

3. A Sua Obrigatoriedade

O Batismo é obrigatório porque é uma ordenança deixada por Jesus à Sua Igreja. “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo. (Mt 28.19). Veja ainda: At 2.38; 8.36-38; 10.47,48.

4. Em que Nome Deve Ser Realizado?

O Batismo deve ser realizado em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, isto é, em
nome da Santíssima Trindade, conforme o ensino de nosso Senhor Jesus Cristo encontrado em
Mateus 28.19,20.

5. Por Quem Deve Ser Administrado?

O batismo deve ser administrado por um Ministro Evangélico, devidamente credenciado.


Lembremo-nos que a ordem de batizar aos que cressem foi dada aos Apóstolos, ministros
devidamente credenciados pelo Senhor Jesus para pregarem o Evangelho e realizarem atos
pastorais. (Mt 28.19; At 2.38; 8.38; 16.33; 1 Co 1.14,16).

6. Quem Deve Ser Batizado?

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O batismo deve ser administrado naquelas pessoas que crêem no Senhor Jesus Cristo
como único e suficiente Salvador. “... Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse
Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o
Filho de Deus... e Filipe o batizou”. (At 8.36). Veja ainda, o caso do carcereiro que foi batizado
após aceitar Jesus como Salvador pessoal. (At 16.30-33). Veja ainda At 8.12,13.

7. Quando Deve Ser Administrado o Batismo?

O Batismo deve ser administrado nos que crêem, após uma pública profissão de fé. “... E,
respondendo ele (o eunuco), disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus... e (Filipe) o
batizou”.(At 8.37,38). Veja ainda 16.30-33.
Para minimizar o problema de batizar uma pessoa que não seja convertida, manda o bom
senso e a prudência que os candidatos ao batismo freqüentem uma classe onde seja ministrado
um curso de preparação para o batismo. Cumpridas essas formalidades, desde que sejam
satisfatórias, o candidato está apto para ser batizado por um Pastor evangélico.

8. Sua Finalidade

O batismo tem as seguintes finalidades:

a) Obedecer a uma ordem deixada por Jesus;


b) Testemunhar publicamente da nova vida do salvo;
c) Unir o crente a Igreja local e visível.

O Batismo une o crente a Igreja visível e local, habilitando-o a participar da Ceia Memorial,
bem como, atribuindo-lhe os direitos e as responsabilidades inerentes a esta união. (Mt 28.19,20;
At 2.41).

9. Suas Limitações

O Batismo não salva nem complementa nada na salvação de alguém, isto quer dizer que ele
não tem poder salvífico. A salvação é uma dádiva de Deus recebida unicamente pela fé em Jesus
Cristo. (Ef 2.8; Rm 1.16,17; At 16.31). O Batismo também não fará o crente mais santificado, nem
mais forte, nem mais abençoado. (Lc 23.42,43). Então, perguntaria alguém, por que batizar se o
batismo não tem virtude salvadora nem santificadora? A resposta a esta pergunta é simples:
Batizamos as pessoas porque Jesus mandou que os que cressem nEle fossem batizados (Mt
28.18,20).

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VIII - A CEIA DO SENHOR

A Ceia, juntamente com o Batismo, é uma ordenança deixada por nosso Senhor Jesus
Cristo para ser observada pela Sua Igreja.

1. O Seu Significado

A Ceia do Senhor é um símbolo memorial da morte redentora de nosso Senhor Jesus Cristo.
“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do
Senhor, ate que venha.” (1 Co 11.26). Veja ainda: 1 Co.11:23-25; Mt 26.26-30; Mc 14.22-26; Lc.
22:14-20.

2. A Sua Obrigatoriedade

Assim como o Batismo é uma ordenança do Senhor Jesus para a Igreja, assim também o é
a Ceia do Senhor. “... Fazei isto... em memória de mim”. (1 Co 11:23-25; Lc. 22:19,20).

3. Os Seus Elementos

Na Ceia do Senhor devem ser usados apenas dois elementos: o pão e o vinho. Cada um tem
o seu significado específico. O pão simboliza o corpo de Jesus que foi partido em nosso lugar. .
“... o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e tendo dado graças, o partiu e disse:
Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.”. O vinho
representa o sangue de Jesus que foi derramado na cruz do Calvário para nossa eterna redenção
e contínua purificação de nossos pecados. “... Semelhantemente também, depois de cear, tomou
o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que
beberdes, em memória de mim”.(1 Co 11.23,24). Veja ainda Mt 26:26-28; Mc 14:22-24; Lc 22:19,
20.

4. Os Seus Participantes

Só devem participar da Ceia do Senhor aquelas pessoas crentes, batizadas e filiadas a


uma Igreja local e que estejam em comunhão com Deus e com a Igreja a que pertencem. (Mt
26.26,27; Mc 14.22,23; Lc 22.19,20; 1 Co 11.28).

5. A Sua Mensagem

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Quando a Ceia do Senhor é celebrada, são anunciadas duas grandes mensagens: Uma,
redentora, a morte de Jesus. A outra escatológica, a sua segunda vinda. “Porque, todas as vezes
que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” (1 Co
11.26).

6. Os Seus Resultados

Deus abençoa o Seu povo quando participa da Ceia do Senhor dignamente. Por outro lado,
a Bíblia revela alguma espécie de juízo na vida do crente quando o mesmo participa dela
indignamente, não discernindo nela a obra redentora realizada por Jesus. “De modo que qualquer
que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue
do Senhor”. (1 Co 1.27). “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para
si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem”. (1 Co
11.29,30.) “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações”.(At 2.42,46).

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IX - O CULTO CRISTÃO
1. Definição

O culto cristão é uma reunião, de caráter espiritual, onde os membros e congregados da


Igreja se juntam para adorar o Deus Todo-Poderoso, fazer oração ao Senhor e ouvir a pregação
de Sua santa Palavra. “... Está escrito: Ao Senhor teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.” (Mt
4.10).

2. Os Tipos de Culto

São os seguintes os tipos de cultos realizados pela Igreja Congregacional:

• Culto de oração;
• Culto Doutrinário;
• Culto Público de Pregação do Evangelho.

a) No Culto de Oração - a Igreja se reúne para fazer as suas preces ao Deus Todo-
Poderoso.

b) No Culto Doutrinário - a Igreja se reúne especificamente para estudar as Sagradas


Escrituras.

c) No Culto de Adoração - a Igreja se reúne para adorar e proclamar a mensagem


salvadora do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, no templo ou fora dele.

3. As Partes Componentes do Culto

O culto, geralmente, tem as seguintes partes constitutivas: uma oração introdutória, um


período de louvor, composto de cântico de hinos pela congregação ou pelos conjuntos da Igreja,
um período para a leitura e exposição da Palavra de Deus, um período para as pastorais (avisos),
oração e bênção final.

4. A Necessidade do Culto

O culto foi instituído para atender uma necessidade humana de adorar ao Criador na
beleza de Sua Santidade. “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na
beleza de sua santidade”. (Sl 29.2). “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do

IGREJA EM CRESCIMENTO - DISTRITO EM AÇÃO 24


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Senhor, que nos criou”.(Sl 95.6). “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito e em verdade”. (Jo 4.24).

5. O Dever da Realização do Culto

Sendo Deus o que é, santo, sublime e excelso e outros qualificativos igualmente gloriosos,
impõe-se ao ser humano o dever de prestar ao Todo-Poderoso o culto que lhe é devido. “... Ao
Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto”.(Mt 4.10). “Tributai ao Senhor, filhos de Deus,
tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor
na beleza da santidade”.(Sl 29.1,2).

6. As Bênçãos do Culto

O culto sendo oferecido a Deus com sinceridade de coração traz bênçãos incontáveis para
a vida do cristão, como por exemplo: despertamento, renovação, santificação, exortação,
edificação, consolação, etc. (At 2.42-47; 1 Co 14.26-31; Sl 16.11).

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X - A ORAÇÃO

1. A Importância da Oração

A oração é de uma importância fundamental na vida do povo de Deus. Ela é se reveste de


especial importância na vida da Igreja, porque:

a) O Senhor Jesus Cristo a enfatizou - O Senhor Jesus não só enfatizou a oração ensinando,
mas, sobretudo a enfatizou praticando. Jesus como homem orava muito, isto é o que
entendemos estudando as Sagradas Escrituras: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo,
com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido
quanto ao que temia”.(Hb 5.7). Veja ainda: Mt 14.23; 26.36; Mt 6.5-13; 7.7-11; 26.41.

b) Os Apóstolos a enfatizaram - Os apóstolos do Senhor Jesus enfatizaram muito o uso da


oração, tanto praticando quanto ensinando, principalmente, o apóstolo Paulo: “Orai sem
cessar”.(1 Ts 5.17). Veja ainda: Ef 6.18; Cl 4.2; Rm 12.12.

c) A Igreja Primitiva a enfatizou - A Igreja Primitiva vivia literalmente de joelhos. No livro


de Atos encontramos poderosas reuniões de oração que muito levou Deus a abençoar
aqueles irmãos. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos
foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus”.(At 4.31).
Veja ainda: At 1.14; 2.1; 4.24; 12.5; 16.13; 20.36.

2) A Necessidade da Oração

O uso constante e perseverante da oração faz-se necessário pelas razões apresentadas a


seguir:

a) Por causa da tentação - O crente deve orar porque existe nele uma tendência pecaminosa
que é estimulada pelo diabo através da tentação. “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus
sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um
é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência”.(Tg 1.13,14). Veja
ainda: Mt 4.3; 1 Ts 3.5; Mt 6.13; 26.41.

b) Por causa do inimigo do povo de Deus - A Bíblia diz que os crentes têm um terrível
adversário na pessoa de Satanás, e que só em constante oração é que podemos vencê-lo,
pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo. “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso

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adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”.(1 Pe
5.8). Veja ainda: Tg 4.7; Ef 6.10-18.

c) Para mantermos a comunhão com Deus - Nós, os salvos, fomos chamados para termos
comunhão com Deus e com o Seu Filho Jesus Cristo, isto pelo Espírito Santo. A oração,
com certeza, vai nos ajudar nesse propósito. “... e a nossa comunhão é com o Pai e com
seu Filho Jesus Cristo”.(1 Jo 1.3). Veja ainda: At 2.42; 2 Co 13.13.

d) Para possibilitar a operação de Deus no meio da Igreja - Todas as poderosas


manifestações do poder de Deus, no seio da Igreja, tiveram como mola propulsora à
oração. Foi assim nos dias que antecederam ao Pentecostes e em outras ocasiões após
esse evento. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos
foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus”.(At 4.31).
Veja ainda: At 1.14; 8.14-17; 12.5-17; 13.1-3.

3) As Dificuldades na Oração

Quando começamos a viver uma vida de oração, encontramos diversas dificuldades que se
apresentam diante de nós, como obstáculos que precisamos vencer pelo poder de nosso Senhor
Jesus Cristo:

a) Falta de perseverança - A falta de perseverança causa dificuldade no atendimento das


nossas orações. Deus pode responder de imediato as nossas orações, mas, às vezes, Ele
demora em fazê-lo, havendo, nesses casos, necessidade de que se persevere em oração.
“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”.
(Lc 18.1) Veja ainda: Cl 4.2; Rm 12.12; At 2.42; Sl 40.1.

b) Falta de fé - A falta de fé é o maior obstáculo as nossas orações, pois um coração


incrédulo não será atendido por Deus. “Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o
que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para
outra parte, Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa”.(Tg 1.6,7). Veja
ainda: Hb 11.6; Mt 17.19,20).

c) Pecado encoberto - Outra coisa que causa impedimento as nossas orações é pecado
cometido e não confessado ao Senhor. “O que encobre as suas transgressões nunca
prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.(Pv 28.13). Veja ainda:
Is 59.1,2; 2 Cr 7.14; 1 Jo 1.9.

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4) O Poder da Oração

a) Na vida espiritual - A oração produz crescimento e fortalecimento na vida espiritual da


pessoa. “Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, ... para que, segundo as riquezas da sua glória vos conceda que sejais corroborados
com poder pelo seu Espírito no homem interior;” (Ef 3.14-16). Veja ainda: (Gn 32.24-30;
Ef 6.18; 2 Pe 3.18).

b) Na vida física - As enfermidades poderão ser curadas pelo poder da oração. “... orai uns
elos outros para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tg
5.16). Veja ainda: 2 Re 20.1-7; Mc 1.30,31.

c) Na vida material - A oração afeta positivamente a vida material da pessoa, considerando


que tudo em nossa vida deve ser apresentado a Deus em oração. “E o Senhor virou o
cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto
em dobro a tudo quanto dantes possuía”.(Jó 42.10). Veja ainda: 1 Re 3.3-13; 2 Cr 26.5; Fp
4.6.

5) A Resposta da Oração

Deus responde as orações do Seu povo. A resposta de Deus pode ser:

a) Positiva Imediata - Deus pode responder as nossas orações de forma positiva. “E


aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe
dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu
a mão, e tocou-o, e disse-lhe: quero, sê limpo! E, tendo ele dito isso, logo a lepra
desapareceu, e ficou limpo”.(Mc 1.40-42). Veja ainda: At 4.23-31; Mc 10.46-52; Jn 2.1,10.

b) Positiva não imediata - Nem todas as orações são respondidas de imediato. Às vezes
demanda tempo para se ter uma resposta do Senhor. Por isso Ele manda que perseveremos
em oração, vigiando nela com ações de graça. “Esperei com paciência no Senhor, e ele se
inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”.(Sl 40.1). Veja ainda: 1 Tm 5.5; Cl 4.2; Rm 12.12;
Lc 18.1.

c) Negativa - Às vezes, o Senhor também responde as orações de forma negativa. “Rogo-


te que me deixes passar, para que veja esta boa terra que está dalém do Jordão, esta
boa montanha e o Líbano. Porém o Senhor indignou-se muito contra mim, por causa de vós,
e não me ouviu; antes, o Senhor me disse: Basta; não me fales mais neste negócio.” (Dt
3.25,26). Veja ainda: 2 Co 12.8,9; Dt 3:23-27; Gn 18.22-33).

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6) Como Fazer Oração

Não há uma posição padronizada para o crente orar. Ele pode orar:

a) De joelhos - O crente pode orar de joelhos, pois, na Bíblia encontramos muitos exemplos
de pessoas que se ajoelharam para orar. “Por causa disso, me ponho de joelhos perante
o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.(Ef 3.14). Veja ainda: 1 Re 8.54; Lc 22.41; Dn 6.10,11;
Gn 24.11-14; At 20.36.

b) Sentados - O crente também pode orar assentado. “Porém as mãos de Moisés eram
pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre
ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado, e o outro, do outro; e assim
ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs.” (Ex 17.12,13). Veja ainda: At 2.1,2.

c) Em pé - Orar em pé também é uma maneira de orar ao Senhor, pois, na realidade, o que


importa é que a oração parta de um coração sincero e contrito diante de Deus. (Ex 17.8-
11; 2 Re 20.1-3).

d) Deitado - Se a situação o exigir, principalmente por causa de enfermidade, o crente


pode orar ao Senhor deitado. No ventre do grande peixe Jonas estava deitado. (Jn 2.1).

7) Aonde Fazer Oração

Não há nas Escrituras uma determinação sobre um lugar único aonde o crente deva fazer
as suas orações a Deus. Pelo contrário, temos instruções de que o crente deve orar ao Senhor
em lugares diversos:

a) Na Igreja - A oração pode ser feita no templo. “Pedro e João subiam juntos ao templo à
hora da oração, a nona”.(At 3.1). Veja ainda: At 1.13,14; 12.5; 4.23-31.

b) Em casa - Podemos e devemos orar ao Senhor em nossas casas. “Mas tu, quando orares,
entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e
teu pai, que vê o que está oculto, te recompensará.” (Mt 6.6). Veja ainda: Dn 6.10,11; 9.1-
4.

c) Em qualquer lugar - O crente deve e pode orar ao Senhor em qualquer lugar, se assim se
oferecer a oportunidade. “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando
mãos santas, sem ira nem contenda”.(1 Tm 2.8). Veja ainda: Gn 24.63; 24.11-14; Jn 2.1.

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8) A Credencial da Oração

A grande e única credencial da oração aos olhos do Deus Todo-Poderoso é o precioso nome
de Jesus. Toda a oração deve ser feita em nome de Jesus, se não for assim, não será aceita
diante de Deus. “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para o Pai seja glorificado no
Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”.(Jo 14.13,14). Veja ainda: Jo 16.23,24;
1 Tm 2.5; Ef 2.18; Hb 10.19-22).

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XI - A CONTRIBUIÇÃO
Deus, na Sua sabedoria infinita, instituiu um sistema de contribuição para que o Seu
trabalho se desenvolvesse adequadamente sem precisar de recursos oriundos de outras fontes,
a não ser dos seus filhos. O sistema divino de contribuição é composto de Dízimo, Ofertas
Alçadas e Ofertas Voluntárias.

1. O Dízimo

O dízimo é a décima parte daquilo que o cristão ganha e que deve ser entregue a Deus
através da Igreja, para que haja mantimento na casa do Senhor. “Trazei todos os dízimos à casa
do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” (Ml 3.10).

a) O Dízimo antes da Lei - Antes de Deus entregar a Lei a Moisés para que Israel fosse
guiado por ela, já se encontrava, no meio dos patriarcas, o salutar costume de dizimar,
isto é, de entregar aos representantes de Deus, aqui na terra, a décima parte do que
tinham ou recebiam com algum trabalho executado. Foi assim com Abraão, que deu o
dízimo a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20). Ainda no livro de
Gênesis encontramos também o patriarca Jacó, dizimando (Gn 28.22). Esse abençoado
costume dos patriarcas de dizimar foi, mais tarde, testificado pelo escritor da carta
aos Hebreus (7.6,9).

b) O Dízimo Durante a Lei - A Lei Mosaica estabeleceu, como obrigatório, o dízimo para
todos os israelitas. O Dízimo durante a Lei era entregue aos sacerdotes levitas para
sustento daqueles que oficiavam no Tabernáculo e mais tarde no Templo, bem como
para a manutenção da Casa de Deus. (Lv 27.30; Nm 18.21,24-26; Dt 14.22-29; 26.12-
15; Ne 10.37,38; Ml 3.8-11).

c) O Dízimo Depois da Lei - (Dispensação da Graça) - A Lei e os profetas duraram até


João. Daí em diante, começou com nosso Senhor Cristo outra Dispensação, a da Graça,
onde o cristão não é mais obrigado a guardar a Lei Mosaica, chamado de Velho
Concerto. Com relação ao dízimo, como parâmetro de contribuição para os cristãos,
encontramos uma palavra do Senhor Jesus registrada em Mt 23.23 que trata do
assunto: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque dais o dízimo da hortelã,
do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na Lei, a saber,
a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer sem omitir aquelas”.
Com estas palavras, o Senhor Jesus credenciou a continuidade da contribuição do

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dízimo na atual Dispensação, como princípio divino de contribuição para o sustento de
Seu trabalho. Veja ainda: Lc 11.42; Mt 22.21. O apóstolo Paulo escrevendo aos cristãos
em Corinto, em sua segunda carta capítulo 3, fala sobre um tipo de contribuição que
não fosse pesada a nenhum dos membros da Igreja; fala, também, de igualdade na
contribuição. Qual é a contribuição da qual todos participam de acordo com as suas
posses, com igualdade e que não é pesada a todos, senão o dízimo?

2. Ofertas Alçadas

As ofertas alçadas são aquelas ofertas levantadas para ocasiões especiais, atendendo a
uma necessidade específica da Igreja. Todos os crentes, no caso, são convocados a contribuírem
para um alvo definido. “Então disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam
uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha
oferta alçada”.(Ex 25.1,2). Veja ainda os textos: Ex 35.4-9; Lv 6.12,13; Ne 13.31; 2 Co 9.1-5.

3. As Ofertas Voluntárias

As ofertas voluntárias são aquelas contribuições voluntárias, diferentes do dízimo e das


ofertas alçadas, que são entregues à Igreja sem o objetivo específico de atender a alguma
necessidade ou a algum apelo. “Alguns dos chefes das casas paternas, unidos à Casa do Senhor
em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a Casa de Deus, para edificarem no seu lugar.” (Ed
2.68,69). No início do Evangelho de Mateus encontramos que os três magos que vieram do Oriente,
ofertaram voluntariamente à Jesus, quando criança, ouro, incenso e mirra. “E, entrando na casa,
acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros,
lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra”.(Mt 2.11). Veja ainda: 2 Co 9.6-10; Lc 6.38; At 4.34-
37.

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XII - O FUTURO
I - A PERSPECTIVA CRISTÃ DA MORTE

1. A MORTE FÍSICA

A morte não faz parte do plano original de Deus para o homem.

1.1 Natureza e causa da morte


É a dissolução da unidade entre o espírito e o corpo (Eclesiastes 12:17). No original grego, a
palavra traduzida como morte é “tánatos”, que significa literalmente separação. A morte traz,
como conseqüência, a cessação de qualquer atividade na terra.
Também implica na passagem para a eternidade (Lucas 16:19-31) e na manifestação do juízo
eterno de Deus sobre o indivíduo (Hebreus 9:27) ou de sua graça salvadora (João 5:24).
No Novo Testamento significa também o estado espiritual do pecador: sem Cristo e portanto
separado de Deus.
A Bíblia afirma que a morte (física e espiritual) é conseqüência do pecado (Gênesis 2:17,
Gênesis 3, Ezequiel 18:4, Romanos 6:23).

1.2 O conceito (ênfase) de Jesus sobre a morte


Jesus referiu-se à morte como sono (Mateus 9:24, Marcos 5:39, Lucas 8:52, João 11:11). Em
ambas as ocasiões ele ressuscitou mortos. Jesus não estava apresentando a idéia de sono da alma.
Estava empregando uma metáfora para descrever um estado transitório de cessação de atividade
do corpo, e também para afirmar que ele tem poder para resgatar-nos desse estado, tal e qual
alguém que desperta outro do sono.
Considerou como morte o estado espiritual de rebeldia e incredulidade diante dele (João
5:21 – 25).
Assim, para Jesus a morte física possui importância secundária, se comparada ao estado de se-
paração de Deus, e diante do seu poder de ressuscitar os crentes para a eterna bem – aventu-
rança (João 11:25 – 26).

1.3 O ensino de Paulo sobre a morte


Empregou a mesma terminologia de Jesus referindo-se à morte como sono (I Tessalonicenses
4:13). Também aqui a metáfora é empregada em conexão com a ressurreição. Portanto, a ênfase
é a mesma dada por Jesus.
Paulo reafirmou o ensino veterotestamentário de que a morte foi introduzida pelo pecado (Ro-
manos 5:12, 6:23).
No propósito de Deus, Jesus destruiu a morte (II Timóteo 1:10). Entretanto, está realidade
só será completamente consumada no dia da ressurreição (I Coríntios 15:26, 54).
Para o cristão a morte não é derrota, mas uma vitória gloriosa (II Timóteo 4:6-8). Embora
seja um momento traumático, o Espírito Santo o fortalece. Assim o crente pode contemplar uma
vida bem empregada no serviço do Senhor, e ao olhar para frente, o galardão que nos está
reservado.

2. A IMORTALIDADE DA ALMA

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2.1 No Antigo Testamento


Já está presente a idéia da imortalidade da alma. No hebraico, a palavra “queber” designa
sepultura, e “sheol” a existência ou estado da alma após a morte.
Tanto os justos como os ímpios vão para o sheol após a morte. Entretanto, alguns textos
evidenciam condições diferentes para justos e injustos. Alguns textos evidenciam até mesmo a
esperança da ressurreição. (Deuteronômio 32:22, Salmos 116:3, Provérbios 9:18, Jó 19:26-27,
Salmos 49:15, Daniel 12:2).

2.2 No Novo Testamento


No Novo Testamento é clara e desenvolvida a idéia da imortalidade da alma:

• Jesus afirmou a imortalidade da alma (Mateus 10:28, Lucas 16:19-31, Lucas 23:42-43)
• Moisés e Elias presentes na transfiguração de Jesus (Marcos 9:1-4)
• O apóstolo Paulo também ensinou a imortalidade da alma (II Timóteo 4:1, Filipenses 1:21-23)
• O apóstolo João recebeu uma visão dos fiéis a Cristo no Céu (Apocalipse 6:9-12)

3. O ESTADO INTERMEDIÁRIO DA ALMA

Chamamos de estado intermediário da alma o período ou situação da alma entre o momento da


morte e a parousia, quando haverá a ressurreição, o juízo final, a derrota final de Satanás e a
nova criação.

3.1 É um estado de consciência


• Rico e Lázaro – Lucas 16:19-31
• Mártires clamando – Apocalipse 6:9-12

3.2 É um estado fixo


• João 3:17
• Rico e Lázaro – Lucas 16:26
• Presença ou separado de Deus, gozo ou sofrimento, sem possibilidade de mudança

3.2.1 Justos
• Com Deus (Filipenses 1:23, Lucas 23:42, Atos 7:59, II Coríntios 5:1-8)
• No paraíso (I Coríntios 23:42, II Coríntios 12:4, Apocalipse 2:7)
• Em descanso = bem-aventurança, descanso das lutas desta vida (Apocalipse 14:13,
6:9-12)

3.2.2 Ímpios
• Separados de Deus (Lucas 16:19-31, Mateus 25:31-46, Romanos 3:23)
• Sofrendo castigo (Lucas 23:42, II Pedro 2:9, Romanos 6:23)
• No Hades. No grego, hades significa, literalmente, “não ver”. Refere-se ao mundo não visto, ao
além. O Novo Testamento emprega esta palavra onze vezes, com o sentido de:

a) Referência geral ao sepulcro (Atos 2:27-31, I Coríntios 15:55, Apocalipse 1:18, 6:8)

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b) Como referência ao lugar dos injustos mortos (Lucas 16:23, Apocalipse 20:14)
c) Como referência ao sentido implícito de inferno (Mateus 11:23, Lucas 10:15, Mateus 16:18,
Apocalipse 20:14).

Assim, concluímos que, tratando-se do estado intermediário dos ímpios, o termo “hades” adquire
o significado de inferno.

3.3 É um estado incompleto


As almas aguardam pela ressurreição – I Coríntios 15, Apocalipse 20:11-13.

4. ERROS A RESPEITO DO ESTADO DA ALMA

4.1 O sono da alma


A alma ficaria inconsciente até o dia da ressurreição (veja explicação dos textos que usam a
metáfora do “sono” em 1.2 e 1.3, e a refutação em 3.1)

4.2 O purgatório
Um local ou estado da alma que não é o Céu nem o Inferno, em que a alma fica sofrendo.
Não pode adquirir mérito para sair dali para o Céu, mas as missas e orações em favor do morto
podem fazer isto.
Textos utilizados pelos católicos em favor desse dogma:
II Macabeus 12:43 - Texto apócrifo, rejeitado pelos próprios judeus. Fere todo o ensinamento
bíblico de outros textos, como Ezequiel 18:4, 20, 21, Hebreus 9:27, etc.
Lucas 16 – Lázaro no seio de Abraão estaria no purgatório. O texto diz que Lázaro estava
sendo consolado.
Mateus 5:25-26 – Uma parábola em que o devedor é lançado na prisão até pagar tudo que deve.
Não pode ser o purgatório, pois segundo o próprio dogma católico, lá ninguém pode pagar pelos
próprios pecados.
I Pedro 3:18-20 – Os espíritos em prisão aos quais Cristo pregou seriam os do purgatório. Na
verdade, Cristo pregou nos dias de Noé aos espíritos aprisionados pelo pecado, através do próprio
Noé.
Examine 3.2 para refutar este erro.

4.3 O limbo
Local ou estado da alma da criança que morre sem o batismo. Não está sofrendo, mas também
não está no Céu. Dali só sairá no dia da ressurreição.
Jesus ensinou que o Reino de Deus é das criancinhas (Marcos 10:14). Sendo ainda puras e ingê-
nuas, vão para o Céu.
Examine também 3.2 para refutar este erro

INTRODUÇÃO

II – A VOLTA DE JESUS

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1. A NATUREZA DA VOLTA DE CRISTO

1.1 Pessoal
Jesus Cristo voltará em pessoa (Atos 1:11, I Tessalonicenses 4:16)

1.2 Visível
Mateus 24:30, Apocalipse 1:7, Atos 1:11 – “Há de vir como para o Céu o vistes ir”.

1.3 Gloriosa e triunfante


Mateus 24:30, Mateus 16:27, Tito 2:13
Na primeira vinda, Jesus veio como servo sofredor. Em sua Segunda vinda, virá em majestade e
glória como Senhor, e julgará os homens.

1.4 Repentina
Mateus 24:36-39, 42-44, Marcos 13:33-37, II Pedro 3:10

2. O TEMPO DA VOLTA DE CRISTO

2.1 Impossível estabelecer


Mateus 24:36, 42, Marcos 13:32-33.
Todos que tentam estabelecer uma data ou época para a volta de Jesus contrariam a Palavra de
Deus.

2.2 Precedido por sinais


Marcos 13, Mateus 24, Lucas 21, II Tessalonicenses 2:1-12.
Tais sinais começaram a cumprir-se com a ressurreição de Cristo, a destruição de Jerusalém,etc.

2.3 Época de grande pecado e iniqüidade


II Pedro 3:3, II Tessalonicenses 2:3.
A pecaminosidade da humanidade será tão grande como foi nos dias de Noé, quando Deus mani-
festou seu juízo sobre a humanidade através do dilúvio. Isto acontecerá porque a humanidade
apostatará, ou seja, fará sua opção definitiva de voltar as costas para Deus, fechando-se à atu-
ação do Espírito Santo.

2.4 Época em que os homens julgar-se-ão auto-suficientes para solucionarem seus problemas
I Tessalonicenses 5:3
Jesus virá em uma época em que os homens estarão convencidos em que estão em paz e segurança,
ou seja, acreditando que conseguiram, ou estão próximos de, estabelecer a paz no mundo e re-
solver os principais problemas que afligem a humanidade. Estarão tomados por um sentimento de
auto-suficiência para resolverem seus problemas.

3. COMO SERÁ A VOLTA DE JESUS

A noção de como será a volta de Jesus é dada em alguns textos do Novo Testamento. As diver-
gências quanto a esta noção decorrem principalmente da interpretação do capítulo 20 do Livro

IGREJA EM CRESCIMENTO - DISTRITO EM AÇÃO 36


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do Apocalipse, que afirma que Satanás será acorrentado durante mil anos. Os literalistas divi-
dem-se em pré-milenistas e pós-milenistas. Os amilenistas interpretam simbolicamente o refe-
rido texto.
Todas estas correntes, entretanto, concordam que:
• Jesus voltará
• Sua volta será precedida por sinais
• Antes de sua volta Satanás se manifestará com grande poder
• Jesus lançará Satanás no inferno por toda a eternidade, juntamente com os seus anjos.
• Jesus ressuscitará os mortos
• Jesus fará o juízo final
• Jesus lançará todos os pecadores no inferno
• Deus fará uma nova criação, onde os salvos habitarão com ele por toda a eternidade.

4. PROPÓSITOS DA VOLTA DE CRISTO

4.1 A ressurreição dos mortos


I Coríntios 15 e Apocalipse 20:12-13
Paulo afirmou que um último inimigo resta ser vencido: a morte (I Cor. 15:26). Isto ocorrerá com
a volta de Jesus. Ele restaurará o ser humano também fisicamente.

4.2 O juízo final


Mateus 25:31-46, Apocalipse 20:10-15, 21:1-8, Apocalipse 22:3
O poder, a justiça e a misericórdia de Deus triunfarão na história do homem. O pecador não
ficará impune. Os que se arrependeram e confiaram na graça de Cristo estão perdoados e serão
participantes da glória de Cristo.
Satanás, o criador do pecado será impedido de agir para sempre. Será completamente vencido,
aprisionado, e eternamente atormentado.

4.3 A consumação do Reino de Cristo


Apocalipse 20:2-3, Filipenses 2:9-11
A vitória e o senhorio de Cristo devem ser manifestos diante de todos os seres humanos, de
todas as épocas, e também diante de todos os seres angelicais. Todos terão de se submeter ao
seu domínio, mesmo aqueles que hoje não o reconhecem, ou até mesmo fazem oposição.

4.4 Restauração da ordem no cosmos (a nova criação)


II Pedro 3:7, 10-13, e Apocalipse 21:1-22:5
A Bíblia afirma que, não só o homem foi corrompido pelo pecado, mas também a criação (Gênesis
3:17-18, Romanos 8:20-22). Não sabemos como um fato espiritual pode afetar diretamente a
natureza física do universo, pois a Bíblia não explica isto. Ela apenas afirma que é assim. O uni-
verso físico foi corrompido pelo pecado, e não funciona mais como Deus o criou originalmente.
Está decadente. O apóstolo Pedro diz que os elementos ardendo se fundirão, e que os céus pas-
sarão com grande estrondo. A velha criação desaparecerá para dar lugar à nova criação. Esta não
será contaminada pelo pecado. Tudo será perfeito, e teremos novos corpos adequados a esta nova
criação. Será a nova Jerusalém, a habitação de Deus com os homens. Assim, o propósito original
de Deus para o homem e para a criação será plenamente restaurado

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5- RESSURREIÇÕES E ARREBATAMENTO

Segundo o que expresso na Bíblia, teremos duas ressurreições. Uma antes do período de
1000 anos, oportunidade em que Cristo tomará para si todos os santos, o povo de Deus. Isto
ocorrerá antes da Grande Tribulação. A segunda ressurreição se perpetrará após o período do
milênio. No livro de Tessalonicenses 1 (4:16-17), temos que: Pois, dada a ordem, com a voz do
arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com
eles nas nuvens para o encontro com o Senhor nos ares (…).

A passagem acima retrata tanto a primeira ressurreição quanto o arrebatamento, sendo


exclusiva para os que pertencem a Cristo. Eles reinarão com Jesus durante 1000 anos e a segunda
morte não tem poder sobre eles (Ap 20: 4-5).

Sendo certo que os que crêem em Cristo ressuscitarão, resta saber como será os seus
corpos.

Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de


Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo
ressurreto será: (a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, por-
tanto, será reconhecível (Lc 16.19-31); (b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado
para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1); (c) um corpo imperecível, não sujeito à
deterioração e à morte (15.42); (d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21);
(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); (f) um corpo espi-
ritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19;
1Co 15.44); (g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).

A possibilidade de reconhecimento do corpo nos faz pensar que reconheceremos as demais


pessoas que estiverem no seio de Deus, mormente entes queridos e amigos da vida terrena.
Mesmo porque Jesus voltou aos discípulos e houve reconhecimento mútuo (Lc 24:13-49). Também
Moisés e Elias foram reconhecidos na transfiguração (Mt 17:3-4). Em Lucas (16:19-31), Abraão,
Lázaro e o homem rico eram identificáveis após a morte. Paulo nos assegura que o corpo espiritual
será similar ao físico, porém imortal e incorruptível (1 Co 15:52-54).

A. O ARREBATAMENTO DA IGREJA

O arrebatamento é o primeiro de uma série de eventos que tomarão lugar na História como
cumprimento de predições bíblicas. O texto clássico que trata do arrebatamento da Igreja
encontra-se em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Segundo esse texto, o arrebatamento da Igreja
acontecerá da seguinte forma:

1. Os mortos em Cristo: Os crentes em Jesus que já morreram ressuscitarão e subirão ao


céu

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com corpos glorificados (1 Co 15.20- 23; 1 Ts 4.16). As almas dos crentes que já morreram estão
no céu desde o dia em que partiram desta vida (Lc 16.22-23; 23.41-43; 2 Co 5.8; Fl 1.23).
Porém, seus corpos estão na sepultura, ou seja, jazem ainda sem vida. Por ocasião do
Arrebatamento, os corpos dos crentes mortos serão vivificados outra vez (Jó 19.25-27) e eles,
em corpo e alma, habitarão para sempre com Cristo.

2. Os Crentes Vivos: Imediatamente após a ressurreição dos crentes em Jesus que já


morreram, os crentes que estiverem vivos subirão juntamente com aqueles para o encontro com
o Senhor nos ares. Eles também terão seus corpos glorificados (1 Co 15.50-53; 1 Ts 4.17).
Após isso tudo, a igreja comparecerá diante do Tribunal de Cristo (1 Co 3.10-15; 2 Co 5.10; Rm
14.10) para, finalmente, receber os galardões (Lc 14.14; 1 Co 4.5; 2 Tm 4.8; Ap 22.12).

B. A GRANDE TRIBULAÇÃO

Logo após o arrebatamento da Igreja, iniciar-se-á o período denominado “Grande


Tribulação” ou a “Septuagésima semana de Daniel”. Esse período será de sete anos, sendo três
anos e meio de falsa paz e três anos e meio de dores (Dn 9.27; Ap 11.2-3; 12.6,14; 13.5).
É por esse tempo que o Anticristo estará atuando de maneira grandiosa sobre a Terra (Dn 7.8; 2
Ts 2.3-4). A maior parte dos eventos que tomarão lugar no período da Grande Tribulação está
registrada no livro de Apocalipse.

Antes do fim dos tempos, a humanidade passará por um período de grande dificuldade,
onde estarão presentes catástrofes naturais e outras tantas provocadas pelo homem, além de
pragas, fome, perseguições, guerras, etc. A grande tribulação tem fundamentação bíblica (Mt
24: 21) e será tão penosa que Deus apressará o seu final por causa dos escolhidos (Mt 24:22). O
momento de sua ocorrência é incerto, porém o pavil será aceso quando for visto o sacrilégio
terrível no Lugar Santo (Mt 24: 15), a abominação da desolação. Alguns estudiosos apontam a
criação de um altar pagão no templo de Jerusalém como este fato.

Durante o período de grande tribulação muitas pessoas serão salvas, por terem se mantido
fiéis a Cristo, não se curvando às forças do mal. Muitas vezes a fidelidade custará a própria vida
do corpo físico, mas estará garantida a vida eterna junto a Deus.

C. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Ao fim do período da Tribulação, o Senhor Jesus voltará para estabelecer o Seu reino
milenar sobre a Terra (Zc 14.3-5; Mt 24. 37-44; Lc 21. 25-28). A Segunda Vinda de Cristo será:

a) Pessoal: Ele mesmo virá (At 1.11).


b) Corporal: Ele virá em Seu corpo físico (At 1.11).
c) Visível: Todos O verão (Ap 1.7).

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Abaixo enumeramos fatos importantes que tomarão lugar quando o Senhor Jesus voltar:
1. Os crentes virão junto com Cristo (Ap 19.11-14).
2. O Anticristo e o falso profeta serão lançados no lago de fogo (2 Ts 2.8; Ap 19.19-20).
3. Satanás será preso por mil anos (Ap 20.1-3).
4. Os santos de todas as eras ressuscitarão para reinar com Cristo durante os mil anos (Dn 12.2-
3; Jó 19.25-27; Is 26.19; Ap 20.4).
5 . Haverá julgamentos.
a) Julgamento de Israel (Ez 20.33-38)
b) Julgamento das nações vivas (Mt 25.31-32)
c) Julgamento dos anjos caídos* (2 Pe 2.4; Jd 6)
6. Os judeus serão restaurados à sua própria terra (Ez 28.25-26)

D. O MILÊNIO

A Segunda Vinda de Cristo inaugurará o período de mil anos durante os quais Cristo reinará
na Terra em cumprimento às promessas feitas a Davi (2 Sm 7.10-16; Ap 20.4).Durante esse
período Satanás estará preso e a terra gozará de paz e justiça (Is 32.1-5; 2.1-5; Zc 14.9; Ap
20.1-3).

O período de 1000 anos é descrito no capítulo 20 do livro do Apocalipse. Neste lapso


temporal, Satanás será lançado no abismo e Jesus governará com seus eleitos, os quais não ado-
raram a besta, nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos.

Isaías (11:5-9) também apontou que o futuro seria de paz, mencionando a boa convivência
entre as diversas espécies de animais:

O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo
e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as
suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre
a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano
algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como
as águas cobrem o mar.

E. A REVOLTA FINAL

Conforme Apocalipse 20.7-10, ao fim do Milênio Satanás será solto e sairá seduzindo as
nações para que se rebelem contra o Rei. Todo o exército que ele reunir será destruído e Satanás
será finalmente lançado no lago de fogo e enxofre.

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F. O GRANDE TRONO BRANCO

Esta expressão se refere ao conhecido “Juízo Final”. É mister lembrar que nenhum crente
será julgado nessa ocasião. Somente os mortos que não tiveram parte na 1ª ressurreição serão
julgados e condenados a passar a eternidade no lago de fogo (Ap 20.11-15).

G. O NOVO CÉU E A NOVA TERRA

O Juízo Final marcará o término da ordem presente dos séculos. Após sua realização,
tomará lugar a eternidade com bênçãos infindas para os salvos e tormento constante para os
perdidos (Ap 21.1-8)

Com o passamento do céu, da terra e do mar, o apóstolo João tem uma visão da cidade
celestial no capítulo 21 do Apocalipse. São as seguintes as características da Nova Jerusalém:

a) Pura como uma noiva – não haverá mais pecado; seremos completamente purificados por Jesus;
nada impuro pode herdar a vida eterna – Apocalipse 21:2

b) 12 portas das tribos de Israel – foi através do povo de Israel que Deus abençoou todos os
povos com a vinda do Salvador que abriu as portas da vida eterna –Apocalipse 21:12

c) 12 fundamentos dos apóstolos – o ensino dos apóstolos sobre Jesus é o fundamento da Igreja
– Apocalipse 21:14

d) O tamanho da cidade – a nova Jerusalém é enorme! Há espaço mais que suficiente para toda
gente na vida eterna – Apocalipse 21:15-16

e) O muro espesso – representa a segurança; a vida eterna é segura e seremos protegidos de


todo mal – Apocalipse 21:17

f) Construída com ouro e pedras preciosas – a vida eterna é bela e duradoura, não vai acabar e
sua beleza não vai desvanecer –Apocalipse 21:18-20

g) A luz de Deus – a glória de Deus será visível e clara, guiando todas as pessoas em todo tempo
– Apocalipse 21:22-23

h) Portas sempre abertas – a vida eterna é inclusiva, todos que amam a Deus, de todos os povos,
podem entrar – Apocalipse 21:24-26

i) O rio e a árvore da vida – representam restauração e cura, renovação e abundância de vida –


tudo vindo de Deus – Apocalipse 22:1-2

j) O trono de Deus – estaremos sempre perto de Deus, em Sua presença – Apocalipse 22:3-4

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