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1 Introdução
3 Princı́pio de funcionamento
Sumário
1 Introdução
3 Princı́pio de funcionamento
Introdução
Uma máquina de corrente contı́nua é uma máquina capaz de converter energia mecânica
em energia elétrica (gerador) ou energia elétrica em mecânica (motor) sendo essa energia
consumida ou gerada na forma contı́nua;
Os primeiros sistemas de potência elétrica dos Estados Unidos eram de corrente contı́nua,
mas, na década de 1890, os sistemas de potência de corrente alternada estavam
claramente ultrapassando os de corrente contı́nua;
Apesar desse fato, os motores CC continuaram sendo uma fração significativa das
máquinas elétricas compradas a cada ano até a década de 1960 (essa fração entrou em
declı́nio nos últimos 40 anos).
Por que os motores CC eram tão comuns, mesmo quando os próprios sistemas de potência CC
eram bastante raros?
Introdução
Uma máquina de corrente contı́nua é uma máquina capaz de converter energia mecânica
em energia elétrica (gerador) ou energia elétrica em mecânica (motor) sendo essa energia
consumida ou gerada na forma contı́nua;
Os primeiros sistemas de potência elétrica dos Estados Unidos eram de corrente contı́nua,
mas, na década de 1890, os sistemas de potência de corrente alternada estavam
claramente ultrapassando os de corrente contı́nua;
Apesar desse fato, os motores CC continuaram sendo uma fração significativa das
máquinas elétricas compradas a cada ano até a década de 1960 (essa fração entrou em
declı́nio nos últimos 40 anos).
Por que os motores CC eram tão comuns, mesmo quando os próprios sistemas de potência CC
eram bastante raros?
Introdução
Havia diversas razões da popularidade dos motores CC. Uma delas era que os sistemas de
potência CC foram, e ainda são, comuns em carros, tratores e aeronaves;
Quando um veı́culo já dispõe de um sistema elétrico CC, faz sentido considerar o uso de
motores CC. Outra aplicação dos motores CC era nos casos em que havia necessidade de
uma ampla faixa de velocidades;
Introdução
Mesmo quando não havia fontes CC de potência, circuitos retificadores e outros de estado
sólido eram usados para criar a potência elétrica CC necessária, e os motores CC eram
usados para propiciar o controle de velocidade desejado;
Atualmente, no lugar dos motores CC, a escolha preferida para a maioria das aplicações
de controle de velocidade é o motor de indução com unidades de acionamento de estado
sólido;
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1 Introdução
3 Princı́pio de funcionamento
Estator: Parte estática da máquina, montada em volta do rotor, de forma que o mesmo
possa girar internamente. Também é constituı́do de material ferromagnético, envolto em
um enrolamento chamado de enrolamento de campo que tem a função de produzir
um campo magnético fixo para interagir com o campo da armadura;
Escovas: Peças de grafite responsáveis por conduzir a energia para o circuito do rotor.
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3 Princı́pio de funcionamento
Princı́pio de Funcionamento
Princı́pio de Funcionamento
Sabemos que pelas leis do eletromagnetismo, essa espira percorrida por uma corrente
elétrica produz outro campo magnético em torno da espira que causa uma reação da
bobina dentro das linhas de força do campo fixo, determinada pela regra da mão direita;
Mas esta continua a girar por ação da força anterior, até atingir o próximo estágio.
No terceiro estágio há uma inversão da posição da bobina, mas neste caso é que entrou o
comutador;
Com isso temos uma repetição do estágio 1, em que a corrente aplicada à bobina cria um
campo magnético ao seu redor que age com o campo magnético fixo, produzindo uma
ação fı́sica da bobina na direção indicada pelo polegar.
No quarto estágio temos uma posição intermediária em que a bobina está inclinada com
relação ao campo em um ângulo de aproximadamente 30◦ ;
Esse estágio serve para mostrar a ação contı́nua sofrida pela bobina com a interação dos
campos. Essa ação tem seu máximo no estágio 1 ou 3, e até que atinja o estágio 2, tem
sua força reduzida conforme o aumento do ângulo, sendo 0o no estágio 2;
Através das escovas que estão em contato com o rotor, é possı́vel utilizar essa tensão
gerada;
Como visto no vı́deo, há diversas formas de conectar o enrolamento de campo (estator) ao
enrolamento de armadura (rotor). Daı́ se diferenciam os cinco tipos principais de motores CC
de uso geral:
1 O motor CC de excitação independente;
2 O motor CC em derivação;
3 O motor CC de ı́mã permanente;
4 O motor CC série;
5 O motor CC composto.
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3 Princı́pio de funcionamento
A queda de tensão nas escovas é representada por uma pequena bateria Vescova que se
opõe à corrente que circula na máquina;
As bobinas de campo, que produzem o fluxo magnético do estator, são representadas pelo
indutor LF e pelo resistor RF . O resistor separado Raj representa um resistor externo
variável, usado para controlar a corrente que circula no circuito de campo.
Portanto, em casos não muito crı́ticos, a queda de tensão nas escovas pode ser
desprezada ou incluı́da de forma aproximada no valor de RA ;
Além disso, algumas vezes a resistência interna das bobinas de campo é combinada com o
resistor variável e a resistência total é denominada RF .
EA = K φωm
EA IA
τind = = K φIA
ωm
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Figura: Curva de magnetização de uma máquina CC, expressa como um gráfico de EA versus IF , para
uma velocidade fixa ω0 .
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3 Princı́pio de funcionamento
O circuito equivalente dos dois motores são apresentados nos próximos slides.
Motor CC em Derivação
VT = EA + IA RA
VT = K φωm + IA RA
τind
IA =
Kφ
τind
VT = K φωm + RA
Kφ
Finalmente, isolando a velocidade do motor, temos:
VT RA
ωm = − τind
K φ (K φ)2
Essa equação é simplesmente uma linha reta com uma inclinação negativa. A caracterı́stica
resultante de conjugado versus velocidade de um motor CC em derivação é mostrada no
próximo slide.
É importante deixar claro que para a velocidade do motor variar linearmente com o
conjugado, os outros termos dessa expressão deverão ser constantes quando a carga
variar;
Ou seja, estamos supondo que a tensão de terminal fornecida pela fonte de tensão CC
seja constante – se assim não for, então as variações de tensão afetarão a forma da curva
de conjugado versus velocidade;
Outro efeito interno do motor que também pode afetar a forma da curva de conjugado
versus velocidade é a reação de armadura.
Quando não há corrente fluindo no circuito de armadura (sem carga), o fluxo na máquina
é estabelecido pelo força magnetomotriz produzida pelo enrolamento de campo;
Os enrolamentos de compensação deixam a máquina bem mais cara e por isso são
utilizados apenas em grandes máquinas ou em máquinas que estão sujeitas à variação
abrupta da corrente de armadura.
Felipe Santana felipe.ssantos@souunit.com.br Máquinas Elétricas 48 / 72
Motores de Excitação Independente e em Derivação
Exemplo 1
Exemplo 1
Portanto, qualquer coisa que altere a força magnetomotriz de uma máquina produzirá um
efeito não linear sobre a tensão interna gerada da máquina;
Se uma máquina apresentar reação de armadura, seu fluxo será reduzido a cada aumento
de carga. Em um motor CC em derivação, a força magnetomotriz total é a força
magnetomotriz do circuito de campo menos a força magnetomotriz originária da reação
de armadura;
Ief = If − IRA
Há outro efeito que deve ser considerado quando se usa a análise não linear para
determinar a tensão interna gerada de um motor CC;
As curvas de magnetização de uma máquina são plotadas para uma dada velocidade em
particular, usualmente a velocidade nominal (ver slide 35);
Exemplo 2
Exemplo 2
Para explicar o que acontece com o aumento de RF , eu irei utilizar uma sequência lógica de
eventos.
2 - A diminuição de IF diminui φ;
EA ↓= K φ ↓ ωm
No momento, ele está operando com uma tensão de terminal de 250 V e uma tensão
gerada interna de 245 V. Portanto, a corrente de armadura é
IA = (250 − 245)/0, 25 = 20A;
Que acontecerá nesse motor se houver uma diminuição de fluxo de 1%? Se o fluxo
diminuir e 1%, então EA deverá diminuir também em 1%, porque EA = K φωm . Portanto,
EA baixará para: EA = 0, 99(245) = 242, 55V .
8 - A elevação de EA diminui IA ;
VT − EA ↑
IA ↓=
RA
9 - A diminuição de IA reduz τind até que τind = τcarga em uma velocidade ωm mais
elevada.
1 - Um aumento de VA eleva IA ;
VA ↑ −EA
IA ↑=
RF
4 - O aumento de ωm eleva EA ;
EA ↑= K φω ↑
5 - A elevação de EA diminui IA ;
VA − EA ↑
IA ↓=
RF
6 - A diminuição de IA reduz τind até que τind = τcarga em uma velocidade ωm mais
elevada.
Bibliografia Utilizada
Chapman, Sthephen J.
Fundamentos de Máquinas Elétricas. 5a edição, Porto Alegre; Ed. McGraw-Hill
International Edition, 2003.
Fitzgerald, A. E.; Kingsley Jr., C; Umans, S. D.
Máquinas Elétricas. 6a Edição, Porto Alegre; Ed. Bookman, 2006.
Kosow, Irving.
Máquinas Elétricas e Transformadores. 4a Edição, Porto Alegre; Ed. Globo, 1982.
Sen, Paresh C.
Principles of Electric Machines and Power Electronics. Second Edition. Ed. John Wiley
and Sons, 1996.