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Matriz QA - Solução de Problemas
Matriz QA - Solução de Problemas
Lorena - SP
2014
MARIANA PEREIRA DEMARCHI COSTA
Lorena - SP
2014
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO
CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A
FONTE
Albert Einstein
RESUMO
Each year in Brazil increases consumption of beverages like beer. This growth
demanded that Brazilian companies invest heavily in its parks productive.
However, as this production process is very mature, with its well-defined steps a
long time, this growth is mainly due to the increased quality and reduced losses.
In this context, the methodology TPM (Total Productive Maintenance) has
proved very effective and is used in the largest breweries in Brazil, aims for the
greater use of equipment efficiency, focusing on waste reduction, waste,
improving continuous and empowering people. This study intended to evaluate
the performance of using this methodology to reduce the extract losses in cans
filler in a brewery. To achieve this goal we used the action-research
methodology. The main results were reducing 33% of extract loss in canning, as
well as creation and revision of operational and maintenance procedures
related to the parameters that influenced the reduction of extract loss.
1.1 Contextualização
1
Desde então as empresas brasileiras veem utilizando o TPM para maximizar
o rendimento operacional das máquinas e equipamentos, visando atingir o “zero
acidente, zero defeito e zero falha”, com a participação de todos, desde alta
administração se estendendo a todos os outros setores da empresa (NAKAJIMA,
1993).
Confirmando o crescente desenvolvimento do TPM no Brasil, o JIPM já
concedeu muitos prêmios de excelência em TPM para o nosso país. Foram cinco em
2010 e 2011, e três em 2012, segundo a TPM Excellence Awards Winners. (JIPM,
2013).
Neste contexto, o TPM torna-se a ferramenta ideal para uma empresa na qual
o produto tem baixo valor agregado e o sucesso está vinculado a volumosas
produções, o caso de cervejarias.
É preciso entender cada vez mais desta metodologia, utilizando seus roteiros
para aumentar a qualidade e gerenciar a produção sustentável. Conhecer o
processo de fabricação de um produto, identificando gargalos e pontos estratégicos
para iniciar projetos.
Uma vez conhecido esse processo de fabricação, deve- se garantir que as
máquinas deste estejam em suas condições básicas, a fim de aumentar a qualidade
do trabalho dos operadores, dando-os mais autonomia e permitindo que a
manutenção ocorra não mais de forma corretiva, mas num primeiro momento
planejada, chegando enfim a manutenção preventiva.
Quando estas condições básicas das máquinas estiverem garantidas e a
manutenção esteja atuando de forma preventiva, promover então a manutenção da
qualidade para reduzir a fabricação de produtos com defeito/refugo e reduzir o índice
de retrabalho. Sendo assim os produtos passarão a atender as expectativas do
cliente e diminuirão o uso de recursos produtivos como matéria-prima, energia e
principalmente o seu maior bem, o produto acabado.
1.2 Objetivo
2
Como objetivos complementares, pretende-se:
- implementar medidas de controle desta perda,
- revisar procedimentos operacionais e
- estabelecer uma rotina de manutenção adequada.
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 TPM
4
operação de gerenciamento orientado para o equipamento, coerente com as
mudanças da sociedade contemporânea.
Todo sistema produtivo tem como meta a maximização da sua performance,
que é obtida com o mínimo de insumos (“input”) e com o máximo de resultados
(“output”). A relação da entrada e da saída de um processo produtivo pode ser
sintetizada matricialmente, conforme a Figura 1.
5
1- Perda por parada devido à quebra/falha;
2- Perda por mudança de linha e de regulagens;
3- Perda por operação em vazio e pequenas paradas;
4- Perda por redução de velocidade;
5- Perda por defeitos gerados no processo de produção;
6- Perda no início da produção.
6
O desenvolvimento do TPM é feito através de frentes de gestão ou pilares,
elaborados pelo JIPM, que podem ser divididos segundo a Figura 3:
8
para o pessoal da produção como da manutenção. Os treinamentos devem
ser realizados em centros de treinamentos, devidamente equipados e com
profissionais qualificados, deve-se aplicar provas e sempre que necessário
deve ocorrer a reciclagem dos treinamentos oferecidos. A empresa não deve
economizar nesse pilar, pois o retorno é garantido segundo Nakajima (1989).
5) Controle Inicial (CI): Este pilar está voltado para a elaboração de projetos de
novas linhas de produção, novas máquinas ou novos produtos, com o objetivo
de obter máquinas fáceis de operar, produtos fáceis de fabricar e linha de
produção fácil de controlar. Este pilar elabora um novo projeto pensando em
uma linha com as características da TPM, ou seja, zero defeito, zero acidente,
zero quebra, zero perdas. Quando se desenvolve um novo projeto, desde o
orçamento até o produto final é necessário desenvolver uma estratégia para
que processo e o produto sejam menos agressivos ao ambiente em que está
inserido (PIÃO, et al., 2012).
9
removida e só a degradação natural progride; e gerentes e operadores
tornam-se hábeis com os equipamentos, a estrutura e as funções destes são
muito bem entendidas por eles, e ainda apresentam habilidades suficientes
para inspecionar a máquina e os produtos.
Por fim, o MQ busca a padronização para itens de inspeção,
estabelecendo os melhores índices para cada fase de fabricação e gera uma
forma de controle e confirmação dos resultados.
8) Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA): Este pilar tem como objetivo
principal a busca de "zero acidente” através da segurança, máxima
preocupação com a saúde e bem estar do colaborador, sempre cumprindo as
leis trabalhistas, além da busca de processos produtivos que não afetam ou
que minimizam o impacto ambiental, respeitando e seguindo as normas de
gestão e a legislação ambiental. Esses também são pontos relevantes e que
devem ser considerados para melhorar os índices de qualidade referentes a
estes setores da empresa. Este é um pilar muito visado nas empresas que
implementaram o TPM, pois espera-se dele uma conduta exemplar e que
seus membros sejam pessoas muito esclarecidas e devidamente capacitadas,
pois precisam dar suporte a todos os outros pilares.
10
1)Total Productive Maintenance: Nível de implementação em que o foco é o
gerenciamento da manutenção de equipamentos. Pilares desenvolvidos nessa
geração MA, MP, ME, ET, e CI.
2) Total Productive Manufacturing: Nível em que o foco, além do
gerenciamento da manutenção do equipamento, objetiva todo o sistema produtivo.
São implementados nessa segunda fase os pilares MQ, Office e SSMA.
3) Total Productive Management: Neste último nível o objetivo é que, a partir
do gerenciamento da manutenção de equipamentos, se possa adotar um sistema de
gerenciamento em todos os setores de uma empresa, incluídos os corporativos,
administrativos, logística, enfim de uma forma sistêmica. Satisfação total: acionistas,
colaboradores, clientes e comunidade. A Figura 4 ilustra de forma mais lógica essa
evolução do TPM.
11
final não apresente defeito. Uma das formas de atingir esse objetivo é utilizando
ferramentas estatísticas de controle de produção.
Os métodos estatísticos e sua aplicação na melhoria da qualidade têm uma
longa história. Em 1924 nos Estados Unidos, Walter A. Shewhart, da Bell Telephone
Laboratories, desenvolveu o conceito estatístico de gráfico de controle, que é
considerado, em geral, como o começo formal do controle estatístico de qualidade.
Mesmo os meios estatísticos sendo conhecidos desde a Revolução Industrial, eles
não eram amplamente reconhecidos pela indústria. Durante a Segunda Guerra
Mundial, houve uma grande expansão do uso e aceitação dos conceitos de controle
estatístico da qualidade nas indústrias de manufatura, pois se notou que elas eram
necessárias para controlar e melhorar a qualidade do produto. Nos dias de hoje, a
teoria original do CEP, foi impulsionada pelos japoneses, seguindo os conceitos
introduzidos por Deming, através de seus seminários realizados nas indústrias
japonesas. Houve então a crescente contribuição dos japoneses, podendo citar dois
deles, Taguchi e Ishikawa (MONTGOMERY, 2012).
O controle estatístico de processo, CEP, é uma coleção de ferramentas de
resolução de problemas, que busca a estabilidade do processo e a melhoria na
capacidade através da redução da variabilidade. Segundo Samohyl (2009), hoje em
dia, não há fábrica no mundo que não aplica pelo menos algumas ferramentas
simples de CEP para a melhoria dos processos industriais.
Uma das ferramentas de CEP mais utilizadas é a carta ou gráfico de controle.
Para Samohyl (2009), o gráfico de controle é utilizado na detecção de alterações
inusitadas de uma ou mais características de um processo ou produto. Montgomery
(2012), completa dizendo que gráficos de controle permitem que a investigação e
ação corretiva aconteçam de forma mais rápida, evitando muitas perdas.
Os gráficos de controle podem ser classificados em dois tipos gerais. Se a
característica da qualidade pode ser expressa como um número em alguma escala
contínua de medida, ele é chamado variável. Dados variáveis são aquelas
informações resultantes das medidas, como por exemplo: comprimento, peso,
temperatura, pressão, resistência, densidade, volume, concentração. Para esse tipo
de dados temos gráficos de controle para variáveis (MONTGOMERY, 2012).
Muitas características de qualidade não são medidas em uma escala contínua
ou numa escala quantitativa. Nesse caso, podemos julgar cada unidade do produto
12
como conforme ou não conforme, se ela possui ou não certos atributos. Para essas
características temos gráficos de controle para atributos (MONTGOMERY, 2012).
Usualmente para variáveis é necessário tanto monitorar o valor médio, como
a variabilidade do processo. O controle da média é feito através do gráfico de
controle para médias, ou gráfico X. Já a variabilidade do processo pode ser tanto
através do gráfico de controle para desvio padrão, chamado gráfico S, tanto pelo
gráfico para amplitude, chamado gráfico R. Há ainda o gráfico de controle de
Shewhart, utilizado apenas onde o tamanho da amostra para monitoramento do
processo é igual a um (MONTGOMERY, 2012).
O gráfico R é o mais usado, segundo Montgomery (2012). O gráfico S é
utilizado quando o tamanho da amostra é moderadamente grande ou quando o
tamanho da amostra é variável.
Já para atributos, os gráficos de controle podem ser do tipo gráfico p que
relaciona a fração de unidades defeituosas em amostras de tamanho “n”, gráfico c,
que trabalha com o número de defeitos observados numa amostra de tamanho “n”, e
não com a fração como o gráfico p. Tem se também o gráfico u, que indica o número
de defeito que determinada unidade exibe.
Independente do gráfico de controle ser variável ou atributos, o gráfico de
controle consiste na plotagem de três linhas e dos pontos que representam as
médias de pequenas amostras (chamados subgrupos racionais), cada de tamanho n
(= 1, 4, 9, 16, 1000, por exemplo), de mensurações periódicas de alguma
característica importante de um processo, no caso de variáveis, ou o número ou
percentagem de peças defeituosas ou número de defeitos, no caso de atributos. As
três linhas representam dois limites de controle, um superior (LSC) e outro inferior
(LIC), e uma linha central (LC) a qual é a média da variável ou o alvo da
característica (SAMOHYL, 2009).
13
Gráfico 1 - Um gráfico de controle típico
O que varia de um gráfico para o outro é como o cálculo de cada limite é feito,
o que inclui equações com variáveis e constantes diferentes.
14
Segundo Morado (2009), a fase de embalagem ou de envase da cerveja é um
momento crítico para o futuro do produto, porque ele deixa o recipiente, no ambiente
controlado em que foi gestado, e é exposto ao ambiente externo, que pode ser
agressivo a essa bebida.
Nesse processo deve-se ter grande cuidado com possíveis fontes de
contaminação, perda de CO2 e contato da cerveja com oxigênio. Tais ocorrências
podem comprometer a qualidade do produto (MELLO, 2012).
Em geral, o envase é a unidade com o maior número de funcionários,
equipamentos de maior complexidade mecânica e maior índice de manutenção,
onde podem ocorrer as maiores perdas por acidentes e má operação, como
regulagem inadequada de máquinas, amassamento de latas, quebra de garrafas,
etc. O envase é composto por diversas operações relacionadas ao enchimento dos
vasilhames (cujos mais comuns atualmente são as garrafas, latas de alumínio ou
aço inox e barris para chope) (SANTOS, et al. 2005).
As vantagens das latas, segundo Morado (2009), se comparadas às garrafas,
são o baixo custo, alta produtividade no envase e facilidade logística.
As latas chegam do fornecedor e passam por uma inspetora para evitar que
latas amassadas entrem na linha. As latas então são invertidas e lavadas com água
por um equipamento para remover a poeira proveniente do seu transporte
(VENTURI, 2010).
Seguindo o transporte, a lata entra na enchedora. Na operação de
enchimento, a cerveja filtrada proveniente dos tanques de pressão é primeiramente
transferida para outro tanque de recepção localizado dentro da enchedora. As
enchedoras de latas são máquinas baseadas no princípio de carrossel rotatório. A
operação das válvulas de enchimento é controlada por micro válvulas eletro
pneumáticas (KRONES,1998).
A enchedora é ajustada automaticamente de tal forma que o volume desejado
de cerveja seja introduzido em cada embalagem.
A lata cheia é liberada da cabeça de enchimento com o alívio da pressão
interna (VENTURI, 2010). Durante o transporte para a máquina que irá colocar a
tampa é necessário eliminar as bolhas de ar da espuma para evitar a subsequente
oxidação da cerveja.
15
Ao entrar no conjunto da colocadora de tampa, segundo Venturi (2010) é
necessário eliminar o ar do espaço vazio (Headspace) das latas para evitar
novamente a oxidação da cerveja, isso é feito pelo equipamento chamado estrela de
gás. Nesse ambiente a lata é recravada com a tampa e segue no transporte.
Cabe dizer que a bebida envasada em latas é enviada à pasteurização, sendo
então denominada cerveja. Aquela envasada em barris não passa por este
processo, e é denominada chope, um produto de menor vida de prateleira, devido à
ausência deste processo (MELLO, 2012).
Depois do processo de pasteurização as latas se encontram prontas para
serem embaladas e armazenadas.
16
3. METODOLOGIA
Planejar a
pesquisa-
ação
Avaliar
resultados e Coletar dados
gerar relatório
Monitoramento
Analisar
Implementar
dados e
ações
planejar ações
17
3.2 A empresa
A cervejaria onde esse estudo foi realizado é uma grande multinacional que
está na lista das maiores do mundo e nos últimos anos tem aumentado, com
sucesso, sua presença em mercados de países emergentes. Tem seu sucesso
consolidado em toda a Europa e nos Estados Unidos, dado que a marca existe a
150 anos.
O nome da empresa, bem como sua localização, não será revelado, por
questão de acordo e confidencialidade entre a autora deste trabalho e a empresa em
questão. Doravante a empresa será chamada de empresa ALFA .
18
Figura 6- Esquema de uma linha de envasamento de latas
Inspetora
Despaletizadora
Pasteurizador
Em baladoras
1e2
Paletizadoras
Lavadora
Envolvedoras
Env
1e2
Tracking Enchedora Recravadora
Checkmat CSW
Fonte: Autora.
19
Seguindo o transporte, a lata entra na enchedora pela rosca sem fim que
sincroniza as latas na estrela de entrada. Na estrela existe o sensor responsável por
confirmar a presença da lata.
A enchedora desta linha segue o princípio comum para enchedoras, conforme
descrito na revisão bibliográfica (item 2.2).
Nesse processo, o conjunto de enchimento é composto por 182 válvulas de
enchimento dispostas na cúpula de produto e por cilindros pneumáticos de elevação
situados sob ela. Ao redor da cúpula existem sensores que detectam a presença de
latas na entrada. A velocidade de enchimento desta enchedora é de 120.000 latas
por hora.
Sobre a cúpula estão localizados os blocos de comando das válvulas
(manifolds), o rack com as placas eletrônicas. Cada parte do bloco de comando
contém sete micros válvulas (V1, V2, V3, V4, V5, V6 e V7) que são identificadas por
sete mangueiras de ar.
V1: Libera o produto para lata;
V2: Pressurização da lata;
V3: Alivio;
V4: Alivio rápido;
V5: Produto para câmara de dosagem;
V6: Centrador de latas;
V7: enxágue.
Essas micro válvulas são responsáveis por enviar um sinal eletro pneumático
para as válvulas da enchedora. As válvulas então começam o processo de
enchimento da lata.
O processo de enchimento contém seis etapas: soprado, enxágue,
pressurização, enchimento, estabilização, descarga e abastecimento da câmara.
Cada etapa possuiu o acionamento de micro válvulas específica.
A seguir, cada etapa do processo de enchimento será detalhada. A faixa
vermelha de cada figura indica aonde a etapa acontece na enchedora, representada
pelo círculo. O tamanho da faixa vermelha é proporcional ao tempo que a etapa leva
para ser cumprida.
20
0) Soprado: É a liberação do jato de CO2 (micro válvula v2), que tem o
objetivo de limpar os canais internos da válvula de enchimento para minimizar o
aparecimento de espuma durante o enchimento (Figura 7).
Figura 7- Fase 0 do enchimento
1) Enxágue: nesta fase o jato de CO2 é liberado (micro válvula v2) no centro
da lata, a boca ainda não esta vedada na borracha tulipa, isso possibilita maior
eficiência na retirada do ar, parte do ar sai pela boca da lata e parte sai na tubulação
de dreno da enchedora (Figura 8).
21
Figura 9 - Fase 2 do enchimento
22
Figura 11 - Fase 4 do enchimento
23
A lata liberada na etapa 5 passa pelo bubble break1. Este equipamento expele
jatos de CO2 na boca da lata, eliminando as bolhas de ar. Necessita-se eliminar as
bolhas de ar da espuma para evitar a subsequente oxidação da cerveja.
A lata então recebe a tampa, em termos técnicos é recravada, na máquina
chamada Recravadora. Cabe dizer que a reposição das tampas é feita no
equipamento chamado CSW.
Segue para o Pasteurizador e depois para as embaladoras que vão formar os
pacotes de 12 latas. Nesta linha existem 2 embaladoras. O pacote de latas é
colocado em paletes, através da Paletizadora e esses paletes vão para as
envolvedoras, onde são envolvidos por um filme protetor e enfim são estocadas.
É importante dizer que essa linha de envasamento de latas contém 2
Checkmats. Este equipamento é um inspetor para controle do nível de enchimento,
e este indica o número da válvula com erro e mostra as estatísticas de produção. A
eliminação das latas defeituosas é feita através de um rejeitor (KRONES, 1998).
O sistema de inspeção de nível de enchimento pode utilizar vários tipos de
radiação, raio-X, raio gama, para a detecção de latas com nível inferior ou superior
ao desejado, porém a inspeção pode apresentar variações, pois existe uma grande
quantidade de espuma. Ao se utilizar este sistema é necessário atender às normas
de radioproteção (MELLO, 2012).
Estes inspetores, Checkmats, devem estar posicionados após a recravadora
e o outro após o pasteurizador, para garantir o atendimento aos padrões.
25
evitar a reincidência daquele defeito, e se necessário, os operadores foram treinados
nesses novos padrões.
27
4.RESULTADOS
28
- Ajuste. Decorre de pequenas falhas após ajustes feitos nas máquinas da
linha. Essas latas são separadas e seu volume anotado em planilha pela operação.
- Outros. Perdas que não foram mensuradas.
Os dados obtidos estão representados no Gráfico 2.
Fonte: Autora.
As duas maiores perdas, volume e refugo, estão relacionados ao nível de
enchimento da lata, ou seja, com o volume colocado dentro dela. No caso do grupo
volume para mais e do grupo refugo para menos.
O grupo optou por atacar essas duas principais perdas. Para entender melhor
como estava o enchimento das latas, foram coletas duas amostras, ou seja, duas
latas, de cada válvula de enchimento. Como esta enchedora tem 182 válvulas, foram
coletas duas amostras da válvula 1, duas da válvula 2, até a válvula de número 182.
Vale ressaltar que era sabido exatamente de qual válvula provinha a lata,
associação perfeita entre válvula e seu volume de enchimento. Calculou-se a média
dos dois valores encontrados por válvula e o resultado está no Gráfico 3.
29
Gráfico 3 - Histograma inicial do volume de cada lata
Histograma
70
64
60
50
43
40
30
20
20
11 11
10
8
4 4 2 2 2 3 2
1 0 0 1 1 0 1 0
0
345
346
347
348
349
350
351
352
353
354
355
356
357
358
359
360
361
362
363
364
365
O Gráfico 3 mostrou que havia muita variação nas 182 válvulas. Por exemplo:
64 válvulas com volume de 353 mL, 43 com volume de 352 mL e 11 com volume de
359 mL, gerando um desvio padrão de 5,6 e um volume médio muito alto: 353,14
mL. A faixa azul seria a faixa aceitável de variação do volume, tudo que está em
vermelho deveria ser ajustado. Essa coleta inicial também mostrou que realmente
havia latas com volume inferior a 348 mL, que é o limite mínimo de volume.
A enchedora é a máquina responsável pelo enchimento, como o foco do
projeto era o nível de enchimento, a enchedora passou a ser a área crítica do
projeto.
Uma vez definida a área crítica do projeto, a enchedora, foi necessário avaliar
as condições básicas da mesma. A enchedora desta linha tem um time de
Manutenção Autônoma. O objetivo deste time é a melhoria da eficiência do
equipamento, com participação direta dos operadores, sendo estes responsáveis por
pequenos reparos, lubrificação e inspeções, visando manter as condições básicas
dos equipamentos de acordo com os padrões estabelecidos. Os operadores dessa
máquina conseguem também se anteciparem a possíveis defeitos ou falhas.
Logo, o grupo do qual a autora fez parte, teve apenas que verificar se os
padrões de limpeza, inspeção e lubrificação estavam sendo cumpridos. Nenhuma
30
avaria grave foi encontrada. O contato entre os dois grupos foi mantido durante todo
o projeto.
Válvula 82 Válvula 94
Amostra Volume Amostra Volume
1 353,41 1 354,05
2 351,6 2 351,56
3 352,37 3 350,58
4 352,89 4 353,26
5 346,75 5 350,15
6 351,55 6 349,84
7 346,07 7 347,08
8 355,11 8 351,53
9 357,86 9 356,44
10 350,42 10 351,63
Desvio Padrão: 3,35 Desvio Padrão: 2,43
31
1) Diagrama de Ishikawa para fazer um brainstorming3 das possíveis causas.
Essas possíveis causas devem ser classificadas em método, máquina, mão de obra,
material, meio ambiente e medição, a conhecida classificação 6M.
2) Análise dos 5 porquês das causas levantadas na etapa anterior . As
possíveis causas devem ser avaliadas em campo para confirmar se a possível causa
é fato (F) ou boato (B), ou seja, se aquele fator causou ou não a falha em estudo.
3) Elaborar um plano de ação para eliminar as reais causas da falha.
Então, foi feita uma análise de causa raiz para a variação de volume de
enchimento na mesma válvula. A primeira etapa, o Diagrama de Ishikawa, encontra-
se na Figura 15.
Figura 15 - Diagrama de Ishikawa para as possíveis causas da variação do enchimento por válvula
Para cada possível causa foi feita a avaliação dos 5 porquês, analisando em
campo se esta era fato ou boato. Essa avaliação está representada na Figura 16.
3
Brainstorming, termo em inglês que sugere uma chuva de ideias, todas as ideias devem ser
dadas, sem qualquer tipo de restrição ou crítica.
32
Figura 16 - Análise 5 porquês das possíveis causas da variação do nível de enchimento por válvula
Causa 1º Por quê? 2º Por quê? 3º Por quê? 4º Por quê? 5º Por quê?
F
1.1 Vazamento 1.1.1
1. Pressão de ar 1.1.1.1 Algumas conexões 1.1.1.1.1 Não há
de ar nas Ressecamento na
comprimido baixa no há mais de 15 anos no plano de inspeção e
conexões vedação interna da
B
carrossel equipamento reparo
B
pneumáticas conexão
1.2 Baixa
F
F
F
pressão de ar
comprimido na
entrada da linha
B
B
B
(<6bar)
1.3.1 Pneudry com
F
1.3 Obstrução da
elemento filtante
passagem de ar
B F
B F
B F
saturado
B F
B F
2. Pressão do quebra
bolhas oscilando
B F
B F
B F
B F
B F
3. Checkmat fora de
sincronismo com a
enchedora
B F
B F
B F
B F
B F
4. Variação na altura do
carrossel
B F
B F
B F
B F
B F
Microválvulas Ar comprido Vazamento de óleo dos
5. Falha nas microválvulas contaminadas contaminado com rolamentos do distribuidor
com óleo óleo de ar
B F
B F
B F
B F
B F
6. Contaminação no canal Borracha da
de CO2 tulipa danificada
B
B
O sistema desta enchedora é eletro pneumático, a pressão do ar comprimido
é de extrema importância, pois é ela que vai fazer com que todos os sinais do
processo de enchimento sejam mandados da maneira correta.
No item 1 da Figura 16, “Pressão de ar comprimido baixa no carrossel”,
observou-se que a pressão do ar comprimido estava abaixo da especificação que é
de 5 bar. Para este valor foram levantadas algumas possibilidades e foram
encontrados vazamentos de ar nas conexões pneumáticas. Ao verificar as
condições destas conexões, observou-se que elas estavam ressecadas e que nunca
houve um monitoramento dessas conexões. As que estavam danificadas foram
trocadas e foi acrescentada ao plano de inspeção da enchedora a verificação
dessas conexões.
A operação das válvulas de enchimento é controlada por micro válvulas eletro
pneumáticas. Estas micro válvulas estavam entupidas, comprometendo o comando
dado por elas, item 5 da Figura 16. Em campo foi observado que elas estavam
entupidas com óleo comestível, oriundo da manutenção realizada nos dias
anteriores.
Foi feita a limpeza e orientação aos mantenedores para que isso não voltasse
a acontecer.
33
Outra etapa fundamental no enchimento da lata é a pressurização com CO2.
A lata precisa estar hermeticamente fechada quando for receber a cerveja, num
ambiente de CO2. Para que isso aconteça, a vedação entre a lata e a válvula de
enchimento tem que ser perfeita, e as borrachas de vedação têm que estar em
perfeitas condições. Para a verificação do item 6 da Figura 16, essas borrachas,
chamadas de borrachas da tulipa, foram vistoriadas.
Nesta vistoria foram encontradas muitas borrachas danificadas, rasgadas e
estufadas. Estas foram trocadas, porém era preciso entender a causa raiz de tantas
borrachas danificadas. Novamente foi feito uma análise de causa raiz. O Diagrama
de Ishikawa e a análise dos 5 porquês estão apresentados nas Figura 17 e 18
respectivamente.
Figura 17 - Diagrama de Ishikawa das possíveis causas do elevado número de borrachas danificadas
Excesso de
borrachas da
2. Temperatura de Cip tulipa
danificadas
34
Figura 18 - Análise 5 porquês das possíveis causas do elevado número de borrachas danificadas
Causa 1º Por quê? 2º Por quê? 3º Por quê? 4º Por quê? 5º Por quê?
F
1. Altura do came baixa Altura muito alta
B F
B F
B F
B F
B F
Temperatuda de CIP
2. Temperatura de Cip
muito elevada
B F
B F
B F
B F
B F
3. Tampa falsa com borda
interior irregular
B F
B F
B F
B F
B F
Latas entrando com a
boca amassando
4. Lata com boca amassada
podendo danifcar as
B
borrachas
F
F
Frequencia da troca das
5. Baixa durabilidade da 5.1 Aumento das horas
borrachas não era
borracha de trabalho da máquina
suficiente
B
B
F
F
5.2 Qualidade baixa do
material
B F
B F
B F
B F
B
F
6.1 Não existe plano de
6. Falta inspeção
inspeção
B F
B F
B F
B F
B
6.2 Inspeção não Não há indicação que
F
contempla todos os borracha com
possíveis defeitos inchamento é anomalia
B F
B F
B F
B F
B
F
6.3 Não cumprimento
da rotina de inspeção
B
B
B
B
Um item avaliado foi a durabilidade das borrachas na máquina. A enchedora
apresenta uma velocidade de enchimento muito alta, a máxima que esse modelo
suporta: 120.000 latas por hora. A frequência de troca não estava sendo eficiente e
em função disso, muitas borrachas estavam danificadas na máquina. O fornecedor
foi questionado sobre a qualidade do material e a durabilidade do mesmo nessas
condições. Uma nova borracha foi sugerida, com durabilidade de três meses.
Então, o grupo implementou uma rotina no plano de manutenção de troca
dessas borrachas de modo que a cada três meses todas fossem trocadas.
Outro ponto verificado foi que os operadores, ao detectarem uma borracha
danificada, deveriam trocá-la na primeira parada da enchedora. Ao analisar o
procedimento, verificou-se que nem todos os modos de falha estavam descritos,
apenas borracha rasgada ou danificada. O grupo verificou que se a borracha estiver
inchada, estufada, também não vai conseguir vedar da maneira correta. Este
procedimento foi revisado e todos os operadores foram treinados deste novo modo
de falha e encontra-se no Anexo A.
Após estas ações as válvulas não mais apresentavam uma grande variação
entre os enchimentos, como por exemplo, a válvula 97 na Tabela 2.
35
Tabela 2 - Comparação entre os volumes de enchimento antes e depois da troca da borracha da tulipa na
válvula 97
36
Gráfico 4 - Histograma intermediário do volume de cada lata
Histograma
80
70
70
60
50
40 36
30
20 15 13 16
12
10 6 6
1 1 3 1 1 1
0 0 0 0 0 0 0
0
345
346
347
348
349
350
351
352
353
354
355
356
357
358
359
360
361
362
363
364
365
Nota-se que o desvio padrão ainda é alto, 3,2, pois quanto menor for o seu
desvio padrão menos varável é o seu processo. O volume médio também continuou
alto, aproximadamente 353 mL. Isso era esperado, pois até aquele momento o foco
estava no desvio padrão de cada válvula e não no desvio padrão das 182 válvulas
como um conjunto, tão menos no valor de enchimento de cada lata.
Para acertar o valor do enchimento foi feita uma análise de cada parâmetro
de enchimento de cada válvula. Esta enchedora permite ajustes em cada válvula,
colocando mais ou menos volume em cada uma das 182 válvulas. Isso é feito
diretamente no painel de controle da enchedora.
Todas as válvulas foram ajustadas entre o intervalo de volume desejado:
entre 350 e 352 mL. As que apresentavam um baixo volume tiveram seus
parâmetros elevados, e as que estavam com seu volume alto tiveram seus
parâmetros diminuídos.
O resultado atingido após esse ajuste no volume de cada válvula, encontra-se
no Gráfico 5:
37
Gráfico 5 - Histograma final do volume de cada lata
Histograma
70
60
58
50 46
40
34
30
20 15
10 6 4 6
1 2 3 1 3 3
0 0 0 0 0 0 0 0
0
345
346
347
348
349
350
351
352
353
354
355
356
357
358
359
360
361
362
363
364
365
O volume médio passou a ser de aproximadamente 351 mL e o desvio padrão
de 2,7. O Gráfico 6 demostra com mais clareza a comparação entre a situação
inicial e final do enchimento na enchedora em estudo.
Inicial Final
38
A metodologia TPM sugere o uso de ferramentas avançadas, sendo uma
delas o CEP (controle estatístico de processo), mais especificamente cartas ou
gráficos de controle. A Cervejaria optou por essa ferramenta por questões
estratégicas.
Utilizou-se o gráfico média e amplitude (X- R), pois este é o gráfico mais
usado para acompanhar, controlar e analisar um processo com valores contínuos de
qualidade do produto, como o comprimento, o peso ou a concentração e neste caso,
volume.
Para este tipo de gráfico, foram coletas oito amostras, com tamanho de
amostra (n) igual a 15 latas.
Os dados estão na Tabela 3:
Ampli
Volume das 15 válvulas Média tude
1 353,8 353,4 351,7 352,4 349,7 348,7 349,3 350,7 352,8 349,3 349,3 352,2 352,9 352,8 353,4 351,5 5,1
2 351,2 352,3 353,0 350,0 350,1 351,0 352,7 350,1 348,5 351,5 352,8 352,3 351,0 352,7 353,6 351,5 5,2
3 348,9 352,0 350,3 349,9 349,4 351,4 352,0 350,8 349,2 351,2 352,2 353,4 352,1 352,3 354,4 351,3 5,5
4 353,1 349,0 350,1 346,2 349,6 349,6 350,5 351,9 350,1 348,9 351,7 351,7 349,3 351,6 352,1 350,4 6,8
5 351,4 354,0 350,5 350,3 352,7 351,3 351,4 349,5 349,5 354,2 352,6 349,9 353,3 350,1 352,8 350,4 6,9
6 349,0 353,1 350,1 348,9 351,7 350,1 346,2 350,5 351,9 349,3 349,6 349,6 351,6 351,7 353,1 351,6 4,7
7 350,7 352,8 351,2 352,3 350,7 350,3 352,5 354,1 349,5 354,0 349,9 352,7 351,3 351,4 350,1 351,6 4,6
8 349,8 351,4 351,6 351,4 353,0 351,6 349,2 352,9 352,0 351,6 350,2 350,3 351,7 353,8 350,1 351,4 4,6
ൌ ന ഥ
ଶ (1)
ൌ ܺധ ܣଶ ܴത (2)
39
Portanto, os valores de LIC e LSC são, respectivamente, 350,0 e 352,4 mL.
A cervejaria apresenta limites de especificação pré-definidos para o volume
da lata de 350 mL. O limite inferior de especificação (LIE) é de 348 mL e o limite
superior de especificação (LSE) é de 355 mL.
De posse desses valores, tem-se o Gráfico 7 que representa a carta de
controle para o volume de enchimento na enchedora em estudo.
Gráfico de Controle
356
355
354
353
351,5 351,5 351,3 351,6 351,6 351,4
352
351 350,4 350,4
350
349
348
347
346
Amostra Amostra Amostra Amostra Amostra Amostra Amostra Amostra
1 2 3 4 5 6 7 8
40
Como se trata de um projeto piloto, se o resultado de dois dias consecutivos
estiver fora dos limites de controle, LSC e LIC, os operadores devem fazer uma
análise da causa raiz para identificar o problema. Uma vez identificada a causa
devem tomar ações para eliminá-la.
Sabe-se da complexidade estatística de uma carta de controle, porém o
objetivo desta carta nesta linha foi conscientizar os operadores da importância de se
acompanhar diariamente o volume de enchimento, para que a perda de cerveja no
enchimento da lata não voltasse a aumentar. E também, estimulá-los a tomar ações
corretivas em um curto espaço de tempo, para reverter a perda em poucos dias.
2 Características
do processo
3 Componentes da máquina
1 Modos de defeito
4 Parâmetros da máquina
41
Um exemplo seria a própria condição da borracha da tulipa. Por exemplo, o
modo de falha seria o sobre nível, a característica do processo seria pressurização
da lata com CO2, o componente seria a borracha da tulipa e o parâmetro seria que a
borracha da tulipa estivesse com deformação de acordo com o procedimento criado
neste projeto, disponível no Anexo A.
Todos os parâmetros citados nesse check list foram revisados nos
procedimentos operacionais e todos os operadores foram treinados caso alguma
mudança tenha sido feita nesses procedimentos operacionais.
A inspeção das borrachas da tulipa foi acrescentada no plano de inspeção da
enchedora, no plano da manutenção autônoma. Bem como a troca das borrachas
danificadas na próxima parada da linha para manutenção.
Como citado pelo fabricante da borracha da tulipa, a troca destas deve ser
feita a cada três meses. Foi acordado com a manutenção que essa troca seria
incluída na programação da manutenção, bem como a compra dessas borrachas
para que estas estejam sempre disponíveis para troca, em alguma emergência.
43
alterar um parâmetro, este tende a ficar mais estável, pois há um controle dessas
alterações e estas sempre estão vinculadas à uma autorização prévia.
Essa observação ficou evidente quando se comparou o desvio padrão inicial
do enchimento das duas cervejarias. A cervejaria holandesa apresentava um desvio
padrão inicial de 1,6, enquanto a brasileira um desvio de 5,6.
A Cervejaria holandesa já tinha como padrão de manutenção a troca das
borrachas da tulipa da enchedora a cada três meses, pois já sabia que estando
estas borrachas danificadas, a mesma válvula pode apresentar uma variação de
volume durante seus enchimentos.
As válvulas que apresentaram desvio padrão superior a 1,5 estavam
realmente com suas borrachas danificadas, pois já estavam próximas do vencimento
e precisariam ser trocadas de qualquer forma.
Tendo sido trocadas todas as borrachas, esperava-se que não fossem
encontradas mais válvulas com desvio padrão maior que 1,5. Para confirmar essa
informação foram coletas mais duas amostras de cada válvula e o maior desvio
padrão encontrado foi de 1,25, confirmando o que se esperava.
Uma vez reduzido o desvio padrão de cada válvula, havia a necessidade de
reduzir a variabilidade do processo, ou seja, o desvio padrão geral de enchimento.
Para isso, todas as válvulas tiveram seu parâmetro de enchimento ajustado para o
mais próximo quanto possível da média encontrada na coleta de dados.
Mais uma diferença para o procedimento seguido no Brasil. No Brasil, cada
válvula foi ajustada para o volume desejado, que é entre 350 e 352 mL e não
ajustado para o mais próximo quanto possível da média.
Após esses ajustes, foram coletadas mais duas amostras de cada válvula e o
desvio padrão encontrado foi de 0,7.
Depois destes ajustes, o parâmetro de enchimento geral da enchedora foi
alterado, reduzindo o nível geral de enchimento em aproximadamente 2, 5 mL. Para
resumir os resultados encontrados foi feito um novo histograma, que é apresentado
na Figura 21.
44
Figura 21 - Novo histograma das amostras de cada válvula na enchedora holandesa
45
5. CONCLUSÃO
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JIPM – Issues and aims (visions) for JIPM. No. 2, Tokyo, Japão. Disponível em
www.jipm.org.jp. Acesso em 15 de Agosto de 2013.
47
PALMEIRA, J. N.; TENÖRIO, F. G. Flexibilização organizacional: aplicação de
um modelo de produtividade total. Rio de Janeiro: FGV Eletronorte, 2002. ISBN
85-225-0402-4
YAMAGUCHI, C. T. TPM – manutenção produtiva total. São João Del Rei: ICAP,
2005.
48
ANEXOS
DATA
DISSEMINADOR
TREINADO
TREINADO
49
Anexo B – Fatores para a construção de gráficos de Controle por Variáveis
50